SP
ABRIL/2025 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
ABRIL/2025 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
Ator brilha em “O Último Azul”, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim e mais um filme que atesta o bom momento do cinema brasileiro
VIAGEM
Panamá: um canal para o passado e para o futuro entre dois oceanos
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@revista29horas
Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Leonardo Chebly, Luiz Toledo, Paula Calçade, Pedro Barbastefano Júnior e Ricardo F. Marques
redação Paula Calçade (editora executiva); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)
Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Georges Henri Foz, Janaina Pereira, Karen Kohatsu, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Sheila Roza
tratamento de imagens Karen Kohatsu, Rose Oseki
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COMERCIAL comercial@neooh.com.br
Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP
29HORAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.
A revista 29HORAS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 12 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
Panamá surpreende com passeios gastronômicos, culturais e históricos para além dos negócios
Rodrigo Santoro celebra momento glorioso do cinema nacional e estreia em breve novo filme
29h
Dicas para todos os dias do mês
ARTE EM FOCO Exposição no Esther Rooftop
HORAS DE VOO Retomada de voos em Fernando de Noronha
BOM DE COPO As tendências que impulsionam o consumo de chá
BON VIVANT Novos cortes argentinos que chegam a São Paulo
CIDADANIA Entrevista com o artivista Mundano
ACONTECE EM SP SP-Arte destaca jovens designers
FORA DE SÉRIE Lançamentos do mês nos streamings
HORA LIVRE Crônica de Luiz Toledo
CURADORIA MARINA BORTOLUZZI
O Esther Rooftop exibe parte da exposição “Abrir Espaço para o Infinito”. O restaurante, que desde o ano passado abriu espaço para parcerias de arte com a WG Galeria, traz as obras das artistas visuais Dolores Orange, Julia da Mota e Tathyana Santiago, expostas no local até o final do mês. A mostra completa se inicia na WG Galeria, próxima ao restaurante, e tem entrada gratuita. No Esther Rooftop, cerca de 30 pinturas à óleo, acrílica ou pastel oleoso, retratam as três artistas que se conectam por meio da cor como força vibracional.
Descanso, 2021 acrílica sobre tela de algodão 50 x 50 cm
ROOFTOP : Rua Basílio da Gama, 29, Centro.
WG GALERIA : Rua Araújo, 154, sobreloja, Centro. Quarta a sábado, das 13h às 19h.
Dias de sol, transbordo, 2024 tinta a óleo, cera de abelha, tela 110 x 80 cm
DOLORES ORANGE
Bordado, 2023
óleo sobre linho
20 x 30 cm
Novo parque de diversões, lançamento de Marcelo Rubens Paiva, restaurantes para o almoço de Páscoa, inovação olfativa na beleza e na saúde, viagem em família a Foz do Iguaçu
PASSEIO O Dinner in The Sky, em São Paulo, chega à sua sexta edição agora em um novo cenário, o Parque Villa Lobos – na zona oeste da cidade e ao lado da Roda Rico. De 2 de abril a 27 de julho, os clientes podem escolher entre brunch, almoço, coquetel, sunset e jantar, em uma experiência gastronômica a 50 metros de altura. O menu surpresa é assinado pelo chef Victor Giacon – que já liderou diversos restaurantes pelo mundo – e os preços variam de R$ 400 a R$ 640. Todos os ingressos podem ser adquiridos no site oficial www.dinnerinthesky.com.br.
Editora Alfaguara
272 págs. R$ 79,90
Blue Note São Paulo Avenida Paulista, 2.073 Consolação Tel. 11 97428-2548.
Ingressos a partir de R$ 60
Blue Note Rio Avenida Atlântica, 1.910 Copacabana WhatsApp: 21 96775-2100. Ingressos a partir de R$ 60
Marcelo Rubens Paiva lança livro em que fala de sua nova vida nesse mundo cheio de guerras e ideias individualistas e faz shows em São Paulo e no Rio com a banda Lost in Translation, na qual atua como gaitista e vocalista
DPOR KIKE MARTINS DA COSTA
IA 22 DE ABRIL ACONTECE o lançamento de “O Novo Agora”, novo livro de Marcelo Rubens Paiva. Esse é mais um capítulo de sua saga autobiográfica iniciada com “Feliz Ano Velho” (1982) e que teve sequência em “Ainda Estou Aqui” (2015), sempre misturando sua trajetória pessoal com a história recente do país. Mas dá para dizer que esse lançamento é um “Ainda Estou Aqui 2”?
“É uma continuação e não é: estou falando do mesmo assunto, OK, mas trazendo coisas novas. Esse livro começa com o nascimento do meu primeiro filho, no verão de 2014, mas logo nas primeiras páginas eu também conto como foi que eu virei o curador da minha mãe, que naquela época já estava com o Alzheimer bem avançado”, explica Marcelo. O foco agora não é mais em Eunice Paiva, morta em 2018. Na nova obra, o autor mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda dois períodos duros do país: a guinada política para a extrema direita e a pandemia. E, em meio a isso tudo, a fragmentação de seu casamento.
“Assim nasceu o meu novo agora: eu virei pai, por causa da direita no poder eu passei a ser boicotado e ter meus livros vetados em escolas públicas e ainda tivemos todos que enfrentar situações que a gente imaginava que tinham acabado. Nos anos 90, por exemplo, praticamente não se falava de guerra, não havia ameaça nuclear, as pessoas não negavam
evidências científicas e não havia esse negócio de fake news. O mundo mudou muito nesses últimos 10, 15 anos e, nesse período, vimos o renascimento dos conflitos militares e de ideias fascistas e individualistas que nós pensávamos que já estavam sepultadas por movimentos liderados pela porção mais humanista da sociedade. Essa realidade tornou-se o meu novo agora”, reflete Marcelo.
O escritor recorda que, em tempos de isolamento causados pelo coronavírus, teve de aprender a educar dois filhos (Joaquim, hoje com 11 anos, e Sebastião, com 8), em um mundo que também era assolado por uma epidemia de desinformação e ódio. “As redes sociais nem sempre são um ambiente saudável, o bullying ali é algo violento. As crianças ficam confusas. Descobrir um jeito de lidar com isso não foi nada fácil para elas e nem para mim”, conta.
Mas Marcelo é especialista em fazer limonada com os limões que aparecem. Durante a pandemia, no auge do isolamento, ele fez uma horta na varanda de seu apartamento e aprendeu a tocar gaita. A horta já era, mas o hobby musical acabou virando um sucesso: em 2024, ele se uniu a músicos experientes e montou a banda Lost in Translation, que toca versões em português de canções de Bob Dylan, Lou Reed, Patti Smith, Leonard Cohen e até Billie Eilish. A propósito, o grupo faz shows dia 8 deste mês no Blue Note SP e dia 11 no Blue Note Rio.
PÁSCOA
Restaurantes em São Paulo preparam cardápios especiais para celebrar a Páscoa com muito sabor. Confira algumas sugestões!
POR VIVIAN MONICCI
Com raízes na culinária italiana e comandado pelo chef Thiago Gonçalves, o Borgo prepara um menu com três opções de pratos principais: bucatini, polpette de alheiras e crema de couve manteiga (R$ 88); raviolo scapolose recheado com bacalhau confitado e defumado, molho pil-pil e brócolis chamuscado (R$ 112); e fregola sarda, magret e caldo de asa de pato (R$ 134). De sobremesa, colomba brulée, zabaione e amarena (R$ 46) ou panna cotta de colherada e redução de Fernet Coca by Renata Nascimento (R$ 44).
�F Rua Barão de Tatuí, 302, Santa Cecília. Tel. 97574-3213.
Exclusivamente na unidade do Solar Fábio Prado, o restaurante da chef Morena Leite serve no domingo, 20, um lombo de bacalhau confitado sobre purê de grão-de-bico e espinafre refogado, acompanhado de tomatinhos e batatas coradas (R$ 152).
�F Avenida Faria Lima, 2705 – Solar Fábio Prado (acesso pela Rua Gumercindo Saraiva, 350). Tel. 3032-2277.
Filial brasileira do restaurante peruano de Renzo Garibaldi, o Osso oferece na Páscoa um menu especial criado pelo chef Victor Cabanas. De entrada, as sugestões são: crudo de namorado, água de tomate, óleo verde, molho picante e ovas (R$ 80) e croqueta de porco e polvo com aioli de gochujang (R$ 65). Nos principais, cordeiro, milho cremoso e kale crocante (R$ 130) ou robata de camarão rosa, arroz de abóbora com gengibre e caramelo de alho (R$ 125). Para finalizar, bolo chifon grelhado, calda de rum e abacaxi e gelatto de coco (R$ 60).
�F Rua Bandeira Paulista 520, Itaim Bibi. Tel. 3167-3816.
O cardápio de Páscoa do chef Juliano Valese pode ser apreciado in loco ou no conforto da sua casa, por meio de encomendas até o dia 16/04. Como destaques, que servem de 4 a 6 pessoas, estão o tradicional Bacalhau Gadus Morhua à Espanhola (R$ 790); a Paella Mariñera (R$ 890), o Arroz de Polvo a la Mariñera (R$ 890) e a Paella da Horta (R$ 490), para os vegetarianos. Para quem for ao restaurante, as sugestões são o arroz de pato confitado (R$ 117) e o pescado do dia (R$ 139).
�F Av. Horácio Lafer, 638, Itaim Bibi. Tel. 94046-5556.
ENTRETENIMENTO
Com incríveis 7 milhões de metros quadrados de pura magia, famosa marca brasileira de chocolates anuncia projeto de parque de diversão no interior de São Paulo
POR PAULA CALÇADE
COM INAUGURAÇÃO PREVISTA PARA 2027 e investimento de R$ 2 bilhões, a Cacau Show anuncia a inauguração do Cacau Park – um parque temático de chocolate, que promete ser o maior do planeta. O empreendimento se localizará na cidade de Itu, na Rodovia Presidente Castelo Branco, e deve movimentar o turismo de todo o país.
Entre os 950 mil metros quadrados de área construída, 400 mil metros serão inteiramente dedicados a atrações inéditas no Brasil. O Cacau Park vai contar ainda com um shopping a céu aberto, restaurantes exclusivos, lojas-conceito e dois hotéis temáticos com 1.330 quartos.
Desenvolvida pela Vekoma, empresa responsável por grande parte das montanhas-russas dos parques Disney, o local abrigará a maior e mais rápida montanha-russa da América Latina. A estrutura terá
55 metros de altura e rodará 120 km/h em apenas 5 segundos. O local vai reunir também carrinhos de bate-bate estilizados como Fuscas de 1988, que marcam a história de Alê Costa – CEO e fundador da Cacau Show.
O parque será dividido em cinco áreas temáticas, que mergulharão na história do cacau e do chocolate de uma forma imersiva. Os visitantes vão se divertir na Fantástica Floresta do Cacau – uma atração que remeterá a uma viagem ao coração da Amazônia, revelando os mistérios do cacau, com mais de 5 mil anos de história. Outros destaques são o Universo Dreams – uma cidade encantada onde os sonhos ganham forma e a criatividade flui livremente – e a Fábrica Show – uma jornada pelos bastidores do chocolate, em que os segredos da produção ganham vida, inspirados pelas fábricas da Cacau Show.
POR VIVIAN MONICCI FOTO DIVULGAÇÃO
BUSINESS CLASS
“Temos uma visão completa da jornada do consumidor”
Raphael Farias, diretor de marketing do PagBank, fala sobre as tendências de marketing digital no mercado financeiro
COM O OBJETIVO DE OFERECER
soluções bancárias inovadoras que automatizam os processos de compra, venda e transferência, o PagBank é um banco digital completo que vai além de suas maquininhas. A empresa permite que o cliente defina o limite do seu cartão, pague suas contas sem sair de casa, solicite empréstimos, faça transferências ilimitadas, e veja o dinheiro render mais que a poupança – e tudo pelo aplicativo no celular.
Em entrevista à 29HORAS, Raphael Farias, diretor de marketing do PagBank, detalha como o banco está se adaptando às novas tendências de marketing digital e quais são os principais pilares que o diferenciam no mercado financeiro.
Quais tendências de marketing digital são as mais promissoras para o mercado financeiro nos próximos anos e como o PagBank se adapta a elas?
Vejo que as principais tendências são a hiperpersonalização da experiência do cliente, o uso avançado de inteligência artificial e a integração fluida entre múltiplos canais de comunicação. Com consumidores cada vez mais empoderados e jornadas de compra não lineares, é necessária uma abordagem centrada no cliente.
Nossa estratégia foca em uma visão completa da jornada do consumidor, permeando todo o seu ciclo de vida (LTV), por um ecossistema de MarTech que possibilita interações altamente personalizadas e relevantes. A inteligência artificial desempenha um papel fundamental nesse processo, facilitando a comunicação e garantindo experiências seguras. Além disso, investimos constantemente em tecnologias avançadas para proteger nossos clientes contra fraudes e ciberataques, criando um ambiente confiável para suas transações financeiras.
Quais são os diferenciais do PagBank na comunicação para captar novos clientes em um mercado tão competitivo?
Nossa forma simples e acessível de nos comunicarmos, que nos possibilita estabelecer uma conexão genuína com os nossos clientes. Por meio de uma linguagem clara e direta, facilitamos a compreensão de produtos e serviços financeiros, gerando melhores experiências. Projetamos a nossa comunicação para causar um impacto real na vida financeira das pessoas e dos negócios, ressaltando nossa capacidade de sermos vistos como parceiros para ajudá-los a alcançar seus objetivos financeiros de forma eficiente.
Qual a importância do marketing de influência e de parcerias estratégicas com outras empresas (startups, varejistas, marketplaces) para o posicionamento e alcance da marca?
O marketing de influência e as parcerias estratégicas são essenciais para fortalecer nosso posicionamento e ampliar o nosso
• 33,2 milhões de clientes
• Alcançou no ano passado o TPV (Total Payment Volume) de R$ 518 bilhões
• 6,3 milhões de comerciantes ativos
• Encerrou 2024 com lucro líquido recorde de R$ 2,3 bi
• Mais de 7 mil funcionários
alcance. Nosso objetivo é construir conexões autênticas e relacionamentos duradouros que impulsionem a prosperidade financeira de nossos clientes. Com um portfólio abrangente de produtos e serviços, que vai desde soluções de pagamento a serviços bancários completos, buscamos colaborações com influenciadores e empresas que compartilham nossos valores. Essas parcerias não apenas reforçam nossa credibilidade, mas também criam oportunidades de negócios que agregam valor real aos clientes, seja no varejo físico ou online.
Em termos de tecnologia, o que o PagBank oferece de melhor em suas maquininhas e transações?
Nossas maquininhas são reconhecidas pela alta segurança, facilidade de uso e garantia de que nossos clientes não perdem nenhuma venda. Somos a "maquininha mais amada do Brasil", proporcionando isenção de taxas de aluguel, recebimento imediato dos pagamentos e acesso a um banco completo e gratuito. Temos também uma conta que rende mais, sem burocracia, e opções de CDBs que ampliam a rentabilidade dos negócios. Nossos cartões são isentos de anuidade e contam com limite aprovado na hora, tornando a experiência financeira dos nossos clientes ainda mais vantajosa.
De que forma o PagBank utiliza as redes sociais e canais digitais para engajar potenciais clientes?
Mantemos uma presença ativa nas redes sociais, promovendo nossos produtos e interagindo de forma próxima e significativa com os clientes. Para fortalecer a confiança e o reconhecimento da marca, trabalhamos com influenciadores digitais que genuinamente recomendam nossos serviços. Essas parcerias vão desde celebridades até afiliados especializados, que se tornam referências no setor e conectam nossas soluções às necessidades do público. E disponibilizamos conteúdos relevantes que ajudam os consumidores a tomar decisões financeiras mais informadas, reforçando nosso compromisso com a educação e a transparência.
LITERATURA
Fotojornalista clicou na intimidade personalidades de diversas áreas, acompanhadas de entrevistas com reflexões sobre o período de isolamento, e lança livro neste mês
POR PAULA CALÇADE
CINCO ANOS SE PASSARAM desde a declaração da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde. Para revisitar esse difícil período, o novo livro do fotojornalista Claudio Gatti, “Reflexões no isolamento: retratos de Claudio Gatti”, traz 53 retratos com depoimentos de personalidades dos negócios, da filantropia e da saúde. A curadoria do projeto é do professor de fotografia João Kulcsár e as entrevistas foram coordenadas e editadas pela jornalista Chantal Brissac.
Os 53 retratos que compõem o livro (50 realizados em 2020/2021 e outros três adicionados mais tarde) são acompanhados de depoimentos, em que os líderes fotografados compartilham como estavam passando pelo momento mais crítico da pandemia e os ensinamentos trazidos pela crise. A lista inclui, entre outros, o então
presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e o presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Claudio Lottenberg, que estavam lidando diretamente com a Covid-19; e líderes sociais como Edu Lyra, fundador do Instituto Gerando Falcões, Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta, e Gilson Rodrigues, fundador do G10 Favelas.
Gatti considera que o lançamento agora, com o marco dos cinco anos do início da pandemia, traz ainda mais significado para as imagens e as reflexões contidas na obra. “Muitas dessas pessoas estavam trabalhando ativamente na linha de frente, na busca por vacina e angariando doações para distribuir em locais vulneráveis”, conta.
Durante a produção do livro, ele buscou seguir todos os protocolos
À esquerda, Estanislau Bassols, presidente da Cielo, com seus filhos na praia, em um retrato que compõe o novo livro. Abaixo, o fotojornalista
Claudio Gatti
sanitários e de distanciamento recomendados à época. Assim, clicou, por exemplo, Juliano Ohta, ex-CEO da Telhanorte, de terno e prancha de surfe dentro da piscina do seu prédio; Luciana Wodzik, diretora da Arezzo, dando banho no filho; Luis Rezende, presidente da Volvo, lavando o chão da cozinha de casa; e Elie Horn, da Cyrela, sem os sapatos em seu escritório na sede da empresa. "Reflexões no isolamento: retratos de Claudio Gatti" Amê Content Comunicação e Editora, 2025 Preço: R$ 120
SAÚDE
A brasileira Cláudia Galvão criou o primeiro tablet do mundo que emite cheiros e hoje é utilizado também para detectar doenças neurodegenerativas
POR VIVIAN MONICCI
NO INÍCIO DOS ANOS 2000, as revistas com “raspa e cheira” em anúncios de perfumes foram uma febre e a engenheira e empreendedora Cláudia Galvão, CEO da startup brasileira Noar Brasil, foi o grande nome por trás da inovação no país, desenvolvendo microcápsulas de aroma para marcas globais como a Avon.
Apesar de ainda ser utilizado pelo mercado de perfumaria, o método caiu em desuso com a realidade digital. Para se adaptar ao novo mercado, Cláudia inovou mais uma vez e investiu no desenvolvimento de um tablet que sai cheiro – o que ela chamou de “cheiro digital”. Em 2020, lançou o MultiScent20, primeiro tablet do mundo capaz de emitir até 20 fragrâncias diferentes de forma individual através de um jato seco, sem partículas, com tecnologia patenteada nos cinco continentes.
Com a pandemia de Covid, a cientista transformou algo que era apenas cosmético em equipamento de saúde, para ajudar nos testes olfativos dos hospitais, que à época eram feitos de forma manual. “Nós pegamos a metodologia de um médico alemão que é o número um do mundo na área de olfato e adaptamos para o nosso tablet”, conta Cláudia, que criou o primeiro teste olfativo digital do mundo, bem como o primeiro banco mundial com dados do olfato.
Hoje, o teste é utilizado também para detectar com antecedência doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Ela afirma ainda que, com os testes, é possível atrasar em um ano a demência, o que representaria uma economia de R$ 3 bilhões por ano na saúde pública. “Nosso objetivo no Brasil é colocar o tablet principalmente na saúde laboral. Além do teste de olfato, teremos a partir de abril o teste de audiometria central, que auxilia no diagnóstico precoce”. O MultiScent20 já é utilizado por alguns hospitais federais e por médicos da área, e pode ser adquirido no site www.noarbrasil.com.br.
A Noar apresenta outros equipamentos, como óculos 4D que exala cheiro e o ZapScent, uma bonequinha que envia cheiro pelo celular por meio de um emoji do seu app de mensagem. Uma grande novidade é o dispositivo MiniScent, que está em desenvolvimento e poderá ser acoplado ao celular para que as pessoas em tratamento façam os testes diariamente.
Ao lado, a cientista Cláudia Galvão; abaixo, MultiScent com tela, óculos 4D e bonequinha do ZapScent
TURISMO
Safari nas águas, parque repleto de aves, as grandiosas Cataratas e resort com atrações para todas as idades fazem de Foz do Iguaçu uma viagem inesquecível
POR RAFAEL OLIVER
A IMPONENTE NATUREZA SE ENCONTRA com acolhimento, conforto e aventura em Foz do Iguaçu, no Paraná. Conhecida mundialmente pelas imponentes Cataratas do Iguaçu – um conjunto de aproximadamente 275 quedas de água –, na fronteira entre Argentina e Brasil, a cidade conquista visitantes com atrações turísticas diversificadas e hotelaria para toda a família.
O Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort se destaca como uma opção de hospedagem que une sustentabilidade e lazer em meio à exuberante Mata Atlântica. Localizado a apenas 12 km das Cataratas e a 10 km do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, o resort ocupa uma área total de 245 mil metros quadrados, oferecendo uma estrutura completa
para passeio e negócios.
O local conta com trilhas ecológicas que permitem explorar a biodiversidade local e apreciar a beleza natural com segurança e conforto. Por ali, uma horta orgânica abastece os restaurantes do resort com ingredientes frescos, possibilitando refeições saudáveis e saborosas. E as piscinas ao ar livre e climatizadas são ideais para aproveitar o sol e o clima da região durante todo o ano.
O lazer esportivo também está garantido, com quadras esportivas para tênis, vôlei e futebol, além de playgrounds ao ar livre e o inovador Fun Place – uma área completa de entretenimento com boliche, sinuca, mesas de jogos e equipamentos eletrônicos modernos. Para as crianças,
há uma área exclusiva em parceria com a Mauricio de Sousa Produções, que disponibiliza suítes e espaços temáticos decorados com os personagens mais queridos da Turma da Mônica.
Para quem busca relaxamento e renovação das energias, o Mandí Spa dispõe de tratamentos terapêuticos diversos, incluindo massagens relaxantes e revigorantes, sessões aromáticas, tratamentos faciais e corporais, e rituais especiais de bem-estar. Os ambientes do spa são projetados com materiais naturais e proporcionam uma sensação de paz e harmonia – intensificada pela vista exuberante da mata ao redor.
Entre as experiências gastronômicas do Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, o restaurante
Vezzoso Cucina surpreende com eventos ousados, como a proposta “Sabores da Itália – Noite Especial com Trufas”, comandada pelo chef Salvatore Loi. O menu inclui opções como o Carpaccio di Tonno com mussarela de búfala e trufas negras ou o Uovo Pochè servido com fonduta de queijo grana padano e trufas negras. As sobremesas, como o milfolhas caramelizado com zabaione ao vinho Marsala e o Crema di Cioccolato, encerram a noite.
Passeios imersivos
Ao adentrar o Parque Nacional do Iguaçu, classificado como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, o viajante é recebido pelo som marcante
das águas que caem sem cessar. Do Espaço Naipi Superior, uma vista panorâmica mostra a imensidão do local e prepara a todos para a aproximação com a famosa Garganta do Diabo – uma queda de 80 metros que impressiona por sua magnitude e beleza. Os elevadores panorâmicos facilitam o acesso até a passarela que leva diretamente ao coração das Cataratas, proporcionando uma imersão inesquecível e que dá a dimensão da força das águas.
E o Macuco Safari oferece um passeio radical de bote motorizado, que atravessa as correntezas do Rio Iguaçu até a base das quedas e garante adrenalina e contato direto com a natureza para os mais aventureiros. Outra atração imperdível em Foz é o Parque das Aves,
um dos maiores centros de conservação de aves da América Latina. Situado em uma área de 16,5 hectares de Mata Atlântica preservada, o parque abriga mais de 1.500 animais de 140 espécies diferentes, incluindo aves, répteis e mamíferos.
Para completar a viagem, a cidade surpreende ainda com atrações que vão desde visitas culturais ao Marco das Três Fronteiras, passando pela contemplação tranquila no Templo Budista Chen Tien até experiências de compras no moderno centro comercial local.
Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort
Avenida das Cataratas, 2.345
Vila Yolanda, Foz do Iguaçu (PR) Diárias a partir de R$ 700.
Em sentido horário, Macuco Safari, Templo Budista Chen Tien, acomodações em parceria com a Mauricio de Sousa Produções e piscina do Bourbon Cataratas do Iguaçu
Representante autêntico das viagens que misturam trabalho e lazer, o Panamá estimula o turismo prolongado para além das conexões aéreas, oferecendo gastronomia, história e natureza preservada em um mesmo passeio
UM DOS PRINCIPAIS CENTROS FINANCEIROS da América Latina, a Cidade do Panamá equilibra sua faceta moderna e corporativa com uma rica oferta cultural, histórica e natural, criando uma experiência singular para visitantes de todos os perfis. A metrópole impressiona pela infraestrutura de ponta, prédios imponentes e arranha-céus que dominam o skyline, enquanto preserva seu patrimônio e suas tradições locais.
Os viajantes podem alternar entre ambientes executivos sofisticados e espaços de lazer. Entre reuniões e eventos corporativos, há inúmeras oportunidades para descobrir regiões históricas, museus inovadores, parques urbanos e muita
natureza. Essa combinação faz da cidade um destino versátil, onde negócios, cultura e entretenimento caminham lado a lado.
O ponto de partida para entender a história do Panamá é o conjunto monumental de Panamá Viejo. Fundada em 1519 pelos espanhóis, essa foi a primeira cidade europeia no litoral do Pacífico americano. Inicialmente estabelecida como um centro estratégico para o comércio de ouro e prata, Panamá Viejo floresceu rapidamente, tornando-se uma das cidades mais ricas das Américas. Porém, em 1671, foi atacada e destruída pelo famoso pirata Henry Morgan – um evento que mudou muito o rumo da região.
Na outra página, arranha-céus da Cidade do Panamá; à esqueda, Panamá Viejo. Abaixo, Torre da Catedral de Nuestra Señora de la Asunción e maquete do Museu Plaza Samuel Lewis Gárcia de Paredes
Hoje, suas ruínas formam uma visão única do passado colonial. É possível passear entre vestígios impressionantes de igrejas, conventos, casas nobres e fortalezas, que permanecem como testemunhas silenciosas de séculos de história. O local inclui marcos notáveis, como a emblemática Torre da Catedral de Nuestra Señora de la Asunción, um dos símbolos mais reconhecidos da cidade antiga.
Próximo às ruínas, o Museu Plaza Mayor Samuel Lewis García de Paredes também proporciona uma experiência enriquecedora. Suas duas salas expõem artefatos arqueológicos que revelam detalhes fascinantes da vida cotidiana dos primeiros habitantes indígenas e da colonização espanhola. Uma maquete da cidade original ajuda a visualizar sua antiga extensão, enquanto as varandas revelam vistas panorâmicas das ruínas e da vegetação ao redor.
Outro destaque que valoriza a flora regional é o Biomuseo, na icônica Calzada de Amador. Projetado pelo renomado arquiteto Frank Gehry, conhecido pelo Museu Guggenheim em Bilbao, na Espanha, o lugar chama a atenção pela arquitetura inovadora e colorida, que reflete a diversidade natural do país. Suas exposições interativas mostram como o surgimento do istmo
De cima para baixo, Biomuseo visto de cima, Calzada de Amador e Cerro Ancón, atrações da capital do país caribenho
do Panamá (porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra) conectou as Américas e impulsionou uma explosão de biodiversidade.
Por ali, a Calzada de Amador foi construída utilizando rochas retiradas durante a escavação do Canal do Panamá. Atualmente, é uma das áreas mais procuradas por quem deseja lazer e belas paisagens. Com uma estrutura que conecta a cidade às ilhas Naos, Perico e Flamenco, é um espaço para caminhadas, ciclismo ou simplesmente para contemplar o skyline urbano e o intenso movimento dos navios que atravessam o famoso canal.
Cerro Ancón também impressiona pela magnitude. Esse monte é um santuário ecológico que possibilita vistas panorâmicas deslumbrantes da cidade, do Canal do Panamá e até da Ponte das Américas. Durante uma caminhada pelas trilhas do Cerro Ancón, é comum encontrar espécies locais, como tucanos, preguiças e macacos.
Localizado no elegante bairro de Punta Pacífica, o JW Marriott Panama combina luxo e comodidade em um cenário privilegiado. Com 320 acomodações, o hotel é conhecido por disponibilizar as maiores e mais bem equipadas habitações da cidade, que apresentam amplas varandas privativas.
Dentro das acomodações, detalhes garantem conforto e praticidade, como as modernas estações de trabalho. O local é ainda um verdadeiro destaque gastronômico. No restaurante Masi, os hóspedes encontram uma cozinha inspirada pela relação entre o mar e o fogo, com pratos preparados com ingredientes frescos. Já o Azul é o espaço ideal para aproveitar um dia relaxante à beira da piscina, saboreando coquetéis refrescantes.
Para reuniões corporativas e eventos, o hotel oferece também espaços versáteis e elegantes, totalizando mais de 1.500 metros quadrados destinados a eventos e encontros, além de áreas externas exclusivas – como o Tejas Banquet Hall & Terrace, com capacidade para até 70 convidados.
E no distrito financeiro da Cidade do Panamá, o W Panama mescla luxo contemporâneo e cultura local. Situado em um edifício original, o hotel une música, moda e design de maneira singular, criando uma atmosfera animada. Cada um dos 203 quartos e suítes possui design contemporâneo que celebra a cultura panamenha por meio de detalhes, como os almofadões decorativos inspirados nas famosas molas – peças tradicionais confeccionadas por comunidades indígenas locais – e as luminárias que evocam as canastas artesanais (cestas) da selva tropical.
O W Panama também é reconhecido pela inovação e excelência nos serviços oferecidos. O lugar garante atendimento personalizado a qualquer hora do dia ou da noite, realizando desde
desejos simples, como drinks especiais, até experiências completas pela cidade. Para os momentos de descanso e lazer, o Wet Deck, no 15º andar, é um verdadeiro refúgio urbano com uma piscina, lounge, música comandada por DJs e cabanas privativas. O La Cajita Bar chama a atenção, inspirado no conceito "food truck" e na chegada dos norte-americanos ao Panamá durante a construção do canal.
Seja para uma viagem a negócios, um encontro com a rica história da América Central, uma aventura pelas maravilhas naturais ou simplesmente para desfrutar do melhor em hotelaria, a Cidade do Panamá mostra que é possível oferecer tudo ao mesmo e revela que é mais que uma parada estratégica.
O Casco Antiguo, fundado em 1673 após a destruição de Panamá Viejo, é um bairro que encanta pela sua arquitetura preservada e ambiente boêmio. Declarado Patrimônio Mundial da Unesco, o lugar mescla estilos arquitetônicos coloniais espanhóis, art déco e neoclássico, refletindo diferentes épocas e influências culturais. Cafés charmosos, galerias de arte contemporânea e restaurantes premiados oferecem opções variadas, enquanto igrejas históricas e praças tranquilas permitem uma pausa.
Quem passa pelo bairro tem a chance também de conhecer o Fonda Lo Que Hay, um restaurante que celebra a riqueza da culinária panamenha com um toque contemporâneo. O chef José Olmedo Carles Rojas transforma pratos tradicionais em criações sofisticadas, utilizando ingredientes frescos. O ambiente é descontraído e moderno, com design industrial e cozinha aberta. O menu é sazonal e uma das especialidades é a mandioca tostada com carpaccio de atum e ceviche de cebola. O restaurante não aceita reservas, é recomendável chegar cedo para evitar as filas!
Após a liberação da pista que ficou com sua operação limitada a aviões pequenos durante todo o verão 2024/2025, o aeroporto do arquipélago finalmente volta a receber as aeronaves de maior porte das principais companhias nacionais, inclusive voos oriundos de São Paulo (Guarulhos)
Depois de um longo período de obras no aeroporto de Fernando de Noronha, os aviões a jato voltaram a pousar no paradisíaco arquipélago. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) liberou o retorno das operações desse tipo de aeronave em meados de março, coincidentemente na semana em que a VoePass foi obrigada a suspender suas atividades por desrespeito a regras básicas de segurança — a companhia mantinha voos entre as ilhas e o continente com seus turboélices ATR.
Depois de uma série de atrasos, os trabalhos de recapeamento na pista começaram em setembro de 2024, com previsão de conclusão em 60 dias e orçamento de R$ 60 milhões. Mas só terminaram agora, depois do final da alta temporada de verão.
Agora em abril, a Latam oferece quatro voos semanais na rota Recife-Noronha (às segundas, quintas, sextas e domingos), com aeronaves Airbus A320. A partir de maio, terá também cinco voos semanais (às segundas,
quartas, quintas, sextas e domingos) entre Guarulhos e Noronha, com aeronaves Airbus A319, que partem de São Paulo sempre às 7h40 e chegam ao paraíso nordestino às 13h15 no horário local (o percurso demora ‘apenas’ 3h50, mas há uma hora de diferença de fuso).
A Azul retoma seus voos ligando Recife a Noronha no dia 7 de maio, com 18 frequências semanais, operadas por jatos Embraer 195E2. No final de 2025, com o início da alta temporada de verão, a companhia planeja colocar em operação voos ligando Campinas (Viracopos) e Belo Horizonte (Confins) ao terminal da ilha, o Aeroporto Governador Carlos Wilson.
A Gol, por sua vez, já começou este mês operando voos diários de Recife à ilha e de Guarulhos, sem escalas, até o arquipélago pernambucano. Os Boeings 737 Max da companhia saem de São Paulo às 8h40 e chegam à ilha às 14h45. Do Recife, os voos partem às 12h30, com chegada a Fernando de Noronha também às 14h45.
A partir do dia 9 de junho, a Azul terá voos ligando Viracopos ao aeroporto de Barajas, em Madri. Inicialmente serão quatro voos semanais operados por aeronaves Airbus A330neo, às segundas, quartas, sextas e sábados. O voo sai de Campinas às 20h30 e chega na Espanha às 11h30. No sentido inverso, o avião decola de Madri às 16h20 das terças, quintas, sábados e domingos. A partir de julho, a rota também terá saídas de Viracopos às terças.
A companhia aérea de ultrabaixo custo JetSmart estreia no dia 9 de maio seus voos ligando o Rio de Janeiro a Mendoza, na Argentina. A nova rota terá duas operações por semana, às sextas e domingos, partindo do Galeão às 13h20 e chegando ao Aeroporto Internacional El Plumerillo (MDZ) às 17h47. A cidade de Mendoza, aos pés da Cordilheira dos Andes, é a “capital” dos vinhos argentinos. No lançamento, a empresa ofereceu passagens a R$ 582 por trecho (incluindo taxas e impostos).
A entrega do People Mover de Guarulhos, Aeromóvel que ligará os três terminais do aeroporto com a estação da Linha 13-Jade da CPTM, foi adiada mais uma vez. O projeto inicial era de ter o sistema de trens operando em 2024, e a última promessa era que, até março, o monotrilho já estaria recebendo passageiros. A nova previsão é colocar em operação plena em meados do segundo semestre deste ano ou, na pior das hipóteses, antes do final de 2025.
Posh Club apresenta festas icônicas na Páscoa com DJs internacionais e ambientes memoráveis, que já são marcas do famoso club
DESTINOS QUE COMBINAM GRANDES EVENTOS com experiências únicas estão cada vez mais em alta. Florianópolis, além das belas praias e da cena gastronômica de alto padrão, oferece entretenimento premium para quem deseja algo a mais na vida noturna vibrante. Por lá, a Posh Club, em Jurerê Internacional, é referência no assunto e promove festas memoráveis no Brasil e no exterior.
No feriado prolongado de Páscoa, de 17 a 20 de abril, a Posh Club presenteia o público com uma programação especial que inclui nomes internacionais de peso da cena eletrônica. A temporada começa na quinta-feira (17/4), com um dos maiores “hitmakers” da house music mundial: o DJ italiano Alex Gaudino, das músicas “Destination Calabria”, “Watch Out", “I Luv U" e “I'm In Love". A noite conta ainda com apresentações dos DJs brasileiros Alaikke & Vykk e Diego Druck.
Na sexta (18/4), a Posh recebe a tradicional festa Golden Bunny e promete surpreender com uma superprodução e atmosfera única. Segue no sábado (19/4), com mais uma atração internacional: o francês Nico
de Andrea que, com mais de 20 anos de experiência, é considerado um pilar na música eletrônica. Ostentando um som característico que mistura pop emocional e melancólico com ritmos afro house e techno, já assinou colaborações com nomes como BLOND:ISH, THEMBA, LP Giobbi e Moojo. Também se apresentam os DJ brasileiros Gutto Serta, produtor e DJ radicado em Berlim, e Cris Hoefling & Moser.
A temporada de Páscoa da Posh Club se encerra no domingo (20/4) com o duo norte-americano Peace Control, que estourou em 2024 com o remix de “Peru”, do Fireboy DML, ganhando reconhecimento e consolidando seu lugar na dance music. A noite ganha ainda um set especial dos brasileiros Moser e Diego Druck, que fecham a programação.
Temporada de Páscoa - Posh Club
Rod. Jornalista Maurício Sirotski Sobrinho, 1.050Jurerê Internacional, Florianópolis. Ingressos em www.blueticket.com.br
Infusões e chás preparados com ervas "integrais" geram experiências sensoriais melhores que a dos sachês
O mercado de chá no Brasil tem demonstrado um crescimento significativo nos últimos anos, refletindo a busca por opções mais saudáveis e por uma experiência sensorial diferenciada. Nos últimos anos, o consumo de chá por aqui aumentou mais que a média mundial. Esse crescimento expressivo sinaliza uma mudança de hábitos e uma maior valorização das propriedades benéficas da bebida. Em 2025, algumas tendências prometem consolidar ainda mais essa expansão e transformar a maneira como os brasileiros consomem chá.
Uma das tendências é a preferência por chás a granel e acessórios como infusores de aço inox. Os chás a granel possuem uma qualidade muito superior quando comparados ao pó que vem em sachês do mercado. E cada vez mais o consumidor está de olho na qualidade do que ingere. Outro fenômeno que tem se destacado é o fortalecimento das experiências que nos convidam a viver o momento presente. O ato de preparar e degustar um chá propicia uma pausa no meio da correria, podendo ser feito como uma prática de mindfulness. Essa preocupação com a saúde física e mental tem impulsionado o
consumo de chás. Após a pandemia, a demanda por bebidas que auxiliam no equilíbrio do corpo e da mente aumentou consideravelmente. Chás que são ricos em propriedades como auxílio na digestão, relaxamento e fortalecimento da imunidade estão entre os mais procurados. E sabemos que o hábito só será mantido se for um momento prazeroso. Na Talchá, os chás são, acima de tudo, saborosos e gostosos.
Ingredientes inovadores, como a Clitoria ternatea, que resulta em um liquor de cor azul vibrante, torna o consumo da bebida uma experiência que aguça diferentes sentidos, incluindo a visão. A busca por sabores únicos e combinações inusitadas atraem um público curioso e aberto para explorar novas sensações ao degustar um chá.
No Brasil, o chá gelado também
POR Mariana Schvartsman
À esquerda, loja da Talchá, no shopping Pátio Higienópolis. Acima, chás a granel da marca
tem conquistado mais adeptos. Com um clima predominantemente tropical, a popularização dessa versão refrescante da bebida tem sido impulsionada pelo aumento do conhecimento sobre seu preparo e pela procura por alternativas saudáveis às bebidas industrializadas. Diante dessas mudanças, marcas especializadas têm investido em lançamentos que atendam às novas demandas do consumidor. A Talchá, por exemplo, trouxe ao mercado o Vapt Vupt Glass – um infusor prático feito de vidro borossilicato, ideal para quem busca praticidade e sustentabilidade no dia a dia. Além disso, lançamos novos sabores de blends. Destaque para a infusão “Relaxa”, lançada em collab com a Chef Renata Vanzetto, que leva capim-limão, maçã, casca de laranja, cenoura, murta limão e folhas de amora doce.
MARIANA SCHVARTSMAN é sócia-fundadora da Talchá, marca especializada em chás e acessórios no Brasil.
Argentinos anunciam os novos cortes que devem desbancar os atuais preferidos das parrillas tanto em terras vizinhas como também no Brasil
O churrasco é a preferência absoluta dos brasileiros e até poucos anos atrás apenas existiam dois tipos de restaurantes para atender essa demanda, os rodízios gaúchos, como Fogo de Chão, e as steak houses chiques, a exemplo do Rubayat. E mais, a joia da coroa era a picanha, que reinou absoluta por muito tempo, apesar desse corte chamado de “coleta de quadril” na Argentina nunca ter feito parte dos mais pedidos por lá. E vamos combinar que os argentinos sabem bem sobre a qualidade da carne e o jeito correto de assar. Tanto é que vimos São Paulo assumindo essa reverência ao “savoir faire” dos nossos hermanos e destacando os cortes considerados melhores em Buenos Aires. Basta dizer que a palavra
georgeshenrifoz@gmail.com
POR
Georges Henri Foz
À esquerda, a Entraña, do restaurante Parrillada Fuego Celeste; acima, localização de Ceja em relação ao Ojo de Bife
"parrilla" substituiu a churrascaria, pelo menos na capital paulista. “Parrilla” significa churrasqueira na Argentina e a diferença com a nossa grelha é que ela é inclinada, com canaletas que recuperam o sangue das carnes para regar os cortes e deixá-los mais suculentos. Essa mudança fez com que cortes antes tidos por aqui como “de segunda” passassem a ser percebidos como “de primeira”. Para ajudar a quebrar o preconceito, o nome de cada um foi substituído pelo original na Argentina. É o caso do “bife de chorizo”, antes conhecido como contrafilé, do “vazio” antes fraldinha, do “assado de tira” antes costela e do “ojo de bife”, vulgo miolo de alcatra no Brasil. Um dos templos das parrillas em
GEORGES HENRI FOZ é publicitário, restaurateur e empresário franco-brasileiro.
Buenos Aires, o Mago, no bairro de Belgrano, apresentou os dois cortes que devem se estabelecer como as novas tendências das parrillas. O primeiro, já conhecido por lá e que está disponível em algumas parrillas em São Paulo, é a entraña (aqui entranha). O segredo é a maciez desse corte (é o diafragma do boi), que é excepcional porque é uma parte do animal que nunca se estressa. Em alguns restaurantes é cortada na mesa apenas com uma colher. Esse corte é muito apreciado também na França, onde é conhecido como “onglet”.
Outra novidade se chama “la ceja de ojo de bife”. Ceja significa sobrancelha e é um pequeno corte de não mais de 300 gramas situado logo acima do “ojo de bife”, que se traduz como o olho da carne. Por isso a sobrancelha (la ceja), que fica acima do olho, aqui corresponde ao miolo da alcatra. O custo da ceja e da entranha é superior ao dos outros cortes, mas ganhou o paladar do público na Argentina.
Por pura ironia o único lugar de São Paulo onde encontrei a ceja foi em uma parrilla uruguaia, o Fuego Celeste. Mas a entranha já consta em vários cardápios de parrillas paulistanas. Que desfruten!
O artivista Mundano faz da cidade sua tela de expressão
Fundador da ONG Pimp My Carroça e do app Cataki, destinados aos profissionais da reciclagem, Mundano também cria potentes obras de denúncia com tintas feitas a partir de resíduos de crimes ambientais, como lama tóxica, cinzas de queimadas e óleo derramado nas praias.
O que o motivou a criar a ONG Pimp My Carroça?
Foi com um grafite numa carroça que tudo começou em 2007. Nas minhas andanças por São Paulo, onde nasci, comecei a pintar as carroças de catadores e catadoras com mensagens bacanas, a ideia era dar visibilidade a quem faz esse trabalho essencial para poupar recursos naturais cada vez mais escassos. Em 2012, a ONG foi criada e desde então fazemos não só reformas e personalização das carroças por grafiteiros,
em todo o Brasil, mas também programas voltados para a educação, saúde, assistência social e empreendedorismo.
E o aplicativo Cataki?
Aprendo muito com os catadores, e vi que faltava conexão entre eles e quem quer reciclar, mas não sabe como. Fizemos uma plataforma na qual todo recurso gerado é reinvestido para que eles tenham mais renda, uma solução que os inclui no sistema de logística reversa em mais de 500 cidades do país.
Qual é a importância do artivismo para você?
Assim como o trabalho do Pimp My Carroça ajuda a dar reconhecimento e remuneração justa para catadores, o artivismo tem o papel de alertar sobre questões sociais e ambientais, como a crise climática emergencial que a gente vive.
Mundano ao lado de sua obra que homenageia o professor e ativista indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, que denunciava a extração de madeira ilegal e foi assassinado em 2020
Como é o seu projeto com tintas feitas de cinzas e outros resíduos de crimes ambientais?
Em 2020, usei cinzas coletadas das queimadas de quatro biomas brasileiros (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Cerrado) para fazer o meu maior trabalho, “O Brigadista”, um mural de mais de 1000 m2 em homenagem aos brigadistas das florestas. É uma releitura da obra “O Lavrador de Café”, de Cândido Portinari.
Quais são suas expectativas sobre a COP 30 em Belém?
Nós já abrigamos a ECO-92, a Rio+20, e agora a COP 30. É essencial que o Brasil, que tem um papel estratégico no mundo, consiga liderar pelo exemplo e não na mesma falácia que acontece no norte global. O Sul Global é o mais impactado, e chegou a hora de pagar a conta. Nessa hora todos os grandes emissores estão fugindo: Estados Unidos, Europa, China. Quem vai fazer o pix? Meu questionamento é que eles gastam mais em guerra do que em formas da gente sobreviver aqui na Terra.
Como vê as novas gerações? Elas serão mais ativas e engajadas?
Estou com as novas gerações, que estão pedindo para parar de destruir o futuro delas! Essa galera tem que tomar a liderança. São os jovens, as comunidades tradicionais, os indígenas. Na COP 30, a arte e o ativismo vão fazer seu papel, e acontecerá uma das marchas globais mais potentes pelo clima. Com certeza, estarei em Belém fazendo parte disso com os jovens.
À esquerda, petisco "O início", campeão da edição 2024, do Bar Peixaria Divina Providência, no Rio de Janeiro. Abaixo, os vencedores
Tradicional concurso Comida di Buteco completa um quarto de século e inicia mais uma edição que promete fazer história
NO ANO 2000, BELO HORIZONTE presenciava o nascimento de um concurso dedicado ao resgate dos “butecos” familiares e da cozinha de verdade, que foi um verdadeiro marco para esse segmento gastronômico em todo o país. Hoje, o Comida di Buteco está totalmente estabelecido, com 27 circuitos abrangendo cerca de 50 municípios de norte a sul, em todas as regiões.
Ao longo de mais de duas décadas de história, a competição acumulou números impressionantes: foram cerca de 10 milhões de votos, quase 5 milhões de visitantes, mais de 10 mil butecos participantes e mais de R$ 2,5 bilhões de impacto na cadeia produtiva. A edição de 2024 bateu os recordes de 150 mil turistas presentes nos circuitos e mais de 13 mil empregos gerados. O grande campeão nacional foi o Bar Peixaria Divina Providência, do Rio de Janeiro, com o petisco “O Início” – um bolinho de moqueca com bacalhau, acompanhado de um pesto de azeitona preta.
Este ano, o Comida di Buteco tem um gostinho
ainda mais saboroso, pois tem como tema os 25 anos do concurso. De 11 de abril a 11 de maio, o público é convidado a participar dessa grande eleição nacional envolvendo mais de 1.100 estabelecimentos. Na dinâmica, público e jurados visitam os restaurantes dando notas de 1 a 10 em atendimento, temperatura da bebida, higiene e petisco – sendo que o prato tem 70% do peso da nota e as demais categorias 10% cada uma.
Depois de eleitos os vencedores de cada circuito, um outro corpo de jurados visita e avalia os campeões para que seja eleito o melhor buteco do Brasil. Em julho, em uma festa realizada em São Paulo, será revelado o campeão nacional. Vale destacar que o concurso é 100% viabilizado apor meio do patrocínio de empresas que apostam nos resultados, na conexão das marcas com os consumidores e na transformação de vidas dos pequenos negócios familiares.
www.comidadibuteco.com.br
COM UMA CARREIRA CONSOLIDADA NO CINEMA, RODRIGO SANTORO CELEBRA O BOM MOMENTO DO BRASIL
NA TELONA E BRILHA EM “O ÚLTIMO AZUL”, VENCEDOR DO URSO DE PRATA NO FESTIVAL DE BERLIM
POR JANAINA PEREIRA
QUANDO ENCANTAVA EM NOVELAS como “Pátria Minha” (1994) e “Explode
Coração” (1995), Rodrigo Santoro era uma estrela da TV em ascensão. Mas o cinema surgiu em seu caminho, ele aproveitou as oportunidades e se tornou referência nacional quando o assunto é a sétima arte. No Festival de Berlim, realizado em fevereiro, apresentou seu novo filme, “O Último Azul”.
O longa dirigido por Gabriel Mascaro ganhou o Urso de Prata Grande Prêmio do Júri, a segunda premiação mais importante do evento.
Berlim forma, ao lado de Cannes e Veneza, a trinca poderosa de festivais internacionais de cinema. Foi lá que “Central do Brasil”, de Walter Salles, e “Tropa de Elite”, de José Padilha, despontaram para o mundo. Uma semana após a premiação na cidade alemã, o Brasil conquistava seu primeiro Oscar, de filme internacional, com “Ainda Estou Aqui”, de Salles. Santoro vibra com o momento do cinema brasileiro.
“O que mais me comoveu foi a volta do público brasileiro [ao cinema] que, para mim, é o movimento mais importante. O interesse do brasileiro pelas produções nacionais, uma safra de filmes interessantes, que fizeram boas bilheterias, essa relação foi o que mais me emocionou”, conta Rodrigo Santoro em entrevista exclusiva à 29HORAS.
Ele, que trabalhou com Walter Salles em “Abril Despedaçado” (2001), fica surpreso ao descobrir que uma geração que não viu o Brasil ser campeão na Copa do Mundo de futebol [o último título foi em 2002], viu o país ganhar o Oscar. “Isso é muito bonito. Uma geração que vai ver o cinema de forma diferente! Temos que honrar. Temos que falar das nossas questões, das nossas histórias, buscar o nosso espectador. Incentivar os brasileiros para que continuem indo às salas, prestigiando as produções nacionais. E o mundo é consequência.”
Rodrigo explica como foi a experiência no Festival de Berlim: “Estive em Berlim com a première mundial de ‘300’. Mas a experiência em competição é bem específica, você faz parte de um grupo seleto, tem encontros com imprensa especializada, jantares. Fomos bem recebidos. Não sei se porque o filme era brasileiro, mas já tinha um acolhimento e simpatia. E quando estreou foi incrível. A crítica nos colocou como o melhor filme do Festival. E a gente não faz filme para ganhar prêmio. Nunca fico ali esperando [o prêmio].”
Ele mesmo assistiu “O Último Azul” pela primeira vez em Berlim, com o público, e após a sessão oficial uma senhora que estava na plateia o abordou. “Ela agradeceu e disse que era ela no filme! Ela sentia um êxtase de ter se visto pela primeira vez [na tela]. Isso é o que me ganha. É para isso que a gente faz filme, para gerar reflexão. Entreter sim, mas quando passa disso... parece que o filme está conversando com as pessoas.”
Protagonizado por Denise Weinberg, com Santoro, Adanilo e a atriz cubana Miriam Socarrás no elenco, “O Último Azul” é ambientado na Amazônia, em um Brasil quase distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional em que vão “desfrutar” seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza (Denise), de
77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo.
“O trabalho da Denise é gigante. Não só dela, da Miriam e do Adanilo também. Naturalmente estamos discutindo o etarismo, mas vai além, fala sobre o direito de viver e de sonhar, e como a sociedade olha os idosos. Normalmente não existe um olhar procurando a vitalidade, o desejo, a vontade. Mas, se você der sorte, você fica idoso, se sua vida não acabar antes. É um processo natural. Querem frear o envelhecimento, mas devemos envelhecer melhor, porque envelhecer faz parte da vida. Brigar com isso não me parece a coisa mais sábia”, reflete.
E o ator ressalta que o trabalho do cineasta Gabriel Mascaro sempre chamou sua atenção. “Quando assisti ‘Boi Neon’, primeiro filme do Gabriel, pensei ‘Nossa, que filmaço!’ Aí um amigo em comum disse que eu precisava conhecer
o Gabriel. E sempre tive interesse no cinema independente brasileiro. Desde ‘Bicho de Sete Cabeças’ (2000), que foi onde minha história começou. Porque mais independente do que ‘Bicho’ e [a diretora] Laís Bodansky em uma época que nem tinha cinema no Brasil... é o meu DNA, a minha formação, quando começo a me entender como artista.”
Em “O Último Azul”, Cadu, personagem de Rodrigo Santoro, é o dono do barco que leva Tereza por uma viagem pela Amazônia. “Cadu é um olhar na contramão do que a gente está acostumado a ver da figura do masculino. Ele tem o coração partido. Ele não está com o amor dele, vive no barco, que é um símbolo de liberdade. Mas o barco é a prisão dele, está ali sofrendo, e enxerga que precisa ceder ao que sente. É um homem que fala ‘preciso seguir meu coração’. Foi um presente, afetivo, sensível e só agradeço.”
Conhecido por “mergulhar” nos personagens e se transformar para os papéis, Santoro fez uma preparação especial na Amazônia. “Fui uma semana antes das filmagens para fazer o laboratório. Saí com seu Zé, com quem aprendi o manejo do barco, e quis ver o que ele fazia. A gente ia filmar nos igarapés, e fiquei um dia inteiro lá, mas o tempo não passava e a urbanização começou a gritar. Foi quando entendi que precisava entrar naquele ritmo. Passei a observar seu Zé, entrar na calma dele, na escuta, nos sons dos pássaros. Tive a oportunidade de fazer a imersão na Amazônia com um olhar menos estrangeiro, mergulhando e ficando perto do povo ribeirinho. Foi uma viagem transformadora e inesquecível”, revela o ator, acrescentando que, depois das filmagens, passou mais 15 dias na Amazônia com a esposa, a filha e um casal de amigos.
“Fala-se muito da Amazônia, mas, quando eu ia falar, sentia que não conhecia. Agora quando penso, tenho tanta memória no meu corpo e na minha mente... entendo a importância real e a majestade daquele lugar.”
Nascido em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, Santoro queria ser médico, mas desistiu ainda na adolescência e foi cursar Comunicação Social na PUC. Fez comerciais de TV e, para as novelas, foi um pulo. Cinema? Não, ele queria fazer minissérie. “Venho da época que a gente não tinha cinema. Veio a retomada com ‘Carlota Joaquina’ (1995), mas a gente não sonhava. Eu fazia as novelas, cada vez conquistando uma personagem mais interessante, mas queria fazer uma minissérie. E aí veio ‘Hilda Furacão’ (1998).”
Foi na minissérie que viveu o Frei Malthus e contracenou com Paulo Autran. O veterano ator o indicou para Laís Bodansky, que procurava um protagonista para o longa “Bicho de Sete Cabeças”. “A Laís mandou o roteiro para o Paulo Autran, para fazer o pai do personagem principal. Ele achou que não tinha idade para o papel, mas disse para ela olhar o menino que contracenava com ele em ‘Hilda’. Ela me viu, marcou um encontro, li o roteiro e
a gente se conectou. Depois, pelo que ela me contou, o Waltinho viu o ‘Bicho de Sete Cabeças’ ainda sendo montado e me chamou para um teste. As filmagens tinham acabado e eu estava na Califórnia, realizando meu sonho de surfar lá. Achei que era trote. Mas voltei, fiz o teste e aí veio ‘Abril Despedaçado’. Depois disso nunca mais parei.”
Da travesti Lady Di de “Carandiru” (2003), de Hector Babenco, ao vilão Jerônimo de “Bom dia, Verônica” (2024), passando por produções hollywoodianas como “Che” (2008), de Steven Soderberg, ele coleciona papéis marcantes. “Uma coisa levou a outra. Foi sempre assim comigo. Por isso foco em fazer o melhor com o que está na minha frente. No momento que escolho, tudo que tenho é isso aqui. Estou sempre recomeçando. Tem a experiência, claro, mas toda vez é a mesma sensação, começando do zero, com frio na barriga.”
De todos os trabalhos, uma lembrança especial: contracenar com a inglesa Helen Mirren (vencedora do Oscar por “A Rainha”) e a americana Anne Bancrofort (a Mrs. Robinson de
Em sentido horário, com Lais Bodansky, em 'Bicho de Sete Cabeças'(2000); com Walter Salles, em 'Abril Despedaçado' (2001); com Hector Babenco, em 'Carandiru' (2003); e com Zack Snyder, em '300' (2006)
“A Primeira Noite de um Homem”) em seu primeiro filme em inglês, “Em Roma na Primavera” (2003). “Elas foram incríveis comigo. Na minha experiência os grandes são assim, não precisam provar nada para ninguém.”
Leonino, Rodrigo Santoro faz 50 anos em agosto. Casado com a atriz Mel Fronckowiak e pai de Nina, de 7 anos, e Cora, de 7 meses, revela que ser pai é o papel mais profundo de sua vida. “É diário, não tem ensaio. Mas é maravilhoso. Você passa a estar na órbita de alguém, não é mais o centro. Não é sobre você. É sobre dar o amor, amar incondicionalmente, e não tem esforço nisso, acontece.”
Com a paternidade, vieram filmes como “A Turma da Mônica” — em que interpreta o Louco, seu personagem favorito dos quadrinhos — e a dublagem
de “A Arca de Noé”, que considera um dos seus projetos mais emocionantes. “Sou cinéfilo desde criança. E gostava de ver desenho animado, eu baixava o volume da televisão e ficava dublando. Tenho o vinil de ‘A Arca de Noé’, ganhei dos meus pais. A música ‘Menininha’ me marcou na infância. Quando veio a ‘Arca’, é uma das músicas que canto. E, tirando no violão com a Nina, olhei para ela e entendi. Fiquei emocionado, agora como pai. Esse foi um trabalho que ultrapassou a técnica, mexeu comigo, com a minha infância, e a minha paternidade.”
Além de “O Último Azul”, Rodrigo lança este ano “O Filho de Mil Homens”, de Daniel Rezende, e “Corrida dos Bichos”, de Fernando Meirelles e Ernesto Solis. E já está de olho em novos projetos. “Estou começando a olhar as coisas fora de novo, mas o nascimento da Cora e com a Nina na escola, elas são prioridades para mim. Já viajei muito,
fiz muitas coisas. Vou continuar viajando, mas vamos lidando caso a caso.”
O cinema e a família são suas paixões, mas ultimamente ele também anda encantado pelo tênis. Fazer um esportista no cinema, aliás, é um sonho. “Adoraria fazer um jogador de tênis. ‘Heleno’ (2011) não é um filme sobre futebol, é a biografia dele, mas tive aulas com o [jogador] Claudio Adão, que me ensinou a ‘matar no peito’. Eu surfo, amo esporte.”
E como o ator encara a chegada dos 50 anos? Rodrigo Santoro diz que se sente mais maduro. “A maturidade traz mais calma e mais profundidade. O que te preocupava e era visto como um problema, hoje não é mais. Mas não quero perder a vontade de fazer. O Rodriguinho criança, quando está na hora, ele vem! Essa vontade, paixão e estímulo, continuam. Tem muita coisa que não fiz e posso fazer. Isso continua muito vivo dentro de mim”, finaliza.
POR Paula Calçade
Com galerias e artistas nacionais e internacionais, a 21ª edição do evento tem programação de debates, abre espaço para a participação de novos nomes do design e destaca a exposição "Inteligência Material"
De cima para baixo, edição de 2024 da SP-Arte, no Pavilhão da Bienal, e cadeira criada pelo designer Carlos Motta
A SP-Arte chega à 21ª edição como uma importante plataforma do mercado de arte e design brasileiro. Entre os dias 2 e 6 de abril, a feira é realizada no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, e se firma mais uma vez como um ponto de encontro para artistas, galeristas, designers, curadores, colecionadores e pesquisadores. Termômetro do setor, o evento é uma vitrine para os projetos que irão guiar a programação das galerias e estúdios ao longo do ano.
Nesta edição, o evento recebe cerca de 200 expositores, entre galerias de arte, estúdios de design, editoras, espaços independentes e instituições culturais, e amplia sua estrutura no terceiro andar – batizado de Palco SP-Arte. Além das conversas com artistas consagrados na Arena Iguatemi, a SP-Arte traz, neste espaço, uma programação inédita de debates sobre mercado e colecionismo com convidados nacionais e internacionais, ativações de marcas parceiras e apresentação de obras em grande formato.
O setor de design, que cresce a cada ano, ganha ainda mais protagonismo nesta edição. Entre os estúdios e marcas presentes estão Attom (Carlos Motta), Rodrigo Ohtake para Granistone, Lucas Recchia, Etel, Estúdio Rain, ovo e Teo. Destaque também para a exposição “Inteligência Material”, curada por Livia Debbane e Camilo Oliveira, que aborda como a interação entre designer e o material escolhido molda a peça final, enfatizando a obra de jovens talentos. Ingressos em www.bilheteria.sp-arte.com
Na terceira edição do Retail Media Show, empresários, especialistas e gestores da indústria, agências e varejistas se reúnem para explorar os desafios do Retail Media no onsite, offsite e instore media, explorando tendências e integração de dados para geração de novas entregas. O evento acontece na Associação Paulista de Supermercados (APAS), com ingressos a partir de R$ 1.090 na plataforma Sympla.
MODA
São Paulo Fashion Week comemora seus 30 anos Pág. 43
Bistrot du Quartier inaugura novo salão, maior e melhor
Pág. 46
Teatro Santander recebe ‘Meninas Malvadas’ Pág. 47
Celebrando os 18 anos de seu Bar da Dona Onça, a chef Janaína Torres lança novo menudegustação de petiscos intitulado “Celebrar, Ousar, Amar”, com receitas novas e clássicos do cardápio da casa instalada no térreo do edifício Copan. Pág. 43
Messi Experience ocupa o Shopping Eldorado Pág. 48
O restaurante Arábia traz para o Brasil o chocolate Dubai, que bombou internet nos últimos meses. As barras disponíveis em três tamanhos (1,25 kg, 470 g e 120 g) são recheadas de creme de pistache e knefe (massa tipo cabelinho de anjo). A novidade funde a doçura do chocolate, a sofisticada deliciosidade do pistache e a crocância do knefe.
3 quinta
�F Rua Haddock Lobo, 1.397, Jardins, tel. 30612203 | Avenida Roque Petroni Jr., 1.089 (Shopping Morumbi, piso Lazer), Brooklin, tel. 94740-8446.
“Um Filme Minecraft” é a primeira adaptação live-action para os cinemas do jogo mais vendido de todos os tempos. Na trama, quatro indivíduos desajustados — Garrett (Jason Momoa), Henry (Sebastian Eugene Hansen), Natalie (Emma Myers) e Dawn (Danielle Brooks) — são subitamente transportados para o Overworld, um mundo cúbico e bizarro onde a imaginação reina. Para retornarem ao seu mundo, eles contam com a ajuda de um construtor experiente, Steve (Jack Black).
Há mais de três décadas, a Mercearia do Conde encanta sua fiel clientela com seus pratos criativos e seu ambiente único. A novidade da casa agora é um menu com clássicos de seu cardápio.
Custa R$ 220 por pessoa, é servido em quatro tempos e pode incluir delícias como o tartar de atum em beiju de tapioca, o nhoque de mandioquinha na cesta de parmesão, a moqueca de peixe e camarão ou ainda as tiras de filé mignon à moda thai com arroz jasmim.
�F Rua Joaquim Antunes, 217, Jardim Paulistano, tel. 3081-7204.
5 sábado
4 sexta
Três em um
Sob o comando dos irmãos Gabriel e Nicholas Fullen, o Grupo Locale resolveu unificar as marcas Locale Caffè, Locale Trattoria e Locale Ristorante em uma única: Locale.
As unidades do Itaim acabam de ser reformadas e agora oferecem um único menu, com clássicos como os tortelli Capri, o Wellington Beef com risotto de brie, as pizzas individuais, o tiramisù e os cannoli, além de drinques criados pelo premiado mixologista Márcio Silva.
�F Rua Manuel Guedes, 349 e 369, Itaim, tel. 3071-0482.
Miguel Falabella é o astro do musical “Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum”, sucesso da Broadway em cartaz até junho no Teatro Claro Mais. Com músicas e letras de Stephen Sondheim, a trama se passa na Roma Antiga e acompanha Pseudolus, um escravo astuto a fim de conquistar sua liberdade. Para isso, ele ajuda seu jovem amo, Hero, a conquistar Philia, uma virgem prometida ao arrogante soldado Miles Gloriosus. Ingressos de R$ 20 a R$ 300.
�F Rua Olimpíadas, 360, Shopping Vila Olímpia.
9 quarta
Em 2025, a São Paulo Fashion Week celebra seu 30º aniversário, com o mote “Moda que transforma, futuros que inspiram”. Até a quinta, dia 10, a 59ª edição do evento apresenta desfiles armados no Pavilhão das Culturas Brasileiras (no Parque Ibirapuera) e nos shoppings JK e Iguatemi. Nessas três últimas décadas, a SPFW transcendeu as passarelas, dialogou com as ruas e promoveu conexões e revoluções. Para conferir a programação completa e adquirir ingressos, acesse o site www.spfw.com.br.
Lady Jaguar
O Bar da Dona Onça celebra seus 18 anos com novo menu assinado pela premiada chef Janaína Torres, intitulado “Celebrar, Ousar e Amar”.
A sequência (que custa R$ 290 por pessoa, sem bebidas) começa com um mix de conservas e compotas e inclui ainda canapé de carne de onça, raviólis recheados com queijos brasileiros, a já tradicional Galinhada da Jana em versão mini e o filé ao molho de pimentas brasileiras acompanhado de purê de mandioca. �F Avenida Ipiranga, 200, cj. 27, Centro, tel. 3257-2016.
6 domingo
Até o dia 13, acontece na cidade a 30ª edição do “É Tudo Verdade”, festival internacional de documentários. As sessões acontecem em espaços como o Instituto Moreira Salles e o Itaú Cultural. Um dos destaques da programação é “About a Hero”, produção sobre a morte de um operário em Getunkirchenburg que é dirigida por Werner Herzog e teve roteiro gerado por Inteligência Artificial. Confira todos os filmes da seleção deste ano e seus locais e horários de exibição em www.etudoverdade.com.br.
8 terça
Para esta Páscoa, a marca de origem suíça Lindt tem como grande novidade o ovo de chocolate branco com pistache (220 g - R$ 149,99). E tem ainda clássicos como o ovo de creme de avelã crocante (360 g – R$ 169,99), o ovo trufado (450 g – R$ 169,99) e o Pane di Pasqua — uma versão da tradicional colomba pascal (R$ 119 – 500 g), incrementada com gotas de chocolate amargo e crosta de amêndoas. �F Avenida Paulista, 1.230 (Shopping Cidade São Paulo), Bela Vista, tel. 4858-7260.
A Gelato Borelli é uma marca conhecida por seus gelatos em estilo italiano produzidos diariamente. Eles são servidos em copinhos de papel ou em cones artesanais e crocantes que podem ser incrementados com Borellito (creme de pistache com chocolate branco), Borella (pasta de avelãs e cacau), Nocciollito (creme de chocolate branco com avelã e pedacinhos de avelã) ou Pistacchio Perfetto (pasta de pistache com praliné crocante de pistache).
�F Rua Dep. Lacerda Franco, 576, Pinheiros, tel. 93238-1818.
Inspirados nos tons da escala Pantone, Vinícius Demian e Gabriel Santana criaram a nova carta de drinques do Santana Bar. O violáceo Future
Dusk tem como base gim, açaí e leite de cereais; o esmeraldino Aventurine mistura tequila, gim, mate e tomilho; o alaranjado Tomato Cream é feito com rum envelhecido, soda de abóbora e água de tomate, e o rubro Scarlet Smile leva bourbon, gojiberry, licor Alkermes e calda de cereja amarena. �F Rua Joaquim Antunes, 1.026, Pinheiros, tel. 99105-6699.
Gilberto Gil traz sua turnê de despedida “Tempo Rei” para a arena Allianz Parque. O repertório dos shows que acontecem hoje e nos dias 12, 25 e 26 passeia pelas quatro décadas de carreira de Gil, com canções inspiradas na Bossa Nova, na baianidade de Dorival Caymmi e na buena onda de Bob Marley. No palco, ele se apresenta ao lado de Bem Gil (filho), José Gil (filho), João Gil (neto), Nara Gil (filha) e Flor Gil (neta).
Ingressos de R$ 115 a R$ 1.530. �F Rua Palestra Itália, 200, Pompeia.
13 domingo
Terror e diversão são as atrações do Hotel Drácula, que fica em cartaz no Plaza Sul Shopping até o dia 27. Depois de passar por Paris, Madri e Barcelona, a experiência imersiva e aterrorizante ocupa uma área de 300 m2, com tecnologia de ponta e acesso à Realidade Virtual por meio de óculos especiais. Ao “vestir” o equipamento, o visitante é transportado para um outro universo, cheio de surpresas. Ingressos a partir de R$ 40.
�F Praça Leonor Kaupa, 100, Piso 1, Saúde.
14 segunda
Hoje, das 14h30 às 18h30, o Tuju Pesquisa promove o curso “Do Cacau ao Bombom”, uma vivência prática-teórica coordenada por Arcelia Gallardo (chocolatière da premiada Mission Chocolate) e Rhaiza Zanetti, chefe de confeitaria do estrelado restaurante Tuju. O curso apresenta a jornada do cacau até o bombom, a história do fruto, seus impactos culturais e, por fim, a execução de deliciosas receitas. Inscrições a partir de R$ 150.
�F Rua Frei Galvão, 135, Jardim Paulistano, tel. 91899-0002.
16 quarta
O versátil Ivan Santinho, chef banqueteiro à frente da rotisserie e produtora gastronômica de eventos La Cura, é quem comanda também o Baixo Gastronômico, espaço que ficou famoso pela caprichada feijoada servida às quartas e sábados. Oferecida em esquema de bufê, a feijuca completa custa R$ 109,90 (às quartas) ou R$ 129,90 (aos sábados) por pessoa. Nas noites de sextafeira, a casa funciona com menu à la carte.
�F Rua Ourânia, 201, Vila Madalena, tel. 95774-2824.
O maior sucesso sazonal do Bullguer está de volta. O Parrileiro, hambúrguer que mistura ingredientes brasileiros e argentinos, retornou para celebrar os 10 anos da marca criada pelo chef Thiago Koch e seus sócios. O sanduba, que custa R$ 42, é feito com um hambúrguer alto de 150 g, queijo provolone derretido, maionese de chimichurri, tomate chapeado e rúcula fresca, tudo dentro de um pão brioche supermacio de fermentação lenta.
�F Rua Diogo Jácome, 606, Vila Nova Conceição, tel. 91098-3801.
17 quinta
O restaurante Casarìa, conhecido também por sua caprichada linha de confeitaria, preparou deliciosos ovos de Páscoa elaborados com chocolate Callebaut e recheio na “casca”. Destaque para o ovo de chocolate 54% e creme de pistache crocante (380g, R$ 195), o de chocolate branco com castanha de caju caramelizada e ganache de maracujá (380g, R$ 175) e o de chocolate meio amargo com cereja e ganache de champagne (380g, R$ 187).
�F Alameda Franca, 1.243, Jardins, tel. 3068–0778.
18 sexta
Com mais de meio século de história, o restaurante Bacalhau, Vinho & Cia é uma ótima opção para este almoço de Páscoa. O cardápio da casa é repleto de pratos da tradicional culinária portuguesa. Mas tem também novidades como a Massada de Robalo (massa cotovelo com caldo de peixe, tomate, páprica e nacos de robalo) e as Conchas de Bacalhau às Natas (massa em formato de concha recheada com bacalhau ao molho de natas e brócolis).
�F Avenida Pacaembu, 71, Barra Funda, tel. 3666-0381.
20 domingo 19
Judas Priest e Queensryche fazem shows hoje na Vibra São Paulo. A noite começa com a sonzera do Queensrÿche, banda dona de hits como “Silent Lucidity” e “Eyes of a Stranger”. E termina com a apresentação deste que é considerado o grupo mais influente do heavy metal, o Judas Priest, formado por Rob Halford (vocalista), Ian Hill (baixo), Andy Sneap (guitarra), Scott Travis (bateria) e Richie Faulkner (guitarra). Ingressos de R$ 150 a R$ 850.
�F Avenida Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.
Inaugurado em 2023, o Bistrot du Quartier, do chef Claude Troisgros, agora ocupa um salão maior, anexo ao Chez Claude, mas com entrada independente. O menu segue apostando em clássicos como o salmão com azedinha. A novidade é a seção “Mon Côté Italien”, com receitas inspiradas nos pratos preparados por Olympia, a mãe italiana do chef, como o risoto de costela, servido com agrião. Outra excelente pedida é o polvo grelhado, com legumes.
�F Rua Prof. Tamandaré Toledo, 51, Itaim, tel. 3071-4228.
O Oku é um bar com vista panorâmica que funciona no andar superior do Kosushi e foi pensado para servir bebidas ou comidas que utilizam carvalho (“oak” em inglês; “oku” em japonês), como os whiskies. A carta de drinques foi criada pelo premiado mixologista Alex Mesquita, e as comidinhas são assinadas pelo chef Frank Utsonomia — uma ótima pedida é o butsuguiri (cubos de atum temperados com shoyu e shissô desidratado).
�F Avenida Magalhães de Castro, 12.000 (Shopping Cidade Jardim), tel. 92043-7272.
21 segunda
O restaurante La Paella tem cozinha comandada pelo chef espanhol
Pedro Soriano, natural de Valência. O menu oferece paellas em várias versões. A clássica Marineira é feita com arroz, lula, mexilhões, camarões, vôngoles, molho de tomate fresco, pimentón de vera, tempero especial e um rico caldo de peixe. Já a De La Casa é elaborada com cogumelos, aspargos, camarões e mexilhões. O serviço de delivery da casa é muito eficiente.
�F Rua Antônio de Macedo Soares, 1.369, Campo Belo, tel. 2893-4180.
kikecosta@uol.com.br
24 quinta
Inaugurada há 25 anos num casarão tombado de Higienópolis, a Veridiana é um sucesso enorme desde então. Uma das explicações disso é a massa leve e saborosa das pizzas, feita com farinha italiana e fermentação natural de 72 horas em câmara fria. O cardápio lista clássicos atemporais — como a Margherita ou a Della Nonna (de calabresa artesanal sobre muçarela e molho de tomates frescos) — e novidades como a Due Funghi com Queijo Canastra. �F Rua Dona Veridiana, 661, Higienópolis, tel. 3801-9000.
“Meninas Malvadas - O Musical” acaba de chegar ao Brasil, com temporada até o dia 29 de junho no Teatro Santander. O espetáculo é inspirado no sucesso dos cinemas “Mean Girls” (2004), estrelado por Lindsay Lohan, Rachel MacAdams, Amanda Seyfried e Tina Fey. A montagem paulistana tem elenco encabeçado por Danielle Winits, Laura Castro e Anna Akisue. A peça aborda temas como sororidade, ambição e bullying. Ingressos de R$ 21 a R$ 400. �F Avenida Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Olímpia.
sábado
A Enoteca Saint VinSaint é pioneira na difusão dos vinhos naturais e seu cardápio — 100% orgânico — é definido de acordo com os insumos mais frescos do dia. Torça para que o seu menu ofereça o mil-folhas de mandioca com béarnaise de tucupi, os gnocchi ao pesto de ervas da horta e o cordeiro assado com aligot de cará. E harmonize tudo com as incríveis bebidas sugeridas pela sommelière Lis Cereja, proprietária da casa.
�F Rua Prof. Atílio Innocenti, 811, Vila Olímpia, tel. 3846-0384.
Urban safari
O Cora é mais do que um restaurante, é um programão! Debruçado sobre o Minhocão, tem um terraço agradabilíssimo e, da cozinha liderada pelo chef argentino Pablo Inca, saem delícias leves e perfeitas para compartilhar. Não deixe de provar o coração de pato com creme de couve-flor e cebolas assadas, a língua finamente fatiada e temperada com vinagre de jerez ou ainda a raquete suína com cebolas tostadas, melaço de romã e salsa verde.
�F Rua Amaral Gurgel, 344, Centro, tel. 3231-4561.
28
Cakin’ Cakes é uma confeitaria artesanal comandada por Maria Fernanda Aidar que, desde 2019, trabalha com três linhas de produtos: Express (doces e bolos para o mesmo dia), Bolos Clássicos (com decorações padronizadas e elegantes) e Bolos Artísticos (personalizados e com visual impactante). A doceria não tem um salão para receber seus clientes, apenas um espaço na Rua Tutoia (no bairro do Paraíso) para a retirada dos produtos encomendados pelo whatsapp 93939-8677.
quarta
Carlos Leiva é o novo Chef Executivo do JW
Até agosto, o Shopping Eldorado abriga a “The Messi Experience - A Dream Come True”, que já passou com sucesso por Los Angeles, Miami e Buenos Aires e proporciona ao público uma experiência imersiva sobre a vida e carreira de Leo Messi. A exposição combina tecnologia de ponta, com projeções em 360 graus e realidade aumentada. Durante o evento, os fãs poderão treinar como o craque argentino e interagir virtualmente com ele. Ingressos a partir de R$ 50. �F Avenida Rebouças, 3.970, Pinheiros.
Marriott Hotel São Paulo. Com passagens por restaurantes de Portugal e da Inglaterra e pelo paulistano Nonna Rosa, ele agora comanda o restaurante Neto e o bar Caju, além do Room Service e da cozinha de Eventos. No cardápio do Neto, Leiva introduziu novidades como essa salada Caprese, o polvo com canjiquinha e linguiça de Bragança, o bacalhau à putanesca e o cavatelli com mexilhões. �F Avenida Nações Unidas, 14.401, Chácara Santo Antônio, tel. 2526-0100.
29 terça
O Il Carpaccio, do restaurateur Gianluca Perino e do chef Ricardo Dicamargo, acaba de ter sua carta de drinques renovada pela talentosa mixologista Ana Gumieri. Vale muito a pena provar o fresco Veneza (feito com vodca, licor St. Germain, lichia, laranja Bahia e espumante de caju), o gim-tônica Verona (de gim Bombay Bramble com blueberry) e o Dirty Fratello (que mistura gim infusionado em alga, vermute dry e solução salina). �F Rua Jerônimo da Veiga, 382, Itaim, tel. 95860-0920.
Disney+ lança série sobre uma mulher com câncer terminal que embarca em uma jornada de descoberta sexual; Amazon Prime Video disponibiliza o novo filme da estrela de ‘Babygirl’; Netflix aposta em animação protagonizada pelo guerreiro gaulês dos álbuns franceses de HQ e Apple TV traz Seth Rogen como um diretor insano que ‘causa’ em um estúdio de cinema
“DYING FOR SEX”
Disney+
Minissérie em oito episódios, “Dying for Sex” estreia no Disney+ dia 4 de abril. A produção é inspirada em um podcast sobre a história real de Molly Kochan, uma mulher diagnosticada em 2011 com câncer de mama metástico em estágio avançado, que resolve abandonar o marido e explorar aspectos de sua vida sexual que nunca vivenciou plenamente. Interpretada por Michelle Williams, Molly definia essa fase de sua vida como “o oposto da morte”, transformando sua sexualidade em um ato de resistência contra o câncer.
“O ESTÚDIO”
Apple TV
Nesta série de 10 episódios, Seth Rogen interpreta Matt Remick, o recém-nomeado chefe da Continental Studios. Ele e seu time de executivos têm de lidar com artistas narcisistas e empresários implacáveis para realizar grandes filmes e não deixar o cinema cair na irrelevância. Com humor ácido, a produção apresenta uma visão bem crítica à rotina de Hollywood ao revelar como são os bastidores das festas, das filmagens, da escolha dos elencos, das reuniões de marketing e das cerimônias de premiação.
“HOLLAND”
Amazon Prime Video
Neste filme em que tudo começa róseo e feliz, Nicole Kidman dá vida a Nancy Vandergroot, professora que vive com o marido (interpretado por Matthew Macfadyen, de “Succession”) em uma cidadezinha do estado de Michigan chamada Holland, conhecida por suas raízes holandesas e pelo cultivo de tulipas. Mas a realidade de sonhos vira uma história sombria quando Nancy e seu colega de trabalho Dave (Gael García Bernal) desconfiam de algo estranho e saem em busca de pistas para desvendar esse obscuro mistério.
“ASTERIX & OBELIX: O COMBATE DOS CHEFES” Netflix
Dia 30 de abril, a plataforma disponibiliza os cinco episódios desta série de animação que recria as aventuras dos personagens criados por Albert Uderzo e René Goscinny. Tudo começa quando Obelix atinge o druida Panoramix com um menir. Desmemoriado, o feiticeiro não consegue preparar a poção mágica que dá força extraordinária aos guerreiros gauleses. Para piorar, Abracourcix, o chefe da aldeia, é desafiado por outro líder para um combate em que o perdedor deve se render ao exército do Império Romano.
texto Luiz Toledo yestoledo@gmail.com
arte
André Hellmeister andre@collages.com.br
Big Gang.
Considerando o perfil e a perfídia dos nossos líderes mundiais, a arrogância dos discursos, as indelicadezas humanitárias, o desprezo ambiental, o despudor do uso do poder, estou cada vez mais inclinado a acreditar que eles já encontraram um outro planeta, habitável, pronto pra morar. E que daqui a pouco, esses caras vão fazer as malas e vão dar o fora daqui. Só pode ser isso.