Revista Borracha Atual Ed 164

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32 O futuro da moldagem por injeção 32 O futuro da moldagem por injeção 46 Sustentabilidade vira protagonista 46 Sustentabilidade vira protagonista 48 MATÉRIA TÉCNICA Agentes Vulcanizantes 2 Vulcanização Peroxídica 04 ENTREVISTA Marcos Carpeggiani, presidente do Sindibor borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544 Ano XXVIII • Nº 164 • ASPA Editora Inauguração
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SUMÁRIO 20

MATÉRIA DE CAPA

Arlanxeo inaugura fábrica de polibutadieno

04 ENTREVISTA

Marcos Carpeggiani, presidente do Sindibor

18 Pirelli investe em “Mountain Bike”

20 Arlanxeo inaugura fábrica de polibutadieno

22 PNEUS

Vendas de pneus caem 0,2% em 2022

28 SUSTENTABILIDADE

Cabot recebe Certificação Carbono Neutro

32 Desma define o futuro da moldagem por injeção de elastômero

34 MAQUINATUAL

GWM lança SUV híbrido Haval H6 GT

36 Evonik inaugura moderno centro de distribuição em Guarulhos

38 NOTAS & NEGÓCIOS

40 ABTB projeta grandes eventos e começa o ano com eleições

Um futuro pela frente

A grande no�cia desta edição é a inauguração da nova fábrica de polibutadieno da Arlanxeo no município gaúcho de Triunfo. Na atual conjuntura mundial, receber confiança e inves�mento são fatores muito importantes para acreditarmos que o futuro será de progresso e evolução. Assim, o Brasil estará muito bem suprido de polibutadieno pelos próximos anos, já que ela é uma matéria-prima muito importante para o mercado de borracha e dos pneumá�cos, conseguindo suprir até a demanda dos países sulamericanos.

A entrevista especial traz o presidente do Sindibor, Marco Carpeggiani, revelando a importância desta en�dade para a defesa dos interesses nacionais e a necessidade de empresas e empresários explicarem às en�dades governamentais a real situação da indústria brasileira frente a uma concorrência internacional que não dá tréguas e transpõe fronteiras.

Vivemos um momento de transição muito grande em três grandes frentes, a tecnológica do mundo digital, a geopolí�ca internacional e a governabilidade nacional. A interação destas vertentes trará resultados ainda incertos, mas com certeza deveremos nos esforçar em educação, governança e responsabilidade para garan�rmos nossa primazia entre os povos desenvolvidos e com bem-estar social. Boa leitura amigos!

EXPEDIENTE Ano XXVIII - Edição 164 - Jan/Fev de 2023 - ISSN 2317-4544

Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta

Antonio Carlos Spalletta

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 | 11 97353.8887

assinaturas@borrachaatual.com.br

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A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP.

CNPJ: 07.063.433/0001-35

Inscrição Municipal: 106758-3

Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392)

Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br

Foto Capa: Divulgação Arlanxeo

Impressão: Mais M EPP.

Tiragem: 5.000 exemplares

32 O futuro da moldagem por injeção da por injeção 46 Sustentabilidade vira protagonista vira protagonista 48 MATÉRIA TÉCNICA Agentes Vulcanizantes 2 Vulcanização Peroxídica 04 ENTREVISTA Marcos Carpeggiani, presidente do Sindibor ISSN 2317-4544 Ano XXVIII Nº 164 ASPA Editora Inauguração NOVA FÁBRICA DE POLIBUTADIENO
EDITORIAL
44 QUÍMICA Déficit em produtos químicos tem novo recorde 46 CALÇADOS Sustentabilidade vira protagonista 48 MATÉRIA TÉCNICA Agentes vulcanizantes 2 – Vulcanização peroxídica 50 FRASES & FRASES 3 www.borrachaatual.com.br
42 GENTE

Em abril, o Sindibor – Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha e Reforma de Pneus no Estado de São Paulo – completa 90 anos de atividade. Para falar sobre estas nove décadas apoiando o setor de borracha no estado, Marcos Antonio Carpeggiani, presidente do Sindibor, recebeu Borracha Atual na sede da entidade, em São Paulo. A seguir, uma conversa extensa, em que, além da data comemorativa, vários outros temas foram abordados com profundidade, como atuação sindical, os benefícios que a entidade traz para o associado, situação do mercado de borracha e as expectativas para este e os próximos anos.

Marcos Carpeggiani Presidente do Sindibor

BORRACHA ATUAL: Neste ano o Sindibor completa 90 anos. Pode nos contar sobre sua origem e finalidade?

MARCOS CARPEGGIANI: O Sindibor foi estabelecido no dia 24 de abril de 1933 na rua Quin�no Bocaiúva. Naturalmente, todo o começo da a�vidade sindical, que não era muito bem regulamentada pela cons�tuição na época, se fazia através de interesses de relação para regulamentar a relação entre o interesse das empresas e o governo, principalmente, e também com a sociedade e com as en�dades laborais da época.

Foi importante esse movimento de criação do sindicato para cuidar das trata�vas dos interesses dos empresários na época. Eles se reuniam de uma forma muito simplória, porque na verdade não havia nada regimental. Não havia sede, normalmente as reuniões eram feitas em mesas de restaurantes, em que se discu�am as primeiras ideias de como se confeccionar um sindicato. Par�ciparam 33 empresários do ramo de artefatos de borracha, que representavam grande par�cipação no Brasil.

Na época se fabricavam aqui vários artefatos no intuito de reproduzir aquilo que entrava através de importação, para fa-

©FOTO: DIVULGAÇÃO
ENTREVISTA 4 www.borrachaatual.com.br
“O Sindibor é um sindicato efetivo, com organização, missão, métrica, indicadores e atuação.”

zer subs�tuição e também para abastecer o mercado interno, principalmente com alguns artefatos que eram de uso comum, como a base de sapatos, carcaça de baterias e pentes. Hoje não estão mais circulando por aí, mas eram muito usados na época.

Então, no início, os artefatos de borracha não eram direcionados à indústria automobilística e sim para uso pessoal?

Sim, mais de uso pessoal que da indústria automo�va, que também �nha a sua demanda já em um processo muito galopante. Era 1933 e já �nhamos automóveis importados aqui. Havia peças de reposição, estava iniciando a fabricação de pneus no Brasil.... Mencionamos que esses encontros aconteciam antes da própria regulamentação da ins�tuição, que aconteceu no dia 24 de abril. Essas reuniões começaram em 1931. Havia muita dificuldade para fazer as trata�vas em separado, eram feitas de modo desorganizado. Tinha que se criar um sindicato para fazer essa organização.

Os trabalhadores já eram sindicalizados?

O que havia eram organizações que mais para a frente seriam conhecidas como sindicatos. As reivindicações da classe trabalhadora já exis�am. As regimentações para sindicatos, tanto para a classe laboral como para a patronal

vieram em 1943/1944, quando foi possível oficializar através da cons�tuição a �tularidade de um laboral ou do patronal. Antes disso, havia na primeira cons�tuição do Brasil a formatação do que deveriam ser movimentos pacíficos. As trata�vas deviam ocorrer de modo organizado, pacífico, mas não havia uma ordenação cons�tuída em termos de ter um presidente de sindicato, diretores. Isso se traduziu em estatuto registrado em cartório, fundamentado, com sede própria.

Tudo começou com uma idéia de organização para defender os interesses da indústria aqui no Brasil, que passava por tremendas dificuldades de ter isso regimentado, discu�do e organizado. Por isso, se reuniu um grupo de pessoas. Um problema individual passou a ser cole�vo, de uma maneira que fosse possível dialogar com o governo, com a sociedade e com os trabalhadores.

A organização do Sindibor ajudou a controlar a entrada de material importado no Brasil?

Sim. O Brasil �nha uma grande dependência de produtos importados na época. Havia uma falta de abastecimento no mercado. Por isso, a indústria nacional nasceu para abastecer o mercado local. Mas exis�a também muita dependência dos materiais que vinham dos equipamentos importados (máquinas, automóveis).

O Brasil era muito dependente – e não saiu muito da situação que vivemos hoje, de gerar muitos insumos básicos de matéria-prima e de não ter manufatura. Daí a necessidade de se organizar a manufatura e com muito material importado inicialmente. Isso se traduz em uma nacionalização de produtos para o abastecimento do mercado interno.

Essa prerroga�va foi sustentada até os dias de hoje. É muito evidente a atuação do Sindibor no campo da defesa comercial. Não é uma atuação

contra o produto importado, mas sim pela busca de uma concorrência leal. Muitas vezes isso não é exercido como se deve e o Sindibor (e mais tarde com o surgimento da Abiarb que tem uma figura nacional) passa a atuar nessa temá�ca de uma forma bastante consistente.

A atuação do

Sindibor é regional?

Sim. Só atende o estado de São Paulo. Já a Abiarb tem uma atuação federa�va.

A prerroga�va sindical, do jeito que está estabelecida hoje, abrange regiões com exclusividade, a chamada unicidade sindical. Então, se há o estabelecimento de uma representação sindical, seja dos trabalhadores ou da indústria, não pode haver outra representação sindical. No caso do Sindibor abrange o estado de São Paulo.

Em 2014, o Ministério do Trabalho reconheceu ao Sindibor também a representação da a�vidade de reforma de pneus. O registro sindical dando ao Sindibor a exclusividade de representação no estado de São Paulo aconteceu em sua origem, em 1933.

A reforma de pneus foi incorporada desde que surgiu por uma escolha do próprio mercado pela representação do Sindibor, mas a formalização disso só aconteceu em 2014. O Sindibor requisitou a representação ao Ministério do Trabalho muito antes, mas é um processo que leva décadas e só aconteceu em 2014.

“Com o gestor profissional conseguimos não só mudar a prática, mas a cabeça do mercado.”
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“Não é uma atuação contra o produto importado, mas sim pela busca de uma concorrência.”

Então já estamos falando em evolução do Sindibor?

Sim. Colocamos um histórico da evolução, desde as trata�vas iniciais em 1931, a consolidação em 1933, ali por 1943 �vemos o primeiro decanato e aí veio o estabelecimento da primeira sede (porque antes disso as reuniões eram feitas em mesas de restaurante), que se instalou junto à FIESP. Então a FIESP abrigou o Sindibor de 1943 até o estabelecimento da sede própria aqui. Quando a FIESP mudou de local em 1979, o Sindibor mudou em conjunto com a FIESP. De 1979 a 1998 o Sindibor ficava no prédio da FIESP na Paulista. Só em 1998 mudamos para a sede própria.

Foi um processo de onde você não �nha sede, as reuniões eram agendadas para locais dis�ntos, depois estabelecemos essa união com a FIESP –não é que aconteceu uma separação, mas havia a necessidade de se ter uma sede própria, estabelecida em 1988. Aí em 2014 adicionamos a a�vidade de reforma de pneus.

Podemos afirmar que houve uma maturidade do sindicato, do próprio empresariado paulista em se organizar e se preparar melhor para enfrentar as adversidades, seja de mercado, tributária ou política?

Essa é uma consolidação que vem através do que prezamos que é a própria missão que estabelecemos para o Sindibor, que é justamente representar e defender os direitos e interesses da indústria de artefatos e de reforma de pneus em São Paulo. Então as inicia�vas são dedicadas ao crescimento, sustentabilidade, inovação e compe��vidade do setor. Reunimos as forças através de comissões e conseguimos aqui, dentro da própria sede, através dos recursos que temos aqui, já no ambiente que temos hoje, fazer reuniões remotas com propósitos comuns, com todas as comissões que montamos ao

longo dos tempos, com diversos propósitos, desde assuntos tributários à questão da inovação e ao tratamento em relação à gestão de pessoas. É uma série de comissões que tratam de problemas comuns.

É uma en�dade voltada para interesse destes fins, de indústria de artefatos de borracha e reforma de pneus. Claro que outros assuntos são tratados, mas genericamente. Reforma tributária? O Brasil todo precisa de reforma tributária. Não é só o estado de São Paulo, é a federação. Aí somos representados pela força da FIESP e pela CNI, Confederação Nacional da Indústria, que congrega as demais. Assim, deixamos de discu�r problemas que são comuns à unidade federa�va, tratamos no âmbito de outras federações porque é um problema comum. Se não juntarmos forças... imagine se o Sindibor vai promover uma reforma tributária para o estado de São Paulo ou para a federação... vai ter pouca força! Mas se juntar à FIESP para representar o estado de São Paulo, a sua força vai ser muito maior. Aqui canalizamos os assuntos rela�vos ao próprio setor.

Quando citamos FIESP e CNI, poucas pessoas sabem que a FIESP é um sindicato e a CNI também. Definida pela legislação do trabalho, a FIESP é uma en�dade sindical de grau superior, assim como a CNI. Elas trabalham com uma matéria-prima produzida no sindicato. Os mesmos fóruns que sustentamos aqui são os mesmos fóruns sustentados pela FIESP e ali eles reúnem a opinião consolidada de cada setor representado

por um sindicato. E a mesma coisa a CNI com as federações. A FIESP é a união dos sindicatos da categoria industrial e a Confederação é a união das federações da categoria industrial.

Isso não fica bem claro na mídia...

Isso é algo que tem que ficar bem definido nos estatutos e suas finalidades. É muito importante que as pessoas leiam mais a respeito dos assuntos e entendam o funcionamento da en�dade.

Hoje há muitas no�cias circulando nas mídias que são realmente fake news. Muitas pessoas colocam coisas que seriam verdades ou men�ras sem terem conhecimento de causa do funcionamento de en�dades, do governo, da sociedade. Temos projetos de lei hoje tramitando e gente reclamando que ninguém faz nada... É muito di�cil dis�nguir essas situações e ter que entender... A mídia muitas vezes tem ques�onado o funcionamento do que já está estabelecido. O Sindibor não pode ser chamado de sindicato de gaveta. O Sindibor é um sindicato efe�vo, com organização, missão, métrica, indicadores e atuação. Nós temos um propósito.

As organizações são compostas de pessoas com necessidade de terem obje�vos, propósitos. As pessoas que vêm trabalhar no Sindibor tem papéis. Temos uma composição estatutária onde há o presidente estatutário e o presidente execu�vo, que é o profissional que vem aqui gerir os negócios do dia a dia. O que é diferente do processo que era comum do sindicato. Os estatutários fazerem o execu�vo. Na verdade, quando o laboral procurava, procurava o presidente estatutário para discu�r as questões operacionais. Hoje não, hoje temos um advogado, um presidente execu�vo que vai tratar desses assuntos e leva para a diretoria, ou seja, para o diretor-presidente, diretor vice-presidente e demais diretores esses temas que foram tratados com o execu�vo.

ENTREVISTA 6 www.borrachaatual.com.br
“...poucas pessoas sabem que a FIESP é um sindicato e a CNI também.”

Isso ocorreu ao longo do tempo ou esse estatuto já existia desde o início?

Resolvemos fazer essa mudança pela questão do risco que o presidente estatutário assume como execu�vo porque é natural que o laboral vá fazer greve e o presidente estatutário, se ele for o execu�vo, agir.

Em 2017 houve uma reforma nos estatutos sociais com a incorporação da profissionalização da gestão, criou-se a figura do gestor profissional e a par�r daí conseguimos não só mudar a prá�ca, mas a cabeça do mercado com o qual o Sindibor se relaciona, deixando claro que existe um porta-voz, uma forma de relacionamento que preserva a imagem de seus representados. Um detalhe importante: para assuntos de ordem setorial, a diretoria naturalmente é consultada, consoante com uma deliberação oficial de assembléia. Sem essa deliberação de assembléia, nenhum par, independente de compor ou não diretoria, tem alçada, autonomia para determinar qualquer ação da organização. Estas assembléias são oficialmente convocadas para todo segmento par�cipar e falar pela en�dade.

Com o aperfeiçoamento da organização pode-se dizer que o Sindibor está mais atuante que no passado?

Esse �po de reconhecimento tem que ser feito pelo associado nas a�vidades reportadas nas assembléias. Inclusive nós temos um roadmap aonde fazemos um “compliance” de governança. Essa mudança citada em 2017 culminou no estabelecimento de metas, visando a missão, como vamos vencer, como vamos atuar. É parte da resposta da pergunta. Se formos remontar a modelos anteriores, podemos dizer que o Sindibor está muito mais profissional, muito mais voltado ao associado em termos de profissionalismo no tratamento.

Você tem uma entrada, você tem uma demanda, essa demanda é considerada interesse, ele tem um tratamento, ele vai para os âmbitos de trata�vas execu�vas, seja ela governamental através de ex-tarifários, seja um problema laboral, seja um problema de regulamentação norma�va de trabalho, tudo isso é discu�do em forma muito profissional com profissionais. Temos um presidente execu�vo, advogado, temos área financeira atuante aqui, assessorias, então temos representa�vidade para toda a empresa que entrar e estará bem definida aqui para defender interesses. Agora, se no passado era feito da mesma forma, com certeza não temos registros dessa forma operante. O que podemos dizer é que, a par�r de 2017, quando alteramos o estatuto e definimos papéis mais claros, inclusive com a diretoria estatutária, onde você tem conselhos fiscais atuantes, você tem diretor financeiro e tesoureiro atuante, assinando balanço, lendo extrato bancário, vendo saldo, com papéis bem definidos, digo que hoje sim, os papéis estão mais claros.

No passado por uma questão estatutária, por uma questão de obrigação, fazia-se uma eleição e convocava pessoas para ocupar cargos e não executar a�vidades. O que fizemos de 2017 para cá foi essa segregação de papéis. Para que isso ocorresse, desenhamos o roadmap muito claro de como vencer os problemas, de como trabalhar. O que focamos bastante aqui é experiência em �me, que é traduzir nossa cultura em valores e a�tudes, e quando vamos a associados e afiliados, lá está: “prover experiências sa�sfatórias”.

Então, hoje é muito importante remontar à época do início, das dificuldades. Como você venceu os problemas? Que solução você colocou dentro da empresa? Como você aplicou inovação? Que recurso você aplicou? Você usou Rota 2030? Você usou Lei do Bem? Você usou um serviço do SENAI? O que você fez?

Essas questões de prover experiências sa�sfatórias muitas vezes vêm da troca e reunião que era simplesmente feita lá em 1933 quando se falava que �nha dificuldade. Então, hoje muitas empresas se isolam nessa situação e não procuram o sindicato para trocar experiências sa�sfatórias. Experiências de meritocracia, experiências de soluções para trata�vas de NR’s complicadas que temos, ou questões de aproveitamento de créditos fiscais.

Hoje temos comissões que foram montadas a fim de focar em problemas. Quando for passar o problema, tem o âmbito da reforma tributária... e enquanto não vier a reforma tributária? O que aflige o setor? E a situação tributária, o IPI? O que nós podemos fazer? Isso se traduz em um movimento muito mais profissional focado nos problemas da indústria de artefatos de borracha.

O Sindibor é uma entidade moderna hoje ou tem o que melhorar ainda?

Sempre tem espaço para melhorar, mas diria que o Sindibor ganhou uma alavancagem de modernidade exemplar. Nos ofendemos muito quando somos chamados de “sindicato de gaveta”. As nossas prá�cas operacionais se transformam em procedimentos, instruções e documentos, e hoje são referências para outros sindicatos. Talvez seja a primeira vez que você tenha a oportunidade de ver um roadmap dentro de um sindicato. Com obje�vos, metas, papéis definidos claramente, isso

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“Temos uma das melhores negociações coletivas do estado de São Paulo. Para não dizer do Brasil.”

se transpõe aqui para dentro em vários outros documentos que para cada área tem um obje�vo, tem métricas, os KPI (“Key Performance Indicators”) que vão indicar as performances em cada parte, da área financeira.

Aqui �vemos um agravante que foi a reforma trabalhista, que quando veio �rou uma das principais contribuições que �nhamos para a sustentabilidade do sindicato. Tivemos que remodelar com a reforma trabalhista toda a operação do sindicato em termos de arrecadação e sobrevivência.

O sindicato quase foi inviabilizado?

Sim. Tivemos que reconstruir muitas coisas. Hoje, tem alguma coisa para melhorar? Sempre tem. Mas a melhoria que ocorreu de 2017 para cá foi substancial e ela é referência. Temos que colocar nossa par�cipação de PIB, representa�vidade.

O Sindibor não é um Sindipeças, não é um sindicato gigante, como é o sindicato do plás�co, nós temos uma limitação no número de associados e par�cipação. A estrutura é de acordo com a arrecadação que tem. Diria que pela pouca estrutura e pelo número de funcionários que tem aqui dentro, somos um gigante. Digo que o pessoal daqui é herói.

Quando você está em uma situação estatutária, quando precisa falar com o presidente, como ele é só estatutário, está tocando sua empresa. Normalmente ele teria que estar livre para tratar daquele assunto demorado, moroso. É complicado ter uma boa gestão fazendo dois papéis. Hoje não, os papéis são bem focados e conseguimos dar bastante vazão.

Podemos afirmar que uma empresa só tem a ganhar filiando-se ao Sindibor?

Convido inclusive as empresas a par�ciparem efe�vamente dos processos das comissões, das trocas de experiências, das dificuldades. O Sindibor está sempre aberto para ouvir, contribuir e defender os interesses. Muitas vezes a cereja do bolo do Sindibor ganhou um ritual que diria que é di�cil de ser removido.

Qual é a razão principal de um associado se filiar ao Sindibor? Se remontar às épocas de 1933 para cá o que se destaca de longe é a nossa negociação cole�va. Nossa negociação cole�va é a cereja do bolo porque contempla algumas negociações com o laboral que, diferentemente dos outros setores, favorece muito o nosso setor, em termos de cláusulas negociáveis. Temos uma das melhores negociações cole�vas do estado de São Paulo. Para não dizer do Brasil.

Muitas vezes o pessoal se esquece que estamos aqui não só pra isso. Estamos aqui para fazer outras a�vidades,

no campo da inovação, da tributação, das relações humanas, que é a gestão de pessoas... os ex-tarifários, a defesa comercial contra os importados...

Trabalho não falta...

Sim, mas o pessoal ainda se foca no seguinte: Por quê você se filiou ao Sindibor? Por causa da negociação cole�va. Temos aqui algo que realmente é muito importante para nós, mas se esquecem dos outros papéis. Mas eu convido todos a par�ciparem, porque é bom.

2017 foi o ano em que começa uma transformação mais pronunciada aqui no Sindibor. Foi quando também foi ins�tuída a úl�ma reforma trabalhista, que ins�tuiu a figura do negociado prevalecer sobre o legislado, e com essa condição que passa a exis�r a par�r dessa reforma, o Sindibor conseguiu modernizar a convenção cole�va de uma forma adequada e justa para os trabalhadores e para as empresas, permi�ndo uma flexibilização que não exis�u desde a primeira negociação cole�va. Essa reforma permi�u que fizéssemos grandes movimentações. Agora, essas movimentações se dão quando a gente fala que é bom para a empresa se filiar? Naturalmente. Mas ela tem que ter o entendimento que a par�cipação dela em conquistas cole�vas são as maiores vitórias que ela poderá ter em uma organização representa�va, a associação ao sindicato.

Obviamente existem muitos bene�cios dentro da organização que são entregues aos filiados e associados diretamente. Mas a par�cipação cole�va é imprescindível para que a gente consiga representar o setor nas decisões que as federações e confederações farão. Nota-se que, tanto no período pré-eleitoral para a presidência da república como no pós-eleitoral, a FIESP tem um protagonismo bastante relevante no país, saba�nando os candidatos e depois discu�ndo os temas de relevância

“Temos que deixar de tomar medidas populistas para tomar medidas mais técnicas de médio e longo prazos.”
ENTREVISTA 8 www.borrachaatual.com.br
“As nossas práticas operacionais se transformam em procedimentos, instruções e documentos, e hoje são referências para outros sindicatos.”

nacional com, por exemplo, os ministros que compõe cada pasta do governo. Já passaram dois ministros só esse ano pela FIESP e é provável que todos visitem a casa para ouvir os sindicatos. Pois são os sindicatos que constroem essa pauta da FIESP e a FIESP assim demanda os ministérios.

Como se cons�tui a pauta do sindicato? Com a voz do empresário. Este é o caminho. Um detalhe: quando falamos sobre a evolução do sindicato, é muito importante reconhecermos o passado por todos os seus feitos e compreender que nós �vemos muitas mudanças de comportamento e necessidade. As necessidades e condições do passado permi�am que se entregassem resultados de acordo com a época. Por exemplo, a digitalização nos dias de hoje, o caminho que se percorre para poder gerenciar as a�vidades de uma organização sindical é diferente daquele do passado. Naturalmente, tudo isso pode exis�r porque na história �vemos antecessores que construíram uma iden�dade sólida. O Sindibor é reconhecido como um dos maiores sindicatos da indústria no Brasil. Não somos gigantes como poucos, pouquíssimos, mas estamos ali perto do que é chamado “Big 5”. Isso é bastante importante.

O Sindibor soube acompanhar a evolução tecnológica e as necessidades do mercado?

Não é a questão de focar na sua a�vidade, nos seus obje�vos. De que modo você contribuiu para que os processos evoluam? O Sindibor não promove a reforma tributária. Ele contribui com a sua comissão tributária, que é composta de associados para discu�r aspectos em andamento, e daí ela deriva com a opinião do Sindibor formada, através dessa comissão, para par�cipar de uma comissão maior, que é da FIESP, que vai compor um documento como esse, que é o alinhamento tributário. É isso o que o estado de São Paulo deseja. E nossa contribuição está aqui, representada.

Por isso convidamos muito para deixar de se apresentar como associado indiferente, que diz: “olha, para mim está bom o que acontecer”. Mas qual a sua opinião? A questão de como você junta PIS e CONFINS... O governo coloca 12, e seu número é 8,7 ou 8%... vai concordar com 12? Não. Você tem que ter voz a�va. Falar que indústria de borracha fez um cálculo com seus contadores e falou que o número é 8. Não aceito 12. Você tem que saber discu�r um pouco mais amplamente dentro de sua própria indústria, seja a contabilidade terceirizada ou não, a tributação, aquilo que te interessa.

É necessário conhecer melhor o seu próprio negócio?

Sim. Por isso é muito importante que essas comissões sejam muito a�vas.

Dentro da própria indústria – vamos chamar de FIESP, a nossa en�dade representa�va – a reforma tributária não é necessariamente a mesma para todos os segmentos. É muito perigoso quando os empresários de uma categoria venham a pensar que como a FIESP já pacificou uma decisão, ela bem atenderá. Porque é possível que

ali tenha prevalecido um grupo presente e que definirá com uma voz a ser emanada para o governo, em termos de pleito, que na verdade é ruim para ele. Essa soma de opiniões depende de onde essa empresa está encaixada na cadeia; a reforma tributária ideal modifica completamente, sem dizer também o porte daquela empresa, se é simples ou lucro real.

Diria que é um contrassenso, infelizmente não no Sindibor, mas no mercado inteiro no Brasil e não sei se no mundo, de que as menores empresas são as que menos par�cipam destas organizações e é compreensível pela falta de mão de obra. O próprio dono desempenha múl�plas funções na empresa, mas essencialmente é quem mais precisaria dar voz, pois muitas das reivindicações que acontecem, por exemplo, na área trabalhista, as empresas grandes já pra�cam. Aquele pleito nem afetaria no caso de uma grande empresa concedesse aquela reivindicação tornando-a compulsória, uma coisa importante. A convenção cole�va, ainda que a empresa não par�cipe, é um instrumento compulsório, de cumprimento obrigatório para todo o setor. A não representação dessa pequena empresa pode causar um grave prejuízo em relação ao que é melhor para ela.

Nós temos no histórico do Sindibor uma consciência muito grande das empresas de maior porte sobre essa necessidade da sobrevivência de todo o mercado e isso é bastante levado em consideração nas negociações, de uma forma que até hoje a opinião do micro e do pequeno foi majoritariamente preservada. Mas não é uma obrigação. Essa realidade, se ela mudar, é totalmente legí�ma, porque a empresa grande também deve se fazer presente. Os pequenos não podem contar eternamente com essa voz. Eles precisam estar mais presentes.

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“O Sindibor é reconhecido como um dos maiores sindicatos da indústria no Brasil. Não somos gigantes como poucos, pouquíssimos, mas estamos ali perto do que é chamado “Big 5”.”

Como a indústria de borracha está inserida na economia brasileira?

Ela é extremamente essencial no mercado brasileiro. Par�cipa da vida das pessoas, dos negócios, intensivamente. No dia a dia você depende plenamente da borracha. Desde o calçado de seu sapato, pneu do seu carro, as questões de geração de energia, os fios e cabos de transmissão (embaixo no mar há os cabos subterrâneos), você vai para o espaço, tem componentes de borracha. A borracha está inserida em nossa vida. É natural que a inserção dos produtos de borracha na vida e na economia é algo que você tem que tomar cuidado com carinho, porque a falta de borracha, dos artefatos de borracha pode afetar o desempenho da vida humana. A borracha está aí para criar conforto. Muitas vezes você não percebe que ela par�cipa de sua vida. A borracha está em amortecimento, em absorção de vibrações. Na questão dos terremotos, muitos prédios não caíram porque têm isolantes de borracha, como acontece no Japão.

Desde que foi descoberta, a borracha tem sido tratada com o fim de auxílio para a vida humana. Ela par�cipa intensivamente da economia. Não podemos viver sem borracha. Se faltar borracha no mercado, você não anda, não tem mobilidade urbana, há uma série de equipamentos que a usam, por exemplo, quando você abre um aparelho médico-hospitalar, ultrassom, ressonância, os catéteres, o silicone.

A borracha não tem uma par�cipação expressiva no PIB, é diminuta, mas sua importância para a vida humana não é diminuta.

Acabamos de sair da pandemia, e os produtos como catéteres e luvas cirúrgicas foram altamente estratégicos no combate à pandemia. Eles são classificados pelo governo como produtos de defesa nacional. A não produção interna de alguns itens coloca a segurança nacional em risco.

Luvas cirúrgicas. O número de aplicações é imenso e muitas vezes as pessoas não percebem que a borracha está presente em determinados produtos. Em uma vedação que está embu�da dentro do automóvel, a vedação de um xarope ou de um remédio, na seringa de aplicação medicinal, na agricultura onde você tem sistema de irrigação, sistema de geração de energia solar com borracha, nas hélices de geração de energia eólica temos componentes de borracha para absorver vibração. Diria que a falta de borracha impediria o funcionamento regular da vida humana.

Uma curiosidade. Em veículos de passeio, o que você tem em peso, dos pneus, em volume de borracha, você tem em artefatos de borracha (fazendo uma aritmé�ca, média simples) – para se ter uma idéia de um dos segmentos que mais demanda borracha. Um artefato de borracha representa em peso a mesma quan�dade que um pneu representa.

A indústria brasileira de borracha é competitiva? Como ela se apresenta frente aos materiais importados similares?

Temos alguns dados que nos permitem refle�r sobre a realidade de que realmente a par�cipação do produto importado vem crescendo. Hoje há um número crescente de artefatos importados entrando no mercado brasileiro.

Por que isso acontece?

Por questões diversas. Como mencionamos anteriormente, muitas vezes a borracha é integrante de componen-

tes. Às vezes ela está dentro do equipamento. Mencionei o equipamento de ressonância, onde há vários artefatos de borracha inseridos. Mesma coisa com automóveis, montados em CKD, e a peça de borracha já está lá dentro. Um dos pontos agravantes é que a tecnologia ajudou muito a �rar o diferencial da manufatura. A questão da manufatura barata do Brasil, pela mão de obra barata, foi �rada pela questão da produ�vidade. A indústria 4.0 se estabeleceu e hoje a mão de obra, que era �da como cara na Europa e nos EUA, foi diminuída na diferença da produ�vidade. Vou dar um exemplo de um molde de quatro cavidades aqui e quatro cavidades na Europa. De repente na Europa eles estão com uma carga de cem cavidades, e nós estamos com quatro cavidades. A tecnologia aplicada aos meios de produção, esses ganhos tecnológicos, fizeram com que a diferença do preço da mão de obra fosse removida, e a compe��vidade do pessoal de lá aumentou bastante. Esse é um dos fatores. Outros fatores vêm da não fabricação de algumas matérias-primas das quais o Brasil não é auto-suficiente, como algumas borrachas especiais, elastômero, silicone, policloropreno, neoprene, bu�l, todas as borrachas não são produzidas no país, são produzidas lá fora e temos que trazê-las para dentro para usar em nossa manufatura para compe�r com a manufatura externa, que é muito mais compe��va que a nossa. Nesses campos perdemos muito nos úl�mos anos. Aonde somos compe��vos no Brasil? Em grande parte naquilo que produzimos internamente em componentes feitos à base de borracha natural, borrachas sinté�cas (SBR, polibutadieno). Nós temos aqui negro de fumo, óleos. Nesses itens onde o setor tem produção local, nós somos compe��vos. A indústria se adaptou bem. Tanto é que o segmento pneumá�co é compe��vo, exporta... Mas aonde você tem uma tecnologia maior, nós perdemos bastante compe��vidade sim.

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“Diria que a falta de borracha impediria o funcionamento regular da vida humana.”

A competição vem principalmente da Ásia ou a Europa e América ainda são competitivas?

Na questão de tecnologia estamos inseridos em um mundo bastante diferenciado na questão de entrada, principal origem. Claro que existe uma diferenciação de interesses por polí�cas, principalmente por polí�cas focadas na geração de empregos – a gente sabe que a indústria paga bem, a mão de obra é bem remunerada na indústria na comparação com setores de serviços e agricultura. Entre esses três setores, a indústria é a que melhor paga. Porém, temos que compe�r com outros países que já enxergaram que a indústria é importante. E fortaleceram, através de polí�cas, a exportação de produtos industriais. E aí temos o caso da China, que muitas vezes subsidia o produto industrializado para mandar para o Brasil. Nós temos como principal origem os produtos chineses. Isso para nós é um fator bastante impedi�vo, porque temos que falar na questão da isonomia, condições iguais. E muitas vezes essas condições iguais trazem muito prejuízo para nós.

Esse é um problema inerente ao setor de artefatos de borracha ou é um problema do Brasil?

Perdemos para a China não só na manufatura de borracha. Há alguns indicadores que nos levam à essa conclusão, como a queda ano a ano da par�cipação das indústria de manufatura do Brasil no PIB. Temos que resolver o problema brasileiro, que é o sistema de maior tributação, e ter uma polí�ca industrial bem formada aqui. Temos que resolver o problema conjuntural para nos tornar compe��vos para melhorar.

Para isso, já neste governo, em 2023, fomos convidados a explicar as nossas dores. E quais são as nossas dores? Temos uma dor genérica, que é a de interesses comum, que é a reforma tributária, a melhoria dos processos ad-

ministra�vos para exportação – ainda temos muita dificuldade na geração de documentos de origem, o processo é muito moroso e custoso para você realizar, leva-se um número grande de horas para executar a exportação -, além do problema básico da tributação.

As reformas tributária e fiscal são necessidades urgentes?

Absolutas! Citamos aqui alguns itens importantes que reivindicamos e enviamos ao governo. Quais são as dores do setor de artefatos de borracha? Nossas exportações estão caindo e as importações estão aumentando. Em 2021 �vemos o cruzamento das linhas, onde passamos 52% do domínio para 48% de produção nacional. Esse é um retrato do que vem ocorrendo não só com a indústria de artefatos de borracha, e sim com toda a indústria de manufatura em geral. O Brasil perde compe��vidade.

E qual é a reivindicação do Sindibor junto ao governo para melhorar isso?

Zerar a alíquota de imposto de importação de insumos básicos u�lizados pela indústria que não possuem similares de fabricação nacional. Hoje não tem jus�fica�va pagar 14% de imposto de importação sobre um produto que não é manufaturado no Brasil. Você não vai prejudicar ninguém aqui no Brasil, mas você está pagando 14%. Não faz sen�do. Então estamos pedindo isso como atuação imediata, sem prejuízo a outras indústrias aqui no Brasil.

Em relação à indústria automo�va, o que estamos pedindo é algo pra�ca-

do para BK e BIT, que é ganho de capital em máquinas e equipamentos e bens de informá�ca e telecomunicação e que também é aplicado em autopeças. As montadoras possuem um regime, ins�tuído pelo governo, chamado regime de autopeças não-produzidas. É uma lista em que a montadora solicita ao governo a possibilidade de importar aquela autopeça pronta com imposto zero de importação porque ela apresenta caracterís�cas de que ou aquele item não é fabricado no Brasil ou é e não atende a necessidade dela, e assim zera-se esse imposto.

Naquele momento imediato ela ganha compe��vidade, mas a longevidade desta decisão impossibilita qualquer chance da indústria de artefato de borracha produzir aquele item. Ela está compe�ndo com zero de imposto. Ela nunca vai sair da não-produção para produzir, a não ser que ela tenha um tratamento isonômico e condições de produzir. Em muitas situações o governo trata a consequência e não a causa.

E aí falamos de recalibrar a forma coerente de vários instrumentos de polí�ca – exoneração efe�va das exportações, respeitar os princípios da escalada tarifária – e daí também pedir o avanço da desgravação das tarifas do imposto de exportação, o que é prejudicial para nós. Não adianta você começar a fazer essa desgravação ou querer fazer a redução de uma forma genérica para ver o que é que vai dar para depois você querer consertar o problema. A questão é mais di�cil. Então nós temos o problema genérico, que é a reforma tributária, o mais grave e que afeta a todos, mas temos também problemas específicos que poderiam auxiliar o setor.

O papel do Sindibor é ajudar na confecção junto à FIESP para estabelecer o que o Estado quer, porque nós temos condições de impostos estaduais e federais. Muitas vezes recorremos ao estado para soluções de tributações estaduais

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“Só conseguiremos reduzir o custo Brasil se atingirmos a reforma administrativa.”

e da questão de aplicação de prazos de pagamento para os tributos, refinanciamento dos principais impostos estaduais – nem vou entrar no mérito do ICMS –e nós temos a tributação federal. Nós precisamos de uma reforma tributária completa para auxiliar na exportação. E ter uma polí�ca industrial para reverter essa queda. Definir aonde você quer chegar, em quanto tempo quer chegar, e traçar o seu plano de ação.

Claramente não temos isso. É di�cil concorrer com países aonde tem isso traçado. A China tem, a Alemanha tem. Às vezes reclamamos aqui, quando a gente olha para os números, que estamos recebendo produto exportado da Alemanha, por que eles têm plano de ação... e você consegue ler que eles têm.

Agora, como reverter a entrada de produto importado se você não tem um plano para isso?

Fica muito di�cil. O Sindibor pode construir um plano? Muito di�cil, porque não depende dele a reforma tributária. Hoje não vejo só o Sindibor nessa situação, vejo sindicatos maiores, o Sindipeças... A gente tem que fazer uma união. Toda vez que a FIESP, a CNI e os empresários se unirem em um propósito comum para gerar força, sair à rua, colocar o pato de novo na frente da FIESP, colocar as pessoas expostas às necessidades que a gente precisa, a gente vai ter o processo rever�do.

Infelizmente não podemos colocar

aqui um quadro diferente do que a esta�s�ca nos mostra.

Esse pleito citado inclui a indústria de pneumáticos, matéria-prima e alíquota de importação?

A resposta tem que ser restrita porque não representamos a indústria de pneus novos (só a dos reformados). Por exemplo, somos muito próximos em termos de en�dade co-irmã e defendemos e trabalhamos pleitos em conjunto. Já fizemos isso em várias frentes e o tema obviamente é em comum. E ainda que o tema não seja necessariamente em comum, mas dada a proximidade do segmento, um apóia o pleito do outro e o úl�mo exemplo foi o retorno do imposto de importação dos pneus de carga, que está obviamente em franca defesa pela sua representante oficial que é a ANIP – e ela conta com o apoio de uma série de segmentos, entre eles o Sindibor e a Abiarb.

Vale destacar que o setor de reforma de pneus depende de ter no mercado uma carcaça boa para reformar. Se entra um pneu de baixa qualidade, quando termina a banda de rodagem é muito provável que a carcaça não vá dar reforma. E os pneus de custo baixo não têm milagre. São oriundos da Ásia – são dados oficiais, não precisamos ocultar a informação. E a consequência dessa redução do imposto de importação a�nge um segmento que representamos diretamente. Porque temos muito mais carcaças de péssima qualidade no mercado, quando poderia ter um produto mais nobre.

O curioso é que em um curto prazo quem comprou aquele pneu está pagando mais barato na comparação com um pneu mais nobre, mas no fim da linha vai sair muito mais caro, porque não vai dar recapagem e ele vai ter que comprar outro pneu novo. Enquanto ele poderia, no final do primeiro ciclo, recapar e chegar a dois, três ciclos de recapagem.

O contrassenso que o governo acaba provocando no consumidor. Ele acha que está ajudando o caminhoneiro a economizar (naquela crise do custo do frete) e na verdade está só causando um problema maior para o caminhoneiro. Só que não agora, mais na frente.

Benefícios

de curto prazo e malefícios de médio e longo prazos?

Temos que deixar de tomar medidas populistas para tomar medidas mais técnicas de médio e longo prazos. O Brasil precisa definir aonde ele quer chegar. É muito importante que se tenha polí�cas atreladas a obje�vos de sociedade. Por exemplo, se ele tomar rumos para a eletrificação, para o carro híbrido ou para carro a hidrogênio, isso vai ser a base futura da indústria. E também permeado por uma reforma tributária e uma polí�ca industrial que visem geração de emprego, por exemplo. Com modelos bem cons�tuídos. Aonde quero chegar? Quero chegar a 12% a par�cipação de meu PIB, quero chegar a 20%. Em quantos anos? Em 10 anos. E o que vou fazer para isso? E fazer a métrica. Estou a�ngindo? Fazer rotas de correção.

Você não tem isso. Você tem medidas populistas onde simplesmente se fala assim “eu vou fazer a reforma tributária que eu vou resolver o problema da exportação...” Não vai resolver. O que vai resolver é um plano muito grande, muito amplo. Porque você não precisa só de reforma tributária. Você precisa de mão de obra, precisa de tecnologia, precisa de inovação, tem que estar permeado de uma série muito grande de condições. O que eu vejo hoje é um tapa-buraco.

É que não se para pra pensar exatamente aonde se quer chegar. Fala-se muito em desindustrialização. Ela está acontecendo e vai piorar se não mexer. Mas a reforma tributária não é a solução para tudo.

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“O Brasil precisa definir aonde ele quer chegar. É muito importante que se tenha políticas atreladas a objetivos de sociedade.”

Estamos aqui para ajudar. Não só a indústria de artefatos de borracha e reforma, mas também ajudar a dor que é comum ao empresário.

Nesse panorama, como foi o mercado de borracha no ano passado, como deve ser neste ano e nos próximos cinco anos?

O retrato que temos do mercado é dado através de métricas que vem de ins�tutos que divulgam os números. Pelo PMI, do IBGE, frente a frente a 2022, assinalamos uma queda de 0,7%. Dentro de nossa a�vidade, no grupo borracha, que não há uma segregação perfeita – tem muita coisa que se confunde com termoplás�co nesse agrupamento. Quando nos encaixamos nesse grupo temos um número muito ruim, uma queda de 5,7%.

O resultado é ruim, e a tendência futura não é mercado automobilís�co, com uma par�cipação grande das empresas. Os demais dados dos setores não indicam números muito melhores...

A cadeia do setor não está ajudando?

A cadeia não está ajudando no geral para 2023. Hoje estamos ancorados em esperanças fundamentadas em reformas, especialmente na tributária, e temos uma dificuldade muito grande em geral da indústria, não só de borracha, de financiar sua produção. Os juros

estão muito altos, descolados da inflação real, o que prejudica bastante. É uma situação muito adversa, tanto para o consumo – e temos que encarar de frente: temos uma inflação alta, juros altos, dificuldade de financiamento dos bens -, tanto para inves�r. Hoje fica mais caro e você tem que repassar isso para o preço dos produtos. A situação real é que os números deste ano não devem ser muito posi�vos em relação a 2022. Nossa posição é muito mais clara em relação próprio ao Sindipeças, à ANFAVEA. Estamos em linha com o mercado, não criando expecta�vas muito grandes.

Em relação a 2022, quando falamos 5,7%, é um dado. Artefatos de borracha e plás�co juntos – é assim que a classificação do IBGE apresenta os números para nós. Outro dado oficial, que é de comércio exterior, dá um alento. Em 2022 nós ampliamos as exportações em 20%, na base de 22 em relação a 21. E houve uma queda nas importações.

Naturalmente o Brasil tem sido considerado, como o nosso segmento, como novos fornecedores pelos players globais. Existe o desenvolvimento de novos projetos no Brasil.

Ainda não conseguimos mensurar quanto dos projetos que estão em andamento vão dar frutos posi�vos nos números finais. Temos indícios que as indústrias têm problemas logís�cos, falta de materiais, principalmente na questão do aumento do lead �me das importações, têm um inventário em trânsito. Você tem muita coisa trafegando nos navios por muito mais tempo, e isso é inves�mento. Muitas indústrias procuraram nacionalizar os produtos. Em contrapar�da, o choque está na questão da oferta. Quando você apresenta um orçamento efe�vo, ele ainda con�nua mais caro. Existe essa procura, existe essa necessidade pelo onshore, porém o nosso nível de preço ainda não é adequado com o importado, talvez haja uma procura maior, haja um cres-

cimento pela necessidade logís�ca de não pararem a linha, de manutenção de retalho. Isso vai contribuir.

Mas a par�r do momento em que, de repente, a logís�ca melhora no exterior e os preços caem e melhora o trânsito de contêineres, a disponibilidade, o preço do frete internacional é uma ameaça bastante grande.

Vamos ter que olhar com muito carinho quem vai conseguir fechar negócio no Brasil. A sinalização posi�va é que existe muito projeto. Muitas empresas têm reportado que estão trabalhando em projetos aqui no Brasil que estão saindo da gaveta e indo para uma realização, com disposição muito grande na nacionalização das peças de borracha. Em contrapar�da, temos no�cias de que outros, com números verdadeiros, estão importando muito.

Dizem que querem nacionalizar, mas não nacionalizam. E qual o fator decisivo para isso tudo? Ainda con�nua sendo o preço porque a questão das plataformas globais de produção prevêm isso. Que você pode produzir a peça estandardizada em qualquer país que tenha a melhor condição.

Você não concorre com o seu vizinho, concorre com o mundo?

Pior, depende da posição e o momento de cada país, da polí�ca de cada país de ter os subsídios. Você passa por momentos dis�ntos. Hoje o grupo que a gente observa, desde China, Malásia, Estados Unidos, Tailândia, Alemanha, Itália, Japão, França, Índia, Coréia do Sul, talvez esse não seja o ambiente de país. Hoje você enxerga que é preciso ter algo muito fundamentado para concorrer com todos esses países (porque não é um, dois ou três países. Hoje você tem dez, amanhã pode ter vinte na lista). A gente se sente bastante desconfortável porque o nível de compe��vidade global aumentou muito.

Interessante é que, quando os em-

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“Temos que deixar de tomar medidas populistas para tomar medidas mais técnicas de médio e longo prazos. O Brasil precisa definir aonde ele quer chegar.”

presários são entrevistados, todos falam da importância da reforma tributária –ainda que essa discussão seja de décadas, é interessante olhar para o momento. Talvez o Brasil nunca �vesse �do essa oportunidade de fornecer prioritariamente por desabastecimento de outros mercados, em sobreposição a preço. Então você conquista esses projetos nesse momento, mas fica ameaçado de deixar de con�nuá-los por causa de preço. É hora do Brasil fazer a lição de casa e dar condições aos empresários de con�nuarem gerando emprego e renda.

E é impossível falar em reforma tributária se o governo – e aí entra a sociedade, que precisa cobrar de uma forma sobrenatural, eu diria – não fizer a reforma administra�va. Se você o�mizar o custo do Estado, e o Estado falando que precisa de mais recursos, como é que ele vai entregar uma equação mais favorável?

A questão é o custo Brasil. Não adianta ficar mexendo com nome para cá... ele faz você rir com a redução de um tributo aqui e ele faz você chorar com outro tributo ali. Só conseguiremos reduzir o custo Brasil se a�ngirmos a reforma administra�va. Do contrário, é o mercado sufocando a galinha dos ovos de ouro.

O Estado brasileiro não é um ônus. Ele é necessário para gerir os recursos. O problema é a eficiência da máquina pública, que tem que passar por um processo forte de reforma tributária, reforma administra�va e tantas outras reformas que são necessárias para que essa máquina pública se torne eficiente e não se torne algo de conforto como é hoje. Hoje a máquina pública nos custa bastante. Não há a necessidade de discu�r a existência ou não dela. O que precisa ser discu�da é a eficiência dos processos. Não precisamos apenas de uma reforma administra�va, que vai resolver parte, mas também uma eficiência dos processos e redução do custo da máquina pública, para que isso culmine na melhor aplicação de recursos.

Que haja menos desvios, que haja mais eficiência, que eles entrem nos processos normais de digitalização.

A grande pergunta nos anos que se passaram: o Sindibor reformou, se adaptou à reforma trabalhista que ocorreu? Sim. Sobrevivemos nos adequando. O governo também precisa se adequar. Diminuir o tamanho da máquina pública. E temos ainda permeando tudo isso a insegurança jurídica. Quando você escolhe um país para inves�r você vai olhar o que tem de recursos dentro desse país. E hoje o Brasil só de obrigações acessórias vinculantes ao sistema tributário é imenso. Temos que tratar também das obrigações judiciais que estão junto com a reforma tributária.

Temos um sistema contábil que nos custa milhares de horas preenchendo obrigações acessórias e correndo o risco de sermos penalizados pela própria informação que se gera para o governo. Isso não faz o menor sen�do para qualquer estrangeiro – e para nós também não tem que fazer sen�do. Não temos que ter insegurança jurídica.

Uma outra situação ocorre com o pneu importado. Muitas vezes a gente tem que mencionar que a própria mul�-

nacional que produz pneu aqui também produz pneu lá fora. Qual é o sen�do disso? Muitas vezes você vai falar com o fabricante aqui e ele fala que não entende o que o governo está fazendo. Alguns falam “tá bom, não vou produzir no Brasil, vou produzir lá fora e trazer pra cá com alíquota zero”. É um �ro no pé de novo...

Aqui temos um dado muito importante da CNI. A indústria de transformação hoje só representa 12% do PIB. Já representou mais de 20%. Cada real produzido na indústria, gera na economia dois reais e setenta centavos...

Esse é um número superimportante porque vemos que essa conta não é feita só pelo Brasil, é feita por outros países também. Se quer mexer no seu PIB, tem que fortalecer a indústria. A mecânica é essa. Mas é necessário ter polí�ca, tem que traçar metas de médio e longo prazos. Tem que reverter essa queda. Como reverter? Simplesmente torcendo para que os ventos mudem a seu favor? Não vão mudar. É ter pessoas competentes nas áreas traçando planos. Não podemos correr o risco de ter planos sem sustentação, sem fundamentação que não irão levar a lugar algum. A questão do populismo, das palavras ao vento, não vai dar resultado.

Ter política industrial e não partidária seria uma solução?

E acabamos tocando na ferida porque quando perguntamos qual é a polí�ca industrial do país para reverter essa situação, não se pode falar que nossa polí�ca industrial é a reforma tributária. Não é verdade. Ela é parte de algo importante, mas ela não é a solução. Não é a solução para a rota do hidrogênio, do etanol, do carro híbrido.Ela não é a rota para isso. Outros complementos que são necessários a uma polí�ca industrial que deveríamos todos traçar juntos.

Não somos convidados hoje pelo governo nem o governo se reúne para traçar em conjunto uma rota em co-

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“Não precisamos apenas de uma reforma administrativa, que vai resolver parte, mas também uma eficiência dos processos e redução do custo da máquina pública, para que isso culmine na melhor aplicação de recursos.”

mum. É a mesma coisa quando procuramos um emprego para trabalhar e não sabemos o propósito da empresa. Ou não sabemos a a�vidade do dia-a-dia. Trabalhamos muitas vezes no Brasil com empresários fazendo o dia-a-dia, atendendo demandas pontuais.

Os juros no Brasil estão muito altos?

Sou muito a favor da independência do Banco Central. O caminho é deixar algo inerente à competência de quem está gerindo essas polí�cas alinhadas às polí�cas do país. Temos metas de inflação, e enquanto essas metas es�verem no centro, o Banco Central tem que aplicar as regras para a�ngir essa medida. Claro que há um descolamento muito grande do juro real em relação ao que o Banco Central tem colocado. Mas é o preço para controlar a inflação dentro da meta estabelecida. Então não há discussão de que a polí�ca aplicada pelo Banco Central é a correta. Não vamos discu�r sobre isso, e sim sobre outras medidas de auxílio de inves�mento dos fomentos existentes. Há uma carência bastante grande na u�lização dos recursos das leis já existentes. Às vezes comentamos da lei Rouanet, que ela existe, existe a Lei do Bem, existe o Inovar-Auto, existe o Rota 2030. Por que não u�lizar esses recursos e não ficar só reclamando dos juros altos? Acho que se existe juro alto no Brasil, existe o risco protegido pelo hatch.

Você vai no tradicional ou vai na proteção de risco? Não colocar todos os ovos na mesma cesta. Porque há a disponibilidade internacional de recursos, inves�mento, atrelados a outras moedas e com juros muito menores. As empresas poderiam colocar um por�ólio variado de análise de inves�mento. E u�lizar mais os recursos do que ficar só reclamando dos juros que o Banco Central está colocando para a�ngir a meta. Esse é o meu ponto de vista. Con�nuo

colocando bastante ênfase na polí�ca do Banco Central, está correta para a�ngir a faixa.

Os juros podem baixar no curto prazo?

Não faz sen�do hoje você estar com uma inflação de 7, 8% – e já a�ngiu 11% – e ter uma banda de 5,5%, no máximo 6%. É mais fácil você realinhar a realidade do mundo aonde os EUA permeiam por 8%, 9%, a Inglaterra também e eles vão sinalizar muito forte nesse ano porque a polí�ca deles está funcionando, reduzindo esses juros. Só que o nosso grande ques�onamento para com eles é no sen�do do porquê deles terem juros de financiamento nega�vo em relação à inflação. Ou seja, hoje a disponibilidade de juros para o inves�mento na produção é muito menor que a inflação. Aqui é ao contrário.

Como ficam os investimentos?

Mas aí as polí�cas que permeiam são outras. No geral isso dificulta toda a indústria, dificulta o comércio, dificulta o consumo. Influencia seu nível de confiança em relação ao futuro, em relação às polí�cas. Eu tenho muita confiança de que, se o Banco Central con�nuar autônomo dentro desta equação, ele vai con�nuar trabalhando para a�ngir as metas e é juro alto.

A questão do Brasil em relação ao empresariado é que ele tem que procurar outros vários meios. O problema é que vemos um círculo vicioso de insegurança jurídica e débitos. Hoje grande parte da população e da indústria vem sobrevivendo ar�ficialmente. São pacientes internados na UTI. O capital de giro para as empresas está cada vez mais di�cil, dado o que vem acontecendo, com ganhos na jus�ça tramitado e julgado; o Supremo Tribunal entra, faz o corte, �ra os tubos de ar e a empresa fica ofegante. A insegurança jurídica realmente complica.

Como está a formação de mão de obra na indústria de borracha?

Quanto à formação de mão-de-obra, o Sindibor faz algumas colaborações. Fomentamos bastante os associados do setor sobre a necessidade de formação de mão de obra, seja ela genérica, administra�va, ou seja ela mais específica e técnica. Temos trabalhado muito junto ao SENAI.

Divulgamos todos os cursos do SENAI, divulgamos todos os correlatos que têm afins para a�vidade do setor. Temos situações de formação desde auxílio de formulação, formação de cilindrista, operador de injetora, tudo isso é disposto para os associados, no intuito que ele prepare a mão de obra para trabalhar no setor.

E qual é a receptividade?

Infelizmente, muito baixa. O que parece ser um modus operandi da indústria brasileira de artefatos é dar con�nuidade ao sistema de operação atual. O ensinamento é feito na própria indústria e não se procura algo mais competente. E aí acabamos tendo o descolamento de alguém que tem essa competência para fazer o treinamento e ensinamento, onde ele contempla norma de segurança de operação, que acaba não entrando nas indústrias. Julgam esse preparo como despesa e não como inves�mento.

Enquanto as empresas ainda enxergarem como despesa, isso será um grande impedi�vo. Por quê? Você preci-

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“É hora do Brasil fazer a lição de casa e dar condições aos empresários de continuarem gerando emprego e renda.”

sa trocar mão de obra. Precisa dar tempo a ela. Vai justamente na contra-mão. Você pensa: qual a prioridade que eu tomo em relação ao preparo da mão de obra para minha indústria? É baixa.

Nosso nível de adesão às inscrições para os cursos, por incrível que pareça, às vezes é zero. Não temos formação de grupos de estudo. E que incen�vo nós temos junto às en�dades que promovem isso? Zero também. Porque se você não tem par�cipação, não faz a roda girar.

Quanto ao preparo de mão de obra, temos feito muita força aqui, entendemos e apontamos essa necessidade, porém a procura é muito baixa.

O problema de mão de obra é exclusividade do Brasil, onde o setor não atrai tanto os jovens para esse tipo de indústria?

O que podemos dizer é que compe�mos com outros setores da indústria. Claro que o jovem tem uma visão da facilidade nas operações. Se ele for para a indústria farmacêu�ca ou alimen�cia, que ganharam tons de automação e limpeza muito grandes, quando ele vai para a indústria de borracha e vê um trabalho mais bruto, ele dá preferência a outro �po de a�vidade que é mais coerente com algo que seja menos ofensivo para a saúde. Por isso que é importante que a indústria de artefatos de borracha também passe por transformação de modernização, pois em breve ela não terá condições de abrigar novos funcionários. O candidato trabalhará três dias, falará que é horrível e irá embora trabalhar em outro lugar (supermercado, empresa de logís�ca), que é mais limpo, clean, mais adequado à sociedade nos dias de hoje. Por isso, a indústria de borracha precisa passar por uma transformação.

Como fazer isso?

Só mudando a cabeça do empresário, que tem que entender que o pre-

paro é um inves�mento, e não uma despesa. O RH das empresas tem isso focado e vem trabalhando insistentemente com inves�mento em educação, treinamento, para que haja um progresso nessas ocupações que estão abertas na indústria de borracha. Caso você não consiga ter formação externa, mandatoriamente as grandes e médias empresas vão fazer esse serviço internamente.

Vemos que o nível de formação é muito baixo. E isso traz consequências graves. Na qualidade do produto que você fabrica, na segurança do trabalho, você tem problemas diversos correlatos à formação. Grandes empresas foram forçadas a terem cursos de formação – e as pequenas ficaram totalmente na contra-mão.

Isso vai causando uma erosão no sistema das empresas. E temos como consequência o mercado sem técnicos, baixo interesse, uma baixa formação nas universidades. São consequências tão danosas que se você não inves�r na infra-estrutura, na educação, na formação de técnicos, as associações vão morrer. E, como consequência, nós também vamos sofrer, pois se não �vermos indústria nacional, qual a nossa razão de exis�r?

Na verdade, todos esses números acabam afetando a todos. Não podemos só reclamar do governo, a indústria tem que também cumprir sua missão. Temos que fazer uma indústria mais forte, mas não está fácil.

Em vista disso tudo, com digitalização e eletrificação, a borracha perderá espaço para outros materiais ou terá garantido o seu lugar no futuro?

Temos uma aplicação de borracha muito específica que é um material com suas caracterís�cas únicas e dificilmente será subs�tuída. Temos como concorrência natural os termoplás�cos e os plás�cos de engenharia. Esses sempre serão nossos concorrentes. Essa é uma

situação que está aí, o mundo vem se modificando, os materiais vêm se modificando constantemente, não existe mais uma garan�a de durabilidade maior por um tempo maior. Um estudo de Harvard feito por um grupo de inovação tecnológica aplicada a artefatos de borracha, mostrou que a borracha é um dos produtos que tem maior duração de vida. Um exemplo: o pneu. Está na formatação atual há mais de cem anos. Hoje não tem câmara, teve inovação, mas é um produto que está aí. Em contra-par�da, há produtos lançados no mercado que não duram três meses. Se fizer um compara�vo entre lançamento de produtos que exigem bastante inovação, a borracha ainda é um produto de di�cil subs�tuição.

Isso está em um ar�go de Harvard, onde são colocados quatro grandes grupos de produtos que são lançamentos de inovação tecnológica, �po softwares (que duram dois, três meses), apps (são lançados, caem no gosto, depois rapidamente somem).

Quanto à borracha, quando você lança uma luva de borracha, quantos anos dura? Pneus, quantos anos? Correia, quantos anos? São produtos di�ceis de serem subs�tuídos.

Então eu enxergo que a compe��vidade para o produto borracha em certas aplicações em relação às alterna�vas, ainda permanecerá por um longo prazo.

O efeito da eletrificação é consequência da mudança de produto. Você está transformando o automóvel e

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“Não podemos só reclamar do governo, a indústria tem que também cumprir sua missão.”

mudando a necessidade. Não é consequência de uma inovação na peça, mas inovação no automóvel. Para o automóvel a hidrogênio serão necessárias novas peças de borracha. Para o veículo elétrico, outra configuração, e para o veículo híbrido, outra configuração.

Os efeitos que podem acontecer serão da natureza da aplicação. Se eu faço a natureza de aplicação de um produto que vai correia, nessa nova geração de produtos a borracha vai de carona. Você não tem uma subs�tuição efe�va de um material da correia, do material do pneu, do material do solado – embora este já recebeu algumas inovações.

Eu vejo assim: uma transição muito lenta até que surja um material revolucionário. Hoje caminhamos na direção dos materiais renováveis e recicláveis. Os roadmaps estão muito fortes. Acordos como o de Paris são muito claros: precisamos reduzir a temperatura do planeta em um ou dois graus nos próximos cinquenta anos. Temos que fazer alguma coisa para que as próximas gerações não sofram consequências trágicas. E para isso todo mundo vai à procura de materiais recicláveis e renováveis.

Daí os biomateriais dão o tom do mercado: borracha natural, sequestro de carbono em relação à borracha natural, o etanol gerando e�leno, butadieno. A tendência muito forte é que façamos produtos para a composição da borracha que venham de fontes renováveis. Óleo de soja oxidado, sílica de casca de arroz... esses são os roadmaps básicos das indústrias de pneus que estão liderando os processos que têm como alvo a�ngir 100%, dependendo da empresa, de 2035 a 2050. A indústria pneumá�ca é o carro-chefe para puxar a indústria de artefatos de borracha no caminho do ESG. Ela vai ser o exemplo. Hoje ela traz o grande desequilíbrio do consumo, ou seja, se ela passar a consumir polibutadieno feito do etanol, toda a cadeia de artefatos de borracha vai seguir, porque

ela comanda o grande equilíbrio da produção. E assim segue o SBR, seguem as demais borrachas de grande aplicação em pneumá�cos.

Claro que vamos ficar na carona ou no resíduo de alguns produtos. Como o negro de fumo de pirólise do próprio pneu, que vai gerar o subproduto óleo. Para o negro de fumo derivado de pirólise já existe até norma STM para ele, esses contratos são fechados primariamente com pneumá�cas. Nós só vamos ter sobras na linha de artefatos de borracha, porque somos os úl�mos na corrida em ESG.

A devulcanização de borracha é viável?

Acredito que sim. Essa é outra frente. Há vários estudos feitos a cada ano. Vemos isso mais fora do Brasil. Infelizmente aqui ainda não temos tecnologia conhecida para isso. O pessoal no exterior está evoluindo em tecnologias muito próximas do reaproveitamento. Isso porque há uma abertura muito grande, mandatória, dos u�litários. O que era rejeição por preço, passou a ser uma questão de obrigação. An�gamente eu não usava borracha reciclada ou recuperada porque o custo dela era igual à borracha virgem. Hoje não. Hoje é mandatório que na apresentação de um projeto você tem que usar. Então você muda totalmente o escopo. Há um aumento no mercado de borrachas recicladas, regeneradas, com ó�mas caracterís�cas, para serem u�lizadas em um percentual interessante em um produto novo.

SENAI

Aproveitando a capilaridade que tem Borracha Atual, o Sindibor reforça o convite para as empresas u�lizarem a estrutura do sistema indústria. Muitas vezes oferecemos aqui, via Sindibor, consultorias gratuitas. Já �vemos aqui programas de 600 horas de consultorias gratuitas. Programa de manufatura enxuta, de relayout de planta, para o�mizar processos e outras ao longo da história.

Existe um programa agora chamado transformação digital – programa macro do estado de São Paulo, da FIESP, por demanda dos sindicatos, e também neste momento é um produto de consultoria de poder preparar uma empresa para ser mais compe��va e para que ela possa absorver inicia�vas habilitadoras da tecnologia 4.0.

Esse projeto tem o propósito de trabalhar o básico, entendendo o momento de cada empresa. Não chegar com um produto de prateleira e querer colocar robô em empresa que ainda está no analógico.

O Sindibor serve de apoio para conectar a empresa aos programas oferecidos pela FIESP e pela CNI. Aí está o convite para que nos procurem e teremos o maior prazer em facilitar para que isso aconteça.

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“A indústria pneumática é o carro-chefe para puxar a indústria de artefatos de borracha no caminho do ESG.”

Pirelli investe em “Mountain Bike”

A colaboração entre Pirelli e Trek também inclui o fornecimento de pneus MTB para as equipes TREK Factory Racing XC, Enduro e Downhill. Esta parceria se baseia na colaboração de vários anos com a equipe de ciclismo de estrada TREK-Segafredo World Tour. As equipes também contribuirão para o desenvolvimento dos técnicos da Pirelli de uma nova linha de pneus Scorpion dedicada a MTBs; a linha será produzida na fábrica da Pirelli em Bollate, perto de sua sede em Milão (Itália).

APirelli fornecerá seus pneus MTB para os atletas da TREK Factory Racing Team. O contrato de três anos recém-assinado complementa a colaboração estabelecida em 2020 com a equipe de ciclismo de estrada do World Tour da Trek, TREKSegafredo. A equipe correrá com a linha de pneus Scorpion XC da Pirelli, dedicada às corridas de cross country, e com os novíssimos pneus Scorpion Race EN e Race DH. Os atletas das equipes TREK Factory Racing compe�rão nos eventos mais exigentes e desafiadores de suas respec�vas disciplinas, como a recém-criada UCI MTB World Series. Desenvolvimento Con�nuo – A parceria com a equipe também impulsionará o desenvolvimento con�nuo dos novos pneus Pirelli MTB visando um desempenho cada vez maior, graças a uma troca intensa e mútua de feedback, validação, testes dentro e fora da corrida. Esses sempre foram os pilares da empresa quando se trata de corrida. Pneus 100% italianos. Em par�cular, a nova fábrica da Pirelli em Bollate (Milão) desempenhará um papel fundamental na parceria da Pirelli com a TREK Factory Racing. Uma nova linha de pneus Scorpion voltados para corridas será desenvolvida e produzida. Esta nova linha incorporará feedback técnico dos campos de corrida dos atletas da TREK Factory Racing e de

todas as outras equipes de MTB diretamente apoiadas pela Pirelli.

Equipe de Campeões – A equipe, que inclui as divisões XC, DH e Enduro, possui uma lista de alguns dos atletas mais fortes dos circuitos, como a campeã mundial de XC de 2021, Evie Richards, bem como a campeã olímpica de MTB de 2021 e campeã nacional suíça de 2022 (pista curta) Jolanda Neff. A contraparte masculina inclui Anton Cooper, Vlad Dascalu, Riley Amos, Loris Vergier e Reese Wilson: com seu talento, vitórias anteriores e grande preparação, eles estão prontos para subir ao topo do pódio mais uma vez em 2023. Com a pintura da equipe TREK-Segafredo World Tour – cuja parceria, entre outras coisas, resultou em várias operações comerciais entre as duas empresas – a equipe TREK Factory Racing 2023 ostentará o logo�po da Pirelli no peito e na manga de sua camisa.

“A crescente colaboração com uma empresa líder como a Trek, com atletas de estrada e agora de mountain bike, confirma o quanto estamos felizes durante nossa jornada juntos nos úl�mos anos. Esta nova fase demonstra o comprome�mento da empresa em ser líder no mundo das compe�ções, que também funcionam como um laboratório a céu aberto para o desenvolvimento de nossos produtos. Poder trabalhar com os melhores atletas nos permite avançar con�nuamente no nível tecnológico

de nossos pneus de ciclismo, produzidos na planta da Pirelli em Bollate, para que superem o padrão de qualidade e desempenho que os ciclistas profissionais precisam, mantendo a adaptabilidade e versa�lidade que os ciclistas amadores desejam”, afirma Ma�eo Barbieri, chefe da Pirelli Cycling.

“Não poderíamos estar mais entusiasmados com o fato de as equipes de mountain bike da Trek Factory Racing trabalharem com a Pirelli. Vimos em primeira mão quanta paixão, cuidado e atenção a Pirelli dedica ao desempenho das corridas através sua parceria com a Trek-Segafredo. Expandir essa parceria para incluir as equipes da Trek Factory Racing foi uma decisão fácil. Estamos ansiosos para ajudar a Pirelli a impulsionar seus produtos enquanto eles nos ajudam a ter um desempenho de alto nível nos maiores palcos do mundo”, declara Tim Vanderjeugd, diretor global de marke�ng espor�vo da Trek. 

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ARLANXEO inaugura fábrica de Polibutadieno

A ARLANXEO inaugurou em Triunfo, no Rio Grande do Sul, uma nova unidade de produção da borracha sintética Polibutadieno. Esta unidade é a mais moderna do grupo no mundo, contando com modernos equipamentos e tecnologias de primeira geração que irão permitir ao País suprir suas necessidades desta matéria-prima essencial e manter-se na vanguarda do mercado global.

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AArlanxeo, líder mundial em elastômeros, com vendas de cerca de 3,5 bilhões de euros, presença em 9 países e 7 centros de inovação em todo o mundo, inaugurou uma nova fábrica para a produção de polibutadieno (BR) com uma capacidade de 65 mil toneladas por ano no município de Triunfo, no Rio Grande do Sul. A nova linha de produção complementa a capacidade de produção existente da Arlanxeo no Brasil e reforça o atendimento à demanda dos clientes por BR (butadiene rubber), produzidos localmente na América La�na.

A inauguração da fábrica contou com a presença do CEO mundial da Arlanxeo, além dos mais importantes execu�vos do grupo, mostrando que acreditam no desenvolvimento do mercado brasileiro, e reforçando ainda mais sua presença regional, estratégia que ganha força globalmente.

Comentando o início bem-sucedido da nova linha de produção, Donald Chen, CEO da Arlanxeo, diz: “A Arlanxeo con�nua a inves�r em mercados de alto crescimento, e nossa nova linha de produção de polibutadieno reflete nossa confiança no Brasil e no mercado la�no-americano mais amplo. Estamos muito sa�sfeitos que a linha de produção foi construída e comissionada com segurança, e esperamos fornecer a nossos clientes na América La�na BR confiável, produzida localmente”.

A nova linha de produção está localizada no sul do Brasil, no complexo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. O compromisso da empresa com o Brasil inclui investimentos recentes em uma nova linha de produção de borracha nitrílica em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e uma nova operação de armazenagem de policloropreno em São Paulo, juntamente com as instalações de produção de escala mundial existentes em Caxias, Triunfo, Cabo e um centro de negócios em São Paulo.

A linha de produção de BR de úl�ma geração da Arlanxeo no Brasil é uma resposta direta à crescente demanda por BR na América La�na. Os clientes podem confiar na Arlanxeo para fornecer BR de alta qualidade, produzido localmente para os mercados de pneus e plás�cos, sem a necessidade de navegar por complexas cadeias de fornecimento globais, diz Angelo Brazil, Diretor Regional LATAM da ARLANXEO.

O polibutadieno é produzido pela ligação química de múl�plas moléculas de butadieno para formar moléculas gigantes, ou polímeros. O polímero é reconhecido por sua alta resistência à abrasão, baixo acúmulo de calor e resistência à rachadura, e é amplamente u�lizado para produzir ar�gos de alta performance como pneus, correias, mangueiras, vedações, entre outros, para a indústria automobilís�ca e segmentos relevantes como de calçados e modificação de plás�cos. 

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Nova fábrica da Arlanxeo para a produção de polibutadieno (BR) inaugurada no município de Triunfo, no Rio Grande do Sul.

Run Flat para Lamborghini

Huracán Sterrato

Vendas de pneus caem 0,2% em 2022

A Bridgestone foi escolhida como parceira exclusiva do novo Lamborghini Huracán Sterrato, fornecendo pneus all-terrain e de inverno para o primeiro carro superespor�vo all-terrain do mundo equipado com motor V10 e trem de força com tração nas quatro rodas. Os pneus Dueler All-Terrain AT002, projetados sob medida, equipam o veículo em duas dimensões: 235/40 ZR19 (96Y) XL RFT para as rodas dianteiras, e 285/40 ZR19 (107Y) XL RFT para as traseiras. O Bridgestone Blizzak LM005 também poderá ser u�lizado no veículo como opcional para o Lamborghini Huracán Sterrato, nos tamanhos 235/40 R19 96Y XL e 285/40 R19 107Y XL.

O Bridgestone Dueler All-Terrain AT002 é o primeiro pneu de supercarro all-terrain do mundo a apresentar a Tecnologia Run Flat (RFT), que mantém os motoristas dirigindo com segurança mesmo após um furo – por 80km a 80km/h com pressão de psi.

Desenvolvido e fabricado na Europa, o Bridgestone Dueler All-Terrain AT002 inclui um novo composto projetado para o�mizar a aderência, com um ombro integrado específico para uma aderência adicional em cascalho e lama profundos. Enquanto isso, o desenho da banda da Bridgestone Dueler All-Terrain AT002 também foi o�mizado para a melhor condução e desempenho em alta velocidade sem comprometer a aderência fora da estrada. 

O decreto do Governo Federal que zerou a alíquota para importação de pneus de carga em 2021 con�nua impactando nega�vamente os resultados da indústria nacional de pneumá�cos. A medida tributária que beneficiou a importação foi a principal responsável pelo fraco desempenho da indústria, já que as vendas totais de pneus de carga caíram 6,5% no ano passado, totalizando 7,4 milhões. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos (ANIP). Vendas para segmento de passeio e comerciais leves cresceram respec�vamente 2,25% e 4,5% em 2022. O segmento de motos caiu 4,5%. No setor como um todo, houve queda de 0,2% nas vendas em unidades em relação ao ano anterior, somando 56,6 milhões de pneus comercializados.

“A redução das vendas, fruto do aumento desenfreado das importações de pneus para veículos pesados, preocupa o setor nacional de pneumá�cos, como também a cadeia produ�va de borracha natural e de aço que também já sentem a frenagem nas vendas e o consequente aumento dos estoques por conta da medida equivocada do governo anterior. O setor já iniciou as trata�vas para iniciar o diálogo com o novo governo a fim de rever essa desacertada medida que prejudica a indústria de pneus no Brasil e que coloca em risco toda a cadeia produ�va”, diz Klaus Curt Müller, presidente execu�vo da ANIP.

Apesar da queda nas vendas totais de pneus de carga em 2022, a comercialização desse �po de pneu para montadoras fechou em alta de 10,6%. Em contrapar�da, o mercado de reposição apresentou recuo de 11,7%.

Já as vendas totais de pneus de passeio �veram leve alta, com 2,2% no compara�vo com 2021, totalizando 30,3 milhões de unidades. Para montadoras a alta foi de 7,2%, enquanto as vendas de reposição avançaram apenas 0,6% no período. No segmento de comerciais leves, o setor fechou com alta de 4,5% nas vendas contra 2021, totalizando 8,5 milhões de unidades (com alta de 12,2% nas vendas para montadoras e zero de crescimento na reposição).

Pneus para motocicletas continuam com resultados negativos. Depois de registrarem queda de 5,2% em 2021, as vendas totais retraíram 4,9% no ano passado, somando 9,1 milhões de unidades comercializadas.

Ano termina com vendas em queda – O índice de vendas totais de pneus de dezembro foi 20,8% menor que os números registrados em novembro, com destaque para o recuo de 32,2% nas vendas para montadoras. Na comparação entre os úl�mos dois meses, as vendas de pneus de carga registraram recuo de 6,4% em dezembro quando comparado ao mês anterior, sendo 10,4% menores para montadoras e 4,4% mais baixas para reposição.

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O Pirelli P Zero Elect foi selecionado pela BMW M para equipar o novo i4 M50, o primeiro carro totalmente elétrico desenvolvido pela divisão de alto desempenho da marca, que comemorou seu 50º aniversário no ano passado.

O BMW i4 M50 coloca a divisão espor�va M no caminho da eletrificação total pela primeira vez. Existem dois motores que acionam as quatro rodas, dando ao carro uma potência total de 544 cv (400 kW) com aceleração de 0-100 km/h em 3,9 s. Para lidar com o alto desempenho do carro e atender às demandas exclusivas comuns a todos os veículos elétricos, a Pirelli desenvolveu pneus P Zero com tecnologia Elect, que podem ser reconhecidos a par�r de marcações específicas na parede lateral.

Prometeon marca presença no Show Rural

A Prometeon, fabricante global de pneus dedicada ao mercado industrial, equipando caminhões, ônibus, Agro e OTR, esteve presente no Show Rural Coopavel 2023, que foi realizado entre seis e dez de fevereiro em Cascavel, no interior do Paraná, levando sua gama de produtos e serviços para o importante segmento do agronegócio do Brasil.

Juntamente com a estrela que iden�fica todos os pneus de equipamento original BMW sob medida, o logo�po Elect também indica que o pneu foi especialmente desenvolvido para complementar as caracterís�cas dos veículos BEV – sigla em inglês para veículo elétrico a bateria – ou híbridos plug-in, incluindo nessas caracterís�cas o torque instantâneo, aumento do peso das baterias e viagens silenciosas.

A estrutura do pneu Pirelli foi reforçada para apoiar o carro e oferecer o máximo desempenho, mesmo durante a condução em modo esportivo. O composto especial de alta aderência também foi projetado para garantir uma dirigibilidade mais precisa e eficiente. 

P Zero Elect equipa primeiro veículo elétrico da BMW M Case escolhe pneu Trelleborg

O pneu TM900 High Power da Trelleborg foi o escolhido para equipar a edição limitada especial do trator Magnum Black Edi�on Limited, criado para comemorar os 20 anos de produção da linha pela Case IH no Brasil. Este trator original foi lançado durante o Show Rural Coopavel.

Concebida em conjunto com os principais fabricantes de máquinas agrícolas, a linha

Com uma gama completa englobando sete linhas de produtos diferentes, a Prometeon par�cipou da feira expondo o que possui de melhor do segmento agro desenvolvido no Brasil, o principal centro de pesquisa e desenvolvimento do setor da fabricante para todo o mundo. “O Show Rural Coopavel é um dos principais eventos do agronegócio do Brasil. Nossos clientes puderam conhecer mais sobre nossos produtos de gamas renomadas como Pirelli, incluindo a linha PHP e o TM95, entre outros. Além dos pneus para cada �po de aplicação, nossa gama completa de serviços para profissionais Pro Services esteve presente”, encerra Chris�ane Clemente, Gerente de Marke�ng da Prometeon para a América La�na. 

Trelleborg TM900 High Power foi especialmente desenvolvida para equipar tratores de alta potência, com alta capacidade de carga, proporcionando alto poder tração, autolimpeza e elevado conforto graças ao design da sua banda de rodagem. Além de minimizar a pa�nagem e menor compactação do solo, com economia de até 10% no consumo de combus�vel, esse pneu traz mais produ�vidade ao campo. 

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Dunlop equipa novo Lexus RS

A Sumitomo Rubber Industries passou a fornecer os pneus Dunlop SP Sport Maxx 060, de alto desempenho, nas medidas 235/60R19 103V e 235/50R21 101W, para a LEXUS como equipamento original do LEXUS RX, lançado em novembro de 2022.

A fim de contribuir para uma maior eficiência de combus�vel e uma condução mais silenciosa para o mais recente LEXUS RX, os pneus Dunlop SP Sport Maxx 060 incorporam um novo composto de borracha que aproveita ao máximo a avançada tecnologia da empresa de desenvolvimento de materiais para maximizar o potencial de performance.

Além disso, a marca possui também uma tecnologia de simulação de ponta, e por isso esses pneus também apresentam um arranjo ideal de sulcos ao redor de sua circunferência para o�mizar ainda mais o ruído. A empresa garante que os pneus Dunlop SP Sport Maxx 060 suportam o excelente desempenho do novo LEXUS RX em qualquer condição de uso. 

Bridgestone desenvolve pneus EV

A Bridgestone aplicou suas mais recentes tecnologias e sua experiência no apoio à mobilidade elétrica ao desenvolvimento de pneus sob medida para o BMW iX. O primeiro veículo totalmente elétrico da empresa, desde o pioneiro BMW i3, usará o modelo Bridgestone Alenza de ultrabaixa resistência ao rolamento que apresenta uma série de tecnologias de ponta que complementam perfeitamente o desempenho e a eficiência do BMW iX.

Os pneus apresentam a exclusiva tecnologia da Bridgestone ‘Enliten’ para

reduzir a resistência ao rolamento e o peso dos pneus em até 20%, ajudando a manter o peso total do BMW iX a um mínimo, e proporcionando como resultado o aumento da quilometragem do veículo. Os pneus Alenza com marca EV para BMW iX também apresentam um composto de material e padrão da banda de rodagem desenvolvidos especialmente para complementar a transmissão de tração nas quatro rodas da BMW iX e a tecnologia Drive-E, proporcionando um desempenho excepcional, alcance extraordinário e aceleração impressionante. 

Bridgestone recebe Certificação Science Based Targets (SBT)

A Bridgestone Corpora�on anuncia que obteve aprovação da inicia�va Science Based Targets (SBTi) para a meta de redução de emissões de CO² para 2030 estabelecida pelo Grupo Bridgestone (Bridgestone). A SBTi concede cer�ficação a empresas que estabeleceram metas baseadas na ciência para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Estas metas devem cobrir períodos de cinco a 10 anos e cumprir os níveis es�pulados pelo Acordo de Paris.

Bridgestone adquiriu a cer�ficação SBT para sua meta de redução de emissões de CO2 a médio prazo para 2030 (Escopo 1, 2 e Escopo 3). Para este

fim, a empresa está focada em alcançar melhorias con�nuas na eficiência energé�ca de suas a�vidades de produção, enquanto intensifica os esforços para u�lizar energia renovável. Ao mesmo tempo, se esforça para reduzir as emissões de CO² em toda a cadeia de valor e em todo o ciclo de vida do produto, que abrange desde a aquisição de matéria-prima até a distribuição, uso, reu�lização e reciclagem. A Bridgestone também tem man�do uma classificação de A – ou acima do CDP5 nos úl�mos sete anos, indicando que está demonstrando excelência no combate à mudança climá�ca. 

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Como evitar bolhas nos pneus e o que fazer quando surgirem

Erros durante o processo de montagem ocasionados por montagem inadequada, ausência de treinamento do profissional, equipamento incorreto e falta de lubrificação dos pneus nas rodas são as principais causas que também podem causar bolhas, pois pode ocorrer um corte na borda do talão do pneu, e este corte faz com que haja a entrada de ar entre a carcaça e a borracha da lateral do produto.

A

ntes de viajar é imprescindível avaliar o estado geral do veículo e todos os seus componentes, especialmente os pneus. Este é o momento que demanda mais cuidados do condutor na hora de avaliar o estado de conservação do veículo, e este item, os pneus, é fundamental quando o assunto é segurança e conforto. Além de avaliar o nível de desgaste da banda de rodagem é necessário observar se existem avarias, como por exemplo, bolhas nas laterais do pneu.

As bolhas podem surgir em qualquer momento da vida do pneu, e são geradas pela ruptura e/ou afrouxamento das lonas têxteis (carcaça – estrutura do pneu) devido a impacto acidental sofrido pelo conjunto pneu e roda contra obstáculos presentes na via. Não existe reparo que mantenha a integridade do produto, recomendando-se a troca imediata após avaliação de um técnico especializado, pois este dano compromete a funcionalidade, bem como a segurança dos ocupantes do veículo com pneu nesta condição.

Nestes casos, os consumidores que optam pela compra de pneus das marcas

Dunlop e Falken de aros 15 ou maiores, de modelos definidos conforme regulamento, possuem uma vantagem, já que as bolhas nas laterais estão entre as avarias cobertas pelo programa Garan�a Mais, que se diferencia por cobrir danos acidentais, desde que o evento se enquadre dentro das regras do programa disponível no link: h�ps://www.dunloppneus.com.br/garan�a.

O que causa e como evitar bolhas – Na impossibilidade de se desviar de algum obstáculo, evite passar com o volante virado para reduzir as chances de impactos na lateral do pneu, recomenda-se que passe em baixa velocidade, e se for necessário frear para reduzir a velocidade, solte o freio alguns metros antes de a�ngir este obstáculo, pois a suspensão do veículo voltará ao seu curso normal e ajudará a reduzir o impacto.

A situação é agravada se a calibragem do pneu es�ver incorreta, divergente do recomendado pelo fabricante do veículo, pois a deformação na lateral do pneu será ainda maior, e quando ele precisar lidar com estas situações de impactos, realizando a absorção da energia, não conseguirá efetuar de maneira eficiente e poderá ocasionar o dano, conforme explicado anteriormente.

Outro fator importante é ficar atento à calibragem dos pneus. Além de causar o desgaste irregular na banda de rodagem, pneus com a pressão abaixo do recomendado estão mais susce�veis ao aparecimento de bolhas causadas por impactos. Lembre-se ainda que o cuidado deve ser maior se o veículo usar pneus com o perfil baixo, pois como sua estrutura lateral é mais rígida, dificultando assim a dissipação da energia durante o impacto.

“Mesmo uma pessoa cuidadosa ao dirigir e atenta à manutenção de seu veículo e dos pneus está sujeita a passar por um buraco e observar o aparecimento de bolhas nas laterais do pneu. Por isso, é importante seguir as recomendações indicadas e em casos de avarias acidentais. Para os clientes Dunlop, que compram pneus par�cipantes da Garan�a Mais, de acordo com o regulamento da promoção, vão desfrutar de um bene�cio adicional, que traz segurança e conforto para nossos clientes, ainda mais nesta época do ano em que muitas pessoas viajam e a temperatura do asfalto é maior e notamos mais buracos, devido à época de chuvas”, explica Rodrigo Alonso, diretor de vendas e marke�ng da Dunlop.

Caso note a presença de bolhas no pneu do veículo, faça a subs�tuição imediata do produto danificado para sua segurança em lojas especializadas. 

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Covestro e LANXESS produzirão matériasprimas mais sustentáveis

Para tornar sua produção mais amigável em relação à questão climá�ca, as empresas químicas Covestro e LANXESS estão cooperando na fabricação de produtos químicos básicos que requerem uso intensivo de energia, em suas unidades localizadas no Baixo Reno, na Alemanha. A LANXESS obtém cloro, soda cáus�ca e hidrogênio das instalações da Covestro em Leverkusen e Krefeld-Uerdingen, que são cer�ficadas pelo ISCC PLUS. A Covestro está fabricando cerca de um terço do volume de produtos que fornece à LANXESS usando energia hidrelétrica com garan�as de origem.

“A Covestro busca o obje�vo de converter completamente sua produção, passando a usar eletricidade de fontes renováveis, dentro de seu caminho para alcançar a neutralidade climá�ca operacional em 2035”, diz o Klaus Schäfer, diretor de tecnologia da Covestro. “Um foco par�cular é a produção intensiva de energia, a par�r de matérias-primas básicas. Em cooperação com a LANXESS, em nossas plantas de eletrólise na Renânia do Norte-Ves�ália (região da Alemanha), usamos energia de maneira proporcional, o que nos permite reduzir nossas emissões em até 120.000 toneladas métricas de CO2 por ano.”

“O projeto com a Covestro é um importante alicerce para tornar toda a nossa cadeia de valor neutra em termos climá�cos. Ao adquirir matérias-primas com uma pegada de carbono reduzida para fabricar nossos produtos, poderemos diminuir nossas emissões indiretas em até 120.000 toneladas métricas de equivalentes de CO2 por ano”, afirma o Hubert Fink, membro do Conselho de Administração da LANXESS. 

Cabot recebe Certificação Carbono Neutro

O escritório regional da Cabot Corpora�on na América do Sul, localizado em São Paulo é o primeiro da empresa, globalmente, a receber uma cer�ficação de Carbono Neutro, com base nas emissões e compensações ob�das durante o ano de 2021. O mapeamento e consolidação dos dados de emissões de gases de efeito estufa foram coletados e subme�dos à auditoria do BV-Bureau Veritas, que confirmou as emissões do escritório de 24MT CO2 para o período de 2021.

Para compensar suas emissões, a Cabot colaborou com a Carbonext, empresa especializada em reflorestamento e preservação de florestas na�vas no Brasil, na aquisição de 25 créditos de carbono do Envira Amazônia, um projeto de conservação de florestas tropicais no Acre. A cer�ficação das unidades de carbono verificadas foi

concedida pela VERRA, fundação que regulamenta o registro global de créditos de carbono.

O propósito da Cabot é criar materiais inovadores que melhorem a vida co�diana e que possibilitem um futuro mais sustentável. A empresa está empenhada em reduzir o seu impacto ambiental, ao mesmo tempo que apoia os seus clientes com materiais inovadores para ajudá-los a a�ngir os seus obje�vos de sustentabilidade. Como parte das Metas de Sustentabilidade de 2025 da Cabot, a empresa estabeleceu uma meta para reduzir a intensidade de suas emissões de gases de efeito estufa em 20% usando 2005 como linha de base. Para promover sua jornada de sustentabilidade, a Cabot anunciou sua ambição de a�ngir zero emissões líquidas até 2050, de acordo com o Acordo Climá�co de Paris. 

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Solvay lança sílica bio-circular da cinza de casca de arroz

O Grupo Solvay está inves�ndo em sua unidade de Livorno, na Itália, para lançar a primeira sílica circular de alta dispersão (HDS) da empresa, produzida com silicato de sódio de base biológica derivado da cinza da casca de arroz. Esse novo processo inovador de silicato fornece uma solução circular, ao oferecer uma nova aplicação à casca de arroz na cadeia de valor local.

Juntamente com a integração de energia renovável na fábrica, a nova produção permi�rá à Solvay alcançar uma redução de 50% na emissão de CO2 por tonelada de sílica. Com isso, a unidade de Livorno passará a ser o melhor local de produção de sílica da Europa em termos da pegada de CO2. A produção está prevista para começar no final de 2024.

O Grupo subs�tuirá gradualmente seu atual por�ólio de Zeosil® pela HDS bio-circular, fornecendo uma solução circular para a produção de pneus, que contribuirá para aumentar o uso de ma-

PORTAL

térias-primas sustentáveis e reduzir a pegada de CO2 da indústria de pneus. Essa nova geração de sílica precipitada também atenderá as necessidades das indústrias de produtos domés�cos e de cuidados pessoais, e de alimentação humana e animal.

A Solvay é a primeira empresa a se comprometer com a produção de HDS circular em uma unidade europeia com prazo definido, e agora está focada na construção do ecossistema necessário para levar essa solução ao mercado. Tal obje�vo envolve trabalhar com as partes interessadas em toda a cadeia de valor, e a Con�nental é um parceiro fundamental nessa jornada. Com a implementação desse exclusivo e compe��vo processo à base de cinza de casca de arroz (RHA) na Europa, a empresa é capaz de garan�r a qualidade consistente do produto, nivelando a variabilidade das matérias -primas agrícolas.

“A sílica é essencial para o alto

desempenho dos nossos pneus. E com a sílica bio-circular da Solvay, nossos pneus passarão a ser, ao mesmo tempo, mais sustentáveis. Essa solução reduz a pegada de carbono geral e aumenta a par�cipação de materiais renováveis em nossos pneus”, afirma Claus Petschick, Diretor de Sustentabilidade da Con�nental Tires. O execu�vo acrescenta que “a casca de arroz é um subproduto agrícola que não era u�lizado para a produção de pneus até muito recentemente. Em breve, nos levará a um passo mais perto de nossa meta de materiais 100% sustentáveis em nossos pneus até 2050, o mais tardar”.

A Solvay também tem planos de construir uma nova fábrica na América do Norte nos próximos anos para expandir sua capacidade de produção de HDS, o que aumentará significa�vamente a presença do Grupo na região. Essa nova instalação será projetada para matérias-primas circulares e estará alinhada com o projeto de neutralidade de carbono da empresa. O Grupo também está analisando projetos com HDS bio-circular na Ásia e na América do Sul.

“Em linha com a nossa busca constante de progresso e inovação, o lançamento da nossa HDS bio-circular na Europa é apenas o primeiro passo de um projeto de longo prazo que nos permi�rá oferecer uma solução circular para fabricantes de pneus e outras indústrias em todo o mundo, à medida que con�nuamos reinventando o progresso com nossa oferta de sílica precipitada”, afirma Ilham Kadri, CEO da Solvay. 

©DIVULGAÇÃO/SOLVAY
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DE NOTÍCIAS BORRACHA ATUAL
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Stellantis anuncia fornecedor para bateria de EV’s

A Stellan�s N.V. e a Terrafame Ltd. anunciaram a assinatura de um contrato de fornecimento de sulfato de níquel para uso em baterias de veículos elétricos (EV). A par�r de 2025, a Terrafame, sediada na Finlândia, fornecerá sulfato de níquel à Stellan�s durante o prazo de cinco anos do contrato.

“Este acordo faz parte do fornecimento de matéria-prima chave para atender às nossas necessidades de baterias de veículos eletrificados”, afirma Carlos Tavares, CEO da Stellan�s. “Con�nuamos a construir uma nova cadeia de valor global com parceiros de Classe A para apoiar nossa estratégia global e impulsionar nosso compromisso de ser o campeão da indústria na mi�gação das mudanças climá�cas, tornando-nos carbono neutro até 2038, à frente de nossa concorrência”.

Como parte do plano estratégico Dare Forward 2030, a Stellan�s anunciou a meta de a�ngir 100% de veículos elétricos a bateria (BEV) no mix de vendas na Europa e 50% do mix de vendas de BEV de carros de passeio e veículos comerciais leves nos Estados Unidos até 2030. Para oferecer uma mobilidade limpa, segura e acessível para seus clientes, a Stellan�s planeja inves�r mais de € 30 bilhões até 2025 em eletrificação e desenvolvimento de so�ware, enquanto busca ser 30% mais eficiente do que a indústria em relação ao Capex total e gastos em P&D versus receitas.

A Terrafame opera uma das maiores fábricas de químicos para baterias do mundo na Finlândia. Com um processo de produção integrado que começa em sua própria mina e termina com produtos químicos para baterias em uma unidade industrial, a produção da Terrafame é totalmente rastreável. Além disso, devido à tecnologia de produção exclusiva, a pegada de carbono do sulfato de níquel produzido pela Terrafame está entre as menores do setor. 

Reciclagem de filtros do óleo lubrificante

O filtro do óleo lubrificante automo�vo após o uso é considerado resíduo perigoso Classe I, devido à presença residual do OLUC – óleo lubrificante usado contaminado. Por isso, demanda empresas especializadas, armazenamento, transporte em caminhões especiais e processamento adequados a este �po de produto. Não há também retorno direto para cadeia produ�va. No processo de reciclagem, as siderúrgicas recebem o metal; o óleo contaminado vai para rerrefino e os demais componentes para coprocessamento em cimenteiras, processo que também é custoso.

O programa Descarte Consciente Abrafiltros, de logís�ca reversa de filtros usados do óleo lubrificante automo�vo, amplia metas de coleta e abrangência geográfica no Estado de São Paulo, com a assinatura do Termo de Compromisso realizada em dezembro de 2022, com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, CETESB e a Abrafiltros.

Conforme o novo Termo de Compromisso, as empresas par�cipantes do programa Descarte Consciente Abrafiltros deverão reciclar em 2023 30% dos filtros de óleo lubrificante automo�vo colocados no mercado no ano anterior, coletados em 2.576 pontos, em 194 municípios. Em 2024, o percentual sobe para 32%, contabilizando 2.732 pontos de coleta, em 220 municípios; e, em 2025, 34%, em 2.903 pontos de coleta, em 246 cidades. Em 2022, o programa também cumpriu as metas de 28%, 168 municípios e 2.409 pontos de coleta. O Termo de Compromisso tem validade de quatro anos, até 2026, quando novas metas serão negociadas.

Atualmente, par�cipam do programa 27 empresas associadas: AGCO do Brasil Soluções Agrícolas Ltda; Agritech-Lavrale Indústria de Maquinário Agrícola e Componentes Ltda; Borgwarner Indústria e Comércio Brasil Ltda; CNH Industrial Brasil ltda.; Cummins Filtra�on do Brasil; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; Ford Motor Company Brasil Ltda.; FPT Industrial Brasil Ltda.; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; John Deere Brasil Ltda.; Magne� Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix; Mercedes-Benz do Brasil; MWM Motores e Geradores; ON-HIGHWAY Brasil Ltda.; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Divisão Filtros; Renault do Brasil Comércio e Par�cipações Ltda.; Rheinmetall Automo�ve – Motorservice Brazil; Robert Bosch Ltda.; Scania La�n América Ltda; Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil; Sogefi Filtra�on do Brasil Ltda./Filtros Fram; UFI Filters Brasil; Volkswagen do Brasil Ltda.; e Wega Motors Ltda. 

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SUSTENTABILIDADE

Rede de recarga ultrarrápida para veículos elétricos

A eletromobilidade nacional acaba de dar um novo e importante passo no sen�do de garan�r maior autonomia, conforto e segurança para motoristas, seja para uso pessoal ou comercial. O projeto de estações de recargas elétricas, apoiado com recursos da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), chegou à sua segunda fase com o desenvolvimento de estações de maior potência que permi�rão recargas ultrarrápidas de múl�plos veículos elétricos simultaneamente. A inicia�va foi desenvolvida pela WEG, empresa com sede em Santa Catarina, juntamente com a Cer� (Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras) – uma das unidades Embrapii credenciada na área de sistemas inteligentes. O público-alvo dessa nova fase é formado, principalmente, por empresas fro�stas e grandes redes de recarga.

O projeto, iniciado em 2018, resultou no desenvolvimento pioneiro de uma rede linha de estações de recarga de veículos elétricos criada com tecnologia 100% nacional. As estações de recarga foram criadas dentro de três modelos específicos para atender a diferentes demandas: 1) Modelo Wall – projetado para residências e condomínios; 2) Modelo Parking – focado em shoppings, estacionamentos e espaços públicos; e 3) Modelo Sta�on – des�nado a eletropostos em rodovias. Os produtos chegaram aos mercados nacional e de exportação com sucesso, tendo sido validados pelos consumidores, o que permi�u a idealização da expansão.

Histórico e desafios tecnológicos

O projeto desenvolvido com apoio da Embrapii foi pioneiro no Brasil, sendo que estações de recarga existentes an-

teriormente eram em menor número e u�lizavam tecnologia importada. Esse fator era um empecilho para a autonomia dos motoristas de veículos elétricos, que �nham poucas opções para recarga, sendo que, em muitos casos, as viagens chegavam a ser inviabilizadas. Para criar o projeto e entregar uma solução para a alta demanda apresentada pelo mercado, a WEG e a Fundação Cer� decidiram enfrentar o desafio de criar uma rede de recarga com tecnologia 100% nacional, o que exigiu completo domínio tecnológico de hardware e so�ware.

“Os veículos elétricos seguem protocolos internacionais que permitem o abastecimento em qualquer lugar do mundo. Era essa tecnologia que precisávamos dominar. Foi assim que nós fizemos o desenvolvimento de so�ware, hardware e firmware, permi�ndo o completo monitoramento do processo de abastecimento, tanto na estação quanto no carro, seguindo os protocolos internacionais”, destaca Laércio Aniceto Silva, superintendente de Negócios da Fundação Cer�.

As estações de recarga foram totalmente desenvolvidas de forma integrada, entre equipes da Fundação Cer� e da WEG, desde a concepção da ideia até as fases finais com os ensaios dos protó�pos. “Enfrentamos os desafios do pioneirismo do desenvolvimento destas tecnologias no Brasil. Trata-se de um novo mercado, com novos produtos, onde, mesmo globalmente, o acesso à tecnologia é uma barreira de entrada, mas conseguimos superar e dominar uma tecnologia importante para construir uma infraestrutura de recarga segura que atende os melhores padrões internacionais”, pontua Eloir Pagnan. 

No dia 1º de janeiro de 2023 entrou em vigor a 5ª fase do PROMOT (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares). Com isso, os produtos brasileiros passaram a ser equipados com uma série de novas tecnologias, permi�ndo seu alinhamento aos níveis de emissões dos mais exigentes mercados (EURO 5).

Todas as motocicletas produzidas no Brasil passam agora a ser equipadas com o OBD (On Board Diagnosis), equipamento que emite alertas no painel de instrumentos no caso de uma eventual falha no sistema de emissões; e cânister, que absorve e reaproveita os gases liberados no tanque. Também contam com novos catalisadores (que têm maior capacidade de conversão dos gases tóxicos em gás carbônico e água) e evoluções na calibração dos sistemas de injeção eletrônica.

Para atender a essa resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), as associadas da Abraciclo realizaram uma série de inves�mentos para a melhoria dos níveis de controle de emissão de gases nas motocicletas. “O Brasil é referência internacional e um dos países com a legislação mais avançada do mundo no que se refere a emissões veiculares”, ressalta o diretor execu�vo da Abraciclo, Paulo Takeuchi.

Os números comprovam essa afirmação. Uma motocicleta produzida em 2003 emi�a cerca de 390 Kg/ano de CO2 (ensaio de 30 mil quilômetros). Já em 2023, esse índice cai para 30 Kg/ano: uma redução de 92%. 

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PROMOT M5 entra em vigor para setor de duas rodas

DESMA define o futuro da moldagem por injeção de elastômero

A feira K em Düsseldorf, na Alemanha, foi uma plataforma muito boa para a DESMA abordar novos clientes e manter e expandir ainda mais o contato com os clientes existentes. Também foi possível obter informações completas sobre as tendências do setor e novidades atuais.

Quan�ta�vamente, em comparação com as feiras anteriores, menos visitantes especializados puderam ser recebidos, mas qualita�vamente a equipe DESMA estava muito sa�sfeita. Não se deve esquecer que a indústria está atualmente em situação di�cil e muitos visitantes de vários países não puderam estar presentes. Cerca de 30% dos visitantes foram contatos pela primeira vez. Mais de 60% dos visitantes eram internacionais e vieram de mais de 40 nações diferentes.

Segundo a empresa, foi muito gra�ficante constatar que a média de permanência dos visitantes foi superior a duas horas. Isso mostrou claramente que muitos tomadores de decisão dedicaram tempo suficiente com seus especialistas para falar sobre os desafios atuais e mostrar soluções comuns.

O destaque foi a nova DESMA 969.300 SEALMASTER+, que oferece o máximo de produ�vidade e variabilidade devido a muitos novos desenvolvimentos e também o PCF Navigator Ecos (Product Carbon Footprint) desenvolvido pela DESMA. Com este programa, o processo completo de moldagem na máquina de moldagem por injeção, até os processos upstream ou downstream, podem ser mapeados e opções podem ser mostradas sobre como obter a produção de artigos com a maior otimização de CO2 possível. Obviamente, a produção real da máquina de moldagem por injeção também é totalmente considerada no cálculo. De grande interesse também foram os muitos novos desenvolvimentos em torno das megatendências e os produtos e aplicações de concreto resultantes. As máquinas especiais recém-desenvolvidas para a produção de selos de grande formato cobrem todo o campo de geração de energia alterna�va e a infraestrutura necessária.

A máquina DESMA ROTARY COMPACT foi introduzida como uma nova base para a produção altamente automa�zada de peças moldadas, combinando as vantagens das soluções rota�vas anteriores em um projeto de máquina extremamente compacto, oferecendo produ�vidade e flexibilidade significa�vamente maiores em um espaço substancialmente reduzido. Com uma das transmissões de uma máquina virtual, pode ser mostrado de forma impressionante como a demonstração de uma máquina virtual pode ser realizada de forma sustentável e eficiente na DESMA. Complementado pelos passeios de fábrica digitais e intera�vos, a aceitação de uma máquina virtual também pode ser completada e muitas emissões de CO² são economizadas. Mais informações em desma.biz 

DESMA 969.300 SEALMASTER+ DESMA 968 ROTARY COMPACT
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GWM lança SUV híbrido Haval H6 GT

segunda unidade elétrica tracionando o eixo traseiro, alimentados por uma bateria de 34 kWh.

O H6 GT permite ainda que essa bateria possa ser recarregada tanto em corrente alternada (AC) como em corrente con�nua (DC), que costuma ser exclusividade de veículos 100% elétricos. O tempo mínimo de recarga AC (0 a 100%) é cerca de 5 horas (taxa máxima de 6,6 kW/h) e de recarga DC (10% a 80%) é cerca de 29 minutos (taxa máxima de 48 kW/h).

O Haval H6 GT PHEV AWD 2024 é a nova atração da montadora chinesa GWM no país, inaugurando uma nova era de performance eletrificada com um SUV híbrido plug-in (PHEV). O modelo é um espor�vo puro-sangue não apenas no visual único, que se destaca pela carroceria cupê, mas também no nível de desempenho, além de uma ó�ma autonomia elétrica de 170 km (ciclo NBR), a maior do segmento.

A alta performance do H6 GT AWD se manifesta com um poder de aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 4,8 segundos, impulsionado pela tecnologia e-Trac�on, que é composta por um motor 1.5 turbo a combustão e dois motores elétricos. Esse powertrain é capaz de gerar 393 cv de potência combinada e 762 Nm (77,7 mkgf) de torque combinado, u�lizando a mesma plataforma do Haval H6 Premium PHEV AWD, versão familiar do H6 GT.

“O Haval H6 GT é um híbrido plug-in único no mercado. Ele alia design espor�vo exclusivo, performance surpreendente e um modo de condução elétrica de 170 km, sem igual no mercado brasileiro. Nenhum outro oferece a real experiência de um carro elétrico com a liberdade de um modelo híbrido”, explica Oswaldo Ramos, Chief Commercial Officer da GWM Brasil.

Tecnologia e-Trac�on – O Haval H6 PHEV traz para o Brasil a tecnologia e-Trac�on, um conjunto de motorização híbrida e bateria que representa uma revolução no mercado brasileiro porque combina o melhor de dois mundos: máxima eficiência energé�ca com alta performance.

Esse conjunto é formado por três motores: um 1.5 turbo conjugado a um motor elétrico no eixo dianteiro e uma

A tecnologia e-Trac�on foi concebida para que os dois motores elétricos sejam as unidades principais de tração, deixando o motor a combustão como apoio, para atuar em condições específicas. Por isso, o 1.5 turbo funciona na maior parte do tempo como um gerador para fornecer energia para a bateria de 34 kWh. Em situações excepcionais, ele pode também gerar tração para o eixo dianteiro, geralmente em condições de uso rodoviário ou em caso de demanda total de torque, mas sempre em conjunto com os motores elétricos.

Desse modo, o novo H6 GT oferece a maior autonomia elétrica de um híbrido no Brasil, com 170 km no ciclo NBR. Isso garante ao proprietário de Haval H6 GT uma real experiência de carro elétrico, pois cobre 80% do uso diário médio dos motoristas brasileiros. O valor é equivalente a 180 km no ciclo NEDC, um dos mais usados na comparação de modelos híbridos no mercado nacional. 

Vendas de máquinas e equipamentos caem 5,9% em 2022

Em dezembro de 2022 a indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou nova queda na sua receita líquida de venda em relação ao mesmo mês do ano anterior, a sé�ma consecu�va neste �po de análise. Com isso, no

ano de 2022, o setor registrou queda de 5,9% nas vendas. A indústria de máquinas iniciou o ano com queda da ordem de 4% nas vendas – na ocasião havia a expecta�va de arrefecimento do quadro na segunda metade do ano, o que não

se confirmou. O úl�mo semestre, e mais intensamente o úl�mo trimestre do ano, veio acompanhado de onda de incertezas que reduziu ainda mais as vendas de máquinas e equipamentos. No úl�mo mês do ano, até mesmo

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©DIVULGAÇÃO/GWM MAQUINATUAL

as exportações de máquinas e equipamentos, com boa performance em quan�dade de vendas ao longo do ano, contribuíram nega�vamente nos resultados medidos em reais pelo setor (-1,2%). Já as vendas no mercado interno, embora tenham reduzido a queda em relação ao início do ano, ficaram 7% abaixo no nível de 2021. Com este resultado, o setor fabricante de máquinas e equipamentos registrou queda de 5,9% nas receitas de vendas em 2022, interrompendo o ciclo de 4 anos consecu�vos de crescimento que gerou a recuperação de 38,1% nas vendas em relação a 2017, mas antes de a�ngir o seu melhor nível de vendas que ocorreu no período 2010-2013.

Exportações – Em dezembro de 2022 o setor exportou US$ 1,2 bilhão em máquinas e equipamentos, segundo maior resultado do ano. Houve em 2022 oito meses em que as vendas externas apresentam resultado superior a US$ 1 bilhão, valores só observados em meados de 2012. Com isso, no ano (2022), as exportações do setor a�ngiram US$ 12,2 bilhões, um crescimento de 21% sobre o ano de 2021, mais de 20% da receita total do setor. No ano houve crescimento também nas quan�dade de bens exportados, mas em patamar rela�vamente menor (6,5%).

Consumo aparente – A piora observada nas a�vidades da indústria extra�va, de transformação e também no setor agrícola em 2022, levaram a uma contração nos inves�mentos em máquinas e equipamentos no período. O consumo aparente, resultado da soma das máquinas importadas com as produzidas localmente e direcionadas ao mercado interno, registrou queda de 6,8% em relação ao ano de 2021. No mês de dezembro a queda foi da ordem de 8,3% ante o mesmo mês do ano anterior, a 12ª no ano neste �po de análise. No período as importações ganharam 0,2 p.p do mercado local, passando a representar 36,9% das máquinas consumidas no país. 

Com avanços na diversificação e ampliação do por�ólio, a JOST Brasil chega ao mercado de transporte de pessoas. A primeira solução para o segmento é o Bus link, ar�culação para ônibus. O produto, aplicado a veículos urbanos ar�culados, foi desenvolvido com materiais mais leves e design atualizado, resultando em melhor custo-bene�cio para montadoras e operadores de transporte urbano. A solução, fabricada na unidade JOST em Campinas (SP), inaugurada em junho de 2022, já é fornecida para a Mercedes-Benz no Brasil.

O Bus link integra uma série de lançamentos e de novas configurações de produtos, contemplando a estratégia de crescimento e diversificação. O por�ólio ampliado será destaque na Automec 2023, maior evento do A�ermarket Automo�vo da América La�na, que ocorre em abril.

A quinta roda, produto que coloca a JOST Brasil como líder isolada do mercado nacional, também recebeu importantes atualizações, que poderão ser conferidas na Automec. A nova quinta roda off road, nos modelos JSK 38CXS e JSK 38CXW, apresenta a maior capacidade de carga do mercado brasileiro – 38 toneladas – e é ainda mais robusta que as atuais versões JSK 38C e JSK 39CS. Indicada para uso no transporte canavieiro, florestal e de mineração, a quinta roda off road conta com

diversos opcionais tecnológicos em conceito modular (que podem ser facilmente instalados ou re�rados), como sensores de acoplamento, abertura automa�zada e placas de desgaste nas opções metálica ou polimérica.

As placas poliméricas de desgaste, aliás, são uma tecnologia extra para a quinta roda. Desenvolvidas com exclusivo material autolubrificante, que elimina a necessidade de uso de graxa, as placas têm um sistema facilitado de fixação e de subs�tuição. Tudo isso reduz o tempo de parada para manutenções, aumentando a disponibilidade do equipamento, com diminuição de custos para o operador.

“Com o lançamento do Bus link, avançamos em nossa estratégia de a�ngir novos e estratégicos mercados. Na Fenatran, iden�ficamos grande recep�vidade para a solução. Seguimos inovando com a quinta roda, nosso produto líder, agora ainda mais moderno e focado no ESG: maior durabilidade, redução do uso de graxa na versão com placa polimérica, aumento de segurança através dos sensores de acoplamento, melhoria da ergonomia com a abertura automa�zada, além de processo de fabricação mais ‘limpo’”, ressalta o diretor da JOST Brasil, Alessandro Barbosa. O produto será fornecido para Montadoras de Caminhões e Implementos (OEMs), além dos mercados de reposição e exportação. 

©DIVULGAÇÃO/JOST BRASIL
JOST Brasil desenvolve componentes para ônibus
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Evonik inaugura moderno Centro de Distribuição em Guarulhos

região também conta com so�wares de ponta como WMS (Warehouse Management System) & TMS (Transporta�on Management System), soluções digitais que elevam a produ�vidade e qualidade dos serviços de transporte, logís�ca e armazenagem e garantem um sistema de gestão das entregas em tempo real para 100% das vendas.

Olhar sustentável

AEvonik inaugurou seu novo Centro de Distribuição (CD), em Guarulhos (SP). A cerimônia contou com a presença do Prefeito de Guarulhos Gustavo Henric Costa (Gu�); da CFO do Grupo Evonik, Ute Wolf; do CEO para a América Central e do Sul, Dr. Hendrik Schönfelder; além de colaboradores e parceiros da empresa.

“O novo CD reafirma o comprome�mento da Evonik em oferecer um atendimento logís�co de excelência aos clientes da América Central e do Sul e tem como obje�vo dar suporte ao crescimento dos negócios na região”, declara Dr. Hendrik Schönfelder.

Ampliação e modernização

O novo endereço do Centro de Distribuição da Evonik, que opera des-

de 2002 em Guarulhos e movimenta grande parte dos produtos da empresa, visa não somente a ampliação, mas também a modernização da operação. Com alta tecnologia, o CD conta com a gestão da Ebamag, do Grupo Toniato, especializado em soluções logísticas para os grandes players da área química. O novo armazém está localizado dentro de um complexo logístico de mais de 50.000 m2 e conta atualmente com 15.000 posições paletes, podendo chegar a 23.000.

O número de docas foi triplicado (de 4 para 12) e o estoque ver�calizado todo raqueado proporciona agilidade na separação e localização dos produtos, bem como melhor acuracidade dos itens. Com isso, a es�ma�va é aumentar ainda mais a pontualidade na entrega, melhorando o �me delivery de 91% em 2022, para 95% em 2023.

A agilidade para reportar e controlar o principal estoque da empresa na

Além do aspecto high-tech, a Evonik priorizou os conceitos de sustentabilidade para garan�r uma operação responsável do ponto de vista ambiental. Adotou empilhadeiras elétricas, evitando o uso de combus�veis fósseis; e para evitar o desperdício de energia instalou telhas translúcidas com pintura especial, que proporcionam grande economia de energia elétrica.

“O olhar sustentável está presente em todas as áreas da operação e incen�vamos todas as prá�cas sustentáveis, como coleta sele�va de lixo, reciclagem de resíduos, reaproveitamento de água etc. Além disso, já podemos adiantar que parte do transporte via caminhão será subs�tuído por trens, uma opção mais favorável ao meio ambiente”, destaca Ricardo Toscano, “Head de Supply Chain” da Evonik para a América Central e do Sul.

Com cer�ficação ISO 9001 e atendimento integral a todos os requisitos em relação à sustentabilidade e à legislação de armazenagem, o CD de Guarulhos conta com áreas especiais para produtos inflamáveis e que possuem exigências específicas, como a área farmacêu�ca, por exemplo. 

©DIVULGAÇÃO/EVONIK
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3ª edição da Feira Plástico Brasil acontece em março

A Plás�co Brasil, feira do setor de transformação de plás�co, em sua terceira edição, acontece entre os dias 27 e 31 de março de 2023, no São Paulo Expo. O evento é uma inicia�va da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química – e organizada pela Informa Markets Brazil.

Reconhecida como uma catalisadora das inovações e tendências voltadas à cadeia produ�va dos plás�cos, a feira reúne mais de 800 grandes marcas, nacionais e internacionais, que ocupam 40.000 m² de exposição para lançarem suas tecnologias e soluções em máquinas, equipamentos e acessórios, matérias –primas e resinas, moldes e porta moldes, automação industrial, robó�ca, entre outros produtos e serviços.

Segundo a show director do evento, Liliane Bortoluci, para os cinco dias de exposição, que contará com as principais marcas do Brasil, Alemanha, Argen�na, Áustria, China, Estados Unidos, Hungria, Índia, Itália, México, Portugal, Suíça, Taiwan e Turquia, são esperados mais de 45 mil visitantes.

Além do encontro presencial, o evento investe no modelo híbrido e, a par�r de agosto, traz uma série de conteúdos exclusivos para o segmento de plás�cos na plataforma digital Plás�co Brasil Xperience. 

PneuStore reforça estrutura para vendas virtuais

A PneuStore, pertencente à holding CantuStore, distribuidora e importadora de pneus, potencializou a performance da sua infraestrutura de TI de sua plataforma de vendas com as soluções de Content Delivery Network (CDN) da Akamai, fornecedora de serviços de CDN e segurança na nuvem. O projeto, que foi finalizado no primeiro semestre de 2022, teve implementação e suporte da Add Value, integradora es-

pecializada em tecnologias de nuvem, hiperconvergência, networking, segurança e virtualização. Com o isolamento social na pandemia, o volume de acessos na plataforma triplicou, bem como houve um crescimento significa�vo no número de usuários a�vos. Neste cenário, o �me de TI da PneuStore precisava de uma solução para atender ao crescente número de visitantes em seu e-commerce. 

Novo padrão para lonas Cobreq

A COBREQ está inves�ndo em tecnologia para implementar um novo padrão de gravação de iden�ficação, inicialmente em dois modelos de lonas de freios com o material NABK140C. As lonas com códigos 4644T e 4533T agora estão saindo de fábrica com a gravação a laser da marca COBREQ, além de data/ horário, número do código e lote de fabricação no corpo da peça. Tais informações também constam na e�queta de jogo fixada na caixa.

O obje�vo é aumentar a rastreabilidade e consequentemente a segurança

de compra para o consumidor, garan�ndo que essa é uma peça original, inclusive cer�ficada pelo Inmetro, buscando inibir possíveis tenta�vas de falsificação do produto.

Além disso, as lonas de freio COBREQ são ecologicamente corretas, sem adição de cobre ou de outros materiais prejudiciais ao meio ambiente e à saúde, como o amianto e metais pesados, sendo assim classificada como “ECO IV”, estando aprovada para atender, além do mercado nacional, o europeu e o norte–americano. 

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©DIVULGAÇÃO COBREQ
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Borrachas de apagar ajudam o meio ambiente

áreas da educação e saúde, na sua evolução de negócio e gestão, passou a entender que a aprendizagem se dá para além dos muros das salas de aula.

Firestone Airide

Desde o início da vida escolar, a borracha de apagar é uma companheira inseparável dos estudantes. Ela acompanha os processos de aprendizagem nas diferentes etapas e pode ser um ó�mo suporte na compreensão sobre os erros, no es�mulo do conhecimento sobre a preservação do meio ambiente e de seus biomas, ou até mesmo da origem dos materiais que compõem as diferentes borrachas.

As borrachas de apagar da Mercur são parte do imaginário escolar e trazem lembranças para muitas pessoas. Responsável pela fabricação de borrachas há mais de 80 anos, a indústria gaúcha das

Uma das formas que a empresa encontrou de reduzir seu impacto ambiental é na u�lização de matérias-primas de origem vegetal, como a fécula de mandioca e o látex das seringueiras, na fabricação de borrachas naturais. Isso garante que elas sejam até 75% renováveis, número muito significa�vo para o meio ambiente e para a empresa. Parte deste material tem como origem o Projeto Borracha Na�va, que apoia comunidades extra�vistas do Pará e incen�va o desenvolvimento das comunidades locais e a preservação da Floresta Amazônica.

Além da matéria-prima, o processo de produção das borrachas naturais também contribui para a preservação da biodiversidade. Hoje, ele exige menos combus�vel para o transporte, o que diminui ainda mais as emissões de dióxido de carbono (CO²). A Mercur é considerada carbono neutro desde 2015. Para saber mais sobre a empresa acesse: mercur.com.br 

Fras-le lança geolocalização de peças

A plataforma Auto Experts, ferramenta digital que reúne o catálogo de autopeças das marcas de produtos do grupo Fras-le e das Empresas Randon, conta com uma nova funcionalidade, inédita para o setor automo�vo. O�mizando o processo de pesquisa do cliente, está habilitado um mecanismo de geolocalização dos produtos fornecidos.

Lançada há três anos, a plataforma Auto Experts foi criada com o obje�vo de facilitar e agilizar a busca e a iden�ficação dos produtos pelos distribuidores,

A Firestone Industrial Products Company, LLC (FSIP), subsidiária da Bridgestone Americas, Inc., e empresa original de molas pneumá�cas, está lançando sua nova iden�dade de marca, mais unificada, a Firestone Airide, a qual captura a inovação em todos os canais de negócios da Firestone (Automóveis, Caminhões, Ônibus, Implementos Rodoviários e Agrícolas).

Como sucessora da Industrial Products, foram desenvolvidas e cuidadosamente consideradas várias opções de reformulação da marca. A Airide foi escolhida pois representa o legado da Firestone e o sen�mento da tecnologia invocada, tanto no isolamento de vibrações, como do nivelamento, ou ambos. ‘Airide’ foi o primeiro produto de molas pneumá�cas no mercado, patenteado em 1938 pela Firestone, e tem sido líder e pioneiro no setor há mais de 80 anos. Hoje, a Firestone Airide é um dos maiores fornecedores de molas pneumá�cas no que se refere a caminhões/implementos rodoviários, ônibus e automóveis. 

varejistas, mecânicos e consumidores finais. Ao todo, conta com 11,6 mil referências de produtos catalogados das marcas Fras-le, Castertech, Controil, Fremax, JOST Brasil, Lonaflex, Master, Nakata e Suspensys. Além da ferramenta de geolocalização, outras funcionalidades são: a busca por placa, por �po de veículo, ano, versão, linha de produto ou montadora, e apresenta todas as opções de peças automo�vas para controle de movimentos disponíveis, para veículos leves e comerciais, em cada uma das marcas. 

©DIVULGAÇÃO AUTO EXPERTS ©DIVULGAÇÃO MERCUR ©DIVULGAÇÃO: AEA
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INFORME: Assessoria ABTB

ABTB projeta grandes eventos e começa o ano com eleições

A Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha (ABTB) está a todo vapor no início de ano, com sua Diretoria Cultural preparando um grande calendário de eventos. O desenvolvimento do Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha de 2024, seu principal evento e um dos mais importantes do país, já está em curso e, ainda este ano, serão divulgadas sua identidade visual, website, atrações e plataforma comercial.

Benefícios Aumentados

Além dos descontos nos eventos dos parceiros, com a lista encorpada, a ABTB também incorporou duas novas revistas no seu site, atualizadas a cada edição: a Revista dos Pneus, de Portugal, a par�r da parceria com a lusa AP Comunicação, e a Revista Polímeros, da ABPol. Estas se somam à Revista Borracha Atual, SLTCaucho e Rubber World.

Nos úl�mos dois anos, a par�r do desafio imposto pela pandemia, a ABTB apostou forte no digital, entregando conhecimento, inovação e networking a par�r de webinars, os quais subs�tuíram os workshops presenciais nas diferentes praças de atuação. Entre 2020 e 2022, a en�dade realizou mais de 80 webinars e 2 Websimpósios, atraindo mais de 8 mil par�cipantes no período. A ideia para 2023 é, portanto, desenvolver uma extensa agenda de eventos digitais, aproveitando a fórmula que deu certo. O calendário de atrações será divulgado a par�r de março, no site da en�dade e nas plataformas digitais. Eventos

presenciais e colaborações internacionais também estão em pauta e a Diretoria Cultural entregará as novidades nos próximos meses.

Parcerias Culturais - Em 2022, a ABTB fechou parceria com a Associação Brasileira de Polímeros, incorporando a ABPol a um �me de parceiros que conta também com Senai São Paulo, Senai RS (Ins�tuto de Inovação Senai de Polímeros), Component Cursos, Modulus, IPG, Esteban Friedenthal, Bristein, SLTC e Sinborsul.

Os Associados da ABTB têm descontos exclusivos nos cursos e eventos destes parceiros e os mesmos já começaram a liberar suas agendas para o ano de 2023, as quais podem ser conferidas no site da associação, sempre atualizado.

O site também receberá um acréscimo importante de arquivos na sua Área do Associado, adicionando, neste ano, os trabalhos técnicos produzidos e apresentados no Congresso brasileiro de Tecnologia da Borracha realizado em 2022, passado o período em que eles se mantêm exclusivos aos par�cipantes do evento.

Na referida área, o site da ABTB já conta com cerca de 600 arquivos técnicos e mais de 20GB de informação, proporcionando pesquisas ricas e aprofundadas pelo acervo de quase 50 anos de produção cien�fica catalogada e digitalizada.

Somam-se a estes bene�cios a exclusiva parceria com a Rubber Division, que viabiliza aos associados da ABTB acesso aos eventos e à plataforma da American Chemical Society por uma pequena fração dos valores pra�cados pela americana aos não associados.

Fundamental para a comunica-

©FOTO ABTB
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ção e networking modernos, os grupos de Whatsapp da ABTB, um para a área técnica e outro para a área gerencial, proporcionam troca de ideais e oportunidades exclusivas para os associados. Completando o pacote, a en�dade traz os tradicionais descontos e isenções nos seus eventos próprios, incluindo a tabela diferenciada no Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha, que, tradicionalmente em conjunto com a Expobor, forma o maior hub de eventos sobre borracha no país, de forma presencial, em São Paulo. 

Eleições para Diretoria Execu�va e Conselho Fiscal

A ABTB, por meio de seu presidente em exercício, informa que recebeu no dia 22 de fevereiro de 2023 uma única chapa: “Juntos Somos Mais Fortes, Unidos Somos Melhores” para concorrer à eleição de Diretoria Execu�va para o exercício de mandato correspondente ao período de 01/05/23 a 30/04/25 votada em Assembléia Geral Ordinária, realizada no dia 23/03/23, em primeira chamada às 18 horas e em segunda chamada às 18h30, nesta Capital, via ferramenta Zoom, nos termos do ar�go 59 da lei 10.406/02 e do Estatudo em vigor, assim como a eleição dos membros do conselho fiscal, através de candidatura individual igualmente recebida no dia 22 de fevereiro de 2023 com exercício de mandato correspondente ao período de 01/05/23 a 30/04/25. 

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Rodrigo Madeira é o novo Diretor de Vendas da Chem-Trend

A Chem-Trend, empresa do Grupo Freudenberg que atua no mercado de especialidades químicas de processo com valor agregado, anuncia Rodrigo Madeira como o seu novo Diretor de Vendas para o Hemisfério Sul. O executivo está no Grupo Freudenberg no Brasil desde 2008. Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), possui Mestrado em Metalurgia pela mesma instituição e MBA pela Manchester University do Reino Unido. Com experiência de mais de 18 anos em vendas B2B, sendo 14 deles no Grupo Freudenberg, passou pela gestão da área de vendas da Klüber Lubrication no Brasil, antes de assumir a posição de Diretor-executivo na Freudenberg Filtration Technologies América do Sul em 2017.

Contando com uma vasta experiência, o executivo está confiante no sucesso de sua nova jornada. “A Chem-Trend é uma organização focada em seus clientes, que busca agregar valor a todos os seus parceiros de negócio. Retornar para a FCS, Divisão de Especialidades Químicas da Freudenberg, é, sem dúvida, um excelente desafio para a minha carreira, especialmente em uma empresa com grande know-how tecnológico, inovadora e com instalações de ponta”, afirma o executivo. 

Rodrigo Bonilha assume a operação da Continental Pneus para a América do Sul

Atual vice-presidente da Continental Pneus para o Mercosul, Rodrigo Bonilha passou a ter a responsabilidade adicional de responder pela gerência da região da América do Sul. A mudança integra a estratégia da empresa de focar no desenvolvimento dos mercados do Mercosul e da região Andina. Rodrigo Bonilha é o primeiro brasileiro a ocupar esse cargo que abrange as operações da marca no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Equador, Colômbia, Chile, Peru, Bolívia e Venezuela.

“É, ao mesmo tempo, um grande desafio e uma oportunidade ímpar de integração com os dez países da região. Conto com o suporte de uma equipe experiente e capaz de construir um caminho bem definido para ampliar a presença da Continental Pneus nessas regiões. Certamente o novo desafio, que muito me alegra, trará aprendizados e conquistas”, destaca Rodrigo Bonilha.

Com mais de 20 anos de experiência nas áreas de desenvolvimento de negócios, operações, produção, gerenciamento da cadeia de suprimentos e pós-vendas, Rodrigo Bonilha é bacharel em Engenharia e ingressou na Continental Pneus em 2014. Anteriormente, ocupou cargos de comando em diversas empresas do setor automotivo, entre as quais Valeo, Takata e ZF do Brasil. 

Gates do Brasil anuncia reestruturação organizacional

A Gates do Brasil anuncia sua reestruturação organizacional no país. A empresa, que atua nos mercados automotivo, industrial, agroindustrial, transporte, energia, exploração & extração e infraestrutura, está realizando mudanças na estrutura em consequência do reposicionamento de seus negócios nos últimos anos, visando fortalecer a presença da marca no mercado brasileiro e América do Sul.

Na reestruturação, o Diretor Sênior Sidney Aguilar passa a responder também pelas áreas de Vendas e Aplicação aos Montadores Automotivos e Industriais. Fabio Bastos, Diretor de Vendas dos OEM’s (Fabricante de Equipamento Original), passa a reportar diretamente a ele. Sidney mantém suas responsabilidades nas áreas de Reposição Industrial, Agrícola e Automotiva, Engenharia de Aplicação de Produtos e Marketing.

Diretora

Keli Osako assume a posição de de Vendas da Reposição Automotiva, e Marcelo Crespo é o novo Diretor de Vendas da Reposição Industrial e Agrícola.  ©DIVULGAÇÃO CHEM-TREND
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Déficit em produtos químicos tem novo recorde

cos (-14,3%) e de resinas termoplás�cas (-14,2%).

O resultado da balança comercial para janeiro de 2023 foi de um déficit de pra�camente US$ 4,2 bilhões, acumulando o valor de US$ 63,4 bilhões nos úl�mos doze meses (fevereiro de 2022 a janeiro de 2023), respec�vamente novos recordes para tais períodos de acompanhamento conjuntural.

As importações brasileiras de produtos químicos totalizaram US$ 5,4 bilhões em janeiro de 2023, o que representa um aumento de 7,7% em relação ao total de janeiro de 2022, mas uma redução de 2,2% na comparação com o úl�mo mês (dezembro) do ano passado. Em termos de quan�dades �sicas, desde agosto de 2022, quando foi registrado o teto de 6 milhões de toneladas, os volumes importados seguem recuando mensalmente, sendo que, pela primeira vez, desde janeiro de 2022, as importações mensais não superam 4 milhões de toneladas. A alta do valor importado reflete um movimento internacional de elevação de preços, es�mulado pela crise energé�ca internacional, em especial do gás, após o advento do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Na contramão da tendência de redução dos volumes totais importados,

entretanto, uma danosa polí�ca de redução tarifária, adotada unilateralmente em um contexto internacional complexo e em momento econômico extremamente inoportuno, fez com que as importações de resinas termoplás�cas �vessem um aumento de 25,6% na comparação com julho do ano passado, mês imediatamente anterior ao início dos efeitos de tal equivocada decisão, e de 43,4% em relação ao mês de janeiro de 2022, totalizando pra�camente 285 mil toneladas.

Já as exportações, de US$ 1,2 bilhão, demonstraram estabilidade (-0,3%) quando comparadas com janeiro de 2022 e um modesto avanço (3,9%) em relação a dezembro. No primeiro mês de 2023, o volume de pouco mais do que 1,2 milhão de toneladas sinaliza um aumento de 4% em relação a janeiro de 2022 e de 9,9% na comparação com dezembro passado, mas significa�vos recuos nas quan�dades �sicas vendidas ao exterior de produtos químicos de orgâni-

Para a Diretora de Economia e Esta�s�ca da Abiquim, Fá�ma Giovanna, 2023 deverá ser um ano decisivo para o setor, de formatação de uma Polí�ca de Estado, de longo prazo, de reindustrialização e de compe��vidade, alicerçada em ampla interlocução com os setores produ�vos, avaliação dos impactos econômicos, respeitando as par�cularidades de cada setor; previsibilidade e segurança jurídica; reciprocidade e respeito às regras fundamentais do Mercosul e da OMC. “O Brasil possui uma janela importante de oportunidades para se reindustrializar com suas vantagens compara�vas. Contudo, elas somente se tornarão vantagens compe��vas caso haja previsibilidade regulatória e fortalecimento de uma agenda robusta de compe��vidade, conciliando polí�cas de es�mulo industrial e de comércio exterior, de maneira equilibrada e condicionada às demais entregas de reformas estruturais da economia brasileira, incorporando medidas obje�vas de facilitação de comércio, de garan�as norma�vas ao sistema de defesa comercial e tratando do acesso a mercados para produtos brasileiros via negociação de acordos comerciais estratégicos. A indústria química tem muito a devolver ao Brasil em termos de inves�mentos, geração de empregos e de renda, que podem elevar o país a outro patamar de desenvolvimento”, destaca Fá�ma Giovanna. 

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Balanço de 2022

O Brasil importou US$ 80,3 bilhões em produtos químicos em 2022, marca inédita do valor monetário das importações feitas pelo País ao longo de toda a série histórica de acompanhamento da balança comercial setorial pela ABIQUIM (desde 1989). Esse valor total equivale à aquisição de 57,4 milhões de toneladas.

Na comparação com os resultados de 2021, ano em que havia sido registrado, até então, o maior déficit no histórico da balança comercial de produtos químicos (de US$ 46,2 bilhões), foi registrada uma expressiva elevação, de 32,3%, nos valores importados, em que pese uma redução de 5,1% nas quan�dades �sicas adquiridas.

No consolidado de 2022, foram registrados relevantes aumentos de valores importados em pra�camente todos os grupos de produto, com destaques de 75,1% em defensivos agrícolas. Em termos das principais localizações fornecedoras de produtos químicos para o Brasil, foi registrado de um crescimento de 38% das importações originárias da Ásia (excluído o Oriente Médio).

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, de US$ 17,3 bilhões, em 2022, �veram um crescimento de 19,5% na comparação com o ano anterior, resultado em grande medida jus�ficado pelo aumento de 23,7% dos preços médios e à sa�sfatória performance nas vendas aos países europeus e la�no-americanos.

O déficit na balança comercial de produtos químicos totalizou o recorde de US$ 63 bilhões em 2022 – valor 36,4% superior ao total registrado em 2021, até então recorde de US$ 46,2 bilhões –, mais do que o dobro daqueles registrados no período prévio à pandemia da Covid-19 (de US$ 32,0 bilhões em 2013 e de US$ 31,5 bi em 2019). 

Evonik tem novo distribuidor de Sílicas e Silanos para borrachas

A Evonik tem desde o dia 1 de fevereiro de 2023 a Quisvi-Convip como o distribuidor exclusivo da sua linha de sílicas e silanos para o mercado de borracha em todo o território brasileiro.

Até então, a Quisvi-Convip era responsável pela distribuição na região Sul do país. “Com o encerramento do nosso acordo de distribuição com a Quan�q-Caldic no dia 31 de janeiro de 2023, a Quisvi-Convip amplia sua atuação para todo o país, mantendo o excelente atendimento oferecido aos nossos clientes do mercado de borracha”, explica Renato Stoicov, Gerente de Negócios da Evonik.

O mercado de borracha é estratégico para a Evonik e oferece insumos para atender modernas formulações e processos produ�vos, incluindo o uso de sílicas em combinação com silanos, que permite a produção de compostos de borracha com melhores propriedades mecânicas e pneus mais sustentáveis, por exemplo. 

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CALÇADOS

Sustentabilidade vira protagonista

das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) criaram o Origem Sustentável. Única cer�ficação de ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance) para o setor calçadista no mundo, ela possui, atualmente, mais de 90 empresas produtoras de calçados e fornecedores de matérias-primas par�cipantes.

O gestor de Projetos da Abicalçados, Cris�an Schlindwein, destaca que entre 2021 e 2022 o programa cresceu mais de 75% em empresas cer�ficadas, número que deve seguir em crescimento nos próximos anos. “A sustentabilidade é uma exigência do consumidor. As empresas que não adaptarem processos produ�vos para que sejam mais responsáveis ambientalmente, economicamente e socialmente, não irão sobreviver no mercado. Estamos vivendo uma nova era e as empresas estão mais atentas e preocupadas com isso, não somente pelo planeta, mas pelos negócios”, avalia.

Conceito que ganhou força a par�r dos anos 90, a sustentabilidade assume uma importância cada vez maior no imaginário do consumidor. Uma pesquisa divulgada no final do ano passado pela KPMG, que ouviu 30 mil pessoas de 11 países, apontou que o conceito tem mudado hábitos de consumo. Conforme levantamento, cerca de 85% dos consumidores no mundo realizaram mudanças no es�lo de vida e em comportamentos com o intuito de serem

mais sustentáveis. Outro dado importante é que 76% dos respondentes colocaram a proteção ao meio ambiente como mais importante do que a economia em crescimento. Mas será que é possível unir negócios e sustentabilidade? Sim, e podemos provar.

Visando ins�gar a sustentabilidade na cadeia produ�va do calçado, não somente no seu pilar ambiental, mas também econômico, social, cultural e de gestão da sustentabilidade, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira

Uma pesquisa realizada pela Abicalçados em 2021 aponta que o setor calçadista brasileiro caminha a passos largos para ser cada vez mais sustentável, mas que existe um caminho a ser percorrido. O levantamento da en�dade indica que 87% das empresas do setor têm um trabalho de des�nação ambientalmente adequada dos resíduos de forma completa ou parcial, 73% executam o controle de substâncias restritas e 48% consomem energias limpas, de fontes renováveis. “Temos uma das indústrias mais sustentáveis do planeta e precisamos comunicar isso ao mercado. O Origem Sustentável veio para auxiliar nessa tarefa junto a todos os stakeholders no mercado nacional e internacional”, ressalta Schlindwein, destacando os ganhos com imagem proporcionados pela cer�ficação.

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Indústria calçadista prevê baixo crescimento em 2023

Com a projeção de um crescimento mais �mido em 2023, de 1,6% em produção, a indústria calçadista brasileira está cautelosa e observando os próximos passos da economia nacional e internacional. O cenário no mercado domés�co é de desaquecimento, com endividamento recorde das famílias (80%) e inflação crescente. No âmbito internacional, o cenário não é muito diferente, com a escalada da inflação, impulsionada pelos problemas logís�cos pós-Covid 19 e pelo conflito no Leste Europeu, somada ao desaquecimento de grandes economias mundiais, caso dos Estados Unidos e Zona do Euro.

A projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), no entanto, é de crescimento muito acima da previsão de incremento do PIB

brasileiro para 2023 (0,7%). O presidente-execu�vo da en�dade, Haroldo Ferreira, destaca que o setor calçadista, historicamente, cresce mais do que a economia brasileira, o que mostra a pujança de uma a�vidade que emprega, diretamente, mais de 300 mil pessoas em todo o País. “Será um ano de desafios, mas nada que o setor não esteja acostumado. Ao longo dos anos, passamos por crises, algumas mais outras menos graves, mas sempre saímos fortalecidos. Em 2023, as dificuldades maiores devem ser no mercado externo, sendo que as exportações devem perder espaço para o mercado interno. Em um país com um mercado domés�co como o nosso, isso está longe de ser terra arrasada”, comenta, ressaltando que os embarques devem registrar queda de 5,7% ao longo do ano (em pares).

Inves�mentos – Algumas empresas estão o�mistas para 2023, mesmo com todos os desafios pela frente. É o caso da Calçados Gonçalves, de Rolante/RS, que no final do ano passado anunciou a compra da marca Cravo & Canela. Com uma produção de 6 mil pares diários, 100% deles na modalidade private label - com a marca do cliente -, a Gonçalves cresceu 30% em faturamento em 2022. “Ano passado foi, de fato, o ano da retomada, principalmente no mercado internacional, onde comercializamos 50% da nossa produção - 95% delas para os Estados Unidos. Em 2021, ainda sen�amos os efeitos da Covid-19 e o mercado ainda estava receoso”, conta o diretor da empresa, Ademir Gomes Gonçalves.

Com a aquisição da marca Cravo & Canela, a Calçados Gonçalves espera seguir em crescimento em 2023. O empresário conta que ao longo do ano corrente será realizado um planejamento da nova marca, com adequações no perfil dos consumidores. “Em 2023, nossa projeção é de crescimento de 10% sobre 2022, que foi um ano muito bom. Mas será a par�r de 2024, com a marca própria adequada, que esperamos crescer mais, em torno de 30%. Em 2023 e 2024 planejamos inves�r mais de R$ 15 milhões em estrutura, desenvolvimento de marca e tecnologia”, projeta Gonçalves. 

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“É

FRASES & FRASES

“Ansiedade

“Em toda parte só se aprende com quem se gosta.”

“O otimista está sempre pronto para ser feliz.”

“Um homem sem medo jamais será oprimido.”

Augusto Boal

“Do ar vivemos. No bar convivemos.”

“A pior solidão que existe é darmo-nos conta de que as pessoas são idiotas.”

“Seria possível compilar o pior livro do mundo com trechos selecionados dos melhores escritores do mundo.”

“Covarde: aquele que, em situações críticas, pensa com as pernas.”
Ambroise Bierce
Johann von Goethe
“O sábio sabe que ignora.”
Victor Hugo
preciso esquecer para viver; a vida é esquecimento; cumpre abrir espaço para o que está por vir.”
Miguel de Unamuno
Tony Flags
Charles Bright
“As pessoas não gostam de ter a sua imaginação frustrada.”
Daniel J. Boorstin
Gonzalo Ballester
é algo muito vago. Medo é especí co.”
Louise Bourgeois
Gilbert Keith Chesterton
“Todos nós temos uma prodigiosa parcialidade em favor de nós mesmos.”
David Hume
“Odeiem-me, contanto que me temam.”
Gaius Caesar Germanicus
“No exato minuto em que um homem se convence de que é interessante, ele deixa de sê-lo.”
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Stephen Leacock
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CUIDANDO DE NOSSAS PESSOAS E COMUNIDADES

COMPROMISSO SOCIAL

CARING FOR OUR PEOPLE AND COMMUNITIES ACTING RESPONSIBLY FOR THE PLANET BUILDING A BETTER FUTURE TOGETHER A Cabot contribui por meio de suas plantas, escritórios e Fundação Cabot, com doações destinadas ao apoio das comunidades locais e promover sociedades mais saudáveis e prósperas.

Estamos comprometidos em contribuir com US$ 10 milhões até 2025 para suportar nossas comunidades em todo o mundo a prosperar, como parte de nossas metas de sustentabilidade para 2025.

Na América do Sul, nossos esforços de envolvimento comunitário estão focados no apoio às iniciativas educacionais e ambientais.

Site Campana Programa Educacional de Economia Circular para

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