
MAIO/2025 distribuição gratuita no aeroporto santos dumont
MAIO/2025 distribuição gratuita no aeroporto santos dumont
Atriz retorna às novelas com ‘Dona de Mim’ e estreia em teatro no Rio o espetáculo que desde o final de 2024 vem sendo encenado em ruas e praças de cidades do ‘Brasil Profundo’
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Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Leonardo Chebly, Luiz Toledo, Paula Calçade, Pedro Barbastefano Júnior e Ricardo F. Marques
redação Paula Calçade (editora executiva); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)
Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Daniela Colina, Didú Russo, Georges Henri Foz, Karen Kohatsu, Luiz Toledo, Mari Campos, Patricia Palumbo
tratamento de imagens Karen Kohatsu, Rose Oseki
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Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP
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Design e arte contemporânea se destacam em nova edição da Mostra Artefacto Rio
Onde beber bons drinques com ingredientes nacionais na Cidade Maravilhosa
Linhas regionais aproximam clientes de marcas globais
Cláudia Abreu volta às novelas da Globo com "Dona de Mim" e traz a peça "Os Mambembes" ao Rio
Megashow da Lady Gaga em Copacabana, mostra Artefacto Rio, hostel premiado e o novo bar do chef Thomas Troisgros
CENTRO Aclamado pelo público de Salvador e de São Paulo, “Torto Arado – O Musical”, adaptação livre do best-seller de Itamar Vieira Junior, estreia no Teatro Riachuelo no dia 17 de maio e fica em cartaz até 15 de junho. O espetáculo tem um texto épico e lírico que revela, para além de sua trama, uma história de vida e morte nas profundezas do sertão baiano, um poderoso elemento de insubordinação social, de combate e redenção. Abordando questões como o trabalho análogo à escravidão, o racismo, a resistência, sobrevivência e a religiosidade, a montagem tem direção-geral de Elísio Lopes Júnior e um elenco encabeçado pela cantora Larissa Luz e atores como Diogo Lopes Filho, Bárbara Sut, Ofalowo e Lilian Waleska.
TEATRO RIACHUELO: Rua do Passeio, 40, Centro, tel. 21 3554-2934. Ingressos a R$ 40.
LEBLON
A premiada Ferro & Farinha acaba de abrir as portas de sua 5ª unidade, onde as estrelas são as pastas feitas na lenha –além das pizzas, é claro!
Mostra Artefacto Rio 2025 apresenta dezenas de espaços que fundem soluções arquitetônicas com o melhor da produção artística contemporânea
O tema da Mostra Artefacto Rio 2025, em cartaz até fevereiro na loja da marca no CasaShopping, é “Viver com Arte”. Esse mote abre uma nova janela para um mundo idílico, cheio de arte. Os espaços que integram a “exposição” fundem design de interiores com o melhor da produção artística contemporânea. Inspirada fortemente pelo histórico Manifesto das Belas Artes, do italiano Ricciotto Canudo (1877-1923), a Mostra Artefacto Rio 2025 conecta essa visão
A Ferro e Farinha, comandada pelo chef nova-iorquino Sei Shiroma, acaba de conquistar a 4ª posição no ranking internacional das 50 Melhores Pizzarias da América Latina. E a marca agora expande seu portfólio, investindo na gastronomia a lenha, com uma nova unidade localizada no Shopping Leblon, cujo cardápio foca nas massas artesanais, elaboradas com farinha italiana e ovos caipiras e também — como não poderia deixar de ser — nas suas premiadas pizzas.
Misturando referências italianas, norte-americanas e orientais, tem como carros-chefes o Chinatown Cannelonni (recheados de camarões marinados no shoyu com creme de burrata), o Spicy Vodka Rigatoni (em molho à base de cebolas caramelizadas e flambadas em vodca), a The Ferro Lasagna (com quatro camadas de massa verde intercaladas com molho à bolonhesa e gratinadas na lenha), o Spaghetti and Meatballs (massa longa de farinha de sêmola al pomodoro servida com polpetine de carne suína assada na lenha) e os Angonolotti Di Formaggi, recheados com quejo caccio cavalo, ricota e grana padano, cozidos na manteiga e finalizados com pimenta rosa, mel picante e prangatatto.
Ferro e Farinha Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 (Shopping Leblon,
ao tema. Canudo defendia a ideia de que as artes deveriam se unir em uma sinfonia que capturasse a essência da experiência humana — a mostra reflete essa integração, promovendo ambientes em que design e arte contemporânea dialogam de forma harmônica, transcendendo o utilitarismo e transformando cada peça em uma expressão artística e emocional. Participam da edição 2025 da Mostra
Artefacto Rio arquitetos e decoradores como Ale Rangel, Andrea Eiras, Babi Teixeira, Bia Seiler, Claudia Pimenta & Patricia Franco, Cristina Côrtes, Fernanda Meissner, Julio Teroni, Paulo Valente e outros profissionais de renome.
Mostra Artefacto Rio 2025
Avenida Ayrton Senna, 2.150 (CasaShopping, Bloco K), Barra da Tijuca, tel. 21 3325-0996. Entrada gratuita.
BARRA
Armada no estacionamento do BarraShopping, “Stranger Things: The Experience” embarca os visitantes em uma viagem aos anos 80 com uma instigante mistura de mistério e ação
A nova atração armada na área externa do estacionamento do BarraShopping é inspirada no seriado de suspense “Stranger Things”, exibido pela Netflix, e já passou por Nova York, Los Angeles, Paris, Londres e São Paulo. Misturando mistério, ação e interatividade, a exposição “Stranger Things: The Experience” é uma aventura em que
Recém-inaugurada, a Pé de Sorvete é uma excelente sugestão para quem busca delicinhas geladas, saudáveis e elaboradas com ingredientes sustentáveis
O verão acabou, mas nesses tempos de emergência climática sempre aparece uma boa oportunidade para consumir um gostoso sorvete, mesmo em pleno outono carioca. E, para quem gosta de novidades, a dica é a Pé de Sorvete. Com geladices saudáveis, deliciosas e conscientes, a lojinha oferece 26 sabores feitos artesanalmente, sendo que 24 ficam expostos por vez, garantindo variedade e frescor. Entre eles, o doce e azedinho chocolate branco com maracujá, o tradicional coco queimado, o cremoso cookies & cream, o sofisticado chocolate com avelãs, o lariquento Ninho Trufado, a refrescante combinação de iogurte com morango e a frutada mistura de mamão com laranja.
Preocupados com a questão da responsabilidade ambiental, os sócios
João Pedro Fernandes e João Paulo Lamothe priorizam o uso de ingredientes sustentáveis e processos que não ameaçam ou comprometem a preservação do planeta.
Pé de Sorvete
Rua Barata Ribeiro, 111, Copacabana.
o público não é apenas um espectador, mas é também convidado a participar do desenrolar da trama. Em cartaz até o dia 27 de julho, transporta os visitantes para a pequena cidade americana de Hawkins, promovendo uma viagem no tempo até os anos 80. Com uma estrutura de 2.500m2, a exposição conta com 500 toneladas de materiais, distribuídos
entre cenários hiper-realistas e tecnologia de última geração, como a tela 3D de 150 m2, as paredes virtuais, os cenários fiéis aos originais e objetos icônicos da série.
BarraShopping Avenida das Américas, 4.666, Barra da Tijuca. Ingressos a partir de R$ 40.
Confeitaria O Medovik lança bolo cuja receita tem origem ucraniana e mistura merengue, nozes, suspiros e creme charlotte batizado com conhaque e cacau
A doçaria O Medovik, famosa por seu bolo russo de mel, agora tem como destaque em sua vitrine outro clássico da confeitaria do Leste Europeu: o bolo ucraniano Kiev. A confeiteira carioca Raisa Coppola conta que a receita desse bolo teria surgido na década de 50 e foi patenteada em 1973. Ele combina camadas crocantes de merengue com nozes assadas e trituradas, intercaladas com creme charlotte amanteigado e aerado, enriquecido com conhaque e cacau. Ao seu redor, o bolo recebe ainda aparas de suspiro e, para finalizar, é aplicado creme charlotte natural colorido, em formato floral. Para a obtenção dos tons dessas flores são usados corantes naturais à base de espirulina, clitória e beterraba.
O bolo inteiro com 20 cm de diâmetro é vendido por R$ 330, mas ele também pode ser comprado em fatias – ao preço de R$ 30, cada.
De casa nova, agora em Niterói, o restaurante Amana tem um cardápio que foca nos pratos elaborados com ingredientes locais e sazonais manipulados com talento pelo chef Léo Guida
O restaurante Amana, que recentemente se transferiu de Itaipu (na Serra Tiririca) para Niterói, mantém sua essência artesanal e intimista. No diminuto salão com apenas 20 lugares — e algumas poucas mesinhas na calçada – são servidas as criações do chef Léo Guida. Do macarrão ao sorvete, passando pelo queijo de cabra e a bottarga, tudo é feito pelo chef utilizando produtos locais e sazonais — muitos cultivados por ele mesmo.
A casa trabalha um menu degustação com 12 etapas, mas também oferece pratos e entradas à la carte, como as croquetas de pastrami com mostarda Dijon e picles de maxixe, as vieiras com lardo de porco preto e espuma de Grana Padano, o arroz negro com lulas e romesco, a barriga de porco com beterraba, ameixa grelhada e radicchio ou ainda o tamboril com beurre blanc, ovas de mujol, ervilha e azeite de folhas de figo. De sobremesa, a dica é o doce de leite com azeite de oliva e sal marinho.
O Medovik
Avenida Visconde de Pirajá, 156, sobreloja 203, Ipanema, tel. 21 99579-9904.
No Teatro das Artes, Carmo Dalla Vecchia encabeça o elenco de uma peça que já fez sucesso em mais de 30 países com seu mix de suspense, humor e interatividade
Segundo o “Guinness Book of Records”, o espetáculo “Shear Madness” é a peça não-musical com maior tempo contínuo em exibição num mesmo teatro: 45 anos, em Boston. No Brasil, foi encenada apenas uma vez, há mais de 30 anos. Até o dia 1º de junho, ela ganha nova montagem, no Teatro das Artes, como “Corte Fatal”, uma versão assinada pelo ator e diretor Pedro Neschling e estrelada por Carmo Dalla Vecchia, Fernando Caruso, Douglas Silva, Paulo Mathias Jr, Hylka Maria e Cristiana Oliveira.
Nessa versão, o público atua como o “sétimo personagem” e ajuda a determinar o rumo da história, que pode ter vários finais diferentes. A trama de “Corte Fatal” é centrada em um salão de beleza situado no térreo de um pequeno prédio no bairro de Botafogo, onde mora uma famosa cantora reclusa. Pelo salão circulam o cabeleireiro, uma cliente endinheirada casada com um deputado, um vendedor de antiguidades, dois clientes enigmáticos que chegam sem hora marcada e uma manicure — e é exatamente ela quem anuncia: “A cantora foi assassinada!” A partir daí, todos se tornam suspeitos e começa a caça ao criminoso misterioso.
Teatro das Artes
Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea, 2º piso), tel. 21 98921-5494. Ingressos a partir de R$ 70.
COPACABANA
Depois do sucesso de Madonna no ano passado, agora é a vez de Lady Gaga e sua legião de fãs ocuparem as areias da famosa praia para uma festança com muita música, dança e drama
Dia 5 de maio a praia de Copacabana será o palco de mais um megashow, desta vez protagonizado por Lady Gaga. Milhares de “little monsters” (termo carinhoso usado pela popstar para definir seus fãs) poderão ver de perto o espetáculo “Mayhem” (“desordem”, em inglês).
Um palco foi montado em frente ao Copacabana Palace com 1.260 m2 de área e 2,20 m acima da areia. Além do telão central de LED, a praia terá outros 10 para que o público siga a apresentação, mesmo à distância. O show, com duas horas e meia de duração e dividido em cinco atos, é um espetáculo operístico com uma narrativa de morte e ressurreição. O primeiro ato, “Of Velvet and Vice” (“De Veludo e Vício”), introduz a batalha de duplos a ser travada entre a artista loura e
solar e aquela mais sombria e sanguínea. Em seguida, vem “And She Fell Into a Gothic Dream” (“E Ela Caiu num Sonho Gótico”), surgem as questões da fama, sempre associadas a algo tétrico. O terceiro ato, “The Beautiful Nightmare That Knows Her Name” (“O Lindo Pesadelo Que Conhece Seu Nome”), foca nas faixas do novo disco, como a industrial “Killah”. No quarto segmento, “To Wake Her Is To Lose Her” (“Acordá-la é Perdêla”), reúne sucessos como “Born this Way” e “Shallow”. O ato final, “Eternal Aria of the Monster Heart” (“Ária Eterna do Coração Monstro”) tem sua apoteose com o hit “Bad Romance”.
Com ambiente bem simples e descontraído, o Tijolada é um bar que se esmera no preparo de clássicos da Baixa Gastronomia carioca, como as empadas, os croquetes e os caldinhos
Dono de restaurantes como o Toto e o Oseille e de lanchonetes como o TT Burger, Tom Ticken e a Marola, o chef Thomas Troisgros inaugurou no final do ano passado seu primeiro bar. Em parceria com sua esposa, a analista financeira Diana Litewski, ele abriu o Tijolada, um boteco bem informal e sem salão, apenas com mesas e cadeiras na área externa.
O cardápio é cheio de delicinhas típicas da Baixa Gastronomia carioca, como as empadas (de queijo, de camarão ou de frango com catupiry), os croquetes e os outrora desprezados bolovos. O cardápio tem também caldinhos de feijão e de mocotó, moela com jiló, bife à milanesa com salada de batatas e frangos suculentos que giram na “televisão de cachorro”.
Para bebericar, tem chope Heineken, batidas de paçoca, de coco ou de fruta do dia e drinques como o Caju Amigo e o Macunaíma (que combina cachaça, Fernet, suco de limão e xarope de açúcar).
Tijolada: Rua Visconde de Pirajá, 630-C, Ipanema.
COSME VELHO
Jo&Joe, instalado no histórico conjunto arquitetônico do Largo do Boticário, ganhou o Hoscar – que premia negócios adeptos de práticas sustentáveis
O Jo&Joe Rio, localizado no histórico Largo do Boticário, venceu o Hoscar Awards, considerado o Oscar dos Hostels. O estabelecimento carioca derrotou concorrentes do México, da Nova Zelândia, da Indonésia e da Tailândia. A premiação é dada para negócios com instalações ecológicas, práticas sustentáveis, atividades neutras em carbono, entre outras iniciativas. Um levantamento da plataforma Hostel World, que promove anualmente o Hoscar Awards, mostrou que hostels emitem em média menos 82% de carbono que hotéis convencionais. Com apenas três anos de funcionamento, o
Jo&Joe ocupa um conjunto arquitetônico de grande valor histórico para a cidade, rodeado pela Mata Atlântica. Inspirado no lifestyle carioca, o hostel faz parte do Grupo Accor e funciona como uma open house, com uma atmosfera que incentiva a socialização e a conexão entre os hóspedes, com informalidade e preços
camaradas, mas sem abrir mão dos confortos típicos de um hotel.
Jo&Joe Rio: Beco do Boticário, 26, Cosme Velho, tel. 21 3235-2600. Diárias a partir de R$ 180.
POR ISADORA FORNARI*
Para brindar em diferentes bairros do Rio de Janeiro, uma seleção de bares que exploram ingredientes brasileiros e apresentações criativas em seus coquetéis
Orzo Pasta Bar
“Gosto do Orzo por apresentarem uma carta autoral com destaque para drinques mais efervescentes e divertidos, como o Mate Maravilha – que leva bourbon e borbulhante de mel de abelha jataí. O ambiente descontraído e o atendimento cordial tornam a visita ainda mais agradável!”
Rua Mariz e Barros, 1.146, loja B, Tijuca
Oti
“Essa novidade em Ipanema se destaca pelo uso de insumos locais e um serviço impecável. A proposta é integrar comida, bebida e ambiente de forma harmoniosa, proporcionando uma experiência única aos clientes.”
Rua Barão da Torre, 247, Ipanema
Rubayat Rio
“Com uma nova carta repleta de ingredientes brasileiros, aplicados de maneira criativa, os drinques e coquetéis do Rubayat harmonizam perfeitamente com o cardápio. Destaco o Gambiarra, que é uma combinação leve de caju com jabuticaba, resultando em uma bebida frisante e perfumada!”
Rua Jardim Botânico, 971, Jardim Botânico
Casa Mia
“A Casa Mia apresenta uma carta alegre, com ênfase para vermutes brasileiros. Recomendo pedir um vermu rose com gelo e azeitona verde para começar. A comida é saborosa e o ambiente é muito acolhedor!”
Rua Esteves Júnior, 28, Laranjeiras
*ISADORA FORNARI é consultora de coquetelaria e jurada do concurso internacional de bebidas Spirits Selection Concours Mondial de Bruxelles
As dicas de quem adora o Rio
DE VOLTA ÀS NOVELAS E ESTREANDO NO RIO O ESPETÁCULO QUE PRODUZIU
ORIGINALMENTE SÓ PARA SER ENCENADO EM RUAS E PRAÇAS DE CIDADES DO INTERIOR DO PAÍS, CLÁUDIA ABREU FESTEJA ESTE MOMENTO ESPECIAL DE SUA CARREIRA FAZENDO TEATRO DA MANEIRA MAIS GENUÍNA AO LADO DE QUERIDOS COLEGAS DE PROFISSÃO E INTERPRETANDO UMA PERSONAGEM QUE LEVA À TV O DEBATE SOBRE UM TEMA IMPORTANTE COMO A SAÚDE MENTAL
OM 54 ANOS, QUATRO FILHOS e dezenas de prêmios conquistados por seus trabalhos na TV, no teatro e no cinema, Cláudia Abreu é uma mulher bem-sucedida e realizada profissionalmente e também no plano pessoal. Capaz de interpretar com a mesma desenvoltura a cantora de eletroforró de uma novela como “Cheias de Charme” ou uma escritora à beira do suicídio em uma peça teatral densa como o monólogo “Virginia”, ela acaba de retornar à TV aberta para ser uma das protagonistas da nova novela da faixa das 19h da TV Globo, “Dona de Mim”, e estreia no Rio o espetáculo “Os Mambembes”, originalmente concebido para ser encenado em praças de pequenas cidades do Brasil Profundo.
Soberana dos rumos de sua trajetória, Cláudia é também a produtora dessa adaptação da comédia clássica escrita em 1904 por Artur Azevedo, que conta as aventuras de uma trupe mambembe viajando pelo Brasil. A vida imita a arte para o elenco composto por atores consagrados como Cláudia, Deborah Evelyn, Julia Lemmertz, Leandro Santanna, Orã Figueiredo e
Paulo Betti, que literalmente caíram na estrada em novembro de 2024, para apresentações no interior de Minas, Pará, Maranhão e Espírito Santo. No dia 15 de maio, a montagem chega ao Rio, ficando em cartaz no Teatro Casa Grande até 22 de junho, com apresentações de quinta a domingo.
“Montar ‘O Mambembe’ com amigos queridos era um sonho antigo. Uma celebração ao teatro e à alegria de atuar. Essa peça é um clássico brasileiro. Fizemos um espetáculo pensando para todo tipo de público, seja ele popular, sofisticado, jovem, idoso, de uma cidadezinha do interior ou da Zona Sul carioca”, sintetiza Cláudia.
Em conversa com a reportagem da 29HORAS, a atriz fala sobre Filipa, a mulher sonhadora e emocionalmente instável que ela interpreta na novela “Dona de Mim”, analisa os desafios que pais e mães têm de enfrentar para criar seus filhos em um mundo cheio de perigos virtuais/ digitais e reflete também sobre as dificuldades crônicas vivenciadas por quem se propõe a produzir Cultura neste país. Confira nas páginas a seguir os principais trechos da entrevista.
No sentido horário, Cláudia Abreu no seriado infanto-juvenil "Valentins" (exibido no canal Gloob), no filme "Tempos de Barbárie", na série "Sutura" (Amazon Prime Video) e na peça teatral "Virginia"
Seu último trabalho na TV foi na novela “A Lei do Amor”, em 2016. Além da pandemia, quais as outras razões desse seu afastamento?
Quando terminei a novela “A Lei do Amor”, ficou acertado com a Globo que meu próximo trabalho seria uma série. Daí fiz duas temporadas de “Desalma”, sendo que a segunda foi gravada durante a pandemia. Depois, fui morar por um ano em Lisboa. Na volta, produzi e escrevi meu monólogo “Virginia”, sobre a escritora Virginia Woolf, que estou fazendo há dois anos e meio por todo o Brasil. Uma alegria! Já levei a peça até para o México e Portugal. Fiz ainda os filmes “Silêncio da Chuva” e “Tempos de Barbárie” e fui convidada para protagonizar meu primeiro trabalho na Amazon Prime, a série médica “Sutura”. E no final do ano passado estreamos o espetáculo “Os Mambembes”, no qual
atuo e também produzo. Eu tenho uma produtora, a Zola Filmes, para a qual escrevi, atuei na série infanto-juvenil “Valentins”, que criei junto com a Flávia Lins e Silva para o canal Gloob. Sempre gostei de fazer muitas outras coisas além de novela, mas estou feliz em voltar. Quando chegou o convite do diretor artístico Allan [Fiterman] e da autora Rosane [Svartman], foi irresistível, um combo impossível de recusar. Ele é um parceiro antigo e eu já tinha um desejo de trabalhar com a Rosane. Além disso, tinha uma cobrança muito forte do público de TV aberta me pedindo para voltar às novelas. Percebi isso claramente ao rodar o Brasil com a trupe de “Mambembes”. Comecei na TV com 16 anos, esse trabalho é um reencontro com o público que me acompanha há tantos anos, muita gente que não tem acesso ao streaming, ao cinema ou aos
teatros e encontra na novela o seu principal entretenimento.
Fale um pouco para a gente sobre a Filipa, de “Dona de Mim”.
A proposta é discutir saúde mental, já que é uma personagem instável emocionalmente, com picos de euforia e tristeza. Ela tem muitas questões profundas, como o fato de nunca ter se realizado como mãe, nem como artista. Mesmo assim, ela é luminosa, forte. Achei uma boa oportunidade de voltar à TV aberta falando de um tema tão relevante e que pode ser de grande ajuda para muitas pessoas. Mas obviamente não deixa de ser uma novela das sete — divertida, com cenas mais curtas e ritmo frenético. As novelas dessa faixa têm uma linguagem própria, mais leve e lúdica, e isso é muito bom. A Rosane é uma autora com uma antena fantástica para captar tudo o que está acontecendo na sociedade, a diversidade, a cultura, em segmentos diferentes.
A relação de Filipa com a filhinha adotiva de seu marido na trama, Abel
(Tony Ramos), é ruim? É isso que leva a garotinha a se ligar tanto à babá Leona (Clara Moneke)?
A Filipa é uma personagem alegre e solar, mas que convive com várias frustrações do seu passado. Não deu certo como artista quando nova, depois não foi capaz de criar a própria filha, que vai morar em Portugal com a avó, e, por fim, não conseguiu se fazer aceitar pela própria enteada. A Sofia é uma criança que se sente muito sozinha naquela casa, onde todos são muito diferentes dela. A relação entre as duas não encontra um ponto de afinidade ou identificação, o que acaba frustrando a Filipa nas suas tentativas de aproximação. No entanto, Filipa mantém a esperança dentro de si. Ela sempre encontra uma novidade para se agarrar, na esperança de que finalmente conseguirá realizar algo. Sempre inventando novos sonhos e propósitos. Eu acredito que, apesar da enorme fragilidade e instabilidade emocional que a caracterizam, ela nunca perdeu a fé na vida.
Você trouxe para a Filipa alguma coisa
A atriz ao lado de Tony Ramos, seu marido na novela "Dona de Mim", que acaba de estrear na faixa das 19h da TV Globo, com texto escrito por
da sua relação com os seus filhos na vida real, Maria, José Joaquim, Pedro Henrique e... Felipa?
Tenho uma relação completamente diferente com meus filhos, somos muito próximos, ligados. Já a experiência da Filipa como mãe não foi feliz.
Criar uma criança e um adolescente hoje em dia é uma tarefa cada vez mais complexa e desafiadora. Você assistiu à série “Adolescência”, da Netflix? Qual a sua “receita” para uma boa formação e um bom relacionamento entre pais e filhos?
Nada é mais difícil do que educar sem ser autoritária e, ao mesmo tempo, ter autoridade para poder dar limites. Sempre converso com os meus filhos, mas nunca sabemos até onde vai a escuta deles. O ideal é ter uma relação de confiança. Assisti à série e fiquei ainda mais ligada nesse assunto. É preciso ter muito cuidado com a internet. Mesmo com os seus filhos dentro de casa, ninguém está protegido, nem livre de fazer uma besteira achando que não vai ter consequências. Todo cuidado é pouco.
E como vai ser dividir o seu tempo entre as gravações da novela durante a semana e, de quinta a domingo, as apresentações do espetáculo “Os Mambembes”, no Teatro Casa Grande? E ainda estou fazendo uma pequena turnê com “Virgínia”, que acaba na semana anterior à estreia de “Mambembes”! (risos) Sem dúvida, é um momento profissional especial. Estava programada para fazer as peças e montar o documentário que dirigi sobre a turnê de “Mambembes” pelas praças do país, mas fui surpreendida pelo convite da novela. Achei que seria uma boa oportunidade para voltar ao lado de pessoas de que gosto muito e falar desse tema
de humor instável que atinge tantas pessoas. Mas agora é respirar fundo e dar conta de tudo com energia, dedicação e alegria.
Como foram as apresentações em cidadezinhas do Maranhão, do Pará, de Minas e do Espírito Santo? Conta para a gente algum fato inusitado ou imprevisto que rolou nessas performances de rua….
Inesquecíveis! Era o teatro feito da forma mais genuína, de graça e para plateias de duas, três mil pessoas. Passamos por muitos perrengues, com o ônibus da peça quebrando na estrada, chuva caindo de repente durante a apresentação etc. O documentário vai mostrar tudo isso. Foi muito lindo.
Na Globo e nos filmes que você fez para o cinema, a produção é sempre caprichada e altamente profissional. Como foi fazer a turnê por esses locais sem infraestrutura, sem mimos e sem assistentes?
Em primeiro lugar, não gosto dessa coisa de mimos e assistentes. Nunca foi a minha. E fazer teatro dessa maneira me reconectou ao desejo primeiro e mais profundo da minha escolha de atuar profissionalmente como atriz. No entanto, apesar de ter sido concebida para ser apresentada na rua, a peça tem uma produção super caprichada. A maior diferença foi estarmos todos
disponíveis para o inesperado que podia rolar durante as apresentações.
Além de produtora, você é uma das idealizadoras do espetáculo. Como surgiu a ideia de fazer essa recriação quase literal da peça sobre uma trupe de artistas mambembes?
A idealização foi minha e do diretor, o Emílio de Mello, e se traduz no desejo antigo de montar “O Mambembe” de maneira mambembe. Sair pelo Brasil com um ônibus que seria meio de transporte, camarim e cenário, com um grupo de atores amigos, parar nas praças e fazer teatro de graça. Nada mais divertido, mas bem trabalhoso também.
E o que mudou agora, nessa transposição de um espetáculo concebido para praças do interior para uma montagem num teatro de shopping no Leblon?
O ideal seria continuar fazendo na rua, mas para isso dependemos de patrocínio, como o que tivemos na turnê.
A solução foi adaptar a peça para um teatro, pois como muitas pessoas estão envolvidas no projeto e contam com esse trabalho, não fazia sentido parar até aparecer outro financiador. Agora passamos a ter duas versões: para a rua e para o teatro!
Depois de rodar o interiorzão do país, o chamado Brasil Profundo, se apresentando para pessoas que, em muitos dos
casos, estavam assistindo pela primeira vez a um espetáculo teatral, podemos dizer que a cultura é uma atividade mambembe aqui no país, por ainda ser acessível a apenas uma pequena parcela da população?
Infelizmente, nem todos têm acesso à cultura, por isso foi tão importante levar teatro a lugares onde nem sempre tem um e, mesmo quando tem, nem todos podem pagar. Isso é um problema desde que “O Mambembe” foi escrito. Ter condições básicas para fazer teatro é o tema da peça, os artistas sempre estão com pires na mão. A cultura é tratada como algo menor ou como artigo de luxo que não merece um investimento permanente. Mas é justamente para poder ter condições de ser acessível a todos que a cultura precisa de investimento e de leis adequadas. É preciso também reforçar o entendimento de que cultura é a identidade de um país. Jamais poderíamos ter ido fazer teatro na beira do rio Tocantins, em Marabá, no Pará, se não tivéssemos um patrocínio.
Para finalizar, quais projetos você já tem engatilhados para depois do final da novela?
Após “Dona de Mim”, levaremos “Os Mambembes” a São Paulo, para uma temporada no Tuca. E pretendo montar e lançar o documentário sobre essa aventura que foi fazer a turnê da peça. Vai ser minha estreia como diretora.
Aproximação com mercados regionais fortalece a conexão com consumidores e reafirma a atemporalidade de marcas tradicionais em diferentes segmentos
A Le Creuset é uma marca com um século de história, reconhecida mundialmente pela excelência de seus produtos, pelo design atemporal e pela paleta de cores vibrantes de suas peças que conquistam gerações. No Brasil, esse legado ganha força, graças a um trabalho contínuo de fortalecimento da marca, adaptação inteligente ao nosso mercado e escuta ativa das preferências do consumidor.
Desde que iniciamos um novo ciclo de branding e posicionamento, a Le Creuset tem se aproximado ainda mais do seu público, expandido sua presença
e reforçado sua relevância no dia a dia das pessoas. Por aqui, a marca encontrou um mercado apaixonado por cozinhar, por receber bem e, sobretudo, por se expressar através de experiências. Um dos primeiros movimentos estratégicos foi ampliar a presença da Le Creuset no universo digital, intensificando ações de “brand awareness” por meio de parcerias com influenciadores de diferentes segmentos – não apenas da gastronomia, mas também da moda, decoração, lifestyle e cultura.
A decisão de atingir públicos diversos partiu da compreensão de que o
A estética colorida da Le Creuset em nova linha nacional de copos térmicos
brasileiro é um dos maiores consumidores de conteúdo do mundo. Ao unir tradição e inovação, conseguimos mostrar que a Le Creuset vai além da cozinha: está presente na vida, nos momentos, nos detalhes que tornam os dias mais bonitos e especiais. Outra estratégia essencial foi o investimento em eventos memoráveis. Cada lançamento ou ação especial da Le Creuset no Brasil é pensado para encantar: os convidados vivenciam a marca em ambientes inspiradores, o que reforça a conexão emocional com os nossos produtos.
Apesar de manter seu DNA francês e uma estética reconhecida no mundo todo, entendemos a importância de se adaptar às particularidades de cada mercado. Esse processo não significa abrir mão da essência global da marca, mas, sim, potencializá-la com um olhar local. A curadoria cuidadosa de cores, os formatos mais versáteis, o lançamento de produtos com múltiplas funcionalidades e a oferta de tamanhos ideais para as porções brasileiras são exemplos de como equilibramos tradição e adaptação. E expandimos o número de lançamentos por ano, saindo de uma média de dois para novidades mensais, mantendo o consumidor sempre engajado com o universo da Le Creuset. Essa frequência traz frescor à marca e reforça nosso compromisso com a inovação.
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