ACIF em Revista de Maio- Edição 281

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Í N D I C E

12 ‘A economia de Franca vai recuperar graças a muito trabalho’, diz Luiza Helena

20 Gnocchi para homenagear as ‘mammas’ no mês dedicado a elas

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28 City Posto foi inspirado em conveniência do exterior e possui mix com 13 mil itens

44 Cocapec tem laboratório de última geração para classificação de cafés especiais

A ACIF na Quarentena

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Nova campanha da ACIF resgata ‘ícones francanos’ em kits de copos colecionáveis

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Click ACIF

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Máscara e álcool gel são armas no combate ao novo coronavírus

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ACIF lança projeto para auxiliar associados na busca por crédito

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A hora da reinvenção nos negócios

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Alice no País das Maravilhas e seus ensinamentos sobre a economia

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ACIF terá plataformas online de compra e venda e de vantagens entre associados

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Núcleo de Hamburguerias promove desafio para divulgar os melhores burguers

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Como fortalecer sua marca em tempos de crise?

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Certificado digital adota sistema ‘delivery’ durante a pandemia

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Do Estado de “Calamidade Pública”

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Polo Francano de TI oferece assessoria online gratuita para home offices

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CME inova na quarentena, realiza reuniões e palestras online e fortalece rede

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Coronacrise até onde irá?

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Notas do DNI

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Fique por dentro do Impostômetro

DIRETORIA ADMINISTRATIVA E CONSELHO DELIBERATIVO - BIÊNIO 2019/2021 Tarciso Bôtto, Presidente João Batista de Lima, 1º Vice-Presidente Ézio Luiz Pedrosa, 2º Vice-Presidente Fernando Rached Jorge, 3º Vice-Presidente Thalita Faleiros Coelho, 4ª Vice-Presidente José Alexandre Carmo Jorge, 1º Diretor Financeiro Alex Rodrigues Kobal, 2º Diretor Financeiro Lívia Gomes, 1ª Diretora Administrativa Mariana Zani, 2ª Diretora Administrativa Sílvia Alonso y Alonso Bittar Cunha, Presidente do Conselho Deliberativo Marcelo Carraro Rocha, Superintendente

SEDE Horário de atendimento - das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira R. Monsenhor Rosa, 1940 Centro - Franca/SP Telefone - (16) 3711-1700

EQUIPE Jornalista responsável: Ana Luiza Silva | MTb 63.305/SP Redação: Ana Luiza Silva, Marco Felippe Colaboradores: Adnan Jabailey, Caio Augusto de Oliveira Rodrigues e Luiz Felipe Navaro Foto da capa: Base da imagem: Divulgação Fotos: Wilker Maia Diagramação / Arte / Projeto gráfico: Lucas Ribeiro Arte de Anúncios Institucionais: Andressa Alves Revisão de Anúncios: Michelly Ferreira Coordenação: Letusa Sartori A ACIF em Revista é uma publicação mensal da Associação do Comércio e Indústria de Franca Tiragem: distribuição online www.acifranca.com.br Fale conosco revista@acifranca.com.br (16) 3711-1739 Departamento Comercial ACIF (16) 3711-1721

EXPEDIENTE

As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a fonte. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da ACIF em Revista.


editorial

TARCISO BÔTTO PRESIDENTE

A HORA DE RECOMEÇAR

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epois de um mês de portas fechadas, decreto municipal da Prefeitura de Franca autorizou a atuação do comércio local em esquemas de ‘drive-thru’ (entrega no veículo) e ‘takeaway’ (entrega para viagem), atendendo a um pedido da ACIF. A retomada aos poucos das atividades comerciais traz esperança aos empresários da cidade e mostra que muitos já estão se movimentando para recuperar os possíveis prejuízos causados por essa quarentena imposta pelo avanço do coronavírus. Dentro desse contexto, a ACIF em Revista, que pelo segundo mês é publicada exclusivamente online como medida de segurança, traz em sua matéria de capa a história de empresários francanos que estão reinventando seus negócios nesse período de incertezas. Há quem foi para o digital, fez revisão dos processos de gestão ou ainda se dedicou a tirar do papel um antigo projeto. E por falar na classe empresarial, a edição de maio conta com uma entrevista especial com uma das empresárias mais admiradas e respeitadas por tudo que fala e faz, a francana Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza. Com exclusividade para a associação, Luiza Helena falou sobre a mudança na forma de vender e pediu união e a realização de parcerias nesse momento. Por falar em parcerias, o CME (Conselho da Mulher Empreendedora) tem feito a tarefa com maes-

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tria. Tendo a frente a empresária Lívia Gomes, o CME conseguiu por meio de reuniões online incentivar as conselheiras fortalecer a rede e a continuar no jogo do empreendedorismo, superando os desafios impostos pelo atual cenário econômico. Em um período que a concorrência está acirrada e o consumidor mais seletivo e receoso com os gastos, ter um negócio estruturado, de credibilidade e com produtos de qualidade, além de um atendimento de excelência, faz a diferença. Prova disso, é a história de sucesso do City Posto Padaria e Conveniência retratada nessa edição na editoria Associado em Destaque. E foi pensando em sua cartela de sócios, que a ACIF não ficou parada nesse último mês. Em respeito aos decretos municipal e estadual e as medidas de prevenção da OMS (Organização Mundial da Saúde), as portas da entidade foram fechadas e os colaboradores ficaram em casa, porém trabalhando home office para atender as demandas existentes e essas, não foram poucas. A matéria ACIF na quarentena, inclusive, apresenta as principais ações desenvolvidas e dentre elas podemos destacar as realizadas em âmbito político, como a participação em diversas reuniões com o prefeito Gilson de Souza para análise da situação do coronavírus na cidade, o envio de ofícios pedindo a prorrogação do vencimento de tributos municipais e aquelas promovidas institucionalmente como o atendimento delivery para a emissão de certifica-

ACIF (@acifrancasp)

@acifranca

dos digitais, a criação do projeto para auxiliar os empresários na busca por crédito e a elaboração de uma campanha de fomento ao comércio, que nesse primeiro momento, será distribuída gratuitamente aos quase 600 associados que participaram da ação no ano passado e terá como foco o Mês das Mães. A campanha valoriza os ícones francanos com a distribuição de kits de copos colecionáveis ilustrados com esses símbolos e pontos turísticos que retratam a cidade de Franca e você pode conhecê-los em uma matéria nessa edição. Enquanto os empresários locais vão se reinventando e parte da população continua cumprindo as medidas de isolamento social, a revista de maio traz opções para que você que nos lê pelos meios digitais permaneça em casa. Uma delas é uma legítima receita de nhoque oferecida pela Escola Francana de Gastronomia que pode ser feita em um almoço de domingo. Há ainda uma matéria sobre o desafio realizado entre os empresários do Núcleo de Hamburguerias do Programa Empreender e para completar, na editoria Café é possível conhecer o Laboratório de Cafés Especiais que funciona na Cocapec em Franca e tem selecionado lotes de cafés especiais da nossa Alta Mogiana. Isso tudo, mostra que os negócios, sejam eles comerciais, industriais ou no agronegócio, não podem parar e irão ajudar a economia a superar os possíveis percalços causados por essa pandemia, que vai passar. 16 9

9967-4003

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Andressa Alves

institucional

ACIF NA QUARENTENA A

Durante o período de validade dos decretos municipal e estadual, que obrigou o isolamento social, a Associação do Comércio e Indústria de Franca manteve obediência, porém não deixou de atuar em prol do associado

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inte de março de 2020. Decreto municipal expedido pelo prefeito de Franca, Gilson de Souza, suspende as atividades comerciais e industriais na cidade por conta da pandemia do novo coronavírus. A ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), em obediência a determinação, fecha as portas e interrompe o atendimento ao público presencial, bem como a ministração de cursos e treinamentos. A partir dessa data, os colaboradores começam a trabalhar em sistema home office e os setores da ACIF passam a operar através de seus canais virtuais (telefones de plantão e redes oficiais de comunicação).

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Por meio de reuniões online, a diretoria da entidade juntamente com gestores estabeleceu ações na esfera política e ações institucionais visando minimizar os efeitos causados pela quarentena. “Além de ser uma questão de Saúde Pública, a pandemia da Covid-19 se tornou um problema econômico mundial nunca visto em nossa história recente. Para lidar com este desafio inédito, reestruturamos todos os nossos setores a fim de que se articulassem pela busca de soluções para as demandas de nossos associados. Disseminação de informação, consultorias gratuitas, plantão de atendimento, delivery de serviço: tudo organizado

para que a classe empresarial fosse amparada em suas novas necessidades neste momento desafiador. Enquanto entidade de classe, a ACIF também estabeleceu diálogo em todas as esferas de poder para que benefícios como liberação de linhas de crédito, adiamento e parcelamento do pagamento de tributos e o retorno responsável das atividades comerciais fossem considerados. Atuamos por meio de reuniões presenciais, videoconferências, envio de ofícios e criação de planos de ação pela volta das atividades comerciais”, disse o presidente da ACIF, Tarciso Bôtto. Confira em detalhe as dez principais ações adotadas:


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Uma das primeiras medidas, foi solicitar à Prefeitura, por meio de ofício, que dê preferência ao comércio local em suas compras, sempre que permitido pela Lei. A ACIF também pediu a prorrogação do vencimento dos tributos municipais (IPTU, ISS, ITBI e Contribuições de Melhoria) pelo prazo de 90 dias e endossou com ofícios os pedidos oficiais que a Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) encaminhou à União solicitando o parcelamento e a prorrogação, pelo prazo de 90 dias, dos tributos PIS, COFINS, IPI, Simples Nacional, IRPJ e CSLL e a desoneração da folha de pagamento. A entidade solicitou ainda a prorrogação de tributos estaduais, tais como ICMS, ITCMD e IPVA, também pelo prazo de três meses, além da criação de linhas de crédito especiais, principalmente junto ao BNDES, com o objetivo de financiamentos de capital de giro com prazos estendidos e taxas de juros compatíveis com o momento atual.

Amnaj Khetsamtip / Divulgação

Com a prorrogação do período de quarentena, a entidade reforçou sua atuação e manteve contato pessoal e por videoconferências com o prefeito Gilson de Souza e os secretários municipais de Saúde, Desenvolvimento e Chefe de Gabinete, bem como com o Ministério Público e com a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen, para encontrar soluções para que o comércio voltasse a atuar.

Acervo ACIF

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A ACIF oficiou o município pedindo para que o comércio retornasse às suas atividades em esquema drive-thru, já a partir do dia 23 de abril, antes do fim do decreto de quarentena do Estado de São Paulo, em vigor até 10 de maio, e após análise das autoridades, foi atendida.

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A entidade se movimentou internamente e adotou medidas de impacto ao enfrentamento da Covid-19 em prol do associado. Entre as mais significativas, está a concessão de 50% de desconto na mensalidade do mês de abril. O valor dessa receita foi revertido na compra de 30 mil máscaras para os profissionais de saúde de Franca, bem como à compra de 500 kits de teste da Covid-19.

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A ACIF lançou uma campanha de incentivo ao comércio local por meio da divulgação gratuita dos empreendimentos em nossos meios de comunicação, em especial o portal AcessFranca.

O setor de Marketing, em parceria com os setores Jurídico, Desenvolvimento Empresarial, Empreender, Comercial e DNI, criou o projeto ACIF Responde: um movimento que utilizou as redes sociais da entidade para tirar dúvidas diárias sobre as Medidas Provisórias editadas e questões jurídicas pertinentes ao cenário da pandemia da Covid-19, bem como a ferramentas de gestão online, crédito e outras soluções empresariais.

O setor de Marketing também lançou um Boletim Informativo diário com as principais notícias dos governos Federal, Estadual e Municipal sobre medidas, ações, créditos e Saúde relacionadas ao enfrentamento à Covid-19.

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Diante da impossibilidade de entregar a edição física da ACIF em Revista, por medida de segurança e atendendo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), a entidade buscou ferramenta mais eficiente de hospedagem online para a publicação e a disseminou atingindo mais de 113 mil usuários. Além disso, investiu em vídeos e maior interação nas redes sociais.

Lançou a campanha de incentivo ao comércio “Arte de Ganhar” com gratuidade em sua primeira etapa aos associados que aderiram à ação, no ano anterior. A ACIF reestruturou os setores da entidade para atender as novas demandas da classe empresarial. Deste movimento, saíram os projetos “Caminho Para o Crédito”, “ACIF Responde” e delivery de Certificado Digital.

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Lailson Santos / VEJA / Divulgação

entrevista


MARCO FELIPPE

‘A economia de Franca vai recuperar graças a muito trabalho’, diz Luiza Helena Empresária francana concedeu entrevista especial para a ACIF em Revista. Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza pede que empresários deixem pânico de lado e busquem alternativas para as vendas

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residente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, é uma das empresárias mais admiradas e respeitadas no País quando se fala em gestão, varejo, inovação e empreendedorismo. Com a ascensão da crise do coronavírus, Luiza se tornou referência sobre o que fazer para minimizar os impactos do fechamento das lojas e passou a ser constantemente requisitada pela mídia para analisar o cenário socioeconômico atual. Com exclusividade para Franca, Luiza Helena atendeu a ACIF em Revista para uma entrevista especial e falou diretamente aos empresários locais sobre os efeitos dessa pandemia na economia. Líder nata, ela pede calma aos empreendedores e que evitem demissões. Aconselha os colegas empresários a fazer parcerias nesse momento e a criar soluções criativas para vender. Uma das pioneiras no comércio virtual, ainda na década de 90, a empresária diz que quem ainda não aderiu ao digital “está extremamente atrasado” e sofrerá mais consequências com a crise. Luiza Helena também antecipa uma mudança no comportamento do consumidor e na forma como os empresários irão lidar com a administração dos negócios. Por fim, tranquiliza os francanos dizendo que a cidade já passou por grandes crises nacionais e locais e, mais uma vez, irá se recuperar com muito trabalho.

O Magazine Luiza

Fundado em 1957 pelo casal Luiza Trajano e Pelegrino José Donato, tios de Luiza Helena, o Magazine Luiza surgiu da pequena loja de presentes “A Cristaleira”. Passados 63 anos, o Magazine se tornou rede e possui hoje 900 lojas físicas localizadas em 17 estados do Brasil com 22 mil funcionários e 12 centros de distribuição. Maio | 2020 13


ACIF em Revista - O que deve ser feito pelos empresários para continuar com as portas abertas? Luiza Helena Trajano - Tenho repetido para todos neste momento: calma. É preciso sair do estado de pânico e acompanhar as medidas que estão sendo tomadas para evitar demissões e auxiliar o fluxo de caixa das empresas, inclusive, pequenas e médias. Os empresários precisam, ao máximo, procurar preservar os empregos por enquanto e ver nas soluções que estão sendo apresentadas quais se enquadram em seu negócio. ACIF em Revista - Como você enxerga a economia e o comércio varejista de Franca após o período de quarentena? Luiza Helena - Em todo o Brasil o comércio varejista irá sofrer pelo período parado e com a queda de poder aquisitivo que certamente ocorrerá. Será necessário muito foco em vendas e parcerias, e esperamos que o dinheiro que está sendo injetado pelo governo chegue rapidamente às famílias, incentivando o consumo e a retomada econômica. ACIF em Revista - Quais medidas deverão ser prioridade para os empresários locais? Luiza Helena - Buscar o entendimento das medidas emergenciais do governo para auxílio ao fluxo de caixa e foco na venda, ampliando sua atuação em todas as plataformas possíveis, buscando parcerias e procurando sempre conquistar a confiança e a segurança do consumidor, pois haverá uma nova relação a partir de agora. ACIF em Revista - O mercado online poderá ser uma saída? Luiza Helena - O mercado online não é uma saída apenas agora. Se alguém ainda não estava absolutamente ativo no digital antes da crise, já estava extremamente atrasado e certamente sairá mais enfraquecido da crise. Ainda dá tempo, mas é necessário, já neste período de quarentena, avançar rapidamente para que o mercado online seja uma parcela significativa de seu faturamento. ACIF em Revista - Quais estratégias você recomendaria aos pequenos e microempreendedores da cidade que não possuem recursos para renovar estoque ou criar um e-commerce? Luiza Helena - Existem fórmulas de participar de diversos marketplaces existentes, sem necessidade de investimentos. Tanto o Magazine Luiza, com o parceiro Magalu, como outras plataformas existentes permi14 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br

tem isso. É necessário deixar o pânico de lado e enxergar as alternativas existentes, tanto para captação e recursos como para vendas. ACIF em Revista - Você acredita na mudança de comportamento do cliente em relação ao modelo de compra e ao valor do ticket médio? Luiza Helena - O brasileiro é um povo que gosta de comprar, mas algumas características devem mudar, tanto no ponto de venda como no aumento da compra em canais digitais. Quanto ao valor do ticket médio, depende muito de cada segmento. O primeiro desafio será a retomada da confiança do consumidor.

“O mercado online não é uma saída apenas agora”, sobre vender na internet

ACIF em Revista - Em relação a gestão financeira do negócio, o que não será mais tolerado? Luiza Helena - O que nunca foi possível, para qualquer empresa, é má administração do fluxo de caixa. Falta de lucro não quebra uma empresa, fluxo de caixa sim, por isso, é momento de foco total, de observar linha a linha da planilha e, especialmente para os micro e pequenos, não ceder à tentação de retirar dinheiro da empresa para as contas pessoais. ACIF em Revista - Promoções e queimas de estoque podem ser uma solução para criar fluxo de caixa? Luiza Helena - Não existe uma fórmula mágica, é preciso analisar com calma e avaliar todas as possibilidades. Como comentei, abertura de venda em marketplaces e diversas outras atividades devem ser analisadas. Acredito que é fundamental envolver a equipe nas decisões, e dessa soma de QIs devem surgir soluções criativas e inovadoras. ACIF em Revista - Trabalhar em parceria com grupos, associações e cooperativas pode ajudar nesse momento? Luiza Helena - Sim. Como disse, é hora de soluções criativas e inovadoras. Qualquer união e parceria podem fazer a diferença. ACIF em Revista - Como você vê a economia de Franca no pós-crise? Luiza Helena - Não é a economia de Franca que vai sofrer, é a economia do mundo inteiro. Certamente, vamos passar momentos de recessão, mas nessas horas surgem grandes alternativas e parcerias mais duradouras. Franca já viveu dezenas de outras crises nacionais e locais, e tenho certeza de que a economia da cidade irá se recuperar graças a muito trabalho.



institucional

Ação intitulada “Arte de Ganhar” será distribuída gratuitamente para 600 associados que participaram no ano passado. Copos são ilustrados com pontos turísticos de Franca

U

m resgate histórico e cultural. Esse é um dos objetivos da campanha de incentivo ao comércio 2020 que a ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca) acaba de lançar. Com o nome “Arte de Ganhar”, a ação acontecerá em três etapas até o Natal e distribuirá copos colecionáveis ilustrados com pontos turísticos de Franca, cupons com prêmios instantâneos e no final, um carro Hyundai HB20 zero quilômetro. Pensando na retomada do setor

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comercial na cidade, a campanha foi estruturada nesse início para ser disponibilizada gratuitamente aos quase 600 associados que participaram da ação no ano passado. Dessa forma, o material de trabalho será entregue no comércio para que conforme as atividades voltem ao normal, os cupons possam ser distribuídos aos consumidores. Na primeira etapa, serão entregues 200 cupons por associado. A cada compra, independente de valor, o cliente terá direito a um cupom que contará com um selo colecioná-

vel e um campo para ser preenchido dando direito a concorrer ao carro no final da campanha. Ao juntar dez selos, o consumidor poderá trocar por um kit com dois copos de 350 ml com imagens artísticas do Colégio Champagnat, Relógio do Sol, Estação Mogiana e Parque “Fernando Costa” que dá destaque ao evento das Cavalhadas. Nessa primeira edição, que segue até o final de junho, serão disponibilizados 1.000 kits. “Queremos por meio desses copos trabalhar essa questão cultural e histórica tanto com os fran-


canos de nascença ou de coração. Já estamos fazendo uma movimentação nas redes sociais dando destaque a esses ícones de Franca”, revela a coordenadora de marketing da ACIF, Letusa Sartori. Nas demais etapas, outros ícones como a Catedral, Museu Histórico, Observatório Astronômico e atividades como basquete e o café serão contempladas em tulipas e taças. Já para participar do sorteio do carro, o consumidor deverá preencher o cupom de forma legível e correta com dados pessoais e res-

ponder corretamente a seguinte pergunta: Qual Entidade realiza a campanha “Arte de ganhar” em Franca? Depois, basta colocar o cupom na urna de qualquer uma das lojas associadas aderentes até às 18 horas do dia 16 de janeiro de 2021. O associado que não esteve na ação do ano passado, mas deseja fazer parte dessa nova campanha também pode participar. Basta procurar o setor comercial pelo telefone de plantão (16) 9 9384-9630 ou pelo email (comercial@acifranca.com.br). No site www.campanhasacif.com.br, o

empresário ou mesmo o consumidor pode conferir o regulamento na íntegra. “Todo movimento de fomento ao comércio, nesse momento de enfrentamento aos efeitos econômicos da pandemia, é necessário e urgente. Pensando nisso, estamos lançando essa primeira fase da campanha e estamos mobilizados para que a classe empresarial seja amparada e se sobressaia ao cenário desafiador que se apresenta”, sintetizou o presidente da ACIF, Tarciso Bôtto. Maio | 2020 17


Eleuza Oliveira, Cláudia Neves e Mara Milena Fernandes

Daniel Haber e Lúcio Cossi Filho

João Carlos Cheade 18 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br

Vera Jacinto Alves e Gilda Maria Dias Jacintho

José Alfredo de Pádua Guerra

Daniela Arantes


Alex Rodrigues Kobal e Júlio César Cheade

Renata e Renato Alves de Castro

Ana Estela Ubiali Zamikhowsky e Paulo Zamikhowsky

Érika Badoco

André Costa Balduíno

Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae

Tiago Valentim e Marcos César Pimenta

Aline Mendes Custódio Maio | 2020 19


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Fotos: Escola Francana de Gastronomia / Divulgação

gastronomia


Gnocchi pa r a h o m e n ag e a r a s no mês dedicado a elas Receita artesanal para o almoço em família foi preparada e cedida pela Escola Francana de Gastronomia MARCO FELIPPE

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iante da penúria nos tempos de guerra na Itália, que resultou na escassez de alimentos, conta que as ‘mammas’ locais tiveram que exercitar a criatividade para criar pratos que mais tarde se tornaram clássicos da gastronomia. E o nhoque ou inhoque foi um deles. Como forma de homenageá-las pelo mês das Mães, a ACIF em Revista decidiu trazer uma receita especial dessa massa que também tem como sinônimo o almoço em família. E para ensinar a preparar um original gnocchi - como é grafado em italiano - a Escola Francana de Gastronomia foi a convidada. Dirigida pelos sócios Flávia Junqueira e Gustavo Miranda, a Escola existe há três anos na cidade e oferece cursos 100% práticos em quatro modalidades diferentes: chef profissional (1 ano de duração), executivo (6 meses), temático (1 noite) e especialização (3 ou 4 sábados). “Formamos turmas exclusivas com no máximo oito alunos e essa diferença e a qualidade, garantem o aprendizado”, conta Flávia. Com 700 alunos formados, a receita de gnocchi é uma das mais pedidas e figura na grade dos cursos profissional e de especialização. “O gnocchi é uma variação do macarrão, porém mais sofisticado e que reúne a família. Pega-

mos a receita italiana e adaptamos as proporções com as nossas receitas de família”, explica Gustavo. A receita, para seis pessoas, é totalmente artesanal, feita com batata e utiliza o mínimo de farinha possível. O molho sugo express é preparado na panela de pressão e utiliza ingredientes fáceis de serem encontrados. Para acompanhar, os chefs indicam medalhão de filé mignon e salada de entrada. “O gnocchi é um prato único que pode ser acompanhado com uma proteína, é leve, de fácil digestão e agrada todo mundo”, destacaram. O tempo de preparo varia entre 40 minutos e uma hora.

Inovação

No período de isolamento social imposto pelas autoridades em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a Escola Francana de Gastronomia interrompeu as aulas presenciais e implantou o projeto ‘A Cozinha Não Pode Parar’. A iniciativa divulga restaurantes com atendimento delivery na cidade e realiza lives com empresas e chefs parceiros em que ensina receitas na prática. “As divulgações estão chegando a três mil visualizações e as nossas lives servem para interagir com os alunos. Dessa forma, eles não ficam parados. E há também o lado social, pois receitas como a gnocchi podem servir como fonte de renda extra”, ressalta Gustavo.

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Agora motivados pela história do prato, a homenagem e o objetivo de estar em família, é hora de colocar a receita em prática:

Gnocchi da Escola Francana de Gastronomia Ingredientes - 1 1/2 quilo batata asterix - 1 ovo - 1 gema - 1 xícara de farinha de trigo - 2 colheres de sopa de manteiga

m o d o d e P r e pa r o Misture as batatas já cozidas com o ovo e a manteiga e só depois incorpore a farinha sem trabalhar demais a massa. Faça os rolinhos e depois só cortar (2,5 cm). Cozinhe em água fervente com sal. Quando os gnocchi subirem, significa que estão cozidos. Tire-os com escumadeira e monte o prato com o molho e parmesão.

M o l h o ao s u g o E x pr e s s - 2 quilos tomates maduros - 2 unidades cebolas - 4 dentes alho - 1 cenoura - 1 xícara salsão picado - ½ xícara alho poró picado

M o d o d e p r e pa r o Lave todos os ingredientes. Corte os tomates e junte-os às cebolas, alho, cenoura, salsão e alho poró também cortados. Coloque TUDO na panela de pressão. Em 15 minutos (depois que iniciar a pressão) está pronto. Acredite, não precisa colocar água porque o tomate e a cebola soltam MUITA água. Desligue o fogo e deixe sair a pressão para abrir a panela. Aos poucos, coloque o conteúdo da panela no liquidificador e bata até virar uma espécie de suco grosso, consistente. Muito cuidado, pois o líquido está muito quente. Tempere com sal e pimenta.

D I C A S VA L I O S A S - Cozinhar as batatas de um dia para o outro - Cozinhar as batatas com casca para não absorver muito umidade - Não manipular muito a massa do gnocchi para evitar grande quantidade de farinha de trigo - Adicionar um pouco de manteiga no gnocchi já cozido para não grudar - Se for levar ao forno, seja breve, apenas o tempo para gratinar. 22 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br



saúde e bem-estar

Máscaras e álcoo no combate ao n Prefeitura de Franca determina, por meio de decreto, obrigação do uso de máscaras para que estabelecimentos comerciais possam permanecer abertos

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aseiras, descartáveis, brancas, pretas ou mesmo estampadas. O uso de máscaras no combate ao novo coronavírus virou assunto de saúde pública e em Franca recente decreto baixado pela Prefeitura (11.035/20), publicado em edição extra do Diário Oficial do Município, recomenda a obrigatoriedade do uso da máscara por toda população. Segundo o município, a medida se soma a uma série de outras de natureza protetiva, que tem como objetivo aumentar os meios de proteção das pessoas e dificultar a disseminação do vírus Covid-19. A recomendação já havia sido feita pelo Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) principalmente para aqueles que realmente necessitam sair de suas casas. A recomendação se deve ao fato de que muitas pessoas podem estar infectadas pelo vírus, mas serem assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas. Em Franca e região, o aconselhamento também é feito pela Unimed Franca já que os casos apresentados na cidade e nos municípios do entorno têm preocupado os profissionais de saúde. De acordo com a Unimed Franca, especialistas concordam que as máscaras criam uma barreira física que segura a emissão de gotículas enquanto a pessoa fala, tosse ou simplesmente respira. Assim, a máscara de pano ajuda a reduzir a propagação viral de pessoas assintomáticas e auxilia na proteção de quem está ao seu redor. Quanto mais pessoas usarem corretamente, menos o vírus se espalha. Contudo, a recomendação de uso não substitui a orientação de distanciamento físico e de lavar as mãos várias vezes ao dia. É uma recomendação a mais. A máscara de pano é apenas uma alternativa para redu-

24 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br


ol gel são armas novo coronavírus zir o impacto de saídas extremamente necessárias. “É de extrema importância que as pessoas evitem tocar os olhos, o nariz, a boca e mesmo a máscara, sem antes higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel. Somente o uso das máscaras, sem higienizar as mãos, não evita o contágio pelo coronavírus”, diz a médica infectologista da Unimed Franca, Gabriela Ravagnani de Freitas. Para formar uma barreira eficaz contra a emissão de gotículas, é importante que a máscara tenha pelo menos duas camadas de tecido. Segundo o Ministério da Saúde, as máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que utilizadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e o nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto com elásticos ou fitas atrás das orelhas ou na nuca, sem deixar espaços nas laterais. Pelo decreto municipal, os empresários que permitirem o acesso aos seus estabelecimentos sem o uso do equipamento de proteção estarão sujeitos a punições. Somado a esses cuidados, o decreto contempla diversas outras medidas protetivas que devem ser observadas pelos empresários que decidiram trabalhar nos sistemas de drive-thru (entrega no veículo) e ‘takeaway’ (entrega para viagem). Nesses casos, é obrigatório colocar cartazes ou banners de fácil visualização aos consumidores, contendo o número de contato telefônico para que os pedidos possam ser antecipados pelos clientes via ligação ou por meio de aplicativos de comunicação. Além disso, os estabelecimentos precisam fornecer aos clientes e funcionários álcool em gel para higienização das mãos e, indistintamente, todos devem usar máscaras: consumidores, trabalhadores e empresários. Em caso de formação de filas, mesmo do lado externo, caberá ao próprio estabelecimento orientar as pessoas para que mantenham o distanciamento mínimo de 2 metros umas das outras, demarcando o solo. “O distanciamento social é a medida mais efetiva para contrair o coronavírus. Já quando não é possível, como no caso dos estabelecimentos comerciais, as superfícies e os objetos (mesa, balcões, telefones, computadores, celulares) devem ser limpos com álcool com frequência e sempre que tocarmos neles, temos que higienizar as mãos após”, revelou a médica infectologista. FamVeld / Divulgação Maio | 2020 25


G-Stock Studio / Divulgação

institucional

‘Caminho Para o Crédito’ orienta empresários sobre quais as melhores linhas disponíveis no mercado de acordo com a necessidade e o perfil da empresa

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ara auxiliar associados que buscam por recursos financeiros diante do cenário econômico que se apresenta em razão da pandemia de Covid-19, entrou em operação no começo de abril, na ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), o projeto “Caminho Para o Crédito”. Criado em um momento de muita demanda por crédito por parte dos empresários, o projeto tem como intuito orientá-los sobre quais as melhores linhas de crédito disponíveis no mercado e como conseguir a concessão. A coordenação do trabalho ficou a cargo do DNIACIF (Departamento de Negócios Internacionais da ACIF) e o IE-ACIF (Instituto de Economia ACIF) e está disponível para MEIs, Micro e Pequenas Empresas. Coordenadora do DNI, Suyara Águila explica que após o pedido de acompanhamento por parte do empresário, é realizada uma triagem para coleta dos dados individuais e identificação da necessidade da empresa, seu perfil e faturamento. “Após esse primeiro contato, realizamos um cruzamento da demanda apresentada com as linhas de crédito disponíveis no mercado para indicar os melhores caminhos. Fazemos esse direcionamento com base no perfil da empresa e do crédito solicitado”. A proposta do projeto consiste em acompanhar desde a indicação das linhas de crédito até o recebimento da concessão do crédito ou da negativa e, nesse caso, o porquê de o pedido não ter sido aceito. Os consultores do “Caminho Para o Crédito” também prestam assessoria com a documentação necessária e a forma com que esses documentos precisam ser enviados.

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“Muito se divulga sobre liberação de crédito e a missão do projeto é encontrá-lo e apontá-lo aos empresários que nos procuram. Não temos participação na concessão do crédito, mas oferecemos toda a orientação necessária para que ele siga até à entidade financeira que tiver a melhor proposta para sua demanda e faça as tratativas”, detalha o presidente da ACIF, Tarciso Bôtto. Entre as principais instituições financeiras para as quais o associado pode ser direcionado estão o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e a Caixa Econômica Federal. “. Temos relacionamentos com esses bancos, além de uma parceria oficial com a Sicoob Cred-ACIF. Estamos fazendo muitos direcionamentos para eles, pois oferecem condições diferenciadas para o associado, além deles há o Banco do Povo e o Desenvolve SP”, ressaltou Suyara. O suporte oferecido pelo projeto também socorre no caso de alguma dificuldade no percurso, esclarece dúvidas sobre juros pré e pós-fixados, prazos de carência e demais especificações do processo. “Fazemos o convite para quem não conhece o departamento e tem interesse, que nos procure. Estamos atendendo de acordo com a demanda e o nosso objetivo é atender o máximo possível de empresas”. Segundo Suyara, em duas semanas de funcionamento do projeto, 45 empresários procuraram por atendimento. Serviço Email: caminho_credito@acifranca.com.br Telefone: (16) 9 9384-9630.



Fotos: Wilker Maia

associado em destaque

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Loja tem 22 anos de mercado e emprega 60 colaboradores em três turnos, incluindo a madrugada MARCO FELIPPE

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onto de encontro e de referência, local para tomar um caldo nos dias frios, comer um lanche durante a madrugada ou ainda se servir de um farto café da manhã no começo do dia. Há ainda padaria, mercearia e confeitaria, revistaria, flores, presentes, bebidas com adega, banco e copiadora. Quem é de Franca, com certeza conhece os serviços e a qualidade dos produtos do City Posto - Padaria e Conveniência. Localizado entre duas das principais avenidas de Franca – Hélio Palermo e Major Nicácio – o estabelecimento foi inaugurado em julho de 1997 pelo empresário Alair Cândido e passados quase 23 anos, já faz parte do cenário e do cotidiano da cidade. Comandado atualmente pela empresária Giselly Oliveira, filha do fundador, o City Posto nasceu da ideia de oferecer um serviço de conveniência que atendesse o francano 24 horas por dia, de segunda a segunda, com uma vasta gama de produtos e serviços. Bem diferente das antigas lojas do segmento que só vendiam gelo e carvão para o churrasco do fim de semana. “Meu pai teve essa ideia das viagens que realizava ao exterior. Ele viu esse sistema nos grandes centros e resolveu trazer para Franca por perceber que a cidade tinha público para esse tipo de estabelecimento. Foi uma aposta que deu certo”. Na época, o estabelecimento foi tido como uma grande novidade e sinônimo de desenvolvimento para a cidade em razão da estrutura oferecida em termos de conveniência e pelo fato de nunca fechar. “As pessoas ficaram abismadas por ser tratar

de uma hiper loja de conveniência, um mini mercado 24 horas. Era muito moderno para a época”, recorda. Erguido junto ao posto de combustível de mesmo nome, a conveniência City Posto foi construída em um prédio de 1 mil metros quadrados distribuídos em dois pisos. Inicialmente, o superior funcionava como um salão de festas e hoje abriga a produção da padaria. “Quando começamos, meu pai agregou uma franquia de lanches, porém depois vimos que as pessoas queriam os lanches com outro padrão, as preferências eram outras, por isso decidimos mudar e fazer os nossos próprios lanches”, explica Giselly. Hoje os lanches do City Posto são um dos carros-chefes do negócio, ao lado do café da manhã com capuccino que possui mistura importada e os tradicionais caldos. Segundo a empresária, esse sistema de self service surgiu posteriormente para atender uma exigência dos clientes que desejavam por uma alimentação rápida, sem necessidade de esperar. Em relação ao café da manhã, tudo o que é oferecido na pista é produção própria da padaria local que também trabalha com bolos artesanais, brioches e salgados para festas. O famoso pão francês do City Posto sai em fornadas cronometradas e o cliente pode acompanhar cada uma delas por meio de um relógio estrategicamente instalado. São em média 4 mil pães diários. Com oito variedades, entre eles palmito, canja, quatro queijos e de legumes, os caldos também figuram como diferencial do estabelecimento. Servidos sempre no período noturno, por quilo, eles caem perfeitamente com o clima mais ameno da cidade nesse horário e são muito procurados por jovens após a balada.

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O perfil dos clientes do City Posto inclusive é outro ponto que chama a atenção. A loja atende todos os públicos. A turma mais experiente frequenta pela manhã. Durante a tarde, os frequentadores são de todas as idades, já a noite e madrugada, a maioria é jovens e pessoas de meia idade que lota as mesas espalhadas pelo atendimento que tem capacidade para 70 pessoas sentadas. “A conveniência é frequentada por todos pelo fato de ter se tornado um ponto de encontro com alimentação rápida, fácil acesso e estacionamento”. De acordo com o controle da proprietária, passam pela loja em torno de 2 mil pessoas diariamente em busca de algum serviço ou produto. Vale destacar também o almoço executivo e a existência de um amplo cardápio com saladas, panquecas, omeletes, sucos, saladas de frutas, açaí, fondue, petit gateau, milk shake e cafés. “O City Posto sempre funcionou dessa forma, nunca fechou. É uma loja de conveniência que caiu no gosto do francano. Para nós, é motivo de muito orgulho e reconhecimento. É um sonho idealizado”, diz Giselly, que comemora também o retorno de clientes de fora. “Sempre tem cliente que não é de Franca e ver eles voltarem ao City Posto nos alegra”. Genuinamente familiar, a empresa emprega 60 colaboradores em três turnos, incluindo a madrugada, tem um mix com 13 mil itens e constantemente realiza investimentos para oferecer mais conforto e comodidade aos clientes. “A última reforma foi há dois anos. Nós modernizamos toda a nossa parte interna e a fachada, ampliamos a capacidade da lanchonete, trocamos o mobiliário, alteramos o layout da padaria e instalamos novos check out. Estamos sempre procurando melhorar para melhor servir”.

DELIVERY

Pela primeira vez em 22 anos de mercado, o City Posto precisou reduzir o horário e suspender o consumo interno em março último. As medidas foram tomadas em cumprimento aos decretos municipal e estadual publicados em decorrência da pandemia de coronavírus que obrigou o isolamento social. Nesse período, a padaria e conveniência continuaram funcionando, porém com horário restrito das 6 horas até a meia noite. Por conta das limitações, o City Posto precisou reduzir a equipe de trabalho e para atender os clientes em casa, implantou o serviço de delivery para todos os produtos. 30 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br

22 anos 13 mil itens 1 mil metros quadrados 2 mil pessoas por dia 4 mil pães diariamente 70 pessoas sentadas 30 vagas de estacionamento 60 colaboradores



Yulia Grigoryeva / Divulgação

capa

A HORA DA

R RE REINVENÇ REINVENÇ IN NVENÇÃO VEN NÇÃO ÇÃO NOS NEGÓCIOS

Conheça histórias inspiradoras de empresários de Franca que não cruzaram os braços e inovaram na forma de trabalho para sobressair durante esse período de pandemia 32 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br

MARCO FELIPPE

einvenção no dicionário significa ação ou efeito de reinventar, sinônimo de recriar, refazer, reproduzir e recompor. Com a propagação do novo coronavírus e a aplicação de medidas de isolamento social e paralisação das atividades comerciais, os empresários precisaram se reinventar para dar continuidade aos negócios e, em Franca essa movimentação não foi diferente. Com o objetivo de minimizar os efeitos de uma crise, empresários de diferentes setores da economia deixaram a acomodação e o negativismo de lado e foram em busca de alternativas para fisgar o cliente que agora está dentro de casa. Professora e coordenadora do curso de comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda do Uni-Facef, Fúlvia Nassif, acredita que esse tem sido o melhor momento para a classe empresarial se reinventar e criar alternativas visando o que cada um faz de melhor. “É preciso focar no que somos melhores, principalmente em um momento que concorrência está acirrada e o consumidor com o orçamento apertado”. E foi com esse pensamento que a proprietária da Central Escola, especializada em cursos de cabeleireiro, Janaina Andréa Ubiali resolveu se lançar na produção de vídeos aulas para repassar aos alunos que ficaram sem o curso presencial após a suspensão das atividades. “Com as aulas suspensas, decidi começar a gravar os vídeos caseiros com aulas de corte para enviar aos alunos pelo WhatsApp. Essa foi a forma que consegui de contato com eles”.


REINVE REINV ÇÃO REINVE ÇÃO REINV REINVE REINVENTE SEU NEGÓCIO

Veja as principais dicas da professora Fúlvia Nassif, do Uni-Facef, especialista em comunicação, com ênfase em planejamento estratégico avançado:

1

Analise o seu segmento e a aderência com o momento

2

3

Pense em formas de ajudar o seu público que não prejudiquem sua empresa

Fale com seu público, as respostas estão nesta relação de entendimento

4

Não force a venda de nada, o momento é sensível e requer muita cautela de todos os lados

5

6

Invista se o seu segmento estiver aquecido e se tiver caixa para isso, do contrário, reduza os custos e trabalhe a sobrevivência da melhor forma que encontrar

Pense com a cabeça dos seus clientes, o que será que eles precisam neste momento ou vão precisar após a pandemia?

7

Foque no que você faz melhor, o resto repense, reinvente, delegue, terceirize ou até mesmo, abandone. Após a pandemia garanta o seu lugar na excelência do que se propõe

Janaina Andréa Ubiali, da Central Escola

Fotos: Wilker Maia

interessante e, não, 3.1 Seja interesseiro

Janaina confessa que inicialmente ficou apavorada com o que estava acontecendo e por ter que fechar a escola e deixar os alunos sem aula. “Foi quando comecei a buscar na internet vídeos sobre como fazer, cursos online e passei a participar de palestras, inclusive uma de inteligência emocional oferecida pela Acif. Lembrei que já havia montado DVD’s de cortes masculino e feminino e aí com ajuda do meu filho, lançamos nas redes sociais e depois separei as aulas que seriam dadas e comecei a gravar”. A empresária conta que os vídeos são rápidos e sem produção e foi a melhor opção diante da possibilidade de também poder fazer live, pois eles podem ser assistidos pelos alunos em qualquer momento. “Comecei a filmar sem qualquer habilidade, mas acreditando que o importante era passar a mensagem. É tudo muito simples, mas feito de coração, pois acredito que o aluno também está em busca de um rumo e dessa forma consegui estar presente na vida deles”.

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REINVE REINVE REINVE REINVE REINVE Geiza Duarte Noronha, Mayra Guerra e Maik Braian Alves, da 775

Após 30 anos de loja física, a empresária Geiza Duarte Noronha, da 775, também viu a necessidade de ficar mais digital para chegar até seus clientes. Sem possibilidade de abrir seu negócio, teve que recorrer a um projeto de trabalho que estava parado para continuar a vender. “Fiquei a primeira semana fechada, mas estava na loja avaliando a situação, observando as pessoas e foi quando conclui que a loja física não venderia e precisava ir para o online”. Com o auxílio de uma funcionária com experiência na área, Geiza montou o e-commerce, começou atuar em mais plataformas digitais de venda e adotou um drive-thru para atender os clientes locais das redes sociais. “Atendemos um público jovem, que é rápido nesse universo e nossa equipe começou a interagir com várias postagens. Estamos indo atrás dos clientes, acompanhando e auxiliando no que é preciso”. Geiza sabe que poderia ter feito todo esse trabalho antes, mas releva a cobrança ao reconhecer, que diferente de muitos empresários, não ficou parada e conseguiu buscar soluções. “O empresário investe muito em produção, maquinário, equipe, em treinamentos e aperfeiçoamentos, mas não na construção de uma imagem de sua empresa e de sua marca. O empresário infelizmente não tem o hábito de pensar em planejamento de marca e de fazer investimentos na área da comunicação”, justifica a professora de publicidade e propaganda do Uni-Facef, que também dá aulas na Escola Prática de Negócios da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca). Graduada em Propaganda e Marketing e mestre em administração de empresas com foco em Gestão Empresarial, Fúlvia, defende que nesse momento o empresário deve pensar em maneiras de ajudar o seu público de uma forma que não prejudique sua empresa.

Mudança na gestão

Diretora da JR Uniformes Profissionais, Juliana Ramos, diz que antes da pandemia a empresa vinha em um bom momento com aquecimento gradual dos

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Juliana Ramos, da JR Uniformes Profissionais

Rúbia Sousa, da Mellinda Cosméticos


ENÇÃO ENÇÃO ENÇÃO ENÇÃO ENÇÃO pedidos o que para ela era sinônimo de contratação por parte das empresas. A indústria com dez funcionários produzia uma média de 5 mil peças mês. “A pandemia chegou e pegou todos de surpresa. Tivemos que parar tudo para cumprir a quarentena e isso trouxe consequência como encurtamentos e até cancelamentos de pedidos”, explica. Como a positividade sempre esteve presente em seu trabalho como gestora, Juliana decidiu começar a conversar com os clientes individualmente e, assim, passou a negociar prazos, retirar juros e ver formas possíveis de liquidação das dívidas. “Com o caixa se tornou uma preocupação, entendi que deveria conversar com os clientes e facilitar os pagamentos. Ao mesmo tempo fiz contato com os meus principais fornecedores para buscar parcerias, pedindo a eles que me ajudasse a vender”. Ciente da importância de criar oportunidades nesse momento, a empresária também fez questão de manter a equipe de vendas motivada para atacar novos ramos e analisar o mercado. “A equipe precisa estar com a cabeça boa, energizada, pois no nosso setor há um leque grande de oportunidades”, disse Juliana que aconselha outros empresários a não ter medo e ir para o ataque. “É indispensável nesse momento rever custos, enxugar o que for preciso e atacar sem desânimo, conhecendo a realidade de cada empresa”.

Mudança na produção

Fabricante de cosméticos para diversas marcas no mercado interno e externo, Rubia Sousa, da Mellinda Cosméticos, ao se deparar com as medidas causadas pela pandemia de coronavírus resolveu buscar soluções ao invés de só clamar. Como muitos dos pedidos cessaram, Rubia decidiu aproveitar toda a estrutura e a equipe de colaboradores para acelerar um projeto que já estava a caminho e produzir sua própria linha de cosméticos. “Sempre produzi para terceiros e agora aproveitei o momento para ter marca própria. É uma linha para cabelos que devo lançar em

breve com cinco a sete produtos e a intenção é depois a continuar a fazer lançamentos”, revelou. A empresária disse que o fato de ter um caixa controlado e uma gestão segura permitiu dar continuidade ao projeto dos produtos de marca própria e ainda atender uma demanda pela produção de álcool gel. Este, inclusive, está à disposição do mercado para todas as empresas que retornarem suas atividades e tiverem o interesse de adquirí-lo. Com o retorno ao trabalho, Rubia também passou a fazer novos contatos, conseguiu pedidos da Europa e descobriu que há outros empreendedores querendo lançar marca própria. “Não sou daquelas de ficar com medo, pelo contrário. Nessa crise, alguns vão quebrar, outros sobreviver e terá aqueles que irão crescer. Quero estar nesse último grupo”.

Geração de emprego

Sócios na Matriz Imobiliária, os empresários Caio César Ferreira e Júnior César Rosa viram nesse momento de isolamento social que era a hora de fazer uma restruturação na parte operacional interna e, consequentemente estar mais conectado com os clientes. “No ramo imobiliário, o contato presencial sempre foi fundamental. O cliente gosta de ir até o imóvel, conhecer com quem está fazendo o negócio e ter uma proximidade com o intermediador e com essa pandemia tudo isso ficou mais difícil”, detalha Caio. Diante desse cenário, os sócios resolveram investir nas redes sociais e na reformulação do site da imobiliária e com isso, contratar colaboradores para a área. “Estamos nos adaptando, investindo em tecnologia porque nossos clientes estão mais tecnológicos e por esse motivo tivemos que buscar profissionais que entendem dessas ferramentas para inovar”, disse Júnior. “Acredito que de agora para frente, haverá mais reuniões online, as relações irão mudar e o empresário precisa se qualificar, estudar, buscar conhecimento e evoluir”.

Caio César Ferreira e Júnior César Rosa, da Matriz Imobiliária

Imobiliária Matriz / Divulgação

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Divulgação

ARTIGO

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS E SEUS ENSINAMENTOS SOBRE A

ECONOMIA

S

ob o pseudônimo de Lewis Carroll, Charles professor de matemática do Christ College, em Oxford, escreve no século XIX um romance que iria ecoar sobre a eternidade – Alice no país das maravilhas. Aparentemente um livro infantil, mas que traz uma discussão recorrente até os dias hodiernos. Seria a verdade abstrata e universal? Longe da pretensão de sintetizar a grandiosa obra de Lewis, farei uma breve análise dos seus ensinamentos sobre a visão de Alice em relação ao mundo e sua dinâmica. Alice que vivia em England – entendia as regras do castelo, da etiqueta, dos estudos e de tudo mais que a circundava – as regras ditadas por mundo galgado no iluminismo. Levada a uma nova dimensão, Alice vai parar em Wonderland – e começa a perceber que as regras de England aplicadas em Wonderland eram contraditórias. Contradição do mundo real – achar que tomar chá às 17 horas em Londres tem a mesma aplicação que tomar chá às 17 horas no Rio de Janeiro. Não é!? Nesse cenário, Alice percebe que as regras de England que faziam todo sentido quando observadas da função racional daquela sociedade, pareciam loucura quando aplicadas a Wonderland. Não tarda para que Alice tenha uma epifania, dizendo: “[...] vocês não passam de um bando de cartas” - qual a razão do súbito entendimento de Alice. A pergunta repasso ao leitor: Qual o valor da carta Às em um baralho? - Para essa pergunta a resposta se define: depende de qual jogo você está jogando. Eu sabendo as cartas e definindo as regras

do jogo, irei ganhar – entretanto em bases racionais. A modernidade ainda abebera das regras universais e absolutas como se essas pudessem explicar o mundo e dar a melhor solução para todas as questões. Prática de alinhamento do Brasil desde os anos 1990, naquele momento com políticas neoliberais e galgadas – em outros assuntos - por organizações internacionais ao longo dos anos posteriores. Cada país possui uma economia peculiar e específica, diversas vezes foi nos mostrado a importância de conhecermos nossas questões sociais e econômicas para que não soframos consequências negativas de ações pensadas para England – enquanto somos Wonderland. Logo o momento de ações econômicas de grande escala chegará, para contermos os estragos causados pela pandemia. Fatalmente o governo terá que pensar em ações para girar a roda econômica e proteger a população mais vulnerável. Dessa maneira, um livro aparentemente inocente deixa-nos um ensinamento para observamos os próximos acontecimentos na economia mundial. Grandes organismos internacionais – como FMI e Banco Mundial – logo trarão soluções econômicas para a pós-crise causada pela pandemia – achando que as regras de England valem em Wonderland. Nesse momento, lembraremos de Alice e sua capacidade de tirar os olhos da teoria e enxergar o mundo – vendo passar o coelho branco que nos mostrará nossas contradições e possibilitará que acertemos dessa vez.

ADNAN JEBAILEY

Economista do Instituto de Economia ACIF 36 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br



institucional

ACIF terá plataformas online de compra e venda e de vantagens entre associados Ferramentas estão em fase final de formatação e estarão disponíveis a partir deste mês. Objetivo é fomentar os negócios e permitir a presença de pequenos e micro empreendedores

C

om o intuito de fomentar ainda mais os negócios de seus associados, a ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca) lançará durante o mês de maio, o “Clube de Vantagens ACIF”. Trata-se de uma vitrine virtual que permitirá que empresários associados troquem benefícios, produtos e serviços entre si. A plataforma, em fase final de elaboração, apresentará as ofertas e permitirá que negócios sejam concretizados com descontos e formas especiais de pagamento estabelecidas entre as duas partes envolvidas. “Ou seja, o associado A vende para o associado B por conta de ambos serem associados da ACIF. A vantagem é o desconto ou algum outro diferencial que o consumidor final não teria acesso”, explica o coordenador de negócios da ACIF, Rogério Goulart. “A vantagem quem define é o associado, precisa ser algo diferenciado daquilo que ele faz para o cliente comum, e assim atrair para sua empresa nossos sócios”. Por conta do atual momento econômico, o Clube de Vantagens estará nesse lançamento com adesão gratuita e sem cobrança de mensalidade por seis meses. “Essa ferramenta é para incentivar os negócios entre parceiros e conceder benefícios em um momento de turbulência na economia”, destacou Goulart. Posterior a esse período, o Departamento Comercial entrará em contato com os associados para terem um retorno sobre o uso da plataforma e saber se eles desejam ou não continuar participando da ferramenta.

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A divulgação dos associados participantes e a descrição dos benefícios concedidos serão feita pela ACIF em todos os seus canais de comunicação, físicos ou eletrônicos e por meio do portal clubedevantagensacif.com.br. Simultâneo ao Clube de Vantagens, a associação prepara uma segunda plataforma que funcionará como um grande classificado online, em que o empresário poderá divulgar seu produto ou serviço, porém a venda e todos os demais trâmites ocorrerão fora da ferramenta. “A ideia é aproveitar os canais digitais de comunicação dos associados para que eles fomentem as vendas diretas. Dessa forma, não teremos gerência alguma nas transações, seremos apenas a plataforma de divulgação”, adianta o coordenador de negócios da ACIF. Nessa plataforma, que ainda não tem nome definido, o associado fará a divulgação de seu produto/serviço para toda a população, assim como acontece em sites de classificados online disponíveis no país. Segundo Rogério, a ferramenta que está sendo criada é robusta e não terá limitação para inclusão de imagens, porém a ACIF criará regras para seleção dos produtos/serviços a serem divulgados e a quantidade de anúncios por associados conforme a demanda. “Queremos que a plataforma seja uma revista eletrônica para o associado que não tem condições de ter um e-commerce. Será uma forma de ter presença digital com um custo muito baixo, pois nesse momento a nossa preocupação é gerar negócios e aumentar as vendas de nossos associados”.



empreender

Núcleo de Hamburguerias promove desafio para divulgar os melhores burguers Iniciativa envolve 11 estabelecimentos que juntos oferecem 150 opções de lanches com ingredientes variados. Por mês, Núcleo comercializa 25 mil burguers

C

om receitas originais e diferentes de burguers, com combinações variadas de ingredientes, o Núcleo de Hamburguerias, do Programa Empreender da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), realizou ao longo de abril o Desafio do Melhor Burguer. Com a participação de 11 empresas pertencentes ao Núcleo, a ideia foi divulgar e promover as hamburguerias e ao mesmo tempo tornar mais conhecidos seus melhores lanches em um universo com 150 opções. O coordenador do Núcleo de Hamburguerias, Matheus Victor Silva explica que a ideia surgiu em um outro grupo de alimentação da qual participa, porém não foi levada a frente. “Trouxe a proposta para o Núcleo por ser um grupo menor e ela foi aprimorada junto com outras ideias”. A provocação, totalmente online (via Instagram), consistiu em uma hamburgueria desafiar a outra a postar o seu melhor hambúrguer, podendo ele ser o campeão de vendas ou ainda o hambúrguer mais diferente da casa, destacando os ingredientes utilizados. “Essa movimentação online surgiu por conta

Os melhores burguers de Franca Confira os hambúrgueres divulgados pelos estabelecimentos do Núcleo de Hamburguerias, do Programa Empreender da ACIF, durante o Desafio do Melhor Burguer

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da pandemia e atraiu novos seguidores para a página do Núcleo e para as hamburguerias participantes. O cliente de uma hamburgueria pode conhecer outra. Houve ganho de audiência”, afirma o gestor do Núcleo, Fabiano Freiria. Após a apresentação de todas as hamburguerias, a segunda etapa da ação foi promover o sorteio dos burguers do desafio para os clientes mediante algumas regras como a de seguir todas as casas participantes na rede social. “Primeiro nós que fizemos a divulgação e depois, incentivamos os clientes a fazerem esse compartilhamento para concorrer um burguer de sexta a domingo”, detalhou Silva. Para ele, o fortalecimento das marcas e do Núcleo ajudarão na criação de um evento presencial futuro. “Os clientes irão reconhecer as hamburguerias presentes e assim, poderão prestigiar o evento”. Além da interação nas redes sociais, o Desafio do Melhor Burguer resultou em uma maior procura pelos lanches divulgados na internet. Sem a movimentação nos salões, por conta do isolamento social causado pela pandemia do

coronavírus, as hamburguerias registraram um aumento de pedidos pelos aplicativos de comida online, telefone e WhatsApp. “Escolhemos o Churrasco Burguer por ser o de maior saída. Ele leva queijo coalho, fraldinha, rúcula e vinagrete”, revelou Thiago Rodrigues, do Senhor Burguer, que ainda enalteceu a vantagem de fazer parte do Núcleo. “Quando comecei com a hamburgueria percebi que não havia união comercial entre os empresários da cidade. Buscava contatos e não conseguia. Com o Núcleo, estreitamos laços, trocamos informações e fazemos parcerias para compras em maior quantidade”. Proprietário do Bistrô Meridiano 47, Alexandre Pereira, aproveitou a ação e divulgou o lançamento de seu mais novo lanche inspirado no principal prato da gastronomia francana, o JK. O burguer inovador leva banana frita empanada, patê de azeitona preta com palmito e o hambúrguer empanado e recheado com presunto e queijo. Criado em outubro do ano passado, o Núcleo de Hamburguerias reúne 11 empresários do ramo que juntos são responsáveis por uma venda mensal de 25 mil burguers.

Gran Roque Hamburgueria

Hamburgueria Stoker

Burguer: Gran Bacon

Burguer: 4 Queijos

Pão, 2 hambúrgueres, bacon, queijo cheddar, ketchup e maionese

Pão, 2 burguers 160 g, molho artesanal de 4 queijos (gorgonzola, catupiry, muçarela e provolone) e crispy de cebola


Kings Hamburgueria Gourmet

Four Brothers Burger

Barbarus Burger

Burguer: Picanha do Imperador

Burguer: Joey Tribbiani

Burguer: William Wallace

Pangeia Steak’n’Burger

Senhor Burguer

Meridiano 47

Burguer: Popó

Burguer: Churrasco Burger

Burguer: Burger JK

Mr. Burguer Franca

Don Diego Hamburgueria

Sanca Burguer’s

Burguer: Mr5 Quadras

Burguer: Don Diego

Burguer: Cheddar Bacon

Pão artesanal, hambúrguer de picanha, fatias de maça verde, alho poró, mel de flor de laranjeira, queijo canastra selado na chapa e rúcula

Hambúrguer de 170 g coberto com requeijão cremoso, carne seca desfiada, requeijão de corte empanado, vinagrete de pimenta biquinho e melaço de cana no pão de brioche

Pão de hambúrguer com cinco hamburgueres de 180 g, fatias de cheddar e bacon em todas as camadas e molho especial da casa

Pão brioche, 2 hambúrgueres de fraldinha de 180 g, catupiry, queijo cheddar, cebola caramelizada, queijo prato, queijo cheddar e bacon

Pão de hambúrguer com gergelim, rúcula, vinagrete, bacon grelhado, hambúrguer artesanal de fraldinha 180g sabor churrasco, catupiry, queijo coalho e maionese de ervas finas

Pão australiano, hambúrguer de 220 gramas, duas fatias de cheddar, cebola caramelizada no abacaxi e creme de queijo

Pão brioche, rúcula, tomate confitado, molho de mostarda e mel, hambúrguer de 180 g, muçarela e cebola crispy

Pão artesanal ou australiano, hambúrguer bovino recheado com presunto e muçarela empanado e frito, creme de palmito com azeitonas pretas, tomate e alface. Acompanha banana frita e batata frita cobertas com queijo

Pão de hambúrguer, dois burguers de 110 gramas, bacon, muçarela, cheddar, tomate picado e maionese especial Sanca

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ARTIGO

sua marca S

EM TEMPOS DE CRISE?

em dúvidas estamos passando por um momento extremamente difícil e preocupante em muitos aspectos. Neste contexto, percebe-se uma mudança no comportamento do consumidor em uma velocidade um tanto quanto difícil de acompanhar. As grandes empresas têm trabalhado fortemente seu posicionamento enquanto marca, afim de obter a credibilidade do mercado e sair a frente de suas principais concorrentes. Como devem se comportar as micro e pequenas empresas neste cenário tão desafiador? A resposta dessa pergunta para muitos pode parecer óbvia.

No entanto, muitas dessas micro e pequenas estão de portas fechadas. Muitas delas não têm reserva financeira sequer para pagar seus funcionários, como fazer marketing neste momento? É preciso mudança. É preciso primeiro enxergar as necessidades do mercado. Entender quais são os canais capazes de satisfazer essas demandas. E, principalmente, vincular nossas marcas na resolução dos problemas das nossas comunidades. Às vezes temos um público muito mais perto do que realmente buscamos. Às vezes ele está na rua de trás da nossa empresa. É para esse público que temos que comunicar. Mesmo que

o mercado não te devolva com compras, abasteça o mercado de conteúdo. Crie vínculo. Se alie ao seu concorrente, faça diferente. O momento agora é de repensar nossos negócios. De usar e abusar da nossa criatividade. Clientes continuam tendo problemas, mas esses agora talvez estejam em um outro grau de prioridade. Precisamos entender isso. Precisamos estar abertos para a criação de um novo produto, de um novo mercado, de coisas NOVAS. Com certeza, assim, teremos marcas muito mais fortes e preparadas para de fato, atender clientes que com toda certeza, depois de tudo isso, não será mais o mesmo.

LUIZ FELIPE NAVARRO

Consultor do Sebrae-SP

42 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br

kues1 / Divulgação

C O M O F O R TA L E C E R



Fotos: Divulgação

café

Cocapec tem laboratório de última geração para classificação de cafés especiais Espaço funciona na cooperativa em Franca e segue protocolos da Associação de Cafés Especiais. Na safra passada, 3% do volume entregue foi comercializado como cafés especiais 44 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br


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fama nacional e internacional do café da Alta Mogiana e o crescente mercado de cafés especiais fez despertar, há dois anos, na Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuarista) o ensejo de ter um moderno laboratório para classificação desse tipo de grão. Cuidadosamente planejado para seguir todos os protocolos exigidos pela Associação de Cafés Especiais (SCA – sigla em inglês), o espaço foi construído na sede da cooperativa em Franca e funciona anexo ao departamento de café. O local conta com torradores, moinhos, sistema de filtragem e pressurização de água, além de mesas de trabalho e novos métodos de extração. “Desde 2017, a Cocapec já vinha realizando alguns trabalhos nesse sentido, mas sentiu que precisava fazer investimentos para valorizar o cooperado e a região. Foi quando a cooperativa montou uma estrutura física específica para extrair o melhor de cada café”, explica Higor Brotifixi, QGrade da Cocapec, que junto com outros colaboradores foi treinado para aplicar todas as técnicas necessárias para análise dos grãos diferenciados e hoje, está habilitado para pontuar cafés. O processo para a identificação de cafés especiais começa a partir do momento em que o produto chega na cooperativa. De posse da Cocapec, todo café depositado é provado, e quando uma amostra apresenta sinais de cafés diferenciados estes são encaminhados ao Laboratório de Cafés Especiais e abre novas oportunidades de mercado. “O número de produtores produzindo café de melhor qualidade tem aumentado, assim como há mais produtores buscando informações, querendo saber mais sobre o mercado”, destaca Higor. Após a denominada classificação/ prova comercial, os grãos finos que foram detectados são analisados através da classificação americana da SCA para prova sensorial. Essa prova é realizada pelos Q-graders da cooperativa que fazem a pontuação. Na sequência, os cooperados são informados sobre as características de seus grãos e das possibilidades de mercado. Segundo Higor, a qualidade da bebida é o principal fator a ser levan-

tado, mas outras características como o teor de umidade, o percentual de peneira e o perfil sensorial também são identificados. “É feita uma análise completa por meio de equipamentos de última geração. Além disso, para atender muitos compradores temos feito toda a rastreabilidade do café, com a localização da produção, história do produtor e até foto da lavoura”. De acordo com a Cocapec, por meio desse trabalho, os cafés produzidos na região são comercializados com um valor até 25% acima das cotações atuais. Entre os principais mercados externos estão a Europa, os Estados Unidos e mais recentemente a Ásia. Lá, os cafés especiais aqui produzidos são adquiridos por importadores e torrefadores de médio e grande porte. Já no mercado interno, os grãos verdes têm como destino as cafeterias, além de pequenas, médias e grandes torrefações. Na última safra, por exemplo, 3% do volume total entregue na cooperativa foi comercializado como cafés especiais. “O consumo no mercado interno tem crescido com o aumento das cafeterias e um maior conhecimento da bebida, porém ele ainda não consegue absorver toda a produção. Em contrapartida, o mercado externo quer esse café com origem única ou blend”, revela o QGrade da Cocapec, que prevê para 2020, um percentual ainda maior de cafés especiais. “2019 foi uma safra difícil. Para essa, estamos mais otimistas por se tratar de uma safra com volume maior”. A expectativa é que a região de cobertura da Cocapec produza cerca de 3,2 milhões de sacas de café de 60 quilos cada. Fora a classificação e comercialização dos lotes especiais, o departamento ainda presta toda a assistência aos cooperados orientando sobre a secagem, regulagem dos maquinários, de modo especial a abertura de peneiras, umidade dos grãos e oferece informações a respeito dos custos para a produção, estrutura e mão de obra. “Oferecemos todo esse suporte em época de colheita e secagem para corrigir possíveis falhas antes do café ser entregue para a seleção, que hoje também é tida como um feedback para o produtor, já muitos tem utilizado esse café em marcas próprias”. Maio | 2020 45


institucional

Certificado digital adota sistema

‘delivery’

durante a pandemia Associação seguiu decreto e recomendações da OMS e manteve serviço para atender demanda dos empresários nesse período. ACIF também firmou parceria com a OAB

A

s medidas de isolamento social impostas por decreto estadual durante o mês de abril, por conta da pandemia de coronavírus, fez com que a ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca) mudasse a forma de emissão de certificado digital. Com a emissão presencial prejudicada e ciente que a verificação pessoal é uma das etapas mais importantes para a emissão do documento com validade jurídica, a ACIF implantou a Certificação Digital Delivery. “Foi uma forma de mantermos o atendimento em um momento em que ninguém está prestando esse serviço e atender uma demanda existente. Havia muitos pedidos dos empresários em razão das obrigações do E-Social”, explica Rogério Goulart, coordenador de negócios. Ao encontro das necessidades atuais e respeitando as recomendações de segurança da OMS (Organização Mundial de Saúde), os atendimentos passaram a ser realizados diretamente na empresa ou no domicílio do empresário pelos consultores da associação. “Colocamos duas equipes nas ruas e começamos a agendar os atendimentos para não parar totalmente as empresas”, destacou Goulart. No intervalo de um mês, 300 empresas foram atendidas nesse novo formato que, mesmo após o retorno dos atendimentos presenciais, será mantido. O coordenador ressaltou ainda que apesar da demanda, a resposta foi rápida e os solicitantes conseguiram atendimento de um dia para o outro. “Cumprimos o decreto e aceleramos boa parte do processo em home office, com isso os atendimentos são rápidos. Em torno de meia hora, já consegue emitir o certificado”. No atendimento domiciliar, que não tem custo adicional, o consultor realiza a biometria e a fotografia do interessado.

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Espécie de ‘identidade virtual’ com validade jurídica, e que garante proteção às transações eletrônicas e outros serviços via internet, o certificado digital teve mais procura nesse período devido a declaração do Imposto de Renda e ações como emissão de notas fiscais e assinaturas de contrato, além de outras exigências burocráticas.

Postos de atendimento

Com o fim da quarentena imposta pelas autoridades, os atendimentos de certificado digital continuarão a ser realizados nos postos instalados na sede da Assescofran (Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e Região), localizado no Bairro Santa Santa Rita, e na Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas), no Distrito Industrial. A ACIF mantém atendimento na sede da entidade no Centro da cidade (Rua Monsenhor Rosa, 1940). Durante o mês de abril, a ACIF e a subseção de Franca da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) firmaram parceria para que a categoria tenha condições especiais em valores e prazos na emissão e renovação de seus certificados digitais. “A parceira é importante pois a ACIF contribui para que um serviço essencial para nossa sociedade não sofra interrupções, além de fortalecer os laços de parceria entre as duas instituições”, afirmou o coordenador de negócios da ACIF, Rogério Goulart. Os atendimentos aos advogados começaram no dia 15 de abril também por meio de agendamento para que o serviço pudesse ser prestado via delivery. Na advocacia, o certificado digital é muito utilizado para entrada com petição em processos judiciais. Nesses e em outros casos, os interessados devem entrar em contato pelo telefone (16) 9 9967-4002.



prostooleh / Divulgação

momento jurídico

D O E S TA D O D E

“CALAMIDADE

PÚBLICA” 48 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br


E

stamos vivendo um “estado de calamidade pública”, decretada pelos nossos governantes, nas áreas municipal, estadual e federal; vamos tentar entender o que é a “calamidade pública”. Define-se, como inúmeras outras, como uma situação anormal, provocada por desastres – no caso, pelo novo coronavírus – causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do Poder Público e do ente atingido”. No mês de março, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de iniciativa do Governo Federal que estabelece “um estado de calamidade pública” em razão da pandemia do coronarvírus; essa medida foi também aprovada no Senado Federal. Cabe, então, uma indagação: na prática o que representa o “estado de calamidade pública”? Vamos tentar entender esse momento crítico que está assolando o Brasil. Um dos principais efeitos do “estado de calamidade pública” é que a União fica desobrigada de obedecer ao limite de gastos; ou seja, o limite do déficit orçamentário pode ser ultrapassado sem que, contudo, haja o enquadramento dos gestores no crime de responsabilidade fiscal. Outro efeito importante é a autorização para o aumento dos limites do teto dos gastos constitucionais, sendo que essa elevação deve respeitar o seu mecanismo específico, como autorização pelo Congresso Nacional de crédito extraordinário para o combate à pandemia do novo coronavírus. Os Estados e Municípios também podem decretar o “estado de calamidade pública”, pelos Governadores e Prefeitos, quando há o comprometimento das funções de estado; exatamente essa é a situação que estamos vivenciando no Estado de São Paulo, cujo decreto se estendeu a todos os municípios (Decretos Legislativos 2493 e 2495), com o fechamento de todas as atividades que não sejam essenciais e o confinamento da população, denominado

popularmente de quarentena. O “estado de calamidade pública” está regulamentado no artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que autoriza a dispensa do atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho; bem como ainda, suspende a contagem de diversos prazos e disposições legais pertinentes enquanto perdurar a situação. Esse mesmo artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que no caso da União, a “calamidade pública” seja reconhecida pelo Congresso Nacional; e, nos Estados e Municípios, pelas Assembleias Legislativas dos respectivos Estados. Ressalte-se, ainda, a ADI (ação direta de inconstitucionalidade) 6357, assinada pelo próprio Presidente da República e distribuída ao STJ para a relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, que concedeu medida liminar. Nesta ação, busca-se a atribuição de interpretação conforme a Constituição, de diversos artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Já o argumento central exposto foi “a despeito da relevância das exceções fiscais previstas no artigo 65 da LRF, há que se reconhecer que tal norma é insuficiente para garantir a eficiente atuação do governo federal frente às demandas fiscais e sociais que se apresentam diante da atual pandemia do coronavírus”. Trata-se, portanto, de um cheque em branco ao Poder Executivo como um todo, afastando as regras usuais de controle financeiro e orçamentário, mesmo com as ressalvas contidas no despacho, que delimitam sua vigência “durante a emergência em Saúde Pública de importância nacional e o estado de calamidade pública decorrente da COVID-19”, para “afastar a exigência de demonstração de adequação e compensação orçamentárias em relação à criação/ expansão de programas públicos destinados ao enfrentamento do contexto de calamidade”. O excepcional afastamento da incidência dos artigos da Lei de Res-

ponsabilidade Fiscal não conflita com a prudência fiscal e o equilíbrio orçamentário consagrados. O Ministro ressaltou, ainda, que a proteção à vida, à saúde e a subsistência de todos os brasileiros, com medidas protetivas aos empregados e empregadores estão em absoluta consonância com o princípio da razoabilidade. Por fim, estendeu a aplicação da decisão aos Estados, Distrito Federal e Municípios “que, nos termos constitucionais e legais, tenham decretado estado de calamidade pública decorrente da pandemia da COVID-19”. Assim, em termos jurídicos, todas as amarras legais existentes foram retiradas para que os governantes possam adotar medidas de enfrentamento ao estado de calamidade pública existente, isto é, a pandemia de corovírus. Por fim, para que possamos ter ideia de, na prática, o que significa a desobrigação de obediência à Lei da Responsabilidade Fiscal é o fato de que o teto máximo de despesas previsto para o exercício de 2020 acarretaria um déficit de aproximadamente cento e setenta bilhões de reais; em razão do “estado de calamidade pública” reconhecido pela Câmara dos Deputados, o déficit orçamentário do Brasil deverá ser, ao final do ano, na casa dos quatrocentos e vinte bilhões de reais. Nos dias de hoje a grande discussão nacional é aquela: salvar as vidas dos infectados pelo novo coronavirus ou salvar a economia? Entendemos que, agora, não é hora de se fazer política, ou, ainda, “jogar para a plateia”, mas, isto sim, seguir as orientações dos técnicos em todas as áreas, no intuito de se encontrarem as melhores soluções para o atual estado, bem como para o pós coronavírus. Para o esclarecimento de dúvidas jurídicas, além de sugestões, o departamento jurídico da ACIF está sempre à disposição dos seus associados, seja presencialmente, via telefone (3711-1724) ou email (jurídico@acifranca.com.br). Até a próxima!

ADALBERTO GRIFFO ADALBERTO GRIFFO JUNIOR Assessoria Jurídica da ACIF

Maio | 2020 49


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empreender

Polo Francano de TI oferece assessoria online gratuita para home offices Iniciativa surgiu pós pandemia de coronavírus para auxiliar empresários de diferentes ramos na implantação do acesso remoto

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pandemia de coronavírus fez crescer, não só em Franca, mas em todo o país, uma adoção generalizada pelo sistema de trabalho home office. Devido a esse movimento e ciente também do aumento das operações digitais, o Polo Francano de Tecnologia, do Programa Empreender da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), resolveu durante esse período prestar assessoria online e voluntária na área. Os atendimentos visam esclarecer dúvidas de acesso remoto no trabalho home office das empresas associadas. “Em uma reunião virtual do Polo, questionamos o que nossas empresas poderiam fazer para a sociedade nesse momento e surgiu essa ideia”, explica Henrique Godoi, da EnterPlug Sistemas, uma das 21 empresas que compõem o Polo Francano de TI. O serviço funciona da seguinte forma: quando uma máquina dá pau ou o sistema remoto enfrenta qualquer tipo de problema em TI, o empresário entra em contato com a ACIF por meio do email empreender@acifranca.com.br ou

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pelo telefone (16) 9 9335 9265 e solicita o atendimento. “Quando chega a dúvida, logo ela é postada no grupo do Polo e aquele que puder e conhecer sobre o assunto se prontifica para responder”, detalha Godoi. Segundo ele, muitos empresários se reestruturaram para trabalhar mais no mundo virtual durante esse período, mas acabam enfrentando dificuldades no ambiente home office, principalmente ao fazer acessos remotos e ao lidar com vendas via delivery, no atendimento de aplicativos e redes sociais e no funcionamento do e-commerce. “Inicialmente tentamos resolver o problema online, porém caso haja atendimento que necessite ser presencial, a empresa do Polo negocia com o solicitante”. Além da assessoria online em tecnologia, o Polo Francano de Tecnologia realizou postagens diárias em sua página no Facebook com dúvidas gerais para os usuários utilizando a hashtag #estamosemhomeofficeeagora?. No total, foram 14 postagens com respostas das principais dúvidas dadas de forma rápida e didática. “Os membros do polo de TI são muito

engajados e prezam por uma postura socialmente responsável também. Assim como todos os setores econômicos, eles foram atingidos, se isolaram, passaram a trabalhar em home office e como muitos já têm o costume de prestar atendimento remoto, quiserem compartilhar essa expertise com os demais empresários nesse momento atípico”, disse a gestora do grupo, Naina Correia. Outra iniciativa foi o oferecimento gratuito, pelo prazo de 90 dias, de softwares como o Vitrine Virtual para a exposição e divulgação de produtos para comércios que tiveram de fechar suas portas nesse período, como foi o caso de lojas de roupas, sapatos e outros estabelecimentos, como restaurantes, que não contam com a opção de delivery. “O Polo Francano de Tecnologia existe há dez anos no Empreender. É um grupo forte e muito unido. Assim que tivemos as primeiras reuniões online, após o isolamento social, os membros se mobilizaram e se colocaram disponíveis em contribuir com todos aqueles que precisaram se adaptar com as tecnologias da noite para o dia”, destacou Naina.



negócios

CME inova na quarentena, realiza reuniões e palestras online e fortalece rede Conselho da Mulher Empreendedora participou de live com a diretora-executiva da Maurício de Sousa Produções, Monica Sousa e obteve mais de 900 visualizações

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necessidade de reinvenção nos negócios durante a pandemia do novo coronavírus e o desejo de estar próximo em um momento de isolamento social e muitas incertezas, fizeram surgir dentro do CME-ACIF (Conselho da Mulher Empreendedora da Associação do Comércio e Indústria de Franca) um novo modelo de trabalho. As reuniões presenciais que antes eram mais espaçadas, passaram a ser semanais por meio de plataformas de vídeo e uma série de palestras foram organizadas no intuito de promover o empreendedorismo das mulheres empresárias em tempo de crise. Tudo começou logo após o adiamento do 9º Fórum da Mulher Empreendedora ACIF que se rea-

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lizaria no dia 23 de março, para um público de 500 pessoas. “Estávamos há um ano organizando e a data estava próxima quando tudo começou acontecer, mas não havia nenhuma determinação oficial. A decisão em adiar foi um compromisso com a saúde pública, pois tínhamos 100% dos convites vendidos”, diz a coordenadora do CME-ACIF, Lívia Maria Gimenes Gomes Limonta. Dias depois, houve o decreto estabelecendo o fechamento do comércio e o isolamento social. Empresária do ramo de alimentação, Lívia sentiu o impacto logo na primeira semana e, confessa que ficou perdida. “Foi quando percebi que precisava ficar próxima das demais conselheiras, de assumir esse protagonismo, trocar ideias,


informar e uma ajudar a outra”. Não demorou e a primeira reunião online foi marcada. Diferente de quando era presencial, o encontro reuniu quase 100% das 60 integrantes do CME-ACIF. “Muitas que não iam nas reuniões, participaram. O online aproximou e facilitou o contato”. Lívia diz que essa oportunidade serviu para um bate papo em que todas puderem expor o que estavam sentindo, suas dúvidas e inseguranças diante do cenário que havia surgido. “Algumas empresárias que naquele

momento pensavam em fechar o negócio mudaram de ideia, pois sentiram apoiadas e descobriram que sozinhas é difícil achar uma solução”. No ensejo de auxiliar as empresárias a encontrar soluções, auxiliar na divulgação em massa dos negócios multissetoriais e promover networking, surgiu a ideia das reuniões temáticas com participação de convidados. Temas como e-commerce e marketing digital e referentes as áreas financeira, jurídica e de contabilidade receberam atenção especial e nem mesmo o lado emocional ficou esquecido, já que Lívia também convidou uma psicóloga para falar com as conselheiras. “Na reunião de e-commerce houve dicas rápidas para quem ainda não estivesse, começasse a atuar na internet. Falamos depois sobre fluxo de caixa, empréstimo consciente e a importância de trabalhar com reserva”. No dia 17 de abril, por meio de uma parceria com o Sebrae Franca, o CME-ACIF participou de uma live com a diretora-executiva da Maurício de Sousa Produções, Monica Sousa. Inspiração para a personagem de quadrinhos infantis mais famosa do Brasil, Monica era uma das convidas para o Fórum da Mulher Empreendedora, mas antes do adiamento acontecer precisou cancelar sua participação por motivo de doença. “Durante uma viagem até São Paulo, vi a Monica e trazê-la para Franca se tornou um objetivo por se tratar da diretora de uma empresa familiar com 60 anos de história, que soube se reinventar e fazer a sucessão familiar”, explicou Lívia, que não hesitou em apoiar a proposta do Sebrae de realizar a live. “Montamos o conteúdo e decidimos que a live não focaria só no problema, mas seria um bate papo descontraído e foi dessa forma. Durante quase duas horas, Monica falou de empreendedorismo, da história da empresa, dos personagens e de como está o trabalho atual, das ações traçadas nesse período de crise. Entre elas, da decisão de fazer o personagem Cascão lavar as mãos”. Para Lívia, a live com Monica Sousa mostrou que o trabalho do CME-ACIF tem cumprido o papel de ajudar a encontrar saídas, de ser um suporte para as empresárias. “O CME e a ACIF são parte de um todo e as conselheiras, que precisam ser associadas, podem utilizar da Associação e ter a certeza de que a ACIF é a casa do empresário e que juntos, todo o grupo sairá fortalecido”. Maio | 2020 53


tuaindeed / Divulgação

ARTIGO

Coronacri se:

até onde irá?

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ntes mesmo de seguir a leitura deste artigo saiba que essa resposta não está disponível a ninguém completamente. Mas com essa leitura você terá um direcionamento maior do que realmente precisa observar para saber como sairemos dessa. A pergunta de bilhões de dólares que dá título a este texto tem como maior dificuldade de ser respondida o fato de que, diferentemente de outras crises econômicas, essa tem como origem um fator bastante diverso de ser analisado, que é o da saúde. Para piorar, trata-se de um aspecto de saúde e que ainda não é completamente analisado. Se alguma outra doença que já fosse conhecida estivesse se espalhando agora, já teríamos com maior certeza um tratamento e talvez até uma imunização. Por enquanto, tudo que temos são

testes. Alguns mais otimistas que outros, mas todos testes. O primeiro e mais importante fator que deve ser observado para termos uma ideia de até onde será necessário manter as atuais medidas de restrição (que impactam diretamente na economia) é o acompanhar da evolução da curva de contaminação. Em cada país ela tem ocorrido de maneira diferente, mas o que se tem de mais conhecido até então é o fato de que essa doença se espalha em centros concentrados. Começou em Wuhan, na China; na Itália, concentrou-se na Lombardia (ao norte); na Espanha, as regiões de Madri e da Catalunha são as mais afetadas; nos Estados Unidos, Nova York o maior centro até então; no Brasil, a concentração maior está em São Paulo, mas Rio de Janeiro e Brasília também concentram muitos casos. A verificação da curva de con-

taminação é essencial para ter um conhecimento mais palpável de quando as atividades poderão retomar à “normalidade”. Isso porque, em termos práticos, embora seja uma doença com uma mortalidade não tão elevada (em dados agregados do mundo todo em número de casos e mortos, se aproxima atualmente de 5%), ela se espalha com bastante velocidade. E é esse o ponto chave: por mais que uma boa parte das pessoas acabe não tendo sequer sintomas do vírus, caso as atividades ocorram normalmente a circulação de pessoas não se altere, quem não tem reação alguma ao vírus provavelmente o leva para quem terá complicações severas e poderá até falecer. Acompanhar o evoluir da doença em termos geográficos é, assim, o primeiro ponto. O segundo ponto a ser observado é a efetividade de meios de tratamento ou mesmo a viabilização de uma cura (através de uma vacina). Novamente, friso: até o momento em que este artigo é escrito muitos testes já foram realizados mas a eficácia definitiva ainda não foi alcançada; o que está no alvo até então é a hidroxicloroquina, que tem apresentado sinais cada vez mais notáveis de que seja eficaz no tratamento (e, desde o início de abril, entrou no protocolo oficial de tratamento de doentes a partir da internação, de acordo com o Ministério da Saúde). Quanto a vacina, no melhor dos cenários, devemos ver algo viável (que além de resolver a questão do coronavírus não cause efeito adverso indesejável) apenas ao início de 2021. O leitor talvez estranhou ler sobre uma doença em uma coluna de economia. Não estranhe: de fato é uma questão de saúde que está sendo mais relevante para a economia agora. Espero não ter estranhado o termo normalidade entre aspas no quarto parágrafo - porque não é desprezível que, quando tudo isso passar, o que conhecemos por normalidade seja bastante diferente.

CAIO AUGUSTO DE OLIVEIRA RODRIGUES

Editor do site Terraço Econômico e gestor financeiro 54 ACIF em Revista | www.acifranca.com.br



notas dos negócios internacionais

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DNI-ACIF apresentará proposta de ‘evento de aquecimento’ para a Rodada de Negócios

Rodada de Negócios Internacionais de Franca, que aconteceria nos dias 18 e 19 de março e foi adiada por conta da pandemia do coronavírus, terá uma nova movimentação no dia 7 de maio. Os realizadores do evento programaram para a data, uma reunião com os empresários participantes para apresentar a proposta de um warm up (evento de aquecimento). A ação, em data a ser definida, tem o intuito de promover um contato entre as 35 empresas do setor calçadista local com os importadores de nove países que estavam confirmados para virem até Franca com a finalidade de gerar negócios. A ideia é que os calçadistas conheçam os importadores e façam um primeiro contato. “Enquanto não temos

uma data definida, haja visto o cenário global e a impossibilidade de definir uma nova data nesse momento para a rodada física presencial, achamos importante promover essa movimentação”, explica a coordenadora do Departamento de Negócios Internacionais da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), Suyara Águila. O warm up acontecerá no formato de pitch (apresentações rápidas) para que as fábricas possam falar do seu produto aos importadores e entender um pouco a movimentação do varejo externo. “Estamos planejando entre 20 minutos a meia hora para cada fábrica apresentar e defender o seu produto previamente. A rodada presencial foi apenas adiada e ela irá acontecer tão logo a gente possa definir uma data, acreditamos ser ainda este ano”.

Maratona de lives do IBREI oferecerá conteúdo com foco no mercado externo O DNI-ACIF em parceria com o IBREI (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Relações Empresariais Internacionais) promoverá a partir do dia 12 de maio, uma maratona de lives para geração de conteúdo com foco no mercado externo. A intenção dos eventos online é auxiliar as empresas com informações relevantes para que elas possam se preparar para operar no mercado internacional. Será uma live por semana, sequencial, durante um mês e meio (seis semanas) com temas diferentes.

“Essa parceria fornecerá conteúdo de profissionais especialistas no mercado internacional. São conteúdos práticos e que serão passados de forma muito interativa para embasar as empresas locais”, adiantou a coordenadora do DNI-ACIF, Suyara Águila. As lives são abertas para a participação de todas as empresas interessadas em exportação e serão transmitidas pelo link do Microsoft Teams. “Esse projeto traz a essência do nosso instituto, profissionais engajados em prol de um mercado mais preparado e um país muito mais conectado com o mercado exterior”, disse Maurício Prazak, presidente do IBREI.

Depoimento DNI “O Departamento de Negócios Internacionais da ACIF está exercendo um papel fundamental na estratégia da retomada das exportações. Toda a atuação do projeto contempla uma visão do macro ambiente, atuando desde a reorganização dos processos internos, entendimento das particularidades, formatação correta dos custos e ajustes dos produtos, seguindo até a etapa final que irá promover um ambiente de sinergia na organização comercial, através da busca de potenciais mercados-alvo, de uma correta comunicação e divulgação da marca Franca no exterior, além da imprescindível velocidade na expectativa de geração de novos negócios que serão propostos pelo ambiente de “Rodada de Negócios”. As dimensões e o profissionalismo do DNI trarão imensuráveis benefícios de curto e médio prazo para o setor coureiro-calçadista de Franca”. Giuliano Spinelli Gera, Sócio - proprietário PG4 Calçados, economista e presidente do Instituto do Calçado de Franca

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fique por dentro

de OLHO no DINHEIRO Tabela de Imposto de Renda (IRRF) - 01/01/2020 a 31/12/2020

IMPOS TÔMETRO

Base de Cálculo (em R$)

Alíquota (%)

Até R$ 1.903,98 De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 Acima de R$ 4.664,68

Parcela a deduzir do IR (em R$)

Isento 7,5 15 22,5 27,5

142,8 354,8 636,13 869,36

Salário Mínimo - Maio/2020

Veja quanto já pagamos de impostos até o dia 29 de abril. Para ver o impostômetro em tempo real acesse: impostometro.com.br

Mensais R$ 1.039,00

Federal

000

695

799

327

160

88

Estadual

000

247

212

730

619

96

Municipal

000

000

724

622

298

75

TRI

BI

MI

MIL

REAIS

CENT

Diário

Hora

R$ 33,51

R$ 6,18

Salário Família - 2020 Remuneração Mensal

R$ 48,62

Fotos: Divulgação

Salários Normativos do Comércio Varejista - 2019 Categorias Piso Salarial de Ingresso Empregados em Geral Caixa Faxineiro e Copeiro Office Boy e Empacotador Garantia Comissionista

Geral

ME

EPP

R$1.462,00 R$ 1.571,00 R$ 1.291,00 R$ 1.073,00 R$ 1.716,00

R$ 1.195,00 R$ 1.345,00 R$ 1.461,00 R$ 1.201,00 R$ 1.073,00 R$1.571,00

R$ 1.259,00 R$ 1.404,00 R$ 1.510,00 R$ 1.237,00 R$ 1.073,00 R$1.649,00

SALÁRIO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Federal: Esse dinheiro você poderia comprar 994 mil apartamentos com 3 quartos, 1 suíte, 2 garagens, 114 metros quadrados, no Centro de Guarulhos SP

Estadual: A arrecadação em SP representa: 35,05% do total da arrecadação no Brasil.

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Municipal: Com esse dinheiro daria para comprar 20.762 carros Renault Kwid Life 1.0 no valor de R$ 34.990 cada

ACIF (@acifrancasp)

R$ 1.163,55 (um mil cento e sessenta e três reais e cinquenta e cinco centavos) - Trabalhadores domésticos, serventes, trabalhadores agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensageiros e trabalhadores de serviços de limpeza e conservação, trabalhadores de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados não-especializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos, cumins, “barboys”, lavadeiros, ascensoristas, “motoboys”, trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não-especializados de minas e pedreiras; operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, de mineração e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondência e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, trabalhadores de costura e estofadores, pedreiros, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão, trabalhadores em serviços de proteção e segurança pessoal e patrimonial, trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem, garçons, cobradores de transportes

@acifranca

16 9

9967-4003

coletivos, “barmen”, pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metálicas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores, trabalhadores de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de máquinas de escritório, datilógrafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de “telemarketing”, atendentes e comissários de serviços de transporte de passageiros, trabalhadores de redes de energia e de telecomunicações, mestres e contramestres, marceneiros, trabalhadores em usinagem de metais, ajustadores mecânicos, montadores de máquinas, operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial; R$ 1.183,33 (um mil cento e oitenta e três reais e trinta e três centavos) - Administradores agropecuários e florestais, trabalhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes comerciais, operadores de estação de rádio e de estação de televisão, de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica e técnicos em eletrônica.




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