Revista Alvo Ed 13

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13 ISSN 2179-9490

Entrevista

Cultura

Internet

Cristina Serra - a opinião de uma das principais jornalistas do país.

Terruá - a música brasileira feita no Pará.

Dicas de segurança para não cair nas armadilhas da rede.

Revista Alvo - Edição 13


Há mais de 30 anos aju Rapidã

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Editorial Direitos e Deveres

Assembleia geral em condomínio por Dr. José Nazareno.

Entrevista

Cristina Serra.

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Transporte

56 Acelerar

Turismo

58 Lado B

Segurança em primeiro lugar.

Barcelona, a cidade que é uma festa!

Dança A dança que encanta.

Playground

Para entreter: música, cinema, aplicativos e literatura.

Exclusivo O que há de melhor no mercado mundial.

Ditando o Chic

Netiqueta - A etiqueta na internet por Patrícia Bahia

Internet

Não caia na rede!

Decoração

Spaçocasa: reúne o moderno e o rústico.

Tecnologia

Automação invade as casas em Belém.

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Saúde e Estética

Botox ou preenchimento? por Dra. Karina Oliveira.

Perfil

Flávia Harada.

Suplementos nutricionais: benefícios e riscos - por Rômulo Martins

por Apoena Augusto.

59 Esporte

Esportes Náuticos

62 Segurança

Extintor, pra que te quero?

66 Meio Ambiente

Condomínios aderem à coleta seletiva.

Capa

Lorotas

Especial Eleições 2012.

Minha vida é andar por esse país pra ver se um dia descanso feliz por Antônio Carlos Lobato.

48 Música

De volta ao presente.

Cidadania

Homofobia: violência ainda sem punição.

54 Cultura

Terruá: made in Pará.

72 Ensaio

Gaia, um pequeno milagre.

Mosáico de Lama

Paraísos fiscais, offshores e o Brasil muito bem ranqueado por Leonardo Sarmento

Eventos

Aniversário do Bernardo Alencar Salustiano


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Alexandre Rocha Editor Responsável alexandre@revistaalvo.com

Editorial

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erta vez ouvi o seguinte comentário “Somos um país onde vige a pior democracia do mundo, em que todos falam e poucos são ouvidos; todos mentem e quase ninguém é punido; todos são culpados e poucos são condenados; os poderosos têm poderes acima do poder e os pobres têm os seus direitos desonrados; enfim, onde todos têm vida e poucos realmente vivem”. Se isso, infelizmente, é um fato inegável, ainda acreditamos que podemos transformar a nossa realidade político-social. E uma maneira de mudarmos isso é com o voto popular nas Eleições, escolhendo o candidato mais capacitado para o cargo público. Essa é sem dúvida a maior preocupação dos eleitores. De um lado, candidatos que tentam convencer seus eleitores com suas ideias, planos e propostas, do outro, eleitores indecisos. Diante de tantos partidos políticos, tantos candidatos e casos que saem na mídia, como escolher o candidato certo? O que ajuda, então, o eleitor na hora da decisão nas urnas? Para auxiliar você na seleção desse candidato, a revista Alvo entrevistou nove dos dez candidatos a Prefeito de Belém, excetuandose apenas o candidato Jefferson Lima que não enviou as suas respostas até o fechamento desta edição. Esperamos com isso contribuir com a democracia e aguardamos esperançosos por verdadeiras mudanças na prática de governar. Destacamos nessa edição a jovem bailarina Flávia Harada, revelação em um dos maiores eventos de dança do mundo na atualidade, o YAGP – Youth America Grand Prix, nos EUA. E por falar em dança, fomos até ao Studio Ludmilla Raissuli desvendar os mistérios da “Dança do Ventre”. Desembarcamos em Barcelona, na Espanha, e trouxemos algumas dicas e sugestões para aproveitar a cidade catalã. Além disso, temos a coluna da Patrícia Bahia que trás informações importantes sobre como se comportar na maior rede social do mundo. E temos as estreias das colunas “Mosaico de Lama”, do jornalista carioca Leonardo Sarmento, que fala sobre os sistemas fraudulentos dos paraísos fiscais (offshores) e “Saúde e Estética” da Dra. Karina Oliveira que traz esclarecimentos sobre Botox e preenchimento . Boa leitura!

Expediente

Editor Responsável Alexandre Rocha DRT/PA 2233. Produção: Max Lin. Assistente de Produção: Gabrielle Rocha. Repórteres: Bianca Leão, Denise Teixeira, Liandro Brito e Timóteo Lopes. Gerente Comercial: Sérgio Paris. Atendimento Comercial: Rafaela Rodrigues, Rejane Alencar e Thays Teixeira. Fotógrafo: Aislan de Paula e Nazareno Castelo. Criação e Design: Max Lin.

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Gráfica: Ellite Tiragem: 13.000 exemplares

Fale Conosco Para Anunciar: contato@revistaalvo.com Belém: (91) 3229-8300 / 8122-0670 Atendimento ao Leitor: cartas@revistaalvo.com Cartas: Av. Gov. Magalhães Barata, 651. Sl. 203 São Braz - Belém - Pará. CEP 66.063-240 Site: www.revistaalvo.com Twitter: @alvocomunica

A revista Alvo (ISSN 2179-9490) é uma publicação trimestral da Alvo Tecnologia Serviços de Publicidade Ltda EPP. Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução de textos ou imagens sem prévia autorização do editor.


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José Nazareno Nogueira Lima Advogado.

Direito e Deveres

nazareno@nogueiralima.com.br Pres. do SINDCON e Vice-Presidente da FESECOVI

Assembleia geral em condomínio (autoconvocação).

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endo esta revista direcionada ao público que habita em sociedades condominiais, acho importante escrever artigos esclarecedores de assuntos e casos concretos que acontecem em condomínios e que chegam ao meu conhecimento. Há poucos dias atrás fui procurado por uma comissão de moradores de um dos condomínios da capital, que estavam insatisfeitos com a atuação do síndico, pois há vários anos não prestava contas com a Assembleia Geral. Segundo eles, o condomínio estava um completo caos, sujo, com as contas atrasadas, principalmente, com as obrigações sociais de seus empregados, e o gestor não dava qualquer satisfação dos seus gastos. Após várias tentativas de obter uma reunião amigável com o síndico, que não quis recebê-los, tentaram convocar uma Assembleia Geral Extraordinária, sem sucesso. Então resolveram criar uma comissão de moradores e fazer uma autoconvocação. Logo surgiram as dúvidas: Quem deveria convocar a Assembleia Geral? Qual o quorum mínimo de condôminos para a convocação? Quem deverá presidir a Assembleia Geral do condomínio? Pode a Assembleia Geral destituir o síndico no item de pauta “o que ocorrer”? É bom lembrar que o Conselho Fiscal ou o Conselho Consultivo poderá requerer ao síndico a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária, mas nunca autoconvocar, salvo se houver previsão na Convenção Condominial. A autoconvocação da Assembléia Geral decorre quando há manifestação por escrito de ¼ (um quarto) dos condôminos insatisfeitos (art. 1.355 do Código Civil Brasileiro), que resolvem fazer um edital de convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir os problemas do condomínio. Logo surge um questionamento dos condôminos sobre quem deve dirigir a Assembleia Geral Extraordinária? Na verdade, embora a convocação seja dos condôminos, a Assembleia Geral deve ser presidida pelo síndico, salvo se a Convenção Condominial dispuser em contrário. No caso de ausência do síndico e do vice-síndico numa

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autoconvocação o plenário deliberará sob quem deverá presidir a sessão. É comum em reuniões de Assembleias Gerais de condomínio, sejam elas ordinárias ou extraordinárias, se deliberar sobre assuntos que não constam na pauta da convocação. Esse procedimento é nulo de pleno direito, mesmo que se tenha obtido a unanimidade de votos dos presentes a reunião. Por exemplo, se ao final da sessão, quando em pauta “O que ocorrer”, alguém propõe uma taxa extra para o condomínio ou a destituição do síndico, esses itens se aprovados não terão validade, pois qualquer condômino poderá requerer judicialmente a nulidade desse item, já que a Assembleia somente poderá deliberar sobre assunto objeto de convocação e esse assunto não pode ser genérico ou estar incubado ou disfarçado na pauta, deverá vir escrito. Certos assuntos a serem decididos como: cassação do mandato do síndico, taxa extra e outros, precisam vir especificado na pauta de convocação, sendo que para alguns assuntos existe quorum privilegiado, como a realização de obras voluptuárias, votos de 2/3 dos condôminos; de obras úteis, de votos da maioria dos condôminos. No caso de cassação do síndico o quorum é de maioria absoluta dos condôminos, ou seja, metade mais um do total de condôminos existentes no condomínio. Um dos deveres do síndico é prestar contas a Assembleia, anualmente e quando exigidas (art. 1348, VIII do C. Civil). Antes de tudo lembre-se que condômino inadimplente não vota, nem pode ser votado (art. 1335, III do C. Civil). A destituição do síndico somente será possível em Assembleia Geral Extraordinária, convocada com o fim específico de destituição do síndico, pelo voto da maioria absoluta dos condôminos, no caso especificado de prática de irregularidade, não prestar contas ou não administrar convenientemente o condomínio. Em todo caso, quando se trata de Assembleia Geral, o difícil e atingir o quorum privilegiado, já que a mentalidade brasileira é de completa omissão.


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Entrevista

Cristina Serra Jornalista por Liandro Brito

Uma paraense de destaque no jornalismo nacional.

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ristina Serra, jornalista, nasceu em Belém no dia 10 de março de 1963. Iniciou sua carreira no jornal “Resistência”, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, ainda no final da ditadura militar. Foi para a cidade do Rio de Janeiro onde se formou em Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Trabalhou no Jornal do Brasil, na revista Veja e seguiu para a TV Globo, onde foi correspondente em

Nova York por três anos. Desde que voltou ao Brasil, a jornalista se dedica à cobertura política em Brasília para os telejornais da Rede Globo e Globonews. Atualmente faz a cobertura do julgamento do “Mensalão”. Nesta entrevista, concedida a revista Alvo, Cristina fala das suas dificuldades e ao mesmo tempo da paixão pela profissão, fala das lembranças de sua juventude em Belém e do início da carreira.

Quais as maiores dificuldades da carreira? São várias as dificuldades na profissão e talvez por isso mesmo ela seja tão fascinante. É preciso matar um leão por dia porque a todo momento os repórteres esbarram em obstáculos que tentam impedir o acesso à informação. Quem cobre o poder, por exemplo, se depara o tempo todo com isso. O poder, em geral, não gosta da transparência e isso é em todos os níveis de governo – federal, estadual e municipal - e em todos os poderes - executivo, legislativo e judiciário. Há sinais positivos e muito promissores de mudança. Mas ainda estamos no começo da trajetória rumo a uma sociedade mais transparente e democrática no que concerne ao exercício do poder no Brasil.

Qual a sua cobertura jornalística inesquecível? Tenho várias coberturas inesquecíveis, mas costumo dizer que a minha melhor cobertura ainda não fiz. Por quê? Porque no jornalismo a gente aprende todo dia, se surpreende todo dia, faz descobertas sempre. Então, sempre acho que ainda vou fazer a melhor cobertura da minha vida, quero ser repórter até morrer. Mas, pra não deixar você sem resposta, posso dar alguns exemplos. A cobertura das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011, foi uma delas, pela magnitude da tragédia e pelo drama humano. Outra foi o terremoto no Haiti, pelos mesmos motivos. Também adoro viajar pela Amazônia. Já fiz várias séries na região e um Globo Repórter sobre os nossos rios, as “estradas de água”,

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realmente inesquecível, que mudou a minha percepção sobre a Amazônia. Vou guardar as lembranças dessa viagem no meu coração para o resto da vida. Qual o futuro do jornalismo? Os jornais impressos vão acabar com o avanço da tecnologia? O jornalismo é cada vez mais necessário. Mesmo em sociedades com um grau razoável de democracia persistem mecanismos totalitários. E o jornalismo é o melhor antídoto contra o totalitarismo. Sem falar que existem ditaduras mundo afora, onde o jornalismo é ainda mais imprescindível, é vital mesmo. Agora, o jornalismo impresso precisa de adaptações diante da evolução tecnológica que temos hoje. Os jornais impressos têm que oferecer algo mais ao leitor do que simplesmente a notícia factual porque isso as agências em tempo real dão o tempo todo, o dia inteiro. Acho que o caminho dos jornais é aprofundar as notícias, dar o contexto em que os fatos ocorrem, mais análise, mais bastidores. Enfim, eles têm que se diferenciar para que o leitor ache que vale a pena pagar por uma informação mais qualificada. Estamos em um ano eleitoral. Qual a sugestão que você daria para o leitor avaliar melhor os candidatos a prefeitos e vereadores? Acho que é importante o eleitor conhecer o candidato, saber o histórico político dele. Por exemplo, se já foi parlamentar, saber como votou no Congresso ou na Assembléia Legislativa ou Câmara Municipal em questões importantes; que projetos apresentou, se foi assíduo, se esteve ou não envolvidos em escândalos, enfim, se tem a ficha limpa. Outra coisa importante, a meu ver, saber quem foram os doadores de campanha dele em eleições anteriores. Isso tudo vale também

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para quem já ocupou cargos no Executivo. E ainda, quais são as propostas dele. Quem se candidata a uma função pública, precisa ter propostas consistentes que melhorem a vida da população. Ficar atento também às armadilhas do marketing eleitoral, música bonitinha, candidato maquiado, tudo isso só serve para enganar o eleitor. O marketing é uma praga na política. Como você se envolveu no jornalismo político? A política sempre me atraiu. Entrei na faculdade na época da ditadura e mergulhei no movimento estudantil. E decidi que quando me formasse trabalharia nessa área. Ainda em Belém, trabalhei no Resistência, que combatia a ditadura, era política na veia. Depois, já formada, no Rio, quando entrei no Jornal do Brasil, me colocaram na editoria de política. Adorei, era tudo que eu queria, cobri a eleição presidencial de 89, a primeira depois do retorno à democracia, foi sensacional (aliás, essa também foi uma cobertura inesquecível). Depois, decidi que estava na hora de vir para Brasília para aprender a cobrir o poder. Foi um caminho natural. Como foi iniciar a carreira de jornalismo na era da ditadura, um momento de censura à imprensa? Quando olho pra trás, vejo que foi o melhor aprendizado possível. No Resistência, trabalhei com um time de jornalistas muito corajosos, que me deram a base da profissão. Sou profundamente grata ao Resistência, aprendi tudo ali: que o jornalismo é servir ao cidadão e que é preciso ter coragem pra enfrentar dificuldades de toda sorte. Me lembro que a Polícia Federal chegou a invadir a redação e gráfica do jornal - eu não estava lá nesse dia, soube depois - agrediu os profissionais etc. Nada disso desanimava a turma do Resis, como a gente chamava o jornal. E o Resistência enfrentava a censura, publicava matérias que nenhum outro jornal, no Pará,


Fotografo Orlando Brito

publicava. Quando me formei, a censura já tinha caído. Aí fui viver a experiência da chamada grande imprensa, onde estou até hoje. Mas minhas raízes estão no Resis. Qual a sua relação com a cidade de Belém? Belém é meu chão, meu porto seguro. Minha família mora aí e procuro ir com frequência para vê-los. Também tenho amigos muito queridos, da época de escolinha da Universidade (que hoje se chama NPI) e da Federal do Pará. Eu comecei o curso de Jornalismo aí e transferi depois para a Federal Fluminense. Além do mais, sou muito ligada na cultura paraense, na paisagem, na comida, nos sabores, cheiros, na música, tudo. Toda a minha memória afetiva da infância, adolescência e do começo da vida adulta estão aí, no Mosqueiro, em Salinas, Algodoal, na ilha da Romana, no Marajó. Se pudesse, todo ano iria para o Círio. Nem sempre dá. Mas este ano, está quase certo que eu irei, mais uma vez, viver essa emoção. Como você avalia o crescimento de Belém na mídia nacional? Acho sensacional. A cultura paraense é muito rica e os artistas paraenses são muito “antenados”, fazem uma mistura muito moderna das nossas tradições com tudo que está acontecendo no Brasil e no mundo. Isso pode ser visto na música, sobretudo, que tem mais visibilidade porque está atrelada a um esquema mais industrial. Mas a arte paraense vai muito além. Nas artes plásticas, temos muita gente de qualidade, de nível internacional, e não é de hoje. E na fotografia, o Pará já é reconhecido no Brasil inteiro pela excelência dos seus fotógrafos. Sem falar na cultura popular, no nosso carimbó delicioso... ficaria horas falando da cultura paraense.

Como foi na adolescência em Belém e quais as melhores lembranças da cidade? Minhas melhores lembranças da cidade na adolescência? São tantas... Bom, as festinhas na Assembléia Paraense e nas casas dos amigos, os verões em Salinas, as tardes de domingo na sorveteria Tip Top, que, infelizmente, não existe mais, o escurinho do cinema Olímpia (que glória que ele ainda existe). Já na época da faculdade, as festas no Palácio dos Bares, no Vadião (para arrecadar dinheiro para as atividades estudantis), e as rodas de bate papo no Bar do Parque, ainda hoje meu bar preferido em Belém. Não existe nada como um fim de tarde no Bar do Parque, tomando uma cervejinha gelada pra quebrar o calor, ouvindo o sussurro das mangueiras. Im-per-dível! Como você avalia o jornalismo em Belém e no Brasil? Há diferenças? Há muitas diferenças, mas vou me ater a uma delas. Acho que o jornalismo local ainda sofre muita interferência das oligarquias políticas. O jornalismo só pode ser exercido em sua plenitude com autonomia e independência. E vejo que em Belém essa interferência ainda limita e atrapalha muito. Nos jornais de nível nacional, há um grau de autonomia e independência muito maior dos profissionais e dos veículos, econômica e editorialmente falando. Aliás, uma coisa leva a outra. Só veículos independentes economicamente é que podem ter uma linha editorial independente de governos ou quem quer que seja. Mas é preciso destacar que o nível dos profissionais é excelente. Sempre que vou a Belém, leio os jornais locais e acompanho o noticiário das tvs e acho que os jornalistas daí não devem nada a ninguém, estão no mesmo patamar de Brasília, Rio ou São Paulo. Aliás, os meus gurus no jornalismo são paraenses: o Luís Maklouf Carvalho e o Lúcio Flávio Pinto.

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Playground

Para Ler

A Sagrada Família

A Queda

Editora: Alfaguara Autor: Zuenir Ventura

Aos 81 anos, esse mineiro de Além Paraíba, lança mais uma obra que é na verdade uma mistura de memória e ficção para compor uma narrativa sobre os amores que resistem ao tempo e a perda da inocência. Nostálgico e bem humorado, ele viaja ao passado para descrever o que viveu em meio a uma numerosa família de Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, na década de 40. Tudo isso às vésperas de o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial, com suas intrigas políticas e passionais, compondo o emocionante retrato de uma época.

Editora: Record Autor: Diogo Mainardi

Polêmico em suas linhas editoriais, o jornalista Diogo Mainardi relata nesse livro as suas experiências com seu filho Tito, que teve paralisia cerebral provocado por uma obstetra que apressou o parto de maneira desastrada em um hospital em Veneza. Outras obras já trataram o mesmo assunto, em livros corajosos como requer a honesta literatura do tipo confessional. Mas Mainardi o faz sem resvalar na autocomplacência e também evita dar voltas biográficas que se afastam longamente do tema central.

Para Baixar

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Steve Jobs – A Biografia

Editora : Companhia das Letras Autor: Walter Isaacson

Em 1976, Steve Jobs fundou aquela que se tornou uma das mais valiosas e inovadoras empresas do mundo, a Apple Inc. Foi o pai de produtos revolucionários como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad, que mudaram para sempre o mundo da tecnologia. O livro se basea em mais de quarenta entrevistas com Jobs ao longo de dois anos, e entrevistas com mais de cem familiares, amigos, colegas, adversários e concorrentes, narra a vida atribulada do empresário extremamente inventivo e de personalidade forte e polêmica, cuja paixão pela perfeição e cuja energia indomável revolucionaram seis grandes indústrias: a computação pessoal, o cinema de animação, a música, a telefonia celular, a computação em tablet e a edição digital.

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Para Escutar

Mylo Xyloto Coldplay Emi Music É o quinto álbum da banda que sucede “Viva La Vida”, lançado em 2008, que foi primeiro lugar de vendas em 36 países. A banda já ganhou vários prêmios da indústria musical ao longo de sua carreira, incluindo seis Brit Awards, vencendo como o Melhor Grupo Britanico por três vezes, quatro MTV Video Music Awards, e sete Prêmios Grammy de vinte indicações. Como um dos recordistas de vendas de discos, o Coldplay já vendeu mais de 50 milhões de discos em todo o mundo.

Amorágio Ivan Lins Somlivre Produzido por Rodrigo Vidal, traz 11 canções emocionantes. Entre elas, “Quero falar de amor”, melodia composta a quatro mãos com o cantor italiano Ivano Fossatti, com belas cordas de Eduardo Souto Neto e “Atrás poeira”, uma canção sertaneja já gravada por ele em 1986. A canção que dá nome ao CD tem a melodia composta sobre uma curta sequência harmônica de Osmy Mello (músico e compositor paulista) e sobre um incrível poemeto de Salgado Maranhão. Conta ainda com a participação luxuosa da cantora paulista Tatiana Parra.

Para Assistir

Totalmente Inocentes Gênero: Comédia Diretor: Rodrigo Bittencourt O filme é centrado na história de um trio de jovens que vive numa fictícia favela. O adolescente Da Fé (Lucas D´ Jesus) é apaixonado pela irmã mais velha (Gildinha, interpretada por Mariana Rios) de seu melhor amigo, Bracinho (Gleison da Silva), que também mora na comunidade. Ingênuo, ele acredita que, para conquistar a garota, precisa se tornar o chefão do tráfico. O “problema” é que ele e seus amigos não têm nenhum talento para o crime. Numa história recheada de situações hilariantes, “Totalmente Inocentes” aposta no humor de uma comédia de erros com grande potencial popular.

Tropicália Gênero: Documentário Diretor: Marcelo Machado Um dos maiores movimentos artísticos do Brasil ganha vida nesse documentário. Numa época em que a liberdade de expressão perdia força, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee, Tom Zé, entre outros, misturaram desde velhas tradições populares a muitas das novidades artísticas ocorridas pelo mundo e criaram o Tropicalismo, abalando as estruturas da sociedade brasileira e influenciando a várias gerações. Com depoimentos reveladores, raras imagens de arquivo e embalado pelas mais belas canções do período, “Tropicália” nos dá um panorama definitivo de um dos mais fascinantes movimentos culturais do Brasil.

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Exclusivo

Toyart Quem gosta de folhear revistas de design e arquitetura já deve ter visto essas figuras fazendo parte da decoração, parecem brinquedos, mas na verdade são quase obras-de-arte em 3D assinadas por designers do mundo todo. Labbit, Dunny e, o mais famoso, o Munny, na ordem das imagens. A partir de U$ 20 (sem impostos e frete)

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Toshiba 4K Os óculos da TV 3D já não são mais necessários, vai chegar no início de 2013 a Toshiba 4K em 3D que impressiona pela resolução padrão de 3840 x 2160. Quem viu se impressionou com a qualidade das cores e o acabamento estético da TV, tudo isso em 84 polegadas. Valor não divulgado.

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Prada Não é novidade que a Prada tem celular a venda, e agora está na versão 3.0 com o sistema Android. O hardware é poderoso e o menu é bem minimalista. Uma pena que o acabamento é de plástico imitando o couro. Valor R$ 2.099.

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Salvatore Ferragamo para Ele O Subtil for men, criando em 2003, é puramente masculino, urbano e moderno. Os tons amadeirado e apimentado o torna único. A partir de US$ 37 (sem impostos e frete).

Vivianne Westwood Em parceria com companhia japonesa líder em smartphone, Docomo, a estilista irá dispor 30 mil celulares exclusivos no mercado da moda em novembro deste ano. Os valores ainda não foram divulgados.


Christian Louboutin A famosa grife de saltos de solado vermelho lançou uma coleção para comemorar seus 20 anos de sucesso. As referências de criação são a vida e evolução do designer francês. Em torno de U$ 800.

Bvlgari Octo Com design mais discreto e elegante a marca italiana buscou inspiração na moderna e tradicional Roma. São duas versões: aço inoxidável e ouro rosa, US$ 9.500 e US$ 28.300, respectivamente.

O restaurante Emiliano é uma referência de bom gosto e elegância na cidade de São Paulo. Possui três ambiente: o Champagne Bar & Caviar (único no

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Ditando o Chic

Patrícia Bahia Promoter de Eventos bahiapatricia@hotmail.com

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amos falar do Facebook, esse espaço virtual que está cada vez mais frequentado e comentado. Esse mundo é tão real que, em pouco tempo a fronteira entre os dois mundos será imperceptível. O Facebook pode ser um sonho, uma maneira fácil de manter contato ou rever amigos, mas também pode ser tornar um pesadelo para a vida pessoal ou social, caso o usuário faça uso errado dessa ferramenta. A mudança na base dos valores, que regiam nossas vidas até então, é visível e palpável. Com a velocidade e a evolução das tecnologias, torna-se necessária a criação de regras para as relações e as comunicações virtuais por meio das mídias sociais. O mundo da internet constitui uma sociedade à parte e deve manter sua própria linguagem. Crianças mudaram seus comportamentos nas es-

colas e os adultos em mesas de bares e restaurantes já não conversam mais, pois cada um está ocupado com o seu celular, digitando em suas redes sociais. Toda essa tecnologia precisa melhorar os relacionamentos entre pessoas e não apenas facilitar as nossas vidas. Para isso temos que ter o bom-senso para sabermos usar toda essa tecnologia em nosso benefício. É preciso atenção e disciplina para que, com sensibilidade e discernimento aprendamos a utilizar e, principalmente, dominar as máquinas e seu tempo de uso. Não é fácil, pois as mesmas não têm emoção, não ficam carentes e não viciam. Nós sim. É bom lembrar que a elegância passa por tudo, inclusive pela internet e suas redes sociais. Assim, convém ter noção que, mesmo numa presença virtual, implica numa educação real.

• Não insista: não peça a alguém para ser seu amigo mais de uma vez.

• Não envie “correntes”: dessas que temos que enviar para outros amigos.

• Não se ofenda: se alguém não te aceitar, é um direito que essa ferramenta dá aos usuários.

• Não seja permissivo: evite trocar mensagens com pessoas que tenham no status relacionamento sério, você pode ser mal interpretado.

• Não seja intruso: não faça pedidos de amizade aos amigos de seus amigos, se você não os conhecer. • Quantidade não é qualidade: alguns usuários medem seu prestígio através da quantidade de “amigos” isso é bobagem.

• Evite fotos em trajes de banho: é vulgaridade, a privacidade e exclusividade são mais elegantes.

• Seja autêntico: não escreva algo que você não diria na vida real.

• Não use o Facebook para compartilhar coisas muito particulares.

• Guarde seus segredos: não compartilhe em sua página ou status nada que nem todos em sua lista possam saber.

• Não compartilhe informações de identificação como endereços e telefones.

• Evite intrigas: cuidado com que você postar. Falar mal de alguém achando que a pessoa não vai saber é um grande engano. • Cuidado com os comentários alheios: é difícil saber se as pessoas estão brincando ou sendo sarcásticas.

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• Não ostente: não mostre seus bens, suas propriedades, suas viagens, etc. Essa ostentação pode sair cara.

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• Quanto mais você se expõe, mais vulnerável vai se tornar e hoje precisamos nos resguardar para nossa própria segurança. • Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. Para não errar trate os outros como gostaria de ser tratado.


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Cuidamos da limpeza de sua casa ou escritório.

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Não caia na rede! Todo cuidado é pouco quando se utiliza a internet. por Liandro Brito

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otos intimas da atriz Carolina Dieckmann, foram publicadas recentemente na internet, depois que ela levou o seu computador até uma loja para manutenção. Enquanto isso nos EUA, hackers encontraram uma forma de invadir o smartphone da atriz Hollywoodiana Scarlett Johansson (Os Vingadores - 2012) para roubar fotos intimas e também publicar na internet. Os culpados podem ser identificados (em alguns casos), presos, responder processo e até pagar indenizações às vítimas, mas é fato que essas imagens nunca mais poderão sair da rede. A cada segundo, as fotos acabam sendo salvas em milhares de HDs espalhados pelo mundo, graças à velocidade da internet. Mas esses casos não são restritos ao mundo dos famosos. Em Belém, uma estudante universitária se exibiu para o namorado durante uma conversa via internet através da webcam, ela não sabia que ele estava gravando tudo. Os dois terminaram o relacionamento e o rapaz chegou a subornar a estudante para não publicar as imagens. Ela foi até a delegacia prestar ocorrência e o rapaz foi detido. Mas não adiantou. O material foi publicado na internet em um site de compartilhamento de vídeos pornográficos. Este e outros milhares de crimes acontecem a cada segundo pelo mundo através da rede. A propagação é facilitada pela rapidez da internet, que pode ser acessada atualmente em qualquer lugar. “Hoje não tem uma lei especifica para um crime de internet. A internet é apenas o meio para se praticar os crimes que já estão previstos na legislação, como fazer desvio de dinheiro, injúria, difamação, etc.”, comenta o delegado Felipe Schimitt, da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), que atua em todo o Pará. No Brasil e no mundo há diversas denominações, como direito eletrônico, digital, cibernético, de internet, virtuais, etc. “Existem dois grandes projetos de lei nacional (nº 2793/2011; 84/1999) que já foram aprovados na Câmara de Deputados e aguarda avaliação e aprovação do senado e tratam os crimes de informática na sua essência como dano à dados de computador, acesso indevido ou não autorizado a um servidor e obtenção não devida de dados”, completa. No caso da universitária, o namorado foi enquadrado

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por extorsão, crime já previsto na legislação. “A vítima deve de imediato fazer uma ocorrência na policia. Este tipo de crime qualquer delegacia pode atender, uma vez que não existe uma legislação específica sobre a internet”, ressalta. “Poderíamos até assumir este caso, mas somos uma Delegacia especializada de alta complexidade e atuamos mais no crime organizado”, ressalta. Somente este ano, 20 pessoas foram presas (3 quadrilhas) envolvidas em crimes de informática no Pará. Mais de 30 casos já foram solucionados este ano e ainda há outros em investigação. Tem quadrilhas especializadas em clonagem de cartões de crédito com o uso de “chupa cabra” em caixas eletrônicos, um aparelho acoplado no leitor de cartões que registra os dados do cliente através da tarja magnética. Em outro crime mais organizado, um carteiro dos Correios foi preso em fevereiro deste ano em Belém com 150 cartões de crédito que seriam extraviados. O fraudador solicita a segunda via do cartão de crédito e quando chega aos Correios o cartão é desviado pelo carteiro. O fraudador desbloqueia e realiza a fraude usando o cartão. “Este ano prendemos oito pessoas de uma quadrilha que atuava aqui em Belém com extravio de cartão de credito”, conta Schimitt. Estes são casos de estelionato e furto mediante fraude, principais enquadramentos feitos pela DRCT. Schimitt diz que os crimes praticados pelas quadrilhas que atuam na internet ou em outros meios eletrônicos, formam um conjunto de crimes, tornando a fiança cada vez mais difícil. O delegado conta que o Pará está em primeiro lugar em crimes de informática em relação aos outros estados brasileiros. “Todo ano há situações de desvio de dinheiro pela internet e tentativa de invasão de sites. Estamos agora investigando a invasão no site de um banco. Nossas prisões são quase constantes”, diz. Desconfiada de que foi vitima de uma quadrilha que atua na internet, a jornalista Priscila Amaral foi até ao PROCON (Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor) denunciar o caso de uma compra pela internet em um site de compra coletiva de um óculos de sol. O produto demorou quatro meses para chegar na sua casa. “Entrei em contato e me informaram que


Dicas para transações seguras na internet. • Analise a origem do site que você vai comprar. Veja a sua procedência. • Pesquise no Google se existem reclamações do site e quais os tipos de reclamações. • Consulte

os

sites:

www.reclameaqui.com.br

e www.ebit.com.br e verifique reclamações e avaliações de consumidores.

realmente o produto demorava pra chegar em casa. Mas ele foi retido nos Correios e ainda tive que pagar uma taxa no mesmo valor do produto para retirar. Paguei o mesmo valor duas vezes sendo que informaram que não havia taxa de entrega”, conta reunindo provas para ir até o PROCON. Para piorar, o produto ainda era falsificado. “Quando se deparamos com essa situação, encaminhamos para uma analise. Às vezes não é crime de uma quadrilha que cria o site para extorquir. Pode ser apenas uma má conduta da empresa. Se for, instauramos inquérito e encaminhamos para órgãos de defesa do consumidor, pois a internet foi apenas o meio para a prática ilegal que prejudicou a cliente”, explica do Delegado Schimitt. Uma arquiteta de Belém, que não quis se identificar, não teve a mesma sorte de má conduta da empresa. Ela precisava de um empréstimo no valor de R$ 6 mil e entrou no site de uma financiadora. Para o empréstimo

Utilidade pública: O portal Internet Segura procura reunir as principais iniciativas de segurança da Internet no Brasil e apresentá-las em um local único, auxiliando os internautas a localizar as informações de interesse e incentivando o uso seguro da Internet.

www.internetsegura.br

• Veja se o site tem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e faça uma consulta: www.receita.fazenda.gov.br • Em caso de dúvida verifique o telefone para contato ligue para confirmar dados. Caso o site não possua número para atendimento, desconfie. • E o principal: desconfiar sempre.

ser liberado, deveria pagar uma taxa no valor de R$ 600,00 e ser depositado em uma conta bancária. Depois do procedimento, o site ficou fora do ar e os telefones de contato não existiam. Só lhe restou na mão um pequeno comprovante do depósito. “Senti-me completamente enganada. Fiquei muito mal com isso tudo. Cheguei a ligar para a financiadora e falei com uma mulher que me deu todas as orientações. Quando fiz o depósito, os telefones não existiam mais”, diz a arquiteta. “Se ela precisa do dinheiro, porque ela precisava pagar antes? Não tem lógica. É obvio que é golpe”, alerta o delegado. Ele conta que outros três casos como esses já foram registrados na DRCT. “De qualquer lugar o fraudador pode fazer um site como este e pedir o deposito na conta de laranjas. É até difícil de investigar devido a internet ser ampla. Às vezes a empresa do site não é radicada em Belém, pode ser em outra cidade ou país”, explica.

Serviço: Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT) Trav. Oliveira Belo, 807 - Umarizal. Telefone: 3222-7567. Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) Trav. Castelo Branco, 1029 - São Braz. Telefone: 3073-2824 ou 151.

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Spaçocasa:

reúne o moderno e o rústico. por Liandro Brito

Em um espaço de 1300m² a nova loja oferece móveis sofisticados e exclusivos com excelência no atendimento.

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á imaginou encontrar todos os móveis e objetos de decoração da sua casa em apenas um lugar? Não? Pensando na praticidade e no conforto na hora de reformar ou montar a sua casa nova, os empresários Elenice e Charlston Betzel inauguraram a Spaçocasa, uma loja multimarcas que reúne diversos produtores de móveis em um só lugar. “Não somos atrelados a nenhuma franquia. Trabalhamos com todo o tipo de móveis e objetos de decoração. Temos tudo para uma casa aqui. Quem ganha é o cliente”, enfatiza Charlston. Com três anos de inauguração, a loja passou de um ambiente com 300m² para um galpão com 1.300m², possui um amplo estacionamento na Trav. Dom Romualdo Coelho. No mesmo espaço está a Artefacto, uma loja totalmente diferente que possui uma linha de produtos diferenciada. Com 37 anos no Brasil e presente em diversas capitais, a Artefacto é franqueada em Belém por Charlston e Elenice. A ideia para a junção das duas lojas foi inaugurar um espaço onde o cliente ao visitar, pudesse comprar tudo para sua casa, em uma única vez. “Quando ainda esta em construção, o cliente escolhe o papel de parede, a persiana, o tapete e todos os outros objetos de decoração. Ele pode montar a casa em uma só visita”, conta.

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Além de trabalhar com produtos de alta qualidade, como a linha exclusiva de porcelana italiana Richard Ginori, sinônimo de refinamento e qualidade em todo o mundo, com a 6F Decorações que tem produtos artesanais com a mesma qualidade de produtos de grande linha de produção e os papéis de parede Orlean, o maior distribuidor no Brasil, a Spaçocasa está criando o seu próprio estilo. “Temos um designer que elabora móveis exclusivos para o cliente”, comenta. O designer do sudeste do país foi contratado pela Spaçocasa para projetar móveis exclusivos ou de acordo com o gosto do cliente. A linha de Tapetes e Carpetes Santa Monica, a marca mais conceituada no país, também faz parte dos produtos da Spaçocasa. “Você pode escolher o tapete que quiser, seja liso, desenhado, esculpido, e a fábrica vai produzir. É um serviço exclusivo que temos em Belém”, diz Charlston. Com diversas opções, você pode até ficar confuso, mas é quando entra em ação a equipe da Spaçocasa que está preparada para orientar o cliente da melhor maneira. Na maioria designers que auxiliam o cliente na compra do melhor produto para a sua casa. “Designer, arquiteto e decorador são figuras importantes para o cliente e possuímos estes profissionais na loja. Às vezes


O cliente pode montar a sua casa em uma só visita” Charlston e Elenice Betzel Empresários

a loja vende algo e nem sabe se vai caber na casa do cliente. Aqui, o cliente pode trazer a planta do imóvel, que indicamos os móveis no tamanho adequado. Se o sofá que ele gostou não cabe na sua sala, por exemplo, readequamos para caber na sua sala”, completa. A psicóloga Mariela Braga encontrou na Spaçocasa tudo o que precisava para montar o seu apartamento. “Fui primeiro na Artefacto por ser uma loja bem conhecida no Brasil. Olhando algumas coisas me indicaram para a Spaçocasa. Consegui montar todo o meu apartamento aqui”, diz. Ela conta que gosta de móveis modernos misturados com detalhes rústicos. “O que eles tem para oferecer é uma linha mais moderna. Sem dúvida, a base da minha casa foi aqui que encontrei”, comenta

“Vendemos mais, os clientes pesquisam, estudam, olham, como viajam muito trazem referências. Eles entendem das coisas. Aqui conseguimos dar todo o suporte mostrando as linhas e tendências. Temos reciclagem permanente com nossas consultoras, gerentes e vendedoras”. As duas lojas englobam cerca de 50 funcionários incluindo arquitetos e designers. “Todos passam por palestras frequentes para reciclar o seu trabalho”, finaliza Charlston já revelando que pretende abrir novas lojas em cidades como Marabá e Parauapebas.

Mercado crescente em Belém Pesquisa do instituto Data Popular aponta que o brasileiro gasta cerca de R$ 18 bilhões por ano com decoração da casa. “O mercado de Belém não é diferente, está em expansão. Houve desaceleração em 2010, mas foi normal. A crise mundial chegou sim no Brasil”, revela. Ele relembra que quando inaugurou a Artefacto, em 2006, Belém estava passando por um “boom” imobiliário. “Hoje estamos colhendo estes frutos. Os apartamentos estão sendo entregues pelas construtoras e todos estão decorando e ambientando os seus imóveis. O mercado está em franca expansão”, garante. Este ano, Charlston conta que a quantidade de novos clientes foi bem maior em relação ao ano passado.

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Serviço: Spaçocasa e Artefacto Móveis, tapetes, papéis de parede, persianas, decoração, espaço goumert entre outros. Trav. D Romualdo Coelho com Senador Lemos. (91) 3223-9690. www.spacocasa.com.br

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Informe

por Liandro Brito foto Aislan de Paula

Automação invade as casas em Belém. Automação residencial une conforto, agilidade e segurança. Tudo o que procuramos no dia a dia.

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á imaginou clicar em um botão no seu smarthphone ou tablet, e acionar a tela elétrica, ligar o projetor, blu ray, dimerizar a iluminação, descer a cortina e ligar o arcondicionado? Isso não é história de filme de ficção científica. Agora é possível graças às soluções tecnológicas residenciais. Em Belém, o sonho de muita gente em ter uma casa inteligente e conectada está sendo realizado pela Homeplug Automação, empresa responsável em criar projetos para tornar o nosso dia a dia mais ágil e prático, trazendo conforto e economia. Dados da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) apontam que as vendas no setor podem aquecer ainda mais nos próximos anos podendo atingir a marca de US$ 1,6 bilhões em 2016, reflexo da Copa 2014 e das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Afinal, economia, segurança, praticidade e conforto, são desejos cada vez maiores entre os brasileiros. E

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esses são os principais pilares de um bom projeto de automação. A Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside) mostra que cerca de 1 milhão de residências no Brasil tem potencial imediato para receber algum tipo de solução de automação. A sua pode ser uma dessas. “Trabalhamos com soluções tecnológicas residenciais que integram todos os equipamentos eletrônicos de uma residência gerenciados através de um iPhone, iPod, keypad, notebook ou computador”, diz Jonathan Singh, diretor presidente da Homeplug Automação. “A Homeplug nasceu da necessidade do mercado em ter uma empresa que ofereça soluções inteligentes, que alie tecnologia, entretenimento, sofisticação, conforto e sustentabilidade para residências”, completa. Ele criou a empresa há três anos, junto com a arquiteta Sandy Singh e o analista de sistemas Wikelson Ranieri. “Nessa época não existia o mercado em Belém,


Mirror TV - sistema que emite as imagens de alta definição através do vidro ou espelho.

Jonathan Singh - Empresário

fomos os pioneiros. Busquei informações no mercado já consolidado no sul do país e trouxe para Belém”, relembra Jonathan sobre a formação da empresa, que é associada à Aureside. Somente este ano, 40 empresas dos Estados Unidos e da Europa se associaram à Aureside para atuar no Brasil. “Assim como nós, elas enxergaram que o mercado é crescente”, ressalta. Formado em Tecnologia de Processamento de Dados com Especialização em Análise de Sistemas, Jonathan conta que a automação residencial que desenvolve para os seus clientes possui equipamentos sustentáveis. “Trabalhamos junto com os arquitetos desde a concepção do projeto até o fornecimento de equipamentos, instalação e treinamento do usuário. Cada sistema é personalizado. Suprimos todas as necessidades do cliente”, afirma. Para isso, o primeiro passo é uma reunião com o cliente onde é feito um levantamento do espaço e da família, incluindo as necessidades. “Com base na entrevista desenvolvemos o projeto personalizado para depois executarmos”, conta. Entre cortinas motorizadas, cascatas programadas em piscinas, som ambiente, iluminação e diversas opções de automação, cada detalhe é pesquisado e pensado para os mais variados ambientes residenciais ou empresariais. “Verificamos todos os equipamentos disponíveis casando com o desejo do cliente”, completa. Para um imóvel em obra, o valor da automação varia entre 3% e 5% do valor do imóvel. Para um imóvel em reforma, o valor varia entre 3% e 7%. Controlar todas as funções de um ambiente, da iluminação, dos controles da tv, receiver, blu-ray, mult

room, ar condicionado, cortina motorizada, simplificando no smarthphone ou tablet, os seus acionamentos. Uma ideia dos projetos é a simulação de presença, onde o morador pode programar a luz da sua sala ou a televisão para ligar todos os dias em determinada hora, simulando a presença de alguém no imóvel, caso o dono viagem. “Um dia ele liga pelo celular ou programa a televisão da sala e outro dia pode ser a luz da sacada”, exemplifica Jonathan. A Homeplug Automação pretende investir no setor da construção civil, que movimenta uma série de segmentos, incluindo o de novas tecnologias para edificações. Dados da Abinee apontam que o segmento de automação predial deve crescer aproximadamente 70% em 2012, chegando a US$ 500 milhões em vendas neste ano. “Estamos em negociação com algumas construtoras para oferecer um diferencial em seus apartamentos, lançando um empreendimento já preparado com automação. Isso agrega valor ao imóvel e facilita a vida do morador, oferecendo mais conforto”, conta. Outro projeto da empresa é lançar a linha Host Inn de automação ainda este ano, voltada para o mercado hoteleiro, oferecendo mais conforto e agilidade para os hóspedes.

Serviço: Homeplug áudio, vídeo e automação. Av. Conselheiro Furtado, nº 1240, sala 201. Fone / Cel.: +55 (91) 3264-5273 / 8178-6358 comercial@homeplugautomacao.com.br

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Segurança em primeiro lugar. por Alexandre Rocha

Com o aumento significativo no roubo de cargas, empresas do setor de transporte investem em tecnologia para garantir maior segurança.

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crescente aumento da violência nas estradas brasileiras tem sido uma das principais preocupações para os empresários brasileiros ligados ao setor do transporte rodoviário. Os assaltos comuns em outros tempos estão sendo substituídos por roubos encomendados e minuciosamente planejados, chamados de roubos direcionados. Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC & LOGÍSTICA aponta que a maior incidência no roubo de cargas acontece em rodovias próximas aos grandes centros urbanos. Na grande São Paulo e no Rio de Janeiro, onde a movimentação de veículos com mercadoria é maior, tiveram aumento de 39% e 30% respectivamente, em março 2012, no registro de roubos de carga em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo as estatísticas criminais divulgadas pelas Secretarias de Segurança Pública dos estados. A Transporte Rápido Itaquá, empresa com mais de 30 anos no segmento de cargas e encomendas, com matriz em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro, Belém e Macapá, tem um dado um tanto incomum nesses tempos de criminalidade, nunca houve roubo dos seus caminhões. “A empresa sempre investiu em segurança, todos os nos-sos caminhões são monitorados via satélite

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Vitor Artur - Empresário Revista Alvo - Edição 13

e equipados com o que há de melhor em tecnologia”, relata Vitor Artur, proprietário da Itaquá. “Já sofremos algumas tentativas de assalto, mas todas foram inibidas em função dos equipamentos de segurança instalados em nossos caminhões. Garantimos assim, a integridade dos nossos motoristas e total satisfação dos nossos clientes”, ressalta Vitor. O Brasil, com sua dimensão continental, conta primordialmente com o transporte rodoviário para transportar sua produção. O transporte ferroviário é escasso, e o marítimo é utilizado, em grande parte, para a exportação de bens. As cargas são transportadas em rodovias, pelas próprias empresas produtoras ou por empresas especializadas, para tanto contratadas. É comum que as cargas transportadas sejam seguradas, ou seja, que se realize, em relação a elas, contrato de seguro, precavendo-se a empresa transportadora contra os riscos próprios desse tipo de transporte. Nessa hipótese, havendo roubo ou furto, a empresa transportadora deverá indenizar o proprietário da carga. Somente após isso poderá, em regresso, cobrar da seguradora. “Sabemos que o risco de assalto é constante em nosso setor. Apesar de termos os números favoráveis no quesito segurança, nenhum caminhão sai sem estar autorizado pela seguradora”, diz Vitor.


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Turismo

Barcelona, a cidade que é uma festa! Revitalizada a partir dos jogos olímpicos de 92, a cidade espanhola se tornou uma importante rota para os turistas que gostam da noite. por Denise Teixeira

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ão há cidade que se encaixe tão perfeitamente no conceito da palavra festa do que Barcelona. Um dos locais mais procurados por turistas do mundo inteiro, a capital da Região da Catalunha é, literalmente, uma grande festa – e das mais divertidas. Festa da arte, da cultura, da arquitetura, da história, do modernismo, das cores, dos sabores, da vida noturna que pulsa nas centenas de bares, cafeterias, restaurantes e points como a famosa La Rambla, onde milhares de pessoas de toda parte do globo terrestre circulam freneticamente todos os dias e é o local que mais recebe visitantes em Barcelona. Nenhum turista deixa a cidade sem antes pelo menos ter dado uma passadinha por lá. La Rambla é uma passarela e uma grande vitrine. Fica entre a Praça da Catalunha e o porto antigo. Lá, o turista encontra de tudo: bares, cafeterias, restaurantes, quiosques, lojas, artistas de rua, estátuas vivas e prédios admiráveis como o palácio de Virreina, o Grande Teatro do Liceu, além do movimentado e colorido Mercado de Sant Josep de la Boquería. Inaugurado em 1840, La Boquería foi um dos primeiros mercados de Barcelona e no prédio funcionava antigamente um convento, o de São José. Hoje, La Boquería não é simplesmente um mercado onde o colorido das frutas, o aroma dos vinhos e a qualidade do artesanato fascinam os visitantes. O local é, também, uma referência para restaurantes de toda a Espanha e de outros países, um verdadeiro “templo da gastronomia”, como definem alguns chefs europeus, pois lá se encontra de tudo que um bom gourmet necessita. Quem quer saborear clássicos da culinária local, como tapas e tortillas, tomando uma cerveja, uma sangria ou um bom vinho, não pode deixar de ir a La Boquería. Seguindo até o final de La Rambla, o visitante chegará ao porto antigo. Além do belo visual, é lá que fica o Monumento a Cristóvão Colombo. Na região do antigo porto, os turistas encontram, ainda, lojas, restaurantes, e o L’ Aquarium, um aquário fantástico, com 20 tanques temáticos e um oceanário, que abrigam diversas espécies da fauna e flora marinha mediterrânea, além de um túnel de cerca de 80 metros. Outro lugar imperdível de Barcelona é o Bairro Gótico, um misto de arquitetura medievel e romana com o modernismo. É a região mais antiga da capital da Catalunha e lá convivem em perfeita harmonia a cidade moderna, com seu sem-número de bares, restaurantes e um variado comércio, monumentos medievais e ruínas romanas, como o Templo de Augusta.

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Ônibus panorâmico e Gaudí Uma boa alternativa pra conhecer os pontos turísticos mais interessantes de Barcelona é o passeio de ônibus panorâmico. Há dois tipos de ônibus que fazem city tours e ambos saem da Praça da Catalunha. Lá, o visitante pode comprar tickets para um ou dois dias, que variam de preço de acordo com a época do ano. Os ônibus panorâmicos têm dois andares e a parte superior é aberta, para facilitar a vida de quem quer fotografar tudo e para mostrar, por exemplo, as maravilhas da arquitetura desafiante de Antoni Gaudí, que passa pela ousada Casa Milá, também conhecida como La Pedrera: pelo exótico Parque Güell, e pela obra mais representativa desse famoso arquiteto catalão: o Templo Expiatório Sagrada Familia, com suas torres imponentes. O melhor mesmo é pegar o elevador e se ver dentro de uma dessas torres, lá no alto, em corredores de escadaria estreita, tendo uma vista privilegiada da cidade. Fonte mágica Em frente ao imponente prédio do Palau Nacional (Museu Nacional de Arte da Catalunha), na região do Parque de Montjuic, está a fonte mágica, um dos maiores atrativos de Barcelona. É ao redor da fonte mágica que são realizados os grandes shows da cidade, que vão desde a pop music até os clássicos, em harmonia com o espetáculo de luzes e águas, atraindo milhares de pessoas durante quase todo o ano. Os shows reúnem também ao redor da praça os chamados chiringuitos, pequenos bares temporários que não podem faltar quando o assunto é festa e que é ponto de encontro da turma mais jovem. Festas e celebridades Jovens turistas que procuram pistas de dança e as inúmeras festas que Barcelona oferece não podem deixar de ir à Vila Olímpica, onde as casas noturnas funcionam até às 6 da manhã. É lá também que costumam circular as celebridades do mundo do futebol e da moda. Mas não chegue muito cedo, porque a vida noturna começa tarde em Barcelona, por volta das 23 horas, e as boates não abrem antes de meia noite. Miró e Picasso Quem aprecia arte tem obrigação de visitar a Fundação Joan Miró, onde está reunida a coleção mais completa desse artista catalão. Além de estar situada em um dos lugares mais bonitos de Barcelona, o Parque Montjuic, a Casa de Miró, como é mais conhecida, é um paraíso das cores vivas, traduzidas em 459 pinturas, esculturas e obras têxteis, além de 8 mil desenhos de um dos representantes mais conhecidos do surrealismo, Joan Miró. Barcelona conta, ainda, com o Museu Picasso, que possui obras não muito conhecidas do famoso pintor, bem como o Museu de Arte Contemporânea, o Centro de Cultura Contemporânea, e o museu da Fundação Antoni Tàpies, pintor e escultor catalão, considerado um dos mais importantes do século 20.

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radicional no oriente médio, a dança do ventre ganhou visibilidade no Brasil na década de 90. Os ensinamentos da dança são passados de mãe para filha, um costume da cultura árabe que se perpetua até hoje. Em Belém, o Studio Ludmilla Raissuli é responsável por mostrar essa cultura exótica e secular, que atrai mulheres em todo o mundo. Um espaço exclusivamente feminino que ensina e divulga a arte da dança do ventre, yoga e ballet. O espaço possui um ambiente climatizado, aromatizado e acolhedor, totalmente planejado para o conforto e bem-estar das alunas. As professoras são formadas em cursos práticos e teóricos, ensinando a técnica da dança de uma forma lúdica e segura, respeitando métodos mundialmente reconhecidos. Bailarina, professora e coreógrafa de danças árabes, Ludmilla Raissuli é advogada por formação e foi a primeira bailarina no norte do país a receber o Selo de Qualidade “Lulu from Brasil” em dança do ventre. “Depois da maternidade, meu corpo mudou, a mente mudou. Tive uma crise de baixa autoestima e voltei a dançar, desta vez, a dança do ventre”, comentou. Para Ludmilla, a dança do ventre não é apenas uma dança. Ela trabalha a parte física, artística e principalmente o lado terapêutico na mulher. “O Studio faz esse tripé: corpo, mente e emoções. Trabalhamos a dança dessa forma”, diz. Ela acredita que qualquer dança tem a capacidade de curar o ser humano e a dança do ventre leva esta cura para a mulher de forma muito profunda. “Através do autoconhecimento é possível relacionarse melhor com o próprio corpo e com todas as pessoas ao nosso redor. A melhora da autoestima é a consequência dessa conquista pessoal que está muito mais ligada à beleza interior do que a todo esforço que se faz para promover a beleza exterior. Quando a mulher consegue valorizar o que ela possui, automaticamente ela é percebida e admirada pelo seu parceiro, amigos e familiares, e o melhor acontece: ela não fica à mercê de modismos ou padrões pré-estabelecidos. Ela desenvolve o seu equilíbrio e a sua harmonia interior, dando adeus às inseguranças”, diz Ludmilla.

Ludmilla Raissuli Empresária e bailarina

A Dança que Encanta por Liandro Brito foto Aislan de Paula

É cada vez maior o número de belenenses que se interessam e praticam a dança do ventre.

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Quando elas chegam aqui encontram muito mais, um universo todo dedicado a elas” Ludmilla Raissuli O Studio trabalha com mulheres de todas as idades e todos os tipos físicos. Na dança do ventre, a mulher exercita grupos musculares essenciais para o fortalecimento muscular pélvico. Várias alunas relatam a melhora ou desaparecimento de cólicas menstruais, prisão de ventre e incontinência urinária. Numa aula de dança do ventre é possível queimar de 300 a 600 calorias, sendo uma ótima opção para o controle ou perda de peso, além de trabalhar o condicionamento cardiorrespiratório. O alívio de tensões e a melhora do humor são promovidos pela liberação de serotonina e endorfina, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. “Por isso as mulheres que praticam a dança do ventre se apaixonam pela atividade, que também é uma troca de experiências femininas. Quando elas chegam aqui se surpreendem, ao encontrar um universo todo dedicado a elas”, relata. Ludmila acredita que a dança do ventre não é modismo motivado pela mídia. “Não é isso que traz a mulher para a dança. Algumas chegam aqui querendo dançar para os seus maridos, mas permanecem porque descobrem muito mais”, comenta. Os movimentos de vibração da dança do ventre, chamados de “shimmy”, são excelentes para ativar a circulação sanguínea, prevenindo o aparecimento de varizes e celulite. Essa é uma técnica corporal utilizada para tremer o abdômen e as pernas. A dança é caracterizada pela variedade de assessórios, como o pandeiro, o bastão, o véu, o candelabro e a espada, que são os mais utilizados. Há também variações mais modernas nos instrumentos. Além da dança do ventre, o Studio oferece a prática da yoga: um verdadeiro remédio contra a ansiedade, pois trabalha o equilíbrio corporal e emocional. Também possível mãe e filha praticarem suas atividades no mesmo horário. “Enquanto uma faz dança do ventre, a outra faz ballet”, completa Ludmilla. O Studio oferece ainda palestras, encontros femininos e workshops de maquiagem e dança.Tudo com uma excelente infraestrutura de som e iluminação, além de uma cafeteria e loja com semi-joias e acessórios exclusivos. Duas apresentações anuais em teatros locais, também fazem parte da agenda do Studio. A próxima apresentação será no Teatro Gasômetro, no dia 14/11. Após o espetáculo, haverá um jantar árabe no Restô do Parque da Residência.

Dança do Ventre

Ballet Infantil

Serviço:

Studio Ludmilla Raissuli Trav. D. Romualdo Coelho, 1072. (próximo a Diogo Moia) - Umarizal. (91) 3223-1960 www.ludstudio.com.br

Salão de Danças

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Saúde e Estética

Dra. Karina Oliveira Médica - CRM-PA 5918 lavanite@ymail.com

Botox ou preenchimento?

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ertamente você já deve ter ouvido falar sobre Botox ou de preenchimento, e apesar de saber que se trata de procedimentos estéticos que proporcionam uma nova aparência, atenuando rugas e flacidez, muitas pessoas ainda não sabem diferenciar a ação e o uso adequado deles. Para esclarecer suas dúvidas, vamos mostrar o modo de ação e suas indicações. Com o passar dos anos a pele perde a capacidade de reter água e de manter o equilíbrio na produção das fibras de colágeno e elastina (responsáveis pela sustentação do tecido cutâneo). Os vasos sanguíneos passam a ter mais dificuldade para eliminar as toxinas do organismo, de nutrir e oxigenar as células da epiderme. Além disso, os fatores externos como: estresse, fumo, excesso de exposição solar, poluição, consumo intenso de álcool e dieta pobre em vitaminas, proteínas e fibras são alguns dos agravantes que nos aproximam das rugas e marcas de expressão. Para tratar dessas marcas deixadas pelo tempo existem, entre outras, dois procedimentos muito utilizados atualmente: Botox e preenchimento. Em primeiro lugar, o Botox, que na realidade é a denominação de uma das marcas de um laboratório que comercializa a toxina botulínica tipo A. Como esta foi a primeira marca a ser vendida no mercado estético, ficou muito conhecida, assim como a marca Gilette que se tornou símbolo de lâmina de barbear. No entanto, atualmente existem outras marcas de igual qualidade no mercado. A toxina botulínica, que é extraída de uma toxina clostridial produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, impede a contração muscular, ou seja, paralisa, suavizando

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linhas de expressão dinâmicas ao redor dos olhos e boca, região frontal e glabelar (entre os olhos), trata do sorriso gengival, rugas, do pescoço e colo. É muito bem utilizada para o quem sofre de Hiperidrose, que é a produção excessiva de suor nas mãos, pés e axilas, fazendo com que haja a paralisação temporária da produção desse suor pelas glândulas. Já o preenchimento facial é a injeção de uma substância preenchedora na derme, não com o intuito de paralisar o músculo como no Botox e sim preencher um vinco ou sulco, como o famoso bigode chinês (rugas ao redor da boca que fazem vazar o batom), preencher as mãos, entre outras. As substâncias mais utilizadas nesse tipo de tratamento são o ácido hialurônico e o polimetilmetacrilato (PMMA), que aqui são liberados pela ANVISA para tratamento estético. Eles devolvem e melhoram a beleza da derme, tratando as rugas estáticas, recuperando o volume e os contornos faciais, pois estimulam a produção de colágeno. O resultado do tratamento preenchedor se dá de imediato e pode ser temporário ou permanente, dependendo do tipo de substância usada. Já o resultado com o Botox começa aparecer por volta do 5º dia e é pleno no 15º, podendo durar de quatro a seis meses. Ambos são procedimentos que não impedem o paciente de realizar e voltar para o seu trabalho imediatamente, pois não requerem internação ou repouso. São seguros e eficazes, com resultados garantidos desde que realizados por profissionais habilitados, ressaltando que é um procedimento exclusivo do médico.


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Perfil

Flávia Harada por Liandro Brito

Bailarina paraense, revelação do maior evento de dança do mundo nos EUA, conquista bolsa em uma das melhores Universidade da Europa.

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paraense revelação do Ballet Clássico, irá estudar na Academia de Ballet da Universidade de Música e Artes Cênicas de Munique, na Alemanha, de onde ganhou uma bolsa de estudo quando de sua participação, em abril/2012, no YAGP – Youth America Grand Prix, em Nova York/EUA, considerado o maior evento de dança do mundo da atualidade. A bailarina paraense que aos 9 anos de idade começou seus estudos de Ballet Clássico, agora parte para a realização de um sonho – Estudar Ballet Clássico em uma das mais conceituadas escolas da Europa. O começo no ballet foi meio por acaso, pois resolveu estudar apenas para acompanhar uma prima que começara a estudar em uma pequena escola próxima de sua casa. Como ela se identificou com o ballet, seus pais logo a transferiram para uma escola maior e mais estruturada, onde, logo após as primeiras aulas, começou sua paixão pela dança e as professoras identificaram nela um talento em potencial. A disciplina e a dedicação, aliadas ao rápido aprendizado e técnica refinada fizeram com que a bailarina logo começasse a apresentar papéis de destaque nos espetáculos, já ao lado de bailarinos de renome internacional, como foi o caso, com apenas 12 anos de idade, em que ela brilhou no Theatro da Paz ao lado do profissional André Teixeira, primeiro bailarino da New Jersey Ballet Company (EUA), no espetáculo “O Quebra Nozes”, de Tchaikovsky.

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Nessa época, Flávia começou a sonhar em se tornar uma bailarina profissional e com o apoio da família e de amigos, iniciou uma corrida em busca de uma bolsa de estudo na Europa. Começou a participar de grandes Festivais Internacionais, que passaram a ser uma vitrine para que pudesse ser vista por diretores de várias escolas da Europa, que geralmente participam desses Festivais em busca de talentos. Nessa trajetória pelos Festivais, conquistou nove premiações e com apenas 14 anos de idade já se tornava a bailarina mais premiada da história do ballet clássico paraense. Foi a primeira e única bailarina do norte do Brasil e por dois anos consecutivos (2011 e 2012) selecionada para representar o Brasil no YAGP. O apoio de pessoas amigas como Ana Unger e Marisa Pivetta (do Passo de Arte/SP) e Humberto Teixeira (coreógrafo radicado nos EUA), foram fundamentais nessa trajetória da bailarina. Flávia partiu em agosto a Munique para realizar seu sonho de estudar em uma das melhores Escolas de Ballet da Europa. A bailarina pretende concluir seus estudos e trabalhar em uma renomada Companhia de Dança Internacional. “O segredo é sonhar e correr atrás da realização desse sonho e o apoio da família e dos amigos é muito importante nessa trajetória. Sempre serei muito agradecida por todo o apoio recebido de todos”, revela a jovem bailarina que, apesar de apenas 15 anos de idade, demonstra determinação e maturidade.


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Especial Alfredo Costa

Eleições 2012

por Timóteo Lopes

Os planos, as propostas de governo e as prioridades para mudar Belém. Confira a opinião de 9, dos 10 candidatos a prefeito de Belém. Em 2016, “a cidade das mangueiras” completa 400 anos de história. Mas, nem tudo é motivo de comemoração. Belém, que é também conhecida como a “metrópole da Amazônia”, corre o sério risco de perder esse título. Os problemas são muitos e de todas as ordens: no trânsito, na saúde, na educação, na cultura, na geração de emprego e renda, no turismo, na economia e até mesmo na “simples” sacola de lixo encontrada nas ruas da capital paraense, diariamente, é possível observarmos as fragilidades do poder público municipal. Em 2012, pouco mais de 1 milhão e 400 mil eleitores tem a chance de mudar essa história: para o bem, ou para o mal. A decisão está no voto popular, nas urnas, no próximo dia 07 de outubro. E para ajudar os eleitores de Belém, neste difícil exercício da democracia, a Revista Alvo preparou o Especial Eleições 2012. Dos 10 candidatos a prefeito de Belém, 9 apresentam, a seguir, suas propostas de governo, prioridades, falam sobre temas polêmicos e suas ações e metas até 2016. Apenas, o candidato Jefferson Lima do PP (Partido Progressista), não retornou as diversas tentativas de contato de nossa equipe de produção até o fechamento desta edição. Leia com atenção, e avalie quem é o melhor prefeito para Belém. Afinal, a decisão é sua!

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Idade: 46 anos Naturalidade: Acará/PA Estado Civil: Casado Ocupação: Deputado Escolaridade: Superior completo Partido dos Trabalhadores - PT Coligação: Frente Popular Muda Belem (PT/PTN)

O que o senhor pretende fazer por Belém? Belém, hoje, é uma cidade sem governo e essa falta de gestão fez a cidade ficar muito atrás do crescimento de todo o Brasil, o que traz imensos impactos negativos na vida, na saúde e na prosperidade das famílias, da população. É esta cidade, de enorme potencial tantas vezes desperdiçado pela falta de oportunidades para a maioria de sua população, que queremos voltar a governar, como fizemos de 1997 a 2004. Belém precisa de um governo voltado à reconstrução do que foi desmontado pela administração do atual prefeito (Duciomar Costa) em tantas áreas da gestão municipal, notadamente na saúde, assistência social, ordenamento urbano e no trânsito. Vamos governar junto com a Presidenta Dilma e com o apoio dela trazer para Belém políticas sociais inovadoras como a reforma urbana através do programa Minha Casa Minha Vida, do PAC saneamento, PAC mobilidade, PAC cidades históricas e PAC da infância; a retomada, em nível metropolitano do Ação Metrópole, do Navega Pará e do Bolsa trabalho, dentre outras. Candidato, quais as suas propostas para solucionar os problemas enfrentados pela população na saúde e no trânsito da capital paraense? Mais de 1 milhão de habitantes não têm acesso a nenhum serviço de saúde na capital paraense. Prioritariamente, nós vamos implantar o programa Saúde perto de casa que significa reestruturar o Programa saúde da família, com agentes comunitários e o programa Saúde Bucal, para que funcione com qualidade alcançando 70% da população de Belém; também vamos implantar o Saúde 24 horas nos bairros de Belém, reestruturar as Unidades Básicas e estruturar Unidades de Pronto Atendimento – UPA’s. Vamos construir também o 3° pronto-socorro de Belém, no entorno da Augusto Montenegro, em direção a Icoaraci. No trânsito, vamos retomar o Ação Metrópole do governo do PT. Vamos dar continuidade às obras do BRT, de forma integrada e com responsabilidade. Propomos ainda a criação e implantação de um órgão gestor metropolitano, com ação colegiada envolvendo todos os municípios beneficiados pelo projeto e a concepção de um modelo de gestão do sistema sob a forma de um Consórcio Público. Essa solução foi elogiada tanto pela JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) como pelo Governo Federal. Vamos prolongar o Ação Metrópole até a Alça Viária. Vamos construir 3 elevados: um na Augusto Montenegro com a Av. Centenário, na Rod. Augusto Montenegro com Mário Covas, e na Duque com Dr. Freitas; implantar o bilhete único integrado; implantar o sistema de transporte multimodal: rodoviário, fluvial e aerobus (veículo leve sobre trilhos suspensos); vamos garantir a renovação da frota de veículos coletivo e assegurar que toda a frota de ônibus seja dotada de


ar condicionado, além de disponibilizar ciclovias à população. E na educação, candidato? Uma de nossas ações será o projeto “Belém criança”, com creches no período noturno para que as mães e pais trabalhadores possam estudar. Com o apoio do PAC da Infância vamos implantar 10 creches nos vários distritos da cidade. Vamos contar ainda com as ações do programa Brasil Carinhoso para as mães trabalhadoras para garantir proteção e desenvolvimento integral da criança na educação infantil. Com o “Escola de portas abertas”, vamos ampliar e aperfeiçoar o programa Mais Educação voltado à educação integral de crianças e jovens, com atividades sócio-educativas no contra turno escolar, envolvendo a integração desses jovens nas mais diversas áreas. O senhor sempre ressalta a sua relação de amizade com a presidenta Dilma. Ela vai ajudá-lo a governar Belém? Nós vamos utilizar a parceria privilegiada com a presidenta Dilma e trabalhar na captação de recursos com o Governo Federal que hoje são solenemente ignorados pelo atual prefeito. Nos 100 primeiros dias de governo vamos atuar em obras emergenciais, como a limpeza de canais, recolhimento do lixo onde não há regularidade, reequipar os postos de saúde com remédios e infraestrutura de atendimento, realizaremos uma operação tapa buraco da cidade e implantaremos o PROUNI Municipal em contrapartida dos impostos do ISS das faculdades particulares. No médio prazo, vamos iniciar as obras dos 3 elevados na cidade para dar fluidez ao trânsito caótico e dialogar com os investimentos federais para construir creches municipais 24h. Os recursos serão utilizados com transparência e sem desperdício. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor aparece em 7° lugar. Acredita que pode ganhar as eleições? Com certeza, podemos ganhar as eleições. O PT é de chegada. Muitas pessoas ainda não identificam com clareza quem é o candidato do PT, do partido do Lula e da Dilma, do projeto que vem mudando o Brasil. As últimas pesquisas já mostram uma evolução na nossa intenção de votos, e tradicionalmente as candidaturas do PT são candidaturas de chegada. Temos confiança de que nossa campanha ainda vai crescer muito até o dia da eleição. Candidato, a imagem do PT está um pouco desgastada devido a diversos escândalos envolvendo o desvio de verbas públicas e até peculato (roubo) por integrantes do partido. O mandato da ex-governadora do Estado, Ana Júlia Carepa, também foi alvo de diversos escândalos, durante o seu único mandato. O senhor acredita que pode resgatar a confiança da população como prefeito de Belém? É importante ressaltar que a governadora Ana Júlia nunca foi condenada a nada, e que não pesa contra ela nenhuma pendência perante a Justiça. Com relação ao julgamento do STF, o que ocorre é o julgamento de pessoas, e não do Partido dos Trabalhadores. O Governo do Presidente Lula foi julgado e aprovado nas urnas. Ele foi reeleito em 2006, elegendo também sua sucessora, a Presidenta Dilma, que hoje é amplamente aprovada

pelos brasileiros. Eu tenho uma longa trajetória política, fui vereador por três mandatos e hoje sou Deputado Estadual. Nada nunca depôs contra a minha conduta, seja na vida política, seja na vida pessoal. Portanto, é com muita tranquilidade que eu digo que vamos, sim, contar com a confiança da população, ao chegarmos à prefeitura. O compromisso com a educação, a ética e o combate à corrupção serão valores permanentes na nossa gestão, além da participação popular. Obrigado pela entrevista, candidato. Boa sorte!

Anivaldo Vale

Idade: 67 anos Naturalidade: Ipanema/MG Estado Civil: Casado Ocupação: Vice-prefeito Escolaridade: Ensino Médio completo Partido da República - PR Coligação: União por Belém (PRB / PDT / PTB / PR)

Na sua opinião, Belém mudou pra melhor na gestão do atual prefeito, Duciomar Costa? Belém mudou muito nos últimos 8 anos. Quando o atual prefeito assumiu, encontrou a prefeitura com dívidas, sem crédito e a cidade abandonada. Conjuntos habitacionais eram só buracos e lama. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) era baixo, pois a Educação não era prioridade. Duciomar arrumou a casa e trabalhou para viabilizar grandes projetos e melhorar indicadores vergonhosos que existiam. Hoje, Belém vive nova fase: Portal da Amazônia, BRT, Pórtico Metrópole; macrodrenagem da Estrada Nova e Paracuri; 2.500 ruas asfaltadas; academias ao ar livre etc. Nunca houve volume de investimento tão grande em Belém como na nossa gestão. O projeto de macrodrenagem da Estrada Nova, por exemplo, vai beneficiar mais de 350 mil pessoas. No Paracuri e Telégrafo, os serviços de saneamento vão beneficiar 500 mil pessoas com macrodrenagem, abastecimento de água, iluminação, tratamento de esgoto e asfalto. Então foi uma mudança radical na cidade. Mas, o BRT ainda não foi concluído, candidato. A saúde também não parece muito bem, ou estou errado? Belém é a única porta aberta para atender os pacientes vindos do interior, sem receber contrapartida para essa demanda. Isso faz com que, muitas vezes, o serviço fique sobrecarregado nos PSM’s, apesar dos investimentos da atual administração no setor. Na nossa gestão, vamos continuar investindo na abertura de novos leitos; contratação de mais médicos; postos de saúde 24 horas; ampliação do atendimento de urgência e emergência; construção de novos PSMs (UPAS), descentralizando o atendimento para outros bairros e distritos; criação do Centro de Referência Especializado à Mulher. A prefeitura está implantando o BRT, que fará uma revolução no trânsito, melhorando a qualidade do transporte coletivo e a vida das pessoas que não enfrentarão mais congestionamentos para chegar em suas residências ou trabalho. O BRT terá Revista Alvo - Edição 13

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ônibus modernos ligando Icoaraci/Centro de Belém; 23 paradas climatizadas e o passageiro pagará uma passagem para fazer o seu percurso. Há tempo, Belém precisava de uma obra como essa, mas somente na atual gestão, o sonho está virando realidade. Nós vamos prosseguir com essas obras para fazer a transformação que o trânsito de Belém precisa. A educação também melhorou nos últimos 8 anos? A educação avançou muito na nossa gestão. Basta ver o IDEB. Em 2005, a média de Belém era 3. Em 2011, alcançou 4,4, média estipulada somente para 2015. Isso é resultado de muito investimento no setor. Enquanto muitos Estados e municípios discutiam se iam pagar ou não o piso dos professores, Belém estava na frente, pagando acima desse valor aos seus docentes. Isso sem falar na qualidade das escolas, da merenda escolar e do trabalho pedagógico desenvolvido no município. Qual será a sua marca de governo? Nós trabalhamos com planejamento, por isso, para realizar as grandes obras, apresentamos projetos e, muitos deles, já estão com os recursos assegurados. Vamos concluir a avenida Portal da Amazônia até a UFPa; duplicar a Bernardo Sayão e a Perimetral até Dr. Freitas viabilizando o anel viário de Belém; concluir a João Paulo II até Ananindeua; continuar calçadas cidadãs; ampliar ciclovias; abrir novas vias; construção de terminal de cargas; integração dos modais de transporte público urbano; construção de mais avenidas parques; e interligação Belém/Mosqueiro via Outeiro, com construção de um grande anel viário. Vamos concluir o projeto de macrodrenagem da Estrada Nova e da bacia do Paracuri; ampliar a cobertura de esgoto sanitário às bacias de Outeiro, Mata Fome, Tamandaré, Murutum e Aurá; Construir novos Pronto Socorros (UPA’S) e um Centro de Referência da Mulher; avançar ainda mais na melhoria da Educação; asfaltar novas ruas, construir novas academias ao ar livre; criar a Secretária Municipal de Segurança Comunitária e muito mais. Nossa principal marca será muito trabalho, com respeito pelo povo e zelo com recursos públicos. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor aparece em 6° lugar. Ainda acredita que possa vir a ganhar as eleições? A pesquisa está nas ruas, no coração e no carinho demonstrado pelas pessoas em nossas caminhadas. Estou otimista que estarei no segundo turno, até porque as pesquisas internas realizadas pelo partido mostram números bem diferentes daqueles que vêm sendo divulgados por alguns institutos. Temos muito trabalho para mostrar e essa é nossa diferença. Belém hoje é outra, com obras estruturantes que estão mudando a cara da cidade. Belém não pode regredir. Candidato, eu volto a insistir. A maioria dos projetos da atual gestão ainda não foi concluído. Nós vamos dar continuidade às obras do Duciomar que começaram a preparar a cidade para a chegada dos seus 400 anos. Então, o senhor garante que teremos uma nova Belém, no seu governo? Tenho experiência e sei fazer. Participei da concepção de todos esses grandes projetos executados pela atual gestão e que estão mudando a cara de Belém.

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Conheço todos eles e sei como fazer. Muitos candidatos, infelizmente, estão apenas repetindo em suas propostas o que nós já estamos fazendo. Aliás, têm candidatos que tiveram oportunidade de fazer e não fizeram. Nós vamos avançar nessas obras a fim de fazer de Belém uma cidade cada vez melhor para se viver. Obrigado pela entrevista, candidato. Boa sorte!

Arnaldo Jordy

Idade: 53 anos Naturalidade: Belém/PA Estado Civil: Solteiro Ocupação: Deputado Escolaridade: Superior incompleto Partido Popular Socialista - PPS Coligação: Belém tem Jeito (PPS / DEM / PV)

Como o senhor avalia Belém, hoje? Belém hoje é uma cidade que precisa de um choque de gestão. Há muito a fazer pela cidade e por sua população. Caminhamos para os 400 anos sem ter resolvido muitos problemas de Belém. O que precisa mudar é a forma como tem sido governada esta cidade. E o senhor tem uma nova forma de governar? Quais seriam suas alternativas para as áreas da saúde e do trânsito na capital paraense? Elaborarei uma política pública centrada na promoção da saúde através de ações preventivas. Para isso criarei um sistema de gestão da saúde que valorize os recursos disponíveis. Ampliarei a atenção básica do Programa Saúde da Família em 100%, dotando-o para atender cerca de 90% das demandas em saúde pública, deixando o restante para os hospitais de retaguarda. Quando ao trânsito, proponho a mobilidade sustentável, reconhecendo a interdependência entre o transporte, a saúde, o ambiente e o direito à cidade, através de sistema de transporte público de qualidade, envolvendo Belém e área metropolitana, criando terminais de integração. Também proponho programas especiais para disciplinar o uso do transporte público e particular; abertura de novas vias e duplicação da Rodovia Artur Bernardes, Rodovia do Tapanã e Avenida Perimetral; alocação de recursos para a construção da ponte Outeiro-Mosqueiro; conclusão da Avenida João Paulo II; desenvolvimento de programas de incentivo ao transporte fluvial. E na educação. O que a senhor pretender fazer para melhorar a qualidade do ensino na rede pública da capital paraense? Proponho uma política de educação centrada em um novo projeto pedagógico sustentável, envolvendo os principais atores da educação: o gestor público, o aluno, o professor e a família. Disponibilizarei ao aluno os meios para o seu desenvolvimento intelectual e da competência crítica. Reduzirei em pelo menos 50% o déficit de creches educacionais em Belém hoje estimado em 64%, conforme censo de 2011 do IBGE. Criarei Centros de Difusão de Tecnologia em bairros populosos e carentes para habilitar jovens ao exercício de atividade


econômica produtiva e competitiva. O que o senhor pretende fazer com a verba orçamentária do município? De R$ 2,3 bilhões, tirando-se o que vai ser consumido pelo pagamento do funcionalismo e manutenção da máquina administrativa do município, deve sobrar algo em torno de R$ 230 milhões de reais, que é pouco para se realizar em decorrência dos vastos problemas de Belém, mas que dá pra realizar muito se houver transparência e honestidade com os recursos públicos. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor aparece em 4° lugar. Ainda acredita que possa vir a ganhar as eleições? Se as pesquisas eleitorais decidissem a eleição, nós não teríamos eleitores e nem eleitos. As pesquisas diagnosticam uma determinada tendência num momento que precede a campanha e durante esta. Nas minhas caminhadas por Belém tenho olhado de frente o eleitor, e é isso que me dá forças para acreditar numa vitória sim. Candidato, em todas as pesquisas de intenção de voto, o senhor aparece com o maior índice de rejeição. Isso não o preocupa? Na urna, Belém me elegeu como Deputado Federal mais votado em toda a história da capital. Portanto, a cidade nunca me rejeitou; ao contrário, ela sempre tem me dado respostas positivas e me elegido para sucessivos mandatos. Obrigado pela entrevista. Boa sorte, candidato!

Edmilson Rodrigues Idade: 55 anos Naturalidade: Belém/PA Estado Civil: Solteiro Ocupação: Servidor Público Escolaridade: Superior completo Partido: Partido Socialismo e Liberdade - PSOL Coligação: Belém nas Mãos do Povo (PSTU / PSOL / PC do B)

Depois de 8 anos da sua gestão, como o senhor avalia Belém? O que o senhor pretende fazer se voltar a ser prefeito da cidade? Belém está abandonada. A maioria dos investimentos que fizemos quando fui prefeito, como na saúde, no saneamento, na educação, na cultura, nos programas sociais e na participação popular, foram abandonados. Há indícios de corrupção, apontados pelo Ministério Público Estadual e Federal. A meta é retomar o trabalho que foi abandonado, com destaque ao Bolsa Escola de um salário mínimo, ao Família Saudável, que presta atendimento de saúde domiciliar e à manutenção dos bueiros, galerias e canais para evitar alagamentos. Além disso, vamos concluir as obras da atual gestão, como o BRT e o projeto Orla, e avançar no combate ao analfabetismo e o acesso à água. Mas, o mais importante é voltar a governar com o povo e com inversão de prioridades, atendendo ao princípio chave do meu governo: o protagonismo popular.

O que o senhor fez quando foi prefeito de Belém, candidato? Ao final do mandato de prefeito, deixei o Família Saudável com 98 equipes completas com os profissionais necessários, cobrindo mais de 40% da população. Mas hoje, tem menos de 40 e ainda incompletas, faltam médicos, e a cobertura caiu para 16%. Vamos recompor as equipes e ampliá-las. As unidades de saúde voltarão a funcionar 24 horas, sem faltar remédios e médicos. Os Prontos-Socorros Municipais serão reestruturados. Construiremos o PSM da Sacramenta e o Hospital Geral Municipal de Retaguarda com várias especialidades. No trânsito, daremos continuidade ao BRT; reforçaremos a sinalização, iluminação pública as ações de educação, prevenção e fiscalização do trânsito; construiremos vias e ciclovias; expandiremos a pavimentação com drenagem de vias; vamos quebrar os monopólios de empresas para itinerários exclusivos, em que a maioria da população não tem acesso; e incentivaremos o transporte fluvial. O que o senhor pretende fazer pela educação? É necessária uma educação pública de qualidade. Para nós será muito importante erradicarmos o analfabetismo e prevenirmos a evasão escolar. Vamos construir novas unidades de educação infantil e abrir creches com berçário para crianças a partir de dois meses de idade, ampliando as vagas; implantar a escola de tempo integral e o atendimento educacional nas ilhas combinado com as oportunidades de trabalho nessas localidades; universalizar o ensino fundamental; fortalecer o Conselho Municipal de Educação; implantar a gestão de democrática na educação; garantir a merenda escolar de qualidade e investir na formação e valorização dos educadores. Quais serão as prioridades do seu governo? Algumas prioridades, de atendimento imediato, são: o Bolsa Escola, Família Saudável, limpeza de canais e bueiros, intensificação da coleta de lixo nas ruas, retomada dos projetos Escola Circo e Sementes do Amanhã e ampliação de vagas na educação infantil, especialmente creches por meio de convênios com instituições sociais que já realizem um trabalho sério com as comunidades. Em médio prazo, vamos investir em obras de pavimentação com drenagem em várias ruas, construção dos hospitais, dos Centros Esportivos e Culturais Cabanos nos distritos, reestruturação do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Belém (SAAEB), instalação de sistemas de abastecimento de água e esgoto em Mosqueiro, Outeiro, Icoaraci e ilhas, ampliação da rede de ensino fundamental, a retomada da alfabetização massiva de adultos e a volta do projeto de biorremediação (tratamento adequado do lixo) no Aterro do Aurá. Já em longo prazo, temos a meta audaciosa de zerar o analfabetismo em Belém e de caminhar para a universalização do acesso à água. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor tem 47% das intenções de voto. Acredita que pode ganhar as eleições ainda no 1° turno? Sabemos que vencer no primeiro turno é possível. Apesar das pesquisas me apontarem na liderança das intenções de voto, com uma larga vantagem em relação aos demais candidatos, nós temos encarado isso com humildade. Estamos trabalhando para que a vitória se concretize. Revista Alvo - Edição 13

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Candidato, o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) é o partido com mais candidatos a prefeito nas capitais do país, apesar do pouco tempo de vida e do menor número de parlamentares em cargos políticos, atualmente. O senhor acredita que o PSOL está realmente preparado para governar a cidade, sem alianças e/ou coligações com outros partidos? De certa forma, essa questão não pode prejudicar o seu mandato, caso venha a se tornar mais uma vez prefeito de Belém? Meu trabalho como gestor municipal é reconhecido e serve de referência. Fui vencedor de mais de 50 prêmios nacionais e internacionais em reconhecimento às boas práticas de gestão, com destaque ao “Prefeito Criança”, que me foi concedido três vezes, pela Organização das Nações Unidas (ONU). O povo lembra com carinho das ações desenvolvidas no meu mandato. O PSOL é um partido novo, como os demais já o foram, um dia. Isso não é problema. Temos os parlamentares reconhecidos como os melhores e mais atuantes do país. Quando fui prefeito, mesmo sendo de esquerda, e tendo os governos estadual e federal do PSDB, soube dialogar com todas as forças políticas e conseguir os recursos necessários para conseguir recursos e realizar grandes obras em Belém. Obrigado pela entrevista. Boa sorte, candidato!

José Priante

Idade: 48 anos Naturalidade: Belem/PA Estado Civil: Separado. Ocupação: Deputado Escolaridade: Superior completo Partido do Movimento Democrático Brasileiro PMDB Coligação: Juntos Pra fazer Melhor (PMDB / PSC / PHS)

Como foi essa preparação pra ser prefeito de Belém? Fui vereador, deputado estadual e estou no quarto mandato de deputado federal. Fui o primeiro presidente da Comissão da Amazônia e presidi outras duas comissões na Câmara: a de Economia e a de Fiscalização e Controle. Sou o único parlamentar paraense que por três vezes ocupou o cargo de relator do Orçamento do Brasil. Fui também vice-líder do PMDB, quando o presidente da Câmara era o atual vice-presidente da República, Michel Temer. Em sua opinião, como Belém está? Parece até que o tempo parou. Belém vive hoje os mesmos problemas de 16 anos atrás. Os dois últimos prefeitos pouco fizeram para melhorar a qualidade de vida de Belém. Perderam as oportunidades que o Lula e a Dilma criaram para que Belém crescesse junto com o Brasil. O que precisa mudar em Belém é esse modelo de administração ultrapassado, anacrônico, que estagnou a cidade. É preciso acabar com o isolamento político, com o radicalismo, com a desunião. Sou o único candidato que ao mesmo tempo é parceiro da Dilma e do Jatene. Vou fortalecer essa parceira para trazer os recursos necessários para que Belém entre nessa onda

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desenvolvimento promovido pelo Lula e pela Dilma. Eu sei como conseguir os recursos. Como? Quais são suas propostas? Como relator do Orçamento do Brasil para 2012, consegui R$ 3,5 milhões para o governador Jatene construir duas UPA’s, uma em Mosqueiro e outra em Icoaraci. Ainda como relator, eu consegui também R$ 67,4 milhões para a construção da Rodovia Independência, que será a nova entrada/saída da cidade sem passar pelo Entroncamento. Belém tem um dos piores serviços de saúde pública do Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A rede de saúde da prefeitura é pequena, falta tudo e atende mal. De imediato, vou botar pra funcionar as unidades de saúde que funcionam. Vou ampliar o Programa Saúde da Família, que há muito tempo só atende 16% da população. Nossa meta é ampliar a cobertura gradativamente até chegar a 100% da população. Também vou construir cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), que são uma versão moderna dos prontos-socorros. Quanto ao trânsito, eu vou reorganizar o sistema de trânsito e de transporte público. Vou apoiar o projeto Via/Ação Metrópole para que os principais corredores viários de Belém e região metropolitana sejam melhorados e modernizados. Também concluirei o projeto do BRT, construindo os terminais de integração ao BRT. Vou remanejar as linhas de ônibus para atender os terminais de integração e criarei novas linhas para atender comunidades mal servidas de ônibus. Vou regularizar o transporte alternativo para melhorar o serviço prestado por vans, kombis e mototáxis. A educação também precisa de atenção. O que o senhor pretende fazer nessa área candidato? Nem os profissionais da Educação e muito menos os alunos são responsáveis por isso. A culpa é dos dois últimos prefeitos de Belém, que não souberam aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Lula e pela Dilma para que o ensino do município acompanhasse o desenvolvimento da educação de outras cidades. Para reverter esses índices, vou criar a Rede Aconchego, que é a implantação de creches em igrejas e associações comunitárias. Vou implantar ainda a Escola Aberta de Tempo Integral, onde os alunos terão atividades esportivas e culturais. Vou criar o Pro-técnico, que vai oferecer cursos técnicos de curta duração para jovens e adultos. Além disso, vou implantar o Centro de Formação Permanente do Educador, para qualificar os profissionais que atuam na escola pública, desde o porteiro ao diretor. A qualificação também servirá de critério para melhorar a remuneração do educador. São muitos projetos. Mas, qual obra será a marca do seu governo? A obra que marcará o meu governo será a melhoria da qualidade de vida de Belém. E a marca do meu governo será a eficiência com transparência e resultados. Eu vou buscar parcerias com a presidenta Dilma, com o governador Jatene e até com outros países para trazer os recursos necessários à viabilização de projetos que a prefeitura não pode bancar sozinha. Eu já venho trazendo recursos para Belém. Nas três vezes em que fui relator do Orçamento do Brasil, consegui mais de R$ 900 milhões para o Pará. Só em 2012, eu relatei R$ 245 milhões para o Estado, dos quais R$ 143 milhões para obras em Belém. Belém tem tanto problema que tudo é prioritário. Vou


agir em diversas frentes para, imediatamente, melhorar a rotina, o cotidiano dos moradores. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor aparece em 2° lugar. Confiante no 2° turno? Pesquisa é uma fotografia de um momento. Todas as pesquisas mostraram que eu estou em segundo lugar e indo para o segundo turno. Belém já viu candidato ganhar em pesquisa e perder nas urnas. Pelo que vejo nas ruas, nas minhas caminhadas, nas manifestações de apoio que recebo, não teria por que deixar de acreditar na minha vitória. Ao contrário, a cada dia fico mais convicto de que Belém quer mudança e que eu serei o prefeito que fará Belém mudar pra valer. Então, o senhor acredita em uma reviravolta nas urnas? Repito: todas as pesquisas apontam que eu estou no segundo turno. Todas as pesquisas mostram que estou muito à frente do terceiro colocado. Nossas propostas estão sendo bem aceitas. Vamos seguir em frente. É claro que a meta é virar o jogo, é chegar em primeiro, é ganhar. Para isso estamos trabalhando. O senhor irá resolver os problemas de Belém? Se eu não tivesse a certeza de que estou preparado para um cargo executivo, eu não seria candidato. Eu tenho 20 anos de vida pública. Tenho experiência e maturidade política. Sempre ajudei prefeitos, governadores e até presidentes. Essa foi a escola que aprendi, que me ensinou a enfrentar e a solucionar problemas. Eu conheço os problemas de Belém e sei como resolvê-los. E vou resolver o que os dois últimos prefeitos não conseguiram resolver. Faço parte do Governo da Dilma, sou parceiro do governador Jatene. Tenho o apoio do vice-presidente do Brasil, Michel Temer. Vários companheiros do PMDB são ministros ou ocupam cargos estratégicos no governo federal. Além disso, conto com a força da bancada do PMDB no Congresso Nacional. Somando essas forças à minha experiência, vou promover uma revolução administrativa, social, econômica e urbana em Belém. Estou preparado para ser o prefeito das grandes transformações de Belém. Tudo bem. Boa sorte, candidato!

Leny Campelo

Idade: 49 anos Naturalidade: Belem/PA Estado Civil: Solteira Escolaridade: Superior incompleto Partido Pátria Livre - PPL Partido não coligado

O que precisa mudar em Belém? Belém é uma cidade com um elevado índice de exclusão social. Todos os indicadores apontam nesta direção: saúde, educação, saneamento, moradia, transporte... Este é o quadro que precisamos mudar e garantir o acesso da população aos serviços e políticas públicas.

Vamos priorizar, as políticas de promoção de inclusão social e mobilizar os recursos federais, já disponíveis, para as diversas áreas sociais, a exemplo da Saúde. O Ministério tem financiado o Programa Saúde da Família, que realiza ações de prevenção e promoção da saúde. E, Belém têm apenas 16% da população sendo atendida por este programa. Outro exemplo é o Pró-Infância do MEC, que tem financiado a construção, reforma e ampliação de creches e escolas de educação infantil. Vários municípios do Estado serão beneficiados com a construção de creches e Belém não tem nenhuma sendo construída. Atualmente, a saúde e o trânsito são apontados pela população como os principais problemas de Belém. Quais são as suas propostas para essas áreas? Na área da saúde vamos priorizar a atenção básica com o aumento do número de equipes do Programa Saúde da Família e com a construção de novas Unidades Municipais. Ao mesmo tempo, para enfrentar o elevado índice de mortalidade materno-infantil iremos construir a 1ª Maternidade Municipal e o Hospital da Criança. A área de Urgência e Emergência será fortalecida com a reestruturação da rede e a construção de UPA’s, nos distritos. Já em relação ao transporte, vamos reestruturar as linhas de ônibus para que elas atendam à população com maior eficiência, considerando a demanda e os horários de pico. Daremos continuidade às obras do BRT e iremos promover sua integração com o transporte metropolitano. Mas, queremos também buscar outras alternativas de transporte, a exemplo do metrô. A cidade seguirá seu crescimento e não podemos ficar correndo atrás do prejuízo. Precisamos de soluções de longo prazo e que garantam um transporte coletivo de massa, com maior rapidez e segurança. Belém tem um dos piores índices do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no país. O que a senhora pretender fazer para melhorar a qualidade do ensino na rede pública da capital paraense? Fortalecer a rede de ensino fundamental. É nesta fase que formamos a base para que as crianças tenham condições de avançar em sua escolarização e aprendizado. Vamos acabar com a aprovação automática. E, avançar na municipalização do ensino. Mais de 100 mil crianças são atendidas pela rede estadual em escolas que, ao mesmo tempo, atendem o ensino médio. A escola, o corpo docente e pedagógico, precisa estar preparados para receber e acolher estas crianças, levando em conta as necessidades da fase em que se encontram na sua formação. E, valorizar os professores para que sua autoridade, na formação das novas gerações, seja reconhecida. O orçamento 2012 de Belém foi de R$ 2,3 bilhões. Nós sabemos que nem todas as propostas que estão no seu projeto de gestão serão cumpridas com essa verba. Quais as suas prioridades? Minha prioridade é enfrentar o problema de saúde colocando a rede pública em condições de atender a população. Além de promover o acesso às políticas públicas de educação, assistência social, moradia e outras. Com o povo, construir uma Belém melhor para se viver. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, a senhora não chega a somar nem 1% das intenções Revista Alvo - Edição 13

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de voto. Ainda credita que pode ganhar as eleições? As eleições irão ocorrer em 07 de outubro. E, acredito, sim, que posso ganhar. Candidata, a senhora é a única mulher a disputar as eleições pela prefeitura de Belém, em 2012. Mas, nas pesquisas (IBOPE/ VOX POPULI) não chega a alcançar 1% das intenções de voto. Isso não a preocupa? Não. Participo do Movimento de Mulheres, na Confederação das Mulheres do Brasil, e sei que enfrentamos preconceitos e desigualdades, no processo eleitoral, em especial, nas eleições majoritárias. Vocês devem lembrar-se dos ataques que a atual Presidenta sofreu durante sua campanha. Mas, confio que as mulheres estão avançando em sua participação política. Obrigado pela entrevista. Boa sorte, candidata!

Marcos Rego

Idade: 47 anos Naturalidade: Belém/PA Estado Civil: Casado Ocupação: Administrador Escolaridade: Superior completo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - PRTB Partido não coligado

Qual a sua experiência política? Trabalhei como gestor durante muitos anos em minha própria Empresa, depois fui nomeado no Inmetro-Pará como diretor de Cargas Pesadas, fui Diretor do CerestPA, onde fiz intervenção pedagógica e administrei com competência minhas atividades, entre elas trouxe recursos federais para a construção do novo Cerest-PA; fui diretor de fiscalização na Secretaria de Economia que ajudou muitas pessoas do Mercado informal, tirando bancas da rua e alocando essas pessoas para poderem trabalhar com dignidade; fui diretor da Unidade de Saúde da Marambaia, que proporcionou aos usuários atendimento de qualidade, médicos no setor de Urgência e Emergência, e ainda fiz uma Parceria com a CESUPA. Hoje, a Unidade de Saúde conta com diversas especialidades na área da saúde para a população de Belém; fui diretor do Departamento de Ações em Saúde da SESMA, onde qualifiquei diversos profissionais para atuarem na atenção Primária junto aos Programas Saúde da Família-PSF’s, consegui recursos para a reforma do PSF do Carmelândia, fui responsável pelo Programa Saúde na Escola e criei o Projeto Saúde Coletiva, profissionais da área da saúde que atuam junto as comunidades, Centro e Igrejas para criarem o hábito na população de promoção e prevenção da saúde. Candidato desculpe. Mas, eu perguntei sobre a sua experiência na política. O senhor já teve algum cargo eletivo? Não. O que precisa mudar em Belém? Quais são as suas propostas prioritárias? Belém precisa de um gestor com visão de desen-

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volvimento, uma pessoa que goste de gente, que esteja disposto a trabalhar pelo próximo. Infelizmente Belém está doente em todos os segmentos: saúde, saneamento, educação, segurança, transporte, cultura, lazer, esporte e etc. São anos de abandono. Gostaria apenas de ter uma oportunidade para mostrar como se trabalha. Tenho projetos no setor de emprego e renda, a princípio: com a Fábrica de Confecção nos Bairros: a Fábrica de tubos em Mosqueiro, pois o que sai mais caro para asfaltar as ruas são os tubos e se a Prefeitura possuir sua própria fábrica Belém só tem a ganhar; pretendo construir a ponte Outeiro - Mosqueiro, pois a verba já existe, e também o Centro de Convenções em Mosqueiro. Com isso, a ilha terá movimento o ano inteiro e não apenas em férias ou feriados. Na saúde, os moradores da ilha irão ganhar com ambulâncias que chegarão mais rápido nos Hospitais, pois de 60Km o percurso irá para 3Km, com a construção da ponte. Na segurança da cidade pretendo fazer monitoramento 24hs de pontos críticos com câmeras, colocar a Guarda Municipal em escolas, praças, pontos turísticos, feiras e mercados; faremos ainda uma avaliação do PCCR dos servidores e avaliaremos de que forma poderemos pagar as perdas salariais que são de direito dos funcionários; daremos continuidade nas obras do BRT, Portal da Amazônia, Av. João Paulo II, pois é dinheiro público e devemos respeitar a população. Esses são apenas alguns dos projetos, o restante está registrado no TRE-PA. Pode ir lá conferir. Candidato, o que o senhor pretende fazer pela saúde? Bom, eu atuarei na prevenção da saúde através da estruturação e fiscalização do Programa Saúde da Família, onde pretendo dar suporte e equipar todos os PSF’s, para realmente funcionarem como devem no atendimento a população com qualidade. A prevenção é importante para que as Unidades e Hospitais Municipais não fiquem super-lotados; vamos criar Centros Municipais para dependentes químicos em parceria com as Igrejas e Universidades, ajudando a população carente e tirando jovens e adultos da rua. Para isso, vamos fazer um trabalho multidisciplinar e espiritual de recuperação dessa população esquecida pelo poder Público, o pobre hoje, não pode ter um filho ou parente viciado, se isso acontecer não tem onde buscar tratamento, pois as clínicas particulares custam muito caro; vamos criar o 1º Hospital Escola Municipal, uma parceria entre as Universidades e cursos profissionalizantes da área da Saúde, para atender a demanda de todos os bairros de Belém, e realocar esses profissionais para as Unidades, PSF’s e Hospitais. O que o senhor pretende fazer pra melhorar a qualidade do ensino na rede pública da cidade? Tenho projetos para o esporte, não somente o futebol, mas também o ciclismo, judô, dança, vôlei, basquete e outros, colocando polos esportivos nos bairros, num trabalho educativo com o esporte para preparar crianças, jovens e adultos, para a vida e o mercado de trabalho. Vamos fazer uma educação de tempo integral, mostrando que podemos reverter à situação do índice de analfabetismo, violência e evasão escolar. Nas escolas colocaremos ônibus para proporcionar as crianças, “aula-passeio” para conhecerem e valorizarem nossas artes, teatros e outros e os bairros terão Centros Técnicos Profissionalizantes. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor


não chega a somar nem 1% das intenções de voto. Ainda credita que pode ganhar as eleições? Para Deus nada é impossível. Se o povo analisar vai observar que essa pesquisa não é verdadeira é apenas uma manobra para enganar a população e eu tenho esperança Candidato, qual o endereço da sua página na internet para os eleitores avaliarem suas propostas? www.marcosregoprefeito.blog.esporte.com Candidato essa página não existe. Desculpe. O endereço correto é: www.marcosregoprefeito.blogspot.com O senhor está preparado pra ser prefeito de Belém? Caso se torne o novo prefeito de Belém, podemos lembrá-lo dessa entrevista, em 2016? Eu me preparei durante 47 anos, tenho experiência, fé, força e respeito pela população que vai depositar seu voto de confiança em mim. E digo a todos que não irei decepcioná-los, basta confirmar 28 para Prefeito, no dia 7 de Outubro e esperar o resultado, pois irei mostrar como um homem deve honrar o crédito que lhe foi depositado. Pode me lembrar dessa entrevista. Existem homens que vieram para ver história, outros para falar de história e eu vim para fazer história e mostrar para minha descendência que devemos ser éticos, dignos e honrar com a nossa palavra. Obrigado pela entrevista. Boa sorte, candidato!

Sergio Pimentel Idade: 57 anos Naturalidade: Recife/PE Estado Civil: Casado Ocupação: Engenheiro Escolaridade: Superior completo Partido: Partido Social Liberal - PSL Partido não coligado

O que precisa mudar em Belém? Belém é uma cidade que tem grandes problemas, porém, com soluções simples é possível avançar. O que precisa acontecer em Belém para que ela se torne uma cidade desenvolvida é, em primeiro lugar, planejamento. Uma capital não pode se desenvolver se não houver ações descentralizadas em todas as áreas da gestão pública. Para mudar a situação de Belém, elaboramos, com técnicos de alto nível, um plano de governo para cada distrito administrativo de Belém, contemplando em cada uma as principais áreas de interesse da população, como saúde, educação, infraestrutura e segurança. Nós fizemos um grande plano de governo para Belém, para dar dignidade para a população de todos os distritos. Saúde e trânsito. Quais serão as suas prioridades nessas áreas? Na saúde temos que separar o que é obrigação do município, que é fazer atenção básica. Nessa área,

Belém, que só arrecada 15% do bolo tributário, participa com R$ 240 milhões/ano, recurso que acaba indo todo para a média e alta complexidade, que são as urgências e emergências, obrigação dos governos estadual e federal. Mas hoje, a lógica é inversa. O governo federal, que arrecada 60% dos tributos, investe R$ 300 milhões ano na saúde de Belém, enquanto o Estado investe a esmola de R$ 5 milhões por ano. Isso tem que mudar na saúde de Belém. Nós vamos investir maciçamente nos programas de prevenção e fazer um grande programa municipal de saúde da família, porque o programa federal é muito ruim, não funciona, assim como a maioria dos programas de saúde pública no Brasil. Os governos federal e estadual precisam rediscutir essa questão e participar do financiamento da saúde de Belém. Já o trânsito de Belém não depende de uma grande obra. O que a cidade precisa é organizar o trânsito, que hoje é uma bagunça, por falta de fiscalização, falta de políticas adequadas de transporte e falta de investimentos na educação dos motoristas. Belém precisa de uma alternativa ao complexo do Entroncamento, que já tem até projeto: É o Via Metrópole, que liga a Ceasa até Ananindeua, transferindo do Entroncamento para a via expressa toda a parte de cargas e serviços. Belém precisa também de uma alternativa modal, com o transporte hidroviário urbano, ligando as ilhas de Mosqueiro, Outeiro e o bairro de Icoaraci ao centro da cidade, do Ver-O-Peso à UFPA. Esse estudo já foi feito pela UFPA e Unama, e não foi implementado pela então governadora do Estado, na época (Ana Júlia Carepa) porque carecia de subsídio de R$ 600 mil por mês. E na educação, candidato? Na área da educação nossa prioridade é para a universalização da educação fundamental. Vamos criar 200 unidades de ensino infantil e beneficiar 24 mil crianças com educação integral, abrindo 5 mil vagas de creches distribuídas pelos distritos de Belém. Também vamos fazer investimentos na qualificação de professores que já estão no quadro e concursos público para contratar novos profissionais na área de educação, com o Programa de Cargos, Carreira e Remuneração adequado às necessidades dos educadores. O orçamento 2012 de Belém foi de R$ 2,3 bilhões. Nós sabemos que nem todas as propostas que estão no seu projeto de gestão serão cumpridas com essa verba. O que, de fato, será prioridade? Em primeiro lugar considero essa avaliação equivocada, porque tudo o que está em nosso plano de governo foi orçado pelos técnicos que trabalharam comigo para ser feito em 4 anos e tudo com os recursos da Prefeitura de Belém. Agora, o que vai além do nosso plano, como em relação à outras obras que já estão em andamento, elas serão complementadas com recursos da União e serão concluídas. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor não chega a somar nem 1% das intenções de voto. Ainda credita que pode ganhar as eleições? Eu não considero o Ibope, com seu histórico de manipulação de pesquisas, inclusive em Belém, credenciado para dizer quem vai ganhar a eleição. Nós não acreditamos nesses números, e eu me candidatei porque acredito que podemos ganhar a eleição. Candidato, o Ministério Público Eleitoral chegou Revista Alvo - Edição 13

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a impugnar a sua candidatura, o considerando inelegível, de acordo com as regras da lei Ficha Limpa. Como titular da SESMA, ainda na gestão do atual prefeito de Belém (Duciomar Costa), o senhor se envolveu em uma fraude milionária sendo acusado de um desvio de mais de R$ 10 milhões em recursos federais repassados através do SUS (Sistema Único de Saúde) à Secretaria Municipal de Saúde de Belém. E por pouco não foi preso pela Polícia Federal, pois estava em uma viagem a Miami. O senhor gostaria de falar algo a respeito disso? O pedido de impugnação ocorreu, assim como para vários candidatos desse pleito, e o Tribunal Regional Eleitoral não deu razão a quem entrou com o pedido, e acatou a nossa candidatura, que, portanto, é ficha limpa. Quanto ao episódio ocorrido na Sesma, no qual fui injustamente acusado por uma situação que não existiu, o Tribunal Regional Federal anulou por ilegalidade o mandado de prisão contra mim. Não houve desvio de um centavo dos cofres públicos, e a Justiça entendeu isso. Não tenho nenhum problema em falar sobre isso porque a Justiça foi feita. Considero esse episódio como perseguição política extremamente odiosa, buscando única e exclusivamente uma tentativa de denegrir a minha imagem como servidor público. Obrigado pela entrevista candidato. Boa sorte!

Zenaldo Coutinho

Idade: 51 anos Naturalidade: Belém/PA Estado Civil: Casado Ocupação: Deputado Escolaridade: Superior completo Partido da Social Democracia Brasileira PSDB Coligação: União em Defesa de Belém (PSDC / PMN / PTC / PSB / PRP / PSDB / PSD / PT do B)

Como o senhor avalia Belém, hoje? Na sua opinião, o que precisa mudar? E como pretende fazer isso? Essa é uma pergunta complexa porque a gente precisa mudar muita coisa, a começar pela gestão. Temos que ter uma administração mais transparente, uma gestão séria que respeite o dinheiro público. Nós estamos numa região que precisa ter a preservação ambiental como foco, mas precisamos ter qualidade de vida como meta essencial. Precisamos ter uma cidade limpa, uma cidade higienizada e isso se faz com o trabalho de coleta da prefeitura e se faz também em parceria com a sociedade. A gente vai fazer educação ambiental nas escolas. Ou seja, a criançada vai ter um papel importantíssimo de fiscalização na família, de fiscais. Vamos regularizar a coleta, o apoio aos catadores, às cooperativas. Vamos trabalhar em parceria com a população. Candidato, como o senhor sabe Belém tem vários problemas. Quais serão as suas prioridades? Quem vive em Belém, sabe que o maior problema da cidade é a falta de atendimento médico e de medicamentos. Belém tem apenas 29 unidades municipais de saúde. Pouco se investe na prevenção e atenção básica. Vamos mudar este quadro e tratar

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a saúde como prioridade, levando o Programa Saúde da Família a 100% do município. Vou construir um novo pronto socorro municipal, desta vez em Icoaraci, beneficiando os moradores de Outeiro e dos bairros Maguari, Tenoné, Parque Verde, Pratinha e Tapanã. Reformar, ampliar e construir novas unidades básicas de saúde, garantindo atendimento de urgência 24 horas é outra meta de meu governo. A saúde bucal da população vai receber atenção especial. Os dependentes químicos também encontrarão nesta nova Belém acolhimento e tratamento. Em relação a transporte, não dá mais para aguentar engarrafamento. Belém precisa de novos corredores de tráfego, que chegarão com a conclusão do BRT e a implantação do Ação Metrópole, do Governo do Estado. Em parceria com o Governo do Estado, vou transformar o Terminal Rodoviário de Belém em terminal de integração e trazer o Programa Asfalto na Cidade. Candidato, na sua “nova Belém” o que é preciso ser feito pra melhorar a qualidade da educação? Primeiro precisamos qualificar as nossas escolas. Dando a valorização adequada para nossos professores. Precisamos estabelecer metas, temos que ter definição de propostas pedagógicas padronizadas dentro do município. A prefeitura terá o papel de indução, de estimulação. Ao mesmo tempo em que dará a valorização ao servidor vai cobrar também produtividade, alcance de metas e definir coletivamente projetos pedagógicos que se adequem às necessidades do aluno. Qual será a marca do seu governo? Eu penso uma administração municipal não com a marca de uma obra, mas com um conjunto da obra. É uma obra que deve ser motivada pelo grande interesse público, que deve ter transparência, economia e qualidade nos serviços. De forma emergencial, estamos pensando uma administração com os três “S”: Saneamento, Segurança e Saúde. São as maiores aflições que a população de Belém vive, precisamos ter um foco mais dedicado principalmente para a população mais pobre que sofre dramaticamente com a falta de estrutura pública na saúde, saneamento e segurança, que atinge toda a cidade. Mas nós vamos completar todas as obras em andamento, claro que aqui e acolá revendo orçamentos. Vamos concluir e vamos ter a marca da cidade sustentável, a marca da cidade verde. Vamos rearborizar nossa cidade, transforma-la realmente numa metrópole da Amazônia. De acordo com a última pesquisa do IBOPE*, o senhor aparece em 3° lugar. Acredita que pode ganhar as eleições? A pesquisa reflete um momento, um retrato de um momento. Nunca me impressionei com pesquisas. Lembro das pesquisas das ultimas eleições municipais em que o resultado eleitoral foi totalmente diferente do que era apontado, inclusive pelo tal Ibope. Se a gente fosse lembrar do Ibope da eleição para governo do Estado também apontava em outra direção. Eu acredito muito no que a gente vê na rua, na mobilização, na capacidade de análise da população. Candidato, o senhor participou ativamente da campanha contra a divisão do Estado, o que já sinalizava uma estratégia política para lançar a sua candidatura como prefeito de Belém, ou eu estou enganado?


Estranha essa pergunta. Era melhor perguntar para aqueles que se esconderam num momento em que estávamos ameaçados de ser surrupiados, destruídos, enquanto Estado, a partir do interesse de meia dúzia. Eu vinha de uma luta de 12 anos, obstruindo na Câmara de Deputados a tentativa de divisão do nosso Estado. Eu consegui colocar emendas durante a tramitação na Câmara. Foi uma luta solitária durante muitos anos, até que chegou finalmente o momento inevitável. Neste momento, eu me apresentei obviamente para a luta, deixei o cargo de secretário de Estado para vir presidir a Frente contra a divisão e fiz isso por compromisso, por amor à minha terra, por amor à minha gente e faria de novo. É obvio que uma coisa não está condicionada a outra. É obvio que as pessoas respeitam a coragem que eu tive, é obvio que isso melhorou a minha relação com a população, o meu conceito se consolidou, de que sou uma pessoa que não tem medo de mostrar a cara, que não tem medo de enfrentar desafios, por maiores que sejam. Boa sorte, candidato!

A pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 30 de agosto de 2012. Foram entrevistadas 602 pessoas na cidade de Belém, capital do Estado. A margem de erro é 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), sob o número 00061/2012 e foi encomendada pela TV Liberal/afiliada Rede Globo. Até o fechamento desta edição esta foi a última pesquisa divulgada pelo IBOPE.

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De Volta ao Presente Os discos de vinil saíram das lojas, mas continuam nas prateleiras dos admiradores de música.

por Bianca Leão foto Aislan de Paula

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urante 30 anos os discos de vinil em formato Long Playing (LP) reinaram absolutos. Entre as décadas de 50 e 80, eles foram os principais meios de propagação de movimentos musicais que influenciaram gerações, como o rock progressivo e a bossa nova. Até que em 1985 surgiram os discos compactos digitais e a promessa da derrocada dos “bolachões”. Com apenas 12 centímetros de diâmetro, os pequenos discos de vidro tinham capacidade de armazenar mais de uma hora de sequência musical, podiam ser facilmente levados a qualquer lugar e não exigiam tantos cuidados de manutenção. Em menos de cinco anos, os CDs ultrapassaram a vendagem dos LPs e usurparam seu trono. Mesmo diante da drástica perda de popularidade, os vinis nunca deixaram de existir. Longe de ser um nicho de mercado voltado para saudosistas ou excêntricos, a venda de aparelhos e discos de vinis movimenta um público cada vez mais exigente. Dispostos a pagar quase R$ 1 milhão em um toca-discos novo – eles também nunca deixaram de ser fabricados – os colecionadores de vinis abrem mão das comodidades apresentadas pelas novas tecnologias em busca da qualidade do som analógico. A opinião é partilhada tanto por antigos admiradores dos LPs quanto por jovens nascidos na década de 90. Resistência Embora o custo de produção do disco de vinil seja maior que o de um CD, artistas e bandas contemporâneas voltaram a disponibilizar seus álbuns também em LP. É o caso da banda inglesa Radiohead e da cantora pop Adele. No Brasil, a banda Los Hermanos comemorou esse ano seus 15 anos de carreira com o lançamento de sua discografia completa em LP. A permanência dos vinis é celebrada pelo paraense Antônio Rodrigues. Ele faz reparos mecânicos e estéticos em toca-discos há sete anos. “Eu mesmo, na década de 70, não gostava do som do vinil. Achava muito ruidoso. Mas era porque eu nunca tinha entrado em contato com um aparelho de qualidade”, alega. A oportunidade de comparar o som do vinil e do CD veio em 2003, quando ele percebeu que esse ramo poderia render bons negócios. Durante dois anos, Antônio se especializou na manutenção de peças e aparelhos. Hoje, ele e o sócio, Roberto Dias, têm uma oficina de revenda e reparo de toca-discos, amplificadores e caixas de som.

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Exigentes Segundo Antônio, a maioria das pessoas considera os colecionadores de vinis como indivíduos que ficaram presos ao passado. “O que não é verdade. Os tocadiscos são vendidos para um público mais exigente. Ou você acha que os fabricantes continuariam a produzir aparelhos caros para ninguém comprar?”, questiona. Ele reconhece que os CDs e MP3 são mais práticos, podem ser levados a qualquer lugar e as faixas podem ser trocadas por controle remoto. Porém, ele argumenta que, diferente do que ocorreu com as máquinas de escrever, os toca-discos não encontraram substitutos que os superassem. “Nos vinis, a qualidade do som é muito maior”, diz. De acordo com Antônio, a quantidade de jovens que se interessa pelos LPs é crescente. “Tenho clientes que não tinham vinis em casa, mas ouviram recentemente com amigos e se apaixonaram”, alega. Nova Geração É o caso da nutricionista de Aglaís Neta. Ela tem 23 anos e começou a colecionar LPs no começo desse ano, com um disco da banda Los Hermanos. O seu toca-discos foi um presente de um amigo logo após o falecimento de seu pai. “Meu pai não escutava vinis, mas era um apreciador de música. Essa foi uma forma de fugir da tristeza e da solidão”, relembra. Sua coleção ainda conta com pouco mais de cem discos, mas a tendência é que esse número aumente em breve, já que ela costuma ir com frequência aos mercados do Vero-Peso e de São Brás em busca dos álbuns que gosta. Entre seus preferidos estão os de rock internacional e cantores brasileiros, como Raul Seixas e Chico Buarque. Mesmo quando ‘baixa’ músicas da internet, Aglaís dá preferência àquelas feitas a partir de discos de vinil. Os CDs e MP3 têm espaço apenas quando ela está fora de casa ou quando quer ouvir gravações recentes. “Até o ano passado, eu ouvia falar que vinil era só uma ‘modinha’. Mas as pessoas que escutam percebem a diferença”, garante. A jovem conta que, quando reúne os amigos em casa, eles costumam lamentar a substituição dos discos pelos CDs. “Todo mundo gosta. Temos a impressão de que não estamos em 2012”, afirma. Audiófilo Embora não se considere um colecionador de vinis, o advogado e professor de Direito Murilo Bitar, 42, possui em torno de 5 mil discos. “Sou apaixonado por música e os vinis são uma consequência disso”, esclarece. Em

Antônio Pereira - Colecionador de discos de vinil.

seu apartamento é possível encontrar peças raras, como gramofones, discos autografados por sumidades como o músico Heitor Villa-Lobos e a cantora lírica Bidu Sayão, discos de 78 RPM gravados pela companhia Fonotipia (1904-1938), dentre outras preciosidades. Seu acervo começou a ser adquirido quando ele tinha apenas 14 anos. Hoje, o jurista recorre a sebos, não só em Belém, como no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ele também utiliza sites de vendas pela internet, embora tenha ressalvas quanto à demora do Ebay e os riscos de receber mercadorias danificadas pelo Mercado Livre, já que muitas vezes, os vendedores não sabem como manusear as peças que oferecem. De acordo com Murilo, o som do vinil é um dos mais autênticos, perdendo apenas para o do rolo de fita magnética. Ele explica que as propriedades do som são conquistadas pelo seu veículo de transmissão. No caso do som analógico, a música é impressa diretamente na fita ou no LP. Já no sistema de formação dos CDs e MP3, o som é convertido em números (digital), tornando-se mais artificial. Para o audiófilo, a música é algo vital: “O principal não é a coleção, mas o caminho que se abre para a realização dos sonhos mais queridos”. Ele ressalta que a Poesia – entendida em um sentido mais amplo – é fundamental para os seres humanos, mas nem todos têm essa consciência, sobretudo em um país com deficiências na área da educação como o Brasil.

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Refúgio Assim como Murilo, o administrador Antônio Pereira, 60, também começou a ter seus próprios discos na adolescência. Com o dinheiro da mesada, ele os comprava em lojas como a Mesbla e a 33 e 1/4. Antônio confessa que chegou a suspender a coleção e se desfazer dos vinis algumas vezes. Hoje, porém, abriga seus quase quatro mil LPs em uma casa na Ilha de Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém. Eles ocupam três cômodos do local, visitado por Antônio e seus amigos a cada duas semanas. “Lá se reúne a turma que é fã de vinil. Quem menos tem, tem mais de mil. Nós nos revezamos um na casa do outro e é sempre uma viagem”, diz. Além de escutar música e relembrar histórias, a paixão pelos discos faz com que sempre conheçam pessoas novas. “Acabamos descobrindo gente que também gosta e sempre tem alguém curioso”, diz. Para ele, o prazer dos toca-discos não se restringe à qualidade do som. “Também é uma curtição tátil. Você pega, limpa, lava...”. Embora apaixonado pelos aparelhos tradicionais, ele não se fecha às novidades. Recentemente, Antônio ganhou de presente um conversor de vinil para o computador e se disse surpreso: “O som fica espetacular!”.

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O bar The Beatles, na Cidade Velha, é um local para os amantes de discos de vinil. Revista Alvo - Edição 13

Curiosidades 1) O toca-discos Statement, da marca alemã Clearaudio, é considerado o modelo mais arrojado disponível no mercado atualmente. O prato do disco flutua sobre um campo magnético e a velocidade do motor é micro processado. O aparelho, sem cápsula e agulha, é vendido por encomenda e custa R$837 mil em uma das principais casas de toca-discos de São Paulo. 2) A fábrica Rainbo Records, localizada na Califórnia, Estados Unidos, oferece em seu site um pacote com mil cópias de um LP com capa impressa por US$ 2.499. A mesma quantidade em CD, também com capa colorida, custa US$ 1.679. Na América do Sul, a única fábrica de vinis existente é a Polysom, localizada no município de Belford Roxo, no Rio de Janeiro. A empresa foi fundada em 1999 e fechou suas portas em 2007 devido a dificuldades como a falta de demandas e problemas técnicos. Porém, ela reabriu em 2009, após ser adquirida pelos proprietários da gravadora Deckdisc. Prensar mil discos de vinil de 140g na Polysom custa hoje aproximadamente R$ 10 mil.


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Homofobia: violência ainda sem punição. A luta dos homossexuais para aplicação de penas mais rigorosas para crimes motivados por homofobia.

O

Grupo de Estudos e Pesquisas Estatísticas e Computacionais (GEPEC), da Universidade Federal do Pará (UFPA) realiza pesquisa desde 2008 na parada do orgulho gay de Belém e acrescentou o assunto homofobia no último ano. Cerca de 50% da população LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) de Belém já sofreu algum tipo de violência física ou psicológica. “Pensando que em 2011 cerca de 1 milhão de pessoas estiveram no evento e pelo menos a metade seja LGBTTT, calculamos que cerca de 250 mil pessoas já sofreram homofobia. Isso é um dado muito expressivo e mostra que nós precisamos crescer muito para ter um estado e uma capital longe desse índice alarmante”, diz Roberto Paes, secretário de formação política do Movimento LGBTTT, um coletivo de instituições existente em 30 municípios do Pará. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os homossexuais somam mais de 10% da população brasileira. “Precisamos ainda de políticas públicas e gestores que abracem uma causa entendendo que não é nenhum favor para a sociedade. Em primeiro momento a homossexualidade foi considerada crime, depois passou a ser diagnosticada como doença, agora lutamos para que não seja considerada um pecado”, diz. O Conselho Federal de Medicina brasileiro, em 1985, retirou a homossexualidade do rol de doenças psiquiátricas. Somente em 1993, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade de suas listas de doenças mentais, deixou de considerá-la como um desvio ou um transtorno sexual. Em países cujos códigos penais não punem a homossexualidade, como o Brasil, a homofobia está presente no cotidiano das pessoas, ainda gera muitas discussões e polêmicas mundo a fora, pois envolve assuntos como religião e políticas públicas, que afetam a sociedade como um todo. “A primeira violência sempre vem da família quando o homossexual se revela. Tudo que acontece de ruim na pessoa, a família justifica a sua sexualidade. A autoestima fica fragilizada e a pessoa se isola e automaticamente ela não denuncia os casos de violência que sofre”, conta Roberto. Segundo Roberto, além da homofobia na família, o

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por Liandro Brito foto Aislan de Paula

preconceito é encontrado com frequência no ambiente escolar. “Temos muito jovens que denunciam os casos nas escolas do estado. Fizemos uma capacitação com professores sobre o nome social de travestis e transexuais. O Pará foi o primeiro do país a aceitar o nome social no ambiente escolar. Isso aconteceu em 2008 e até então lutamos para que isso se efetive. Uma coisa é ter a lei e a outra é se efetivar na prática”, conta. Ele relembra que teve saldos positivos com depoimentos de professores. Por outro lado, o fundamentalismo religioso em algumas escolas negava a orientação sexual no ambiente escolar. “O fundamentalismo religioso faz com que muitas religiões não aceitem a sexualidade de uma pessoa. Em muitos momentos criam na cabeça que ela precisa mudar a sua orientação sexual para ser feliz”, diz Roberto. Crimes homofóbicos no Pará Em 2011, 32 homossexuais foram mortos no Pará. A maioria dos casos na Região Metropolitana de Belém. Este ano, 26 assassinatos já foram registrados. “É um número alto por ser um crime característico de homofobia. Essa discriminação acontece em função do opressor não concordar com a maneira de ser e viver da pessoa. Nos últimos três anos não temos nem 5% dos casos resolvidos ou opressores punidos”, comenta. Em junho deste ano, três travestis foram baleados durante a madrugada, no bairro do Marco. A travesti conhecida como “Bianca” morreu na hora e os outros dois encaminhados ao hospital em estado grave. A polícia investiga a motivação do crime a partir de duas hipóteses: vingança ou homofobia. “Quando a vitima de homofobia é assassinada e amigos fazem a denuncia, é mais fácil para a polícia e para nós identificarmos os casos. O caso da Bianca foi o primeiro no estado que tivemos notícia que o retrato falado do assassino foi divulgado. Isso já é um grande avanço”, relata Roberto. Muitos casos chegam ao Centro de Referência de Prevenção e Combate à Homofobia, que funciona na Defensoria Pública do Estado. O Pará também possui, desde 2007, a Coordenadoria de Proteção à Livre Orientação Sexual, que funciona


Roberto Paes - Movimento LGBTTT

dentro da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) que fortalece as políticas públicas voltadas para o público LGBTTT. “Temos estes dois espaços oficialmente e um grupo de trabalho dentro do Conselho de Segurança Pública do Estado para a implementação do Plano Estadual de Segurança Pública de Combate à Homofobia, aprovado em 2008”, relata Roberto. O plano abrange várias vertentes entre modificações do sistema de coleta de informações da violência que o publico LGBTTT sofre, a capacitação de agentes de segurança publica e a criação de um espaço para receber a vitima da violência homofóbica. “Estamos atuando em parceria com esses órgãos”, completa. Roberto critica que a maior dificuldade enfrentada é a notificação dos casos de homofobia. “As vezes o preconceito está na própria vítima, quando ela se sente ameaçada de expor o caso na justiça, e também por parte da família, quando a vitima morre e os parentes não querem que o crime seja classificado como homofobia para não ter a sexualidade do parente revelada”. O Movimento LGBTTT aconselha a vítima de homofobia ir até uma delegacia, fazer uma denuncia contra o opressor e solicitar que o caso seja encaminhado para a Delegacia de Crimes Discriminatórios. Com a documentação em mãos, a vítima pode ir até a Defensoria Pública instaurar uma ação civil contra quem o agrediu. A Delegacia de Combate a Crimes Homofóbicos foi criada há um mês em Belém. Segundo a delegada Cristiane Lobato, diretora de atendimento aos grupos vulneráveis, da Policia Civil, não há uma estatística consolidada sobre os casos de homofobia no Pará. “Estamos implementando o Plano Estadual e Enfrentamento aos Crimes Homofóbicos e dentre as várias ações está a mudança do sistema, quando lançaremos os primeiros dados sobre a homofobia em nossa região”, comenta. “Sabemos que a violência existe, mas agora vamos conseguir mapear”. Ela conta que os casos de violência física são registrados por sexo e não por orientação sexual. “Mesmo não tendo relatórios, sabemos de situações que chegam à policia, mas não refletem a realidade como um todo”, diz. Até então a polícia classificava o crime contra homossexuais como homicídio ou até mesmo acerto de contas. “Não classificam como homofobia. A homofobia não é tipificada no código penal como crime, mas alguns estados já usam a violência homofóbica como a motivação do crime”, finaliza.

Sexualidade reprimida Nome de batismo: Marcelo Brito de Carvalho. Nome social: Symmy Larrat, 34 anos. Ativista da ONG Grupo de Resistência dos Travestis e Transexuais da Amazônia (GRETA), a travesti Symmy atua fortemente para a efetivação de políticas públicas voltadas para o público LGBTTT. A ONG surgiu há quatro anos com o objetivo de unir os trabalhos desenvolvidos por travestis e transexuais. Ela conta como um grande avanço, o decreto estadual que garante o uso do nome social de travestis em todas as esferas públicas administrativas no Pará. “É uma vitória, mas a execução não acontece, é falha. Muitos não acreditam no decreto. É difícil fazer um professor, por exemplo, chamar você em sala de aula pelo seu nome social”, conta. Outra batalha para efetivação do decreto é a inserção no Boletim de Ocorrência da orientação sexual da vítima, orientação de gênero e o nome social. “Já está em vigor em todas as delegacias do Estado e estamos passando por capacitação para todos terem conhecimento”, afirma. Symmy revelou sua homossexualidade para a família aos 16 anos, mas como travesti, a apenas 2 anos. Ela acreditava que ao assumir a sua sexualidade, teria problemas para trabalhar, estudar e até alcançar uma graduação universitária. “Você acaba escondendo a si mesmo. Você se nega até o momento que não aguenta mais. Eu me transformava na noite para me prostituir, mas decidi mudar e meti a cara”, revela. “Hoje o meu relacionamento com minha família é melhor. Fiquei muito tempo afastada. É um processo de reaproximação que se constroi diariamente”, conta. A marcha que se tornou um símbolo da luta dos LGBTTT, a “Parada Gay”, aconteceu em Belém no mês de setembro ela reforça a importância de garantir os direitos iguais, independente da orientação sexual, a todos. Serviço: Delegacia de Combate a Crimes Homofóbicos/ Delegacia de Crimes Discriminatórios / DIOE Trav. Avertano Rocha, esq. Av. Padre Eutíquio. (91) 3212-3626. E-mail: dccd@policiacivil.pa.gov.br Disque Denúncia 181.

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por Timoteo Lopes foto Renato Chalu e Camila Lima

Terruá: made in Pará. A música feita no Pará vira “febre” no Brasil e atrai olhares da crítica para a produção das sonoridades paraenses. Terruá 2012 leva a diversidade de estilos musicais do Pará à terra da garoa. “Terruá é música brasileira feita no Pará!” É assim que um dos mais respeitados produtores musicais paraenses – e responsável por lançar a lambada ao Brasil com a banda Warilou – define a turnê musical que leva em outubro a São Paulo, mais de 20 artistas paraenses para “fazer barulho em terra alheia”. Manoel Cordeiro sobe aos palcos ao lado do filho, conhecido como o novo astro do kitsch pop culture (brega cult), Felipe Cordeiro. O guitarrista e cantor inovou a música popular brasileira ao misturar carimbó, lambada, rock e música eletrônica em suas composições, e agradou a crítica. No Terruá, o encontro de gerações revela toda a diversidade da música paraense que só agora o Brasil começa a conhecer em todas as suas sonoridades. “No Pará, a gente encontra uma diversidade muito grande. Mas, pensando em Terruá a gente tem que pensar

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em uma unidade também. Então, no espetáculo, nós procuramos fazer com que todos os artistas olhem uns pros outros e reconheçam o que há deles uns nos outros. A música paraense é muito rica e está começando a se comunicar com o resto do país. O Terruá é responsável por isso,” explica Carlos Henrique Miranda, um dos diretores artísticos e musical do show. Em 2011, o Terruá foi indicado ao 7° Prêmio Bravo! Bradesco Prime, um dos mais importantes da cultura brasileira, e reconhecido pela crítica como um dos melhores festivais nacionais da música popular. Dona Onete, Gang do Eletro, Lia Sophia, Almirzinho Gabriel, Sebastião Tapajós, Luê Soares, Paulo André Barata, Nilson Chaves, Solano, Mestres da Guitarrada, Uirapuru, Orquestra de Chellos da Amazônia, Toni Soares, Metaleiras da Amazônia, Edilson Moreno e


Felipe Cordeiro

Sebastião Tapajós

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a já consagrada Gaby Amarantos marcam presença no Terruá 2012, que reúne artistas das duas edições anteriores do projeto (2006/2011) para o lançamento dos cd’s e dvd’s dos shows. Para Cyz Zamorano, a música paraense começa a se tornar, de fato, sucesso nacional pela característica única de cada artista da terra. “O Terruá mostra a cara de todos os ritmos que deixam rica a música do Estado, num espetáculo que reúne o folclore paraense com o brega, a música eletrônica, a MPB, e a tradicional guitarrada, entre outros estilos, tudo pela música, preservando a característica e a personalidade de cada artista”, afirma a também diretora artística e musical do show. A estreia do Terruá 2012 aconteceu em Belém, em um dos mais importantes e imponentes símbolos da cultura paraense: o Teatro da Paz. Com bilheteria esgotada, em cinco dias de apresentações, o público pode assistir a um concerto que misturou o erudito e o popular em 3 horas de espetáculo. “O Terruá é um show com excelência na produção, artistas de altíssimo nível e de várias sonoridades, levando parte do que é produzido aqui. Isso encanta qualquer plateia, não importa que seja um crítico ou só um apaixonado por música. Nossa intenção é celebrar essa música brasileira feita no Pará”, explica Adelaide Oliveira, presidente da Rede Cultura de Comunicação. O Terruá é um projeto de difusão e circulação da música paraense realizado pela Rede Cultura

de Comunicação em parceria com a Secretaria de Comunicação do Governo do Pará. “Nosso intuito é mostrar ao Brasil e ao mundo todas as potencialidades da nossa música”, garante Ney Messias, secretário de Estado de Comunicação. “O Terruá é fruto da dedicação de uma equipe. São muitas pessoas envolvidas, o que exige muito ensaio. Foi preciso mais de um ano e meio de trabalho direto pro show de 2012 acontecer”, explica Miranda que conversou com a equipe da Alvo, num rápido intervalo na passagem de som no estúdio Edgar Proença, da Rádio Cultura. No total, cerca de 60 músicos participam do festival. A banda base que acompanha os artistas é formada por Luiz Félix Robatto, Pio Lobato e Davi Amorim (guitarra), Adriano Sousa, Vovô e Edvaldo Cavalcante (bateria), MG Calibre (baixo), Esdras Souza (saxofone e flauta transversal), Jade Guilhon (violino e bandolim), Edgar Matos (teclado) e Trio Manari (percussão). Para a cantora Gaby Amarantos, “o mais bacana do Terruá é que ele contempla todos os estilos musicais. Toda essa diversidade paraense que tanto se fala: do erudito ao popular”, afirma a diva do tecnobrega. “O Terruá faz a música paraense circular e atrai cada vez mais os olhares pra nós”, ressalta Adelaide Oliveira. A marca registrada da música brasileira “made in” Pará pode ser conferida nos dias 05, 06 e 07 de outubro, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Para saber mais é só acessar: www.terrupara.com.br

Você sabia? Terroir é uma palavra de origem francesa. Ela se refere a tudo aquilo que é característico e típico de uma determinada região, ou seja, o que é da “terra”. No Pará, “terroir” se tornou terruá e virou sinônimo da originalidade e pluralidade da música paraense. Afinal, tem algo mais único do que a sonoridade papá-chibe? Acesse o canal de vídeos do Terruá no YouTube: www.youtube.com/terruapara2012

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Suplementos nutricionais: benefícios e riscos.

A

disseminação da suplementação nutricional nos últimos anos é crescente, embora ainda seja vista e preconizada por profissionais da área como um recurso direcionado para atletas de alto rendimento e que podemos encontrar perfeitamente todos os nutrientes necessários com uma alimentação saudável, o que não é verdade. Dependendo do objetivo e a intensidade de treinamento de cada um, nem sempre uma boa alimentação supre as necessidades calóricas e energéticas, seja ela de vitaminas, minerais, proteínas ou gordura. Prova disso, é que alguns hospitais utilizam o aminoácido Glutamina para pacientes do setor de queimados para ajudar na recuperação clínica. Especialistas em cirurgias de redução do estômago utilizam os suplementos nutricionais para suprir as necessidades na fase de readaptação pós-cirurgia. As vitaminas e minerais são substâncias imprescindíveis para a manutenção de diversas funções do organismo, dentre elas o bom funcionamento do sistema imunológico, metabolismo dos alimentos, atividade antioxidante, entre outros. Já para quem busca resultados estéticos, suplementos protéicos como o Whey Protein são indicados para póstreino ou ainda complementar refeições com pouco teor protéico. Lembrando que as proteínas estão relacionadas diretamente na construção muscular, com o benefício de ser pobre em gorduras e alta concentração de aminoácidos essencias. Uma grande fatia da população busca nos suplementos uma forma de reduzir a gordura corporal, por meio do aumento do metabolismo, que é a capacidade do corpo de queimar calorias. Para isso os termogênicos ou fatburns são utilizados para tornar o metabolismo mais eficiente. Nesse embalo surgiu recentemente o famoso “JACK 3D” que é um pré-treino, ou seja, toma-se antes

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do treino para gerar energia, disposição, vasodilatação para absorção melhor dos nutrientes, força e acelera o processo de recuperação muscular. Virou febre pela sua eficiência no emagrecimento e “pilha” para treinos mais intensos. Ou seja, tudo o que muitos buscam: resultados rápidos e fáceis. Afinal de contas, as pessoas não querem emagrecer, elas querem ser emagrecidas. Pela sua fórmula é evidente que suplemento fornece energia e disposição a mais, porém, muitos “queimadores”, inclusive o “JACK” não são liberados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não possui rótulo em português, não se enquadra em nenhuma categoria de alimentos, além de ser considerado doping pela World Anti-Doping Agency (WADA) - Agência Mundial Anti-Doping proíbe o uso da substância 1,3-Dimethylamine, contida no suplemento. Por esses motivos não tem autorizada sua venda no Brasil. Ou seja, só é evidenciado os benefícios e mascarado os efeitos colaterais como: diarreia, náuseas, cefaléia, insônia, irritabilidade, tonturas, vertigens, acidente vascular cerebral (AVC), aumento da frequência cardíaca, amnésia, alucinações, e outros. Algumas substâncias contidas no suplemento atuam no Sistema Nervoso Central e por isso podem causar dependência. Sendo assim, vale salientar que suplementos nutricionais quando utilizados de forma sensata e inteligente são capazes de colaborar com o aumento da performance. O que é intolerável são pessoas ignorantes se tornarem reféns de empresas que movimentam fortunas para promover certos produtos sem o menor compromisso com a saúde. Resultados realmente eficientes são construídos através de mudança de hábitos. Diferente disso, teremos apenas frustrações e riscos. Invista primeiro em orientação profissional ao entrar em um oceano desconhecido.


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Roberto Carlos, o da bola, anunciou sua aposentadoria afirmando que gostaria de jogar a derradeira contra o Real Madri. Considerando não ser raro encontrar quem sequer soubesse que o jogador ainda não havia pendurado as chuteiras, os maldosos de plantão já sugeriram que a trilha sonora da despedida deveria ser do outro Roberto, o Rei: “Calhambeque”. Faz sentido.

Outra coisa que chamou atenção nas Olimpíadas de Londres 2012 foi o elevado número de cadeiras vazias nas arquibancadas. Pensando em como reverter isso, a organização do evento contratou dançarinas em trajes sumários para, digamos, esquentar a torcida nos intervalos das partidas. A julgar pela imagem, funcionou.

Um telejornal descreveu com precisão como é o processo de julgamento dos mensaleiros, meros 7 anos após o início das denúncias. Dentre os procedimentos, o que mais chama atenção é a leitura, na íntegra, dos autos do processo, que duraria aproximadamente 5 horas. É por essas e por outras que os observadores torcem pela adoção das práticas do Oriente Médio, sem ler nada, aqui por estas bandas. Ou seja: roubou, perde as mãos. Estuprou...

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Aproveitando a temática esportiva, o leitor não viu, mas competições paralelas de premiação duvidosa mostraram quanto até as olimpíadas podem ter um lado “B”. As coxas, se é que se pode chamar assim, da foto são de Andre Greipel e Robert Förstemann, este campeão de ciclismo e ganhador da modalidade “maior coxa dos jogos olímpicos”. Impossível não reparar que o que abunda nas pernas, falta em outros lugares...

Pesquisadores da Vallanova University in Pennsylvania, nos Estados Unidos, descobriram que os internautas norteamericanos fazem mais buscas por sexo na web no inverno e início do verão. Várias hipóteses foram levantadas para isso, mas o que importa mesmo é que americano adora desperdiçar tempo tentando descobrir os hábitos dos mãos-peludas.

Talvez escaldados pelo Orkut, usuários do Facebook estão declarando em massa que, nessas eleições, candidato atrevido que marcar sem autorização vai ser excluído, bloqueado e denunciado. Nada mais justo, já que os perfis são pessoais. Sorte do candidato inteligente (ou bem assessorado. Ou os dois) que encontrar o caminho do diálogo nas mídias sociais. Só não custa lembrar que, depois do Obama, ninguém mais conseguiu.


Esportes Náuticos Águas são fontes de inspiração para atletas no Estado

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m poucos lugares no Brasil é possível desfrutar da natureza de maneira tão plena como no Pará. As águas da região são fontes de inspiração para diversos artistas... e atletas. Repleto de rios, ilhas e igarapés, o Estado tem um grande potencial para o desenvolvimento de desportos náuticos. As opções vão desde passeios em família até a prática de esportes radicais. Ecologicamente corretas, essas modalidades ganham cada dia mais adeptos, que buscam um estilo de vida mais saudável, possibilidades de lazer próximas à Região Metropolitana de Belém ou mesmo preparação para competições de alto rendimento. A falta de espaços públicos de acesso ao rio, no entanto, é um dos principais problemas enfrentados pelos amantes das atividades náuticas. É o que informa o coordenador da Associação Náutica Marina de Belém, Afrânio Colares. Fundada há cerca de dez anos, a Associação surgiu com o objetivo de difundir a vela no Estado e conquistar uma marina pública. A promoção do esporte, segundo Afrânio, vem correndo de vento em popa. Hoje a Associação promove uma média de cinco regatas por ano, ministra cursos teóricos e práticos de navegação, apresenta palestras em auditórios, escolas e tem projetos de criação de uma escolinha de vela para crianças de baixa renda.

por Bianca Leão foto Aislan de Paula

Porém, a marina pública ainda parece um sonho distante. A Associação estima que hoje há cerca de dez marinas na Região Metropolitana de Belém. Para Afrânio, esse número é insuficiente, uma vez que a demanda é crescente. “As marinas que abriram nos últimos tempos tiveram suas vagas rapidamente esgotadas”, diz. Remo Outro problema enfrentado pelos praticantes de esportes náuticos é a falta de incentivos do Governo. Com quase 30 anos de experiência em remo, Luizomar Costa hoje é presidente da Federação Paraense de Remo. De acordo com ele, é necessário investir em espaços de treinamento e de competição. Grandes partes dos lugares disponíveis atualmente são de águas inconstantes e não apresentam segurança devido ao intenso tráfego de embarcações. Luizomar acredita que os lagos Bolonha e Água Preta, no Parque Ambiental do Utinga, seriam ideais para a criação de uma raia olímpica. Segundo o presidente da Federação, o local teria potencial para ser um centro de treinamento até para os atletas que irão disputar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro de 2016. A opinião é compartilhada pelo atleta Gustavo Brasil.

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Afrânio Colares Associação Náutica Marina de Belém

Valdemir Apolinário Júnior Empresário

Praticante de remo há mais de 20 anos, ele ressalta que o esporte é o único que, desde 2010, consegue reunir os clubes do Remo e Paysandu em uma mesma equipe. Em abril desse ano, no Sulamericano de Remo realizado na cidade de Mercedes, no Uruguai, os dois clubes competiram juntos em algumas provas e conquistaram mais de 10 medalhas de ouro na categoria Master. Negócios A exploração das atividades náuticas gera diversas possibilidades de emprego e renda, além de ser um forte fator de atração turística. De acordo com o diretor de projetos e empresário Valdemir Apolinário Júnior, que atua no ramo náutico desde 2005, o Pará tem características naturais favoráveis ao setor náutico que o diferencia dos demais estados brasileiros. “Nosso estado é muito privilegiado em recursos naturais. Podemos navegar no rio ou no mar, sem falar no lago da Usina Hidroelétrica de Tucuruí. Potencial que não vejo em nenhum outro estado brasileiro. Podemos utilizar nossas águas para transporte, lazer, turismo, esporte ou pesca”, afirma. O empresário iniciou o negócio com a fabricação de caiaques em fibra de vidro para turismo e competição. Hoje, ele atua também na fabricação de lanchas em alumínio e fibra, venda motores de popa, peças e acessórios. Para ele, o setor náutico passa por

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um momento de expansão, com possibilidade de crescimento desde a área de fabricação de embarcações até a de serviços de reparos, bem como a venda de acessórios e produtos. “Mas para isso os empresários do setor têm que investir em qualidade e tecnologia, tanto nos produtos quanto nos serviços prestados”, alega. Segurança A Norma da Autoridade Marítima, ou NORMAM 03, foi criada para garantir a segurança na navegação. Desde 2003, ela regulamenta amadores, embarcações de esporte ou recreio, além de estabelecer regras para cadastramento e funcionamento de Marinas, Clubes e Entidades Desportivas Náuticas. Em julho desse ano, entraram em vigor alterações na NORMAN 03. Passou a ser necessária, além da tradicional prova teórica, a comprovação de horas de aulas práticas para a emissão das Carteiras de Habilitação para Amadores (CHA) e motonautas. De acordo com Afrânio Colares, é possível que a Norma seja alterada novamente, já que há um projeto de lei para a exigência também de uma prova prática. Para ele, as mudanças são fundamentais para reduzir os índices de acidentes nos rios. Ele enfatiza, todavia, que é preciso pensar em medidas educativas que levem em consideração o grande índice de analfabetismo entre os ribeirinhos na região amazônica.


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Extintor, pra que te quero? Sistemas de prevenção contra incêndio garantem mais segurança aos condomínios O Corpo de Bombeiros trabalha desde 1983 na fiscalização de sistemas contra incêndio em condomínios. No Pará, a Lei nº 5.088 prevê a implantação do sistema de segurança preventivo, um trabalho que antecipa a ação do Corpo de Bombeiros. “Essas regras visam minimizar as ocorrências nos casos de incêndio e acidentes. O serviço foi aprimorado ao longo dos anos e hoje temos um decreto de 2007, que regulamenta esse serviço de segurança”, conta o Tenente Coronel Daniel Rosa, da Diretoria de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros do Pará. Além do decreto, os bombeiros trabalham a partir de normas firmadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece requisitos técnicos e procedimentos, como por exemplo, uma saída de emergência de um prédio. “De todos os tipos de classificações, entre prédio comercial, industrial, escritórios, hospitalares, prédios públicos, escolas, esportivos, entre outros, cada ocupação está identificada para a exigência ou não dos sistemas preventivos de incêndio”, ressalta. Os Bombeiros não possuem a obrigação de fiscalizar e orientar, estas normas de prevenção à incêndios, quando for uma ocupação unifamiliar, residencial vertical ou horizontal.

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por Liandro Brito foto Aislan de Paula

“Quem mora em casa não tem obrigação de ter um extintor, mas tem a necessidade. E a grande quantidade de incêndios acontece nestes estabelecimentos”, afirma o Tenente. Ele conta que a casa unifamiliar é uma propriedade particular que não tem um controle jurídico. Casas de madeira são as construções com o maior índice de incêndios. “O fogo inicia em um imóvel e se estende rapidamente para as demais. E é onde não tem a obrigatoriedade do uso do extintor é que acontece com frequência esses casos”, completa. As fiscalizações dos bombeiros acontecem em duas situações: uma onde o proprietário do imóvel se antecipa e solicita fiscalização para o estabelecimento receber a documentação de funcionamento, de acordo com as normas de segurança preventiva de incêndio; ou através de denuncias. “Os Bombeiros recebem projetos e analisam a arquitetura do espaço quanto ao sistema preventivo que são todos os equipamentos que o decreto prevê como: extintores, escadas, mangueiras. Depois de vistoriado, os Bombeiros entregam o projeto para a pessoa construir a obra dentro das normas”, enfatiza o Tenente Coronel Daniel. Ele conta que é incomum encontrar estabelecimentos em totais condições. “O comum é encontrar irregularidades. A manutenção não é regular e isso deteriora os


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equipamentos. Nossas ações são corretivas e procuramos orientar a adequação necessária para que os equipamentos possam funcionar em segurança”, completa. A falta de manutenção nos equipamentos é outro grande problema encontrado pela corporação. “Há previsão de multa se descumprir uma norma por prazo dado ao vistoriado”, enfatiza. A jornalista Roberta Correa mora há quatro anos no 27º andar de um condomínio no bairro do Umarizal. “Eu sempre observo onde fica os equipamentos contra incêndio. Reparei logo que me mudei pra cá as posições da escada e o extintor, até porque moro em andar muito alto”, diz. Ela conta que percebe no andar onde mora muitas informações, como placas de sinalização para equipamentos e saídas de emergência. “Acho bem sinalizado o prédio onde moro. No hall do meu apartamento verifico uma mangueira de 15 metros, sensor de fumaça, dois extintores e sinalizações do pavimento, da saída de emergência e da porta corta-fogo, que dá acesso à escada pressurizada”, descreve. Para a comunicação entre os condôminos, o sindico do prédio onde ela mora distribui informativos nos elevadores e em quadros de aviso, além de criar um e-mail do prédio, onde são repassadas informações sobre fiscalizações, visitas técnicas e prazos de validade das inspeções. O uso de extintores O principal equipamento de segurança à prevenção de incêndio em um estabelecimento é o extintor. É o equipamento de maior agilidade, por ser móvel. O Tenente relembra um vazamento de gás em um prédio que foi contido por moradores e funcionários. “Chegamos para verificar e dar o suporte. No tempo de deslocamento os moradores já haviam resolvido o caso”, conta. O advogado Altino Teixeira, 28 anos, sempre morou em condomínios verticais e afirma sempre observar onde estão localizados os equipamentos de incêndio no andar onde mora, mas assume nunca ter buscado mais informações sobre o assunto. “Nunca precisei usar esses equipamentos, mas observo todos e sei que existem extintores próximos a minha porta do apartamento. Não consegui ver nenhuma mangueira ainda”, diz. Ele mora no sexto andar de um edifício localizado na Avenida Generalíssimo Deodoro. Bem diferente da jornalista Roberta, Altino afirma não ter recebido nenhuma informação do condomínio sobre normas de segurança contra incêndio em nenhum dos prédios que já morou. “Vejo placas

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Os incêndios são classificados em três classes básicas. São eles:

de sinalização apenas em cima do extintor mostrando para que tipo de fogo eles servem. Nunca recebi nenhuma instrução de uso, mas acredito que saberia usar. É só seguir com calma as instruções que estão no próprio equipamento”, aconselha.

Classe A - são materiais de fácil combustão e que deixam resíduos como tecidos, madeira, papel e fibras; Classe B - são considerados os inflamáveis e que queimam somente em sua superfície como óleo, graxas, vernizes, tintas e gasolina; Classe C - ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição e fios. Os extintores portáteis tipo “Dióxido de Carbono” são usados em incêndios classe B e C, e apaga o fogo por abafamento e resfriamento. O extintor tipo “Químico Seco” também pode ser usado nos incêndios das Classes B, incluindo a Classe C, e deve ser usado em cima das labaredas, para abafar o fogo. Nos incêndios Classe D, o ideal é usar o extintor tipo “Químico Seco”. O extintor tipo “Água Pressurizada”, ou “Água-Gás”, deve ser usado em fogos Classe A, e na base do fogo.

Repartições públicas em Belém são de papel.

Dicas para segurança preventiva de incêndios:

Em agosto de 2010, o prédio do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS localizado na Avenida Nazaré, foi tomado pelo fogo. Naquela época, o Corpo de Bombeiros informou à imprensa que os estragos poderiam ter sido menor ou de consequências físicas menos graves se um procedimento simples e básico tivesse sido adotado: se as portas “corta-fogo” estivessem todas fechadas. Este sistema se segurança de incêndio não deixa que o fogo e a fumaça se espalhem com facilidade. No momento do incêndio, os bombeiros identificaram que todas estavam abertas. A porta corta-fogo é feita de material que impede ou retarda a propagação do fogo e do calor de um ambiente a outro. Ela oferece duas condições de segurança: conter e impedir a propagação do fogo; e de oferecer um caminho de fuga para as pessoas e um fácil acesso aos bombeiros. Em um caso mais recente de repartição pública incendiada, está o prédio da Receita Federal e do Ministério da Fazenda, localizado na Avenida Presidente Vargas, que queimou por quase 10 horas. As chamas iniciaram por volta das 23h do domingo dia 26 de agosto e só foram controladas por cerca de 50 homens do Corpo de Bombeiros na manhã do dia seguinte. Uma sala do sétimo andar seria o foco do incêndio, mas as causas não foram esclarecidas. As chamas se alastraram rapidamente devido a quantidade de papel nas salas e do vento forte. Moradores do bairro informaram que a energia caiu diversas vezes durante a noite do domingo, o que pode ter provocado um curto circuito, mas as causas ainda serão confirmadas. Curto circuito também seria as causas do incêndio do prédio do INSS. Enquanto isso, nossos prédios públicos estão queimando. Acidentes ou falta de vistoria que garante a segurança contra incêndios?

• Em prédios residenciais, em reunião de condomínio, alertar aos moradores a não danificar os equipamentos. • Os moradores devem ser monitores dos equipamentos junto com o sindico, como recarga, validade e troca dos cilindros dos extintores. • Sempre conferir os equipamentos dentro da caixa do hidrante. • Com a colaboração de todos, a responsabilidade não fica apenas com o sindico. • Recarregar o equipamento e ficar atento, pois algumas empresas enganam o consumidor. • A cada cinco anos o cilindro do extintor deve ser avaliado.

Roberta Correa Jornalista

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Passo a Passo para o uso do extintor de incêndio: 1. Carregar o extintor sem apertar a alavanca e direcionando a mangueira. 2. Girar o pino de segurança para romper o lacre de plástico. 3. Mirar a mangueira para a base ou a labareda do fogo, de acordo com o tipo de material que está queimando e o extintor sendo usado. Dicas para o uso do extintor de incêndio: 1. Rompa o lacre apenas quando chegar próximo ao fogo. Se romper antes, no caminho, você acionar o extintor acidentalmente. 2. Apoie o extintor no chão e pressione a alavanca superior. A alavanca inferior é usada para transportar o equipamento. 3. No extintor químico, não toque no difusor. Você pode queimar a mão com o gás gelado.


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Condomínios aderem à coleta seletiva. Materiais recicláveis geram renda para catadores e garantem a preservação ao meio ambiente.

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elém produz todos os dias cerca de 900 toneladas de lixo, segundo a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan). Boa parte desse material é despejada no lixão do Aurá, que também recebe o lixo de Ananindeua e parte do de Marituba. A Sesan promove a coleta mecanizada de lixo domiciliar em 108 roteiros de coleta chegando a 95% dos domicílios de Belém. De acordo com Marcos Wilson, presidente da ONG Noolhar, pelo menos 60% de todo o lixo produzido diariamente na capital paraense poderia ser reciclado e, assim, se tornar economicamente rentável. “Quase tudo do que é despejado diariamente lixão do Aurá poderia ser reaproveitado. Em outras palavras: cada descarregamento significa dinheiro jogado fora e empregos que deixam de ser gerados”, sintetiza Marcos. Ele conta que sem uma seleção do material que está sendo jogado no lixo, tudo o que for reciclável e “rentável” para os catadores, por exemplo, se perde, pois estará comprometido pela decomposição de outros resíduos, como os orgânicos, que produzem o chorume. Com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010, os municípios brasileiros têm apenas dois anos para extinguir os seus lixões e construírem aterros sanitários. A partir de então, só poderão ser destinados para os aterros aquilo que não

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pode ser reciclado ou reutilizado. Para que isso aconteça, a população deve separar o lixo em sua residência e o poder público organizar a coleta seletiva. Enquanto isso, sem ação efetiva do poder público para a coleta seletiva, a população de Belém faz a sua parte separando em casa o seu lixo reciclável. Marcos diz que cada pessoa deve fazer a sua parte para colaborar com o meio ambiente e com a geração de empregos por meio do lixo, mas, para isso precisa se organizar e realizar a coleta seletiva. “Cada um deve separar na sua casa ou condomínio o lixo de acordo com o material; se for plástico, separe apenas plásticos; se for vidro, apenas vidro”, sugere. A partir daí o ideal é entregar o material para catadores, cooperativas ou até mesmo na ONG, que recebe a coleta seletiva de vários bairros da capital. Para a coordenadora da Noolhar, Patrícia Gonçalves, “Parece ser um alívio se desfazer do lixo”, porém não é bem assim. De acordo com ambos, o lixo é de responsabilidade de cada cidadão e precisa receber a destinação adequada, sem que se prejudique o meio ambiente. “É importante que o poder público incentive a população a conhecer mais as formas de destinação dos resíduos sólidos. Daí a gente se pergunta: É falta de política pública, ou é falta de vontade da população? Está na hora de agir e não apenas falar de um lado e


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escutar de outro”, acredita. Exemplos de boa vontade são dos moradores do condomínio Privilege Residence, localizado no bairro Batista Campos, em Belém. A ideia da coleta seletiva foi implantada pela gerencia e aceita por moradores de mais de 90 apartamentos. “Conheci o trabalho desenvolvido pela ONG e fiquei interessada em trazer para o nosso condomínio. Entrei em contato com eles e recebi várias informações de como implantar os trabalhos”, diz Camila Pio, sindica do condomínio. O trabalho foi de conscientização com cada morador, distribuindo pelos condomínios avisos sobre a coleta e conversando pessoalmente com cada um. “A adesão foi imensa. Todos aprovaram a ideia e fazem a coleta corretamente. Alguns que ainda estão aprendendo e chegam a separar materiais recicláveis sujo de material orgânico”, comenta Camila. A moradora Concita Pedrinha tem a consciência e realiza a coleta seletiva em casa. “Vou à praça aqui em frente e vejo toda aquela sujeira. Fico feliz em fazer a minha parte pela preservação ao meio ambiente. Isso é um gesto de amor ao próximo”, comentou. Para o seu esposo, o médico Fernando Pedrinha, o trabalho deve ser ampliado e desenvolvido em mais condomínios. “Todos devemos ter essa consciência de preservar a natureza e sermos responsáveis pelo lixo que produzimos. Essa iniciativa é ótima e sempre ensino aos que vão em casa”, completa. A admnistradora de condomínio, Ane Sena, relembra que o trabalho final é comando pela Cooperativa de Trabalhadores Profissionais do Aurá (COOTPA), que vai até o condomínio pelo menos uma vez por semana em um pequeno caminhão recolher todo o material. “Não é apenas preservando o meio ambiente, mas esse material reciclável também gera renda para os catadores”, diz. Jeferson Martins trabalha há dois anos na Cooperativa sustentando a sua família com o material coletado dos moradores do Privilege Residence de outros quatro condomínios. “Possuímos parceria com a NOOLHAR e quando algum condomínio se mostra interessado em fazer a coleta seletiva, a ONG entra em contato com a gente e incluímos o prédio na nossa rota de coleta”. Jeferson conta que já recolheu sete toneladas de material em 15 dias. “Tudo é vendido para uma empresa que compra o material para reciclar. O lucro é dividido pelos associados da Cooperativa e hoje contamos com 10 integrantes”, relata. Ele se diz feliz e satisfeito em trabalhar preservando o meio ambiente. “Faço isso pelos meus filhos, pelos seus filhos e pelo próximo para que eles tenham um ambiente melhor”, disse.

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Coleta seletiva em condomínios: dedicação de todos. Não é difícil fazer a coleta seletiva. Em um condomínio, a colaboração é bem maior devido a quantidade de moradores. Assim, o trabalho se efetiva com mais agilidade e praticidade. “O sindico e os moradores devem estar dispostos a implantar o projeto de coleta. Com isso, não há nenhum outro fator que cause barreiras. Depois é só verificar um local para instalar os resíduos, ou até mesmo colocar as lixeiras nos andares. São questões operacionais simples”, diz Patrícia Gonçalves. O ponto mais importante é a separação do lixo úmido e seco ainda dentro do apartamento do morador. “O seco deve ser levado para a reciclagem e o orgânico recolhido pela coleta normal diária. O material seco deve ser separado em um único saco, como papel, lata e plástico. Materiais mais pesados, como revista e jornal, devem ficar isolados para o saco não rasgar”, diz. No condomínio, há as reuniões com os moradores, uma oportunidade de dialogar e falar sobre a coleta seletiva e ensinar sobre o trabalho que inicia dentro de casa. “Primeiro, o condômino deve estar ciente e pronto para ouvir e se mobilizar. Geralmente, a iniciativa é de um morador que gostaria de fazer a coleta e ele mesmo fala com os vizinhos e outros moradores”, conta. Para Patrícia, um simples trabalho que também gera qualidade de vida para todos. “Uma vez que

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você faz a triagem do lixo orgânico que fica na frente do condomínio, onde catadores abrem o lixo e sujam as ruas. Do ponto de vista social, você está gerando renda para cooperativas de catadores e não deixando que esse material chegue até o lixão. Se você observar o trabalho do condomínio a longo prazo, a contribuição para a preservação do meio ambiente e geração de renda é infinita”, completa. Ela enfatiza que a Política Nacional de Resíduos Sólidos afirma que os codomínios tem a responsabilidade de destinar de forma correta o lixo reciclável que produz. A ONG disponibiliza material de divulgação e faz o contato com a cooperativa de catadores para coletar do condomínio.

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Minha vida é andar por esse país pra ver se um dia descanso feliz.

C

ansado de ser visto como uma carteira ambulante pelo empresariado dos balneários paraenses, resolvi passar minhas férias em outros estados. Transpirando originalidade, escolhi o Rio de Janeiro e São Paulo. Coloquei meus óculos escuros, uma mochila nas costas e rumei para o aeroporto me achando o último integrante solteiro da família real britânica. Percebi, na realidade, fazer parte da nova classe C, que compra passagem aérea na promoção e se comporta no aeroporto como se estivesse na fila do Beiradão. Sair de avião de Belém é um exercício em busca da identidade da região. Conforme o avião decola percebemos que a cidade na qual colocamos shoppings, prédios, e uma infinidade de construções tentando esconder a floresta e os rios é apenas um pequeno e presunçoso ponto de concreto se defenestrando no meio de uma imensidão de floresta e rios. Estamos no meio da selva sim! Cheguei ao Rio de Janeiro com olhos de turista e acreditando em tudo em que a Globo e o Arlindo Cruz me falaram. A caminho da hospedagem observava bestificado como a cidade é bonita e como os cariocas se orgulham disso. Fiquei hospedado na Zona Sul, particularmente em Copacabana, a meca dos turistas, dos aposentados e das prostitutas. Conforme o dia passava era possível perceber o porquê do encanto de algumas pessoas com o Rio, a cidade parecia estar sempre oscilando entre sexta e domingo. Você pode andar pelas ruas durante as 24 horas do dia e vai sempre encontrar alguém com roupa de ginástica passeando com o cachorro, ou na praia como se fosse sempre fim de semana. Nunca vi tantas mulheres bonitas em um só lugar, mas elas são absurdamente altivas, como se falar ‘irado’ ou ‘caraca’ fossem grifes. As moças cariocas me ignoravam como se eu fosse uma propaganda do Youtube. Nos primeiros dias eu olhava e pedia cada uma mentalmente em casamento, nos últimos dias eu já chorava por dentro e implorava uma moça com make-up de pupunha para poder pedir arrego. Cumpri todo o protocolo de turista: aprendi o portunhol de Búzios, vi o Cristo Redentor brincar de se esconder no meio da neblina depois de quase desfalecer subindo escadas, dentre uma série de outras coisas que me fizeram perceber o quanto tratam o turista como idiota e como o próprio faz questão de se comportar como tal. Cansado da sensação de estar em uma novela da

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Globo bancando o figurante, segui para São Paulo. É interessante como cidades tão próximas tem ritmos totalmente diferentes. Enquanto o Rio exala um clima de “não esquenta, segunda a gente resolve isso”, São Paulo preza pela correria. A impressão que tenho de São Paulo por conta do sotaque é de todos trabalharem em shopping ou em telemarketing, e como gostam de correr. Por onde você olha tem gente correndo, os paulistanos parecem viver em uma eterna São Silvestre. A maior e mais barata diversão para o paraense em São Paulo é andar de metrô, de resto a cidade é cara nos seus prazeres e arrebenta com qualquer cartão de crédito, mas não assusta nenhum frequentador da orla de Salinas ou Marudá. Os preços são quase os mesmos e o atendimento e qualidade bem melhores. Vivemos hoje em uma das cidades mais estressantes do país, o custo de vida é muito alto, a qualidade de vida péssima e não podemos usar jaqueta. Vivemos com medo da violência generalizada socialmente e geograficamente, nos isolando dentro de espaços refrigerados e cercados por grades para nos divertirmos, diferentemente da maioria das outras cidades do Brasil que possuem parques e outras áreas de lazer a céu aberto. Essa sensação agravada pela grande concorrência no mercado de trabalho e baixa remuneração de Belém tem enviado boa parte dos nossos conterrâneos país afora, hoje é impossível caminhar nas duas das maiores cidades do Brasil sem esbarrar em um paraense. Aliás, fugir de paraense é um dos esportes mais praticados por quem está de férias fora do estado, o próprio nativo do Pará sente uma necessidade absurda de falar suas origens, e procura encaixá-las no assunto. Tanto no Rio como em Sampa percebi um amor e respeito pelas cidades imperceptível em Belém. A impressão que se tem é do belenense viver fisicamente aqui, mas psicologicamente em alguma outra grande capital. O resultado é o atual estado da cidade: marcada pelo descaso dos governantes, fruto do desinteresse de quem os elegeu. Passados os quatorze dias eu já sentia saudade do calor, de esconder o celular quando ando nas ruas e até do treme-treme paraense, mal esperava a hora de estar novamente nesse pequeno coração de concreto que insiste em pulsar na imensidão de rios e da floresta amazônica. Não sei até quando a saudade vai durar.


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um pequeno milagre.

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Apresentamos Thais, Jairo e claro a Gaia, um pequeno milagre na vida do jovem casal. Na hora do parto, Thais descobriu um grave problema de saúde, depois de muita luta e uma dose exagerada de fé conseguiu superá-lo, com o apoio incondicional da família. Então, Gaia veio no momento certo e graças a ela podemos celebrar a vida e desfrutar dessas lindas imagens.

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Paraísos fiscais, offshores e o Brasil muito bem ranqueado.

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ão é só no Brasil que os sistemas são criados e mantidos para fraudar. Se aqui parece ser uma regra, sem regras para regular, nos países onde a corrupção também não se faz de rogada a estória não é diferente. Com a assessoria de um contador, de um advogado relativamente bem relacionado e um administrador ‘laranja’ é possível abrir-se uma rentável lavanderia nos muitos paraísos fiscais espalhados pelo mundo, as chamadas offshores. Sendo uma personalidade pública, bem relacionada e com rentável movimentação, certamente os bancos privados podem participar do processo com grande know-how de mercado. Os poderes corruptos e corrompidos, os detentores do capital e o crime em sentido amplo, multiplicam seus ganhos, limpam suas imundices sem que o país de origem nada tenha o que fazer judicialmente. Empresas e contas bancárias offshores, em regra, são abertas em países de legislação de origem inglesa, onde há uma relação entre o oculto proprietário e o administrador (Trustee), onde esse mantém uma conta em benefício do outro. O nome do proprietário nem mesmo os offshores possuem, o sigilo é total, por isso a dificuldade do poder judiciário dos países de origem em determinar a titularidade do sonegador/criminoso. Os paraísos fiscais são uma espécie de territórios isolados de regulação própria, de vida autônoma. Solenemente ignoram as normas de direito internacional que procuram coibir os fenômenos da lavagem de dinheiro e da sonegação, acabam por ter seus funcionamentos tolerados pelas instituições financeiras mundiais (FMI, Banco Mundial, BIS), que deveriam regular e combater tais práticas. Hoje, pós-crise norte-americana e em meio à crise europeia, que se tornou mundial, o mundo ameaça entrar em colapso financeiro. Países economicamente debilitados na Europa, que por décadas foram geridos de forma incompetente e economicamente não sustentável colocam o mundo na berlinda e a Zona do Euro em cheque. A verdade é que, metade da Europa está quebrada, sem ativos circulantes e de pires na mão para as potências que ainda sustentam-se pelas próprias pernas sabe-se lá até quando. A Grécia, o primeiro a notoriamente quebrar na Zona do Euro, onde o fluxo de dinheiro evadido para offshores de paraísos fiscais é espantoso, poderia solver grande parte de suas dívidas se esse dinheiro circulasse por lá e tivesse sofrido tributação. Poderia ter mantido os serviços públicos e erradicado a pobreza, tamanho o

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montante desviado. Nesse momento o mundo deve estar acordando que o crime compensa poucos e penaliza o todo. A solução para crise mundial estaria nas offshores? Calcula-se que o valor real escondido em paraísos fiscais pode chegar a surpreendente monta de 32 trilhões de dólares. China é a locomotiva, seguida pela Rússia, Coréia do Sul e Brasil. Nem no ranking da FIFA estamos tão bem colocados, vale lembrar. Interessante notar, China e Rússia são países de origem socialista, e estão em processo de abertura. A Coréia do Sul, embora democrática e americanizada, vive sob um barril de pólvora. A sua irmã Coréia do Norte, o país mais socialista e fechado do mundo, faz fronteira com China e Rússia, e está pronta para implodir com uma população que morre de fome. A influência que sofre a Coréia do Sul é inelutável e a insegurança em manter por lá o capital investido uma realidade. Ah, e nosso Brasil, que tanto nos orgulha? Dessa vez fora do pódio, mas com uma gloriosa colocação entre os países que mais comete crimes financeiros no mundo. Qual a explicação para o nosso “impostômetro” estar batendo recordes de arrecadação? Simples, o pobre e a classe média não sonegam, e consistem nas duas esmagadoras maiorias que sofrem tributação, com efeito, quase confiscatório. Ocupamos a nobre 4ª colocação, pois os detentores de poder e do capital declaram em seus impostos de renda (IR) quantias pífias, que não somam 10% dos seus reais patrimônios, enquanto que os outros 90% colaboram para nossa expressiva colocação. Aqui o crime está inserido no sistema de poder, um lava a mão do outro para que possam, ao final, já sem “merdas” visíveis nas mãos, cumprimentarem-se. Políticos declaram valores surreais ao IR, enquanto as contas e empresas de offshores nos mantém nesta colocação. Governos que praticam o eleitoreiro “slogan: combate pela erradicação da pobreza” em seus países, que retiram verbas da educação, da segurança e da saúde para distribuir aos seus eleitores através de políticas populistas, poderiam estar gerindo um país socialmente e financeiramente sustentável, não fossem alguns dos verdadeiros proprietários anônimos e beneficiários das offshores localizadas em paraísos fiscais. Há sem dúvida uma verdadeira confusão de interesses, onde o público é pisoteado pelo privado. “Nunca antes na história destepaiz” se viu tantas inversões de valores e prioridades a partir de um comprado e ignorante consenso popular.


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