Revista ALVO ed 19

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entrevista setembro quando mostramos à população o peso e a complexidade da carga tributária. O Conjove esteve empenhado em uma série de conversas com os candidatos ao senado federal. Como a instituição se posiciona em meio ao processo eleitoral pelo qual passamos? O projeto Conversa com o Senado é uma novidade e é pertinente porque os principais gargalos na área empresarial do estado são de competência da esfera federal. E é importante que nós tenhamos a oportunidade de apresentar essas demandas aos nossos candidatos e, ao mesmo tempo, saber o que eles pensam a respeito de cada uma delas. Entre estas demandas podemos citar a questão do Simples que, apesar de ter interferência do estado, o sub-limite e a substituição tributária são permitidos por meio de uma lei federal. Demandas na logística do estado, como a hidrovia AraguaiaTocantis que pode dar acessibilidade aos produtores de soja e, eventualmente, à verticalização dos produtos minerais do sudeste do Pará. Temos a BR-163 que queremos que seja asfaltada até Santarém para beneficiar também o nosso Estado. A ferrovia norte-sul, onde nossa pretensão é de que ela possa beneficiar produtores do interior do estado do Pará e não sejamos apenas uma passagem. Somos o único estado da região norte sem benefícios fiscais federais mesmo com uma balança comercial altamente favorável. Temos até hoje áreas federalizadas que poderiam ser estadualizadas. Então são várias questões que são extremamente importantes para o empresariado paraense que só podem ser tratadas na esfera federal.

Quais os principais anseios do empresariado jovem no estado? Há demandas específicas? Nossas principais demandas não diferem muito das demais entidades de classe. A princípio, como a maioria das empresas associadas são pequenas e médias empresas, visamos a ampliação do número de empresas no Simples. Não só por permitir que o empresário pague menos impostos, mas principalmente para que a complexidade de sua contabilidade seja reduzida e, com isso, o empreendedor possa dispensar cada vez mais suas energias e recursos no sua atividade fim. Quais as principais parcerias do Conjove? Nossa maior parceira é a Associação Comercial do Pará, nossa casa, que sempre nos dá apoio em todos os eventos com um envolvimento intenso e com a sua infraestrutura. Outro parceiro importantíssimo é o Sebrae, que tem estado presente em vários dos nossos projetos não só como agente financeiro, mas com o repasse de informação e conhecimento. Qual o papel social que o Conjove pode desenvolver além de sua essência como entidade de classe? O trabalho que desenvolvemos chama ‘Empresa Madrinha’. As empresas associadas ao Conjove se reúnem e adotam um projeto. Neste biênio, adotamos um programa que já existia em uma comunidade do bairro do Guamá, ‘Vinha de Luz’. O programa atende 80 mulheres e meninas, ensinando ofícios como o ponto cruz e trabalhos artesanais. O objetivo é ensinar a elas uma atividade econômica que possa lhe gerar renda e isso já tem mudado a vida de muitas delas que já passaram pelo projeto. Em paralelo, a comunidade também faz um trabalho de valorização da moral que vai além do recurso, passando pela elevação da auto-estima e confiança dessas mulheres.

O programa atende 80 mulheres e meninas, ensinando ofícios como o ponto cruz e trabalhos artesanais. O objetivo é ensinar a elas uma atividade econômica que possa lhe gerar renda e isso já tem mudado a vida de muitas delas.”

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