Revista Xonguila Nº77

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INTELIGÊNCIA

ARTIFICIAL

Visões para 2025 e futuro

Visions for 2025 and beyond

MILLENNIUM BIM E GIRL MOVE

Fortalecimento de uma parceria

Strengthening a partnership

DESAFIO CFAO

Aqui está o grande vencedor Here’s the grand winner

Um oásis de charme em Vilankulo

A charming oasis in Vilankulo

O Tsai Tsai é um refúgio concebido para quem busca sofisticação e serenidade em perfeita harmonia com a natureza.

Um oásis de charme em Vilankulo chamado Tsai Tsai

Escrito por: Emilia Gimo

Na idílica costa de Vilankulo, onde o Oceano Índico se estende até ao horizonte, encontra-se o Tsai Tsai, um refúgio concebido para quem busca sofisticação e serenidade em perfeita harmonia com a natureza. Com

uma abordagem diferenciada, o Tsai Tsai combina design contemporâneo com detalhes artesanais, criando espaços onde o luxo e o conforto coexistem sem excessos. Cada vila e suíte foi meticulosamente planeada para oferecer privacidade absoluta, comple -

mentada por uma envolvência paisagística cuidadosamente preservada. O selo de excelência da Hooper and Louw Construction garante acabamentos primorosos e requinte.

Mais do que um destino, o Tsai Tsai é um

convite para explorar a beleza indomável da costa moçambicana. Para os amantes do mar, embarcações exclusivas, restauradas com esmero, proporcionam expedições inesquecíveis ao longo das águas cristalinas do arquipélago de Bazaruto. A bordo, tripulações

experientes asseguram um serviço de excelência, garantindo que cada passeio seja marcado pelo conforto e pela descoberta. A experiência estende-se também a terra firme. Os visitantes podem optar por vilas à beira-mar, com piscinas infinitas e vistas arrebatadoras, ou por refúgios mais recônditos, rodeados por vegetação exuberante. A emblemática Villa One, com o seu terraço panorâmico de 360 graus e jacuzzi privativo, personifica a exclusividade que define o Tsai Tsai.

Neste santuário de bem-estar, a arte culinária ocupa um lugar de destaque. Cada vila conta com um chef privado, capaz de transformar ingredientes locais em verdadeiras experiências gastronómicas. O menu, elaborado à medida das preferências de cada hóspede, equilibra sabores tradicionais e contemporâneos, promovendo uma viagem sensorial única. Para os que desejam um ambiente informal, o Dhow Beach Bar oferece um cenário perfeito para apreciar cocktails exclusivos ao som das ondas, num ambiente intimista e exclusivo para hóspedes. O crepitar da fogueira e o céu estrelado conferem um toque mágico a cada momento.

Este eco-lodge assume-se como um defensor activo da conservação marinha. Através do apoio à organização sem fins lucrativos Likhulu, contribui para a protecção dos ecossistemas costeiros e marinhos de Vilankulo e do Arquipélago de Bazaruto. O compromisso com práticas sustentáveis reflecte-se na preservação ambiental, como também no investimento nas comunidades locais e em programas educativos para futu -

Seja através da tranquilidade recantos, da excelência ou da beleza natural o Tsai Tsai convida verdadeiramente
tranquilidade dos seus excelência do seu serviço natural que o envolve, a viver momentos verdadeiramente inesquecíveis.

ros líderes da conservação.

O Tsai Tsai vai além da simples hospedagem, é uma experiência sensorial e emocional, onde cada detalhe é pensado para criar memórias duradouras. Seja através da tranquilidade dos seus recantos, da excelência do seu serviço ou da beleza natural que o envolve, este refúgio em Vilankulo convida a viver momentos verdadeiramente inesquecíveis.

Fotografia: Cortesia de Tsai Tsai

Os visitantes podem optar por vilas à beira-mar, com piscinas infinitas e vistas arrebatadoras, ou por refúgios mais recônditos, rodeados por vegetação exuberante.

Fotografia:
Cortesia de Tsai Tsai

A charming oasis in Vilankulo called Tsai Tsai

On the idyllic coast of Vilankulo, where the Indian Ocean stretches to the horizon, lies Tsai Tsai, a retreat designed for those seeking sophistication and serenity in perfect harmony with nature. With a unique approach, Tsai Tsai combines contemporary design with artisanal details, creating spaces where luxury and comfort coexist without excess. Each villa and suite has been meticulously planned to offer absolute privacy, complemented by a carefully preserved landscape. The hallmark of excellence from Hooper and Louw Construction ensures exquisite finishes and refinement.

More than just a destination, Tsai Tsai is an invitation to explore the untamed beauty of the Mozambican coast. For sea lovers, exclusive, meticulously restored boats provide unforgettable expeditions along the crystal-clear waters of the Bazaruto Archipelago. Onboard, experienced crews guarantee excellent service, ensuring that each journey is marked by comfort and discovery. The experience extends to the land as well. Visitors can choose between beachfront villas

with infinity pools and breathtaking views or more secluded retreats surrounded by lush vegetation. The iconic Villa One, with its 360-degree panoramic terrace and private jacuzzi,

epitomizes the exclusivity that defines Tsai Tsai.

In this sanctuary of well-being, culinary art takes center stage. Each villa comes with a private chef, capable of transforming local ingredients into true gastronomic experiences. The menu, tailored to each guest’s preferences, balances traditional and contemporary flavors, offering a unique sensory journey. For those who prefer a more casual setting, the Dhow Beach Bar provides the perfect backdrop to enjoy exclusive cocktails to the sound of the waves, in an intimate and guest-only atmosphere. The crackling fire and starry sky add a magical touch to every moment.

This eco-lodge positions itself as an active advocate for marine conservation. By sup-

porting the Likhulu non-profit organization, it contributes to the protection of coastal and marine ecosystems in Vilankulo and the Bazaruto Archipelago. Its commitment to sustainable practices is reflected not only in environmental preservation but also in investment in local communities and educational programs for future conservation leaders.

Tsai Tsai goes beyond simple accommodation—it is a sensory and emotional experience, where every detail is designed to create lasting memories. Whether through the tranquility of its corners, the excellence of its service, or the natural beauty that surrounds it, this retreat in Vilankulo invites you to live truly unforgettable moments.

Fotografia:
Cortesia de Tsai Tsai

PAULINA CHIZIANE E SEBASTIÃO COANA

“Diálogo entre Letras e Cores”

“Dialogue Between Letters and Colours”

18

56 WINE LOVERS

Uma nova era para amantes do vinho e do jazz

A new era for wine and jazz enthusiasts

74

BITCOIN

A ascensão de uma nova era monetária

The rise of a new monetary era

82 EMPREGO.CO.MZ

Recrutamento em Moçambique

Recruitment in Mozambique

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Visões para 2025 e futuro

Visions for 2025 and beyond

28

92 SUNEILA ABDULA

Entre fios e histórias

Between threads and tales

112

CINEMA 35MM

Mufasa: O Rei Leão

Mufasa: The Lion King

116 KARINGANA

Textos livres com assinatura

Signature free texts

DESAFIO DE EMPREENDEDORISMO CFAO

Aqui está o grande vencedor Here’s the grand winner

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FICHA TÉCNICA/BIOS

4

TSAI TSAI

Um oásis de charme em Vilankulo

A charming oasis in Vilankulo

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MILLENNIUM BIM

Reforçam a sua parceria

Strengthen their partnership

Propriedade/Property: Veludo & Mentol, Sociedade Unipessoal Lda • Conselho de Administração/Administrative Council: Omar Diogo, Nuno Soares • Director: Nuno Soares • Gestão de Conteúdos Editoriais/Editorial Content Management: Nuno Soares, Fátima Ribeiro, Omar Diogo • Copy-desk (português): Fátima Ribeiro • Colunistas/Writers: Aayat Irfan, JLM&A Consultores Moçambique, Dércio Parker, Sany Weng, Emilia Gimo • Tradução (Português-Inglês)/Translation (Portuguese-English): Pedro Sargaço • Fotografia/Photography: Helton Perengue • Design de Capa/Cover Design: Omar Diogo• Grafismo/Visuals: Omar Diogo • Infografia e Paginação/ Infographics and Pagination: Omar Diogo • Produtores Audiovisuais/Audiovisual Producers: Omar Diogo, Nuno Lopes, Ana Piedade• Gestão de Redes Sociais/ Social Media Management: Nuno Soares • Conteúdos de Marketing e Comunicação/ Marketing and Communication Contents: Omar Diogo, Nuno Azevedo • Gestão de Homepage e Edição Online/Homepage Management and Online Editing: Omar Diogo, Jorge Oliveira • Departamento Comercial/Commercial Department: Nuno Soares - comercial@xonguila.co.mz • Impressão/Printing: Txelene LDA • Distribuição/ Distribution: Flotsam Moçambique, Lda • ISSN: ISSN-0261-661 • Registo/Register: 02/Gabinfo-dec/2018 • Registo de Propriedade Industrial/Industrial Property Registration: 35065/2017 - 35066/2017 (15/01/2018)

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Estimados leitores,

Do Director / From the Director

Setenta e sete, um número que simboliza resiliência, evolução e compromisso. Cada mês, cada história, cada linha pretende ser uma celebração da criatividade e da identidade moçambicana. Nesta edição de Fevereiro, não nos limitamos a contar o presente; queremos inspirar o futuro.

Falemos, então, do futuro. A inteligência artificial já não é um conceito distante. É uma realidade que redefine as nossas interacções diárias. Do ChatGPT ao Midjourney, do DataRobot ao PathAI, os avanços tecnológicos estão a revolucionar as nossas vidas, a análise de dados e até mesmo os diagnósticos médicos. Estaremos preparados para abraçar esta nova era? Mas não é apenas a tecnologia que dita a revolução dos tempos. As finanças também estão a viver um renascimento com a ascensão das criptomoedas. Desde 2008, a Bitcoin tem redefinido o conceito de transacção financeira, retirando o intermediário e colocando o poder directamente nas mãos do utilizador. Estamos perante uma nova era monetária e, nesta edição, exploramos as suas implicações e oportunidades.

Nesta edição, apresentamos também o grande vencedor do Desafio de Empreendedorismo promovido pela CFAO, e, para os amantes da cultura, exploramos a união de Paulina Chiziane e Sebastião Coana no fascinante projecto Diálogo entre Letras e Cores. E há mais, muito mais, nas páginas desta Xonguila. Porque contar Moçambique é uma paixão sem limites e um desafio interminável.

Que esta leitura vos inspire tanto quanto nos inspira a trazê-la até vós.

Com o apoio de:

Dear readers,

Seventy-seven – a number that symbolises resilience, evolution, and commitment. Each month, each story, each line in this publication is a celebration of Mozambican creativity and identity. In this February edition, we do more than narrate the present; we aim to inspire the future.

Let’s talk about the future. Artificial intelligence is no longer a distant concept – it is a reality reshaping our daily interactions. From ChatGPT to Midjourney, from DataRobot to PathAI, technological advances are revolutionising our lives, data analysis, and even medical diagnostics. Are we ready to embrace this new era? But technology is not the only force driving this transformation. Finance, too, is undergoing a renaissance with the rise of cryptocurrencies. Since 2008, Bitcoin has redefined the concept of financial transactions, removing intermediaries and placing power directly in the hands of the user. We are witnessing a new monetary era, and in this edition, we explore its implications and opportunities.

We also present the grand winner of the CFAO Entrepreneurship Challenge and, for culture enthusiasts, delve into the collaboration between Paulina Chiziane and Sebastião Coana in the fascinating project Dialogue Between Letters and Colours. And there is more, much more, within these pages of Xonguila – because telling Mozambique’s story is an endless passion and an ever-evolving challenge.

May this edition inspire you as much as it inspires us to bring it to you.

CONFORTO DESIGN SEGURANÇA TECNOLOGIA AGILIDADE

Fotografia: Cortesia de Sebastião Coana

Paulina Chiziane e Sebastião Coana

“Diálogo entre Letras e Cores”

A intersecção entre literatura e artes plásticas atingiu um novo patamar com a exposição "Diálogo entre Letras e Cores", uma iniciativa singular que uniu dois expoentes da cultura nacional: a escritora Paulina Chiziane e o artista plástico Sebastião Coana. Mais do que uma simples exibição de obras, tratou-se de uma performance ao vivo onde pintura, literatura e música se entrelaçaram, criando uma experiência imersiva para o público.

Inaugurada recentemente na Galeria do Porto de Maputo, a mostra representou uma ousada transformação artística. Coana, com as suas vibrantes e icónicas pinceladas, deu vida ao palco lado a lado com Paulina Chiziane, cujas palavras evocaram memórias, sentimentos e reflexões profundas sobre a identidade e cultura moçambicanas. Três grandes quadros, de 2x2m, foram pintados em tempo real, testemunhando a união entre cores e narrativa. A exposição incluiu ainda 15 obras de Coana, de dimensões diversas, de 8x9cm a 23x33cm, explorando a técnica mista sobre tela com textura e impasto. Estas obras, que traduziram a luta, resiliência e sobrevivência do artista face às adversidades, puderam ser apreciadas pelo público de 30 de Janeiro a 9 de Fevereiro. Dois dos principais quadros foram leiloados, promovendo a valorização e sustentação da arte moçambicana.

“As cores, as formas e os movimentos são também formas literárias. Não vejo uma fronteira entre as artes; pelo contrário, elas caminham juntas.”
- Paulina Chiziane

O evento marcou também o arranque das actividades de Sebastião Coana para 2025, com a iniciativa "Arte na Zona" a dar continuidade à exposição nos bairros da cidade após o encerramento na galeria, uma abordagem que visou democratizar o acesso à arte permitindo que mais estudantes, curiosos e jovens talentos tivessem contacto directo com as referidas expressões artísticas inspiradoras. Para Coana, a mostra simbolizou uma aprendizagem e um desafio: "Como artista plástico e jovem, foi uma honra poder trabalhar com a mamã Paulina Chiziane. Esta foi uma iniciativa pioneira em Moçambique e trouxe muitas surpresas. Aprendi com a mamã Paulina e, ao mesmo tempo, carreguei a responsabilidade de ensinar a outros que seguem este caminho. A arte é a essência do ser humano e deve inspirar e transformar a sociedade", declarou o artista.

“Trabalhar

com Coana foi um privilégio, pois sempre sonhei em pintar. Contudo, as condições da época e o facto de ser mulher impediram-me de seguir esse sonho.”

-Paulina Chiziane

Paulina Chiziane, por sua vez, partilhou a emoção de ver a sua infância revisitada através da pintura: "As cores, as formas e os movimentos são também formas literárias. Não vejo uma fronteira entre as artes; pelo contrário, elas caminham juntas. Trabalhar com Coana foi um privilégio, pois sempre sonhei em pintar. Contudo, as condições da época e o facto de ser mulher impediram-me de seguir esse sonho. Agora, esta colaboração deu vida a essa aspiração e reforçou o diálogo entre gerações artísticas", afirmou a escritora.

A exposição traduziu-se numa experiência sensorial e emotiva onde a paleta de Coana dialogou com os contos de Chiziane, criando para as suas palavras uma dimensão visual. O uso de cores intensas não apenas ilustrou, mas também amplificou o impacto das narrativas da escritora, revelando uma união entre pintura e literatura raramente vista no cenário artístico nacional. A colaboração entre os dois grandes talentos foi uma celebração da arte moçambicana, reforçando o seu papel como elemento transformador da sociedade.

A fusão entre pintura e literatura deu origem a uma experiência artística única, onde cores e palavras se entrelaçam para contar histórias e despertar emoções.

Paulina Chiziane and Sebastião Coana

“Dialogue between Letters and Colours”

The intersection of literature and visual arts has reached a new height with the exhibition "Dialogue Between Letters and Colours", a remarkable initiative bringing together two luminaries of Mozambican culture: writer Paulina Chiziane and visual artist Sebastião Coana. More than a mere display of artworks, this was a live performance where painting, literature, and music intertwined, offering audiences an immersive experience.

Recently inaugurated at the Galeria do Porto in Maputo, the exhibition represented a bold artistic transformation. Coana, with his signature vibrant brushstrokes, took to the stage alongside Paulina Chiziane, whose words evoked memories, emotions, and profound reflections on Mozambican identity and culture. Three large-scale paintings, each measuring 2x2m, were created in real time, bearing witness to the fusion of colour and narrative. Additionally, the exhibition featured 15 of Coana’s works, ranging in size from 8x9cm to 23x33cm, employing a mixed-media technique with rich textures and impasto. These pieces, which embodied the artist’s struggles, resilience, and survival in the face of adversity, were on display from 30 January to 9 February. Two of the main paintings were auctioned, further promoting the appreciation and sustainability of Mozambican art.

The event also marked the launch of Sebastião Coana’s 2025 activities, with his Arte na Zona initiative extending the exhibition beyond the gallery, taking art directly to Maputo’s neighbourhoods. This approach aimed to democratise access to art, enabling students, enthusiasts, and young talents to engage directly with these inspiring artistic expressions. Reflecting

on the experience, Coana described it as both a challenge and a learning opportunity:

"As a young visual artist, it was an honour to work alongside Mama Paulina Chiziane. This was a pioneering initiative in Mozambique, full of surprises. I learned from Mama Paulina while also carrying the responsibility of teaching others who follow this path. Art is the essence of humanity—it must inspire and transform society," he stated.

Paulina Chiziane, in turn, expressed the deep emotions stirred by seeing her childhood memories brought to life through painting:

"Colours, shapes, and movements are also forms of literature. I see no boundaries between the arts; rather, they walk hand in hand. Working with Coana was a privilege, as I had always dreamed of painting. However, the conditions of my time and being a woman prevented me from pursuing that dream. Now, this collaboration has brought that aspiration to life and strengthened the dialogue between artistic generations," the writer reflected.

The exhibition offered a powerful sensory and emotional experience, where Coana’s palette engaged in dialogue with Chiziane’s storytell-

ing, lending a striking visual dimension to her words. His use of intense colours not only illustrated but amplified the impact of her narratives, showcasing a rare fusion of painting and literature in the Mozambican art scene. Their collaboration was a true celebration of Mozambican creativity, reinforcing art’s role as a transformative force in society.

“As a young visual artist, it was an honour to work alongside Mama Paulina Chiziane. This was a pioneering initiative in Mozambique, full of surprises.”
- Sebastião Coana
Fotografia: Cortesia de Sebastião Coana

Inteligência Artificial Visões para 2025 e futuro

No limiar de uma nova era, a inteligência artificial emerge como a força transformadora que integra todos os sectores, reconfigurando o futuro com uma ousadia inebriantes.

Inteligência Artificial Visões para 2025 e futuro

Nos últimos dois anos, assistimos a uma revolução tecnológica liderada pela inteligência artificial (IA). Ferramentas como o ChatGPT, o GitHub Copilot e o Gemini estão a transformar as possibilidades no uso da tecnologia, desde a programação de software até à interacção quotidiana com dispositivos digitais. No domínio da criação e edição de imagens, tecnologias como Midway estabeleceram novos padrões em manipulação digital, sendo fundamentais em sectores como publicidade, design gráfico e entretenimento digital. Adicionalmente, plataformas como DataRobot e PathAI ilustram o amplo espectro de aplicações desta tecnologia, que vão desde a análise de dados e previsão de tendências em negócios até melhorias significativas em diagnósticos médicos.

Esta expansão da IA ultra-

passa as fronteiras do sector tecnológico. Em casa, a IA tem aumentado a eficiência de tarefas diárias, como a gestão de e-mails e a automação residencial, tornando os lares mais conectados e inteligentes. Por outro lado, o uso governamental e militar da tecnologia segue caminhos complexos e menos divulgados. Os governos de todo o mundo estão a implementar estas ferramentas para fortalecer defesas nacionais, coordenar logísticas de emergência e optimizar a gestão de recursos urbanos. Por exemplo, sistemas de inteligência artificial são utilizados para aumentar a eficiência na colecta e análise de impostos, melhorando a capacidade dos governos de detectar fraudes fiscais e optimizar a tributação. Além disso, bases de dados inteligentes são empregues para gerir informações de cidadania e serviços públicos, aprimorando a prestação de serviços gover-

namentais e a resposta a necessidades civis. Essas aplicações eficazes geram, contudo, debates intensos sobre ética e privacidade, especialmente relacionados com o uso de reconhecimento facial e com o monitoramento contínuo da população.

No plano internacional, os Estados Unidos, através da administração Trump, anunciaram investimentos recordes em pesquisa e desenvolvimento desta tecnologia. A intenção é clara: manter a liderança tecnológica e evitar que rivais dominem este sector estratégico. A China, em resposta, tem desenvolvido plataformas importantes como a Aliyun (Alibaba Cloud) e a inovadora DeepSeek, uma ferramenta que está a revolucionar a busca visual através de algoritmos avançados que facilitam a localização e análise de imagens com uma precisão sem precedentes. Esses investimentos

A inteligência artificial está a revolucionar diversos sectores, entre os quais os de administração pública, finanças, saúde e educação.

sublinham o empenho em integrar a inteligência artificial em diferentes esferas da economia e da administração pública.

No sector financeiro, a relevância da IA é igualmente transformadora. Bancos e instituições financeiras estão a utilizar algoritmos para detectar fraudes, optimizar operações de crédito e persona-

lizar serviços para clientes. A inteligência artificial também está a revolucionar outros sectores, como o mercado de acções, onde algoritmos de alta frequência realizam transacções em milissegundos, e a logística, com sistemas inteligentes optimizando rotas e gestão de inventários. Na saúde, a inteligência artificial contribui para diagnósticos mais precisos e tratamentos

personalizados, enquanto na educação promove métodos de ensino adaptativos que se ajustam ao estilo de aprendizagem de cada aluno. Segundo a Accenture, a adopção desta tecnologia pode não apenas reduzir os custos operacionais em sectores como o financeiro em até 25%, mas também melhorar significativamente a eficiência e a satisfação do cliente em várias indústrias.

Novos campos como a robótica assistida na saúde e a personalização de experiências de compra através da IA estão a criar carreiras que não existiam, adaptando o mercado de trabalho à nova realidade tecnológica.

A influência da IA estende-se profundamente ao mercado de trabalho. De acordo com um relatório do McKinsey Global Institute, até 2030, até 30% das actividades laborais em cerca de 60% das profissões poderão ser automatizadas. Este cenário prevê redução de empregos em sectores tradicionais como manufactura e varejo, mas também antecipa o surgimento de novas oportunidades de trabalho. Empregos em tecnologia, desenvolvimento de IA e gestão de dados estão em expansão, e a demanda por especialistas em ética da IA, supervisores de sistemas autónomos e treinadores de algoritmos também está a crescer. Novos campos como a robótica assistida na saúde e a personalização de experiências de compra através desta tecnologia estão a criar carreiras que até então não existiam, adaptando o mercado de trabalho à nova realidade tecnológica. Essas mudanças requerem uma adaptação contínua das habilidades dos trabalhadores e uma revisão dos sistemas educacionais para preparar as futuras gerações para o mundo que se está a formar.

Nos próximos cinco anos, a penetração da IA em diversas áreas promete inovações revolucionárias. Na saúde, além da radiologia, integrará biotecnologia para desenvolver tratamentos personalizados baseados em genética, potencializando a medicina preventiva e a longevidade. Na educação, veremos o surgimento de ambientes de realidade virtual imersivos que usam a inteligência artificial para simular cenários complexos de aprendizagem, adaptando-se em tempo real às necessidades do aluno. Espera-se também que a inteligência artificial transforme a mobilidade urbana com sistemas de transporte autónomos e coordenados, reduzindo congestionamentos e poluição. Além disso, a adopção de assistentes pessoais inteligentes tornar-se-á mais sofisticada, antecipando necessidades individuais e optimizando as tarefas diárias de maneira proactiva e intuitiva. Com tais transformações no horizonte, quais serão os próximos limites que a inteligência artificial ousará ultrapassar?

Artificial Intelligence Visions for 2025 and beyond

Over the past two years, we have witnessed a technological revolution driven by artificial intelligence (AI). Tools such as ChatGPT, GitHub Copilot, and Gemini are reshaping the possibilities of technology, from software development to everyday interactions with digital devices. In the field of image creation and editing, technologies like Midway have set new standards in digital manipulation, becoming essential in industries such as advertising, graphic design, and digital entertainment. Additionally, platforms like DataRobot and PathAI showcase the broad spectrum of AI applications, spanning from data analysis and business trend forecasting to significant advancements in medical diagnostics. This rapid expansion of

AI extends far beyond the technology sector. In households, AI is increasing efficiency in daily tasks, such as email management and home automation, making homes more connected and intelligent. On the other hand, governmental and military applications of AI follow complex and less publicised paths. Governments worldwide are leveraging these tools to strengthen national security, coordinate emergency logistics, and optimise urban resource management. For example, AI systems are being used to improve tax collection and fraud detection, enhancing governmental efficiency in financial oversight. Additionally, intelligent databases help manage citizenship records and public services, improving administrative efficiency and responsiveness to citizens' needs. However, these

advancements also spark intense ethical and privacy debates, particularly concerning facial recognition technology and continuous population monitoring. On the global stage, the United States, under the Trump administration, announced record investments in AI research and development, with a clear objective: to maintain technological leadership and prevent rivals from dominating this strategic sector. In response, China has been developing cutting-edge platforms such as Aliyun (Alibaba Cloud) and the innovative DeepSeek, a tool revolutionising visual search with advanced algorithms that enable unprecedented accuracy in image identification and analysis.

These investments highlight the race to integrate AI into various economic and administrative spheres.

In agriculture, artificial intelligence is optimising crop yields, predicting weather conditions, and reducing waste, making production more efficient and sustainable.

With such rapid advancements on the horizon, one question remains: what boundaries will artificial intelligence push next?

In the financial sector, AI is proving to be equally transformative. Banks and financial institutions are using algorithms to detect fraud, optimise credit operations, and personalise customer services. AI is also revolutionising stock markets, where high-frequency trading algorithms execute transactions in milliseconds, and logistics, where intelligent systems enhance route planning and inventory management. In healthcare, AI enables more precise diagnostics and personalised treatments, while in education, it facilitates adaptive learning methods that cater to individual learning styles. According to Accenture, AI adoption could not only reduce operational costs in sectors such as finance by up to 25% but also significantly improve efficiency and customer satisfaction across various industries.

AI’s influence extends deeply into the job market. A report by the McKinsey Global Institute suggests that by 2030, up to 30% of tasks in approximately 60% of professions could be automated. This shift is expected to lead to job reductions in traditional sectors such as manufacturing and retail, while simultaneously creating new employment opportunities. The demand for AI-related roles—such as AI ethics specialists, autonomous system supervisors, and algorithm trainers—is on the rise. Emerging fields, such as AI-assisted healthcare robotics and personalised shopping experiences powered by AI, are generating career paths that previously did not exist, forcing the labour market to adapt to this new technological reality. These changes necessitate continuous upskilling for workers and a reassessment of education systems to prepare future generations for the evolving landscape.

Over the next five years, AI’s integration into various sectors promises groundbreaking innovations. In healthcare, beyond radiology, AI will merge with biotechnology to develop personalised treatments based on genetics, advancing preventive medicine and extending human longevity. In education, immersive virtual reality environments powered by AI will simulate complex learning scenarios, adapting in real time to students' needs. AI is also expected to transform urban mobility, with autonomous and coordinated transport systems reducing congestion and pollution. Additionally, AI-powered personal assistants will become increasingly sophisticated, proactively anticipating individual needs and streamlining daily tasks.

Chapateca

A Grande Vencedora do Desafio de Empreendedorismo da CFAO

Num ambiente vibrante de inovação e impacto social, o Desafio de Empreendedorismo da CFAO, em parceria com a revista Xonguila, revelou o seu grande vencedor: a Chapateca. Esta iniciativa, que alia educação e segurança rodoviária, conquistou a preferência do júri e do público, garantindo não apenas um reconhecimento de mérito, mas também um prémio de 60.000 meticais

e a oportunidade de apresentar o seu projecto ao programa do Grupo CFAO para futuras parcerias. Pela dimensão e potencialidade do projecto Tablet Comunitário, o Grupo CFAO decidiu abrir uma excepção e convidar os responsáveis também para o pitch na CFAO Mobility 24, reconhecendo o impacto transformador da iniciativa e o seu alinhamento com a visão de inovação e desenvolvimento sustentável promovida pelo evento.

O desafio, que teve como foco iniciativas voltadas para a mobilidade e segurança rodoviária, contou com um processo rigoroso de selecção. Os projectos participantes foram divulgados ao longo das edições da revista Xonguila em 2024, culminando numa votação que decorreu durante o mês de Janeiro e a primeira semana de Fevereiro. A decisão final foi determinada por um júri composto pelo Grupo CFAO (percentagem de influência na decisão de 40%), a revista Xonguila (40%) e o público, que pôde votar através dos canais digitais da Xonguila (percentagem de influência na decisão de 20%).

“Mais do que um concurso, este desafio representa um compromisso do grupo CFAO com o crescimento económico e social de Moçambique. Queremos apoiar empreendedores que têm ideias viáveis, escaláveis e que possam gerar impacto real. Que todos os empreendedores, independentemente do resultado de hoje, saibam que o caminho do empreendedorismo é

feito de desafios, mas também de grandes conquistas.”. — Henrique Bettencourt, Director Geral do Grupo CFAO Moçambique

Uma biblioteca móvel com uma dupla missão

A Chapateca é verdadeira força transformadora. Criada com o propósito de promover o acesso à educação entre comunidades em situação socioeconómica vulnerável, esta iniciativa destaca-se pela sua abordagem criativa: transformar chapas (minibus de transporte colectivo) em bibliotecas móveis. Assim, além de fomentar a leitura e o conhecimento, a Chapateca desempenha um papel crucial na disseminação de mensagens de sensibilização social, especialmente no que toca à segurança rodoviária.

Os mentores do projecto, Shádia Gafur e Constance Fleury, acreditam firmemente que a educação é um direito fundamental e um pilar essencial para o desenvolvimento humano e social.

“Este

desafio representa um compromisso do grupo CFAO com o crescimento económico e social de Moçambique. Queremos apoiar empreendedores que têm ideias viáveis, escaláveis e que possam gerar impacto real.”

O trabalho da Chapateca baseia-se numa metodologia pedagógica abrangente, que visa não só a alfabetização, mas também o desenvolvimento do pensamento crítico, a construção de autonomia e autoconfiança, a promoção da igualdade de género e o estímulo à criatividade.

Num país onde a taxa de analfabetismo ainda é significativa (18.8%) e o acesso a livros e informação é limitado tanto em áreas rurais (49.4%) como urbanas (50.7%), a Chapateca emerge como uma solução inovadora e necessária. Além do acesso à leitura, o projecto tem um impacto directo na segurança rodoviária, ensinando a crianças, jovens e adultos boas práticas no trânsito, a importância da sinalização e os riscos da condução sob efeito do álcool.

Expansão e Necessidades

Com a vitória no Desafio de Empreendedorismo da CFAO, a Chapateca ganha novo fôlego para expandir as suas actividades. Além das bibliotecas móveis, a associação pretende estabelecer uma rede de bibliotecas comunitárias nos bairros periurbanos das principais cidades, trabalhando em parceria com associações locais e autoridades públicas. Estas bibliotecas fixas funcionarão como centros de aprendizagem e promoção da leitura, proporcionando um ambiente seguro e propício para o desenvolvimento

intelectual das comunidades.

Contudo, para concretizar esta visão, a Chapateca necessita de apoio contínuo. Entre as principais necessidades do projecto estão recursos humanos (um motorista e dois funcionários dedicados), custos de combustível, materiais essenciais como livros, tendas e almofadas, bem como despesas operacionais, incluindo créditos de comunicação e fornecimentos de escritório.

O reconhecimento concedido pelo Desafio de Empreendedorismo da CFAO não apenas valida a relevância do projecto, mas também reforça o seu potencial de impacto a longo prazo. Esta distinção representa um voto de confiança na missão da Chapateca e um incentivo para que mais parceiros e patrocinadores se juntem a esta causa. Afinal, investir na educação e na segurança rodoviária é investir num futuro mais consciente, seguro e inclusivo para Moçambique.

Importa também destacar e parabenizar os outros projectos participantes, que apresentaram ideias inovadoras e impactantes. O alto nível das propostas demonstra o potencial empreendedor existente no país e reforça a importância de iniciativas como a da Chapateca para impulsionar soluções transformadoras para a sociedade.

Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Inovação e impacto social foram protagonistas do Desafio de Empreendedorismo da CFAO, impulsionando soluções para um futuro melhor.

Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Chapateca

The Grand Winner of the CFAO Entrepreneurship Challenge

In a vibrant atmosphere of innovation and social impact, the CFAO Entrepreneurship Challenge, in partnership with Xonguila magazine, has crowned its grand winner: Chapateca. This initiative, which combines education and road safety, won over both the jury and the public, securing not only well-deserved recognition but also a prize of 60,000 meticais and the opportunity to present its project to the CFAO Group’s programme for future partnerships. Due to the scale and potential of the Tablet Comunitário project, CFAO Group made an exception and invited the team to pitch at CFAO Mobility 24, acknowledging the initiative’s transformative impact and its alignment with the event’s vision of innovation and sustainable development.

A Rigorous Selection Process

The challenge focused on initiatives related to mobility and road safety and involved a thorough selection process. Participating projects were featured in editions of Xonguila magazine throughout 2024, culminating in a voting period spanning January and the first week of February. The final decision was determined by a jury comprising CFAO Group (40% influence on the outcome), Xonguila magazine (40%), and the public, who voted through Xonguila’s digital channels (20%)

“More than just a competition, this challenge represents CFAO Group’s commitment to Mozambique’s economic and social growth. We want to support entrepreneurs with viable, scalable ideas that can create real impact. To all entrepreneurs, regardless of today’s outcome, know that the path of entrepreneurship is full

of challenges but also great achievements.”

— Henrique Bettencourt, General Manager, CFAO Group Mozambique.

A Mobile Library with a Dual Mission Chapateca is a true force for transformation. Created to promote access to education among socially and economically vulnerable communities, the initiative stands out for its creative approach: converting chapas (public minibus transport) into mobile libraries. Beyond fostering reading and knowledge, Chapateca plays a crucial role in spreading social awareness messages, particularly regarding road safety.

The project’s mentors, Shádia Gafur and Constance Fleury, firmly believe that education is a fundamental right and a key pillar for human and social development. Chapateca’s work is grounded in a comprehensive educational methodology, aiming not only at literacy but also at developing critical thinking, fostering autonomy and self-confidence, promoting gender equality, and encouraging creativity.

In a country where illiteracy remains significant (18.8%) and access to books and information is limited in both rural (49.4%) and urban (50.7%) areas, Chapateca emerges as an innovative and essential solution. In addition to providing access to reading, the project directly impacts road safety, educating children, young people, and adults on traffic best practices, the importance of signage, and the dangers of drink-driving.

Expansion and Support Needed

Winning the CFAO Entrepreneurship Chal-

lenge gives Chapateca new momentum to expand its activities. In addition to mobile libraries, the organisation aims to establish a network of community libraries in the peri-urban neighbourhoods of major cities, working in partnership with local associations and public authorities. These fixed libraries will serve as learning centres, fostering reading and providing a safe environment for intellectual development.

However, bringing this vision to life requires ongoing support. Among the project’s key needs are human resources (a driver and two dedicated staff members), fuel costs, essential materials such as books, tents, and cushions, as well as operational expenses, including communication credits and office supplies.

The recognition bestowed by the CFAO Entrepreneurship Challenge not only validates the project’s relevance but also strengthens its potential for long-term impact. This distinction serves as a vote of confidence in Chapateca’s mission and an incentive for more partners and sponsors to join the cause. After all, investing in education and road safety is an investment in a more informed, safer, and inclusive future for Mozambique.

It is also important to acknowledge and commend the other participating projects, which presented innovative and impactful ideas. The high calibre of proposals highlights the country’s entrepreneurial potential and reinforces the importance of initiatives like Chapateca in driving transformative solutions for society.

O Millennium bim tem apoiado a formação de jovens mulheres através do “Programa Change de Liderança e Inovação Social”, promovendo o empoderamento feminino e a transformação das comunidades.

Millennium bim e Girl Move

reforçam parceria para a capacitação de jovens mulheres em Moçambique

O Millennium bim e a Girl Move Academy assinaram um Memorando de Entendimento que fortalece uma parceria de longa data focada na capacitação e liderança feminina em Moçambique. A cerimónia decorreu em Maputo e contou com a presença do Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Millennium bim, Rui Pedro, e da representante da Girl Move em Moçambique, Marta Roff.

Desde 2019, o Millennium bim tem apoiado a formação de jovens mulheres através do "Programa Change de Liderança e Inovação Social", promovendo o empoderamento feminino e a transformação das comunidades. Ao longo dos últimos seis anos, centenas de jovens beneficiaram desta parceria, que inclui bolsas de estudo, programas de mentoria e estágios, tanto no Millennium bim, em Moçambique, como no Millennium BCP, em Portugal.

Com este novo acordo, o Banco reafirma o seu compromisso de investir no talento e na liderança feminina, proporcionando oportunidades de desenvolvimento a mais jovens moçambicanas e contribuindo activamente para uma sociedade mais equitativa, próspera e sustentável.

"Acreditamos que apoiar a educação e a liderança feminina é investir no futuro de Moçambique. O reforço desta parceria reflecte o compromisso do Banco com o empoderamento das jovens, garantindo que tenham acesso a ferramentas e oportunidades que lhes permitam transformar positivamente as suas famílias, as suas comunidades e o País como um todo", afirmou Rui Pedro, PCE do Millennium bim.

Por sua vez, Marta Roff, representante da Girl Move, destacou a importância deste apoio contínuo: "O investimento na formação de jovens mulheres líderes é essencial para impulsionar o desenvolvimento social e económico do país. O Millennium bim tem sido um parceiro estratégico neste caminho, e juntos continuaremos a criar oportunidades que transformam vidas e comunidades".

Move Academy enquadra-se na iniciativa "Mais Moçambique Pra Mim", o programa de Responsabilidade Social do Millennium bim, que apoia projectos de impacto social sustentável, especialmente nas áreas de educação, desporto, saúde, cultura, e desenvolvimento comunitário.

A Girl Move Academy é uma organização reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho inovador na formação de líderes femininas. O seu programa tem sido fundamental para reduzir o abandono escolar, prevenir casamentos prematuros e fortalecer o papel das mulheres na sociedade moçambicana.

Com este novo capítulo, o Millennium bim e a Girl Move Academy reafirmam o seu compromisso em transformar a realidade de milhares de jovens mulheres, garantindo que o seu potencial seja plenamente aproveitado para o desenvolvimento do País.

“Acreditamos que apoiar a educação e a liderança feminina é investir no futuro de Moçambique.”

A parceria entre o Millennium bim e a Girl

Rui Pedro, PCE do Millennium bim

O Millennium bim e a Girl Move Academy reafirmam o seu compromisso em transformar a realidade de milhares de jovens mulheres, garantindo que o seu potencial seja plenamente aproveitado para o desenvolvimento do País.

Fotografia: Cortesia de Millennium bim

Millennium bim e Girl Move

Strengthen Partnership to Empower Young Women in Mozambique

Millennium bim and the Girl Move Academy have signed a Memorandum of Understanding to reinforce a long-standing partnership focused on female empowerment and leadership in Mozambique. The signing ceremony took place in Maputo, attended by the CEO of Millennium bim, Rui Pedro, and the Girl Move representative in Mozambique, Marta Roff.

Since 2019, Millennium bim has supported the training of young women through the "Change Programme for Leadership and Social Innovation", promoting female empowerment and community transformation. Over the past six years, hundreds of young women have benefited from this partnership, which includes scholarships, mentoring programmes, and internships at both Millennium bim in Mozambique and Millennium BCP in Portugal.

With this new agreement, the Bank reaffirms its commitment to investing in talent and female leadership, providing development opportunities for more young Mozambican women and actively contributing to a more equitable, prosperous, and sustainable society.

"We believe that supporting education and female leadership is an investment in Mozambique’s future. Strengthening this partnership reflects the Bank’s commitment to empowering young women, ensuring they have access to tools and opportunities that enable them to positively transform their families, communities, and the country as a whole," said Rui Pedro, CEO of Millennium bim.

Marta Roff, representing Girl Move, also highlighted the significance of this ongoing support: "Investing in the education of young female leaders is essential for driving the country’s social and economic development. Millennium bim has been a strategic partner in this journey, and together, we will continue creating opportunities that change lives and communities."

The partnership between Millennium bim and the Girl Move Academy is part of the "More Mozambique for Me" initiative, Millennium bim’s Corporate Social Responsibility programme, which supports sustainable social impact projects, particularly in the areas of education, sport, health, culture, and community development.

The Girl Move Academy is internationally recognised for its innovative work in developing female leaders. Its programme has been instrumental in reducing school dropout rates, preventing early marriages, and strengthening the role of women in Mozambican society.

With this new chapter, Millennium bim and the Girl Move Academy reaffirm their commitment to transforming the lives of thousands of young women, ensuring that their potential is fully harnessed for the country’s development.

“Investing in the education of young female leaders is essential for driving the country’s social and economic development.” – Marta Roff
Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Uma Nova Era para os Amantes do Vinho e do Jazz

Fundado em 2013, o Wine Lovers surgiu como um refúgio para os entusiastas do vinho, oferecendo um conceito inovador em Maputo. Inicialmente posicionado como uma casa de vinho com loja associada, o restaurante ganhou notoriedade, mas, ao longo dos anos, viu-se afastado do seu conceito original. Em 2024, sob nova gestão, o Wine Lovers resgata a sua essência e reinventa-se, tornando-se um espaço de experiência sensorial onde o vinho, a gastronomia e a música se encontram num ambiente intimista e acolhedor.

Uma das grandes apostas da nova gestão, pelo proprietário Frederico Silva, é a curadoria dos vinhos, liderada pelo sommelier Bruno Darsam, que traz a sua experiência como jurado em provas internacionais e representante de diversas vinhas sul-africanas. O Wine Lovers prima por oferecer uma carta variada, privilegiando rótulos exclusivos e menos comuns no mercado. Cada vinho é seleccionado segundo critérios rigorosos, que incluem a qualidade, a origem e a singularidade da uva, proporcionando aos clientes uma experiência enológica autêntica e diferenciada.

Para além da gastronomia e do vinho, o Wine Lovers aposta fortemente na cultura e no entretenimento. As "Wine Wednesdays" são um dos eventos emblemáticos da casa, oferecendo provas de vinho que promovem a educação enológica e a socialização entre apreciadores. As noites de Jazz, realizadas às quintas-feiras, trazem artistas de renome nacional e internacional, criando uma atmosfera sofisticada e intimista. Para um público mais diversificado, o restaurante or-

ganiza eventos temáticos, desde noites de Bossa Nova e rodas de Samba, até sessões mensais de Tango. Também está aberto a acolher eventos corporativos exclusivos, ajustando-se às necessidades específicas de cada cliente.

A recente modernização do Wine Lovers inclui algumas melhorias estéticas. Com um novo logotipo minimalista e uma paleta cromática refinada que combina tons de bege, cinza e vinho, o restaurante apresenta uma identidade visual elegante e contemporânea. A esplanada foi renovada com um ripado de madeira, o que torna o ambiente mais fresco e convidativo. Estas mudanças têm sido amplamente elogiadas pelos clientes habituais e atraído novos visitantes, consolidando o Wine Lovers como um dos pontos de referência na capital moçambicana.

O espaço distingue-se da tendência gourmet predominante em Maputo, oferecendo uma cozinha caseira e bem confeccionada. O menu, de inspiração portuguesa, inclui pratos como alheira frita, ovos rotos, bife à cervejeiro e frango à Wine Lovers. A selecção de tapas é também

O Wine Lovers é um espaço de experiência sensorial para quem aprecia vinho, gastronomia e boa música.

um dos pontos altos, com petiscos como carne em vinha d’alhos, batatas bravas e saladinha de polvo. Para os apreciadores de sabores locais, destacam-se o caril de caranguejo desfiado e o caril de camarão. Um dos diferenciais da casa é o sistema de pratos do dia, planeados semanalmente para garantir variedade aos clientes habituais. Esta abordagem permite uma rotação constante de receitas, evitando a monotonia e incentivando a exploração gastronómica.

O compromisso do Wine Lovers com a qualidade vai além da selecção dos vinhos. Um dos investimentos mais significativos foi a aquisição de um equipamento de conservação que permite servir vinho a copo sem comprometer a sua integridade. Este sistema inovador utiliza gás Argónio para preservar o vinho por até três meses, garantindo que cada copo servido mantém todas as suas propriedades e sabores originais. O conhecimento é um dos pilares fundamentais do restaurante. A equipa recebe formações regulares com o sommelier residente e participa em sessões promovidas por vinícolas parceiras. Esta iniciativa visa elevar o padrão de atendimento e criar uma experiência mais rica para os clientes, garantindo que cada sugestão de vinho esteja em perfeita sintonia com o prato escolhido.

A gerência valoriza a opinião dos clientes, mas adopta uma abordagem selectiva ao feedback. Enquanto aspectos relacionados com o serviço são prontamente considerados para melhorias, sugestões que possam desviar o restaurante da sua identidade original são analisadas com reservas. Esta postura permite manter a autenticidade do conceito e evitar uma homogeneização que o tornaria semelhante a outros estabelecimentos. Um dos mais recentes projectos do Wine Lovers é o "Wine Bar", uma iniciativa que leva a experiência do

O Wine Lovers prima por oferecer uma carta variada de vinhos, privilegiando rótulos exclusivos e menos comuns no mercado.
Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

restaurante para eventos externos, sejam eles corporativos ou de lazer. Esta extensão da marca aposta numa estrutura móvel, oferecendo uma selecção cuidada de vinhos de médio a alto perfil, servidos por profissionais treinados. Com este conceito, expandem a sua influência e reforçam a sua presença no panorama enogastronómico moçambicano.

Com um conceito renovado, uma abordagem diferenciada e um compromisso firme com a qualidade, o Wine Lovers reafirma-se como um destino de excelência para quem aprecia vinho, gastronomia e boa música. O restaurante entra numa nova fase, mas sem perder a essência que sempre o distinguiu.

A New Era for Wine and Jazz Enthusiasts

Founded in 2013, Wine Lovers emerged as a haven for wine enthusiasts, introducing an innovative concept in Maputo. Initially established as a wine house with an attached shop, the restaurant gained recognition but, over the years, drifted from its original concept. In 2024, under new management, Wine Lovers is reclaiming its essence and reinventing itself as a sensory experience hub, where wine, gastronomy, and music blend in an intimate and welcoming environment.

One of the key initiatives of the new management, led by owner Frederico Silva, is the wine curation, spearheaded by sommelier Bruno Darsam. With experience as a judge in international tastings and as a representative of various South African wineries, he brings an expert touch. Wine Lovers stands out by offering a diverse selection of exclusive and rare labels, carefully chosen based on quality, origin, and grape uniqueness, providing guests with an authentic and distinctive oenological experience.

Beyond gastronomy and wine, Wine Lovers is deeply invested in culture and entertainment. The renowned "Wine Wednesdays" offer wine tastings that promote wine education and social interaction among enthusiasts. On Thursday Jazz Nights, national and international artists set the tone, creating a sophisticated and intimate ambiance. Themed events, such as Bossa Nova nights, Samba sessions, and monthly Tango gatherings, cater to a diverse audience. The venue is also open to hosting exclusive corporate events, tailored to each client’s needs.

The recent modernization of Wine Lovers brought significant aesthetic enhancements. A new minimalist logo and a refined color palette featuring beige, gray, and wine tones lend the restaurant an elegant and contemporary identity. The outdoor terrace has been refreshed with wooden slats, making the space cooler and more inviting. These updates have been well received by regular patrons and have attracted new visitors, solidifying Wine Lovers as a key reference point in Maputo’s dining scene.

Unlike the prevailing gourmet trend in Maputo, Wine Lovers focuses on well-prepared, homemade cuisine. The Portuguese-inspired menu features dishes such as fried alheira sausage, "ovos rotos" (broken eggs with potatoes), beer-infused steak, and the house-special "Frango à Wine Lovers". The tapas selection is another highlight, offering delights like meat marinated in wine and garlic, "batatas bravas," and octopus salad. For those who enjoy local flavors, specialties include shredded crab curry and prawn curry. A rotating daily specials menu ensures variety for regular guests, encouraging them to explore new

flavors while avoiding monotony.

Wine Lovers' commitment to quality goes beyond its wine selection. One of its most significant investments is a state-of-the-art preservation system, allowing wine to be served by the glass without compromising its integrity. This innovative system, which uses argon gas to preserve wine for up to three months, ensures that each glass retains its original taste and aromas. Knowledge and training are core values of the restaurant—staff members undergo regular training sessions with the in-house sommelier and participate in workshops organized by partner wineries, ensuring that each wine recommendation perfectly complements the selected dish.

Management values customer feedback but takes a selective approach to suggestions. While service-related aspects are promptly addressed, proposals that could shift the restaurant away

from its original identity are carefully evaluated. This ensures Wine Lovers maintains its authenticity, avoiding blending into the standard restaurant scene.

A recent initiative, the "Wine Bar", extends Wine Lovers’ experience beyond its premises. Designed for corporate and private events, this mobile bar offers a curated selection of premium wines, served by trained professionals. With this project, Wine Lovers expands its influence, strengthening its presence in Mozambique’s wine and gastronomy scene.

With a renewed concept, a distinctive approach, and an unwavering commitment to quality, Wine Lovers reaffirms itself as a premier destination for wine lovers, food enthusiasts, and jazz aficionados. The restaurant enters a new phase, yet remains true to the essence that has always set it apart.

Fotografia:
Cortesia de Helton Perengue

Turismo Regenerativo Uma abordagem para a revitalização do sector

Oturismo, uma das indústrias mais impactantes do mundo, enfrenta desafios sem precedentes. A pandemia da COVID-19, os conflitos armados e a situação sociopolítica nacional e global expuseram as fragilidades do sector, acelerando a necessidade de uma transformação rápida. Neste contexto, surge o conceito de turismo regenerativo, uma abordagem inovadora e sustentável que procura não apenas a recuperação económica, mas também a regeneração dos ecossistemas e das comunidades que acolhem os visitantes. Este artigo explora formas de revitalizar o turismo, apresentando modelos e casos de sucesso na África Subsaariana e noutras partes do mundo.

O turismo regenerativo vai além da sustentabilidade, promovendo a melhoria dos ambientes naturais e sociais. O foco está na regeneração dos recursos, no bem-estar das comunidades locais e na restauração dos ecossistemas. Mais do que minimizar impactos negativos, este modelo estabelece uma relação de interdependência entre turistas e comunidades locais, tornando os visitantes agentes de mudança positiva. A imersão nas culturas locais é fundamental, incentivando a vivência de tradições e modos de vida autênticos. Para além da conservação, os turistas

podem participar em projectos de reflorestação, limpeza de praias e recuperação de habitats naturais, promovendo uma maior consciência ambiental.

Globalmente, o conceito de turismo regenerativo tem vindo a ganhar impulso. A revitalização do turismo requer uma abordagem multifacetada, incluindo a participação comunitária, a adaptação às mudanças climáticas, a diversificação de produtos e a implementação de práticas regenerativas. Exemplos na África Subsaariana e noutros locais demonstram que, com inovação e colaboração, é possível transformar crises em oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável.

O turismo comunitário tem-se revelado uma estratégia eficaz, garantindo que os benefícios económicos sejam distribuídos de forma equitativa. Na Tanzânia, iniciativas em Zanzibar e Ngorongoro promovem o turismo sustentável e a preservação cultural. Paralelamente, países como as Maldivas adoptam medidas inovadoras para mitigar os impactos climáticos, incluindo a construção de resorts sustentáveis e a promoção do ecoturismo. Na África Subsaariana, cidades como Lagos e Nairobi investem em infra-estru-

Escrito por: Dércio Parker

turas e segurança para atrair turistas, enquanto eventos culturais e festivais impulsionam o turismo urbano. A Costa Rica implementa práticas regenerativas para preservar as suas florestas tropicais e biodiversidade, e a Islândia aposta na diversificação de produtos turísticos, como o turismo de inverno e observação de auroras boreais, reduzindo a sazonalidade.

Moçambique, com a sua diversidade de ecossistemas, possui grande potencial para o turismo regenerativo. Iniciativas que apoiam a conservação de áreas marinhas e terrestres podem promover a biodiversidade e revitalizar a economia local. Para que estas iniciativas sejam verdadeiramente regenerativas, é essencial um esforço conjunto entre o governo, as empresas de turismo e as comunidades locais. Ao transformar a forma como o turismo é praticado, Moçambique pode tornar-se um exemplo global de turismo responsável, construindo um legado que respeita a terra e as pessoas que nela habitam.

O envolvimento das comunidades é crucial. O turismo regenerativo permite que os residentes participem activamente na gestão do turismo, criando oportunidades económicas e promovendo a valorização das suas culturas e tradições. Através de iniciativas de ecoturismo, os visitantes são encorajados a contribuir para a reabilitação de habitats e a adopção de práticas sustentáveis. Várias organizações já desenvolvem programas de ecoturismo em reservas naturais, como o Parque Nacional da Gorongosa, gerando receitas reinvestidas na conservação e no desenvolvimento das comunidades.

Na Ilha de Moçambique, o turismo comunitário tem ganhado destaque, com visitantes a participarem em experiências culturais, como a gastronomia e o artesanato locais, contribuindo directamente para as economias locais. Programas de conservação marinha, como limpeza de praias e monitorização de espécies, ajudam a proteger os ecossistemas costeiros e a fomentar um turismo responsável.

Apesar das oportunidades, Moçambique enfrenta desafios significativos, como a falta de infra-estruturas adequadas, a necessidade de formação em turismo sustentável e a gestão de recursos naturais. A colaboração entre governo, ONGs, empresas de turismo e comunidades é essencial para superar estes obstáculos.

O turismo regenerativo tem o potencial de transformar o sector turístico moçambicano, proporcionando benefícios económicos e sociais enquanto protege e recupera o meio ambiente. A chave para o sucesso reside na colaboração e no compromisso de todos os actores envolvidos, garantindo que o turismo seja uma experiência regenerativa e enriquecedora para todos.

Na próxima edição exploraremos a regeneração sob o ponto de vista do posicionamento estratégico, destacando iniciativas e práticas inovadoras para um futuro sustentável no turismo. Não perca!

A revitalização do turismo requer uma abordagem multifacetada, incluindo a participação comunitária, a adaptação às mudanças climáticas, a diversificação de produtos e a implementação de práticas regenerativas.

Regenerative Tourism An approach to revitalising the sector

Tourism, one of the world’s most impactful industries, is facing unprecedented challenges. The COVID-19 pandemic, armed conflicts, and national and global socio-political instability have exposed the sector’s vulnerabilities, accelerating the need for rapid transformation. In this context, the concept of regenerative tourism has emerged—an innovative and sustainable approach that seeks not only economic recovery but also the regeneration of ecosystems and the communities that host visitors. This article explores ways to revitalise tourism, presenting models and success stories from Sub-Saharan Africa and other parts of the world.

Regenerative tourism goes beyond sustainability by promoting the improvement of both natural and social environments. Its focus is on resource regeneration, community well-being, and ecosystem restoration. More than just minimising negative impacts, this model establishes a relationship of interdependence between tourists and local communities, turning visitors into agents of positive change. Cultural immersion is fundamental, encouraging the experience of authentic traditions and ways of life. Beyond conservation, tourists can take part in reforestation projects, beach clean-ups, and habitat restoration, fostering greater environmental awareness.

Globally, the concept of regenerative tourism has been gaining momentum. Revitalising tourism requires a multi-faceted approach, including community participation, climate adaptation, product diversification, and the implementation of regenerative practices. Examples from Sub-Saharan Africa and beyond demonstrate that, with innovation and collaboration, crises can be transformed into opportunities for sustainable growth and development.

Community-based tourism has proven to be an effective strategy, ensuring that economic benefits are distributed equitably. In Tanzania, initiatives in Zanzibar and Ngorongoro promote sustainable tourism and cultural preservation. Meanwhile, countries such as the Maldives have adopted innovative measures to mitigate climate impacts, including the construction of sustainable resorts and the promotion of ecotourism. In Sub-Saharan Africa, cities like Lagos and Nairobi are investing in infrastructure and security to attract tourists, while cultural events and festivals boost urban tourism. Costa Rica implements regenerative practices to preserve its tropical forests and biodiversity, while Iceland is diversifying its tourism offerings with winter tourism and Northern Lights experiences, reducing seasonal dependency.

Mozambique, with its diverse ecosystems, has great

Escrito por:

potential for regenerative tourism. Initiatives supporting the conservation of marine and terrestrial areas can help promote biodiversity and revitalise the local economy. For these initiatives to be truly regenerative, a joint effort between the government, tourism businesses, and local communities is essential. By transforming the way tourism is practised, Mozambique can become a global example of responsible tourism, building a legacy that respects both the land and its people.

Community involvement is crucial. Regenerative tourism allows local residents to actively participate in tourism management, creating economic opportunities and promoting the appreciation of their cultures and traditions. Through ecotourism initiatives, visitors are encouraged to contribute to habitat rehabilitation and the adoption of sustainable practices. Several organisations are already developing ecotourism programmes in nature reserves, such as Gorongosa National Park, generating revenue that is reinvested in conservation and community development.

On Mozambique Island, community-based tourism has been gaining prominence, with visitors taking

part in cultural experiences, such as local cuisine and crafts, directly contributing to local economies. Marine conservation programmes, including beach clean-ups and species monitoring, help protect coastal ecosystems and foster responsible tourism.

Despite its opportunities, Mozambique faces significant challenges, such as a lack of adequate infrastructure, the need for training in sustainable tourism, and resource management. Collaboration between the government, NGOs, tourism businesses, and communities is essential to overcome these obstacles.

Regenerative tourism has the potential to transform Mozambique’s tourism sector, providing economic and social benefits while protecting and restoring the environment. The key to success lies in collaboration and commitment from all stakeholders, ensuring that tourism becomes a regenerative and enriching experience for everyone involved.

In the next edition, we will explore regeneration from a strategic positioning perspective, highlighting innovative initiatives and sustainable practices for the future of tourism. Stay tuned!

A Ascensão de uma Nova Era Monetária

A Bitcoin é uma criptomoeda que surgiu em 2008 como inovação revolucionária no cenário financeiro global.

Em 2008, a Bitcoin emergiu como uma inovação revolucionária no cenário financeiro global. Representada pelo símbolo ₿ e conhecida tecnicamente como BTC ou XBT, foi desenvolvida por uma pessoa ou grupo que usou o pseudónimo Satoshi Nakamoto. Esta criptomoeda mudou o jogo financeiro ao eliminar a necessidade de bancos para mediar transacções, permitindo que indivíduos de todo o mundo trocassem valores directamente entre si.

Desde o seu surgimento, a Bitcoin foi con-

cebida com o propósito de oferecer uma liberdade sem precedentes nas transacções, garantindo segurança e privacidade longe do alcance das autoridades monetárias tradicionais. A primeira unidade desta moeda foi "minerada" a 3 de Janeiro de 2009. A mineração é um processo essencial na criação de novas unidades desta moeda digital e envolve usar computadores para resolver problemas matemáticos complexos que ajudam a validar transacções na rede. Os mineradores são recompensados com novas moedas, garantindo assim a circulação de novas unidades e a manutenção da segurança do sistema.

Nos seus primeiros dias, a Bitcoin era negociada por meros centavos de dólar. Em Fevereiro de 2025, alcançou um valor impressionante de 97.827 dólares americanos, evidenciando a sua aceitação crescente e a confiança estabelecida como reserva de valor e meio de troca. Além da moeda em si, a tecnologia por detrás, a blockchain, é um registo digital onde todas as transacções são anotadas e verificadas pela rede de utilizadores. Esta tecnologia protege os dados contra fraudes, tendo também inspirado o surgimento de várias outras criptomoedas (Ethereum, Ripple e Litecoin, entre outras),

cada uma com as suas próprias características e inovações.

No cenário prático, a Bitcoin transcendeu os círculos de entusiastas de tecnologia e ganhou espaço entre grandes corporações e governos. Países como El Salvador adoptaram a Bitcoin como moeda legal, e grandes empresas como a Tesla começaram a aceitá-la como pagamento, sinalizando uma mudança significativa no reconhecimento global do seu valor. O mercado de criptomoedas é dinâmico, e as bolsas digitais onde essas moedas são negociadas tornaram-se tão cruciais quanto as bolsas de valores tradicionais. As carteiras digitais, por sua vez, tornaram-se ferramentas essenciais para o gerenciamento seguro destes activos. Apesar do seu potencial disruptivo, a jornada da Bitcoin não tem sido isenta de desafios. A volatilidade dos preços e os debates regulatórios são temas recorrentes que reflectem as tensões entre a inovação financeira e a necessidade de segurança e estabilidade no mercado.

As criptomoedas continuam a ser um tema de debate acalorado sobre o seu papel no futuro financeiro global. Entre oscilações de preço e inovações tecnológicas, permanecem como uma das experiências financeiras mais intrigantes da actualidade, representando um movimento em direcção a uma maior autonomia no gerenciamento de recursos financeiros pessoais e empresariais. Este panorama mostra que estamos apenas no início de uma era que pode muito bem redefinir como o mundo vê e usa o dinheiro. Para muitos em Moçambique e além, isso representa uma oportunidade de participar activamente na formação desse novo horizonte financeiro, onde a liberdade e a inovação caminham lado a lado.

Eliminando a necessidade de bancos para mediar transacções, a Bitcoin permitiu que indivíduos de todo o mundo trocassem valores directamente entre si.

In 2008, Bitcoin emerged as a revolutionary innovation in the global financial landscape. Represented by the symbol ₿ and technically known as BTC or XBT, it was developed by an individual or group under the pseudonym Satoshi Nakamoto. This cryptocurrency transformed the financial system by eliminating the need for banks as intermediaries, allowing individuals world -

wide to exchange value directly with one another. From its inception, Bitcoin was designed to offer unprecedented financial freedom, ensuring security and privacy beyond the reach of traditional monetary authorities. The first unit of this digital currency was "mined" on 3 January 2009. Mining is a crucial process for creating new Bitcoin units, involving the use of computers to solve complex mathematical problems

that validate transactions on the network. Miners are rewarded with new coins, ensuring the continued circulation of units and maintaining the security of the system.

In its early days, Bitcoin was traded for mere cents. However, by February 2025, it had reached an astonishing value of $97,827, demonstrating its growing acceptance and the confidence placed in it as both a store of value and a medium of exchange. Beyond the currency itself, the underlying blockchain technology acts as a digital ledger where all transactions are recorded and verified by a decentralised network of users. This technology protects data against fraud and has inspired the creation of numerous other cryptocurrencies, such as Ethereum, Ripple, and Litecoin, each with its own innovations and applications.

On a practical level, Bitcoin has moved beyond tech-enthusiast circles and gained recognition among major corporations and even governments. Countries such as El Salvador have adopted Bitcoin as legal tender, while major companies like Tesla have begun accepting it as payment, sig -

nalling a significant shift in global recognition of its value. The cryptocurrency market has become highly dynamic, with digital exchanges playing a role as crucial as traditional stock markets. Meanwhile, digital wallets have become essential tools for securely managing these assets.

However, Bitcoin's journey has not been without challenges. Its extreme price volatility and ongoing regulatory debates

remain key points of discussion, reflecting the tensions between financial innovation and the need for market security and stability.

Cryptocurrencies continue to spark heated debate regarding their role in the future of global finance. Amid price fluctuations and technological advancements, they remain one of the most intriguing financial experiments of our time, paving the way for

greater autonomy in the management of both personal and corporate financial resources. As this new era unfolds, it is clear that we are only at the beginning of a transformation that may redefine how the world perceives and utilises money. For many in Mozambique and beyond, this revolution represents an opportunity to actively participate in shaping a new financial horizon— one where freedom and innovation go hand in hand.

Cryptos remain a hotly debated topic regarding their role in the future of global finance.

Recrutamento em Moçambique

Como os stakeholders podem contribuir para melhorar o índice de compatibilidade

Recrutamento em Moçambique

Como

os stakeholders podem contribuir para melhorar

o índice de compatibilidade

Tendências e Desafios

O mercado de trabalho em Moçambique enfrenta desafios e oportunidades crescentes. Dados extraídos da plataforma emprego.co.mz indicam que, no ano de 2024, 82 recrutadores publicaram 1.143 vagas, sendo de salientar que o número real de recrutadores é consideravelmente maior, atendendo ao facto de no universo dos recrutadores referenciados constarem agências de recrutamento, que representam o interesse de várias entidades. O acesso às vagas publicadas possibilitou o envio de 155.232 candidaturas, dos quais 17% ocorreram pela primeira vez na plataforma.

Estes dados surgem num contexto em que o mercado de trabalho enfrenta desafios, tanto a nível da procura (escassez de oportunidades de trabalho, baixa qualificação), como da oferta, (falta de transparência nos processos, favorecendo o nepotismo ou concentração geográfica de oportunidades nas grandes cidades, com ênfase para a capital).

Pretende-se aqui, com base nos dados estatísticos, abordar sucintamente de que forma os principais agentes do recrutamento, nomeadamente candidatos e recrutadores, podem melhorar o processo de matchmaking.

O processo de recrutamento pelo qual o recrutador

opta pode limitar a identificação do candidato ideal, o que ilustra a importância do formato utilizado.

Os dados revelam que o preenchimento completo do perfil pelo candidato e a utilização pelas empresas de ferramentas adequadas permitem aumentar a probabilidade de compatibilidade em 24%.

Óptica do Recrutador

Durante o ano transacto, 244 vagas do total das publicadas não viram os seus processos “filtrados” pelas ferramentas de matchmaking da plataforma. O facto de o processo pelo qual opta o recrutador poder ter limitado a identificação do candidato ideal enfatiza a importância da decisão do formato de recrutamento sobre a taxa de sucesso do mesmo.

A plataforma emprego.co.mz possibilita a utilização de tecnologias como a avaliação de compatibilidade salarial entre candidatos e recrutadores, utilização de Inteligência Artificial para matchmaking, aumentando a probabilidade de adequação do perfil com a vaga ou uma melhor análise de grandes volumes de dados, cruzando as competências dos candidatos com os requisitos das posições disponíveis. Esta abordagem permite reduzir o tempo gasto no processo, minimizar erros de selecção e melhorar a correspondência entre perfis e oportunidades. Como consequência, os recrutadores

Conclusão

encontram candidatos mais alinhados com as suas necessidades.

Óptica do Candidato

Os dados estatísticos de 2024 revelam que 28% dos candidatos não preencheu na totalidade a informação referente ao seu perfil. O preenchimento completo e actualizado do perfil do candidato aumenta significativamente as suas chances de selecção. Um perfil robusto permite que os recrutadores identifiquem com maior precisão as competências, experiências e qualificações do candidato, aumentando a probabilidade de compatibilidade. Essa transparência reduz a necessidade de triagens adicionais e melhora a eficiência do processo selectivo, tornando o candidato mais competitivo e visível para oportunidades alinhadas com seu perfil. No sentido inverso, o não preenchimento devido implica, em certos casos, uma motivação para exclusão do processo.

Os dados revelam que a combinação de duas variáveis, nomeadamente preenchimento completo do perfil por parte do candidato e utilização de ferramentas adequadas por parte das empresas, permitem aumentar a probabilidade de compatibilidade em 24%.

Reiteramos que estes dados são apenas das vagas de emprego formal divulgadas por recrutadores que usam processos transparentes no emprego.co.mz, e, portanto, representam apenas uma amostra das vagas disponíveis em Moçambique.

Recruitment in Mozambique How Stakeholders Can Help Improve the Compatibility Index

Trends and Challenges

The job market in Mozambique faces increasing challenges and opportunities. Data extracted from the emprego.co.mz platform indicate that, in 2024, 82 recruiters posted 1,143 vacancies. It is important to highlight that the actual number of recruiters is considerably higher, given that the referenced recruiters include recruitment agencies that represent the interests of multiple entities. The access to the published vacancies enabled the submission of 155,232 applications, of which 17% were submitted for the first time on the platform.

Recruiter's Perspective

During the past year, 244 vacancies out of the total published were not “filtered” through the platform’s matchmaking tools. The fact that the process chosen by the recruiter may have limited the identification of the ideal candidate highlights the importance of the decision regarding the recruitment format on its success rate.

The emprego.co.mz platform enables the use of technologies such as salary compatibility assessment between candidates and recruiters,

These figures emerge in a context where the job market faces challenges both in terms of demand (scarcity of job opportunities, low qualification levels) and supply (lack of transparency in processes, favouring nepotism or the geographical concentration of opportunities in major cities, especially the capital).

This article aims, based on statistical data, to briefly address how the main recruitment stakeholders, namely candidates and recruiters, can improve the matchmaking process.

the use of Artificial Intelligence for matchmaking, increasing the likelihood of profile suitability for the vacancy, or better analysis of large volumes of data, cross-referencing candidates’ skills with the requirements of the available positions. This approach allows for a reduction in the time spent on the process, minimises selection errors, and improves the match between profiles and opportunities. As a result, recruiters find candidates more aligned with their needs.

Candidate's Perspective

Statistical data from 2024 reveal that 28% of candidates did not fully complete the information regarding their profile. Fully completing and updating a candidate’s profile significantly increases their chances of selection. A robust profile allows recruiters to identify with greater precision the candidate’s skills, experiences, and qualifications, increasing the

probability of compatibility. This transparency reduces the need for additional screenings and improves the efficiency of the selection process, making the candidate more competitive and visible for opportunities aligned with their profile. Conversely, failure to properly complete the profile may, in certain cases, lead to exclusion from the process.

Conclusion

The data reveal that the combination of two variables, namely the complete filling of the candidate’s profile and the use of appropriate tools by companies, allows for an increase in the probability of compatibility by 24%.

We reiterate that these data pertain only to formal job vacancies disclosed by recruiters who use transparent processes on emprego. co.mz and, therefore, represent only a sample of the vacancies available in Mozambique.

Entre fios e histórias

A arte de bordar de Suneila Abdula

Costumo dizer que os meus bordados são mais do que decoração – são histórias contadas com linhas e cores.

Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Entre fios e histórias A arte de bordar de Suneila Abdula

A arte tem múltiplas formas de se manifestar, e Suneila Abdula encontrou caminho através da delicadeza dos fios e do ritmo compassado da agulha no tecido. Engenheira ferroviária de formação, Suneila descobriu no bordado um refúgio e, sem o prever, uma nova paixão que se transformaria na essência da sua marca, Su Entre Linhas.

Técnica ancestral, o bordado é uma linguagem de paciência e sensibilidade, um processo quase meditativo que permite transformar emoções em arte. Para Suneila, cada peça que cria é mais do que um simples trabalho manual – é uma história com linhas entrelaçada, com significado tanto para si como para quem a recebe. Com um olhar atento ao detalhe e uma dedicação

Como descreve o tipo de bordados que faz e que nome dá ao seu trabalho?

O meu trabalho mistura o bordado livre com outras técnicas artísticas, como a pintura em aquarela sobre tecido, resultando em peças que são simultaneamente subtis e expressivas. Bordo principalmente porta-maternidades, porta-alianças e peças de decoração com elementos inspirados na natureza, na feminilidade e na literacia, sempre com o intuito de transmitir sentimentos e criar conexões. Costumo dizer que os meus bordados são mais do que decoração – são histórias contadas com linhas e cores.

Quando começou a trabalhar com bordados e o que a motivou a seguir este caminho?

Aprendi a bordar em 2021, de forma despretensiosa, como um passatempo e uma forma de terapia. Sempre tive uma inclinação para trabalhos manuais e a criatividade esteve presente na minha vida desde cedo, mas foi no bordado que encontrei um meio de expressão que me trouxe equilíbrio e bem-estar.

profunda ao ofício, a fundadora da Su Entre Linhas partilha connosco a sua jornada, desde os primeiros pontos até à afirmação da sua identidade artística. Suneila fala sobre o percurso que a levou do universo ferroviário ao bordado, as inspirações que alimentam a sua criatividade e a forma como o trabalho artesanal se tornou um elo de conexão entre as suas emoções e o mundo.

À medida que fui aperfeiçoando a técnica e partilhando os meus bordados, percebi que havia algo de especial naquilo que fazia – não só para mim, mas também para quem via e recebia as peças que eu fazia de presente. Só comecei a empreender com o bordado mais de um ano depois de ter aprendido a bordar. O incentivo das pessoas à minha volta foi essencial para eu transformar esta paixão num trabalho.

Recebeu formação na área ou aprendeu de forma autodidacta?

Sou completamente autodidacta. Aprendi a bordar através de muita experimentação, pesquisa e prática. Passei horas a testar diferentes pontos, a combinar cores e a descobrir que materiais funcionavam melhor. O processo de aprendizagem foi (e continua a ser) um caminho de descoberta, onde cada novo bordado me ensina algo. Hoje, sinto-me confortável para partilhar este conhecimento com outras pessoas e incentivar quem quer iniciar-se no bordado.

Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Engenheira ferroviária de formação, Suneila descobriu no bordado um refúgio e uma nova paixão que se transformaria na essência da sua marca, Su Entre Linhas.

Até hoje, quantos trabalhos já fez e há algum que se destaque como especial para si?

Por encomenda, já criei mais de 130 bordados, além de muitos outros que fiz por inspiração ou para oferecer a pessoas especiais. Cada peça tem o seu próprio significado, mas algumas marcaram-me particularmente. Um deles foi um bordado encomendado para celebrar os 50 anos de casamento de um casal – a cliente ficou tão emocionada com o resultado que me disse que a peça passaria a fazer parte da história da família. Também guardo com carinho os bordados personalizados que fiz para momentos únicos, como o porta-alianças que criei para o casamento de uma prima que é como uma irmã para mim. Cada peça carrega uma história, e esse é o maior encanto do bordado.

Como é a procura pelo seu trabalho? Há muitas encomendas e clientes interessados?

A procura pelo meu trabalho tem crescido organicamente, especialmente através do Instagram, onde partilho o meu processo e as peças finalizadas. Tenho tido um número consistente de encomendas e, embora nem sempre consiga aceitar todas, tento manter uma agenda organizada para dar resposta aos pedidos com a atenção que cada um merece. O facto de cada peça ser feita à mão e personalizada torna o processo mais demorado, mas os clientes valorizam essa exclusividade e o carinho colocado em cada detalhe.

Que tipo de feedback recebe do público? Há alguma história ou reacção que a tenha marcado?

O feedback tem sido muito positivo e motivador. Muitas pessoas dizem que os meus bordados lhes transmitem calma e delicadeza, e isso, para mim, é um dos maiores elogios. Já recebi mensagens emocionadas de clientes que encomendaram bordados para homenagear alguém especial ou para marcar momentos únicos das suas vidas, como a chegada de um bebé na família e a união de duas famílias. Lembro-me particularmente de uma cliente que me encomendou um porta-alianças para o seu casamento e, depois da cerimónia, partilhou comigo o quanto a peça foi admirada e se tornou um detalhe especial na celebração. Saber que o meu trabalho não só encanta visualmente, mas também cria memórias e ligações afectivas dá-me ainda mais vontade de continuar. É por momentos assim que este ofício vale a pena.

Onde se podem adquirir os seus trabalhos?

Os meus bordados podem ser adquiridos através da página do Instagram @ su.entrelinhas, onde partilho o meu portefólio e abro agenda para encomendas personalizadas. Quem estiver interessado pode entrar em contacto comigo por mensagem para discutir ideias e detalhes.

Quais foram os maiores desafios que enfrentou nesta área e como os superou?

O maior desafio tem sido equilibrar o tempo entre o bordado e outras responsabilidades. Como cada peça exige muitas horas de trabalho, tento organizar melhor a minha agenda e estabelecer prazos realistas. Outro desafio foi acreditar no meu próprio valor como artista –no início, questionava se as pessoas realmente iriam valorizar o meu trabalho, mas, com o tempo e o retorno positivo dos clientes, ganhei mais confiança.

Qual foi o trabalho mais complexo ou demorado que já fez? Pode descrever a experiência?

Um dos bordados mais complexos que já fiz foi a borboleta que criei antes mesmo de começar a vender, e que mais tarde se tornou o símbolo da minha marca. Esse bordado tem um lugar especial no meu coração pelo que representou no meu percurso. Foi um processo longo, que durou cerca de três semanas, marcado por muita experimentação, erros, acertos e muitos ajustes. Mais do que uma peça, foi um aprendizado – tanto no bordado como em mim mesma.

Apesar das imperfeições, gostei do resultado e ganhei confiança para criar outros bordados em pintura de agulha. Olhando para trás, vejo que foi um exercício de superação e um marco na minha decisão de empreender com os bordados.

Quais são os seus planos para o futuro?

Pensa em expandir, criar novos produtos ou ensinar outras pessoas?

Quero continuar a explorar novas técnicas dentro do bordado e criar peças cada vez mais especiais. Em breve, irei realizar oficinas e cursos presenciais para ensinar esta arte a mais pessoas, pois acredito que o bordado tem um impacto muito positivo, não só como forma de expressão, mas também como uma prática terapêutica.

Para mais informações: Instagram: @su.entrelinhas WhatsApp: 869380755

Acredito que o bordado tem um impacto muito positivo, não só como forma de expressão, mas também como uma prática terapêutica.

Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Fotografia: Cortesia de Helton Perengue

Between threads and stories

The art of embroidery by Suneila Abdula

Art has multiple ways of manifesting itself, and Suneila Abdula found her path through the delicacy of threads and the steady rhythm of the needle on fabric. A railway engineer by training, Suneila discovered embroidery as a refuge and, without expecting it, a new passion that would become the essence of her brand, Su Entre Linhas.

An ancestral technique, embroidery is a language of patience and sensitivity, an almost meditative process that allows emotions to be transformed into art. For Suneila, each piece she creates is more than just handicraft – it is a story woven with threads, carrying meaning both for herself and for those who receive it. With an attentive eye for detail

How do you describe the type of embroidery you create, and what name do you give your work?

My work blends free embroidery with other artistic techniques, such as watercolor painting on fabric, resulting in pieces that are both subtle and expressive. I mainly embroider maternity door hangers, wedding ring pillows, and decorative pieces with elements inspired by nature, femininity, and literacy, always aiming to convey feelings and create connections. I often say that my embroideries are more than decoration –they are stories told with threads and colors.

When did you start working with embroidery, and what motivated

and deep dedication to her craft, the founder of Su Entre Linhas shares her journey with us, from her first stitches to the affirmation of her artistic identity. Suneila talks about the path that led her from the railway industry to embroidery, the inspirations that fuel her creativity, and how artisanal work has become a bridge connecting her emotions to the world.

you to follow this path?

I learned to embroider in 2021, unpretentiously, as a hobby and a form of therapy. I have always been inclined towards handicrafts, and creativity has been present in my life from an early age, but it was in embroidery that I found a means of expression that brought me balance and well-being. As I improved my technique and shared my embroidery pieces, I realized there was something special in what I was creating – not just for me, but also for those who saw and received my work as gifts. I only started my embroidery business more than a year after learning the craft. The encouragement from people around me was essential in turning this passion into a career.

Did you receive training in this field, or did you learn in a self-taught way?

I am completely self-taught. I learned to embroider through a lot of experimentation, research, and practice. I spent hours testing different stitches, combining colors, and discovering which materials worked best. The learning process has been (and still is) a journey of discovery, where each new embroidery piece teaches me something. Today, I feel comfortable sharing this knowledge with others and encouraging those who want to start embroidering.

So far, how many works have you created, and is there one that stands out as particularly special to you?

By commission, I have created over 130 embroidery pieces, in addition to many others that I made out of inspiration or as gifts for special people. Each piece has its own meaning, but some have marked me in particular. One was an embroidery commissioned to celebrate a couple’s 50th wedding anniversary – the client was so moved by the result that she told me the piece would become part of her family's history. I also hold dear the personalized embroideries I have made for unique moments, such as the wedding ring pillow I created for my cousin’s wedding – she is like a sister to me. Each piece carries a story, and that is the greatest charm of embroidery.

How is the demand for your work?

Do you receive many orders and have interested customers?

The demand for my work has grown organically, especially through Instagram, where I share my process and finished pieces. I have had a steady number of orders and, although I can't always accept all of them, I try to keep an organized schedule to handle requests with the attention they deserve. The fact

that each piece is handmade and personalized makes the process more time-consuming, but customers appreciate this exclusivity and the care put into every detail.

What kind of feedback do you receive from the public? Is there any story or reaction that has particularly touched you?

The feedback has been very positive and encouraging. Many people say that my embroidery conveys calmness and delicacy, which, to me, is one of the greatest compliments. I have received heartfelt messages from customers who ordered embroidery to honor someone special or to mark unique moments in their lives, such as the arrival of a baby in the family or the union of two families. I particularly remember a customer who ordered a wedding ring pillow for her wedding and, after the ceremony, shared with me how much the piece was admired and became a special detail of the celebration. Knowing that my work not only enchants visually but also creates memories and emotional connections motivates me even more to continue. Moments like these make this craft worthwhile.

Where can your work be purchased?

My embroidery pieces can be purchased through my Instagram page @su.entrelinhas, where I share my portfolio and open slots for personalized orders. Those interested can contact me via direct message to discuss ideas and details.

What have been the biggest challenges you have faced in this field, and how have you overcome them?

The biggest challenge has been balancing my time between embroidery and other responsibilities. Since each piece requires

many hours of work, I try to organize my schedule better and set realistic deadlines. Another challenge was believing in my own worth as an artist – in the beginning, I wondered if people would truly appreciate my work, but over time, with the positive response from customers, I gained more confidence.

What has been the most complex or time-consuming piece you have created? Can you describe the experience?

One of the most complex embroideries I made was a butterfly that I created even before I started selling my work, which later became the symbol of my brand. This embroidery holds a special place in my heart for what it represented in my journey. It was a long process, taking about three weeks, marked by a lot of experimentation, mistakes, corrections, and adjustments. More than just a piece, it was a learning experience – both in embroidery and in myself. Despite its imperfections, I loved the result and gained confidence to create other embroidered paintings. Looking back, I see it as an exercise in overcoming challenges and a milestone in my decision to pursue embroidery professionally.

What are your future plans? Do you plan to expand, create new products, or teach others?

I want to continue exploring new techniques within embroidery and create increasingly special pieces. Soon, I will be offering workshops and in-person courses to teach this art to more people, as I believe embroidery has a highly positive impact, not only as a form of expression but also as a therapeutic practice.

For more information: Instagram:@su.entrelinhas WhatsApp: 869380755

“It was in embroidery that I found a means of expression that brought me balance and well-being.”

Millennium bim apoia exposição

“Madjoni-Djoni”

OMillennium bim, em parceria com o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) e o Centro Cultural Moçambicano-Alemão(CCMA), inauguraram no dia 11 de Fevereiro, a exposição "Madjoni-Djoni – Retratos de Mineiros e Famílias Moçambicanas na África do Sul", da autoria do artista moçambicano Nuno Silas. A mostra, apoiada pelo Millennium bim no âmbito do seu programa de Responsabilidade Social “Mais Moçambique Pra Mim”, explora a história da migração laboral moçambicana para a África do Sul e os impactos desta experiência na identidade cultural do País.

Numa abordagem multidisciplinar, integrando fotografia, pintura, instalação e vídeo, a exposição oferece uma visão abrangente sobre a realidade dos mineiros moçambicanos desde o século XIX. O trabalho de Nuno Silas, artista nascido em Maputo em 1988, evidencia

de Nuno Silas

não apenas as duras condições a que estes trabalhadores foram submetidos, mas também as estratégias de resistência e reinvenção cultural que emergiram nesse contexto.

Memória e Identidade em Movimento

A exposição revisita o fenómeno da migração de moçambicanos para as minas sul-africanas, motivada pela busca de melhores condições de vida e, em determinados períodos históricos, pela fuga ao recrutamento militar. Durante o regime do Apartheid, estes trabalhadores enfrentaram exploração extrema e segregação racial, mas também desenvolveram formas próprias de preservação da sua identidade, como a dança makwayela, símbolo de resistência e pertença.

Através de imagens e instalações interactivas, “Madjoni-Djoni” não se limita a um registo histórico, mas abre espaço para uma reflexão

sobre os impactos contemporâneos da migração e da luta por dignidade e reconhecimento.

Para Moisés Jorge , PCA do Millennium bim, o apoio a esta exposição reforça a missão do Banco de valorizar a arte e a história de Moçambique: “Apoiar esta exposição é uma forma de

dar visibilidade às narrativas que moldaram o nosso país e que continuam a influenciar a nossa sociedade. Os retratos dos mineiros e das suas famílias retratam uma parte fundamental da nossa história, evidenciando os desafios e as contribuições dos moçambicanos na diáspora. Sentimo-nos honrados por contribuir para que este legado seja contado e reconhecido, reforçando o nosso papel na promoção de debates culturais essenciais”.

No seguimento da exposição, realizou-se a conferência "Migração e Movimentos de Resistência: A Jornada e os Desafios". O evento, moderado por Nuno Silas, contou com a presença de artistas, académicos e investigadores de diversas áreas, incluindo literatura, música, cinema e antropologia, para debater as dinâmicas da migração e as formas de resistência que surgem neste processo. Com uma abordagem interdisciplinar, a conferência foi uma oportunidade para reflectir sobre os impactos culturais, sociais e políticos das migrações, tanto nos países de origem como nos de destino.

A exposição "Madjoni-Djoni – Retratos de Mineiros e Famílias Moçambicanas na África do Sul" estará patente ao público no CCFM e no CCMA de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h, até ao próximo dia 29 de Março de 2025.

Temos arte milenar em Moçambique

Moçambique, com sua rica e diversificada história, é lar de diversas pinturas rupestres que datam de milhares de anos, oferecendo uma janela fascinante para as vidas e crenças dos povos antigos que uma vez chamaram esta terra de lar. Foram até agora descobertas pinturas rupestres nas zonas montanhosas das províncias de Manica, Tete, Nampula, Zambézia e Niassa.

No monte de Chinhamapere, por exemplo, localizado na província de Manica, encontram-se, num abrigo sobre rocha, pinturas que são verdadeiros tesouros pré-históricos. Retratam uma variedade de cenas que vão desde rituais de dança até cenas de caça, passando pela representação de várias espécies de animais, como elefantes, leões e antílopes. No vale do Rio Limpopo, há pinturas rupestres igualmente impressionantes. Aqui, as figuras humanas são frequentemente acompanhadas por animais, indicando a importância da fauna para as comunidades locais, tanto em termos de sustento quanto de espiritualidade.

Estas pinturas também sugerem uma conexão profunda com a natureza e um entendimento sofisticado dos ciclos naturais, essencial para a sobrevivência e prosperidade.

É interessante apercebermo-nos de que as cores não são aleatórias. Os pigmentos vermelhos, muitas vezes feitos de hematite (óxido de ferro anídrico), podiam simbolizar sangue, poder ou energia vital, enquanto os pigmentos brancos, feitos de caulino, podiam representar pureza ou acesso ao espiritual. Cada pintura é uma complexa narrativa visual, carregada de simbolismo e significado.

As pinturas rupestres são um convite a olhar para trás, para a longa e diversificada história que se desenrolou neste solo. Preservá-las e estudá-las é crucial para entender melhor a história de Moçambique, e compartilhá-la com o mundo. Estes esforços são essenciais para garantir que futuras gerações também possam aprender e inspirar-se nestas janelas que dão luz para o passado.

We have ancient art in Mozambique

Mozambique, with its rich and diverse history, is home to numerous rock paintings dating back thousands of years. These artworks provide a fascinating glimpse into the lives and beliefs of ancient peoples who once inhabited this land. So far, rock paintings have been discovered in the mountainous regions of the provinces of Manica, Tete, Nampula, Zambézia, and Niassa.

One remarkable site is Mount Chinhamapere in Manica province, where prehistoric treasures are preserved within a rock shelter. These paintings depict a variety of scenes, from ritual dances to hunting expeditions, alongside representations of animals such as elephants, lions, and antelopes. Similarly, in the Limpopo River Valley, there are equally striking rock paintings. Here, human figures are often shown alongside animals, highlighting the significance of wildlife for local communities, both as a source of sustenance and in spiritual contexts. These artworks suggest a profound connection with nature and a sophisticated understanding of natural cycles, essential for survival and prosperity.

Notably, the choice of colours was far from random. Red pigments, often derived from haematite (anhydrous iron oxide), may have symbolised blood, power, or vital energy, while white pigments, made from kaolin, could represent purity or a connection to the spiritual realm. Each painting is a complex visual narrative, rich in symbolism and meaning.

These rock paintings invite us to look back at the long and diverse history that has unfolded on this land. Preserving and studying them is crucial for a deeper understanding of Mozambique’s past and for sharing this heritage with the world. Such efforts are essential to ensure that future generations can continue to learn from and be inspired by these extraordinary windows into history.

Zero sobre Zero, o Espião que Veio de Kigali

De Aurélio Furdela

A literatura policial, em que se insere esta obra de Aurélio Furdela, é uma construção narrativa que impõe um trabalho de reconstrução de um itinerário definido, com a absorção constante da informação ao detalhe, de reconstituição dos passos dados do efeito até à causa, da constatação dos próprios factos, do crime, até ao momento da sua ocorrência. A maior

Zero sobre Zero, the Spy who Came from Kigali

Crime fiction, the literary genre to which Aurélio Furdela’s work belongs, is built on a narrative structure that requires the careful reconstruction of a defined path. It involves the constant absorption of detailed information, retracing steps from effect to cause, and piecing together events from the crime itself back to the moment it was committed. Much of the plot revolves around the investigation.

Aurélio Furdela delivers a highly dynamic novel with the hallmarks of a detective story, where characters not only experience the unfolding events but also play an active role in narrating them. A gripping book, full of suspense until the very end.

parte do enredo está centrada na investigação.

Aurélio Furdela traz-nos uma obra bastante dinâmica, com características de um romance policial, em que os personagens, que vivem e sofrem as acções, participam na narração. Um livro impressionante e cheio de suspense até ao fim.

Mufasa: O Rei Leão

A mais recente obra-prima da Disney, "Mufasa", chega aos cinemas prometendo a todos os que apreciam o género uma história bem contada com visuais de cortar a respiração.

"Mufasa" é uma prequela do famoso "O Rei Leão", isto é, é um filme que se foca em eventos anteriores ao que “O Rei Leão” conta, fornecendo mais contexto e aprofundando a história dos personagens que o público já conhece. Enquanto "O Rei Leão" se concentra principalmente na história de Simba e sua jornada para se tornar o rei, "Mufasa" trata a origem e a história do pai de Simba, Mufasa, desde pequeno até se tornar rei de Pride Lands.

Com uma narrativa envolvente, "Mufasa" é uma exploração profunda das aventuras e desafios que moldam o carácter e destino do futuro rei. O elenco estelar, liderado por actores de renome que emprestam suas vozes aos personagens, traz uma nova profundidade aos papéis, tornando cada momento do filme memorável. Aaron Pierre dá voz a Mufasa, enquanto Donald Glover e Beyoncé retornam como Simba e Nala, respectivamente. Blue Ivy Carter assume o papel de Kiara, e Mads Mikkelsen encarna Kiros. Estes são apenas alguns dos talentos envolvidos, pois muitos outros contribuem para a riqueza vocal do filme. A química entre os personagens é palpável, o que acentua o drama e a intensidade da história.

Visualmente, o filme é um feito cinematográfico. Com tecnologia de ponta, a equipa de produção conseguiu criar paisagens deslumbrantes, um verdadeiro regalo para os olhos, complementadas por uma banda sonora vibrante que nos coloca em África. Composta com mestria, a música acompanha a narrativa, elevando cada cena e tornando ainda mais fortes as emoções.

Desde o seu lançamento, "Mufasa" tem dominado as bilheteiras globais, arrecadando impressionantes cifras que o colocam como um dos filmes mais bem-sucedidos do ano até ao momento. A crítica especializada aplaudiu o filme, destacando-o como um forte candidato aos principais prémios do cinema, graças à sua direcção inovadora, roteiro envolvente e impacto emocional.

Com uma produção exemplar e uma história que toca o coração, recomenda-se vivamente esta magnífica história de superação e liderança a todos os admiradores de histórias inspiradoras e visuais espectaculares. Para os que preferem o conforto de suas casas, "Mufasa" estará disponível no catálogo da Disney+ após a sua janela de exibição nos cinemas.

Mufasa: The Lion King

Disney’s latest masterpiece, Mufasa, arrives in cinemas, promising all fans of the genre a well-told story with breathtaking visuals.

Mufasa is a prequel to the renowned The Lion King, meaning it focuses on events that take place before the original film, providing more context and deepening the backstory of characters already familiar to audiences. While The Lion King primarily follows Simba’s journey to becoming king, Mufasa explores the origins and history of Simba’s father, Mufasa, from his childhood to his rise as ruler of the Pride Lands.

With a compelling narrative, Mufasa delves into the adventures and challenges that shape the future king’s character and destiny. The stellar cast, led by renowned actors lending their voices to the characters, adds depth to the roles, making every moment memorable. Aaron Pierre voices Mufasa, while Donald Glover and Beyoncé return as Simba and Nala, respectively. Blue Ivy Carter takes on the role of Kiara, and Mads Mikkelsen portrays Kiros. These are just a few of the talents involved, as many others contribute to the film’s rich vocal performances. The chemistry between the characters is palpable, intensifying the drama and emotional impact of the story.

Visually, the film is a cinematic achievement. Using cutting-edge technology, the production team has crafted stunning landscapes—a true feast for the eyes—complemented by a vibrant soundtrack that transports viewers to Africa. Masterfully composed, the music enhances the narrative, elevating every

scene and amplifying the film’s emotional depth.

Since its release, Mufasa has dominated global box offices, earning impressive figures that place it among the most successful films of the year so far. Critics have praised the film, highlighting it as a strong contender for major cinema awards, thanks to its innovative direction, engaging script, and emotional impact.

With exceptional production values and a story that resonates, this magnificent tale of resilience and leadership is highly recommended for fans of inspiring narratives and breathtaking visuals. For those who prefer the comfort of home, Mufasa will be available on Disney+ after its theatrical run.

LEITE ASSOCIATED HEALTH

Calcula-se a soma de dois corações em harmonia, Multiplicam-se sorrisos por beijos distribuídos ao amanhecer.

Subtrai-se qualquer tristeza, divide-se o peso da vida, Eis a equação perfeita para bem viver.

Para cada instante de paixão, adicione-se uma medida generosa de amizade, Dobre-se a cumplicidade, porque é preciso mais que duplicar. No gráfico dos dias, observe-se a ascensão Da curva que ensina o quão belo é se entregar.

Misturam-se na caldeira da vida poemas, prosas, Tempera-se o quotidiano com surpresas a cada virar de lua.

Deixam-se cozer em lume brando os sonhos partilhados, Acrescentam-se risos que aquecem e a atmosfera perfumam.

A família, esse alicerce, entrelaça-se na trama como constante universal, Balizando o amor, valor supremo e sempre fiel.

Nesta receita, a componente mais doce É o amor que partilhamos, que nos eleva ao céu.

Decifração da Conta:

1. (2 corações) + (sorrisos x beijos) - tristezas + (peso ÷ 2)

Um equilíbrio perfeito onde amor e partilha são essenciais.

2. [(paixão)^x + (amizade)^y + (cumplicidade)^2z]

As formas geométricas das emoções, construindo pontes indestrutíveis.

3. ((sonhos + surpresas) x risos)

A fórmula para dias luminosos, plenos de alegria e paz.

4. família = constante essencial

O elemento constante, o núcleo vital para a plenitude do ser.

Pintado Gaspar

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Revista Xonguila Nº77 by Revista Xonguila - Issuu