Revista ANTRAL Nº 194

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Mundo Automóvel

Para 92% dos portugueses o combustível é a principal despesa com o automóvel

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o momento de comprar um carro, a questão económica e a consideração de todas as despesas associadas ao veículo, continuam a ser uma prioridade. Para a globalidade dos inquiridos pelo Observador Cetelem Automóvel 2020, comprar um carro é muito caro (36%) e tem custos de manutenção muito elevados (34%). Este peso é particularmente sentido em países considerados "emergentes", como a Turquia, África do Sul e Brasil. Para a grande maioria dos países inquiridos, o combustível vem em primeiro lugar nas despesas mais

elevadas (85%), seguido dos custos de seguro (70%) e de manutenção (54%). Para os inquiridos portugueses o cenário é muito idêntico: 92% referem que o seu principal gasto é com o combustível, seguido do seguro automóvel (80%). No caso nacional, em terceiro lugar surge ainda o financiamento (14%). Sobre os elevados preços dos combustíveis,30% dos portugueses afirmam que raras foram as vezes que desistiram de realizar uma viagem por este motivo, enquanto 12% revela fazê-lo com frequência. Para reduzir estes gastos, 82%

dos condutores portugueses estariam disponíveis para comprar um veículo que consumisse menos combustível; 79% preferia subscrever um seguro mais barato (recorrendo a mediadores); 75% faria a manutenção do veículo fora das redes de marcas do fabricante; e 72% evitaria portagens através da utilização de rotas alternativas. Adicionalmente, 77% dos inquiridos nacionais refere ainda que preferia que o governo reduzisse os impostos sobre combustíveis, de forma a aumentar o poder de compra das famílias.

Nova Iorque quer implantar tarifas dinâmicas nos táxis

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autoridade municipal responsável pelo pelouro da mobilidade e transportes da cidade de Nova Iorque está a estudar a implantação de um sistema de tarifas dinâmicas para os táxis semelhante ao que é utilizado pelas plataformas TVDE. Esta é mesmo a principal proposta do estudo realizado por aquela entidade, após vários meses de debate sobre o destino dos condutores que compraram licenças de táxi a preços excessivos incentivados pelas autoridades, e que ficaram tecnicamente falidos e com dívidas exorbitantes quando o mercado de licenças colapsou com a expansão anárquica das plataformas de transporte. O aumento de preços para o serviço de táxis em função do

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aumento da procura, segundo a autoridade municipal, pode ser uma parte da solução para encontrar os 600 milhões de dólares necessários para resgatar as licenças de táxis das empresas em falência. Ajustar os preços à procura de mercado iria permitir aos industriais táxi ganhar mais dinheiro nas horas de ponta e ser mais competitivos quando a procura fosse baixa.

Outra das recomendações para ajudar a resolver o problema dos taxistas endividados é que a entidade municipal se associe com corporações privadas para comprar a dívida das licenças, ao mesmo tempo que os proprietários só serão obrigados a pagar o actual valor das licenças e não o valor dos preços inflacionados que deram por elas.


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