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JULHO/2025 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
JULHO/2025 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
Celebrando seus 40 anos de carreira, paraense brilha como atriz no cinema e no streaming, é homenageada em Paris e faz sua estreia como diretora
VIAGEM
Dias de festa e de descanso sob o sol das Ilhas Baleares, no Mediterrâneo
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@revista29horas
Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Leonardo Chebly, Luiz Toledo, Paula Calçade, Pedro Barbastefano Júnior e Ricardo F. Marques
redação Paula Calçade (editora executiva); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)
Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Georges Henri Foz, Karen Kohatsu, Luciane Araújo, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Vicky Romano
tratamento de imagens Karen Kohatsu, Rose Oseki
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Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP
29HORAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.
A revista 29HORAS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 12 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
Hora H Méis brasileiros conquistam paladares exigentes e chegam a restaurantes estrelados
Mallorca e Menorca se mantêm como destino procurado no verão europeu, mas apresentam diversificadas surpresas
A atriz Dira Paes celebra quatro décadas de carreira em um ano de lançamentos e premiações
ARTE EM FOCO Arte pop brasileira na Pinacoteca
HORAS DE VOO Os planos da Gol após a recuperação judicial
BOM DE COPO Seleção de vinhos brancos para o inverno
BON VIVANT As surpresas da Chapada Diamantina, na Bahia
RÁDIO VOZES Lançamentos de cantoras e compositoras brasileiras
ACONTECE EM SP Fipan no Expo Center Norte
HORA LIVRE Crônica de Luiz
CURADORIA POLLYANA QUINTELLA E YURI QUEVEDO
A Pinacoteca de São Paulo recebe a exposição “Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70”, na Grande Galeria do edifício Pina Contemporânea. A mostra reúne 250 obras de mais de 100 artistas, muitas delas expostas juntas pela primeira vez, proporcionando uma visão abrangente sobre a arte do período. A exposição se divide em temas que remontam aos grandes acontecimentos do período, como o surgimento da indústria cultural, a ruptura democrática e as transformações sociais de diversas ordens. Podem ser vistos trabalhos de Wanda Pimentel, Romanita Disconzi, Antonio Dias e muitos outros. O público pode ainda vestir e experimentar os famosos parangolés de Hélio Oiticica.
EDIFÍCIO PINA CONTEMPORÂNEA | GRANDE GALERIA : Até 5 de outubro. Avenida Tiradentes, 273. Ingressos: R$ 30 (inteira), sábados gratuitos.
Perfumes autorias do Brasil, méis nacionais nos menus de São Paulo, surf no interior e a nova gastronomia de Gramado
PASSEIO |BELEZA | TURISMO | ENTRETENIMENTO
ARTE Pinheiros agora conta com um espaço para quem ama joalheria e experiências imersivas. Trata-se do Ateliê de Vivências, da marca Mariah Rovery Jewelry, que propõe um mergulho nos processos criativos das joias, unindo arte e experimentação. O local foi idealizado pela artista Mariah Rovery, que há 16 anos ressignifica a ourivesaria tradicional por meio do uso de materiais e técnicas como flores vitrificadas, asas de insetos, conchas e vidro soprado. Distribuído em dois andares, o Ateliê reúne showroom, loja, espaços de vivências interativas e um laboratório das peças. Por lá, também é possível ver de perto os itens da nova coleção Oráculo, que transita entre o passado e o presente, a mitologia e o toque humano, a solidez do tempo e a mutação constante de todas as coisas.
ATELIÊ DE VIVÊNCIAS - MARIAH ROVERY JEWELRY : RUA JOAQUIM ANTUNES, 705, PINHEIROS. TEL. 97579-3838.
Fundadora de marca de fragrâncias de nicho, a empresária Fernanda Elisa coloca o país na prateleira ao lado de conhecidas grifes internacionais
OPOR PAULA CALÇADE
BRASIL É TERRA DE MUITOS AROMAS, mas ainda não tinha uma marca de perfumes de luxo para chamar de sua até 2023 –ano em que a carioca Fernanda Elisa Orcioli decidiu empreender no setor, após vinte anos trabalhando para grifes internacionais de moda e cosméticos, como Dolce & Gabbana, Hugo Boss e Calvin Klein. E assim ela criou a Felisa Beauty. “Perto de completar 40 anos, repensei a minha trajetória, depois de muito tempo na França, onde aprendi tudo sobre perfumaria”, conta.
O momento é promissor: consumidores com maior poder aquisitivo estão mais atentos à exclusividade de produtos autorais, além de o Brasil ser o segundo maior mercado de perfumaria do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos. “Nossos perfumes exalam com muita elegância uma liberdade criativa, que traduz a alma brasileira.”
Em apenas dois anos, as fragrâncias da Felisa já estão em 70 lojas nichadas no país, sendo a única marca brasileira entre grifes estrangeiras. Os perfumes são produzidos com ingredientes naturais, veganos e têm selo cruelty free – uma vez que não são testados em animais. “Eu sou a cabeça criativa, todos os produtos começam com experiências de viagens e passagens importantes da minha vida”, compartilha.
Fernanda Elisa selecionou três casas de perfumaria na França para compor seu time de perfumistas e seu e-commerce vende para o mundo todo. “Nossa origem é no Brasil, mas somos globais! Busco novos aromas e o que há de muito antigo e podemos retrabalhar, são construções olfativas inesperadas”. O último lançamento da marca é o perfume Golden Tuberose, composto por quatro flores brancas – Tuberosa, Jasmim Sambac, Magnólia e Peônia Branca. “É um grande buquê, inspirado no meu casamento.”
GASTRONOMIA
Os méis de abelhas nativas sem ferrão são verdadeiros tesouros brasileiros e já aparecem em menus de restaurantes premiados
POR VIVIAN MONICCI
AS ABELHAS SÃO GUARDIÃS DA BIODIVERSIDADE do mundo. De flor em flor, por meio da polinização, elas preservam a natureza e a vida. No Brasil, há cerca de 300 espécies de abelhas nativas sem ferrão, que produzem méis com características únicas de sabor, textura, aroma e cor – muito diferentes daqueles comerciais que encontramos nas prateleiras dos mercados, elaborados por abelhas de origem europeia. Assim como vinhos e cafés especiais, a qualidade dos méis produzidos por espécies nativas – como jataí, uruçuamarela, mandaçaia, tiúba, manduri, emerina, jandaíra –depende do terroir, o que valoriza sua origem, complexidade e autenticidade. “O sabor, o aroma e a textura de cada mel são moldados por muitos encontros: a espécie da abelha, com seus hábitos e formas de armazenar o néctar; as flores disponíveis naquele território e naquela estação; as condições do bioma (solo, altitude, umidade, vento); o tempo de maturação dentro do ninho e, principalmente, as mãos que colhem. Cada abelha imprime no mel a sua arte, mas quem cuida da colheita também deixa sua assinatura”, explica Diulha Dillmann,
fundadora da Zasm, marca de mel de abelhas sem ferrão. Muito mais do que oferecer um néctar dos deuses para o paladar, as empresas que trabalham com as abelhas nativas têm um compromisso com toda a cadeia produtiva. “Trazemos méis de todas as regiões do Brasil, definimos o mel pelo terroir — não apenas pela florada — e, mais do que tudo, valorizamos os pequenos produtores, a diversidade e a sustentabilidade. Queremos cuidar das abelhas, do meio ambiente e das pessoas envolvidas nesse processo, comercializando produtos de Norte a Sul”, comenta Eugênio Basile, fundador da Mbee, que trabalha com méis de 16 espécies diferentes de abelhas, originárias de 16 estados do país – e nos próximos anos, pretende reunir pelo menos um mel de cada estado brasileiro. A colheita deve ser a menos invasiva possível para preservar a estrutura da colmeia e poupar a energia das abelhas. “Colhemos o mel somente na primavera e no verão, quando há abundância de flores para as abelhas. Não podemos esquecer que o mel é seu alimento energético, por isso colhemos somente a parte excedente. Além disso,
plantamos flores e árvores melíferas, fazendo a nossa parte para que esse ciclo virtuoso se perpetue beneficiando a todos nós”, afirma Deka Barrichello, sócia-fundadora da Beeliving, marca que surgiu da conexão da sua família com a natureza da Mata Atlântica e que atualmente conta com sete espécies diferentes, sendo a uruçu-amarela a mais presente.
A gastronomia tem sido uma grande porta de entrada para o público conhecer a riqueza dos méis das nossas abelhas nativas, que podem ter as mais diferentes notas – como florais, frutadas, cítricas, balsâmicas, fermentadas – e
texturas que vão do fluido ao untuoso. “Méis de abelhas nativas são verdadeiros jardins sensoriais e iguarias para a alta gastronomia. O mandaçaia tem um sabor particular e especial, harmoniza maravilhosamente com queijos. O manduri lembra uva verde com um toque de jasmim. Tiúba tem uma acidez mais presente, vai bem na salada, salada de frutas, com própolis num shot matinal”, conta Deka, que também acredita que o mel pode ser inserido puro no dia a dia, como potencializador da nossa saúde e vitalidade.
Segundo Eugênio Basile, a gastronomia é o maior diferencial da Mbee, que está presente em restaurantes há 11 anos: “Estamos em casas premiadas do Brasil, como o Evvai,
o Tuju, o Mocotó e o Aizomê em São Paulo, e o papel dos chefs na divulgação das abelhas, dos produtos artesanais e da brasilidade é fundamental para o nosso projeto”.
Para a fundadora da Zasm, não basta o produto ser introduzido como mais um ingrediente. “O mel não deve entrar como coadjuvante nos menus, porque é protagonista. É possível usar nossos méis para finalizar pratos, criar contrastes em saladas, surpreender em drinques. Mas sempre com o cuidado essencial de não apagar sua presença. Consumi-lo puro já é, por si só, uma experiência sensorial completa”, finaliza Diulha, que também revela que, em julho, a marca dará seu primeiro pouso físico, no Shopping Cidade Jardim.
Acima, da esquerda para a direita, mel da Mbee, produtos da Beeliving e favo de mel. Ao lado, a experiência sensorial oferecida pela Zasm
Beeliving
www.lojambee.com.br Zasm
www.zasm.com.br
Boa Vista Surf Lodge, em Porto Feliz, é o lugar perfeito para iniciantes no esporte e é o novo ‘point’ de feras como Ítalo Ferreira e Pedro Scooby
POR KIKE MARTINS DA COSTA
A APENAS 130 KM DA CIDADE de São Paulo, pela rodovia Castelo Branco — importante ligação entre a capital e o interior do estado — fica o novo destino predileto de muitos surfistas. O Boa Vista Surf Lodge, inaugurado na virada de 2024 para 2025 em Porto Feliz, tem como principal atração uma piscina com 220 m de extensão onde a tecnologia Perfect Swell gera mais de 100 diferentes ondulações, com ou sem tubo, do jeitinho que os surfistas adoram. Não por acaso, profissionais como Ítalo Ferreira e Pedro Scooby usam o espaço para aperfeiçoar suas manobras.
A cada hora, um tipo de onda é gerado pelas máquinas, com níveis entre 1 (para principiantes) e 9 (para profissionais). Para quem precisa de monitoria, uma equipe de instrutores está a postos para ministrar aulas que começam na areia da “praia” e terminam
na água, deslizando sobre inofensivas marolas. A água é doce, mas o preço das aulas é salgadinho: começa na faixa dos R$ 400 por hora.
Quem curte as ondas se sente no Havaí ou na Califórnia, mas fora da água a atmosfera remete a paisagens menos radicais como as de Nantucket, East Hampton ou Newport. Toda a sinalização é em inglês, as cores predominantes são o branco e o navy blue e até as barracas dos salva-vidas emulam as construções desses elegantes balneários norte-americanos.
O hotel propriamente dito é um prédio com sete andares e 57 acomodações, divididas em oito categorias. Com área de 45 m², a menor é o Quarto Superior, equipado com caixas de som de alta fidelidade Harman/Kardon, vaso sanitário em estilo japonês (com assento aquecido, ducha e ventoinha), toalhas
felpudas e cama king size. A maior é a Surf Lodge King Suite, com 128 m² e terraço com vista para a “praia”. O hotel é um empreendimento da marca JHSF, e a operação é do Grupo Fasano.
No térreo, um aconchegante restaurante tem menu focado em peixes e frutos do mar, para reforçar a atmosfera praiana. E, do outro lado da megapiscina, um spa completo oferece aulas de yoga e terapias relaxantes. O hotel Surf Lodge está inserido no complexo Boa Vista Village, que tem mais de 3 milhões de m² e inclui condomínios residenciais e quatro hubs esportivos: um dedicado ao surfe, um ao golfe, um ao tênis e um centro hípico.
Boa Vista Surf Lodge
Estrada Municipal PFZ 373-B, Lote 1, Porto Feliz (SP), tel. 15 3199-4713.
Diárias a partir de R$ 2.500.
CLASS
Vice-Presidente Comercial da DC Set Group, hub de inovação em entretenimento, detalha o impacto do setor para a economia brasileira e destaca cases de sucesso
UMA DAS MAIORES holdings de entretenimento da América Latina, a DC Set Group, fundada em 1979, é pioneira no Brasil na realização de eventos de música eletrônica. De lá para cá, seu portfólio se expandiu para a produção de grandes shows internacionais no país – entre eles, Michael Jackson, Rock in Rio, Van Halen e U2 – e hoje é formada por diferentes verticais de negócio que reúnem empresas e iniciativas ligadas à cultura e ao esporte. Atualmente, dois grandes cases de sucesso do grupo são o festival Tomorrowland Brasil e o Roxy Dinner Show, no Rio de Janeiro.
Em entrevista à 29HORAS, Leonardo Duarte, VicePresidente Comercial da DC Set Group, fala sobre o impacto do entretenimento na economia do país.
Como o mercado de entretenimento se transformou nos últimos anos e como o Brasil se posiciona hoje?
Estamos entre os principais mercados mundiais de entretenimento ao vivo e nos destacando em rankings globais de música, eventos e público. A indústria brasileira é reconhecida por seu dinamismo, crescimento acelerado e capacidade de inovação, posicionando o país como um dos grandes protagonistas do setor no mundo.
Acompanhamos de perto as tendências globais e temos expertise e agilidade para adotar e adaptar essas transformações ao contexto local, muitas vezes acelerando sua implementação devido ao alto engajamento do público e à criatividade dos produtores brasileiros. Somos um país com uma riqueza cultural imensa e essa grande fusão de estilos nos transforma numa potência criativa!
De que forma o entretenimento ajuda a alavancar campanhas e marcas? Cite alguns exemplos recentes de ativações da DC Set. Entretenimento é cultura em movimento. E quando uma marca se associa a esse contexto, ela ganha visibilidade e relevância. Recentemente, o Fronteiras do Pensamento trouxe ao Brasil o Jonathan Haidt, autor do best-seller ‘Geração Ansiosa’. A conferência virou assunto nacional, gerou debate nas redes e ocupou espaço em diversos veículos. As marcas apoiadoras não apenas estiveram presentes, como romperam a bolha do evento e se posicionaram como impulsionadoras de discussões relevantes para a sociedade. Outro exemplo é o Tomorrowland Brasil, um fenômeno global que está indo para sua terceira edição em parceria com a DC Set. É um evento com uma comunidade engajada e marcas parceiras estão percebendo e se beneficiando do valor de fazer parte de um ecossistema com alto poder de influência cultural. O entretenimento, quando bem ativado, é um multiplicador de valor.
Como o grupo cria as estratégias de brand experience?
Acreditamos que entreter é criar boas memórias e esse é nosso ponto de partida. Apenas no ano passado, cerca de 20 milhões de pessoas vivenciaram alguma das nossas experiências. Este ano, o número já aponta para um crescimento relevante. Do ponto de vista estratégico, combinamos três elementos: relevância cultural, oportunidade de mercado e eficiência de operação. Fazemos isso a partir de análises contínuas – cruzamos os dados dos nossos próprios produtos com inteligência de mercado e mapeamento das unidades de negócio para identificar espaços vazios, novas demandas e caminhos para inovação. É assim que pensamos cada projeto, como uma plataforma viva, culturalmente potente e comercialmente inteligente.
O Roxy Dinner Show, no Rio de Janeiro, foi eleito pela revista Time como um dos “melhores lugares do mundo”. Como surgiu a ideia
• Fundada em 1979 , no Rio Grande do Sul
• 20 unidades de negócio , com presença em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Canela e Curitiba
• Atuação em 7 verticais : festivais, shows, venues, conteúdo, família, esportes e management
• Mais de 20 milhões de pessoas impactadas em 2024
de transformar o Cine Roxy neste espaço de entretenimento?
O Roxy é a síntese do que acreditamos: o entretenimento como força econômica e social. Quando revitalizamos o antigo Cine Roxy, não queríamos apenas recuperar um espaço histórico, queríamos mostrar como o entretenimento pode transformar uma cidade. Hoje, o Roxy é um dinner show de padrão internacional, que resgata a sofisticação da era de ouro de Copacabana e a reinventa com tecnologia, curadoria artística e gastronomia de alto nível. É bom para o Rio, porque movimenta o turismo, gera empregos e reposiciona a cidade no mapa do entretenimento global. É bom para o público, porque entrega uma experiência única. E é bom para as marcas, porque oferece uma plataforma viva para se conectar com o público em um ambiente que combina cultura brasileira, sofisticação e muita emoção.
Quais são os próximos passos da DC Set?
A DC Set tem uma história de pioneirismo que começou em 1979, mas foi a partir de 2019 que entramos em um novo ciclo de expansão e diversificação. Hoje, somos um dos maiores ecossistemas de entretenimento ao vivo da América Latina, com atuação estruturada em festivais, shows, venues, conteúdo, experiências, esportes e management, e temos um portfólio robusto com mais de 20 unidades de negócio. A indústria está amadurecendo cada vez mais, e estamos na frente dessa transformação, buscando profissionalizar ainda mais cada um dos nossos equipamentos, seja para gerar mais eficiência operacional e atender um público cada vez mais exigente, seja para ampliar as possibilidades e resultados das marcas parceiras.
Festival Tomorrowland Brasil, em Itu, no interior de São Paulo
Restaurante de Roberta Sudbrack eleva a experiência gastronômica na cidade serrana do Rio Grande do Sul e outras novidades locais entram na onda da curadoria especial
POR RAFAEL OLIVER
ENTRE VALES VERDES, construções em estilo europeu e clima ameno que transforma qualquer caminhada em um passeio charmoso, Gramado continua sendo um dos destinos mais procurados do Brasil. Mas agora quem visita a cidade gaúcha percebe que, por trás da estética serrana conhecida, há um novo movimento ganhando força — e ele passa pela mesa, pela taça e até mesmo pela cama.
Com a chegada da premiada chef Roberta Sudbrack, Gramado entra no radar da alta gastronomia nacional. O restaurante Ocre, recém-inaugurado no elegante Wood Hotel, propõe uma nova leitura dos sabores locais — uma cozinha feita no fogo, com ingredientes brasileiros, simplicidade refinada e respeito à origem dos produtos.
Primeiro projeto da chef fora do Rio de Janeiro, o lugar é descontraído, afetivo e autoral, mas tecnicamente rigoroso. A experiência começa antes
mesmo de o prato chegar à mesa. Um dos destaques é o Bar de Charcutaria, o primeiro desse estilo na cidade. Ali, embutidos artesanais e queijos brasileiros são laminados, com precisão milimétrica, em uma máquina cheia de significado.
O equipamento é uma relíquia nacional com mais de 30 anos da marca Filizola, que foi apelidada de “Anita”, em homenagem à heroína gaúcha Anita Garibaldi. “Virou a estrela dos embutidos! Eu sempre fui apaixonada por essas máquinas italianas de manivela, como a Berkel. Mas a gente quis ir além e encontrou essa Filizola esquecida. É como se ela representasse a alma do projeto”, celebra Roberta. No cardápio, há polenta orgânica mole com cogumelos na brasa, frango caipira assado com batatas e hortaliças orgânicas, prime rib de porco à milanesa e sanduíche aberto gaúcho no pão alemão. As sobremesas mantêm o
Em sentido horário, cozinha feita no fogo do restaurante Ocre; fachada do Wood Hotel; e a chef Roberta Sudbrack
espírito acolhedor: panqueca soufflé com doce de leite, strudel de maçã assada e profiteroles com calda quente de chocolate.
“Gramado tem espaço para tudo. Um dia você quer comer fondue, no outro, churrasco. Mas muita gente ainda não conhece as preciosidades que temos, como os queijos, os embutidos e as receitas que estão se perdendo, como o sanduíche aberto gaúcho. O que eu proponho é resgatar, não inventar. É olhar para trás e trazer para a mesa aquilo que já é nosso”, completa.
O turismo do sono emerge como uma tendência que valoriza o bemestar e a qualidade do descanso durante as viagens. Gramado abraça essa proposta com o Wood Dreaming, uma experiência do Wood Hotel que transforma o ato de dormir em um verdadeiro ritual de relaxamento.
Ao chegar no quarto, o hóspede encontra a Dream Box, uma seleção de mini travesseiros que representam diferentes estilos de sono. Basta escolher o modelo ideal — mais macio, mais firme, com ou sem suporte cervical — e sinalizar a preferência. A equipe do hotel se encarrega de preparar tudo para uma noite perfeita.
O ambiente é cuidadosamente ajustado: luzes suavizadas, playlist relaxante ativada e uma caixa "Unplug-se" com carregador por
indução, incentivando a desconexão digital. Ao lado da cama, um chá especial para o sono, água filtrada e um chocolate completam o clima de aconchego. Outro diferencial é o colchão massageador com tecnologia quântica, que promove relaxamento profundo. Após o descanso e também inspirado pela renovação das experiências ao público, o VinoLab se destaca ao propor uma imersão completa no universo do vinho. Localizado na principal avenida da cidade, o espaço une restaurante, enoteca e laboratório sensorial, oferecendo vivências para quem quer ir além da degustação.
A mais emblemática e divertida delas é a Alquimista do Vinho, conduzida por um sommelier em sessões de até duas horas. Os visitantes analisam quatro varietais da Serra Gaúcha, testam proporções, combinam aromas e sabores e criam seu próprio blend. A
À esquerda, experiência no VinoLab; e acomodação confortável do Wood. À direita, Bar de Charcutaria e Wood Dreaming
garrafa é rotulada, engarrafada e lacrada na hora — com direito a levar o vinho autoral para casa.
Wood Hotel
Rua Mário Bertoluci, 48, Centro, Gramado (RS) Tel. 54 3295-7575
Diárias a partir de R$ 1.493.
Instalado em um casarão com arquitetura alpina e decoração que remete aos chalés europeus, o Hotel Casa da Montanha combina elegância com atmosfera familiar. Os quartos são amplos e decorados com detalhes em madeira, iluminação suave e vista privilegiada da região central de Gramado. Entre os atrativos do hotel, está o novo restaurante Giostra Cucina, que conta com consultoria da chef Carla Pernambuco.
VIAGEM
As ilhas espanholas Mallorca e Menorca equilibram descanso com belas paisagens, aventura em trilhas e agito de restaurantes e bares que valorizam ingredientes e receitas locais
POR VICKY ROMANO
UM DOS PRINCIPAIS DESTINOS DO VERÃO EUROPEU há anos, a ilha de Mallorca, a maior do arquipélago das Ilhas Baleares, na Espanha, é sinônimo de dias preguiçosos ao sol, mergulhos no mar azul-turquesa e infinitas “copas de vino”. Os viajantes chegam em busca das paisagens impactantes da Serra de Tramuntana, com suas pequenas enseadas de águas cristalinas e vilarejos em tons terracota, muitos deles incrustados nas montanhas. Esta é, afinal, a ilha que inspirou dezenas de artistas ao longo de décadas. Poetas, escritores, pintores e compositores encontraram refúgio e inspiração nesse pequeno paraíso mediterrâneo. É possível passar o dia em praias paradisíacas dos mais diversos estilos como Cala Llombards, a famosa Cala des Moro ou a isolada Cala Tuent, explorar vilarejos pitorescos como Sóller, Valldemossa e Deià, e até mesmo fazer uma aula de tênis na academia do conterrâneo Rafael Nadal – e quem sabe ainda assisti-lo treinar nas quadras. É tudo vibrante: o azul exuberante do mar contrastando com as buganvílias fúcsia (plantas ornamentais), os cactos, os pés de laranja por todos os lados e, claro, os montes imponentes.
Com uma história tão rica e diversa quanto suas paisagens, e localização estratégica, a ilha serviu como ponto de encontro de diferentes civilizações: dos fenícios aos gregos e romanos, dos mouros aos catalães. Esse caldeirão cultural é perceptível na arquitetura e na gastronomia local que conquista turistas de todos os cantos do mundo. Os pratos destacam ingredientes saborosos como azeite, vegetais, carnes curadas e frutos do mar.
Pelas ruas e restaurantes é possível encontrar delícias como a ensaimada, uma massa leve de forma espiral, polvilhada com açúcar de confeiteiro; a sobrasada, um embutido de porco com páprica, comum em pães, tortas salgadas e pratos quentes; o tumbet, um prato vegetariano parecido com a ratatouille; e o arroz brut (arroz caldoso com carnes e especiarias). Simplicidade e sabor marcam também o tradicional “pa amb oli” (pão com tomate e azeite). A culinária é acompanhada por vinhos e licores de ervas, formando uma cozinha autêntica, rústica e cheia de identidade.
Alcançar e aguçar esses sentidos todos pode demorar um pouco, uma vez que não há voos diretos para Mallorca partindo do Brasil. Uma boa opção é voar com a companhias Iberia e Air Europa, que fazem o trajeto São Paulo-Palma com uma conexão rápida em Madri. Também há voos saindo de diversas cidades europeias, como Londres e Barcelona. E uma alternativa é chegar de balsa, em travessias regulares partindo de
Barcelona e Ibiza. A ilha é grande, com muitas vilas e praias para explorar, e a melhor forma de conhecê-la é alugando um carro. O ideal é reservar de 6 a 9 dias para visitar as principais atrações com calma. Ainda assim, é provável ir embora com a sensação de que não há dias suficientes para vivenciar Mallorca com a intensidade necessária. São mais de 200 praias e enseadas espalhadas por sua costa, além de vilarejos, trilhas e pontos históricos a serem descobertos.
A capital da ilha, Palma, passa despercebida por muita gente como um simples ponto de chegada, mas seu centro é encantador: repleto de lojas, restaurantes charmosos, hotéis boutique e construções históricas como a famosa Catedral de La Seu e o Palácio de Almudaina. É agradável caminhar sem pressa pelo Passeig del Born e terminar o dia no bairro La Lonja, repleto de barzinhos. Para almoçar ou jantar, a dica é o restaurante El Camino Tapas Creativas, que conta com um ambiente em formato de corredor, com um balcão longo e uma seleção variada de tapas para compartilhar. No enxuto menu, chamam a atenção os pescados e os frutos do mar, como as vieiras pequenas (ou zamburiñas) e o salmonete com molho “vierge” – peixe típico do Mediterrâneo servido com molho francês à base de tomates, ervas frescas, limão e azeite.
Já entre as opções que misturam outras influências, o destaque é o Fera, do chef
austríaco Simon Petutschnig, que funde cozinha japonesa com a balear, em um lindo palacete renovado. O lugar trabalha com menu degustação de quatro ou sete etapas no jantar (a partir de 99 euros) e executivo no almoço. Um de seus menus mais icônicos foi o Això és Mel, cujo nome significa "Isso é mel" em mallorquín, que trouxe a versatilidade do mel local e culminava com uma sobremesa de mel, pólen, caramelo e leite, celebrando a doçura natural da ilha. Por lá, o chef agora oferece opções vegetarianas sofisticadas, como beterraba com framboesa, queijo de cabra e ponzu; e cenouras pequenas com tamarindo, curry e capim-limão.
O La Rosa Vermuteria & Colmado é ideal para momentos descontraídos, com uma pegada retrô e cozinha especializada em tapas. O cardápio oferece uma variedade de tapas, incluindo croquetes caseiros de espinafre e queijo azul, espetos de anchova, polvo grelhado e costeletas de cordeiro. Como o nome diz, o vermute é uma especialidade da casa, com uma seleção que inclui o tradicional catalão Yzaguirre, servido direto
da barrica. O lugar costuma lotar no happy hour e é recomendável chegar cedo.
E conhecida pela fachada modernista e pela preservação de receitas mallorquinas, a padaria Forn des Theatre resgata sabores autênticos da ilha. Além das ensaimadas e panades (empadas salgadas), o local inclui especialidades sazonais como cocas para Sant Antoni (como foccacias) e formatjades (tortas de queijo fresco) para a Páscoa.
Mallorca reserva muitas opções de hospedagem, mas os hotéis boutique costumam agregar o charme e conforto que a ilha emana. Projetado pelo renomado designer parisiense Jacques Grange, o Hotel Cappuccino ocupa um edifício do século 19 na Plaza de Cort, no centro de Palma. O hotel dispõe de 32 quartos e suítes, cada um com decoração que mistura referências locais e internacionais. Também na mesma linha, o Concepció By Nobis, entre o centro histórico e o bairro de Santa Catalina, combina a rica história de um edifício do século 16 com um design contemporâneo escandinavo, criado pelo premiado escritório sueco Wingårdhs.
Aninhada nas encostas da Serra de Tramuntana, Deià é uma vila de Mallorca repleta de charme e inspiração artística com ruas estreitas e casinhas de pedra, lojas de artesanato e natureza. O pequeno paraíso ganhou notoriedade internacional quando o poeta e romancista britânico Robert Graves se estabeleceu por lá na década de 1930. Sua residência, Can Alluny, tornou-se um centro cultural e literário, e hoje abriga a Fundació Robert Graves, dedicada à sua memória.
Aos aventureiros, o Caminho de Pedra Seca, que atravessa a Serra de Tramuntana, passa pela vila, oferecendo trilhas para caminhadas e ciclismo com paisagem panorâmica. A apenas 30 minutos a pé do centro, encontra-se a Cala Deià, uma enseada rochosa com águas cristalinas, procurada para natação e snorkeling. Durante a primavera (abril a junho) e o outono (setembro a
Ao lado, estrada na Serra de Tramuntana; abaixo, Cala Déia e piscina do hotel Belmond La Residencia, em Mallorca
outubro), o clima é ameno e as trilhas estão floridas, evitando as multidões do verão.
Um dos restaurantes mais bonitos de Deià, El Olivo, fica no Hotel Belmond La Residencia, cercado por oliveiras e com vista para a serra. Há ainda o Sa Foradada, que é perfeito para admirar o mar e tomar um drinque no pôr do sol, e o Sebastian, onde é recomendável que se reserve uma mesa no terraço e chegue cedo para aproveitar o entardecer com ares bucólicos.
Irmã menor
Menorca fica a apenas 69 quilômetros de distância de Mallorca. Consideravelmente menor em extensão, a ilha esbanja uma paisagem mais selvagem e praias de beleza impressionante, que lhe renderam o título de Reserva da Biosfera pela Unesco, e merece também alguns dias no roteiro. O lugar resistiu à especulação imobiliária e manteve seu charme autêntico, sendo perfeito para dias relax em meio à natureza ainda mais reclusa.
Para adentrar esse refúgio diminuto, o Camí de Cavalls é uma trilha histórica de quase 185 km que contorna toda a ilha, sendo ideal para ciclistas e trilheiros. Outra forma de conhecer Menorca são os passeios de barco, que permitem chegar a praias isoladas e grutas de
difícil acesso por terra, disponíveis em versões privadas ou em grupo, saindo de diferentes pontos da ilha.
Em um interessante contraste entre o passado e o presente, a “irmã menor” abriga ainda 1.600 talaiots – estruturas de pedra do século 4 a.C, e agradáveis galerias de arte contemporânea, como a Galeria Hauser & Wirth Menorca, inaugurada em 2021 na Illa del Rei – em um antigo hospital naval do século 18, com acesso via uma curta viagem de barco.
As belezas naturais se revelam nas praias como Cala Macarella e Cala Macarelleta, que fazem parte de uma área de preservação e são verdadeiros cartões postais, além de Cala Turquetta, com suas águas cristalinas em tom azul-turquesa cercadas por falésias. Para a hospedagem em Menorca, o Hotel Vestige Son Vell é uma excelente
opção, situado em uma antiga finca cercada por jardins, pomares e oliveiras. O lugar é uma mansão veneziana do século 18 totalmente restaurada e materializa muito bem o encantamento de dias entre as duas versões de um sonho mediterrâneo.
Hotel Cappuccino
Plaza de Cort 7001, Palma de Mallorca, Ilhas
Baleares, Espanha. Tel. +34 871 037 437
Diárias a partir de R$ 2.438
Concepció By Nobis
Carrer de la Concepció 34, Palma, Ilhas
Baleares, Espanha. Tel. +34 971 915 025
Diárias a partir de R$ 2.493
Hotel Vestige Son Vell
Camí de Son March s/ nº, Ciudadela, Menorca, Ilhas Baleares, Espanha. Tel. +34 911 118 161
Diárias a partir de R$ 5.512
Companhia que já foi líder no mercado doméstico e atualmente ocupa o 3º lugar no ranking sai renovada do período de reestruturação, anuncia que ampliará sua presença no aeroporto do Galeão e pretende aumentar sua rede de destinos na América Latina
Depois de terminar seu processo de recuperação judicial, a Gol ressurge como uma empresa mais forte, com dinheiro em caixa, endividamento equacionado e grandes planos de retomada. Foi um período de um ano e cinco meses em que ficou sob a proteção da justiça, e agora a Gol está pronta para recuperar seu espaço no mercado doméstico e no internacional.
Em 2019, a companhia transportou 40 milhões de passageiros, mas em 2024 foram “apenas” 30 milhões. A ideia é voltar à casa dos 40, mas só em 2026. Para isso, a empresa vai reativar seu projeto de expansão da frota. No total, tem mais de 90 novas aeronaves encomendadas à Boeing. Ainda este ano devem chegar cinco novos 737 Max, e em 2026 e 2027 devem entrar em operação mais 24 aviões desse mesmo modelo novinhos em folha. Mais eficientes, esses jatos são mais espaçosos, gastam 15% menos
combustível e têm maior autonomia que seus antecessores. Se tudo correr como o esperado, a empresa fechará o ano de 2025 com uma frota de mais de 140 aeronaves.
No mercado interno, a novidade é o aumento da presença no aeroporto do Galeão, que gradualmente será convertido no principal “hub” da Gol. Em termos de voos internacionais, a perspectiva é ampliar a malha nas Américas. Hoje a Gol opera em 16 destinos da região, como Orlando, Cancún, Punta Cana, Montevidéu, Bogotá, Aruba, Córdoba e San José. Em agosto voltará a ter voos para Caracas, na Venezuela, e em breve outras rotas devem ser anunciadas. A parceria com a colombiana Avianca será fundamental na definição dessa expansão na América Latina e no Caribe. No primeiro trimestre de 2025, a Gol cresceu 12% em termos de oferta, e a expectativa é fechar o segundo trimestre com mais 15% de crescimento!
Já que só pedir não basta Na Turquia, os passageiros ansiosos que se levantam, abrem os bagageiros e ocupam os corredores após a aterrissagem para sair mais rápido do avião passarão a ser multados. A regra consta em um documento emitido pela Direção-Geral de Aviação Civil da Turquia e vai punir aqueles que se adiantam e não respeitam o aviso de manter o cinto de segurança afivelado. A multa será de 2.603 liras turcas — cerca de R$ 377.
A Azul suspenderá seus voos regulares entre Campinas e Paris. A rota, que inicialmente foi operada com modernos aviões A350 e atualmente tem voos diários efetuados pelos mais acanhados A330, passa a ser sazonal a partir de outubro. A retomada dos voos entre os aeroportos de Viracopos e Orly está prevista para abril de 2026 — início da alta temporada do hemisfério norte.
Jubileu de diamante
Completando 75 anos de atividades no Brasil, a companhia aérea Iberia vai aumentar suas rotas conectando a Espanha e o Brasil. A empresa, que atualmente opera dois voos diários de São Paulo a Madri e cinco frequências semanais entre o Rio de Janeiro e a capital espanhola, aproveitou esse marco para anunciar que, em breve, terá também seus modernos jatos Airbus A321XLR voando de Fortaleza e de Recife para o aeroporto de Barajas. O primeiro voo entre a Espanha e o Brasil operado pela Iberia aconteceu no início de junho de 1950.
The Level, serviço exclusivo da rede Meliá, garante acesso a lounge VIP, às acomodações mais sofisticadas e check-in e check-out privativos
A MARCA MELIÁ HOTELS & RESORTS, que se destaca pelo estilo espanhol único e pela paixão pela hotelaria, agora oferece o serviço The Level, que entrega uma série de comodidades aos hóspedes. Disponível em dois hotéis da rede no Brasil – o Meliá Jardim Europa, em São Paulo, e o Meliá Brasil 21, em Brasília —, além do Meliá Lima, no Peru, o conceito garante uma experiência completamente personalizada nos quartos com as melhores instalações de todo o hotel e espaços privados.
Localizado no Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo, o Meliá Jardim Europa dispõe de áreas de lazer e bem-estar como spa, sauna, academia, piscina na cobertura e quadra de tênis. O hóspede The Level tem direito ainda a outras comodidades, como acesso a um lounge exclusivo com café da manhã com opções diferenciadas. Durante todo o dia estão disponíveis chás, café, uma variedade de bebidas alcoólicas e não alcoólicas e no fim de tarde há o Happy Hour, com open bar e snacks frios e quentes.
Entre as cortesias The Level estão amenidades de O Boticário, produtos locais e saudáveis no frigobar, passadoria gratuita de uma peça de vestuário, secador de cabelo profissional, mesa de trabalho com cadeiras ergonômicas Herman Miller, máquina de café Nespresso
Acima, acomodação e comidinhas exclusivas para clientes The Level no Meliá Brasil 21, em Brasília, e piscina do Meliá Jardim Europa, em São Paulo
com variedade de cápsulas e uma Smart TV com acesso à conectividade. Também é possível solicitar check-in e check-out estendidos, até às 16h, conforme a disponibilidade dos apartamentos.
E para quem busca conciliar compromissos profissionais com momentos de lazer, o Meliá Brasil 21, na Asa Sul de Brasília, apresenta ainda uma sala de reuniões privativa por uma hora no The Level Lounge, que também conta com DJs às sextas-feiras, além de todas as experiências oferecidas no hotel paulistano. Uma excelente opção para garantir uma viagem tranquila — seja a negócios ou a passeio — com um toque de sofisticação e exclusividade.
POR
Muito além da uva, diferentes processos de vinificação são fatores mais relevantes no momento de decidir qual rótulo combina com determinada estação do ano
Uma das associações mais comuns que se faz é a de que o tinto é ideal para o inverno. Essa ideia de que o vinho tinto “esquenta” é tão forte que essa época do ano é certamente a maior vendedora desses rótulos. O curioso é que é o álcool que de fato aquece o corpo, e todo vinho tem! Há ainda a ideia de que o vinho branco refresca, porque geralmente tomamos mais geladinho. Mas essas lógicas são generalizações e é possível inovar na taça.
Os rótulos brancos também têm seu lugar no inverno, especialmente os mais untuosos – aqueles vinhos mais densos na boca. Essa característica vem mais do processo de vinificação do que da uva em questão. Vinhos que ficam algum tempo em contato com as leveduras, com as borras finas e ainda em barricas, costumam trazer esse resultado de untuosidade.
E é importante lembrar que para acompanhar a fondue e os comuns encontros de queijo e vinho, os brancos são os mais indicados para a maioria dos queijos. De qualquer forma, gostaria de sugerir a você que faça essa experiência de provar algum dos rótulos ao lado neste inverno. Para os teimosos indico tintos também, com o perfil da estação.
Saúde!
DIDÚ RUSSO é editor do site didu.com.br
Brancos:
• Amayna Chardonnay (Mistral) - R$ 303,66
• Le Cabanon des Alexandrins Viognier Blanc (Mistral) - R$ 231,47
• Otronia 45 Rugientes Cortes Blancas (World Wine) - R$ 276
• Somontes Colheita (Premium Wines) - R$ 139
• Château Magence Blanc (de la Croix Vinhos) - R$ 200
Tintos:
• Rosso di Montalcino Castelli Martinozzi (Via Vini) - R$ 299
• La Stoppa Macchiona Emilia Rosso (Vinci Vinhos) - R$ 430,10
• Vallontano Cabernet Sauvignon (Mistral) - R$ 129,90
• De Lucca Nero d’Avola Single Vineyard (Premium Wines) - R$ 199
• Sabina Syrah (World Wine) - R$ 149
georgeshenrifoz@gmail.com
POR
Georges Henri Foz
A Chapada Diamantina surpreende pela cultura, gastronomia e qualidade de vida que as principais cidades da região
Esperava encontrar um lugar montanhoso e permeado de rios e cachoeiras, mas não fazia ideia das histórias que fazem da Chapada tão interessante. Saí de carro de Salvador em direção a Mucugê e, após três horas de estrada atravessando terras bastante áridas, avista-se no horizonte uma cordilheira que faz você duvidar se está mesmo na Bahia. O visual começa a mudar e, aos poucos, surge uma terra completamente distinta com muita vegetação e visivelmente fértil.
Desviei um pouco do caminho de Mucugê para conhecer a cidade de Igatu – resquício da era do garimpo de diamante que agitou a região no século 19. Até o chão da estrada é de pedra e, após alguns quilômetros, o que se encontra é uma cidadezinha super charmosa encravada entre as montanhas e que, junto com Andaraí e Mucugê, forma um bom ponto de apoio para quem quer visitar atrações como o
Poço Encantado, o Marimbus, a Gruta da Paixão e a Cachoeira das 3 Barras. Segui para Mucugê, que parece irmã gêmea de Paraty – com ruas mais largas e a mesma beleza colonial. Fiquei encantado pela simpatia e cordialidade dos moradores e impressionado pela limpeza das ruas. As portas das residências sempre abertas deixam claro que não existem ocorrências de furto e assalto. Comi super bem tanto no restaurante da dona Nena e no da Claudia quanto no Beco da Bateia, onde servem boas massas e uma pizza deliciosa. E se quiser algo mais sofisticado, vá ao Paraguassú, no hotel boutique Refúgio da Serra, onde me hospedei.
A apenas 20 km dali se encontra a vinícola Uvva, que fez um enorme investimento e montou um complexo digno das melhores vinícolas de Mendoza. Aliás, vale muito fazer a visita com degustação e posso garantir que a extensão das vinhas com as montanhas
GEORGES HENRI FOZ é publicitário, restaurateur e empresário franco-brasileiro.
A vinícola Uvva oferece degustação e está inserida na Chapada Diamantina, no interior da Bahia
da Chapada Diamantina ao fundo se assemelha ao visual mendocino. Por lá, produzem vários tipos de uva, mas o vinho que preferi foi o Sauvignon Blanc.
Como se não bastasse, Mucugê abriga ainda outra surpresa de uma estética incrível: um cemitério Bizantino cravado aos pés de um enorme paredão de pedra. O cemitério Santa Izabel foi construído em 1855 após uma epidemia de cólera e tem seus túmulos em cor branca fazendo referência às cúpulas do mar Egeu na época do Império Bizantino. É lindo!
E visitei a deslumbrante Cachoeira da Fumaça, a gruta da Lapa Doce e o Parque da Muritiba. Quando bater a fome nesses arredores, mais especialmente perto do Morro do Pai Inácio, não deixe de almoçar ou jantar no Lila Orquidário, que também oferece hospedagem exclusiva e experiências de retiro e meditação. Boa viagem!
Cantoras contemporâneas exaltam a diversidade de estilos na música brasileira e lançam álbuns que são verdadeiras poesias melódicas
“Num país de Ataulfos... o mínimo é ser diferente”. Disse o mestre Itamar Assumpção se referindo ao grande compositor Ataulfo Alves, autor de “Laranja Madura”, “Na Cadência do Samba” e outros clássicos. Não por acaso o autor da frase é pai de Anelis Assumpção, que herdou a inquietação e o suingue, mas que tem seus próprios predicados. Anelis traz em sua música a tão falada mistura antropofágica que ganha tons universais.
Um timbre delicioso, voz de acalanto e sexy ao mesmo tempo. Anelis Assumpção poderia só cantar se quisesse, mas também compõe. É daqui, é de São Paulo, é do mundo. Tem
reggae, tem samba, tem soul, tem dub, tem aquela linha de baixo, tem tambor de terreiro, tem a originalidade dos temas: amor, sexo, família, gente que é pra brilhar. Nada óbvia, nada comum. Desses sons que se identifica ao ouvir os primeiros acordes e isso é precioso. Muito raro.
Outra pérola negra da música contemporânea é a baiana Luedji Luna. Desde seu disco de estreia chamado “Um Corpo no Mundo”, ela tem chamado a atenção pelo timbre lindo de sua voz e pelas escolhas musicais muito ligadas à tradição do spitirual, do jazz e ao som das guitarras africanas contemporâneas. As letras são
Luedji Luna, cantora e compositora baiana
excelentes. A poesia sempre está ali ao lado das questões femininas universais e cotidianas. Luedji acaba de lançar dois trabalhos de uma vez, dois discos lindos depois de uma temporada cantando o repertório de outra grande dama chamada Sade Adu.
Destaque também nesta pequena seleção para Mahmundi – cantora, compositora e instrumentista nascida no subúrbio do Rio e que acaba de lançar mais um álbum depois do tributo ao poeta que dá nome à esta coluna. Ela foi responsável pelo projeto que juntou Anelis Assumpção, Sandra Sá, Criolo, Mart’nalia, Liniker e Zezé Motta em torno da obra de Luiz Melodia. Em seu disco de estreia foi comparada à Marina Lima pelo uso inteligente e sofisticado dos eletrônicos em seus arranjos.
Para terminar, como já cantou Paulinho da Viola, “quando penso no futuro não me esqueço do passado”, vamos juntar na mesma playlist a genial Dolores Duran, a divina Elizeth e Elza Soares. Mulheres lindas, poderosas, vozes que formam as estruturas de nossa cultura diversa e original. Boa escuta!
PATRICIA PALUMBO é jornalista especializada em música e criadora da Rádio Vozes. Acesse www.radiovozes.com e ouça o podcast "Peixe Voador" nas principais plataformas de streaming de áudio
Comida di Buteco elege os butecos campeões das etapas regionais
O CONCURSO COMIDA DI BUTECO 2025 termina neste mês e em junho foi possível conhecer os vencedores regionais do país. Em São Paulo, o grande campeão foi o Boteco do Andreotti, localizado no Tatuapé, com sua Kafta à Parmegiana – kafta com pedaços de muçarela, molho caseiro, acompanhada de batata rústica. “Fomos ousados, porque criamos algo muito exclusivo e molho é difícil de acertar”, explica Rodrigo Andreotti, dono do bar. Em 2024, ele ficou em sétimo lugar na competição e garante que a visibilidade alcançada foi transformadora.
Ainda no circuito SP, o Buteco da Vila, na Vila Matilde, ocupou o segundo lugar com o petisco Fiesta Cubana – croquetes de pulled pork com Catupiry (sem massa), incrementado com pimenta-biquinho e ervas frescas, recheado com queijo provolone, servidos com molho barbecue de goiaba e rum com toque apimentado. Em terceiro lugar, a Mercearia Carauari, na Vila Maria, serviu “Quadradinhos Arrupiado”, bastões de tapioca com cobertura de carne de sol na nata, puxada na manteiga de garrafa, banana da terra grelhada e toque de geleia de goiaba com pimenta.
Já na cidade do Rio de Janeiro, o primeiro lugar do pódio foi conquistado pelo Tonamata, no bairro Vargem Grande, que homenageou os 25 anos do concurso com o petisco “Saberes e Sabores de um Brasil Plural”, em que cada região do país foi representada por um bolinho: Norte (pato com geleia de tucupi), Nordeste (moqueca baiana de frutos do mar com molho de pimenta), Centro-Oeste (baião de dois com queijo coalho), Sudeste (jiló com linguiça mineira e chutney de goiabada) e Sul (arroz de carreteiro com ragu de costela defumada).
O vice-campeão carioca foi o Vigal Bar, em Jacarepaguá, e seu “Porquinho na cuxxxtela da vaca” – três bolinhos de costela e requeijão empanados na farinha de torresmo, com recheios de coalho, gorgonzola e muçarela. E o terceiro lugar ficou com o Hora Extra, no bairro Vila Valqueire, com o “Explosão Suína”, um bolinho de linguiça toscana recheado de queijo muçarela e Catupiry, envolvido por fatias de bacon e finalizado com molho barbecue.
São Paulo
Rodrigo Andreotti, do Boteco do Andreotti, com seu petisco Kafta à Parmegiana
O Tonamata foi o grande campeão do Rio de Janeiro, com o petisco “Saberes e Sabores de um Brasil Plural”
Boteco do Andreotti
Rua Mossâmedes, 210, Tatuapé, São Paulo (SP). Tel. 11 2672-2591.
Tonamata
Estrada do Pacuí, 880, Vargem Grande, Rio de Janeiro (RJ). Tel. 21 96642-7031.
ATRIZ, DIRETORA E ATIVISTA SOCIAL E AMBIENTAL, DIRA PAES
CELEBRA QUATRO DÉCADAS DE CARREIRA COM MUITA
VERSATILIDADE E É ACLAMADA PELA CRÍTICA E PELO PÚBLICO
PARA COLHER BONS FRUTOS, é preciso semear com carinho, consciência e dedicação. Neste ano, Dira Paes colhe os frutos mais raros e especiais de sua semeadura, como ela mesma se refere à celebração de seus 40 anos de carreira. E a “coroação” dessa trajetória aconteceu em maio, com uma merecida homenagem no Festival de Cinema Brasileiro de Paris. “É um orgulho observar que são quatro décadas, mais de 40 filmes e tantas novelas, séries e peças de teatro. É uma sensação de que eu caibo no mundo inteiro”, comemora a atriz de 56 anos. Maio também foi o mês de estreia nos cinemas de “Manas”, dirigido por Marianna Brennand e que já acumula mais de 20 prêmios internacionais, inclusive nos festivais de Veneza e de Cannes. O filme conta a história de uma jovem moradora da Ilha de Marajó, no Pará, inserida em um ambiente de violência, e Dira interpreta Aretha, delegada que atua na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência sexual na região. Para completar o mês de sucesso, viu ainda lançada a série cômica “Pablo e Luisão”, do Globoplay, criada por Paulo Vieira, na qual da vida à Conceição, mãe de Paulo. A personagem marca seu retorno ao humor, “adormecido” desde seu último papel cômico como Solineuza, no seriado de sucesso “A Diarista” (2004-2007).
Multifacetada, recentemente Dira se aventurou como diretora, no filme “Pasárgada”, do qual também é protagonista, que expõe o tráfico de pássaros silvestres e a relação do ser humano com a ancestralidade e a natureza, temas tão caros à atriz paraense, que é ativista social e ambiental há mais de 25 anos.
Em entrevista exclusiva à 29HORAS, Dira Paes reflete sobre sua trajetória como artista e mulher amazônica, discute seu engajamento em causas sociais e ambientais – já de olho na COP 30, que acontece em novembro, em Belém – e adianta quais são seus próximos projetos, incluindo a protagonista da próxima novela das 21h, “Três Graças”, de Aguinaldo Silva, prevista para outubro. Confira os principais trechos desta conversa nas próximas páginas.
Em maio, você foi homenageada no Festival de Cinema Brasileiro de Paris e recebeu um prêmio pelo conjunto de sua obra. Como é ver seus trabalhos alcançando públicos internacionais?
É um sonho realizado! Fui surpreendida com esse convite muito antes de ser anunciado o Ano Cultural Brasil-França 2025 e a COP 30 em Belém, então houve uma convergência astral. Foi um presente dos deuses do teatro, dos deuses do Olimpo, aquele momento em que você tem a oportunidade de olhar para si como observadora da sua própria existência. E é um orgulho observar que são 40 anos, mais de 40 filmes e tantas novelas, séries e peças de teatro. É uma sensação de que eu caibo no mundo inteiro. Quando um filme viaja além-fronteiras, a gente vê que cabe em qualquer lugar. Tenho o desejo de que as coproduções sejam mais corriqueiras, que a gente possa sair um pouco da caixa do português e interagir com outras línguas. Esse é um caminho natural dos novos tempos.
O cinema brasileiro vive um ótimo momento, também no cenário internacional. Você acha que esse reconhecimento vem mais de fora? Enxerga uma evolução aqui no Brasil?
É um ano muito próspero, mas eu, pessoalmente, acredito que o cinema brasileiro é bem-sucedido há muito tempo. Temos que reverenciar nossos antepassados e lembrar que a primeira estrela dos musicais no mundo é brasileira e se chama Carmen Miranda. Desde a retomada do cinema brasileiro, na década de 1990, tivemos um investimento muito grande no audiovisual de Pernambuco, que frutificou em um cinema que vem contribuindo há mais de 30 anos para o cenário internacional. E eu sou fruto desses movimentos.
O público se sente atraído pelo cinema brasileiro, mas muitas vezes não pode pagar o ingresso e, com isso, a plateia não se renova. Pelo fato de os cinemas não estarem mais nas beiras das ruas, eles se tornaram muito caros. Temos que ter algum tipo de política que popularize cada vez mais as sessões para o público.
Se tivermos esse incentivo, triplicamos rapidamente o alcance!
Você está no ar com a série de comédia “Pablo e Luisão”, criada por Paulo Vieira. O que te levou a aceitar o papel? Paulo Vieira é uma renovação dos nossos votos com esse país, ele é aquele brasileiro que a gente tem orgulho que existe. Um belo dia, após o término da novela ‘Pantanal’, eu estava no Círio de Nazaré, conheci o Paulo e ele falou ‘eu quero que você faça a minha mãe numa série’. Fiquei feliz, porque eu já o admirava, e falei ‘quero fazer’. Mas também disse para ele: ‘Paulo, preciso ter um argumento forte para ser a escolhida para a série e não outra atriz’. E ele respondeu: ‘minha mãe queria que você fizesse ela’. É muito bom habitar o inconsciente criativo das pessoas e ser uma referência.
Na vida real, você é mãe de dois meninos. A maternidade transformou a sua forma de ver e fazer arte?
A maternidade trouxe um lado que eu não tinha, que é a vontade de voltar correndo para casa. Antes eu era mais frágil e, depois de ter filho, fiquei mais forte e hoje choro com menos facilidade. Tento ser mais salomônica, não permitindo que as emoções sejam donas de mim. Antes era muito mais voluntariosa, por causa da liberdade de estar sozinha. Você aprende a lidar com o cotidiano de uma maneira mais producente, mais
No topo da página, Dira Paes nas gravações da série de comédia "Pablo e Luisão", do Globoplay; acima, como Solineuza em um episódio da série de televisão "Encantado's" deste ano
rica, com propósito. Quero sempre fazer valer o dia. Minha pior sensação é a de que eu saí de casa, fiquei longe dos meus filhos e não valeu a pena, porque eles são a melhor coisa da minha vida.
Como é fazer comédia hoje no Brasil?
É muito diferente do início dos anos 2000, quando fez a Solineuza?
O humor é urgente, é necessidade vital e sem ele a gente não sobrevive nesse mundo. No final do ano passado eu fiz um filme com o Pedroca Monteiro e o Marcus Majella, que deve sair esse ano e estou muito feliz de estar fazendo as pessoas felizes. Quero poder ter essa capacidade de transitar nesses mundos. Quando saiu ‘2 Filhos de Francisco’, eu estava bombando com a Solineuza. Agora estou no ar com ‘Pablo e Luisão’ e com ‘Manas’ nos cinemas. As pessoas não correlacionam esses personagens e isso me faz muito feliz, porque é uma atriz saindo do seu lugar de conforto.
A Solineuza é muito atual, tanto é que foi uma comoção agora no show dos 60 anos da Globo. Eu fiquei 1 minuto e meio no ar, e nunca esperava que fosse ser do jeito que foi, com amor, com saudade. As pessoas são muito gratas quando a gente faz a família rir. E isso é muito bom de sentir.
Dira e Humberto Carrão em "Pasárgada"e a atriz tomando um banho de chuva no mesmo filme
Ano passado você estreou como diretora, no filme “Pasárgada”, em que também é a protagonista. Como foi atuar do outro lado da câmera?
Queria experimentar uma transgressão da minha própria existência, colocar à prova meus olhares, meu faro, minha capacidade de criação. E a pandemia deu tempo e autonomia e trouxe um existencialismo para nós. Eu preciso assumir e reconhecer que o fato de ser casada com um diretor de fotografia [Pablo Baião] facilita, então era um sonho possível. Quando começou a ideia
de filmar, estávamos fazendo naquele momento 15 anos de casados e nos olhamos um dia e falamos ‘vamos fazer um filme?’. Eu queria assumir todos os riscos da experiência cinematográfica e me propus essa trajetória de criação da ideia original do roteiro, negociação com Globo Filmes, filmagem, montagem, direção e interpretação.
Por que escolheu essa história para a sua estreia como diretora?
Eu queria partir desse sentimento da solidão provocada pela pandemia. E
Dira ao lado do cantor Xamã, como apresentadores do programa "Falas da Terra", que discute temas urgentes para os povos originários
isso combinava também com a minha idade, meu momento, com uma solidão da maturidade, quando você reconhece que amadureceu e se pergunta ‘quem é essa jovem mulher madura?’. Queria experimentar o avesso do olhar que as pessoas têm sobre mim e trazer essa mulher que não tem o apelo do sorriso – eu sei que meu sorriso é muito largo! Então, fui tateando esses vácuos dentro de mim e me peguei também com aquela sensação de ‘vou-me embora pra Pasárgada’, eu queria um paraíso para chamar de meu e achamos uma fazenda na região serrana do Rio onde ficamos reclusos e eu pude observar a liberdade dos pássaros. Quando fui pesquisar mais sobre eles e os animais silvestres, me deparei com o terceiro maior tráfico internacional do mundo – e aí eu achei o mote para o meu roteiro: a mulher solitária desconectada do paraíso, que está seca e entra na mata para ficar úmida de novo.
Como você falou, o filme expõe a questão do tráfico de pássaros silvestres e você é muito envolvida com causas sociais e ambientais. Como uma mulher do norte do país e amazônica, quando e
como você despertou para o ativismo? A vida é troca e eu tive esse despertar muito cedo, aos 13 anos, na campanha ‘Ação da cidadania contra a fome’. Foi a minha comunhão com os direitos humanos e quando compreendi, como amazônida, o quanto há um equívoco de relação com esse bioma. Todo mundo olha pra Amazônia com o intuito de ter algo dela, nem que seja um ar puro. Mas o que você faz por ela? Com os indígenas, é impossível dar um presente e não receber alguma coisa em troca. Se ele te dá um colar de presente, você tira a sua camiseta e dá para ele. Mas as pessoas ainda tratam com exotismo uma das filosofias mais refinadas do mundo. Os indígenas não construíram templos verticais para alcançar o céu, os costumes são todos biodegradáveis, a alimentação é sem glúten, sem açúcar e praticamente sem sal, baseada em mandioca, caça, fruta e semente. Onde há problemas de propriedade rural, há todas as infrações humanitárias. O Pará tem um dos piores IDHs do país e essa equação eu não admito, não vou me calar nunca. Não podemos ser apáticos. Quem não mexe uma palha para ajudar alguém, está morto em vida.
Por falar em questões ambientais, a COP 30 será em Belém, no Pará, em novembro, seu estado natal. Você participará? Por que é tão importante ter um evento deste porte no Pará? Estarei nas gravações da novela ‘Três Graças’ durante a COP e ainda não sei se conseguirei participar, mas já me sinto nela. O grande segredo dessa COP é que é um convite para conhecerem a Amazônia como ela é, que sustenta um povo e uma cultura originária há séculos. Não podem falar que nós somos atrasados, porque, na verdade, somos um estado altamente explorado, com uma sequência de descuido humanitário e social. E, mesmo assim, conseguimos manter nossas riquezas, nossos costumes únicos e nossa identidade regional. O Brasil não conhece o Brasil, temos um olhar americanizado, desejamos um país que não é o nosso. Temos que reconhecer a nossa sabedoria ancestral de preservar um lugar como esse há tantos séculos, apesar de toda a destruição. Temos que ouvir o que os amazônidas propõem em relação ao maior bioma tropical do mundo. Espero poder ver transformações verdadeiras acontecendo e não promoções.
O filme “Manas” também traz como cenário o Pará e questões das comunidades ribeirinhas da Ilha de Marajó, como a violência contra menores. Como conseguiram abordar um tema tão difícil de forma delicada?
Todo mundo tinha que correr para o cinema para assistir a esse filme, que aborda a violência, a falta de oportunidade, a falta de diálogo, a solidão, o Brasil gigante em terras descontínuas, onde temos comunidades a 20 horas de barquinho de capitais. Tudo o que o filme retrata acontece em qualquer lugar do mundo. Não é um assunto amazônico, é um assunto universal, urgente. A arte é pioneira em quebrar fronteiras, silêncios e ciclos. Falar divide a dor, tanto é que foi criado o manifesto ‘Manas Apoiam Manas’ e é importante ter atitudes pós-filme.
O que pode adiantar sobre seus próximos projetos? Quais papéis Dira vai interpretar ainda este ano?
Deve estrear o filme ‘Agentes Especiais’, com o Majella e o Pedroca. Em outubro começa a novela ‘Três Graças’, que trará uma história de sobrevivência e resistência nesse universo feminino da família brasileira. Eu serei Lígia, mãe de Gerluce (Sophie Charlotte) e avó de Joélly (Alana Cabral). Fiz agora o filme ‘Sedução’, dirigido pelo Zelito Viana e pelo Marcos Palmeira, contracenando com o Marquinhos. Deve lançar ano que vem e é também a estreia do Marcos Palmeira na direção. Eu me senti testemunha de um momento muito especial no cinema brasileiro, que é ver o pai e o filho dirigindo um filme. São os bons ventos, uma boa onda. Temos que surfar, né? Mas com a responsabilidade que isso tudo traz.
Em sentido horário, cena do filme "Manas"; Dira como Norminha, em "Caminho das Índias"; com Marcos Palmeira na novela "Pantanal"; e com Dona Pureza, mulher que ela interpreta no filme "Pureza"
POR
Paula Calçade
Feira celebra 30 edições como principal e maior vitrine de panificação e confeitaria da América Latina
A Fipan atrai milhares de visitantes, incluindo panificadores, confeiteiros e operadores de food service, que buscam aprimorar suas técnicas e expandir seus negócios. Neste ano, o evento acontece de 22 a 25 de julho no Expo Center Norte e é palco de variadas experiências setorizadas.
Com cerca de 450 expositores e 1.500 marcas, a Fipan 2025 será distribuída em quatro pavilhões, abrangendo 60 mil metros quadrados, apresentando desde equipamentos e embalagens até ingredientes e soluções tecnológicas para o segmento. Entre os destaques estão a Fipan Pizza, que reúne mestres pizzaiolos do país para revelar técnicas de preparo, segredos de fermentação, escolha de ingredientes e estratégias de gestão.
Já o Espaço de Fermentação Natural é uma imersão no universo do
Levain e dos processos que dão vida à panificação artesanal contemporânea. O local oferece demonstrações, palestras e workshops com os principais panificadores do Brasil e do exterior. Há ainda a Arena do Confeiteiro, que retoma uma programação intensa de aulas práticas e demonstrativas, que vão desde o “faça e venda” até a alta confeitaria.
Outros destaques são os campeonatos internacionais e nacionais que acontecem durante a feira, incluindo o Campeonato de Bolos, o Campionato Mondiale della Pizza, o Campeonato Internacional de Jovens PadeirosUIBC e o Campeonato Nacional de Gelato — todos com júris técnicos e populares, e premiações que incluem viagens internacionais.
Os ingressos estão disponíveis em www.fipan.com.br
Edição 2024 da Fipan, feira de panificação e confeitaria
O Carbon Free Summit reforça o chamado à ação com o tema
“Descarbonização Agora: O Futuro Não Espera”. A terceira edição do evento acontece no dia 24 de julho, no Cubo Itaú, reunindo lideranças empresariais e especialistas em ESG. Ingressos na plataforma Sympla, a partir de R$ 315.
A LGBT+ Turismo Expo é uma feira que concentra os fornecedores de produtos e serviços no setor de turismo que atendam às demandas dos turistas LGBT+. A expectativa para edição 2025 é de receber pelo menos 1.000 agentes de viagens e operadores no Hotel Unique, no dia 24 de julho. As inscrições estão disponíveis em www.lgbtmaisturismoexpo.com.br
JUL 2025
O café instalado dentro da filial paulistana da escola de gastronomia Le Cordon Bleu serve um petit déjeuner cheio de delicinhas elaboradas com técnica refinada e charme parisiense.
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Grupo Vila Anália chega com estilo a shopping da Zona Sul
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Super-Homem está de volta em nova aventura
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Padaria experimental Mirá aposta em delícias fermentadas Pág. 47
Nathalia Timberg interpreta inglesa que morava numa van Pág. 48
Até o dia 3, acontece a 3ª edição do Festival de Tapas de São Paulo, evento que visa valorizar esses petiscos típicos da cultura gastronômica espanhola. 25 estabelecimentos participam — como os bares Caco, Huevos de Oro e Nit e os restaurantes Cora, Mercado Ibérico e Torero Valese. No bistrô TonTon, do chef Gustavo Rozzino, as tapas da vez são as croquetas de cangrejo & huevas de mujol (croquetes de siri com ovas de mujol e pimenta dedo-de-moça).
�F Rua Caconde, 132, Jardim Paulista, tel. 2597-6168.
3 quinta
Até o dia 6, o Distrito Anhembi é o palco do maior evento da cultura pop asiática da América Latina. A edição 2025 do Anime Friends ocupa mais de 54 mil metros quadrados com seis palcos e áreas temáticas. A programação inclui shows de atrações internacionais inéditas, como Nightmare, Ash da Hero, Seven Oops (foto) e Big Ocean. Tem ainda gincanas, karaokê, sorteios e muito mais. Ingressos a partir de R$ 70. �F Avenida Olavo Fontoura, 1.209, Santana.
Quer presentear alguém com delicinhas artesanais? A Cesta Feira é uma mercearia online que vende e entrega cestas com “tesouros” gourmet brasileiros como a geleia de vitória régia da Amazônia, os queijos mineiros, os azeites da Mantiqueira e os chás caipiras de Goiás. Quem acessa o site encontra
opções de cestas prontas, com três a oito itens e preços entre R$ 150 e R$ 600. Mas é possível também montar cestas personalizadas. Pedidos no site www.cestafeirasp. com.br ou pelo whatsapp 11 99842-6400.
Há mais de 80 anos servindo bem tirados chopes e apetitosos petiscos, o Bar Léo é um marco da boemia paulistana. E agora tem uma deliciosa novidade em seu cardápio, perfeita para deixar ainda mais saborosas as happy hours de sextafeira no Centro da cidade: o Bolovo de Bacalhau. Cada unidade custa R$ 23 e é preparada com um creme à base de batata e bacalhau fresco. Com casca crocante e recheio macio, o acepipe é servido com tapenade de azeitonas.
�F Rua Aurora, 100, Centro, tel. 3221-0247.
Após o sucesso na Zona Leste, o Grupo Vila Anália acaba de abrir outro complexo gastronômico, agora no Shopping Cidade Jardim. O Vila Medí reúne num mesmo espaço o Cru Oyster Bar, um restaurante grego (o Mii Mar) e um italiano, o Temperani Amalfi. Os clientes podem degustar pratos dos três cardápios: dá para começar comendo ostras do Oyster Bar, depois atacar um polvo com orzo (massa em forma de arroz) do Mii e finalizar com os canolli do Temperani.
�F Avenida Magalhães de Castro, 12.000, Real Parque.
Bons ares
A atração desta noite no Tokio Marine Hall é o espetáculo “Astrada Tango”, que traz Ricardo Astrada, campeão mundial de tango de palco, título que obteve com sua parceira de dança, a excelente Constanza Vieyto. Com cenários grandiosos, habilidosos bailarinos, músicos virtuosos e cantores, o show encanta e seduz a plateia com toda a energia e o vigor típicos desse ritmo portenho. Ingressos de R$ 125 a R$ 420. �F Rua Bragança Paulista, 1.281, Chácara Santo Antônio, tel. 2548-2541.
7 segunda
O Hotel Pullman São Paulo Ibirapuera acaba de inaugurar o Macáya Gastronomia, restaurante comandado pelo chef uruguaio Fabian Ruiz que aposta nos sabores e aromas da gastronomia latino-americana. Tem ceviches com uma pegada mais equatoriana, tamales de milho com toques abrasileirados, salmão chileno com tucupi, tiradito de atum com aguachile, arepas com atum e abacate, carne de onça com broa de milho e um tenro bife ancho no carvão ativado.
�F Rua Joinville, 515, Ibirapuera, tel. 5088-4000.
A primeira unidade da hamburgueria Rango Brabo tem como sócios Igão e Mítico (fundadores do podcast Podpah), Diogo Defante e Thais Diegues (do canal de culinária Rango Brabo) e os empresários Rodrigo Chaves (do Cabana Burguer), Antonio Augusto (da Johnny Rockets) e Bruno Gallucci, da Dickey’s Barbecue Pit. O menu lista 15 hambúrgueres e sanduíches de linguiça e frango, além de opções vegetarianas. Tem ainda oito sabores de milkshake. �F Rua Purpurina, 550, Vila Madalena.
9 quarta
Além de 20 opções de coberturas salgadas, a pizzaria Org tem também duas sugestões para quem curte devorar uma pizza até na hora da sobremesa. A primeira é a Chico Bento (R$ 79), feita com mozzarella Roni e goiabada Vivinha. O outra é a Manezinho Araújo (R$ 79), que mistura a mozzarella Roni com banana caramel e canela. Ambas são preparadas com massa de longa maturação à base de farinha italiana orgânica.
�F Rua Vicente Leporace, 1.060, Campo Belo, tel. 5044-0378.
11 sexta
“Superman”, blockbuster que estreia hoje nos cinemas, acompanha a jornada do super-herói em tentar conciliar suas duas personas: sua herança extraterrestre como kryptoniano e sua vida humana, criado como Clark Kent (David Corenswet) na cidade de Smallville, onde namora a bela Lois Lane (Rachel Brosnahan). Dirigido por James Gunn (de “Esquadrão Suicida” e “Pacificador”), o novo filme reúne vilões clássicos, como Lex Luthor (Nicholas Hoult) e Lanterna Verde (Nathan Fillion).
A 26ª edição do Festival do Japão celebra os 130 anos do Tratado de Amizade entre Brasil e Japão. Até o domingo, dia 13, o São Paulo Expo abriga o evento, que tem uma programação recheada de atrações culturais e gastronômicas. Tem lutas marciais, danças típicas, tambores taikô e cerca de 40 estandes com receitas autênticas das dezenas de províncias do Japão. A praça de alimentação tem “apenas” 3.200 assentos! Ingressos a R$ 50.
�F Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Jabaquara.
O Beefbar está com novidades em seu menu.
O destaque é a seção Filet in Sauce, onde o Filé
Mignon Angus é servido com batatas fritas e um desses três molhos: Signature Sauce (de manteiga e trufas pretas), Pepper Sauce (de pimenta preta, jus de viande e cognac) ou Béarnaise (de gemas com manteiga, cebola, estragão e vinho branco). Outra boa pedida é o Crying Tiger — filé com pegada asiática, em molho à base de mel, gengibre e shoyu.
�F Rua Barão de Capanema, 320, Jardins, tel. 2386-1918.
domingo
Com texto de Patrick Marber, que deu origem ao filme “Closer” (de 2004), o espetáculo homônimo fica em cartaz no Teatro Vivo até o dia 27. No palco, José Loreto, Larissa Ferrara, Marjorie Gerardi e Rafael Lozano interpretam quatro pessoas presas a um jogo emocional. O espetáculo escancara as fragilidades das relações afetivas na era do imediatismo e propõe um debate sobre os limites da intimidade. Ingressos de R$ 50 a R$ 120.
�F Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Brooklin, tel. 3430-1524.
14 segunda
O restaurante Blaise, no hotel Rosewood São Paulo, agora funciona como uma brasserie contemporânea que mistura referências francesas e brasileiras. O novo menu privilegia ingredientes sazonais, fornecidos por produtores locais e engajados em práticas sustentáveis. Entre os destaques do cardápio estão o crudo de peixe com leite de coco e pimenta fermentada e a paleta de cordeiro braseada e servida com mousseline de inhame e jus da carne.
�F Rua Itapeva, 435, Bela Vista, tel. 3797-0500.
O novo empreendimento de Luiz Rezende — que comandou a importadora de vinhos Saveurs de France entre 1996 e 2003 — é a Midi Forneria Enoteca. O cardápio de sotaque mediterrâneo aposta em clássicos italianos (como a massa à putanesca com polvo e a tagliatta de atum), espanhóis (como o arroz de chorizo e camarão), franceses (magret de pato com laranja) e gregos (baklava de pistache). A eclética carta de vinhos lista mais de 250 rótulos.
�F Rua Caconde, 118, Jardim Paulista, tel. 3885-9930.
16 quarta
Pioneiro na integração entre arte e ecologia, o polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg (1921-2017) foi uma figura fundamental na arte do século 20. Por décadas, viveu no litoral sul da Bahia, testemunhando o horror da devastação ambiental. Com obras criadas a partir de troncos de madeira, Krajcberg é o artista em foco na mostra “Reencontrar a Árvore”, em cartaz no Masp até 19 de outubro. Ingressos a R$ 75 (grátis às terças-feiras).
�F Avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959.
Para fazer um petit déjeuner (café da manhã) em alto estilo, dirija-se ao Kofi & Co., que funciona na Culinary Village da escola de gastronomia
Le Cordon Bleu.
A “formule” custa R$ 290 para duas pessoas e inclui café ou suco, croissant, pain au chocolat, canelé, financier, madeleine, geleia, ovo cocotte e tartines de presunto Parma com iogurte, salmão defumado com aioli cítrico e cogumelos com guacamole. Tudo preparado com esmero, comme il faut.
�F Rua Natingui, 862, Vila Madalena, tel. 3185-2500.
19 sábado
Vanessa da Mata apresenta seu novo show “Todas Elas” hoje à noite na casa de espetáculos Vibra São Paulo. “Esse trabalho conta a história de várias mulheres: mulheres que compõem a minha pessoa, as minhas facetas, os momentos de grandes e boas ilusões e algumas desilusões”, define a cantora mato-grossense. A apresentação, dirigida por Jorge Farjalla, traz músicas inéditas e clássicos dos 20 anos de carreira de Vanessa. Ingressos a partir de R$ 60.
�F Avenida Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.
Beleza à mesa
Detentor de duas estrelas Michelin, o restaurante Evvai, do chef Luiz Filipe Souza, celebra 7 anos de atividades com um menu degustação de 15 tempos que tem pratos de visual impactante e sabores não menos que sublimes. Exemplos disso são a tartelette de açaí com granita de atum Bluefin, a merengata salgada com fígado de galinha e cupuaçu, o xinxim de galinha com caju e marsala e o caldinho de feijão com cotechino.
Custa R$ 995 por pessoa, sem os vinhos.
�F Rua Joaquim Antunes, 108, Jardim Paulistano, tel, 3062-1160.
O Sal Gastronomia está completando 20 anos de história. Para celebrar o marco, as unidades dos Jardins e do Shopping Cidade Jardim estão servindo pratos que fazem parte da história do restaurante e do chef Henrique Fogaça. Entre eles, a copalombo suína com farofa de pão e quiabo, o risoto de carne seca com queijo coalho e o crème brûlée de milho verde.
�F Avenida Magalhães de Castro, 12.000 (3º piso do Shopping Cidade Jardim), tel. 3198-9505 | Rua Bela Cintra, 1.958, Jardins, tel. 3554-4460.
segunda
A Mirá Padaria Autoral é o laboratório onde o jovem Leonardo Akira faz suas incríveis experimentações, explorando os processos de fermentação. No balcão, a empresária Júlia Fraga é quem atende os clientes com graça e gentileza. Não dá para não provar o koji croissant, a tartine vegana de edamame, o maritozzo (pão de leite recheado com pasta de feijão azuki, chantilly de matcha e geleia de morango) e a espetacular rabanada Honey Butter Toast. �F Rua Francisco Leitão, 265, Pinheiros.
O Chiado Restaurante, comandado por Miguel Bettencourt, está com novidades em seu cardápio. Entre elas, os frutos do mar à moda do Algarve, o cordeiro ao molho de ervas servido com arroz de açafrão e o leitãozinho desossado. Mas clássicos da casa permanecem à disposição dos clientes, como os bolinhos de alheira, a casquinha de lagostins e o Caldo Verde com chouriço português – excelente pedida para os dias mais frios desse inverno paulistano. �F Avenida Jurucê, 776, Moema, tel. 5041-5276. 23 quarta
24 quinta
Nem tudo azul
Em cartaz nos cinemas, “Smurfs” é um filme que transporta essas criaturas azuis para o mundo real. Tudo começa quando Papai Smurf é raptado pelos irmãos e bruxos Razamel e Gargamel. Então a linda Smurfette lidera os smurfs numa missão para o mundo real com o intuito de resgatá-los. Lá eles encontram Ken — outro irmão de Papai Smurf — e novos aliados que auxiliam a turma num plano contra os malvados feiticeiros. A direção é de Chris Miller, responsável por sucessos como “Shrek 3” e “Gato de Botas”.
A Casa Hario é famosa não só por seus ótimos cafés e sua lojinha de utensílios, mas também por seus drinques, seus deliciosos pratos servidos à la carte e seus caprichados doces. Agora, nos almoços de segunda a sexta-feira, tem novas opções de Teishokus — espécie de “refeição fixa” à japonesa, com proteína, arroz, sopa e legumes. Entre as novidades estão o frango shogayaki, o curry rice, o tonkatsu (lombo suíno empanado) e o peixe do dia.
�F Rua Manuel Guedes, 426, Itaim, tel. 98156-2358.
25 sexta
“A Mulher da Van” é uma peça que conta a história real de Mary Shepherd, uma senhora inglesa acumuladora que, na década de 1970, morava numa van no subúrbio de Londres. No palco, ela é interpretada por Nathalia Timberg, e contracena com Alan (Caco Ciocler), um homem que acaba lhe oferecendo assistência prática e apoio emocional. O espetáculo fica em cartaz até o dia 3 de agosto no Teatro Bravos, junto ao Institurto Tomie Ohtake. Ingressos de R$ 60 a R$ 200.
�F Rua Coropé, 88, Pinheiros, tel. 99008-4859.
26 sábado
Sabor & história
O Nelita, restaurante da chef Tássia Magalhães, acaba de lançar um novo menu degustação em 10 tempos (R$ 590) com versões de clássicos gastronômicos de todas as épocas. O desfile de delícias inclui beignet, rabanada e éclair salgados, ravioli de tomates fermentados e foie gras, dim sum recheado de compota de berinjela, gnocchi de batata, ricota e araruta com coalhada, cavaquinha em molho bisque e codorna com chocolate e texturas de cebola.
�F Rua Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros, tel. 2626-1496.
27 domingo
Brinde amargo
É na valiosa adega da família que Daniel pai (Herson Capri) e Daniel filho (Caio Blat), afastados há anos, se reencontram. Mas essa reunião acaba se transformando em um tenso acerto de contas. Essa é a sinopse da peça “Memórias do Vinho”, em cartaz somente até hoje no Teatro Renaissance. A direção é de Elias Andreato, e o texto foi escrito por Jandira Martini, em colaboração com Maurício Guilherme. Ingressos de R$ 75 a R$ 150.
�F Alameda Santos, 2.233, Jardins, tel. 3069-2286.
A Veridiana convidou cinco chefs da cena gastronômica ítalo-paulistana
(Tássia Magalhães, Luiz Filipe Souza, Pier Paolo Picchi, Marco Renzetti e Bia Limoni) para criarem pizzas exclusivas, servidas até o dia 30 de setembro. A cobertura do chef Picchi leva bottarga, stracciatella e raspas de limão siciliano. Já a do chef Renzetti tem creme de azedinha, mozzarella de búfala e vegetais marinados (berinjela, abobrinha, endívia, tomate e cogumelo).
�F Rua Dona Veridiana, 661, Higienópolis, tel. 3801-9000.
O Clementina Bar de Vinhos acaba de lançar uma carta de drinques vínicos, assinada pela bartender argentina Chula Barmaid. Uma das novidades é o Cajupiter, feito com vinho branco, sorvete de manga e uma espuma de caju. Igualmente frutado é o Do Interior de Argentina, que mistura vinho tinto com rum envelhecido, framboesa e toque cítrico. Já o Um Pouco Italiano junta vinho laranja, vermute rosso, frutas vermelhas e bitter.
�F Rua João Moura, 613, Pinheiros, tel. 97801-1074.
Maluco Beleza
O roqueiro Raul Seixas, que teria feito 80 anos agora em junho de 2025, ganha uma retrospectiva de sua inesquecível carreira com centenas de itens originais. O MIS (Museu da Imagem e do Som) apresenta a exposição “O Baú do Raul”, com peças do acervo de Kika e Vivian Seixas, respectivamente ex-companheira e filha de Raul. Também integram a mostra itens da coleção de Sylvio Passos, amigo e fundador do fã-clube oficial do músico.
�F Avenida Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777.
O Lobozó, dos chefs Marcelo Corrêa Bastos e Gustavo Rodrigues, trabalha com uma caprichada cozinha caipira com toques contemporâneos. No cardápio, a seção Especiais de Cada Dia tem deliciosas sugestões, como o arroz de carreteiro, a galinhada com pequi, o gumbo de camarão, a costela no bafo e o arroz Lambe-Lambe, ricamente incrementado com lulinhas, mexilhão e camarões.
�F Rua Medeiros de Albuquerque, 436, Vila Madalena, tel. 93056-2146.
texto Luiz Toledo yestoledo@gmail.com
arte
André Hellmeister andre@collages.com.br
Quadrilha.
Data venia, Drummond
Bill odiava Vasily que odiava David que odiava Khalil que odiava Esther que odiava Naim que odiava Donald que odiava Igor que odiava Jamil que odiava todo mundo incluindo Severino Silva que não fazia parte da história e que não odiava ninguém mas que mesmo assim teve o mesmo fim. BUM!