CAPA
MEIA-NOITE
(E TODO O RESTO DO DIA)
EM PARIS UMA CONVERSA COM
ISAAC AZAR , DONO DO RESTAURANTE PARIS 6, QUE FUNCIONA 24 HORAS POR DIA E RECEBE MAIS DE 55 MIL PESSOAS POR MÊS POR ANDRÉ CORDEIRO FOTOS LUIZ TRIPOLLI
ELE NÃO PARA. OS OLHOS SEMPRE ATENTOS AOS MÍNIMOS DETALHES. Vestido com um look idealizado pelo estilista Camargo, Isaac concede a entrevista ao mesmo tempo em que delega para sua equipe questões gastronômicas e comerciais. De vez em quando o celular toca. “Só um minutinho, preciso atender”, avisa. Outras vezes, é interrompido com e-mails e mensagens. Uma personificação de sua própria rede de restaurantes, o Paris 6, aberto full-time. Esse é Isaac Azar. “Sou assim desde criança. Acho que o hiperativo é muito ligado com o criativo”. Isaac conta que costumava pintar no ateliê do artista Flávio Rossi e às vezes passava noites a fio se dedicando aos seus próprios quadros. Hoje, com quatro casas abertas permanentemente, três em São Paulo e uma no Rio, e ainda com planos de abrir mais uma em Miami, fica difícil se dedicar a outra coisa que não seja o Paris 6. “Quem falou para ser 24 horas foi meu amigo e mentor, o psiquiatra Flávio Gikovate. Ele disse na época: ‘Cara, você é muito elétrico. Ao invés de aterrorizar sua família, aterroriza no restaurante, descarrega lá’”.
26 | 29HORAS | Novembro 2014