Revista AGORA #02- Outubro a Dezembro 2023

O IMPACTO SOCIAL E ESG EM REVISTA

AGORA Edição n.2 | Outubro-Dezembro 2023

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ESPECIAL

1. Gustavo Fuga 2. Gustavo Luz 3.Chef Bê Paiva 4.Matheus Cardoso 5.Lina Maria Useche Kempf 6.Juliana de Paula 7.Jair Resende 8.Cloves Carvalho 9.Bruno Mahfuz

O FORTALECIMENTO DO ECOSSISTEMA DE IMPACTO

A Voz do Publisher

N

ossa Reportagem de Capa coloca suas aguçadas lentes sobre o tema do fortalecimento e desenvolvimento do ecossistema de impacto brasileiro. Trazemos, com a curadoria da Revista Agora, uma seleção exemplar em conteúdo, inteligência e dinamismo de Entrevistas Exclusivas. Nelas, traçamos um rico e diverso painel do olhar de investidores sociais privados e de empreendedores sociais sobre a atual natureza de sua relação. Transformações em curso e a evolução de um modelo de pensamento pautam esta essencial conversa.

Um pensamento que sobressai deste painel é a importância de o investidor social privado olhar não apenas para as causas, mas para o próprio fortalecimento do setor. E isso se dá através do investimento no desenvolvimento e profissionalização dos empreendedores sociais e suas organizações. Melhorando sua gestão, a equipe profissional envolvida e a sustentabilidade do negócio, o empreendedor poderá inovar e trazer soluções cada vez mais ágeis, funcionais e com alto potencial de impacto.

Não posso deixar de concordar com esta rica visão trazida por nosso acurado grupo de entrevistados. Como investidor social, há mais de uma década invisto em vários projetos, com este mesmo propósito: desenvolver o empreendedor, e assim o ecossistema.

Faço isso muitas vezes como investidor pessoa física, mostrando que é possível à sociedade como um todo se envolver. E, através da Ago Social, que comemora 2 anos de uma brilhante trajetória em reportagem desta

edição, invisto no empreendedorismo social como pessoa jurídica.

O papel-chave da Ago, desde antes de sua formatação por mim e por meu sócio e CEO Alexandre Amorim, é o desenvolvimento do setor através da educação para o empreendedorismo social, para a profissionalização e sustentabilidade das organizações. Setores fortes têm fundamentos firmes. E isso só ocorre com apoio, confiança e gestão fortalecida. Vamos à nova era, da reciprocidade!

Parabéns à Ago pelos 2 anos, celebremos o empreendedorismo e o impacto!

Ecoe sua voz!

Alexandre Barbosa (o Alex) Publisher Cofundador Ago Social a.barbosa@agosocial.com.br

Foto: Gus Benke

Investir no empreendedor é investir no futuro

Um pensamento que sobressai deste painel é a importância de o investidor social privado olhar não apenas para as causas, mas para o próprio fortalecimento do setor.

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Foto: Gus Benke

Editorial

Brasil e o fortalecimento

DO ECOSSISTEMA DE IMPACTO: A POTÊNCIA DA CONFIANÇA Colcha de retalhos. Ao falar sobre a relação entre investidores sociais privados e empreendedores sociais, tema de nossa muito especial Reportagem de Capa desta Revista Agora n. 2, a empreendedora Lina Useche, fundadora da Aliança Empreendedora, utiliza esta imagem, a partir dos princípios do Effectuation. Dentro desta corrente, a colcha de retalhos é a raiz da parceria.

“A arte de fazer parcerias é compreender do que o potencial parceiro precisa para que vocês se tornem parceiros”, salienta ela em uma das 09 Entrevistas Exclusivas que compõem a série de olhares sobre o tema Desenvolvimento do Ecossistema de Impacto no Brasil, que dá o tom de nossa Capa.

A partir da visão de investidores privados e empreendedores sociais convidados criteriosamente para esta reportagem, a construção de uma relação de equilíbrio entre investidores e empreendedores vêm à tona. Não é utopia. Já começa a ser realidade, e é não apenas real, mas uma necessidade.

“Meu projeto é de, na medida em que possa atrair investimentos para expansão, que possa ampliar o impacto de meu negócio”, revela sobre os rumos para a TupiOcas Brasil Gourmet o inspirador chef Bê Paiva, LGBTQIAP+, afroindígena de origem nordestina, residente em São Paulo, brasileiro.

Já Gustavo Fuga, CEO e fundador da vc_tb (antiga 4You2), é certeiro em sua percepção: "O investimento social é um recurso de disrupção”. Bruno Mahfuz, do Guiaderodas, chama atenção para o envolvimento da sociedade: “A única forma de fomentar negócios de impacto é promover a conscientização da

sociedade”. E o empreendedor Matheus Cardoso, do Moradigna, assinala: “A parceria do investidor com negócios sociais é a estratégia para uma sociedade mais igualitária”.

Do lado do investidor social privado, nosso rico painel nesta ousada Reportagem de Capa traz a aguçada percepção de profissionais e corporações/instituições que são exemplos para o Brasil e o mundo. Temos a visão instigante e avançada de Cloves Carvalho, Instituto Votorantim; Gustavo Luz, Fundo Vale; Jair Resende, Fundação FEAC; Juliana de Paula, BTG Pactual.

Obrigada a todos por esta aula incomparável sobre os rumos da relação entre investidores e empreendedores sociais e a importância de investir também no desenvolvimento do ecossistema e dos empreendimentos. Muito mais na Reportagem de Capa, a partir da página 08.

Esta edição traz ainda mais destaques: homenagem aos professores que se dedicam à formação para o empreendedorismo e o impacto; a celebração do aniversário de 02 anos de férteis e precursoras atividades da Ago Social, pelas mãos dos fundadores, os “Alexandres da Ago”, e de um excepcional time de profissionais e parceiros; o Papo de Impacto com Ana Fontes e muitos outros insights e tendências para inspirar o ecossistema.

Repensar é uma chave desta edição, fica o convite para adotá-la em nosso cotidiano!

Uma ótima leitura!

Camila Gino Editora-Chefe

Expediente REVISTA AGORA ED. 2 | Out.-Dez. 2023.

Veículo de comunicação produzido e editado pela Ago Social.

Fundadores: Alexandre Barbosa | a.barbosa@agosocial.com.br Alexandre Amorim | a.amorim@agosocial.com.br

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Coordenação e Projeto Editorial: Editora-Chefe: Camila Gino (DRT/PR 3768) Redação: Camila Gino e Time AGO Revisão: Camila Gino

Articulistas convidados: Carlos Ebner; Fernanda Andreazza; Guilherme Mattoso

Impressão: Maxi Gráfica

Projeto Gráfico, diagramação e capa: @gianapundek

As opiniões emitidas nesta publicação são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da Ago Social.

Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia.

Fotos da Capa: Fotos Capa: Divulgação; Bruna Tassis (Gustavo Luz); Celso Doni (Matheus Cardoso); Stiebler & Bucciarelli (Bruno Mahfuz); TupiOcas Brasil Gourmet (Chef Bê Paiva)

Fale com a Redação: contato@agosocial.com.br

Ago Social

Sumário

Especial CAPA 08 • Capa - Exclusivo

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O fortalecimento do Ecossistema de Impacto no Brasil 2

10 • A Visão do Investidor Social Privado

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BTG Pactual, Fundação FEAC, Instituto Votorantim, Fundo Vale

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16 • A Visão do Empreendedor Social Aliança Empreendedora, Guiaderodas, Moradigna, TupiOcas, vc_tb

NESTA EDIÇÃO 03 • A Voz do Publisher

Investir no empreendedor é investir no futuro

04 • Editorial

A potência da confiança

06 • Foco na Tendência

08 • CAPA

Gustavo Fuga (1), Juliana de Paula (2), Gustavo Luz (3), Jair Resende (4), Chef Bê Paiva (5); Cloves Carvalho (6); Bruno Mahfuz (7); Matheus Cardoso (8); Lina Maria Useche Kempf (9): um amplo painel da visão de investidores e empreendedores sociais sobre o fortalecimento do ecossistema de impacto Capa - Fotos: Divulgação; Bruna Tassis; Celso Doni; Stiebler & Bucciarelli; TupiOcas Brasil Gourmet | Arte: Giana Pundek

Pacto Contra a Fome

24 • Painel Ago

Movimentos de impacto da Ago e do ecossistema

26 • O Mapa do Impacto

45 • Conferência Latimpacto

Conheça os alunos Ago e seus projetos pelo Brasil

Entrevista Greta Salvi: América Latina em conexão

28 • O Mapa do Impacto – Aprendizados

49 • Fala Social

Parcerias, sustentabilidade e inovação em pauta

Investidores e empreendedores sociais: reciprocidade

30 • Especial Dia dos Professores

50 • Agenda do Setor

15 de outubro: uma data para homenagear

Programe-se para os eventos do impacto

34 • 15º Festival ABCR

50 • Testemunhais

Presente e futuro da captação no Brasil

36 • Ecossistema em Movimento Lançamento: “Cidadania, A Fome das Fomes”

38 • Ago Social: 02 Anos

Desenvolvimento do ecossistema como missão

43 • Foco Estratégico

Foto: Divulgação ABCR

3o Setor e ESG

Especial PAPO DE IMPACTO 48 • Entrevista com Ana Fontes Empreendedorismo social é força de mudança

Gestores e agentes de mudança que integram a Comunidade Ago

Articulistas AGOra 37 • Gestão Fácil

Economia de Impacto: como ser real?

Por Fernanda Andreazza

44 • Conferência Latimpacto Impacto Social na América Latina Por Guilherme Mattoso

46 • Embaixador Ago

Inclusão e participação: chaves para avançar Por Carlos Ebner

Foco na Tendência | Pacto Contra a Fome

União para alimentar o bem MOVIMENTO “PACTO CONTRA A FOME” CONVIDA O BRASIL, DE INDIVÍDUOS A EMPRESAS E GOVERNOS, A TOMAR PARTE NO COMBATE À FOME E DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NO PAÍS

Foto: Gus Benke

Fabíola Melo, Articulista Time Ago

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Foto: Divulgação

pós ter conseguido sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas em 2014, o país voltou a fazer parte dessa triste estatística em 2022, com a retomada pela ONU da publicação do relatório, interrompida em 2015.

2030: Brasil sem fome

Os números que levaram a esse retrocesso apontam que 15,5% da população brasileira, ou seja, mais de 33 milhões de pessoas faziam apenas uma refeição diária ou passavam um dia ou mais sem Conforme dados publi- “Barrigas vazias e lixeiras ter nada para comer. cados em reportagem cheias: enquanto 33,1 Este é o contexto em que foi lançado, em maio originalmente do Jornal milhões de pessoas último, o Pacto Contra Nacional, reproduzidos passam fome no Brasil, a Fome. O movimento pelo G1 em julho do ano resulta da união de dipassado, pelos números o país desperdiça 8 ferentes setores da sodivulgados no relatóciedade e poder público vezes a quantidade para rio, “desde 2018, o país para combater a fome e está de volta ao Mapa alimentar quem não tem o desperdício de alimenda Fome”. Segundo extos no país. A meta é de o que comer.” plicações constantes da que, em 2030, não haja Fonte: Extraído de: pactocontrafome.org/ reportagem, “um país nenhuma pessoa com entra no Mapa da Fome da FAO [Organiza- fome no Brasil. E de que, em 2040, toda a ção das Nações Unidas para a Alimentação e população esteja bem alimentada. a Agricultura] quando mais de 2,5% da popu- “Não podemos nos conformar que tantos lação enfrentam falta crônica de alimentos. E brasileiros continuem passando fome em a fome crônica no Brasil atingiu agora 4,1%”. 2023, com tantos saberes e tecnologias disponíveis. É incoerente, um dos maiores produtores e exportadores agrícolas no mundo ainda ter cidadãos passando fome e, ao mesmo tempo, desperdiçar alimentos desde o campo à mesa”, ressalta Geyze Diniz, cofundadora e presidente do Conselho do Pacto Contra a Fome.

Jessica Arndt e Renato Mathias (ao fundo), respectivamente, gestora de parcerias corporativas e gestor de projetos da Ago Social, em visita à sede do movimento Pacto Contra à Fome em São Paulo, recebidos pelo community manager e Relações Internacionais Alexandre Imanishi: união do país com objetivo de eliminar a fome da população brasileira até 2030

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Chegar aos resultados

Para promover as conexões necessárias, foi lançada uma plataforma digital, chamada HUB Pacto Contra a Fome. Outra forma de valorizar e estimular o engajamento foi a criação do prêmio Pacto Contra a Fome em cooperação com a FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A premiação homenageia destaques em iniciativas do Terceiro Setor que atuam no combate à fome, redução do desperdício de alimentos e promoção da segurança alimentar da população. O cadastro no HUB é feito pelo link: hub.pactocontrafome.org.

Pacto Contra Fome

MAPA DO DESPERDÍCIO

Segundo dados divulgados pelo site Pacto Contra a Fome, com base em informações do “Relatório Diagnóstico: Mapa da Fome e do Desperdício de Alimentos no Brasil 2022”*, a produção de alimentos do Brasil chega a cerca de 161 milhões de toneladas por ano. De outro lado, 55 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os anos**. Acompanhe aqui o chamado “Mapa do Desperdício”.

Mapa do desperdício Produtores e colheita

Pós colheita armazenamento e transporte

Cadeia de alimentos estimativa de 2020

Manufatura (alimentos processados)

Varejo alimentar

CEASAs | CEAGESP

Foodservice

(alimentos não processados)

Consumidor

Desperdício por etapa em %

31% 19% 21% 14% 13%

* Consultoria do Amanhã, Integration e União SP | https://desperdicioefome.org | ** Toma-se por referência de desperdício neste dado “todo aquele excedente perdido na produção, distribuição e consumo de alimentos de forma homogênea, sem distinguir o que é perda, quebra ou desperdício. | Fonte: https://pactocontrafome.org/entenda-os-dados

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Especial Capa – Fortalecimento do Ecossistema | Exclusivo

Mudança de Paradigma: do Ecossistema de EQUILÍBRIO, RESPEITO MÚTUO E CONFIANÇA – ESTES SÃO FUNDAMENTOS DE UMA NOVA FORMA DE PENSAR E VIVENCIAR O RELACIONAMENTO ENTRE INVESTIDORES E EMPREENDEDORES DE IMPACTO Por Camila Gino, Editora-Chefe com Alexandre Amorim, Fabíola Melo e Jessica Arndt, Articulistas Time Ago

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onfiança. Mais que um termo, esta é uma percepção aguçada de um caminho de mão-dupla a ser percorrido pelo ecossistema de impacto. Trata-se de uma percepção que se cristaliza na série de Entrevistas Exclusivas que você lê nas próximas páginas, ao longo desta Reportagem Especial de Capa, que realizamos com um grupo criteriosamente construído de investidores sociais privados e empreendedores sociais que são exemplos de ação e inovação.

A proposta: analisar o atual estágio da relação entre investidores e empreendedores sociais no Brasil.

Mais que vanguarda, o tema do desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema de impacto é uma necessidade. Não adianta investir apenas na causa, sem que organizações e empreendedores tenham condições de planejar os próximos passos e criar uma dinâmica autossustentável. Quem ganha com isso? O ecossistema, que sai fortalecido, desenvolvido e com maior potencial de perpetuidade e transformação.

Com a curadoria da Revista Agora, trazemos aqui a afiada e experiente visão, do lado do investidor social privado, de: Cloves Carvalho (Instituto Votorantim), Gustavo Luz (Fundo Vale); Jair Resende (Fundação FEAC); e Juliana de Paula (BTG Pactual).

Do lado do empreendedor social, temos o inovador e estratégico olhar de: Bruno Mahfuz (Guiaderodas); Chef Bê (TupiOcas Brasil Gourmet); Lina Useche (Aliança Empreendedora); Gustavo Fuga (vc_tb, antiga 4YOU2); e Matheus Cardoso (Moradigna).

Juntos, estes olhares constroem um painel amplo e muito avançado do atual estágio da relação entre investidores e empreendedores sociais no Brasil e dos caminhos a serem percorridos. Através de seus olhos, vemos a evolução de uma crucial mudança de mindset, de pensamento, em que uma visão colaborativa, de equilíbrio e interdependência de papéis se coloca como um caminho elementar para a amplificação do impacto. É um momento importante, talvez ainda não um ponto de virada, mas de um novo pensamento em evolução, em que quem mais ganhará será a sociedade.

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Gustavo Fuga (1), Juliana de Paula (2), Gustavo Luz (3), Jair Resende (4), Chef Bê Paiva (5); Cloves Carvalho (6); Bruno Mahfuz (7); Matheus Cardoso (8); Lina Maria Useche Kempf (9) Capa - Fotos: Divulgação; Bruna Tassis; Celso Doni; Stiebler & Bucciarelli; TupiOcas Brasil Gourmet | Arte: Giana Pundek

O Fortalecimento Impacto no Brasil Guia Prático: 8 passos para empreendedores de impacto terem sucesso O amplo e estratégico painel que trazemos nestas páginas, depurado das Entrevistas Exclusivas com investidores privados e empreendedores socioambientais, que você lê a seguir, nos oferece uma diretriz clara e dinâmica das etapas fundamentais para o empreendedor de impacto alcançar seu grande sonho: quanto mais cresce o empreendimento, maior será o impacto positivo alcançado.

1 ESCOLHA A CAUSA CERTA A causa precisa estar ligada diretamente à vontade pessoal de mudar uma realidade.

A identificação verdadeira com a causa é fundamental!

2 DECIDA A MODALIDADE E FORMALIZE

Há diferenças importantes entre o trabalho de uma organização e de um negócio social. As formas de atuar são bastante distintas. Vale, desde o início, definir a modalidade e formalizar! Ter clareza é fundamental.

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3 PESQUISE E ENTENDA O CENÁRIO Não parta de suposições! Pesquise, aprofunde-se, procure conhecer as realidades, territórios e pessoas envolvidas. As chances de acerto aumentam quando todos os interessados participam da construção da solução.

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TIRE A IDEIA DO PAPEL Outro risco para o empreendimento está em estender demais a fase de planejamento.

Somente com a ideia em prática será possível avaliar se ela funciona e é viável.

AVALIE O IMPACTO Avaliar resultados e avaliar impacto. Resultados se referem ao desempenho atingido (vendas, beneficiários, recursos captados). Já a avaliação do impacto se refere ao objetivo inicial do empreendimento.

DESENVOLVA A GESTÃO E LIDERANÇA

Mesmo que a escolha da modalidade seja por uma organização, vale criar um negócio em conjunto, para dar sustentabilidade financeira.

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É uma necessidade permanente desenvolver as pessoas e aprimorar a gestão interna.

PLANEJE O CRESCIMENTO CRIE UM MODELO DE NEGÓCIO

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Quanto mais cresce o empreendimento, maior será o impacto. É preciso inovar nos produtos e serviços; ampliar canais de venda; captar recursos; firmar parcerias; passar por acelerações e/ou formações de fortalecimento institucional.

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Foto: Divulgação

Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO INVESTIDOR SOCIAL PRIVADO

A VISÃO DE

Juliana de Paula Diretora de Responsabilidade Social Corporativa BTG Pactual

Pensando no olhar das empresas, das corporações, e no olhar das organizações e negócios sociais, como esses atores convergem?

Como empresa, temos uma responsabilidade em apoiar a sociedade. Até para mitigar, muitas vezes, o impacto negativo, que infelizmente alguns negócios ainda geram. Aqui para o banco, em especial, é muito importante atuarmos com responsabilidade social, filantropia, além de toda uma agenda ESG. Creio que não é um benefício só para o BTG, mas para nosso colaborador, nosso cliente e para a sociedade como um todo. Quando olhamos para as atividades que o banco desenvolve dentro da área de Responsabilidade Social, temos um programa de voluntariado para que o colaborador tenha contato com as organizações sociais e doe seu tempo e talento para as Perfil BTG Pactual – instituições; temos o apoio financeiJuliana de Paula Responsabilidade Social ro diretamente para organizações; e desenvolvemos projetos como este com a Ago [BTG Soma], voltados a fortalecer a gestão das organizações – acreditando que, com mais ferramentas de gestão, as organizações possam aumentar seu impacto e alcançar uma maior sustentabilidade financeira. Também temos incentivado nossos clientes a terem um olhar para a filantropia, para o impacto, para que tenham uma atuação nessa agenda.

Quais são suas principais causas?

Temos 03 causas que apoiamos no banco: educação, meio ambiente e empreendedorismo. Elas se alinham com os valores, a missão e a cultura do banco.

Não só levar o recurso financeiro, mas se envolver com o processo. Como você vê o futuro, neste sentido?

Um primeiro ponto é que as pesquisas apontam tanto para o crescimento da cultura de doação do nosso país, quanto para empresas se preocupando com uma agenda ESG e com seus impactos negativos. Isso se reflete diretamente na importância da atuação do 3º setor e no cres10

cimento dos negócios de impacto. Trabalho desde 2013 com impacto social e, no começo da minha carreira, não via tanta gente falando sobre filantropia, investimento de impacto e sobre sustentabilidade. Hoje, 10 anos depois, essa agenda acelerou muito e o tema está em alta. Investidores, clientes e colaboradores perguntam e questionam sobre isso. Um segundo ponto é que temos problemas estruturais muito grandes, que precisam ser vistos e apoiados. Não só em relação às causas que pessoas e empresas possam investir, mas ao tipo de financiamento. Algo que gostaria que crescesse, por exemplo, é o apoio direto ao desenvolvimento institucional das organizações. Porque não adianta só apoiar projetos, temos que apoiar o desenvolvimento da instituição. Isso ainda é muito disruptivo em uma agenda de filantropia no Brasil, em que pessoas preferem apoiar projetos. Mas já existem atores que estão olhando para isso. Por último, o apoio financeiro é importante, mas para que uma organização cresça e impacte mais gente, é preciso de um apoio, muitas vezes, de gestão, que hoje é o que o BTG oferece no BTG Soma, programa de "Não fortalecimento de organizações sociais, adianta em que temos como parceiro executor só apoiar a Ago Social.

projetos, mas

Quais dicas você pode dar para uma o desenvolviorganização que vai buscar vocês? mento da Vou partir do espectro do que eu instituição" busco em uma organização. Quando eu conheço uma instituição, busco entender a visão dela, o que ela faz Juliana hoje e o que quer para o futuro. Nisso, de Paula podemos ver o quanto ela tem um olhar mais assistencial e o quanto está pensando no macro, em maximizar seu impacto. Então, a visão da organização, a visão da liderança, é algo que mobiliza bastante. Outro ponto importante é o quanto ela quer trabalhar em colaboração. E, o principal, analiso o quanto a organização se preparou para fazer a reunião. Aqui, chamo atenção para coisas simples, como entender o que o Banco faz e escutar o que estou procurando. Trabalhei por 7 anos com captação de recursos no Hospital Pequeno Príncipe e entendi que o principal para uma parceria dar certo era escutar as dores da empresa dentro da agenda social e falar de igual para igual. Além de criar um bom relacionamento.

Jair Resende

Foto: Divulgação

A VISÃO DE

Superintendente na Fundação FEAC Como você vê hoje e no futuro a relação entre o investidor privado e o empreendedor social? A questão do equilíbrio é importante?

Este é um aspecto importante. E falo de um lugar de quem esteve dos dois lados. Comecei com 16 anos em uma ONG na Amazônia. Atuávamos com a captação de recursos, principalmente internacionais. Depois, atuei em várias partes do mundo em institutos ligados a empresas. Foi quando conheci o Alexandre Amorim, há cerca de 07 anos. Bem, o equilíbrio é fundamental.

No atual momento, os investidores sociais começam a aceitar o debate do investimento pela confiança. Na maioria dos casos, os operadores não serão os investidores. Eles são parte de uma engrenagem. Têm a missão, o recurso. Formam então uma rede especializada de parceiros, que são quem vai de fato operar os projetos. Em grande parte, são as famosas ONGs, OSCs, mas esse sistema vai crescendo. Os negócios de impacto podem ser também operadores. E, atualmente, também os coletivos – que temos que descobrir como apoiar. Então, quem está no papel do investidor social, tem que olhar essas organizações com atenção.

Como é a dinâmica desta relação? É comum a narrativa, da parte de quem está nas organizações que operam os projetos – ONGs, OSCs, negócios sociais, negócios de impacto, coletivos –, de um sentimento de que o investidor, por ter recurso, está em uma posição de poder. As organizações precisam caminhar para o modelo de equilíbrio, percebendo que, de fato, o investidor que tem o recurso [financeiro].

Mas, para que cumpra sua missão, vai precisar de vários parceiros. Na minha visão, é este discurso que vai gerar o equilíbrio. Na nossa história, durante muito tempo a FEAC atuou apoiando institucionalmente as organizações. Fazia doações, porque a organização não tinha como medir a transformação almejada. Então, a FEAC mudou. Esta é uma das razões por que estou aqui, assim como outros profissionais que vieram: para organizar, a partir da missão da FEAC, programas de apoio a projetos. Mas, quando se faz isso, é preciso olhar também para as necessidades das organizações. Percebemos, no caso de Campinas, que as organizações não estavam preparadas. Elas precisaram de apoio.

Como isso vem ocorrendo?

A FEAC passou a atuar em um processo de cocriação de projetos. Eles passam por um processo de qualificação. Introduzimos uma série de atividades e projetos para as organizações apoiadas melhorarem seu poder de gestão. Inclusive, temos um projeto com a Ago, um dos nossos parceiros que está fazendo isso, com foco em tornar estas organizações mais potentes. Vale destacar a sensibilidade que a FEAC teve, no caso das organizações.

De que forma, em especial? É comum que um investidor olhe para a questão da criança, da mulher, do trabalho, enfim, ele financia o projeto da causa que deseja ajudar a solucionar.

Mas o custo institucional, este ele não admite apoiar. A FEAC criou um modelo em que doa 15% do valor do projeto como apoio institucional. Sabemos que a organização, para ser potente em sua missão, tem que estar saudável [economicamente]. Mas o que encontramos muitas vezes são organizações realizando a missão delas com sacrifício, com uma série de problemas de gestão, de sustentabilidade econômica. O que fizemos, dessa forma, foi reconhecer isso. Passamos então a doar 15% para o que chamamos de overhead, para o apoio institucional.

Perfil Fundação Impacto A organização não Jair Resende FEAC Exponencial precisa prestar conta desse recurso. A única coisa que vai nos prometer é que vai utilizá-lo em sua missão institucional. Outro aspecto para que temos olhado é como trabalhar com os outros atores que não são as ONGs. Por exemplo, até pouco tempo não atuávamos com negócios de impacto, como a Ago. 11

Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO INVESTIDOR SOCIAL PRIVADO E então começamos a enxergar. Olhando o panorama geral, outro aspecto importante é que o Brasil precisa avançar muito quanto à legislação, que pode ser até mais dura com negócios de impacto do que com negócios tradicionais. Os coletivos são outra dificuldade, porque grande parte deles não é formalizada. Nós estamos apoiando aqui em Campinas, estamos indo, por exemplo, para a terceira ação do que chamamos de “hubs de cidadania”, que são organizações que funcionam como incubadoras de coletivos.

Há um fortalecimento da percepção de que, para que o ecossistema como um todo tenha sustentabilidade, ele precisa de parcerias?

Para que as organizações desenvolvam com maior competência e mais habilidade sua missão. Se tiver a questão da gestão e da sustentabilidade resolvida no seu dia a dia, aí sim, vai poder implementar sua missão, que é trabalhar melhor. Há alguns pontos, gestão, capacidade, mas é muito importante a sustentabilidade financeira. Este é um grande desafio. É aí que ela vai buscar o investidor social e tem que provar que está apta.

Os investidores sociais precisam estar disponíveis para investir na missão, na atividade-fim da organização. Mas também para apoiá-la em sua gestão. Muitos investidores sociais ainda não olham para isso. Fazendo uma retrospectiva, no passado, a filantropia tinha forte o aspecto de doar o dinheiro. Depois, o mundo do 3º setor começou a usar as chamadas ferramentas.

Muitas vêm do mundo empresarial e foram adaptadas para o 3º setor. As organizações então ficaram cheias de ferramentas, métricas. O recurso tinha de ser direcionado para produzir o máximo. Hoje, o olhar é para como criar o equilíbrio entre o resultado e a confiança. Nisso, está muito presente a questão de entender as necessidades e as dores de quem opera.

Porque o operador tem duas características: primeiro, conhece muito bem do tema; por isso que é parceiro, pela expertise; segundo, está no território que interessa. E que, às vezes, o investidor não penetra, não

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conhece a região, não conhece o campo. Isso ajuda a gerar o equilíbrio.

A organização consegue se perceber como alguém que tem algo a oferecer, de forma equilibrada?

Em geral, o Brasil tem muito a percorrer. As organizações, muitas vezes, se põem no seguinte lugar: “Eu vou executar, eu preciso”. E há também os investidores que olham do seguinte lugar: “Eu sou investidor, eu decido”. Mas a mudança já está começando. Muitos investidores também estão olhando e querendo promover a mudança deste pensamento: de que nós estamos em um ecossistema, de que o recurso não é a única medida para a distribuição do poder. De uma relação que, na verdade, é interdependente. Por outro "É hora lado, há também um movimento das de criar o organizações, que reivindicam este equilíbrio equilíbrio. E de organizações que reconhecem e começam a influenentre ciar os demais atores. resultado e Este seria então um momento de mudança, em que o velho e o novo pensamento coexistem.

Não sei em que outro momento falamos tanto disso no ecossistema do investimento social no Brasil.

confiança"

Jair Resende

Olhando para dentro da FEAC, vocês já estão mudando muitos aspectos do ecossistema social brasileiro, especialmente em relação ao fortalecimento das organizações sociais. Na prática, o que que está mudando neste cenário?

Há o olhar de reconhecer a necessidade [de equilíbrio].

E de entender que se trata de um sistema, com várias peças para poder funcionar. Se as organizações não estiverem suficientemente fortalecidas, não conseguirão executar. Por isso, temos na FEAC um investimento importante de nossos recursos no desenvolvimento das instituições.

Foto: Divulgação

A VISÃO DE

Cloves Carvalho Diretor Instituto Votorantim

Como se dá a relação entre o investidor e a organização, e em que ela pode contribuir para o futuro do ecossistema de impacto como um todo?

Quando falamos de investimento, independentemente se social ou não, deve-se ter sempre uma relação aberta ao diálogo. Um diálogo transparente, com intenções claras e bem colocadas, é sempre fundamental. Normalmente essa assimetria entre um investidor grande e um empreendedor pequeno existe e poderá continuar existindo. Creio que não pode ser empecilho para que as partes estabeleçam claramente onde querem chegar, qual o objetivo de cada uma dentro do ecossistema. Porque não estamos falando só desses dois elementos, estamos falando de todo um ecossistema de stakeholders, dos impactados. Então, é preciso construir essa visão de futuro, essa visão coletiva de onde se quer chegar. Se houver uma sinergia de identidade, de visão, que justifica e faz sentido ter essa parceria, esse investimento, tal objetivo comum passa a ser o ponto de diálogo entre todos. É o que pode diminuir o desequilíbrio [nas relações]. Senão, vamos ficar sempre na posição de devedor, de credor.

Porque se foge do objetivo principal, que é a visão de futuro construída de forma comum.

Hoje já existe no ecossistema um entendimento mais amplo nesse sentido, tanto do lado do investidor, quanto do lado da organização?

Creio que está evoluindo dos dois lados. Se olho do lado do empreendedor social, há muitos casos em que ele ainda não tem uma clara visão, uma real dimensão do impacto que quer provocar. Ele tem até dificuldade de conversar sobre isso quando perguntado: que impacto de fato você quer provocar? Até por questão de entendimento, de clareza. E provavelmente por causa de outro desafio que está enfrentando no momento, que ele está ali tentando sobreviver, no vale da morte. E esta vem sendo uma de nossas contribuições: eu diria assim, um investidor engajado – não apenas um investidor, mas um que esteja engajado – pode ajudar esses empreendedores a definir melhor o impacto, os resultados, não só na esfera do retorno, mas também na esfera do impacto. Eu diria que ainda não é uma regra comum isso de que estamos falando. É eventual, mas é uma tendência. Cada vez mais, você vai concentrar essa visão macro. E que se constrói a partir do consenso.

Você acredita que estamos em um ponto de virada?

Eu acho que é ousado dizer que é um ponto de virada.

Não chegou lá ainda?

Acho que ainda não. Temos bons exemplos, cada vez mais bons cases. Mas não é uma prática comum, não é um modus operandi atual.

Ainda se está criando um repertório, definindo conceitos. Porque, além de ser [um pensamento] novo, há a questão clara do retorno e do impacto. E a preocupação ainda é muito mais com o retorno do que com o impacto. A prioridade inicial passa a ser provar que o negócio é viável. Exagerando aqui na ideia, algo como: “o impacto eu vejo depois, deixa eu ver primeiro se paro em pé”.

Perfil Cloves Carvalho

Instituto Votorantim

Se a maior preocupação com o retorno em relação ao impacto se estabelecer, como cultura, depois é difícil de mudar, não?

O que você falou é fato, porque existe um desafio da captação. E na captação baseada em impacto, o impacto que atrai o investidor está ainda muito mais no capital filantrópico que no capital do investimento de impacto. Na filantropia, que foca o impacto e não foca o retorno, isso fica mais fácil, mais claro.

Mas quando você está nesse meio entre retorno e impacto, quando conversa com fundos, ainda se fala mais em retorno do que em impacto. Talvez, se tivesse um blended finance, em que houvesse parte do capital filantrópico, poderia até facilitar a conversa. Em muitas ocasiões, o que se vê são investidores comparando investimento de impacto com investimento normal. Eu diria que é um ecossistema ainda em maturação, em que as partes estão aprendendo a chegar na intersecção.

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Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO INVESTIDOR SOCIAL PRIVADO Então, não é um ponto de virada, mas é um novo momento?

Porque, no nosso caso, somos um instituto empresarial. O tema ainda é tratado como uma inovação.

Como inovação, ainda está muito na fase da experimentação, ainda está muito na fase do vamos ver se dá certo, vamos testar. A maturidade é natural, é um processo que vem ao longo do tempo, na medida em que você vai gerando cases de sucesso e comprovando que é possível equilibrar impacto e retorno.

Essa evolução não será uniforme, vai depender da maturidade de cada setor. E obviamente do interesse, desse contínuo boom que aparece na medida em que o interesse vai aumentando e que vão surgindo novas soluções, novos investidores. Porque as soluções de sucesso vão criando um círculo virtuoso. Vão criando recursos.

E isso ocorre em que tempo?

Vemos as coisas se acelerando tanto. Se você olhar 20 anos para trás, falando de 2002, o que era? Então, se você imaginar 20 anos para frente, vai ser muito mais avançado do que hoje, a progressão é geométrica. Certamente isso vai despertar depois interesses do 1º setor, de se engajar nisso, de criar políticas, de estimular para que a regulamentação ajude. E existe a questão, que vocês [da Ago] captam muito bem, que é o interesse das novas gerações, o interesse dos novos investidores, que cria uma tendência, um deslocamento de mercado para isso. Mas não existe ainda, se pegarmos os grandes bancos aqui no Brasil, opções de fundos de impacto, por exemplo.

Vocês atuam muito na área de fortalecimento das organizações, não é?

Também. O Instituto, hoje, tem definidos 04 grandes eixos de atuação. Um é a inclusão produtiva, com que

MAPA DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL Encontre a rota para o seu Negócio de Impacto de Sucesso

COMUNIDADE PARA FUNDADORES E FUTUROS FUNDADORES DE NEGÓCIOS DE14IMPACTO SOCIOAMBIENTAL

já trabalhamos desde 2010, que é geração de trabalho e renda. Atuamos com cooperativas, associações, temos uma parceria de 12 anos com o BNDES, foram já duas parcerias renovadas, em que aplicamos cerca de 110 milhões de reais, e acabamos de criar uma coalizão também na linha de inclusão produtiva, envolvendo parceiros como Fundação Arimax, Fundação Tide Setubal, Instituto Humanize, Santander, Instituto Heineken, B3 Social, Ambev. Cada vez mais, está se caminhando para um modelo de atuação conjunta e fortalecendo articulações em rede que favoreçam a qualidade e a perpetuidade das soluções. Outro eixo é a educação, temos uma metodologia desenvolvida desde 2007, acabamos de lançar, inclusive, uma parceria com o BNDES para "Por uma dobrar o número de municípios visão de em que atuamos, de cerca de 40 futuro para mais de 70. Outro eixo está na linha de cidades e comunidaconstruída des sustentáveis. Trata-se de um de forma programa de apoio à gestão púcoletiva” blica, com foco em sua qualificação. Porque o responsável pelo Cloves desenvolvimento, no fundo, é a Carvalho gestão pública local. Então, como qualifico a gestão pública para que traga o maior impacto possível na melhoria dos produtos e serviços que são oferecidos à população? E temos um eixo em que trabalhamos muito com as empresas do portfólio Votorantim, que são práticas empresariais responsáveis e sustentáveis. São as famosas práticas ESG, de tal forma que o tema seja transversal a todos. Basicamente, são esses quatro eixos, só que aí tem um mundo, do ponto de vista de atuação. Obviamente, suportando uma plataforma que apoia a atuação social das empresas do portfólio da Votorantim.

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Gustavo Luz

Diretor Executivo do Fundo Vale Como você vê o momento atual da relação entre investidores e organizações e negócios sociais?

Vejo hoje muito mais espaço para discussão, muitos stakeholders. Antes, era muito fechado. Havia o pessoal das organizações de sociedade civil em um canto, as empresas no outro, os empreendedores tentando achar um espaço. Agora já vejo mais discussões democratizando esses ambientes, vejo com bons olhos.

Já vemos uma aproximação de capital também, embora acho que são muito necessárias instituições como a nossa. E não porque estou aqui agora. Mas porque elas conseguem fazer esses dois mundos conversarem. Então, vemos capital com muita intenção de investimento, só que o capital ainda não está ajustado para as necessidades dos empreendedores. Nossa visão é: como conseguimos aproximar esses mundos, porque acelerar, mesmo reconhecendo essa maior aproximação, ainda está muito distante do ideal.

E como fazer isso?

Nosso papel é realmente conectar esses mundos.

Testamos modelos, apoiamos os negócios com recursos não reembolsáveis, para que ganhem maturidade.

Outro caminho que fazemos é aproximando o capital mesmo, estruturando um mecanismo que chamamos de blended finance. Como conseguimos misturar o capital filantrópico nosso, diminuindo a percepção de risco de produtos financeiros, de forma que esses dois mundos se aproximem. Esta é um pouco nossa visão, em que acreditamos que geramos maior adicionalidade neste ecossistema. Mas temos vontade de ser biodegradável, não é? Então, entendemos que, agora, é preciso este formato, estamos no início da jornada. Mas nossa expectativa é de que, vencida esta "Nosso etapa, de mais uns cinco, seis anos, poderemos avançar. Temos nossa papel é de Teoria de Mudança para 2030. conectar os Então, mirando 2030, esperamundos do mos que esse mundo já esteja empreenmais próximo, que essas relações estejam acontecendo de forma dedor e do recorrente. investidor"

Gustavo Luz

Partindo desta percepção, como você vê o futuro dessas relações?

Muito de conseguir um impacto amplo e replicado vem desse equilíbrio de relações, da aproximação do capital com quem está lá na ponta, implementando os pro-

Foto: Bruna Tassis

A VISÃO DE

jetos. Então, nosso lugar é um pouco de amortecer essa visão do mercado de risco. O investimento sempre tem três vertentes. Risco, retorno e liquidez. O impacto não está na equação [para o investidor]. Então fazemos a mediação: “Você aceita receber mais para frente o retorno se gerar maior impacto?”; “Você aceita ter um retorno menor, se gerar maior impacto?”; “Aceita um risco maior?”. Esse é o lugar onde o Fundo Vale entra.

Por meio da criação de bons cases, mostrando que são replicáveis. Trabalhamos com este olhar. Este é o esforço do Fundo Vale, que está em nossa Teoria da Mudança.

Uma das vertentes, são cinco, é construir capacidades, com todo mundo entendendo o que estamos falando. E o papel de vocês [Ago] de criar conteúdo, disseminar conhecimento, é Perfil Gustavo Luz Fundo Vale superimportante. Outra vertente é destravar capital. Estamos olhando muito para isso porque, de verdade, acredito em bons exemplos, cases concretos, mensuráveis. Esse tema da mensuração do impacto tem que ser olhado com muita atenção, porque conseguimos mostrar que aquilo gerou valor, trouxe adicionalidade efetiva. Minha visão é que, tendo esses cases, o mercado de impacto vai deslanchar.

Há quanto tempo vocês adotaram esse modelo? É uma mentalidade muito inovadora, que puxa todo o ecossistema.

De 2016 para cá, entendemos que só a filantropia não era suficiente. Ficou claro a partir de oficinas que a gente fez com vários atores do ecossistema – banco, produtor rural, quilombola, ribeirinho, tudo.

A partir das oficinas, concluímos que os negócios de impacto são a alavanca. Porque conseguimos alavancar mais capital para o impacto, e então amplificá-lo.

Não deixamos de fazer a filantropia tradicional, mas acrescentamos essa camada de desenvolver negócios e produtos financeiros. Então, essa é a nossa caminhada. Em 2020, fizemos nossa Teoria da Mudança, mirando 2030. Pensando nos próximos 10 anos, que é o impacto que desejamos gerar.

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Foto: Stiebler & Bucciarelli

Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO EMPREENDEDOR SOCIAL

Perfil Bruno Mahfuz

A VISÃO DE

Bruno Mahfuz

Fundador do Guiaderodas Professor convidado Ago Social Como você atua com impacto socioambiental?

Sou fundador do Guiaderodas, uma empresa de tecnologia que tem o objetivo de tornar o mundo mais acessível para todos. Atuamos em duas frentes: B2B, através da Certificação Guiaderodas, um programa que reconhece as melhores práticas de acessibilidade e inclusão no âmbito corporativo; B2C, através do app Guiaderodas, que funciona como um guia de acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e permite a consulta e avaliação da acessibilidade de locais em todo o mundo e da produção intensa de Guiaderodas conteúdo relevante para a audiência.

Qual o papel de um negócio de impacto na sua visão?

Negócios de impacto têm missões grandiosas e querem mudar o status quo. Para que essa empreitada tenha êxito, é necessário visão de negócio e uma dose cavalar de idealismo.

Como vocês atuam com as empresas e investidores sociais?

Através da Certificação Guiaderodas, com uma abordagem mercadológica sobre a importância da acessibilidade. Muita gente tem a percepção de que acessibilidade diz respeito a uma minoria de pessoas com deficiência.

Acessibilidade tem 3 pilares fundamentais: Conforto, Segurança e Autonomia. Estes atributos são universais, logo, acessibilidade beneficia todas as pessoas. E, se é boa para todas as pessoas, esse tema deve ser promovido de uma simples obrigação legal para um poderoso diferencial estratégico. Esta é nossa abordagem.

Você acredita que é importante fortalecer negócios que geram impacto?

Acredito que seja um processo natural de amadurecimento. Ao passo que a sociedade vai se tornando 16

mais consciente, a demanda por produtos e serviços que entregam algo mais também cresce. A única forma de fomentar negócios de impacto é promover a conscientização da sociedade.

Qual sua visão para seu futuro dentro do ecossistema de impacto?

Sou muito otimista com o que estou testemunhando. Em 2001, quando sofri um acidente de carro que me deixou na cadeira de rodas, não poderia imaginar que um dia a acessibilidade seria percebida da forma como muitas pessoas e empresas a veem hoje. Passados 22 anos na cadeira, sendo 07 à frente do Guiaderodas, vejo que muita coisa evoluiu. Além disso, vejo as novas gerações muito mais conscientes e engajadas. Tudo isso me faz crer em uma atuação perene. Meu grande sonho é que um dia o mundo não precise mais dos serviços do Guiaderodas.

Você já passou por aceleração, curso, capacitação para fortalecer seu empreendimento?

Sempre estou atualizando meus conhecimentos no assunto. Acredito que minhas experiências acumuladas na cadeira de rodas ao longo desses anos sejam minha maior escola. Um fato que acelerou o crescimento do Guiaderodas foi a parceria com a FAPESP (Fundação “Negócios de Amparo à Pesquisa do Estado de de impacto São Paulo) em 2020. Através do PIPE têm missões (Pesquisa Inovativa em Pequenas grandiosas Empresas), a Fundação apoiou o desenvolvimento do aplicativo Guiadee querem rodas e foi fundamental para trazer mudar o inovação e maximizar o impacto da status quo” iniciativa. O Guiaderodas recebeu recursos financeiros para conduzir suas Bruno atividades de pesquisa e desenvolvimento, bem como orientação técnica e Mahfuz apoio para transformar ideias em serviços.

Como você atua junto à Ago Social?

Informalmente, sou entusiasta da Ago e promovo a iniciativa nos lugares que frequento. Formalmente, atuo como professor convidado. Meu objetivo é compartilhar aprendizados para tentar encurtar o longo caminho de quem está começando e tem escassez de tempo e dinheiro. Esses encontros são sempre muito especiais para mim. As avaliações mostram que os alunos também têm gostado do formato.

Matheus Cardoso

Fundador Moradigna Professor convidado Ago Social Como você atua com impacto socioambiental?

Sou um empreendedor. Criei um negócio social, o Moradigna, o maior negócio social de habitação do Brasil. Como empreendedor, atuo basicamente no ponto "Parceria chave deste ecossistema, que é com criando soluções, serviços, para negócios que a população de baixa renda sociais: do Brasil more melhor dentro de estratégia sua própria casa.

para uma sociedade igualitária”

Qual o papel do negócio de impacto na sua visão?

Para mim, o negócio social ocupa uma lacuna no mercado, para endeMatheus reçar a um grande público consumiCardoso dor que muitas vezes não é priorizado, que é marginalizado. Mas que, ao final do dia, é um público consumidor e merece soluções de qualidade. O empreendedorismo social, o negócio de impacto, vem para endereçar estas necessidades de mercado – que muitas vezes também são grandes necessidades de subsistência. No caso do Moradigna, a ideia é que a pessoa possa ter saúde dentro da própria casa. E fazemos isso através de um serviço; não é uma doação, não é um programa do governo. É a compra e venda. É um mecanismo de negócio aplicado a uma necessidade social.

Qual a tendência do perfil dos negócios de impacto?

Vejo 02 tendências principais: 01. um empresário, um empreendedor de sucesso em alguma outra área, que do meio para o fim de sua carreia procura propósito, ressignificar suas habilidades, e busca desafios para solucionar; 02. o empreendedor que surgiu e que conhece muito bem o contexto da periferia, que é o meu caso e onde coloco mais fichas, não apenas por ser o meu caso, mas por carregar mais empatia. Por ter vindo da periferia, por conhecer o contexto dos desafios e porque, quando tem acesso a conhecimentos e recursos, compreende que tem um negócio para resolver este problema. E acredito ainda que uma outra tendência é o ESG, que vai fazer com que as empresas prestem cada vez mais atenção a negócios

Foto: Celso Doni

A VISÃO DE

sociais que possam ser seus fornecedores, seus parceiros.

Como seu negócio atua com as empresas e negócios sociais?

O Moradigna tem várias parcerias com empresas de materiais de construção, que são fornecedoras e parceiras. Pelo Moradigna oferecer indicadores de impacto, estas empresas oferecem condições especiais, de maior parcelamento, preços de atacado, esse Perfil Moradigna Matheus Cardoso tipo de parceria. E também contratações. O Moradigna passa ser contratado por essas empresas para oferecer serviços, tanto para projetos sociais específicos quanto para atender públicos de interesse da empresa. O Moradigna está fazendo uma excelente parceria com a Tenda, por exemplo, para trabalhar na acabativa dos imóveis vendidos, principalmente no Minha Casa, Minha Vida – que tem um público bastante semelhante e a quem uma parceria como esta pode beneficiar bastante. É importante fortalecer negócios que geram impacto?

Com certeza. Este é o caminho. Para que tenhamos uma sociedade mais igualitária, é importante termos negócios sociais fortalecidos. Não acredito, porém, que grandes empresas vão se transformar em negócios sociais. Acho isso utópico. Acredito é que os negócios tradicionais precisam ser responsáveis socialmente. E a parceria com negócios sociais é uma estratégia para fazer isso de forma acelerada.

Como e que tipo de fortalecimento estes negócios necessitam?

A principal maneira de fortalecer um negócio social é comprar dele. Se você está em uma cadeira executiva e tem poder de compra, já verificou se há um negócio social que fornece este produto/serviço? E 17

Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO EMPREENDEDOR SOCIAL

que, a partir de seu produto fim ou de sua cadeia de valor, está gerando impacto social? Esta é a principal maneira de fazer o dinheiro circular: contratando os negócios de impacto social.

Como você vê seu futuro dentro do ecossistema de impacto?

Olha, sou fundador e empreendedor do Moradigna, e quero estar nesta função até o problema de habitação ser resolvido no Brasil. Mas um papel em que tenho atuado de forma crescente é de ajudar outros negócios, principalmente grandes empresas, a entenderem como podem atuar de maneira socialmente responsável. Este trabalho como consultor de ESG tem me feito navegar em diversos negócios, diversos desafios, e me vejo cada vez mais especialista nisso, potencializando o impacto.

Você já passou em sua trajetória por acelerações, cursos, capacitações, para fortalecer seu empreendimento?

Vários, todos que existem – e o Moradigna já tem mais de 07 anos. Estamos desde os primórdios dos negócios sociais no Brasil participando. Tenho até medo de deixar algum de fora, pois todos foram muito importantes. O principal foi da Yunus Negócios Sociais – foi nossa primeira aceleração e o primeiro fundo que colocou dinheiro no Moradigna.

Como você atua com a Ago Social?

Me considero um parceiro, estou junto da Ago em diversas frentes, seja em uma aula especial, como convidado para falar do Moradigna ou contribuindo aqui na Revista Agora. A Ago faz um trabalho muito importante de ecossistema. E, quando observamos organizações como a Ago surgindo para cuidar do ecossistema, para fazer com que floresça, é um excelente indicador de que ele está evoluindo. A Ago faz um excelente trabalho e contribuição para o nosso meio.

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Foto: Divulgação/TupiOcas Brasil Gourmet

A VISÃO DE

Chef Bê Paiva Fundador e CEO da TupiOcas Brasil Gourmet O que o investidor social tem a oferecer, na parceria com um empreendedor?

Ele agrega muito, não só na questão financeira, mas também quando se permite envolver no processo, doando sua expertise. E, dependendo, só a persona já atua no fortalecimento dos pequenos empreendedores. Pessoas famosas podem projetar a imagem do empreendedor, por exemplo. Com o fortalecimento das redes sociais, isso já é um valor, porque levará pessoas para as mídias do empreendedor. O compartilhamento de uma informação é um valor. Vai Perfil TupiOcas depender então de este Chef Bê Paiva empreendedor trabalhar a oportunidade para fortalecer seu projeto. Se a Anitta ou o Luciano Huck comessem uma tapioca saborizada minha e falassem disso, projetaria muito meu negócio. Viriam patrocinadores.

A expertise social e do território do empreendedor, você considera que é um valor para oferecer ao investidor?

Com certeza, é uma vivência, desenvolvida muitas vezes pela necessidade. Talvez o investidor não tenha a vivência, o acesso às pessoas da comunidade, que muitas vezes serão consumidores de seus produtos/ serviços. Este compartilhamento é rico para ambos.

Como tem se dado o processo de aproximação e parcerias para você?

Os investimentos que recebi até o momento foram de conhecimento. E sabemos que conhecimento é poder, principalmente na área de empreendedorismo. Como aconteceu comigo no encontro com a Ago Social e o banco BTG Pactual [Programa Jornada para Empreendedoras]. Para mim, está sendo muito rico, porque comecei a me conectar com a rede de empreendedorismo no ano passado. Em 2021, estava assistindo TV e vi a premiação do CEMEC sobre empreendedor revelação. Isso me faz pensar, estou empreendendo há tantos anos, estou na rua com um produto maravilhoso e não ganhei prêmio nenhum. Decidi começar a me inscrever. E fui chamado para tudo em que me inscrevi, ganhei em 90% deles. Participei da Expo Favela, foi um portal, abriu para mim muitas oportunidades. E a Gioavanna Caminha, da Ago, me telefonou para participar da Jornada para Empreendedoras do BTG. Quando saí da Expo Favela, orei: “Senhor, me conecta com gigantes, quero ser grande”. E isso começou a acontecer.

O que você busca e o que você oferece?

Tenho uma visão de exportar as minhas massas, a cultura brasileira, criar franquias da TupiOcas no Brasil e no mundo. E venho me conectando. Me conectei com a Ago Social, que me conectou com o banco BTG. Da Expo Favela, me conectou ao Empreende Aí, que me conectou à Cielo, em que ganhei premiação, me conectou ao CEMEC, em que ganhei como empreendedor revelação do ano passado na categoria Indústria.

Ganhei R$ 5 mil ali e outros R$ 5 mil da premiação da Cielo. Foram estes os aportes. E detalhe: desde 2014 que estou na rua vendendo minhas tapiocas saborizadas com superalimentos. Até despertar para a projeção do meu negócio ainda não tinha tanta exposição. Mas quem experimentava já gostava.

Você já contou que está em busca de investidor para expandir?

Do ano passado para cá, estou sempre contando. É uma expansão com alto impacto social, pois meu negócio, as tapiocas saborizadas, surgiu de uma inovação, fui eu mesmo que criei, ainda criança, ajudando minha mãe em casa, e vem de princípios de alto valor nutri19

Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO EMPREENDEDOR SOCIAL

tivo e sustentável. Criei então a TupiOcas, com uma proposta única, de uma alimentação ancestral afro-indígena brasileira.

Além da questão cultural e da inovação que parte de você e de seu negócio, na medida em que expande, tem um potencial de geração de emprego grande, não é?

Sim, e meu projeto é de, na medida em que possa atrair investimentos para expansão, industrialização da pro-

dução, etc., tenha um alto potencial gerador de empregos, contratando grupos produtivos importantes, como mulheres com mais de 50 anos, profissionais LGBTQIAP+, enfim abrindo possibilidades de colocação e crescimento para perfis que geralmente não têm ainda tantas oportunidades na sociedade contemporânea.

"Senhor, me conecta com gigantes, quero ser grande" Chef Bê Paiva

Soluções Ago para estratégias de responsabilidade social corporativa e ESG B3 Social: Evolução do voluntariado corporativo com fortalecimento das organizações apoiadas. O projeto Consultoria Social, iniciativa da B3 Bolsa de Valores, por meio da B3 Social, teve a parceria executiva da Ago.

Necessidades das ONGs

9,8

Satisfação das organizações

9,9

Satisfação dos voluntários

584

Horas de atividades

Preparação dos voluntários Match com as habilidades dos voluntários Mentorias exclusivas e plano de ação para as ONGs 20

Inove em suas ações ou escale o seu projeto socioambiental com iniciativas de maior impacto positivo. Fale com a Ago. a.amorim@agosocial.com.br

A VISÃO DE

Lina Maria Useche Kempf Fundadora da Aliança Empreendedora Professora convidada Ago Social

Falando um pouco da minha experiência, estou no papel de empreendedora social. Minha perspectiva é mais de uma captação de recursos filantrópicos, não tanto de investimento. A Aliança Empreendedora trabalha muito, desde o início, com um olhar para empresas, institutos e fundações. O que deu muito certo para nós foi que entendemos, desde o início, que era importante ouvir as demandas das empresas e casar o que queríamos fazer com aquilo que elas buscavam entregar. Aprendemos ao longo do tempo que nosso trabalho com as empresas tinha que ser uma parceria, que entregasse algo muito valioso e palpável, tanto para nós e para os microempreendedores quanto para as empresas. Só se consegue isso quando se estabelece uma comunicação e uma relação de confiança.

Como se estabelece uma relação de confiança?

Um erro que muitas vezes os empreendedores cometem é de ir com um olhar, uma postura, de tentar vender um projeto. Ou apresentar para os potenciais investidores algo pronto. Enfim, olhar aquele financiador apenas como dinheiro, sem entender que há uma completude maior ali do outro lado. Há pessoas, há anseios. Não podemos esquecer que estamos lidando com pessoas, estamos buscando estabelecer uma relação com pessoas.

Esta é a dica mais importante. Depois, olhar para esta parceria de uma outra forma: quando vamos com uma postura de escuta, a conversa flui melhor. Vou dar uma sugestão de leitura: usamos uma base teórica chamada Effectuation. Dentre os princípios de empreender, o Effectuation propõe a colcha de retalhos, que é o princípio da parceria. Para empreender, é preciso estabelecer parcerias estratégicas, não tem como empreender sozinho. Não tem como solucionar nenhum problema no mundo sozinho. A arte de fazer parcerias, dentro da teoria do Effectuation, é compreender do que o potencial parceiro precisa para que vocês se tornem parceiros. A pergunta não é: “Você gostaria de investir no meu projeto?”. Mas, sim: “O que posso fazer para que você se torne meu parceiro?”. O empreendedor precisa estar aberto a cocriar em uma relação de parceria.

Obviamente, estabelecendo os limites. Esta capacidade de escutar é o que diferencia empreendedores que captam mais ou menos, que estabelecem parcerias mais ou menos duradouras.

Qual seria o momento presente desta relação?

Quanto mais escutamos, mais a relação de confiança se constrói, se fortalece. Se vamos com as coisas muito prontas, levantamos uma barreira e a relação não evolui. O que temos aprendido é que tudo começa pela escuta. E por ter a humildade de olhar para nossa solução e adaptá-la se necessário. Digo que foi muito graças aos nossos parceiros financiadores que muita coisa evoluiu na Aliança Empreendedora. Nossa equipe é altamente criativa, é excelente. Tem um fator interno de criatividade. Mas também tem o cliente que puxa. O cliente puxa inovação, porque é exigente, tem suas demandas.

Quais as tendências?

Vejo muitos empreendedores sociais que não sabem o valor que têm. Ou seja: “Qual o valor que agrego para este potencial parceiro/cliente?”. Como empreendedores, colocamos muita energia em entender o valor que agregamos ao nosso público beneficiário. No caso, da Aliança, são os microempreendedores.

Agora, quando o assunto é o financiador, muitos empreendedores não têm o mesmo raciocínio: “Qual o valor que meu empreendimento agrega para este financiador?”. O mesmo tempo e energia que gastamos para determinar o valor que o empreendimento agrega aos beneficiários deve ser dedicado a entender o valor agregado ao financiador. Esta é a matemática: quanto mais valor agregamos ao financiador, mais ele vai investir. Se ele não puder ver o valor da minha entrega, não vai pagar tanto por ela e eventualmente vai me abandonar.

Isso serve para qualquer negócio. Para as instituições sociais, é a mesma lógica.

Quais os principais desafios e impasses enfrentados pelo empreendedor?

As instituições sociais têm um potencial muito maior de captar recursos no momento em que compreendem o que têm que representa valor para o financia-

Perfil Lina Maria Useche Kempf

Foto: Divulgação

Como se dá a relação entre investidores e empreendedores sociais?

Aliança Empreendedora

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Especial Capa – Exclusivo | A VISÃO DO EMPREENDEDOR SOCIAL

Foto: Divulgação

dor. Vou dar um exemplo: organizações que são raízes nas comunidades têm um conhecimento sobre aquele território que tem valor para “Não uma empresa. É um olhar para o outro lado. tem como E há um olhar para dentro: para o que o empreendimento tem de valor. Muitos solucionar esquecem que têm inteligência: conhenenhum cimento, experiência. Isso vale. Pessoas problema vendem sua inteligência. Quando precino mundo fico este valor, posso cobrar mais. Mas sozinho” a organização tem que fazer a lição de casa, tem que fazer certinho: entenda o valor que você agrega, e depois desenvolLina va a capacidade de precificá-lo. Não é fácil, Useche é um aprendizado que vem com a prática. A organização precisa parar de fazer orçamento baseada no custo. Orçamento se faz baseado em

valor. Mas só saberei o valor que tem a minha entrega se eu tiver uma boa escuta.

A questão do equilíbrio nesta relação, como tem avançado?

Temos visto uma grande evolução. Mudamos muito a perspectiva. Há 20 anos, havia uma posição de o investidor ser superior. E a ONG em uma posição muito inferiorizada, pouco empreendedora e profissionalizada. Tudo isso levava a uma relação pouco equilibrada.

O setor social se profissionalizou. Começamos a buscar relações mais equilibradas, de igual para igual. Já não é mais alguém estendendo a mão, com uma doação por caridade. Torna-se uma relação equilibrada a partir do momento em que não é mais uma relação de poder, mas de troca.

A VISÃO DE

Gustavo Fuga

Foto: Divulgação

Fundador e CEO da vc_tb (antiga 4YOU2) Professor convidado Ago Social

Perfil Gustavo Fuga

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vc_tb (antiga 4YOU2)

Como se dá a relação entre investidores e empreendedores sociais?

Esta relação deveria ser baseada em alinhamento – de expectativa, de retorno e, principalmente, de valores. Porque são stakeholders fundamentais para qualquer ecossistema que busca crescer, como o nosso. Ecossistemas em fase de amadurecimento precisam de um nível ainda maior de conversa e alinhamento de expectativas. Ecossistemas mais maduros, como de startups, já têm expectativas um pouco mais alinhadas, já se sabe o que um investidor e um empreendedor médio esperam. No caso de investidores e empreendedores de impacto, este padrão ainda não está estabelecido, então precisa haver mais diálogo. E muito mais adaptações de ambos os lados para que a relação seja equilibrada. É preciso um nível de alinhamento tão grande que a solução é muita conversa e proximidade.

Na sua percepção, isso ocorre atualmente?

No geral, não. Há casos excelentes, mas ainda temos muito que avançar. Há um desbalanceamento de expectativas dos dois lados. Tem melhorado muito. Mas ainda há muito que caminhar.

Quais as tendências, neste sentido?

A tendência é o investimento de impacto aumentar. Por diversas óticas, o montante deve aumentar. Há um fenômeno geracional importante, os millennials, que vieram de outra escola, estão começando a liderar o patrimônio das famílias, dos boomers. Acredito em uma tendência de migração de portfólio dos grandes patrimônios para um pouco mais de impacto, na medida em que estas novas gerações acessem o poder de decisão. Isso afeta primeiramente os family offices, acele-

rando sua participação nos investimentos de impacto. É um fenômeno que já começamos a ver. Na sequência, vejo o aumento do fluxo de recursos vindo mais do venture capital, para depois, quem sabe, do private-equity, que considero algo bem mais distante. Para isso tudo acontecer, precisamos de bons cases, sólidos, grandes, de histórias esca"O ladas, para que o fluxo do dinheiinvestimento ro se realize. Naturalmente, quem social é um acaba puxando são os institutos, as fundações e os family offices, recurso de aceitando o risco por idealismo. disrupção” Mas, quando o retorno começar a vir, mecanismos mais tradicionais Gustavo do mercado financeiro vão acompaFuga nhar este crescimento.

Também em relação ao futuro, o que pode – e precisa – melhorar de um lado e de outro?

Do lado do empreendedor, precisamos nos preparar melhor para entender sobre investimento, sobre como funciona a finança corporativa, aplicando ao universo de captação. Precisamos entender o jogo que o sistema joga. Se precisamos de recurso para ampliar o impacto, isso passa por uma preparação maior dos empreendedores para entender o linguajar, os termos, como funciona o outro lado. Grande parte dos empreendedores sociais ainda não tem o conhecimento de como funciona a dinâmica do capital. Este é um gargalo muito grande. Do lado dos investidores, falta um entendimento da expectativa. De que negócios de impacto, na maior parte ainda em estágios bem

iniciais, precisam de autonomia para que possam ter espaço para ousar e inovar. Este tem que ser o recurso da grande inovação, da disrupção; não o recurso da burocracia, sem espaço para errar. Não. Tem que ser o recurso das grandes mudanças e elas vêm com risco e probabilidade de erro alta também. Mas têm um resultado muito escalável e replicável para o mundo todo.

O que o investidor social tem a oferecer em sua parceria com o empreendedor?

Para mim, mais importante que o capital financeiro é o capital social, o networking. Ainda vivemos em uma grande bolha. As decisões são tomadas muitas vezes entre amigos, em cafés – desde contratos até parcerias, contratações. Muitas vezes o empreendedor social não vem deste background, não tem acesso a um perfil de pessoas que têm grandes poderes decisórios.

Isso faz com que sua jornada leve mais tempo. O papel do investidor social é abrir, distribuir e compartilhar este capital social. Fazer pontes, conectar. Este é o ponto central com que um investidor pode contribuir para com um empreendedor social.

E o que um empreendedor social tem a oferecer ao investidor social?

Além do retorno financeiro, conseguir ser sustentável.

Esta é uma busca genuína, que o investimento social deve esperar e apoiar o empreendedor a conseguir. E este é um recurso de disrupção. Vem com uma chance de erro e uma ousadia maiores. Esta chama o investidor precisa estimular no empreendedor. Permitindo assim que o recurso possa ter um impacto transformador na sociedade.

Tenha visibilidade para o ecossistema de impacto.

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Painel Ago

Foto: Gus Benke

Panorama do impacto OS MOVIMENTOS DE IMPACTO DA AGO E DO ECOSSISTEMA SOCIAL Por Vinicius Bazan e Filippo Ghermandi,

Foto: Divulgação

Eventos

Articulistas Time Ago

O último trimestre ficou marcado por eventos importantes, que movimentaram o setor de impacto socioambiental.

Festival ABCR 2023

Fotos: Divulgação

Nos dias 03 e 04 de julho, em São Paulo, aconteceu o Festival ABCR 2023, da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, e a Ago foi uma das patrocinadoras. O estande da empresa recebeu importantes visitas de alunos e parceiros. O cofundador da Ago, Alexandre Amorim, realizou uma palestra sobre Captação de Recursos com Grandes Empresas e na sequência oferecemos uma mentoria coletiva sobre o tema para os participantes do evento. Foi um sucesso!

presença em peso no Equipe Ago marcou tou também com con e qu , CR AB al tiv Fes Revista Agora da l cia ofi o ent o lançam

XXI Congresso do 3º Setor e ESG

Em 21 de agosto, através da gestora de parcerias corporativas, Jéssica Arndt, a Ago também marcou presença no XXI Congresso Brasileiro do Terceiro Setor e ESG. Com a temática focada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o congresso discutiu meios para alcançá-los, com ênfase nos pilares social e governança.

Jéssica Arndt, gestora de parcerias corporativas, representou a Ago Social no XXI Congresso Brasileiro do Terceiro Setor e ESG

Aniversário Ago Social No dia 17 de agosto, esta que já é considerada “a melhor escola para empreendedores socioambientais do Brasil” completou 02 anos de atividades. Neste curto período, já são cerca de 2.200 alunos impactados de 175 cidades diferentes do Brasil. Onde houver um problema socioambiental, haverá sempre um aluno da Ago empreendendo para trazer a solução.

Hora de celebrar: a Ago Social comemorou em agosto 02 anos de atividades voltadas a fortalecer o empreendedorismo social de Norte a Sul do Brasil

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PAINEL LABACE

No dia 9 de agosto, nosso cofundador Alexandre Amorim participou de um painel na Labace, a Conferência Latino-Americana de Aviação, considerada “o maior evento de aviação de negócios da América Latina”. O objetivo da conversa, que também contou com Gilberto Peralta, presidente da Airbus Brasil, Rogério Benevides, diretor da Anac, e Carlos Ebner, consultor de aviação e Embaixador da Ago, foi de discutir os Desafios e Caminhos do ESG e SAF - Sustainable Aviation Fuel, compreendendo diretrizes para combustíveis sustentáveis, na aviação.

Alexandre Amorim; Carlos Ebner (Business Advisor na ICF e Embaixador da Ago); Rogério Benevides (Diretor da ANAC Agência Nacional de Aviação Civil); Gilberto Peralta (Presidente da Airbus Brasil)

Movimentos do Setor Em setembro, no dia 14 em São Paulo, aconteceu o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, uma iniciativa conjunta do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e do Global Philanthropy Forum (GPF).

No dia 21 de setembro, também em São Paulo, ocorreu a primeira edição do Brasil ESG Summit 2023. Um evento que propôs a discussão Sustentabilidade Integrada: Rumo a um Futuro Responsável.

Projetos ceerias par

O período entre julho e setembro foi bem movimentado para a Ago em termos de parcerias e projetos. Ações a todo vapor.

Jornada para Empreendedores

BTG SOMA Empreendedorismo

O mês de julho começou com o lançamento do edital e seleção das 12 organizações do BTG Soma Empreendedorismo. O Programa do BTG Pactual, que conta com a parceria executora da Ago, visa acelerar organizações sociais que trabalham com fomento à geração de renda e empreendedorismo.

O BTG Pactual, também com parceria executora da Ago, realizou mais 3 turmas da Jornada para Empreendedoras, que completou sua primeira edição realizada na cidade do Rio de Janeiro, iniciou a edição São Paulo e está a todo vapor em período de execução do programa de aceleração para negócios de aproximadamente 60 mulheres empreendedoras, divididas em duas turmas.

A jornada segue até o final do mês de outubro.

Fundação FEAC: Impacto Exponencial No projeto Impacto Exponencial, em parceria da Ago com a Fundação FEAC, o período marca a criação e entrega do plano de exponencialização das duas organizações participantes: o CEPROMM – Centro de Promoção para um Mundo Melhor e a M.A.E. Maria Rosa. O objetivo do projeto é acelerar a geração de impacto social das duas organizações.

A Jornada para Empreendedores está a todo vapor em período de execução para cerca de 60 mulheres empreendedoras

Banner ilustrativo do programa BTG Soma Empreendedorismo

BTG SOMA Meio Ambiente O trimestre marcou também o término da aceleração do BTG Soma Meio Ambiente, mais um programa do BTG Pactual com parceria executora da Ago. No período final do programa, as 11 organizações participantes concluíram seus Planos de Desenvolvimentos da Instituição (PDIs) com seus mentores, participando de bancas com apresentação de pitch sobre seus empreendimentos.

Programas is educaciona

As bancas de avaliação do BTG Soma Meio Ambiente contaram com presenças ilustres, como Ana Tomazelli, Fundadora do IPEFEM – Instituto de Pesquisa & Estudos do Feminino, e Alex Atala, chef brasileiro estrelado e fundador do Instituto ATÁ.

Alexandre Amorim e Cadu Pinotti durante visita ao CEPROMM, uma das organizações participantes do projeto

Novidade- Em julho, a Ago lançou um novo formato de programa educacional: as Formações Ágeis.

Com cerca de 06 horas de imersão ao vivo, preço acessível e mentores com experiência prática, o objetivo desse formato de programa é oferecer ferramentas e conhecimentos práticos, para que empreendedores socioambientais comecem a mudar suas realidades no menor tempo possível.

Formações Ágeis

Impacto Exponencial

Imersão Online outubro

No último trimestre, já foram realizadas 04 Formações Ágeis: Tire sua Captação do Zero; Inovação Social; Gestão Financeira para o 3° Setor; e Marketing para o Setor de Impacto. Mais de 80 empreendedores sociais foram impactados pelos programas em questão.

Em agosto, a Ago lançou o Programa

Para outubro, está prevista a primeira turma da Imersão Online: “Negócio de Impacto de Sucesso”. A imersão, com 50 vagas limitadas, contará com mais de 30h de encontros ao vivo online, painéis de discussão, muitas atividades práticas e finalização com a possibilidade de apresentar o negócio de impacto para investidores sociais e empreendedores em uma banca de avaliação. A ideia é encurtar a jornada empreendedora, da ideia à criação de um modelo de negócio atrativo em 02 meses.

Registro da aula inaugural da primeira Formação Ágil da Ago: Tire sua Captação do Zero, com Matheus Garcia, vice-presidente de Vendas da ASID Brasil

Impacto Exponencial, em formato híbrido, com mais de 12 horas de conteúdo gravado, entrevistas e estudos de caso. O programa foi estruturado para ajudar organizações sociais que querem exponenciar seu impacto socioambiental através de inovação e visão estratégica de futuro.

Alexandre Amorim, idealizador do Programa Impacto Exponencial: exponenciando o impacto através da inovação

Na agenda: em outubro estreia a primeira turma de Imersão Online da Ago: Negócio de Impacto de Sucesso, com 50 vagas limitadas

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Ecossistema Social

Foto: Divulgação | Articulista Talita Duprat

O Mapa do im Empreendimento: Liamarinha Mariana, Minas Gerais, Brasil Curso Ago Social: BTG Soma Meio Ambiente

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Agente de mudança: William Pessôa

Por Camila Gino com Talita Duprat, Articulista Time Ago

Agente de mudança: Wilson Reginatto Jr. Empreendimento: Associação Amor pra Down Balneário Camboriú, Santa Catarina, Brasil Cursos Ago Social: Captação Inteligente

Ago Social: os números do impacto

2.300

empreendedores sociais

26 Estados + DF 175 Cidades

26

+ de 5 países 72% mulheres 39% negros e pardos

Foto: Div ulgação

O

desenvolvimento e fortalecimento de empreendimentos, organizações e negócios sociais se apresenta como uma das premissas fundamentais para a potencialização do impacto positivo gerado em um país. E chave essencial para um futuro cada vez mais promissor para o ecossistema de impacto como um todo. Com um marco especial neste ano de 2023, em que celebrou em 17 de agosto 02 anos de atividades, a Ago Social tem uma atuação estratégica neste sentido, na medida em que tem sua vocação fundacional no fortalecimento de empreendedores e seus empreendimentos sociais. Não à toa, neste curto intervalo de tempo, já capacitou mais de 2.300 empreendedores sociais, cobrindo mais de 175 cidades em todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal. Uma aula de transformação mútua, entre professores e alunos empreendedores. As trocas, as conexões estabelecidas nos cursos e projetos da Ago, tiveram, e vêm tendo, um efeito exponencial na construção de uma sociedade mais equilibrada e que replica constantemente impactos positivos. Parabéns Ago e toda a cadeia envolvida de alunos, professores e parceiros, pela semente cada vez mais frutífera em prol da transformação positiva da sociedade através do empreendedorismo social!

mpacto da ago Agente de mudança: Tacila Aparecida de Sousa

Foto: D ivulgaç ão

Empreendimento: Elas Contam Itabuna, Bahia, Brasil Cursos Ago Social: Liderança para o Impacto

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Atairu

Agente de mudança: Maiara Gualberto Empreendimento: Tronik Soluções em Resíduos Eletrônicos Brasília, Distrito Federal, Brasil Mariana

Curso Ago Social: AcelerAção

Atibaia

Agente de mudança: Meire Pereira Silva

Atibaia, São Paulo, Brasil Cursos Ago Social: Empreendedorismo Social na Real; Liderança para o Impacto AcelerAção

ção Foto: Divulga

Balneário Camboriú

Empreendimento: MAMEPET RECICLA Transformando vidas

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Mapa do Impacto

O Mapa do Impacto:

o que aprendi com a Ago

Foto: Divulgação

Agente de mudança: Maiara Gualberto Empreendimento: Tronik Soluções em Resíduos Eletrônicos Brasília, Distrito Federal, Brasil Curso Ago Social: AcelerAção

TRONIK

“Foi por uma indicação da economista Roberta Coutinho que conheci a Ago Social. Então, me inscrevi no programa de AcelerAção, onde tivemos mentores e conselheiros. Lá conheci a Meire [Silva], uma participante que também tinha muita experiência em coleta de resíduos. Juntas procuramos empresas perto de Brasília e localizarmos a Desctec Natureza e Tecnologia, em Goiânia (GO). Começamos a parceria com o Dario Ferrari, que fez a operação das coletas da Tronik Soluções em Resíduos eletrônicos. Essa parceria nos possibilitou fazer a coleta e reciclagem de 800 quilos. Hoje, temos em nosso portfólio grandes empresas como Zapay, WIZ.Co, SELT Engenharia, Impact HUB faculdade CEUB, Exército Brasileiro, Condomínio San Lorenzo, entre outros. A Ago Social nos fez pensar fora da caixinha, buscando outras possibilidades para fazer com que nossa startup saísse do papel. Atualmente, temos parceria com mais empresas que fazem reciclagem. Temos como meta para o futuro atuar como consultores para o Plano de Gerenciamento de Resíduos das empresas.

A Tronik Soluções em Resíduos Eletrônicos foi fundada a partir da experiência do meu pai, Volme Pereira da Silva, que para completar a renda fazia coleta de resíduos nas ruas. Então, entrei com a inovação através da coleta de resíduos eletrônicos com a startup Tronik, de logística reversa.”

“O Projeto MAMEPET RECICLA – Transformando Vidas é um projeto socioambiental, que tem dois objetivos principais: 01. diminuir o volume de materiais a ser reciclado em aterros e lixões; ajudar financeiramente protetores independentes de animais. Para mim, a Ago é sinônimo de Conhecimento e Conexão. Ter participado dos cursos da Ago foi um divisor de águas para mim. Como todo bom brasileiro empreendedor, eu acabava fazendo do “meu jeito”, não tinha noção nem de que era empreendedora. Imagina me ver como empreendedora social? Os cursos da Ago são práticos e ágeis, e com conteúdo riquíssimo, saí do absoluto zero, a cada aula colocando em prática o que aprendia nos cursos. E sempre posso voltar na plataforma e rever as aulas. É como ter sua biblioteca pessoal. Hoje me vejo como uma buscadora de informações para melhorar meu projeto a cada dia, entendo os processos, me sinto capacitada para ir atrás.

Sem falar na qualidade dos professores, cada um com sua expertise, que me fizeram sair do lugar. Vocês da Ago e seus professores formaram uma empreendedora social na real. Mais humana, consciente dos objetivos, consegui desenhar e enxergar o meu negócio e a importância que ele tem. E, com a Ago, não só aprendi com os cursos e professores, mas com os alunos e seus projetos maravilhosos, me conectei com essas pessoas de mentes brilhantes, com quem até hoje tenho contato, amigos novos muito queridos.

Para resumir, com os programas da Ago, saí do analfabetismo como empreendedor e de bônus tenho hoje um negócio de impacto. Com muito orgulho, digo que sou uma empreendedora social.”

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Foto: Divulgação

Agente de mudança: Meire Pereira Silva Empreendimento: MAMEPET RECICLA – Transformando vidas Atibaia, São Paulo, Brasil Cursos Ago Social: Empreendedorismo Social na Real; Liderança para o Impacto AcelerAção

Meire Silva (MAMEPET RECICLA)

Foto: Divulgação

Agente de mudança: Tacila Aparecida de Sousa Empreendimento: Elas Contam Itabuna, Bahia, Brasil Cursos Ago Social: Liderança para o Impacto

Agente de mudança: William Pessôa Empreendimento: Liamarinha Mariana, Minas Gerais, Brasil Curso Ago Social: BTG Soma Meio Ambiente

Foto: Divulgação

“Participar do programa da Ago junto com o BTG Soma foi muito importante para a Liamarinha, pelo desenvolvimento que tivemos e também por estar junto com outras organizações com perfis diferentes. A Liamarinha é um negócio socioambiental, que desenvolve e aplica tecnologias ecológicas e sustentáveis para melhorar a qualidade das águas. Ter a oportunidade de estar com outras ONGs nos permitiu ter outra visão dentro do conceito do impacto social. Vínhamos focando muito na parte ambiental, trazendo o conceito de trabalhar com as comunidades do entorno e de áreas impactadas. Com a nova visão, pudemos nos aproximar mais das questões sociais e entender como trabalhar isso dentro da Liamarinha. Sem falar das metodologias focadas em desenvolvimento financeiro e o apoio que tivemos dos mentores. Participar do programa nos trouxe muito conhecimento e relacionamentos.”

Liamarinha

Foto: Divulgação

Tacila Sousa (Elas Contam)

“O Projeto Elas Contam é uma iniciativa criada ‘de e para mulheres’, com o intuito de potencializar o surgimento de espaços para união reflexiva, afetiva e produtiva de adolescentes entre 13 e 20 anos, que fazem parte da Educação Básica Pública em municípios baianos do território de identidade cultural Litoral Sul. Atualmente as ações são realizadas em duas etapas: eventos voluntários de formação para este público; e a busca por captação de recursos para a pesquisa de campo Mapeamento da Perspectiva Feminina sobre Qualidade de Vida: Educação, Empregabilidade e Violência. Através de minha participação no programa Liderança Para o Impacto, percebi de modo tangível que as demandas e possibilidades que reconheço no meu ‘pedaço de mundo’ ecoam em outras realidades brasileiras. A expansão de laços afetivos e criativos entre lideranças de impacto pode potencializar o 3º setor como um espaço de transformação social, por meio do autoconhecimento e conhecimento de equipes, gestão ágil para pessoas e geração de renda descentralizada e pautada nas diversidades que formam nosso país.”

Amor pra Down

Agente de mudança: Wilson Reginatto Jr. Empreendimento: Associação Amor pra Down Balneário Camboriú, Santa Catarina, Brasil Curso Ago Social: Captação Inteligente “Já atuo na gestão e captação de recursos há 13 anos, fiz vários cursos nesse tempo. A Associação Amor pra Down é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, filantrópica, que atende pessoas com Síndrome de Down nos municípios de Balneário Camboriú e Itajaí, em Santa Catarina.

Foi fundada no ano 2000 por um grupo de pais.

Hoje atendemos 106 crianças, jovens e adultos, com vários serviços de saúde, educação e assistência social. Quando recebi o anúncio da Ago para fazer o curso Captação Inteligente logo pensei: vamos ver se vai ser um curso ‘mais do mesmo’. Comecei a analisar os tópicos abordados e vi que poderia ter algo de diferente. Fiz a matrícula e confirmei as minhas expectativas de algo diferente. Conteúdo atualizado, baseado em experiência e pesquisa com stakeholders. Saí do curso ainda mais preparado para o mercado, apesar de todo conhecimento que já tinha adquirido. ” 29

Conheça os Professores da Ago – Homenagem

Professores Ago: potencializadores do aprendizado Foto: Gus Benke

OUTUBRO NOS TRAZ A CELEBRAÇÃO DO DIA DOS PROFESSORES, NO DIA 15, DATA MAIS QUE ESPECIAL POR RECONHECER E DESTACAR O VALOR DE ENSINAR E COMPARTILHAR CONHECIMENTOS PARA QUE A SOCIEDADE, E CADA PESSOA, POSSA SER MELHOR. ATRAVÉS DE SEU TIME EXTRAORDINÁRIO DE PROFESSORES E PROFESSORAS, A AGO HOMENAGEIA A TODOS AQUELES E AQUELAS QUE SE DEDICAM A ENSINAR NESTA DATA TÃO ESPECIAL Por Mariana Micheleto, Articulista Time Ago Arte visual: Giana Pundek, com Daphne Moyses

Tornar-se professor é um desafio e uma escolha diária. É partilhar os conhecimentos e as experiências acumuladas durante a vida e estimular que sejam multiplicados. É se esforçar constantemente para entender a realidade de cada aluno e ser um instrumento potencializador do aprendizado, para que os alunos vejam o conhecimento como algo construído com reflexão, trocas e diálogo. É permitir que os alunos conheçam diferentes formas de ver o mundo, com criticidade e autonomia. É ser agente de formação de pessoas e de transformação de uma sociedade com mais impacto.

Ser professor é, portanto, muito mais do que exercer uma profissão. É uma missão, um propósito de vida intenso, profundo e que é inspiração para muitos. A todos os nossos professores e professoras, nosso respeito, admiração e agradecimento pelo esforço e contribuição com a Ago e todos os nossos alunos e alunas! É um privilégio contar com profissionais tão capacitados, com repertórios tão diversos, que buscam ir além, com simplicidade e excelência, que estão sempre prontos para ajudar a cocriar nossos encontros, a escutar e ter uma paixão pelo impacto que move nossos alunos e alunas a serem melhores empreendedores.

Como escola, nosso papel consiste na socialização do saber, para que nossos alunos possam ser criativos na resolução dos problemas e desafios e fazer seus empreendimentos prosperarem. Que possamos, enfim, carregar conosco a missão de “onde existir um problema social ou ambiental, que tenha um aluno da Ago empreendendo”. E que possamos nos apropriar do papel de sermos parte fundamental desse processo.

Feliz Dia dos Professores, gratidão por partilharem de nosso propósito!

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31 Crédito fotos: Divulgação; Acervo Ago; Gus Benke

Conheça os Professores da Ago – Homenagem

Professores Ago: mais que preparado, um time que compartilha

Foto: Divulgação

Juliana Mitkiewicz É professora de graduação e pós, coordenadora do Núcleo de Mulheres e Territórios do Lab Cidades do Insper, pesquisadora do MIT D-Lab e consultora de P&D e Inovação do Instituto Votorantim.

Ao todo, já ministrou 12 aulas (33 horas) na Ago, sobre Inovação Social, nos programas de Empreendedorismo Social e com o BTG.

Foto: Divulgação

Lina Useche Empreendedora social, mãe, conselheira de organizações sociais, professora de Empreendedorismo e Inovação Social. É administradora por formação e pós-graduada em Direito do 3º setor. Ao todo, já ministrou 29 aulas (71 horas) na Ago, sobre Competências Empreendedoras e Ciclo Adaptativo, nos programas de Empreendedorismo Social na Real, Liderança para o Impacto, Aceleração e com o BTG Soma.

Foto: Divulgação

Catarina Alencar

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É CEO no Adverso Lab, um laboratório de inovação e design voltado para negócios e organizações de impacto socioambiental. É graduada em Design, com especialização em Empreendedorismo e Negócios Sociais. Já ministrou 11 aulas (30 horas) na Ago, sobre Marcas, Persona e Proposta de Valor, nos programas de Empreendedorismo Social e Captação Inteligente.

É cofundador da Webgoal e da Orgganica, diretor da Escola Lumiar, facilitador de projetos e consultor de diversos negócios. É graduado em Ciência da Computação, mestre em Engenharia Elétrica, com MBA em Gestão Empresarial. Já ministrou 11 aulas (30 horas) na Ago, sobre Gestão Ágil de Pessoas, nos programas de Liderança para o Impacto e com o BTG Soma.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Matheus Haddad

Gustavo Fuga É CEO da vc_tb (antiga 4YOU2), professor universitário, painelista e consultor de empreendedorismo social. É economista por formação, com mestrado em Empreendedorismo.

Já ministrou 20 aulas (46 horas) na Ago, sobre Mentalidade de Startup e Pitch, nos programas de Empreendedorismo Social na Real, Aceleração e com o BTG.

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Eventos – Festival ABCR 2023

FESTIVAL ABCR 2023: A FORÇA DA CAPTAÇÃO INTELIGENTE Por Camila Gino

Foto: Divulgação Festival ABCR / Renato Souza

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Foto: Divulgação Festival ABCR / Diego Leão

A concorrida palestra de Alexandre Amorim, CEO e cofundador da Ago Social, durante o Festival ABCR trouxe estratégias sobre a inovadora metodologia da Ago para um impacto exponencial

que completou 02 anos de atividades em 17 de agosto (leia reportagem nesta edição), também participou do evento com estande e disputada mentoria, concedida por Alexandre Amorim.

REVISTA AGORA O 15º Festival ABCR foi ocasião também do lançamento oficial da Revista Agora, que trouxe em sua Edição n. 1 o disruptivo tema das Mulheres e do Empreendedorismo Social. A revista, que tem como casa editora a Ago Social, teve seu pré-lançamento, com a edição-piloto, durante o 10º FIFE – Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica, em Belém (PA), no mês de abril. “Este é mais um importante canal de informação, formação e voz da Ago Social para o ecossistema de impacto”, defende Alexandre Barbosa, cofundador da Ago. “Desejamos que seja um canal múltiplo e diverso de expressão para todo este setor.”

IMPACTO EXPONENCIAL

Fernando Nogueira, diretor executivo da ABCR: “Foram dias intensos de integração, com elogios ao conteúdo e à interação”

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estão, profissionalização, exponenciação do impacto, parcerias, políticas públicas e relação de confiança. O ecossistema social e a captação de recursos em seus variados desdobramentos e tendências estiveram em foco durante o 15º Festival ABCR, realizado pela Associação Brasileira dos Captadores de Recursos (ABCR) nos dias 03 e 04 de julho em São Paulo (SP).

Conforme dados divulgados pela organização, esta foi a maior edição realizada.

Trouxe uma programação variada, desde tecnologia, mídias sociais, inteligência artificial, governança e gestão até ESG e cases inspiracionais. Foram mais de 70 palestras em dois dias. O evento registrou mais de 800 participantes, de 26 unidades federativas. “Foram dias intensos de integração. Escutamos muitos elogios em relação ao conteúdo, que está evoluindo ano a ano, e em relação à interação entre a plateia, os palestrantes e os expositores”, assinala o diretor executivo da ABCR, Fernando Nogueira.

A Ago Social teve casa cheia em sua palestra durante o evento. Alexandre Amorim, CEO e cofundador da Ago, teve uma exposição concorrida, em que falou sobre a inovadora metodologia da Ago, o Impacto Exponencial. “Ouça seus potenciais parceiros. Procure saber suas dores e anseios. E mostre então como seu projeto pode ajudá-los, como você pode ser parte da solução”, orientou. A Ago Social,

O Festival ABCR foi palco do lançamento oficial da Revista Agora pela Ago Social: informação, formação e conexão para o ecossistema social brasileiro

Foto: Divulgação Festival ABCR / Renato Souza

Foto: Gus Benke

TENDO A AGO SOCIAL COMO UM DOS PALESTRANTES, 15º FESTIVAL ABCR MOVIMENTOU O ECOSSISTEMA, TRAZENDO A VANGUARDA DO PENSAMENTO EM CAPTAÇÃO

Fotos: Divulgação; Renato Souza; Diego Leão

Veja a movimentação do Festival ABCR 2023

Festival ABCR

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Ecossistema em Movimento | Ação da Cidadania

Lançamento: “Cidadania, A Fome das Fomes” LIVRO FAZ UM RESGATE E TRAÇA A TRAJETÓRIA DO COMBATE À FOME NO BRASIL E DA FORÇA DA AÇÃO DA CIDADANIA AO LONGO DAS ÚLTIMAS TRÊS DÉCADAS Por Talita Duprat, Articulista Time Ago

Fotos: Divulgação

Foto: Gus Benke

A

Do Time Ago, Talita Duprat e Giovanna Caminha prestigiaram o evento de lançamento do livro Cidadania: a Fome das Fomes, que contou com a presença do médico e educador Drauzio Varella e de Geyze Diniz, presidente do Conselho do Pacto Contra a Fome, entre outras lideranças de forte representatividade para os avanços do ecossistema social brasileiro

Ação da Cidadania

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Saiba mais sobre o livro Cidadania: A Fome das Fomes

marcante arquitetura do Instituto Tomie Ohtake foi palco, em 26 de setembro, do lançamento do livro Cidadania: A Fome das Fomes em comemoração aos 30 anos da Ação da Cidadania, uma organização da sociedade civil que tem como missão acabar com a fome no Brasil.

De um sonho “Brasil sem fome”, Hebert de Souza (1935-1997), mais conhecido como Betinho, fundou, em 1993, a Ação da Cidadania com o objetivo de construir uma rede de mobilização que fosse capaz de ajudar 32 milhões de pessoas que, conforme dados do período, se encontravam em patamares considerados então como de situação de pobreza.

Para celebrar os 30 anos da organização e seus impactos, o evento, sediado em São Paulo, reuniu convidados envolvidos com o ecossistema social, dentre eles o médico e educador Drauzio Varella e Geyze Diniz, presidente do Conselho do movimento Pacto Contra a Fome. Foi também ocasião para se fazer um alerta quanto à atual situação de pobreza no país.

Mediante esse contexto, Drauzio Varella faz um convite à sociedade civil ao afirmar que: “O governo não vai resolver esse problema. Não vai porque o governo está aí faz séculos e não consegue resolver. Eu acho que nós, a sociedade, temos que participar”.

Problemas complexos exigem soluções em rede, portanto precisamos apoiar e fomentar iniciativas que se propõem a articular os diversos setores para assim cocriar soluções em lar-

ga escala. Existe uma pluralidade de atores envolvidos nessa causa, como foi possível constatar no evento. Que possamos então nos unir para fazer a diferença.

LIVRO Escrito pelos jornalistas Ana Redig e Plinio Fraga, com arte de capa assinada pelo artista Vik Muniz, o livro Cidadania: A Fome das Fomes (Mórula Editorial, 2023) “registra 30 anos da história da cidadania brasileira descobrindo a prioridade de acabar com a fome”. A obra faz um resgate da iniciativa de Herbert de Souza, o Betinho, nos anos 1990 para envolver a sociedade brasileira no combate contra a fome e a pobreza do país, como uma ação de cidadania, e traça também uma trajetória da evolução destas fundamentais questões no país ao longo das últimas três décadas. “A Ação da Cidadania se reinventou, inspirada nas luzes que Betinho deixou.

Agora pelas mão de Daniel Souza e Kiko Afonso, respectivamente, filho de Betinho e de Carlos Afonso, fundadores do Ibase, uma das primeiras ONGs do Brasil. Nessas três décadas tudo mudou, mas o tamanho e a dor da fome são as mesmas”, apresenta a Sinopse da obra. “E poderia ser muito pior. A Ação chegou com alimentos a todo o Brasil. Governança, estratégias e comunicação, adaptados ao hoje, inspirando a cidadania!”.

Gestão Fácil

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Foto: Divulgação

Economia de Impa

como ser real?

A Economia de Impacto se caracteriza pela busca equilibrada entre a solução de problemas socioambientais e resultado financeiro, promovendo um sistema econômico regenerativo, equitativo e inclusivo Por Fernanda Andreazza, Articulista Estruturação Jurídica e Governança Sócia Andreazza, Otsuka e Botelho Advogados Associados e Cofundadora WIM Angels

O

Brasil conta formalmente, desde este segundo semestre, com uma estratégia para a Economia de Impacto. Em 17 de agosto de 2023 [mesma data em que a Ago comemorou seus 02 anos de atividades], foi publicado o Decreto 11.646, instituindo a Estratégia Nacional de Economia de Impacto e o Comitê de Economia de Impacto.

reais em 2021, com aumento de 60% em relação a 2020*.

Por outro lado, segundo pesquisa publicada na Stanford Social Innovation Review Brasil, embora os atores do ecossistema de impacto sejam bem-intencionados e promovam benefícios reais à sociedade, observa-se que o empreendedorismo social não se mostra realmente inclusivo.

De acordo com o Decreto, a Economia de Impacto se caracteriza pela busca equilibrada entre a solução de problemas sociais e ambientais e resultado financeiro, por meio de empreendimentos de impacto socioambiental positivo, onde se promova um sistema econômico regenerativo, equitativo e inclusivo (veja Art. 3º, I do Decreto 11.646/2023, disponibilizado em QR Code neste artigo).

Um alerta

Inclusivo, será?

A busca pelo desenvolvimento dos negócios de impacto, capazes de produzir uma economia mais justa e inclusiva não é novidade, sendo objeto de pesquisa e fomento há muitos anos.

Prova disso são os investimentos direcionados a este segmento no Brasil, que somaram mais de 18 bilhões de Estratégia Nacional de Economia de Impacto Acesse a íntegra do Decreto 11.646

Sendo a maior parte dos empreendedores sociais provenientes de países desenvolvidos ou de classes sociais mais altas, os autores da pesquisa observaram uma tendência à replicação da estrutura social: as classes mais ricas solucionam os problemas das classes menos favorecidas, nem sempre promovendo a efetiva inclusão dos beneficiados ou seu protagonismo no desenvolvimento das soluções para sua própria realidade.

Ainda segundo os autores, são raros os negócios de empreendedores provenientes da população menos favorecida que ganham escala.

O resultado da pesquisa serve de alerta para que possamos desenvolver uma real Economia de Impacto, efetivamente mais inclusiva.

Saiba mais: Panorama dos negócios de impacto no Brasil e no mundo

POR OUTRO LADO, PESQUISA PUBLICADA NA STANFORD SOCIAL INNOVATION REVIEW BRASIL, APONTA QUE O EMPREENDEDORISMO SOCIAL NEM SEMPRE SE APRESENTA DE FORMA EFETIVAMENTE INCLUSIVA: COMO TRANSPOR ESTE DESAFIO?

Investimentos de Impacto no Brasil

Stanford Social Innovation Review Brasil

Acesse a reportagem da revista Capital Reset

Confira o artigo “Em Busca do Empreendedorismo Social Inclusivo”

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Inovação Empreendedorismo | Aniversário Ago

Ago Social: mais que uma escola, um

movimento

Foto: Gus Benke

EM 17 DE AGOSTO DE 2021, NASCIA A PRIMEIRA TURMA DA AGO SOCIAL DE UM CURSO PARA EMPREENDEDORES SOCIAIS. A DATA FOI ESCOLHIDA COMO MARCO CELEBRATÓRIO DO ANIVERSÁRIO DESTA, QUE APÓS DOIS ANOS DE ATIVIDADES, JÁ É CONSIDERADA A MAIOR ESCOLA DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL DO BRASIL Por Fabíola Melo, Articulista Time Ago

E

deu início a uma relação muito próxima e de confiança entre ambos.

Com o passar do tempo, a aproximação foi crescendo, até que, em 2020, Alex Barbosa expressou a intenção de trabalhar em parceria com seu xará. Ele compartilhou com Alexandre Amorim a vontade de colocar em prática um propósito: “ajudar quem ajuda”.

Foto: Gus Benke

m agosto de 2016, Alexandre Amorim, empreendedor social e fundador da ASID Brasil, aceitou um convite para ser professor em um importante centro universitário de Curitiba (PR).

Foi lá que conheceu Alexandre (Alex) Barbosa, filantropo e investidor social que ajudou com o empréstimo de capital para o negócio da ASID. Esse contato

Os Alexandres da Ago: inovador negócio social voltado à educação e formação para empreendedores sociais se transforma na mais completa plataforma com o propósito de “ajudar quem ajuda” 38

NASCE A AGO: PROPÓSITO EM AÇÃO Assim, da admiração inicial mútua e que se fortaleceu com uma sincera amizade, nasceu a idealização de um projeto de negócio de impacto que, tempos depois, viria a se tornar a Ago Social.

“Quando convidei o ‘xará’ para construirmos a Ago, meu desejo era de ajudar quem ajuda através da educação.”

ALEX BARBOSA

O incentivo ao desenvolvimento do empreendedor de impacto foi desde o início um aspecto fundamental. Segundo Alex Barbosa, seu desejo era de: “Principalmente, levar aos empreendedores sociais conhecimentos fundamentais para que realmente passassem a se ver e se comportar como um negócio”.

Em janeiro de 2021, os “Alexandres” começaram efetivamente a criar a maior escola do Brasil voltada ao empreendedorismo social.

E, em 17 de agosto de 2021 (data escolhida para celebrar o aniversário da marca), ocorre a estreia: esta é a data em que aconteceu a primeira turma da Ago de um curso para empreendedores sociais, tendo como fundadores Alex Barbosa, Alexandre Amorim e a executiva Araceli Silveira, hoje conselheira da Ago.

ALAVANCAGEM DO IMPACTO Para Alexandre Amorim, foi um momento de muita expectativa e ansiedade.

“Foi uma sensação de frio na barriga. E, também, o sentimento de que estávamos começando algo que seria muito grande”.

ALEXANDRE AMORIM

Aquele desejo genuíno de ajudar as pessoas a tirar ideias do papel, evoluir seus projetos e realizar mudanças positivas no mundo deu certo.

“Ter participado ativamente da criação da Ago Social é uma das coisas das quais sinto mais orgulho de ter feito em minha vida pessoal e profissional. Na época sentia que os muitos anos de vivência que tenho como executiva de uma grande empresa seriam fundamentais e complementares à visão do Alexandre Barbosa (investidor social) e Alexandre Amorim (educador e empreendedor social). Acho que foram mesmo, mas a verdade é que aprendi muito mais do que ensinei”, conta Araceli Silveira, fazendo uma avaliação da grande troca proporcionada com a criação e desenvolvimento da Ago. “Aprendi sobre um mundo e uma realidade diferentes daqueles em que estava inserida.” E também:

“Aprendi sobre generosidade, dedicação, compartilhamento de propósitos e visões.”

ARACELI SILVEIRA

O alto potencial de mudança, de transformação de realidades, já vinha como um valor intrínseco da Ago. “Aprendi também sobre como mudanças efetivas são necessárias e não só podem acontecer – como um conceito abstrato – mas já estão acontecendo”, enfatiza. “Tenho orgulho também de ter sido parte da primeira turma na Ago e ter tido oportunidade de conviver com professores incríveis e colegas inspiradores. As minhas circunstâncias profissionais não me permitiram acompanhar o dia a dia desses primeiros dois anos.

Mas meu papel de conselheira na Ago Social tem me permitido acompanhar o crescimento e desenvolvimento da empresa, seus planos ousados de expansão”, considera. “Me permite saber que ainda vai contribuir de forma muito expressiva para o empreendedorismo social no país, para mudanças de paradigma e realizações extraordinárias!”

MOVIMENTO DE TRANSFORMAÇÃO

Foto: Divulgação

São fundadores, gestores, captadores de recursos e outros atores que buscam seu desenvolvimento por conta própria ou chegam até a Ago por meio das parcerias com empresas e outras instituições. Todos eles, agentes de transformação que recebem uma preparação cuidadoOs Alexandres da Ago com Araceli Silveira, sócia-fundadora e hoje Conselheira: “A Ago vai contribuir de forma muito expressiva para o empreendedorismo social no país, para mudanças de paradigma e realizações extraordinárias!”

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Inovação Empreendedorismo | Aniversário Ago

+2.300 alunos 175 cidades 26 Estados + DF 05 países 06 programas de

aceleração lançados

11 turmas imersivas +2 milhões de

reais mobilizados e investidos nos alunos por meio da Ago

samente pensada para acolher e gerar resultados.

De lá para cá, já se passaram dois anos de atividades ininterruptas de cursos, formações, aulas, lives, mentorias, enfim, muito conteúdo de alto valor entregue para alavancar o setor de impacto socioambiental.

Os números conquistados nessa trajetória não falam só da Ago. Eles refletem um verdadeiro movimento que expande e acelera o setor.

Alexandre Amorim acredita que, com o passar do tempo e o amadurecimento das formações e dos projetos corporativos, a geração de impacto ganha mais profundidade. “Avalio o crescimento da Ago nesses 02 anos como algo memorável. O quanto crescemos, geramos impacto e alcançamos o país inteiro em tão pouco tempo!”

E ele reflete: “Se já conseguimos tanta coisa, a perspectiva é de que os próximos anos serão marcados por mais crescimento”. Tudo isso se traduz em uma transformação ainda maior para todos os alunos. “Essa convicção se reflete no nosso dia a dia e alimenta a certeza de que vamos ajudar a transformar cada vez mais realidades, como tanto almejamos”, diz.

Tal convicção é compartilhada por Alex Barbosa. “Após 02 anos e esse volume de alunos, tudo indica que estamos no caminho certo. O impacto que estamos proporcionando através dessas formações, dos professores e de tudo que temos feito supera as expectativas do início”, avalia.

A VISÃO DA AGO SOCIAL

Foto: Renato Souza

Se a missão da Ago Social é de “transformar propósito em ação”. Sua visão não poderia ser mais convergente: “onde houver um problema social ou ambiental, ter um aluno Ago empreendendo”.

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Metodologia Ago Social

103 especialistas que atuaram como professores, facilitadores ou painelistas

12 metodologias de ensino +1.000 horas de conteúdo ao vivo e gravado 9,7 média de avaliação das aulas pelos alunos

Depois de chegar tão longe em tão pouco tempo, os fundadores da Ago levam consigo uma meta arrojada, contudo, capaz de beneficiar a sociedade em grande escala.

A ideia é garantir que exista um empreendedor social ou ambiental em todos os cantos do Brasil habilitado a pensar em soluções e implementá-las onde quer que exista uma dor ou problema. “Vejo a Ago, muito rapidamente, chegando a todos os municípios deste país e proporcionando acesso a isso tudo que geramos de informação”, assinala Alex Barbosa.

Ainda com relação ao futuro, a expectativa de Alex Barbosa é tornar a Ago um verdadeiro canal de fortalecimento para cada empreendedor socioambiental, um aliado para a ampliação do impacto, onde quer que seja.

Segundo os fundadores, tornar essa visão uma realidade é possível, sim. O segredo é contar com profissionais talentosos e engajados com o mesmo propósito. Que compartilham em seu cotidiano dos valores que conduzem a Ago: • • • •

Ir além; Ter prontidão para ajudar; Atuar com equilíbrio entre impacto e sustentabilidade financeira; Simplicidade com excelência.

A respeito da satisfação pelo que foi alcançado até aqui, Alex Barbosa assinala: “Pessoalmente, neste meu processo de devolver à sociedade aquilo que um dia tive o mérito e o privilégio de ganhar, também me realizo através de cada projeto e de cada aluno que nós temos. É como uma bênção poder me ver em cada um como se eu mesmo estivesse atuando ao lado deles”.

Os fundadores e a equipe da Ago Social com Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, e Rita Teixeira, do Instituto Ethos, no Festival ABCR 2023, palco do lançamento oficial pela Ago da Revista Agora: formação e informação de qualidade para a comunidade de impacto social brasileira

Fotos: Divulgação; ABCR; Gus Benke

Números: Ago em 02 anos

2023: escala e crescimento

Momentos Marcantes A LINHA DO TEMPO DA AGO: MARCOS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DA MAIOR ESCOLA DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL DO BRASIL.

01 fevereiro 2023

2022: crescimento acelerado

Lançamento do Programa Impacto Exponencial com a FEAC.

27 março 2023

24 a 26 janeiro 2022

03 dias de aula ao vivo: lançamento do Mapa do Empreendedorismo Social.

Início do projeto Consultoria Social com a B3.

07 março 2022

Pré-lançamento da Revista AGORA: edição-piloto estreou com alta receptividade no Congresso Gife e no FIFE.

12 abril 2023

Nova formação: 1ª turma da formação “Liderança Para o Impacto”.

04 julho 2023

02 maio 2022

Aula inaugural do 1º programa corporativo como parceiro executor: BTG Soma Meio Ambiente, iniciativa do BTG Pactual.

17 a 19 maio 2022

Coesão: 1ª imersão de Planejamento do time Ago.

2021: os fundamentos 17 agosto 2021

Aula inaugural da 1ª turma da história da Ago Social: Empreendedorismo Social na Real – ESR.

09 dezembro 2021

Fotos: Divulgação; Acervo Ago; Gus Benke

Evento “Vozes do Empreendedorismo”: pitch night dos empreendedores da 1ª turma de Empreendedorismo Social na Real.

Lançamento oficial da Revista AGORA durante o Festival ABCR com milhares de assinantes.

08 julho 2023

Atingimos 2.300 empreendedores e gestores socioambientais impactados em nossos programas.

29 julho 2023

27 e 28 junho 2022

1ª participação da Ago expondo em um evento do setor: Festival ABCR.

Conclusão da 1ª turma do programa Jornada para Empreendedoras no Rio de Janeiro, uma iniciativa do BTG Pactual,

31 maio 2022

17 agosto 2023

Lançamento do 1a formação em assíncrona: Captação Inteligente.

Aniversário Ago: 02 anos.

04 julho 2022

E vamos ao Ano 03.

Gratidão pelas conquistas, e vamos juntos!!

Tem muito mais a caminho!

1ª turma da formação AcelerAção.

17 agosto 2022

Aniversário Ago: 01 ano.

Uma escola para a transformação: em apenas dois anos, a Ago desenvolveu mais de 2.300 empreendedores sociais com seus cursos, mentorias e metodologia exclusiva; e conseguiu mobilizar mais de R$ 2 milhões em investimentos nos alunos. Nas fotos, uma seleção de vários dos momentos marcantes desta história, em todo o Brasil - das aulas, parcerias executivas com investidores privados, exposições e ações em eventos importantes do ecossistema ao engajado e ultracompetente Time Ago 41

Inovação Empreendedorismo | Aniversário Ago

A Ago por...

Alunas e Alunos

Lorena Mello Rodrigues,

FIZ PARTE DA PRIMEIRA TURMA DE ACELERAÇÃO DA AGO. COM TUDO O QUE APRENDI, ME SENTI IMPULSIONADA A COLOCAR PROJETOS EM PRÁTICA. COLOQUEI UM NOVO SERVIÇO PARA RODAR E FOI UM SUCESSO! ALÉM DISSO, FUI ATRÁS DA PARTE DE REGULARIZAÇÃO DO NEGÓCIO. NESSE SENTIDO, A AGO REPRESENTA AÇÃO MESMO, PORQUE, A PARTIR DO MOMENTO EM QUE FIZ A ACELERAÇÃO, FORMALIZEI O NEGÓCIO, TESTEI O MVP [PRODUTO MÍNIMO VIÁVEL] DE UM NOVO SERVIÇO, E REALIZEI VÁRIAS OUTRAS COISAS QUE DEIXAVA COMO PENDÊNCIA POR NÃO SABER OS CAMINHOS DE COMO EXECUTAR.

ALUNA DA FORMAÇÃO ACELERAÇÃO

Míriam Faria,

A AGO VEIO PARA MIM ATRAVÉS DE UMA INDICAÇÃO PARA PARTICIPAR DE UMA ACELERAÇÃO EM VENDAS E FOI MUITO BOM PARA OLHAR PARA O MEU NEGÓCIO E ENTENDER EM QUE MOMENTO ELE ESTAVA E TAMBÉM PARA DESTRAVAR ALGUNS PONTOS IMPORTANTES NAQUELE MOMENTO. POR ISSO, A AGO REPRESENTA PARA MIM O AGORA: PRECISAMOS NOS MOVIMENTAR, PRECISAMOS FAZER, COLOCAR AS IDEIAS EM PRÁTICA. A AGO AJUDA MUITO A FAZER ISSO!

Macaia Eco, Paraná

Se Liga, Conectando Gerações, São Paulo PARTICIPANTE DA FORMAÇÃO ACELERAÇÃO

MEU CONTATO INICIAL FOI QUANDO ANUNCIARAM O PRIMEIRO VOZES DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL, QUE EU ASSISTI TORCENDO POR TODOS. LOGO PROCUREI POR ELES, E O PRÓPRIO ALEXANDRE AMORIM ME VENDEU O CURSO DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL NA REAL! A AGO FOI MUITO IMPORTANTE PARA O COMPRA DO BEM, PORQUE ME AJUDOU A ENTENDER SOBRE EU MESMA E SOBRE O MEU NEGÓCIO, A COLOCÁ-LO EM PRÁTICA E FAZER MUDANÇAS NECESSÁRIAS PARA TORNÁ-LO MELHOR. EU MAL CONSEGUIA EXPLICAR A MINHA IDEIA QUANDO COMECEI! EM UMA SÓ PALAVRA, A AGO SIGNIFICA PARA MIM APOIO!

A AGO REPRESENTA PARA NÓS OPORTUNIDADES. ELA APONTOU CAMINHOS PARA QUE O NATUREZA BELA PUDESSE SE ORGANIZAR MELHOR. FOI QUANDO PERCEBEMOS OS NOSSOS POTENCIAIS, O QUE DE MELHOR NÓS TEMOS NA NOSSA INSTITUIÇÃO. TUDO ISSO COM MUI-

Melissa Pelhon,

PARTICIPANTE DO PROGRAMA BTG SOMA MEIO AMBIENTE, INICIATIVA DO BTG PACTUAL COM PARCERIA EXECUTIVA DA AGO

Compra do Bem, Santa Catarina

TO PLANEJAMENTO, COM UM TIME MUITO ENGAJADO, COM FOCO NAQUILO QUE DESEJAMOS CONQUISTAR.

Cariele Souza,

Grupo Ambiental Natureza Bela, Bahia

ALUNA DA FORMAÇÃO EMPREENDEDORISMO SOCIAL NA REAL

A Ago por...

Professores e Professoras

Foto: Divulgação DESDE OS PRIMEIROS PASSOS DA AGO, TENHO ACOMPANHADO A IDEIA DOS ALEXANDRES, ATÉ SE TRANSFORMAR NESSA PLATAFORMA DE MUDANÇA PODEROSA. INICIALMENTE, ME ENVOLVI NO DESENVOLVIMENTO DO BRANDING. NA MEDIDA EM QUE A PRIMEIRA TURMA FOI SE FORMANDO, TIVE A OPORTUNIDADE DE COLABORAR COM PROFESSORES INSPIRADORES E EMPREENDEDORES SOCIAIS RENOMADOS NO PRIMEIRO CURSO DA AGO. FAZER PARTE DESSA TRAJETÓRIA É INCRÍVEL, POIS CONSIGO PERCEBER O IMPACTO DA PRIMEIRA SEMENTINHA ATÉ OS NEGÓCIOS DE IMPACTO GANHANDO VIDA. COMO EDUCADORA E MENTORA, É GRATIFICANTE VER OS ALUNOS DA PRIMEIRA TURMA SE DESTACANDO EM SUAS JORNADAS. E A EQUIPE TORNOU MINHA EXPERIÊNCIA EXCEPCIONAL, DOS FEEDBACKS MINUCIOSOS À BUSCA CONSTANTE POR UMA MELHOR EXPERIÊNCIA E À LIBERDADE QUE RECEBI PARA COCRIAR NOVOS FORMATOS DE AULA, COMO O BAR COM MARCAS. TENHO MUITO ORGULHO DE FAZER PARTE E TESTEMUNHAR O CONTÍNUO IMPACTO POSITIVO DA AGO NO BRASIL E NO MUNDO.

Catarina Alencar, Adverso Lab

Foto: Thays Bittar PARA MIM, QUE FAÇO PARTE DESSE ECOSSISTEMA DE NEGÓCIOS DE IMPACTO DESDE SEU INÍCIO AQUI NO BRASIL, ACOMPANHAR BEM DE PERTO O SURGIMENTO DA AGO TEM SIDO MUITO LEGAL. PRINCIPALMENTE PELAS LIDERANÇAS QUE TEM. JÁ CONHECIA O ALEXANDRE AMORIM E ACOMPANHAVA O TRABALHO BONITO QUE VINHA FAZENDO NA ASID BRASIL. VEJO O SURGIMENTO DA AGO COMO UM AMADURECIMENTO DO NOSSO SETOR, COMO UM ESPAÇO MUITO IMPORTANTE PARA FOMENTAR CONHECIMENTO ESPECÍFICO PARA EMPREENDEDORES SOCIAIS. ESTAR JUNTO DE GRANDES PROFESSORES E VÁRIOS EMPREENDEDORES QUE ACABEI CONHECENDO NESTA JORNADA FOI MUITO ÚNICO, ESPECIAL. ACREDITO QUE ESSA TROCA FOMENTA MUITO O ESPÍRITO DE GRUPO QUE UMA COMUNIDADE EMPREENDEDORA DE PONTA TEM QUE TER. A AGO TEM UMA IMPORTÂNCIA GIGANTESCA EM ESTIMULAR O ECOSSISTEMA DE IMPACTO, PORQUE DE FATO ESTÁ FORMANDO UMA BASE PARA NOVAS SOLUÇÕES, NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDIMENTOS SOCIAIS. TEM SIDO UMA HONRA MUITO GRANDE E SINTO QUE SÓ ESTÁ COMEÇANDO.

Gustavo Fuga,

vc_tb (antiga 4YOU2) 42

Foto: Divulgação MINHA HISTÓRIA COM A AGO COMEÇA ANTES MESMO DE ELA NASCER, QUANDO TIVE A OPORTUNIDADE DE DAR AULA EM UMA PÓS-GRADUAÇÃO SOBRE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO SOCIAL EM PARCERIA COM O ALEXANDRE AMORIM, O PAULO CRUZ E OUTROS EMPREENDEDORES E PROFESSORES INCRÍVEIS. SOU TOTALMENTE APAIXONADA POR ESSE EMPREENDEDORISMO QUE TRANSFORMA O MUNDO E MUDA A VIDA DAS PESSOAS PARA MELHOR. TER O PRIVILÉGIO DE COMPARTILHAR MINHA JORNADA E DA ALIANÇA EMPREENDEDORA COM EMPREENDEDORES SOCIAIS DE TODO O BRASIL, E SER ALTAMENTE INSPIRADA POR ELES E ELAS, É UM CONVITE QUE NÃO RECUSARIA DE JEITO NENHUM. A AGO É A MAIOR ESCOLA DE IMPACTO POSITIVO, POIS DESDE O INÍCIO SEUS FUNDADORES SONHARAM GRANDE E COLOCARAM COMO PREMISSA SER UMA ESCOLA INCLUSIVA, ABERTA, FEITA DE EMPREENDEDORES PARA EMPREENDEDORES. POR TUDO ISSO, ME SINTO EXTREMAMENTE PRIVILEGIADA EM FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA.

Lina Useche,

Aliança Empreendedora

Foco Estratégico | 3o Setor e ESG

Todos pelo ESG Foto: Divulgação

EMPRESAS E ATORES SOCIAIS COM A EXPERTISE DO ECOSSISTEMA PODEM ATINGIR JUNTOS, DE FORMA MAIS RÁPIDA, ABRANGENTE E COM EXPONENCIAÇÃO DO IMPACTO POSITIVO, OBJETIVOS AMPLOS, SUSTENTÁVEIS E DURADOUROS DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Por Jéssica Arndt, Articulista Time Ago

C

ada dia mais, as empresas vêm enxergando a necessidade de atuar nos pilares ESG. A sigla, que vem do inglês “Environmental, Social and Governance”, refere-se a um conjunto de critérios de conduta a respeito da responsabilidade social, ambiental e de governança das corporações. Porém, muitas ainda enfrentam dificuldades ou não sabem por onde começar. Diante disso, diversas iniciativas e muitos atores têm se mobilizado quanto a esta pauta, buscando fomentar o ecossistema de impacto positivo.

Exemplo disso foi o conteúdo trazido pelo XXI Congresso do Terceiro Setor e ESG, realizado em São Paulo no mês de agosto pela Econômica Desenvolvimento Social. O evento reforçou a importância de as empresas apoiarem as organizações sociais e a força dessa união.

Na ocasião, a Ago conversou com Marcos Biasioli, coordenador geral do Congresso e sócio do escritório M. Biasioli Advogados, que falou de sua visão a respeito do potencial que o ESG traz para as empresas se engajarem em uma consciência social e do envolvimento do 3º Setor nesse movimento para agir no pilar S (Social). Em seu artigo “ESG e a parceria com o Terceiro Setor”, Biasioli defende que: “... as empresas muitas vezes, querendo fazer o social de uma forma um pouco mais proativa, resolveram fazer com as suas próprias mãos, com suas próprias forças. Porém, quando nós tratamos de promoção humana, os maiores especialistas disso são as entidades bene-

ficentes certificadas pelos ministérios. (...) Então, o que a gente defende neste artigo, é uma tese onde o ator social na construção do pilar S (Social) das externalidades seja parceira das OSCs”.

REGULARIZAÇÃO Está claro que, de um lado, há muitos empreendedores sociais realizando trabalhos incríveis que resolvem problemas da nossa sociedade e contribuem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU. Contudo, as organizações e negócios sociais devem estar regularizados e qualificados para facilitar a captação de recursos, principalmente vindos de grandes corporações. Estas, por sua vez, precisam se unir aos atores que têm a expertise do cenário de impacto e que por isso podem ajudá-las a atingir seus objetivos de responsabilidade socioambiental de forma eficiente.

Percebe-se que, cada vez mais, não há como fugir: a sociedade como um todo deve ter o compromisso de contribuir para a sustentabilidade socioambiental do planeta e as empresas têm uma responsabilidade grande nisso, além de oferecer o potencial para escalar o impacto positivo. Com o aumento de controles e auditorias, não há mais espaço para a prática de social washing, que infelizmente ainda é muito comum.

Além do fato de ser nítido que a perda reputacional trará muito mais prejuízos em proporção ao investimento na implantação de práticas ESG sérias e em parcerias estratégicas.

Diversas iniciativas e muitos atores têm se mobilizado quanto à pauta ESG. Exemplo disso foi o conteúdo trazido pelo XXI Congresso do Terceiro Setor e ESG, realizado em São Paulo em agosto: ênfase na importância de as empresas apoiarem as organizações sociais e na força dessa união

XXI Congresso do 3º Setor e ESG

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Eventos | Latimpacto 2023

Latimpacto 2023: Brasil e América Latina em conexão

P

Fotos: Divulgação

ensamento e ações coletivas de formas inovadoras e diversas, tanto nas modalidades de financiamento e financiadores, quanto de implementação de soluções e multiplicidade de atores e competências.

Um pensamento inovador e coletivo voltado a soluções para a intensidade e profundidade dos problemas socioambientais latino-americanos é um enfoque que se cristaliza da riqueza de temas e abordagens que movimentou a Conferência Latimpacto – Impact Minds, realizada de 28 a 30 de agosto no Rio de Janeiro, voltada ao público de toda a América Latina. Trazemos aqui um denso panorama do evento e do ecossistema de impacto na região pela perspectiva do jornalista Guilherme Mattoso, gerente de comunicação do Movimento Bem Maior, em artigo nesta Revista Agora; e de Greta Salvi, diretora do Brasil da Latimpacto, em entrevista exclusiva.

Impacto Social na América Latina Foto: Divulgação

OS DESAFIOS DOS NEGÓCIOS DE IMPACTO NA REGIÃO SÃO SIGNIFICATIVOS, MAS TAIS ADVERSIDADES ABREM OPORTUNIDADES PARA INOVAÇÃO, PARCERIAS E O POTENCIAL DE MELHORAR A VIDA DE MILHÕES DE PESSOAS Por Guilherme Mattoso, Articulista Sustentabilidade Gerente de Comunicação do Movimento Bem Maior

O

s negócios de impacto social na América Latina enfrentam desafios significativos, incluindo barreiras regulatórias, efeitos da crise climática, acesso limitado a financiamento e, sobretudo, desigualdades socioeconômicas históricas. No entanto, essas adversidades também abrem oportunidades para inovação, parcerias estratégicas e o potencial de melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas na região.

Foi pensando neste manancial de possibilidades que a rede Latimpacto reuniu quase 600 pessoas de 26 países para a conferência “Impact Minds: Standing Together”, realizada no Rio de Janeiro entre 28 e 30 de agosto. O encontro 44

contou com uma programação variada, que incluiu visitas de aprendizagem, rodadas de negócios e momentos de integração, além painéis com a participação de 180 especialistas em temas como blended finance, mensuração de impacto, bioeconomia e filantropia estratégica, entre outros.

Para nós, brasileiros, a realização do encontro no Rio de Janeiro foi muito importante, por oportunizar uma maior aproximação e participação do Brasil no ecossistema de impacto em nível regional. Creio que um dos grandes méritos do Latimpacto é, justamente, essa capacidade de reunir uma gama tão diversificada de investidores, negócios de impacto, organizações sociais,

governos e organismos internacionais, entre outros atores, para três dias de intercâmbio e trocas de experiências muito qualificadas e inspiradoras.

FUTURO DE COOPERAÇÃO No âmbito econômico, a participação dos presidentes do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Sergio Diaz-Granados, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou a relevância do investimento estratégico no ecossistema de impacto. Além disso, o encontro serviu como uma janela para um futuro de cooperação entre as duas instituições, com o

intuito de ampliar o acesso a recursos, facilitar a mobilização de financiamentos mistos com o setor privado e maximizar resultados de iniciativas com ciclos de longo prazo.

Um aspecto muito interessante foi notar o protagonismo do Brasil em determinados temas que são emergentes no ecossistema, como bioeconomia, conservação ambiental e questões de raça e gênero, este último com merecida homenagem em plenária a Bernadete Pacífico, líder quilombola baiana que foi assassinada em 17 de agosto.

ROTAS DE APRENDIZAGEM Nas rotas de aprendizagem, visitei o município de Miguel Pereira, no interior fluminense, e conheci de perto o trabalho inovador do Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA) para

a formação de corredores de florestas e reconstituição de Mata Atlântica no Sudeste do país. No painel “As Pessoas no Centro”, ouvir Tom Mendes, do Instituto Brasil Identidades, falar sobre o desafio do antirracismo no país e o seu “sim à igualdade racial” trouxe um impacto muito significativo para a plateia, interessada em saber mais sobre a experiência da organização que esta jovem liderança representa.

No campo da filantropia estratégica, uma oficina de destaque foi “Repensando o apoio filantrópico por meio de editais”, reunindo Carola Matarazzo, do Movimento Bem Maior; Daiany França Saldanha e Rodrigo Cavalcante, do Phomenta; Gelson Henrique, da Iniciativa PIPA; e Luiza Serpa, do Instituto Phi. O debate propôs aprofundar a compreensão dos desafios enfrenta-

dos por pequenas organizações sociais na captação de recursos por meio de editais e discutir ideias e ações práticas mais acessíveis e democráticas.

A conferência "Impact Minds: Standing Together" proporcionou uma visão valiosa das oportunidades e desafios que os negócios de impacto social enfrentam na América Latina. O evento demonstrou o potencial transformador dessas iniciativas e a importância de parcerias globais para abordar questões locais urgentes, como desigualdade socioeconômica e mudanças climáticas.

O compromisso em prol do desenvolvimento sustentável e da justiça social é fundamental, e as trocas e colaborações iniciadas durante o encontro representam um passo significativo em direção a um futuro mais inclusivo e ambientalmente consciente.

Foto: Divulgação

Entrevista

Greta Salvi,

DIRETORA DO BRASIL DA LATIMPACTO

Qual a proposta da Conferência Latimpacto?

Esta foi nossa 2ª conferência anual. A Latimpacto é uma rede que tem pouco mais de 03 anos de operação. Em primeiro lugar, é ser este encontro anual dos nossos membros, cerca de 200 em toda a América Latina. A Conferência é um encontro presencial de todos os atores, de diferentes países, mas não é exclusiva para membros. É para o ecossistema de impacto, principalmente provedores de capital. A proposta é de ser este grande encontro latino-americano de financiadores e investidores de impacto nos diferentes países da América Latina.

Quais foram os principais pontos abordados?

Foram muitos. O Latimpacto é uma rede multissetorial de que podem fazer parte institutos e fundações, empresas, famílias, family offices, incubadoras e aceleradoras, investidores públicos e privados das mais diferentes naturezas, organizações multilaterais, universidades, advogados. É um pool diverso e amplo de atores que usam variados tipos de capital, financiam diferentes formas. Por isso trou-

xemos uma programação bem diversa. Entre as principais mensagens, creio que temos o senso de urgência. São muitos problemas socioambientais a serem resolvidos e precisamos da união de atores. O propósito do Latimpacto de conectar os diferentes atores vem também de um lugar de querer mobilizar, alavancar capital para o impacto, trazendo diferentes formas de fazer. Estratégias de venture philanthropy, investimento de impacto, ferramentas como blended finance, são formas de viabilizar isso e que podem catalisar diferentes tipos de capital. O senso de urgência mostra muito isto: que precisamos de todos os atores fazendo junto, que precisamos de mais ambição e ousadia, de investidores mais dispostos as correr riscos, a financiar soluções em estágios não tão maduros, de viabilizar que estas soluções se desenvolvam. Entendemos que não dá para olhar o futuro com lentes do passado. Estas soluções mais inovadoras, o financiamento inovador, vem de um momento em que precisamos agir e rápido na forma de inovar e fazer. Falou-se bastante também que é necessário descentralizar o uso dos recursos, principalmente sob uma perspectiva indígena e racial. E que precisamos pensar em uma construção coletiva nas respostas. Este pensar, fazer coletivo, um coletivo de diferentes setores, foi uma mensagem muito forte. Outro aspecto importante é o de conectar o Brasil com a América Latina.

Quais as perspectivas e desafios para hoje e o futuro no ecossistema de impacto?

Temos desafios importantes nas desigualdades e mudanças climáticas. E precisamos claramente de todos os setores envolvidos nas soluções. Todas as abordagens, da filantropia ao ESG, precisam pensar em como resolver estes desafios, como ser parte das soluções. O evento contribui com esta construção. Creio que nosso grande diferencial é que trazemos uma perspectiva mais integrada entre os setores.

Isso traz uma perspectiva de colaboração um pouco maior.

Pensando no futuro do ecossistema, acreditamos que é inovando, tendo uma visão mais estratégica, mais coordenada, inclusive com o poder público, para avançarmos.

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Embaixador Ago – Negócios | Futuro de Impacto

Inclusão e participação: chaves para avançar Foto: Divulgação

O FUTURO DO IMPACTO SOCIOAMBIENTAL: TENDÊNCIAS E GESTÃO DE PROJETOS SUSTENTÁVEIS Por Carlos Ebner, Embaixador Negócios Ago Social Consultor de Negócios para o Brasil da ICF Consultoria Internacional

O

conceito de impacto socioambiental ganha cada vez mais relevância no cenário global. Na medida em que os desafios sociais e ambientais se intensificam, surge a necessidade de encontrar soluções eficientes e sustentáveis. No entanto, para alcançar resultados duradouros, é necessário adotar abordagens inovadoras e criar projetos sociais que envolvam ativamente a comunidade.

Uma das principais tendências no campo do impacto socioambiental é a busca por projetos que sejam capazes de promover mudanças positivas ao mesmo tempo em que garantem a preservação do meio ambiente. Isso inclui o desenvolvimento de tecnologias limpas, eficiência energética, gestão adequada dos recursos naturais e a redução do impacto negativo nas comunidades locais.

Participação e inclusão Além disso, a gestão de projetos sociais tem evoluído para englobar uma abordagem mais participativa e inclusiva.

Essa abordagem colaborativa garante que as necessidades e desejos da comunidade sejam considerados, 46

fortalecendo a sustentabilidade do projeto a longo prazo.

Em vez de impor soluções de cima para baixo, os projetos agora são construídos em conjunto com a comunidade, envolvendo os beneficiários desde o planejamento até a implementação.

Tecnologias

Outra tendência é a utilização de tecnologias digitais para otimizar a gestão de projetos sociais. A inteligência artificial, por exemplo, pode ser aplicada na análise de dados, na identificação de padrões e na avaliação de impacto, proporcionando maior eficiência e precisão nas tomadas de decisão. A comunicação também é facilitada por meio de plataformas digitais, permitindo um melhor engajamento da comunidade e a disseminação de informações relevantes.

Além disso, a educação e o empoderamento da comunidade são es-

senciais para o sucesso dos projetos sociais. Ao fornecer treinamento e capacitação, é possível criar um ambiente propício para a implementação e continuidade das ações. O envolvimento ativo da comunidade não só garante a apropriação dos projetos, mas também estimula que os membros se tornem agentes de transformação em suas próprias comunidades.

Trabalho conjunto

Na medida em que avançamos rumo ao futuro, é fundamental que iniciativa privada, governos e sociedade civil trabalhem em conjunto para enfrentar os desafios socioambientais. O impacto positivo só será alcançado se houver cooperação, transparência e dedicação de todos envolvidos.

O futuro do impacto socioambiental está ancorado em projetos sustentáveis e inclusivos, que promovam o engajamento ativo da comunidade. A adoção de tecnologias inovadoras e a valorização da participação da sociedade são fundamentais para alcançar resultados duradouros e transformadores: juntos, podemos construir um futuro mais justo, equilibrado e sustentável para as gerações presentes e futuras.

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Papo de Impacto | Ana Fontes

Empreendedorismo social é força de mudança

Ana Fontes

durante o Festival ABCR 2023

A dimensão da potência do empreendedor brasileiro e de sua coragem. Ouvir a fala de Ana Fontes, a inspiradora fundadora da RME – Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME, modifica a forma de ver o empreendedorismo e o ecossistema social brasileiros. Ela abre caminhos para uma visualização clara e fluída de como implementar soluções para os desafios do ecossistema social brasileiro, dentro de uma realidade palpável e ainda assim com elevada capacidade transformadora. Em entrevista à Revista Agora durante o Festival ABCR 2023, no mês de julho em São Paulo, Ana Fontes fala sobre empreender em nosso cenário, abordando questões cruciais como a viabilização do negócio social no país. E dá o recado do valor do empreendedor social e suas ações: “Mudamos muito as coisas no Brasil através do empreendedorismo social”.

Por Camila Gino

Fotos: Divulgação Festival ABCR / Renato Souza e Diego Leão

Para quem está organizando ou começando seu empreendimento, o que é fundamental?

Algo muito importante é buscar conhecimento. É fundamental. Foi isso que fiz lá atrás. Eu consumia muito conhecimento, e conhecimento gratuito. Eu buscava organizações e instituições que trabalhassem com a temática, seguia, lia artigos e informações, participava de cursos, cursos online. Mesmo para quem não tem dinheiro, é possível buscar conhecimento. Segundo, é importante conectar-se com um mentor ou uma mentora, alguém que é especialista no tema, que já empreendeu e vai ajudar a abrir portas, caminhos, dar um conselho.

Tenho até hoje mentores e mentoras que me ajudam e me orientam. Isso é bem importante. Terceiro, ficar muito atento ao que de verdade é o seu negócio, qual a causa que você tem, quem você quer impactar. Porque às vezes as pessoas não têm isso com muita clareza.

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A questão do foco, e você falou disso em sua palestra no Festival ABCR: às vezes nos envolvemos com tanta coisa e tendemos a querer abraçar tudo.

Como e por que delimitar?

Tem que focar na causa que você tem.

Porque não se pode abrir muito o leque, senão você não dá conta. Não conseguimos resolver todos os problemas. O Brasil é um país complexo, que tem várias questões. Então, se você quer atuar em uma causa social, escolha uma causa muito específica, tenha foco. Você vai poder se aprofundar mais naquele assunto, vai aprender, conhecer melhor, e com isso conseguir criar soluções melhores.

Seu modelo, que é muito inspirador, tem a questão do microcrédito, voltado a ajudar empreendedoras que têm negócios ainda bem pequenos. O que você percebe que são as principais demandas deste formato, que é um modelo de empreendedorismo que comporta uma parte expressiva dos brasileiros como um todo?

Falamos que no mundo dos empreendedores, um bom negócio é aquele que resolve problemas reais das pessoas. Porque há muitos negócios que são aqueles que chamamos de “vitamina”: são legais, mas não resolvem uma dor real. No empreendedorismo social, você tem que identificar também uma dor real, para de fato criar um negócio ou pensar em como desenvolver. Temos muito desafio no Brasil no acesso a recurso financeiro.

Não só microcrédito, mas outras ferramentas de crédito, o recurso financeiro como um todo. Doação, linhas de crédito, linhas de acesso ao capital, capital para inovação, capital para criar negócios sociais. Este é um grande desafio que temos de trabalhar através de políticas públicas. Viabilização de negócios.

E nós mudamos muitas coisas no Brasil através do empreendedorismo social.

Porque ele é uma forma de você ir resolvendo problemas locais. Ele não vai mudar tudo, porque neste caso é necessário política pública, mas vai resolvendo questões locais. Na minha visão, isso é muito importante.

Fala Social

Agora: momento de cooperar DENTRE OS AVANÇOS VIVENCIADOS PELO ECOSSISTEMA DE IMPACTO SOCIOAMBIENTAL NOS ÚLTIMOS ANOS, CHEGAMOS A UM PRESENTE EM QUE ASCENDE A NECESSIDADE, E O VALOR, DA ATUAÇÃO EM COOPERAÇÃO

No ecossistema de impacto, não caminhamos para o aumento da competitividade e sim para o aumento da cooperação.

Exatamente neste caminho que a proposição de fortalecer os atores que estão gerando impacto direto é fundamental.

Por isso que esta segunda edição é tão especial!

FORTALECIMENTO DO ECOSSISTEMA

Foto: Gus Benke

N

os últimos anos, muitos setores da economia têm se consolidado com novas tecnologias, modernização de práticas de gestão, maior conexão com outros países – gerada pela abertura de fronteiras e, por fim, aumento da competitividade.

O ecossistema de impacto socioambiental também tem passado por diversos avanços nesses últimos anos: desenvolvimento de novos tipos e do acesso a capital, aumento do número de atores, avanços na legislação e advocacy, entre tantos outros ganhos. Porém, no ecossistema de impacto, ocorre um movimento particular:

É algo incomparável ter a oportunidade de ouvir empreendedores, representantes do investimento socioambiental privado, organizações da sociedade civil em vozes plurais, com diferentes pontos de vista em um debate qualificado sobre como fortalecer esses atores.

Esta é a pauta que tem norteado os esforços da Ago Social, que até hoje já fortaleceu mais de 2.300 empreendedores e gestores socioambientais.

Esse caminho é a base para o crescimento do ecossistema, sucesso dos empreendimentos e organizações sociais e, por fim, para a transformação de muitas realidades no nosso país.

Como diz o cofundador da Ago Social, Alexandre Barbosa, “ajudar quem ajuda”: esta é a base para que o propósito de milhares de pessoas se transforme em impacto!

Até a próxima edição!

Parabéns por ser parte e vibrar com este nosso ecossistema colaborativo e impactante!

Alexandre Amorim, Cofundador e CEO Ago a.amorim@agosocial.com.br 49

Agenda

Programe-se para os próximos eventos Outubro

FIIS – Festival Internacional de Inovação Social

Novembro

Conferência Ethos 360º Quando: 21 e 22 de novembro Onde: São Paulo (SP)

Quando: 22 de outubro Onde: São Paulo (SP)

Outubro

Novembro

Prêmio VOL

V Congresso Ibero-Americano de Responsabilidade Social

Quando: 24 de outubro Onde: Belo Horizonte (MG)

Outubro

Quer saber mais sobre a programação de eventos do ecossistema social realizados no Brasil?

Conferência Ethos 360º

Quando: 22 a 24 de novembro Onde: Lisboa (Portugal)

Abril 2024

FIFE 2024

Quando: 26 outubro Onde: (virtual) Canal Ethos no YouTube

Quando: 23 a 26 de abril Onde: Belo Horizonte (MG)

Testemunhais

Testemunhos de gestores e agentes de mudança que integram a Comunidade Ago Social. Nesta edição,

alunos do módulo de Captação Inteligente contam como potencializaram sua atuação e o resultado das organizações onde atuam.

Forma simples de falar

Parte da Família

Sempre falo que a Ago não oferece somente cursos. Ela oferece acolhimento. Entende nossos desafios e nos auxilia na resolução deles. Temos uma rede de apoio que nos fortalece enquanto vamos andando. É isso que a Ago faz nas nossas vidas de empreendedores. Ela nos fortalece para superar nossas inconsistências com capacitação e conexões que nos ajudam a seguir um novo caminho com um novo olhar.

A Ago é muito especial na minha vida. Em todos os momentos em que o Palha Social estava com dificuldades, houve um ‘dedinho’ da Ago para me ajudar. A Ago está pelo impacto, mas eu acho que está também pelo coração, pela humanidade e pela parceria. Eu me sinto muito grato e me sinto parte da Família Ago.”

Veja mais testemunhos e histórias de impacto 50

Olha, de tudo que já investi, parece que esse curso foi o melhor. Poderia ter pego todo valor que já investi em formação e ter entregue para a Ago que valeria a pena. Foi muito prático e consegui ver coisas que podemos fazer aqui na nossa região. Parabéns!

Aluna Ago: Júlia Cristina Marian APAE Lages

Aluno Ago: Heitor Arrais Palha Social Fotos Divulgação

Aluna Ago: Janine Silva Klumie Libras

Conteúdo prático

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