LacrE Edição 11

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Abuso: a cultura do estupro no Brasil - pág 2 ANO I - No 11 - 1a QUINZ DE NOV. 2021

A SUPERINDÚSTRIA DO IMAGINÁRIO

Em livro recente, Eugênio Bucci explica como o olhar se transformou em (uma valiosa) mercadoria - pág 3

A Doutrina do Fascismo, & Violência, página 4 -----------------------------------Vidas LGBTQI+ & Por Que Escondem os Ufos de Você, página 6 -----------------------------------Todos os Cantos & Neandertal , página 7 -----------------------------------O que aprendi com Hamlet & O livro de ouro da mitologia: & Nunca Houve um Homem Como Heleno, página 10 -----------------------------------O Pequeno Livro das Grandes Fobias & História Bizarra da 2ª Guerra MundiaL & A Teoria da Dependência 50 anos depois, página 11 -----------------------------------Entre o absurdo e a revolta, página 12 -----------------------------------Como evitar um desastre climático & O último gozo do mundo, página 5

Na página 15, a sequência da sessão de fotos com a criança e seu convidado #photo 1

ENTREVISTA

Pela Letra Selvagem, a batida do tambor do Erorci - págs 8, 9


Mas será o Benedito?

Benedito Meia-Légua, que assombrou os escravagistas anos antes da abolição Seu nome original era Benedito Caravelas e viveu até 1885, um líder nato e bastante viajado, conhecia muito do nordeste. Suas andanças conferira-lhe a alcunha de “Meia-légua”. Andava sempre com uma pequena imagem de São Benedito consigo, que ganhou um significado mágico depois. Ele reunia grupos de negros insurgentes e botava o terror nos fazendeiros escravagistas da região, invadindo as Senzalas, libertando outros negros, saqueando e dando verdadeiros prejuízos aos racistas. Contam que ele era um estrategista ousado e criativo, criava grupos pequenos para evitar grandes capturas e atacavam fazendas diferentes simultaneamente. A genialidade do plano era

que o líder de cada grupo se vestia exatamente como ele. Sempre que um tinha o infortúnio de ser capturado, Benedito reaparecia em outras rebeliões. Os fazendeiros passaram a crer que ele era Imortal. E sempre que haviam notícias de escravos se rebelando vinha a pergunta “Mas será o Benedito?” O mito ganhou força após uma captura dramática. Benedito chegou a São Mateus (ES) amarrado pelo pescoço, sendo puxado por um capitão do mato montado a cavalo. Foi dado como morto e levado ao cemitério dos escravos, na igreja de São Benedito. Noutro dia, quando foram dar conta do corpo, ele havia sumido e apenas pegadas de sangue se es-

ticavam no chão. Surgiu a lenda que ele era protegido pelo próprio São Benedito. Por mais de 40 anos ele e seu Quilombo, mais do que resistiram, golpearam o sistema escravocrata. Meia-Légua só foi morto na sua velhice, manco e doente. Ele dormia em um tronco oco de árvore. Esconderijo que foi denunciado por um caçador. Seus perseguidores ficaram a espreita, esperando Benedito se recolher. Tamparam o tronco e atearam fogo. Seu legado é um rastro de coragem, fé, ousadia e força para lutar pelo nosso povo, que ainda hoje é representado em encenações de Congada e Ticumbi pelo Brasil. Em meio as cinzas encontraram sua pequena imagem de São Benedito.

Todo dia 1 De Janeiro, o cortejo de Ticumbi vai buscar a pequena imagem do São Benedito do Córrego das Piabas e levar até a igreja em uma encenação dramática para celebrar a memória de Meia-Légua. Fonte: Twitter Alê santos em junho de 2018. Meu respeito e admiração , pois somente com atitude se muda a realidade . Thaciano Almuharib Ativista do M.N.U. -Pan Africanista. - Dir. Políticas Públicas/ Sinthoress CUT

Abuso: A cultura do estupro no Brasil Por que o estupro é um crime ainda tão comum no Brasil? Por que a vítima muitas vezes é tão – ou mais – julgada pela sociedade do que o próprio criminoso? Por que é tão difícil fazer uma denúncia? Após quatro anos de pesquisas, viagens pelo país e mais de 100 entrevistas com vítimas e familiares, criminosos, psiquiatras e diversos especialistas no assunto, a jornalista Ana Paula Araújo escreve Abuso - a cultura do estupro no

Brasil com coragem e sem meias-verdades. A obra é uma reportagem que trata do medo e vergonha das vítimas, de como elas são julgadas e muitas vezes culpabilizadas pela sociedade e pelo poder público, das dificuldades para denunciar, dos caminhos para superar o trauma e seguir em frente e como atitudes tão entranhadas em nossa sociedade geraram uma verdadeira cultura do estupro em nosso país. Ela também auxilia as vítimas a utilizarem os meios de denúncia disponíveis no país,

A zine revista LacrE é uma publicação digital, quinzenal, com distribuição dirigida da Editora Página Leste - CNPJ 42.935.406/0001-06 Editor: J. de Mendonça Neto - Mtb 32792. Contato, críticas e sugestões: e-mail paginaleste@hotmail.com (11)99664-5072 whatsapp- (não aceitamos audio) e instagram.com/zinelacre Página 2 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

como o disque 100, e esclarece sobre o direito ao aborto decorrente de estupro, que é autorizado por lei sem que haja queixa na polícia. Ana Paula analisa casos que chocaram os brasileiros e outros tantos que, apesar de bárbaros, ficaram perdidos em meio ao constrangimento das vítimas e à lentidão da lei para mostrar como o estupro afeta toda a rede familiar e deixa marcas indestrutíveis na vida de quem o sofre. Ela acompanha todo o caminho das vítimas por justiça e mostra todas as facetas Se algum livro ou disco desta edição lhe chamou a atenção eles podem estar disponíveis nConsulte por e-mail: paginaleste@hotmail.com e receba orientações.n Mas, prestigie o autor, dê preferência a compra da obra.

e implicações desse crime tão cruel e, infelizmente, tão corriqueiro no Brasil. Abuso é uma obra ousada, pesquisada com apuro e escrita com imensa sinceridade por uma das mais importantes jornalistas em atividade no país. Porém, mais do que tudo isso, Abuso é um livro extremamente necessário, que precisa ser lido por todos. Globo Livros.


A superindústria do imaginário Em livro recente, Eugênio Bucci explica como o olhar se transformou em (uma valiosa) mercadoria A superindústria do imaginário, resultado de 20 anos de pesquisa, foi lançado em junho da Autêntica

O surgimento das gigantes da internet, o inimaginável poderio por elas alcançado, as transformações sofridas pelo capital e os impactos disso no comportamento (e no olhar) da sociedade são os pilares do novo livro de Eugênio Bucci, que chega em junho às livrarias pela Autêntica Editora. Em A superindústria do imaginário – Como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo que é visível, o autor, um dos principais teóricos da comunicação no Brasil, expõe com a linguagem do jornalista, a clareza do professor e a criatividade do escritor como foi possível que determinadas empresas passassem a fabricar valor em escala superindustrial, tornando-se assim o centro do capitalismo nos últimos anos. É exatamente esse o caso de gigantes como Apple, Amazon, Alphabet (dona da Google), Microsoft e Facebook. Em janeiro de 2020, elas haviam alcançado, juntas, o valor de mercado de cinco trilhões de dólares. Menos de seis meses depois, em junho do mesmo ano, a Apple sozinha valia 1,5 trilhão de dólares. Como poderiam empresas fundadas há poucas décadas terem alcançado um preço maior do que o PIB de qualquer país, a exceção de China e Estados Unidos? A explicação para isso tem origem na segunda metade do século XX. Naquele período, o capitalismo entrou em acelerada mutação, e o corpo da mercadoria perdeu lugar para sua Página 3 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

imagem, interpelando o sujeito pelo desejo, não mais pela necessidade. O valor de uso deu lugar ao valor de gozo, em troca do qual nos tornamos reféns e oferecemos hoje tudo aquilo que temos de mais valioso no ambiente digital: nossos dados. De posse de todas essas informações, com as quais é possível medir cada movimento do usuário, as gigantes da internet passaram a concentrar mais poder de comunicação e mais controle sobre o fluxo da informação do que a imensa maioria dos Estados nacionais. Em lugar de produzir apenas objetos físicos, o capital aprendeu a fabricar discursos, que por sua vez, passaram a ter valor de troca. O capital deixou então de lado os objetos físicos e virou um narrador, um contador de histórias, e se fez um produtor de significações. Constrói incessantes novos sentidos: dos signos, da imagem e dos discursos visuais, colocando-os em circulação como mercadoria – e assim são fabricados os valores das grifes e das marcas, bem como as reputações dos políticos, das empresas e de tudo mais. Nisso consiste a Superindústria do Imaginário. “Na ‘ação de olhar’, na fabricação de valores e reputações, Eugênio Bucci identifica uma mudança no estatuto da mercadoria, a prevalência da imagem sobre o corpo, do desejo sobre a necessidade, do ‘valor de gozo’ sobre o ‘valor de uso’. Aponta-se assim para uma mutação do próprio sistema capitalista.

Na era dos conglomerados monopolistas globais, a totalidade do imaginário foi mais do que colonizada, foi empacotada pelo capital”, assegura Ricardo Musse, coordenador da coleção Ensaios, que também acaba de ser lançada e da qual o livro faz parte. SOBRE O AUTOR Eugênio Bucci, nascido em Orlândia, em 1958, é professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Escreveu, entre

outros livros, A forma bruta dos protestos, O Estado de Narciso e Sobre Ética e imprensa (publicados pela Companhia das Letras). Recebeu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2013, pela Revista ESPM de Jornalismo (edição brasileira da Columbia Journalism Review). Foi Secretário Editorial da Editora Abril, presidente da Radiobras (entre 2002 e 2007, no primeiro governo Lula) e editor da revista Teoria & Debate.

SOBRE A COLEÇÃO A coleção Ensaios busca preencher uma lacuna no mercado editorial brasileiro: a publicação de obras redigidas por especialistas para o público geral, não especializado. Os autores, selecionados entre expoentes de sua área de atuação, apresentam resultados de pesquisas relevantes e originais, ou balanços da discussão intelectual sobre um tema determinado – em linguagem acessível –, mantendo o rigor conceitual e dispensando o aparato acadêmico. Com abrangência multidisciplinar, as obras desdobram suas reflexões a partir do entrecruzamento de análises críticas da cultura, da política, da economia e da vida social em geral. A coleção é coordenada por Ricardo Musse, professor de sociologia na USP e reconhecido por sua atuação no jornalismo cultural. Foi um dos editores do Jornal de Resenhas e possui experiência como articulista de suplementos e cadernos culturais dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de São Paulo. A zine revista LacrE vai fazer um esforço extra para acompanhar e divulgar as novas obras da coleção.


A Doutrina do Fascismo Benito Mussolini Prezado Leitor A palavra “fascismo” vem do italiano fascio, que significa “feixe”. Na Roma Antiga, o fascio era um machado revestido por varas de madeira. Ele era utilizado pelos guarda-costas dos magistrados que detinham o poder como um instrumento de punição corporal, mas era também um símbolo de autoridade e união: um único bastão é frágil, mas um feixe é difícil de ser quebrado. No século 20, o político italiano Benito Mussolini se apossou desse símbolo para seu novo partido e em 1914, ele fundou o grupo Fasci d’Azione Rivoluzionaria que mais tarde, em 1922, se tornaria o conhecido Partido Nacional Fascista. O uso do fascio era simbólico. A Itália enfrentava uma profunda crise desde sua unificação e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) havia agrava-

do a situação. Mussolini prometia, com o fascismo, trazer de volta os tempos áureos do antigo Império Romano. Nesta obra, Mussolini sintetiza a doutrina fascista, ao mesmo tempo em que aponta as limitações de outras ideologias como: a democracia, o liberalismo, o socialismo, entre outras. Agressivo e ousado, Mussolini dizia que os fascistas são mais homens de ação do que de palavras. É fato que ele ajudou a desconstruir o mundo político de sua época e participou ativamente da construção de uma nova ideologia chama Fascismo. Neste ebook, pode-se conhecer os elementos essenciais do Fascismo, bem como o pensamento do homem que melhor representou essa ideologia. Uma proveitosa e esclarecedora leitura. LeBooks Editora Do Prefácio

Violência Slavoj Zizek O fenômeno moderno da violência, entre as explosões contraditórias das ruas e a opressão silenciosa de nosso sistema político e econômico. O desenvolvimento do capitalismo e da própria civilização causa mais violência do que é capaz de prevenir? Num cenário de manifestações de rua cada vez mais sangrentas, a Boitempo publica o explosivo Violência, de Slavoj Žižek. Neste apaixonante apelo à consciência, as sociedades em que vivemos são viradas de cabeça para baixo, em uma análise que articula conhecimentos dos múltiplos campos da história, da Página 4 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

psicanálise, da filosofia, da sociologia e das artes, dissecando a violência inerente à globalização, ao capitalismo, ao fundamentalismo e à própria linguagem. Para Žižek, é preciso perceber os contornos dos cenários que engendram tais explosões. “Os sinais mais evidentes de violência que nos vêm à mente são atos de crime e terror, confrontos civis, conflitos internacionais. Mas devemos aprender a dar um passo para trás, a desembaraçar-nos do engodo fascinante dessa violência ‘subjetiva’ diretamente visível, exercida por um agente claramente identificável”, provoca.


Como evitar um desastre climático As soluções que temos e as inovações necessárias

Neste livro urgente e ricamente detalhado, Bill Gates propõe um plano abrangente, prático e acessível para zerar a emissão de gases de efeito estufa e evitar uma catástrofe climática. Bill Gates passou uma década investigando as causas e os efeitos da mudança climática. Com a ajuda de especialistas nas áreas de física, química, biologia, engenharia, ciência política e finanças, ele se concentrou no que deve ser feito para impedir uma catástrofe ambiental. Neste livro, o fundador da Microsoft não explica apenas por que precisamos zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa, mas também detalha como podemos atingir esse objetivo e superar os desafios que temos pela frente. A partir de sua experiência em inovação e de tirar ideias do papel, Gates descreve como a tecnologia já vem ajudando a reduzir as emissões, onde e como ela pode funcionar de forma mais eficaz, em quais setores precisa-

mos de novidades e quem são os pesquisadores por trás delas. Finalmente, ele apresenta um plano prático para zerar as emissões, que inclui desde as políticas públicas até as atitudes que nós, cidadãos, podemos tomar a fim de monitorar o trabalho do governo, de nossos empregadores e de nós mesmos. Como o autor demonstra, zerar as emissões não será fácil, mas, seguindo os conselhos deste livro, é uma meta que está plenamente a nosso alcance. Serviço: Tradução: Cássio de Arantes Leite 320 páginas: Preço: R$ 59.90, e-book: R$ 29.90 Palavras-chave: aquecimento global; mudança climática; carbono; emissões; sustentabilidade; combustíveis fósseis; hidrelétrica; energia nu-

clear; poluição; economia; temperatura; efeito estufa; camada de ozônio; energi; sustentável; renovável; inovação; meio ambiente

O último gozo do mundo

A história de uma professora de sociologia que vê seu casamento desmoronar pouco antes do início de uma pandemia global. Uma distopia com ares de fábula e manifesto. As distâncias e os pontos de contato entre o pessoal e o coletivo, entre a narrativa individual e a histórica, ocupam o centro de O último gozo do mundo, décimo terceiro livro de Bernardo Carvalho publicado pela Companhia das Letras. Presa de um tempo em que “a leitura do mundo tornou-se descontínua e episódica”, a protagonista desta novela parte, com o filho pequeno, numa jornada para um retiro no interior profundo do Brasil. Lá, mora um homem que passa a prever o futuro depois de ter sobrevivido ao vírus ameaçador. Entre lembranças obliteradas, encontros e desencontros e vidas até então previsíveis modificadas radicalmente, um rastro de perplexidade e de perguntas sem respostas vai sendo deixado para trás, numa narrativa enigmática, eletrizante e

que se torna mais e mais perturbadora. Podemos distinguir as causas dos efeitos? Como damos sentido a uma narrativa? O que restou de humanidade num Brasil dominado pela morte? Podemos ter um projeto comum de futuro sem um relato coerente do passado? BERNARDO CARVALHO nasceu em 1960, no Rio de Janeiro. Publicou o volume de contos Aberração e os romances Onze, Os bêbados e os sonâmbulos, Teatro, As iniciais, Medo de Sade, Mongólia, Nove noites, O sol se põe em São Paulo, O filho da mãe, Reprodução e Simpatia pelo demônio, todos lançados pela Companhia das Letras. Serviço: Número de páginas: 144 Preço: R$ 49,90 - E-Book: R$ 29,90 Palavras-chave: Literatura brasileira; literatura contemporânea; Pandemia; fantasia;

distopia; caos; vírus; fragilidade; mãe; filho; família; divórcio; casamento; doença; morte; viagem; interior; separação; abandono; esperança; desilusão; casamento.

As indicações de leitura na zine revista é de inteira responsabidade do editor. Página 5 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21


Vidas LGBTQI+ Lidiani Vanessa da Silva; Nadja Cristiane Lappann Botti Este título nada óbvio, mas bastante sugestivo, coloca em voga um debate pouco realizado, o qual ainda representa uma lacuna nas pesquisas em saúde. Digo que o título não é óbvio porque se o modelo hegemônico é o homem-branco-de-classe-média, alguns corpos e sexualidades simplesmente não são construídos, estão fora do registro do discurso e edificados como o avesso da humanidade. Por isto, acredito que questionar o significado das vidas a partir da suicidalidade LGBTQ+ no contexto do Serviço Social é um desafio. E lutar contra o status quo no ambiente acadêmico da saúde significa assumir diversos enfrentamentos, sejam eles teóricos, metodológicos ou mesmo ideológicos. As estatísticas de que pessoas LGBTQ+ têm maior chance de suicídio ao longo de suas vidas do que as demais e as subnotificações destas mortes no sistema de saúde brasileiro, nos convidam a refletir como as diferenças se transformam em hierarquias em nossa

sociedade e quais são os interesses envolvidos neste processo. No contexto de uma pandemia e na emergência do conservadorismo no campo brasileiro e mundial, é fato que estamos em uma situação na qual diversas populações cada vez mais estão submetidas a privações sociais em nome de uma biopolítica. Esta, sustenta a moralidade neoliberal, onde cada um é responsável apenas por si e, de modo que a responsabilidade pelo próprio sofrimento deve ser autoinflingida. A condição de isolacionismo é intensificada quando os sujeitos demonstram ser incapazes de atender à heteronormatividade, pois o gênero é vivido de forma ininteligível para a sociedade e seus corpos são compreendidos de maneira estratégica como potencialmente dispensáveis. Lidiane e Nadja nos levam para o universo da saúde mental LGBTQ+, demonstrando como o estado de excessão é determinante para delimitar quais vidas devem ser vividas e quais vidas não merecem existir.

Por Que Escondem os Ufos de Você Saiba como a disputa antiética por poder e por dinheiro pode estar por trás do acobertamento sistemático dos casos envolvendo UFOS. Esconder do público as ocorrências envolvendo UFOS tem sido uma prática constante que vem sendo adotada por autoridades em todo o mundo nas últimas décadas. Este livro pretende oferecer aos leitores uma nova perspectiva e um olhar Página 6 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

Mancini, Carlos

mais objetivo sobre estes casos. O mesmo olhar e a mesma seriedade com que algumas das pessoas mais importantes do mundo os veem. Qual seria a diferença de perspectiva que faz com que alguns dos homens mais poderosos do planeta considerem o assunto um dos mais importantes, enquanto a maioria das pessoas o considera apenas motivo de piadas e brincadeiras?

E esta questão é literal, pois o debate atravessa a vida e a morte físicas. Sheila Ferreira Miranda- Professora Doutora

da Universidade Federal de São João del-Rei Nº de pág.: 91

https://www.editorafi. org/285vidas


Todos os Cantos Julio Cortázar

Pela primeira vez no Brasil, todos os contos do autor argentino, reunidos em dois volumes com capa dura, numa caixa com projeto gráfico especial. “A verdadeira revolução de Cortázar está nos contos. Neles, Cortázar não experimentou: ele encontrou, descobriu, criou algo que não perece”, anotou o escritor Mario Vargas Llosa. Com novas traduções de Heloisa Jahn e Josely Vianna Baptista, uma edição com os contos completos de Julio Cortázar chega pela primeira vez ao leitor brasileiro. Considerado um dos autores mais inventivos do século XX, Cortázar modificou para sempre o gênero e escreveu clássicos como “Casa tomada”, “A autoestrada do sul”, “Carta a uma senhorita em Paris”, “Continuidade dos parques”, “As babas do diabo”, “A ilha ao meio-dia”, entre muitos outros. Esta edição de Todos os contos, em dois volumes com capa dura e mais de 1200 páginas, vem numa caixa com projeto especial de Elaine Ramos. Bestiário,

Todos os fogos o fogo, As armas secretas, Octaedro, Fim do jogo, Histórias de cronópios e de famas, todos os livros fundamentais de Cortázar estão aqui. A edição conta ainda com os dois célebres ensaios do autor sobre a escrita de contos, “Alguns aspectos do conto”, de 1963, e “Do conto breve e seus arredores”, de 1969, além de um estudo do crítico argentino Jaime Alazraki sobre o Cortázar contista. “Em Cortázar, o conto é entendido como uma totalidade orgânica, uma narrativa de economia rigorosa, uma estrutura em tensão, limitada quanto ao tempo e quanto ao espaço, na qual todos os elementos devem estar, necessariamente, em função do efeito unitário do conjunto.” — Davi Arrigucci Jr. JULIO CORTÁZAR nasceu em Bruxelas, em 1914, mas em 1918 mudou-se com a família para a Ar-

gentina. Em 1951, ele publicou seu primeiro livro, Bestiário, que se tornaria um dos volumes de contos mais célebres da literatura latino-americana. Mestre da narrativa breve, Cortázar foi também um re-

novador do romance. Em 1963, publicou O jogo da amarelinha, obra tão radical quanto inclassificável, marco das letras do século XX. Morreu em 1984, em Paris, aos 69 anos. Companhia das Letras

Neandertal — Nosso Irmão Uma breve história do homem

Romeu e Julieta em versão pré-histórica… Foi assim que, em 2013, a imprensa saudou a grande descoberta da pesquisadora Silvana Condemi: a identificação do primeiro osso pertencente a um mestiço de pai sapiens e mãe neandertal. A genética tinha anunciado, e a paleoantropologia confirmou: Homo neanderthalensis e Homo sapiens misturaram suas culturas, mas também seus genes, no mesmo território europeu – e isso por mais de 5.000 anos. Mas, então, quem é o homem de Neandertal? Um macaco ou um ruivo de pele clara? Um carniceiro ou um caçador genial que dominava a linguagem e reverenciava seus mortos? É possível que ele ainda esteja Página 7 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

entre nós? Transformada radicalmente pela irrupção de métodos inéditos, nossa pré-história se reescreve muito rápido, trazendo enormes surpresas. Nesta investigação apaixonante, os autores traçam o retrato mais atual de nosso estranho ancestral, passando em revista as diversas hipóteses sobre seu suposto desaparecimento. Com isso, reabrem a questão de nosso “êxito” evolutivo, tendo em vista a terrível marca que deixamos sobre tudo aquilo que nos rodeia. https://www.amazon.com.br/Neandertal-nosso-irm%C3%A3o-breve-hist%C3%B3ria/dp/8582864515


Pela Letra Selvagem, a batida do tambor do Erorci Poeta, que a exemplo da esmagadora maioria destes, sempre tirou seu sustento trabalhando até se aposentar no TJSP, Erorci Santana, lança no final deste mês, em São Paulo, SP, o livro de poesia O tambor subterrâneo pela Editora Letra Selvagem. São cento e noventa e duas páginas “permeadas pelo vetor crítico das trapaças humanas”, destaca o autor no início de entrevista por aplicativo. “Há no livro um conjunto de poemas contra a hipocrisia humana, contra uma moral de superfície, um verniz civilizatório que disfarça nossos renitentes traços bestiais. Mais uma vez, um escritor invade a seara da filosofia e da psicologia na tentativa de ressignificar o que, equivocadamente, dizem ser a essência moral humana. Essa crítica ácida está em poemas como ‘Fala Lúcifer aos anjos em pranto’, ‘Santos guerreiros’, ‘Voto no cavalo’, e em ‘Curiango e colibri’, por exemplo, que busca demolir o mito da infância feliz”, explica. Uma breve passada de olhos deste repórter pelo conjunto de poemas do livro me fez corroborar, sem favor algum, uma impressão confessada pelo próprio autor, agora com olhar mais sensível Página 8 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

e experiente: a de que, do ponto de vista estético, sua produção está mais refinada. Para o autor a missão do escritor é, também, melhorar “nossa triste condição, até o último suspiro e deixar o exemplo”. Erorci lembra que ‘ou é isso ou é nada a existência humana’, quando parafraseia Jean Paul Sartre. Erorci Santana não é um neófito na literatura, conhecemo-nos de outros carnavais quando, durante algumas gestões, eu colaborava no Jornal O Escritor da União Brasileira de Escritores, onde ele era o editor e resenhador critico de livros. “Insisto em ser poeta nesses tempos de baixo prestígio da arte da palavra porque sempre acreditei no poder transformador da literatura, como forma de conhecimento. Essa crença agrega á arte literária o engajamento preconizado pelo filósofo-escritor Jean Paul Sartre, sem prejuízo de sua essência estética, seu vínculo indissociável com a busca da beleza”, elucida. Enquanto poeta e servidor público, tendo findado seus tempos de TJSP na comunicação interna do tribunal, Erorci Santana era e ainda é um produtor cultural intenso. Foi responsável

Erorci Santana às margens do São Francisco, no município de Piranhas-AL, onde finou-se, barbaramente decapitado, o celerado Virgulino Ferreira da Silva e seu bando.

Ao lado, fac simile da capa Maravilta e outros cantares, de duas décadas atrás(2001)

por diversos encontros de escritores na UBE e membro da comissão julgadora do Mapa Cultura Paulista, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Enfático diz que não é dado ao escritor brasileiro enclausurar-se; ele deve tentar marchar com a multidão por uma questão de sobrevivência. Prova disso e desse comportamento é a lembrança de que Erorci é autor também de Maravilta e outros cantares que significa, “de um lado, o maravilhamento ou encantamento com os seres e as coisas do

mundo da natureza em contraposição com o verbo ‘aviltar’, usado na construção desse novo substantivo, que evoca o processo de degradação da natureza, de redução da potência humana nos sistemas ideológicos de dominação, que insistem em operar contra os direitos fundamentais do homem”. “Durante a entrevista, lembrei ao poeta que, apesar da sonoridade poética do neologismo “maravilta”, sua obra anterior denunciava certo desconforto com a falta de cuidados com a pre-


servação da natureza, e o vergamento do ser humano diante dos ditames da dominação socioeconômica e cultural. Acrescentou ‘lembremo-nos que ainda estamos em busca do sentido pleno da palavra civilização, que tenho para mim ainda inexistente. A civilização só alcançará seu estatuto ideal quando não ouvirmos mais os uivos alijados dos desesperados, na periferia ou no coração da urbe’”. Com Maravilta e outros cantares, de duas décadas atrás(2001), e agora com O tambor subterrâneo, o autor aponta para um ethos indignado sempre presente em sua poesia. Entretanto, adverte: “Mas também é bom lembrar que esse

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Prescrição para frio inferno Não tente esquentar suas orelhas com a lã do pano insensível! Deixa-me aquecê-las com meu hálito quente, que sou o seu amor ardente e o capeta das suas noites frias. Nem chame qualquer ser só pela urgência do querer pele, poro, tato, luxúria, de língua canina e afiado dente, mão imperita, carícia imprudente. Não acenda o maçarico com o bico túrgido do teu seio nem tente o temerário movimento de dedos sobre as fendas da escarpa para aliviar o seu tormento, o gesto agônico e derradeiro antes de cair no despenhadeiro. Oh! não corte suas orelhas como Vincent. O melhor remédio contra o tédio e o inverno é um diabo terno e flamejante.

ethos indignado anda de mãos dadas com um procedimento de dessacralização, na esteira da reivindicação das liberações dionisíacas, compreende? Porque sempre querem nos colocar etiquetas, moldes, gravatas, e esquecem que a espécie humana se amolda contra a vontade, muito rebelde que é por natureza, muito buscadora da alegria e do gozo sem amarras”. JMN Serviço: Título: “O tambor subterrâneo” Gênero: Poesia Autor: Erorci Santana Editora: Letra Selvagem editoraelivrarialetraselvagem@gmail.com www.letraselvagem.com. br Páginas: 192 Preço de capa: R$ 60,00


O que Aprendi Com Hamlet - Porque o Mundo é um Teatro Leandro Karnal, Valderez Carneiro da Silva

Uma combinação entre a experiência de um homem do século XVI e outro do século XXI: Shakespeare e Karnal. Todo o mundo é um teatro, escreveu William Shakespeare, e homens e mulheres não passam de meros atores. No novo livro de Leandro Karnal, atores-leitores são convidados a um passeio pela própria consciência: a jornada de aprender com quem mais tem a ensinar no teatro do mundo – o criador de Hamlet. O que aprendi com Hamlet, dessa forma, revela os ensinamentos deixados pela principal peça de William Shakespeare numa combinação entre a experiência de um homem do século XVI e outro do século XXI. Tendo lido e relido a obra muitas vezes, Karnal refletiu sobre as lições que seu protagonista, o príncipe melancólico da Dinamarca, deixou e, mesmo nesta era de selfies felizes, continua a deixar. Com a colaboração de Valderez Carneiro da Silva, tradutora e especialista em Shakespeare, o autor cruza as passagens da peça como uma espécie de coaching – uma curadoria de vida.

O livro de ouro da mitologia: Histórias de deuses e heróis Thomas Bulfinch

Altares ruíram e templos se perderam nas areias do tempo, mas as religiões da Grécia e da Roma Antigas nunca despareceram por completo. Seu legado de mitos e heróis continua presente até hoje, e é o pilar da cultura ocidental. As histórias passadas de geração a geração há milênios, que hoje são peças-chave das mais populares e consagradas obras de diversas formas de arte estão reunidas aqui, sob as bênçãos de Zeus. As mais cativantes narrativas que a mente humana já criou transportam o leitor para terras onde fatos incríveis acontecem - onde belas ninfas e corajosos heróis veem seus destinos nas mãos de caprichosos deuses e criaturas fantásticas ganham vida.

Nunca Houve um Homem Como Heleno

Marcos Eduardo Neves Foram 39 anos de vida, 304 jogos como profissional e 249 gols. Heleno de Freitas era um turbilhão dentro dos campos - o grande ídolo do Botafogo na era pré-Garrincha, tendo jogado também pelo Fluminense, Vasco da Gama, Boca Juniors e pela Seleção Brasileira. Fora do gramado era um sedutor irresistível. De um amigo tricolor do Clube dos Cafajestes ganhou o apelido Gilda, que remetia à personagem de Rita Hayworth no filme homônimo de Charles Vidor: linda, glamourosa e temperamental. Atributos que se encaixavam perfeitamente em Heleno. O jogador teve uma vida intensa. Ídolo nos gramados e frequentador da alta sociedade carioca, era boêmio, perfeccionista, impulsivo e viciado em lança-perfume e éter. No fim da vida, sofrendo de sífilis e consumido pela doença, foi internado em um hospital psiquiátrico em Barbacena, Minas Gerais. Morreu, em 1959, em um sanatório, considerado louco. Nunca houve um homem como Heleno é a fascinante história de um craque-problema do futebol nacional. Página 10 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21


O Pequeno Livro das Grandes Fobias

Joana Marques Alves

Descrição: • Um medo incontrolável de balões. • Uma reação anormal ao toque no umbigo. • Um pavor inexplicável de palhaços. • Um arrepio na espinha perante a presença de anões. Existem fobias de todos os “tipos e feitios” e cada uma tem a sua história por trás. Com base em consultas a es-

pecialistas na área, que explicam o porquê destas fobias e como lidar com elas, O Pequeno Livro das Grandes Fobias relata casos de pessoas que vivem com este problema e tentam - à sua maneira - ter um dia a dia como todas as outras. E, afinal, quem não tem a sua fobia? Já descobriu aqui a sua? - Editora: Desassossego, ano: 2020

A Teoria da Dependência 50 Anos Depois Neste livro, Claudio Katz, importante e reconhecido pesquisador marxista argentino, faz uma profunda reflexão em torno da Teoria da dependência. Ele resgata as raízes e o contexto de seu surgimento e analisa suas diversas e distintas abordagens passando pelas formulações nos marcos da Cepal, pela interpretação de Andre Gunder Frank e de Fernando Henrique Cardoso e José Serra, mas se detendo principalmente na vertente marxista elaborada por Ruy Mauro Marini, Vânia Bambirra e Theotônio dos Santos.

História Bizarra da 2ª Guerra Mundial Otavio Cohen Adolf Hitler era um tirano com mania de grandeza, Winston Churchill era um grande estrategista, Franklin D. Roosevelt era um presidente bastante popular. Disso, todos sabem. Mas talvez você não tenha ouvido falar que Hitler adorava tanto o filme E o vento levou que até tentou copiá-lo. Ou que Churchill, em pleno racionamento de comida, comeu de uma só vez uma porção de carne que deveria durar uma semana. Ou ainda que o filho de Roosevelt chegou a tirar soldados americanos de um Página 11 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

avião de guerra para transportar seu cachorro em segurança. A Segunda Guerra Mundial deixou o mundo em pedaços. Mas, debaixo dos escombros, há grandes histórias inusitadas, personagens incríveis e feitos absurdos. E foi a partir dessas partes mais bizarras do conflito mais importante da história que Otavio Cohen elaborou esse livro. Diversão e conhecimento “junto e misturado”! Editora: Planeta, ano: 2015 https://mega.nz/file/6wRA0Rr A # S Ad e 4 y w - K - 3 z _ E S b a 6 N 7C9xMW0YSEdPbzT-TnutVX44


Entre o Absurdo e a Revolta Danilo Rodrigues Pimenta

Entre o absurdo e a revolta: por uma proposta filosófica para o ensino de filosofia pensada a partir de Albert Camus Nossa abordagem almeja pensar filosoficamente questões educacionais, mais precisamente, questões relacionadas ao ensino de filosofia na academia brasileira, a partir da filosofia da existência camusiana. Ao trabalhar com Camus, não pretendemos fazer uma leitura apologética nem uma crítica apressada ao autor de O mito de Sísifo. Nosso objetivo é refletir sobre como, a partir da fratura que há entre o homem e o mundo, é possível pensar um ensino de filosofia que não frature também sua relação com o ato de filosofar. Nossa pretensão é elaborar uma proposta relacionada diretamente com a experiência de vida, estabelecendo, assim, limites e possibilidades de pensar o ensino de filosofia no cenário universitário brasileiro, a partir dos conceitos camusianos. Nossa análise da obra camusiana será centrada no ciclo do absurdo e da revolta, nos ocupando, sobretudo, de O mito de Sísifo e O homem revoltado – obras em que Camus desenvolveu seus principais conceitos, a saber, absurdo e revolta, assim como sua crítica ao suicídio e ao assassinato. Não é nossa pretensão fazer de Albert Camus um teó- a partir do alargamento de alguns de seus conceitos, pensar rico da educação, tampouco apresentar uma proposta ca- uma proposta para o ensino de filosofia. Danilo Rodrigues musiana para o ensino de filosofia. O que pretendemos é, Pereira - https://www.editorafi.org/298absurdo

Contos Sobre Coragem e Gentileza Uma edição ilustrada e colorida, com catorze contos originais que irão te inspirar a realizar pequenos atos de coragem e ajudar a criar um mundo mais gentil! Por gerações, as princesas e rai-

nhas da Disney têm encantado o público com suas histórias empoderadoras. Agora, elas são protagonistas de catorze contos inéditos e inspiradores, que destacam os atos de coragem e bondade de cada heroína. Com textos primorosos e belas ilustrações – criadas por artistas de todo o mundo, incluindo a brasileira Nathanna Érica –, Contos sobre coragem e gentileza é uma linda homenagem às icônicas princesas e rainhas da Disney.

Tarryn Fisher - Stalker - Faro, 2018 Ela não quer ser igual a você. Ela quer a sua vida. Quando Fig Coxbury compra uma casa na West Barrett Street, sua maior motivação não é o amor pelo bairro, ou ter se apaixonado pelo imóvel. É para ficar mais próxima de tudo o que ela deseja: o marido, a criança e a vida que pertence a outra pessoa. Com os olhos fixos na família Avery, Fig se insere gradualmente na rotina de Jolene, Darius e sua filha, Mercy. E Página 12 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21

não para por aí… Fig invade a privacidade familiar, e logo acredita que pode assumir, definitivamente, o lugar de Jolene. Ela persegue. Copia. Manipula. Cobiça. Usa táticas e cenas a cada momento. Toda stalker tem um objetivo. Para Fig, nada deve ficar em seu caminho.


FIM DE ANO CHEGANDO Fale com o Rafa no (11) 989105795 ou pelo instagram, abaixo, faça sua encomenda e saboreie o que de melhor temos por aqui. Com um serviço que pode ir do rústico ao refinado, do churrasco a alta gastronomia, o chef Rafael Costa atende aos mais diversos paladares sempre com um menú personalizado ao

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tel, você pode contar com o conhecimento e uma boa seleção de ingredientes que ele dispõe para tornar o seu evento ainda mais especial.

...e as gostosuras que você sugerir


Death of Chopin (1885). Felix-Joseph Barrias (French, 1822-1907). Oil on canvas. Krakow National Museum #visual_arts

‘Exterieur van het Louvre’, 1880, Achille Quinet #architecture

Le Gibet de Montfaucon, Illustration for Victor Hugo’s Notre-Dame de Paris, 1850. #visual_arts #literature

Lauren Bacall photographed by John Engstead, 1940’s #photo

Pierrot et le Chat - Théophile Alexandre Steinlen #visual_arts

Rebull, La muerte de Marat - Oleo del siglo xix. Autor: Santiago Rebull (1829 - 1902), pintor mexicano nombrado por Maximiliano I su pintor de cámara; fue maestro de Diego Rivera en la Academia de San Carlos. #visual_arts

Salvador Dalí and Gala, 1947 #photo #SalvadorDalí

The Witches’ Ride, 1870, William Holbrook Beard #visual_arts Página 14 - ED. 11 - 1 Quinz Nov. 21 a


Na continuação da capa, a sequência da sessão de fotos com a criança e seu convidado

autor(a) desconhecido(a)- quem souber ajude e avise a redação para darmos o devido crédito posteriormente... Página 15 - ED. 11 - 1a Quinz Nov. 21


Não chega não! Na próxima quinzena tem mais. Acompanhe, leia, divulgue, critique, aplauda, sugira, anuncie instagram.com/zinelacre

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