29HORAS - abril 2024 - ed. 171 - RJ

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RJ

ABRIL/2024 distribuição gratuita no aeroporto santos dumont

Marina Lima

Radicada há 14 anos em São Paulo, cantora volta à sua cidade natal e sobe o Morro da Urca para se apresentar no Noites Cariocas

29H SP vire e leia a

Sumário

#171 ABRIL 2024

WWW.29HORAS.COM.BR

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PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior

CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade, Pedro Barbastefano Júnior e Ricardo F. Marques

REDAÇÃO Paula Calçade (editora executiva); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)

COLABORADORES André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Gabriela Silvarolli, Georges Henri Foz, Luiz Toledo, Mari Campos, Patricia Palumbo, Pedro Piton, Sarah Gomes

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COMERCIAL comercial@29horas.com.br

GERENTE SÃO PAULO Giulia Barbastefano (giulia.barbastefano@29horas.com.br)

GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br)

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Paula Calçade MTB 88.231/SP

29HORAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.

A revista 29HORAS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.

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FAX: 11.3086.0676

17 Economia criativa O poder do rebranding para fortalecer uma marca 05 Hora Rio Bife de chorizo, do Malta Beef Club, no Leblon Vozes da cidade 11 Lugares que misturam arte e lifestyle no Rio FOTO DIVULGAÇÃO Foto da capa: Candé Salles 12 Capa Marina Lima retorna ao Rio de Janeiro para show em lugar icônico da cidade e se prepara para nova turnê FOTO DIVULGAÇÃO FOTO MALU CAMPELLO FOTO DIVULGAÇÃO
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2024
ABRIL
A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

ABRIL

VEM AÍ

PARCEIROS:

REALIZAÇÃO:

HOTEL OFICIAL:

PARCEIROS DE MÍDIA:

GASTRONOMIA:

CUIDADOS E HIGIENE:

INFRAESTRUTURA

PROMOÇÃO: VENDA DE INGRESSOS:

E TI CLASSIFICAÇÃO 14 CLASSIFICAÇÃO 16 CLASSIFICAÇÃO L

Golf no Fairmont, muita música, culinárias diversas e praticidade na hotelaria carioca

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O MELHOR DA CIDADE MARAVILHOSA

Zezé dá nova vida a Nara

CENTRO A vida de Nara Leão (1942-1989), sua trajetória musical e suas atitudes pioneiras e revolucionárias inspiraram o espetáculo “Nara”, em cartaz até 21 de abril no Teatro Firjan Sesi Centro. No palco, é a atriz Zezé Polessa quem dá vida à cantora, com texto e direção de Miguel Falabella. Em constante mutação, Nara nunca se deixou rotular ou se atrelar a um gênero ou estilo musical: participou do nascimento da Bossa Nova, flertou com o Tropicalismo, disputou os festivais da canção, protagonizou o lendário show “Opinião” (e foi quem escolheu a estreante Maria Bethânia para substituí-la), resgatou antigos compositores, cantou samba-canção, músicas de protesto, rock’n’roll e Jovem Guarda. A liberdade e a inquietação de Nara se refletiam sem amarras em sua arte.

TEATRO FIRJAN: Avenida Graça Aranha, 1, Centro, tel. 21 25634163. Ingressos de R$ 15 a R$ 40.

FOTO FLAVIO COLKER

COPACABANA

Fim de semana dos sonhos para quem curte golfe

Hotel Fairmont promove mais uma edição do Golf Weekend, com competições no Centro Olímpico de Golfe, na Barra, para amadores e profissionais

A fim de proporcionar uma experiência memorável aos fãs do golfe, o hotel Fairmont Rio de Janeiro anuncia a 2ª edição do Fairmont Rio Golf Weekend, que acontece entre os dias 10 e 14 de abril, no Campo Olímpico de Golfe, um dos legados dos Jogos Olímpicos disputados em 2016 na cidade.

A primeira edição do Fairmont Rio Golf Weekend, em 2023, contou com cerca de 120 atletas. Este ano, o evento conta com competições na modalidade shotgun nas categorias masculinas (0-15, 16-24 e 25-36) e feminina (0-18 e 19-36). Durante os três dias de torneio, os competidores profissionais e amadores terão a oportunidade de concorrer a aproximadamente R$ 50 mil em prêmios para viverem golf experiences nos hotéis Fairmont ao redor do mundo.

O vencedor de cada categoria ganhará passagem aérea na classe executiva e cinco diárias em um dos empreendimentos da rede, como o Fairmont St. Andrews (na Escócia), o Fairmont Mayakoba (no México), o Fairmont Carton House (na Irlanda) e o The Savoy (Inglaterra). Além disso, os inscritos no Fairmont Rio Golf Weekend garantem a participação no torneio internacional PGA Pro AM, que acontece logo em seguida na cidade, de 18 a 21 de abril.

Hotel Fairmont Rio de Janeiro Avenida Atlântica, 4.240, Copacabana, tel. 2525-1232.

Delícias para ‘compartir’, como se diz na Espanha

Restaurante– Ízär reformula seu cardápio e inclui novos beliscos e pratos ideais para serem degustados a dois ou em grupo

O restaurante espanhol Ízär acaba de incrementar seu cardápio, incluindo várias opções de pratos para compartilhar. Entre as novidades, tem lulinhas na brasa com jamón ibérico e gremolata; tortilla de polvo com emulsão de coentro; crudo de atum com melancia e ajo blanco; croquetas de bacalhau com aioli de ervas; fideuá com vôngoles e bottarga; gnocchi de mandioquinha frito com frutos do mar grelhados e molho de cava; o stinco de cordeiro com purê de batatas; ou ainda o portentoso arroz de leitão, servido numa paellera, capaz de saciar quatro pessoas e preparado com arroz bomba cozido em caldo suíno, leitão braseado, lascas de presunto cru e folhas de agrião que trazem um toque de frescor.

Na seção de sobremesas, vale muito a pena provar o creme catalão (creme de confeiteiro com açúcar queimado, compota de laranja e sorvete de baunilha, em versão hispânica do francês crème brûlée).

FOTOS DIVULGAÇÃO
IPANEMA
Rua Barão da Torre, 538, Ipanema, tel. 21 99725-7473.
HORA
KIKE
COSTA
Izär
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RIO POR
MARTINS DA

Carnes levadas a outro patamar

Malta Beef Club se torna 1ª embaixada no Rio de Janeiro da marca de carnes premium 481, que em São Paulo tem uma boutique-conceito na Fazenda Churrascada

O Malta Beef Club, premiado restaurante especializado em carnes com dois endereços na zona sul do Rio, acaba de se tornar a primeira Embaixada 481 no Rio. A parceria reforça o compromisso de ambas as marcas em produzir e servir carnes de bois com a melhor genética, uma alimentação controlada e elevados graus de marmoreio, maciez e sabor.

Entre as sugestões de cortes, destaque para a Costela, para a Fralda e para o corte queridinho dos brasileiros, a Picanha. Outras ótimas pedidas são o Bife Ancho e o Denver Steak. Como acompanhamento, a dica é apostar no arroz maluco ou no aipim na manteiga de garrafa.

Para quem prefere assar a própria carne, os produtos 481 também estarão à venda no empório do restaurante.

Sob o comando de Marcelo Malta, o Malta Beef Club soma cinco títulos de Melhor Carne do Rio de Janeiro pela premiação ‘Comer & Beber’, da ‘Veja Rio’.

Malta Beef Club

Avenida General San Martin, 359, Leblon, tels. 21 2323-6919 e 2042-3101

/ Rua Saturnino de Brito, 84, Lagoa, tel. 21 3269-4504.

Um mergulho no universo de Ziraldo

Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a exposição “Mundo Zira”, que celebra o talento desse multitalentoso artista que faz a alegria de pessoas de todas as idades

Um dos mais renomados artistas brasileiros, Ziraldo ganha uma retrospectiva de sua obra no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio. Em cartaz até o dia 13 de maio, a exposição “Mundo Zira – Ziraldo Interativo” celebra o talento e a imaginação desse mineiro de Caratinga famoso por seus trabalhos como cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista e humorista.

A direção artística e a curadoria são de Adriana Lins e Daniela Thomas, respectivamente sobrinha e filha do artista que, em outubro passado, completou 91 anos de vida. A mostra conduz o visitante por uma jornada imersiva, com áreas temáticas dedicadas a clássicos como “Flicts”, “O Menino Quadradinho” e “A Turma do Pererê”.

Pensada para pessoas de todas as idades, a mostra permite

uma conexão direta com o mundo criativo de Ziraldo e os visitantes são convidados a cocriar e individualizar sua arte, adicionando um toque particular às composições digitais.

Centro Cultural Banco do Brasil Rua Primeiro de Março, 66, Centro, tel. 21 38 08-2020. Entrada

CENTRO gratuita.
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Bora lá para o Oriente Médio?

Recém-inaugurado, o restaurante Baduk conduz seus clientes por um delicioso passeio pela gastronomia de países como Líbano, Israel, Síria e Turquia

Baduk é o nome do mais novo restaurante especializado em comida do Oriente Médio. De origem árabe, a expressão pode ser traduzida para o carioquês como “Demorou”, ou “Já é”. Dos mesmos sócios do Pabu Izakaya, do Maria e o Boi e da Tasca Miúda, a casa tem menu assinado pelo chef Erik Nako e aposta em mezzes (entradinhas frias), saladas (como o tabule) e petiscos como kebabs (espetinhos), varenikes, gefilte fishes, shakshoukas, kibbehs turcos crus e shawarmas de costela servidos com hommus, tomate, cebola com sumac e picles no pão pita.

Na hora da sobremesa, brilham o flan de pistaches que tem massa de biscoito e recheio de creme de pistache, o kunefe de queijo com calda de flores e o elmali borek, um charutinho crocante com recheio de maçãs, tâmaras e cardamomo.

Para beber, aposte no Aster – um sour de cachaça, maracujá, limoncello, flor de sabugueiro e limão – ou no Telavivi Highball – elaborado com gim, vermouth seco, limão, hortelã, grenadine e ginger ale.

Uma rádio que virou filme

“Aumenta Que É Rock’n’Roll” leva à telona a história da Rádio Fluminense, que foi uma das pioneiras contra a caretice vigente nos anos posteriores ao fim da Ditadura Militar

“Aumenta Que É Rock’N Roll”, longa dirigido por Tomás Portella e protagonizado por Johnny Massaro, chega aos cinemas no dia 25 de abril. O filme narra o surgimento da Rádio Fluminense FM, criada em 1982 pelo jornalista Luiz Antonio Mello (Massaro), com o apoio do amigo Samuel Wainer Filho (George Sauma). O roteiro é baseado no livro “A Onda Maldita”, escrito por Luiz Antonio Mello. A trama acompanha o dia a dia de um grupo de jovens sonhadores - produtores, repórteres e locutores - que toparam ir contra a caretice que ditava o padrão das rádios da época e deram origem à primeira rádio brasileira dedicada exclusivamente ao rock. Em uma das cenas mais icônicas, tendo como cenário o Rock in Rio de 1985, Luiz Antônio e sua amada Alice (Marina Provenzzano) selam seus destinos ao som de Cazuza, à frente do Barão Vermelho.

“Aumenta Que É Rock'n'Roll” revela a euforia vivida durante a redemocratização do país, quando o rock nacional invadiu as ruas e as vitrolas trazendo muito mais do que boa música, mas incendiando os costumes e revolucionando o jeito de se vestir, pensar, dançar e se expressar.

CINEMA
Baduk Café & Bar Rua Rainha Guilhermina, 96, Leblon, tel. 21 3592-0881. LEBLON
FOTOS DIVULGAÇÃO
HORA RIO POR KIKE MARTINS DA COSTA
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GLÓRIA

Festival reúne

atrações

que fogem do óbvio

Programação da edição 2024 do Queremos! inclui apresentações de artistas como Devendra Banhart, Djavan, Djonga, Ana Frango Elétrico, Alfa Mist, Adi Oasis, Lenine e Marcos Suzano

A 5ª edição do Queremos!

Festival acontece dia 13 de abril na Marina da Glória. Conhecido por primar pela excelência na curadoria e na experiência do público, o Queremos! promove shows que fogem do óbvio e aposta no frescor da programação.

Como explica Pedro Seiler, um dos idealizadores do festival, o line-up é montado como se fosse uma playlist. “Começa mais solar e vai ficando mais animado, mais dançante, até a noite. Vamos definindo nossas atrações nessa ordem, para acabar com uma festança na madrugada”.

Os mais aguardados da edição 2024 do Queremos! são o alagoano Djavan e o venezuelano-estadunidense

Devendra Banhart (foto). O line-up completo inclui ainda shows de artistas como a franco caribenha cantora de soul Adi Oasis, o produtor britânico Alfa Mist com sua mistura de hip-hop e jazz, o rapper mineiro Djonga, o cantor carioca Rubel, a difícil de definir Ana Frango Elétrico, a DJ Kenya 20hz e uma apresentação em tributo aos 30 anos do álbum “Olho de Peixe”, com o cantor e violonista pernambucano Lenine e o percussionista carioca Marcos Suzano.

Marina da Glória

Avenida Infante Dom Henrique, s/ n°, Glória. Ingressos a partir de R$ 230.

Do mar à terra

Novo restaurante do chef Pedro Coronha tem menu leve inspirado nas culinárias sul-americana, nórdica e asiática

Com apenas 26 anos, o chef Pedro Coronha acaba de abrir seu próprio restaurante, dois anos após ter sido eleito chef revelação pela edição Comer & Beber da revista "Veja Rio" e chef revelação pelo caderno Rio Show, do jornal "O Globo", ambos à frente do Maska. Batizado de Koral, o estabelecimento fica em Ipanema, em um charmoso casarão de 500 m2 com atmosfera clean e capacidade para 97 pessoas.

Da cozinha aberta - que permite que os clientes acompanhem cada etapa da elaboração dos pratos -, saem opções que vão da terra ao mar, como pescados, vegetais e carnes; e receitas inspiradas nas culinárias sul-americana, nórdica e asiática. “A conexão entre essas culturas, que se manifesta do sabor até a estética, serviu de base para criação do conceito divertido, casual e moderno do restaurante”, resume Pedro.

IPANEMA
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Koral Rua Barão da Torre, 446, Ipanema, tel. 21 99513-6437.
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FOTO YASMIN

Cartão postal com praticidade

Recém-inaugurado B&B Hotel Santos Dumont conta com localização privilegiada, a poucos metros do aeroporto e das estações do VLT, sem renunciar ao visual carioca

Ao lado, quarto da categoria luxo, com varanda e vista para a Marina da Glória; abaixo, café da manhã do B&B Hotel Santos Dumont

OPÇÕES DE HOSPEDAGEM NÃO FALTAM NO RIO, mas ainda não se encontrava tão facilmente uma alternativa àqueles que desejam estar no Centro, sem perder a vista para a Baía de Guanabara e a proximidade com a zona sul. No antigo prédio do Hotel Othon Aeroporto, aberto em 1943, na Avenida Beira Mar, o novo B&B Hotel Santos Dumont preenche essa lacuna. O local está a apenas 10 minutos a pé do Aeroporto Santos Dumont e é o 4º da rede francesa no Rio de Janeiro e o 7º no país.

Além da localização privilegiada, a poucos metros do Museu de Arte Moderna (MAM) – o hotel também é funcional para quem deseja se deslocar na cidade por VLT, com pontos próximos, e oferece coworking e salas de reunião em suas áreas comuns. Com 112 apartamentos, o destaque é a categoria luxo, que dispõe de quartos com varanda posicionada para a Marina da Glória.

O edifício passou por pequenas adequações, mas a graciosa fachada cor de rosa é tombada e foi preservada. A decoração

remete a elementos cheios de brasilidade, como a utilização de palhas em luminárias e as plantas nativas e formas orgânicas nas pinturas das paredes, originais da época em que o edifício foi construído. O estilo “vintage brasileiro” também está presente nos ladrilhos hidráulicos e nos banheiros que mantêm seu projeto mais antigo, mas ainda mais funcionais.

O hotel também disponibiliza um interessante rooftop, que receberá um restaurante aberto aos hóspedes nos próximos meses. A inauguração do B&B Hotel Santos Dumont faz parte dos planos de expansão da rede internacional no Brasil, que planeja inaugurar mais três unidades no país em 2024, sendo uma em Copacabana.

B&B Hotel Santos Dumont

Avenida Beira Mar, 280, Centro. Diárias a partir de R$ 250.

CENTRO
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Vozes da cidade

Delícias e belezas no Rio

Lugares para curtir arte contemporânea, cuidar do corpo e comer bem na Cidade Maravilhosa

Absurda Confeitaria

“Acordar em um sábado ou domingo e ir à Absurda Confeitaria tomar um bom café da manhã é uma experiência deliciosa. Localizado no Horto, numa rua com ateliês de arte, o local oferece um espaço acolhedor, com um serviço de qualidade. Tem o melhor misto-quente da cidade e o brioche com ovo também é de capotar! Sempre levo para casa o pudim de pote para comer depois almoço.”

Rua Pacheco Leão, 792, Jardim Botânico

Casa Roberto Marinho

“Passear pelo Cosme Velho e Santa Teresa é um charme! A boemia desses bairros dá passagem para a arte contemporânea na Casa Roberto Marinho. Mostras incríveis são apresentadas por ali, além do acervo fixo da família Marinho. Já fui a exposições surpreendentes, como do Angelo Venosa. Saindo de lá, vale a pena comer uma boa feijoada no restaurante Mineiro, em Santa Teresa.”

Rua Cosme Velho, 1.105, Cosme Velho

Loja da Aesop

“Recém-chegada ao Rio, a marca australiana Aesop é queridinha da galera que gosta de cosméticos de qualidade, design e boas fragrâncias. De skincare a velas, a marca entrega muito mais em lojas com arquitetura absurda e experiências sensoriais. Todas as lojas do mundo são assinadas por grandes arquitetos de cada cidade.”

Shopping Leblon: Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Piso 3, Leblon

Babbo Osteria

“Elia Schramm criou o Babbo Osteria no intuito de unir o sabor tradicional italiano à sua culinária contemporânea. No mix perfeito e sabores de cair o queixo, a casa ainda conta com drinques incríveis. Não deixe de pedir a sobremesa Panna Cotta Sbagliata, que é uma explosão de sabor.”

Rua Barão da Torre, 632, Ipanema

As dicas de quem adora o Rio

ABSURDA CONFEITARIA AESOP CASA ROBERTO MARINHO POR FIL FREITAS*
FREITAS é é dono da Fil Hair & Experience, em Ipanema
*FIL
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BABBO OSTERIA

Gata com sete décadas bem vividas S

UMA DAS PRINCIPAIS ARQUITETAS

DO POP NACIONAL, MARINA LIMA FAZ SHOW NO NOITES CARIOCAS

AGORA EM ABRIL E SE PREPARA PARA INICIAR NO SEGUNDO SEMESTRE AS CELEBRAÇÕES DOS SEUS

70 ANOS DE VIDA E DOS 45 ANOS DE UMA CARREIRA CHEIA DE HITS

OBREVIVENTE DE ANOS TENEBROSOS DE PANDEMIA e obscurantismo em que pátrias e famílias se partiram, Marina Lima segue colando os caquinhos, compondo, cantando, tocando e espalhando seu charme pelo mundo. A vida arranha, mas, mesmo assim, no dia 13 de abril essa eterna gata sobe ao Morro da Urca para apresentar no Tim Music Noites Cariocas seus hits atemporais.

Autora de clássicos dos anos 1980 e 1990 que até hoje soam modernos, Marina completa 70 anos no ano que vem, mas já no segundo semestre deste ano dá início à turnê de um novo show que vai celebrar esse marco “biológico” e os seus 45 anos de trajetória na música. A idade parece não ser um obstáculo capaz de conter seu ritmo fullgás nível hard.

E, se tudo correr conforme o planejado, em 2025 poderemos ver também uma série sobre sua vida e sua obra, um projeto coordenado por seu amigo Candé Salles, idealizado pela atriz Luiza Mariani e dirigido pela prima dela, Joana Mariani. Trata-se de uma vida que não cabe apenas em um filme, precisa de uma série com vários episódios: eclética, ela já gravou com Caetano Veloso, com Martinho da Vila e com Mano Brown, já posou nua para a “Playboy”, sua primeira transa foi com ninguém menos que Gal Costa, teve um clipe seu inaugurando as transmissões da MTV Brasil, foi apresentadora do “Saia Justa” (do canal GNT), teve um show com cenografia assinada pelo premiado arquiteto Isay Weinfeld e escreveu um livro de memórias.

Na entrevista que ela concedeu à 29HORAS, a carioquíssima Marina revela a alegria de voltar a se apresentar no Rio, confessa que ainda se sente uma “estrangeira” morando em São Paulo mesmo tendo se mudado para lá em 2010, diz que, apesar de ser gata todo dia, vive um momento em que se sente um cachorrão solto e também fala da sua voz, de envelhecimento e etarismo, de seus anseios por um mundo mais igualitário e de seu inabalável apetite pelo novo. Confira nas páginas a seguir tudo o que essa inquieta artista contou para a gente.

FOTO CANDÉ SALLES
POR KIKE MARTINS DA COSTA
12 CAPA

Em 2025, você completa 70 anos de vida, mas as celebrações começam agora em 2024, com o projeto “Rota 69”. O que é esse projeto?

Esse será o meu próximo show, cuja turnê começa em agosto, no Rio, e depois vai rodar o Brasil. Pretendo mostrar uma espécie de esqueleto da minha carreira. Dar um panorama rico e completo. Já fiz milhares de apresentações ao vivo, mas eu acho que a base do meu trabalho todo está nos 21 discos que lancei, nas canções que compus e que gravei de outros compositores. Vou tentar mostrar esse perfil, o melhor que puder. Teremos ainda vídeos e imagens antigas nos cenários, lembranças e posturas que são para sempre.

E o seu show no Noites Cariocas, agora em abril no Morro da Urca? Como será essa apresentação?

Até maio farei shows da turnê “Nas Ondas da Marina”. Esse do Tim Music no Noites Cariocas é um dos últimos que apresento nesse formato, apesar de ainda estar adorando fazer esse show. Modéstia à parte, eu gosto muito do meu repertório e, desde que comecei, sempre tive como meta fazer canções que resistissem ao tempo. E me orgulho de ver que tenho conseguido.

Manter-se na ativa depois dos 50 – ou mesmo depois dos 40, em alguns casos – parece que incomoda muita gente... Outro dia ouvi você dizer que não quer ter outras idades, pois já viveu todas elas. O etarismo é uma questão que te incomoda ou é algo que nem merece a sua atenção?

Merece a minha atenção porque a maioria das pessoas convencionais estão “presas” a esse problema. A questão que realmente me preocupa no envelhecimento é tentar manter a minha vida o mais saudável possível, para poder desfrutar dessa experiência que é amadurecer e envelhecer. David Bowie tem uma frase linda a respeito: “Envelhecer é um processo extraordinário em que você se torna a pessoa que você sempre deveria ter sido”. Vou te revelar uma coisa: só me senti inteiramente livre para tomar as decisões mais difíceis, com autonomia, depois dos 60. Tenho a sensação de que estava me preparando para isso.

A 29HORAS é a revista da Ponte-Aérea, e você é uma pessoa que leva a sua vida nesse vai-e-vem entre as duas cidades. O que te levou a “migrar” de uma cidade para a outra em 2010? E o que São Paulo tem de melhor e o que o Rio tem que nenhuma outra cidade jamais vai ter igual?

Em 2010, eu me sentia sufocada no Rio… parecia que não havia mais lugar para mim no cenário musical. Haveria, se ficasse fazendo mais do mesmo, como uma artista cristalizada que já tinha dado tudo que tinha para dar. E o meu caso era o oposto disso. Estava inquieta,

14 CAPA
FOTO GUILHERME LEITE

cheia de ideias novas, querendo misturar o meu trabalho com outras sonoridades brasileiras e estrangeiras que estavam me interessando. Ao invés de ficar estagnada e chateada, resolvi me mexer. Me mudei para São Paulo, que é a maior cidade da América Latina. São Paulo é hospitaleira, acolhe um fluxo enorme de pessoas do Brasil e do mundo todo. O fato de eu mudar e encarar a vida lá me fez ser muito bem recebida, mas não é fácil você deixar uma cidade como o Rio de Janeiro. O Rio, além de lindo e de ter o mar, tem um jeito carioca que adoro com o qual me identifico. Eu me sinto uma estrangeira em São Paulo, mas descobri que isso me fez crescer muito.

Recentemente, vi imagens de um show que você apresentou em 2022 no Circo Voador e deu para perceber a euforia do público carioca por tê-la “de volta”. Você sente algo diferente quando se apresenta no Rio?

É claro! Porque me vejo ali, na alma do povo carioca. Devo confessar que tenho uma relação de amor e raiva com o Rio (risos). Amo a minha cidade e, se pudesse ter escolhido, provavelmente jamais teria me mudado. Mas a vida nem sempre é como a gente quer. E eu aprendi a adorar morar em São Paulo. Com a sua grandeza, sua diversidade e os amigos queridos que também me aquecem. Desigualdade e violência existem nas duas cidades, sendo que São Paulo ainda tem um agravante: a poluição. Esse show no Noites Cariocas será outro reencontro meu com o público carioca. E vai ser em um lugar muito especial, onde você canta com a cidade toda aos seus pés, aquela vista que só o Rio de Janeiro tem...

Logo após a pandemia, você desmanchou o seu casamento de dez anos com a advogada Lídice Xavier. Os períodos de confinamento e isolamento foram duros para você? Foi uma fase produtiva ou de bloqueio criativo?

O período da pandemia foi uma fase rica para mim, de muita produção. Pela impossibilidade de sair, ver gente e trabalhar, direcionei a minha atenção para estudar, ler e compor. Foi nesse período que finalmente lancei o meu songbook contendo toda minha obra, que é bem grande… também lancei um EP digital com quatro inéditas. Às vezes esses sustos que passamos pela vida, como uma pandemia, genocidas, as mortes todas, nos fazem encarar o mundo de uma forma mais crua e real. Isso vale para casamentos, famílias, amizades. Tudo é revisto, né?

No final dos anos 1990, você teve sérios problemas com as suas cordas vocais. Clinicamente, qual é o estado da sua voz atualmente?

Foi tudo superado. Era um problema emocional que afetou as minhas cordas vocais. Uma misto de depressão

com crise existencial que durou alguns anos. Mas eu, como boa virginiana que sou, cavei, cavei e cavei até encontrar e trazer o meu ouro de volta. A fonoaudiologia foi também muito importante nesse processo. Parece brincadeira, mas a sensação que tenho é a de que, pelo fato de ter ficado alguns anos quase sem cantar e sem “brincar” com a minha voz, uma aura dela foi preservada. Tenho cantado com alegria, vigor e técnica novamente. Sinto que cada dia ela está melhor.

Marina Lima compondo, tocando e ensaiando no estúdio
SALLES 15
FOTO CANDÉ

Marina em seu apartamento no bairro paulistano de Higienópolis

Em 1990, a MTV Brasil entrou no ar com um clipe seu – uma versão pop de “Garota de Ipanema”. A propósito, ao longo da sua carreira você já passeou pelos mais variados gêneros musicais e ritmos, como o rock, o soul, a bossa nova e a música eletrônica. Para onde caminha a sua música? Para qual direção a sua bússola tem apontado?

Cara… Eu tô só esperando a hora de fazer uma nova imersão nos estudos de violão, no domínio da linguagem midi (para gravação) e na alimentação vegana. Estou em um momento de buscar sentidos para as coisas novamente, é uma coisa mais do que apenas musical. Sabe aquela imagem de quando se solta um cachorro em um campo verde, bem grande? Eu tô me sentindo como aquele cachorro.

Para 2025, o seu amigo Candé Salles e a diretora Joana Mariani estão tocando o projeto de uma cinebiografia da sua trajetória. O que você pode adiantar para a gente sobre esse projeto?

Essa é uma ideia que veio da Luiza Mariani, que é a atriz que vai me representar na tela. Nós já tivemos alguns encontros, nos quais eu contei um pouco da minha história. A Luiza é prima da Joana, e as duas já trabalharam juntas no filme “Todas as Canções de Amor”, uma como atriz, a outra como diretora. Vamos rodar uma série sobre minha vida e obra. Agora o projeto está em fase de roteiro, e as minhas expectativas são as melhores possíveis!

Neste momento, uma versão de “Eu Não Sei Dançar”, na voz de Maria Maud, está sendo destaque da trilha sonora da novela “Renascer”. Sei que você já teve várias canções em produções televisivas – até mesmo em aberturas de novela –, mas como é ver uma canção

sua fazer sucesso na voz de outra cantora e ainda mais 33 anos após o seu lançamento?

Me emociona. Ainda mais quando eu gosto, como é o caso da Maria. É aquilo que já te falei anteriormente, que sempre tive a meta de compor, gravar canções, criar arranjos, que resistissem ao tempo. É o caso com “Eu Não Sei Dançar”, uma canção do Alvin L que a Maria Maud regravou lindamente.

Você reclama que, no começo da sua carreira, todos questionavam a legitimidade de mulheres que eram cantoras e instrumentistas, compositoras e formadoras de opinião. Como se as mulheres não tivessem a capacidade de brilhar em tantas áreas. O que mudou no mundo da música nas últimas décadas e o que ainda tem de mudar para termos um ambiente mais igualitário e menos preconceituoso?

Vamos ser justos, o que mudou foi o mundo inteiro, não só o nicho da música. Acho que nós, “minorias”, estamos caminhando bem. As mulheres, a população LGBTQIA+ e os pretos estão tendo mais reconhecimento e ocupando mais espaços. E, na boa, acho que só assim é que todos podemos ter uma visão do mundo real com todas as suas belezas, suas diferenças e até suas crueldades também.

Você é conhecida há décadas por ser uma mulher estilosa. Afinal, qual é o charme do mundo?

Para mim, o charme do mundo reside na maneira que lidamos com as dificuldades, as durezas e as aberrações da vida. Quem consegue equilibrar tudo isso com bem-aventurança, leveza e uma certa alegria tem todo o charme do mundo.

FOTO CANDÉ SALLES
16 CAPA

Economia criativa

À esquerda, reinauguração da loja no Shopping

Rebranding como ferramenta de sucesso

Estratégia de marketing pode ser alternativa interessante para impulsionar o crescimento e a relevância de uma marca

O mercado é um organismo vivo que pede por reinvenção constante, é necessário ter um olhar para o futuro em busca de inovações e atualizações para manter uma empresa relevante. O consumidor também evolui e muda seus hábitos de consumo, e o rebranding – uma das principais ferramentas de marketing atualmente – aparece como alternativa para marcas se reposicionarem, traçando um caminho coerente de comunicação.

A partir de três etapas principais, essa técnica analisa a empresa em seu âmbito interno (linguagem utilizada, público-alvo, tom de voz e identidade visual) e externo (mercado, concorrência e tendências) para chegar à formulação do seu novo branding. Essa identidade nova será aplicada por

meio da renovação de elementos como brand persona, logotipo, projeto de lojas e comunicação 360.

Como diretora de marketing e comercial da grife Corello, um dos meus maiores desafios foi trazer um olhar atual e fresco, sem perder a essência presente em toda a nossa história construída ao longo de 60 anos. Acredito que o rebranding não seja sobre desenvolver algo novo e, sim, resgatar aquilo que fez a marca se tornar única. Sempre evidenciando cada traço que foi marcante para fazê-la chegar aonde está e se perpetuar por tanto tempo no mercado.

Aplicamos essa estratégia na marca em 2023, com foco no crescimento e na evolução. Mergulhamos em nossa trajetória para elencar códigos originais

POR Gabriela Silvarolli

que deveríamos destacar em nosso reposicionamento. Realizamos também uma pesquisa de mercado, além de um estudo de todas as campanhas de marketing já feitas e slogans previamente utilizados. O resultado foi a identificação das nossas tradicionais listras como pilares do minimalismo e atemporalidade. Criamos uma identidade mais fresca e avant-garde, que foi ativada em todas as nossas lojas e sacolas.

Todas essas etapas auxiliaram na consolidação do nosso posicionamento e com um crescimento seguro e duradouro. Conseguimos atender às necessidades de nossos clientes que nos acompanham há décadas, ao mesmo tempo em que atraímos novos públicos e os fidelizamos. Por fim, entendemos que esse é um processo que deve ser revisitado de tempos em tempos. Na Corello, já faz parte da nossa estratégia e o intitulamos ‘refresh do rebranding’ – que nada mais é do que a realização de ajustes e adaptações a partir das mudanças e tendências do mercado.

COLUNA
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@XPTO
GABRIELA SILVAROLLI é diretora de marketing e comercial da Corello, grife paulista de sapatos, bolsas e acessórios.
FOTO MARCUS FRANÇA
ABC; e à direita, sacola da Corello com a nova identidade visual FOTO SAMUEL PERSON

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