June 15th 2019

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Tribuna

Portuguesa 2 a QUINZENA DE JUNHO DE 2019

Ano XL - No. 1295 Modesto, California | $2.00 / $45.00 Anual

Ready to make your mark!


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Editorial

15 de Junho de 2019

O ORGULHO EM SERMOS PORTUGUESES E LUSO-DESCENDENTES! THE PRIDE IN BEING PORTUGUESE AND PORTUGUESE-AMERICANS!

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hegamos a junho e começamos a sentir aquela saudade das nossas terrinhas de origem ou aldeias dos nossos antepassados. Começamos a celebrar as festas do Espírito Santo que foram iniciadas pela Rainha Santa Isabel com a fundação da Irmandade do Espírito Santo em 1296 na Vila de Alenquer embora segundo alguns historiadores tenham sido iniciadas pelos Franciscanos anterior a 1280 antes de Isabel de Aragão ter casado com El Rei D. Diniz. Embora esquecidas ou pouco celebradas no território nacional, é no Arquipélago dos Açores, na sua diáspora e no Brasil que estas festas têm o seu expoente máxi-

mo atualmente. Mas este ano de 2019, o Domingo de Pentecostes coincidiu com o fim de semana do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. E no próprio dia 10 de junho foi igualmente segunda-feira do Espírito Santo, da Pombinha e Dia dos Açores. A comunidade portuguesa da Califórnia teve um fim de semana mesmo em cheio. No sábado, dia 8, o festival anual do Dia de Portugal no History Park em San José levou mais uma vez milhares de pessoas a celebrar a portugalidade. O domingo de Pentecostes, dia 9, reuniu o maior número de pessoas nas diversas localidades no estado do El Dorado para celebrar a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Acontece também que a Seleção Nacional jogava (e vencia) a final da Liga das Nações da UEFA no Estádio do Dragão no Porto. E foi novamente um golo solitário que levou a segunda taça europeia para Portugal em apenas três anos. Não nos podemos esquecer do bonito concerto de música clássica numa igreja centenária portuguesa na cidade de San José. Na segunda-feira, dia 10, foi erguida a bandeira nacional portuguesa na Câmara Municipal de San Francisco para pela tarde o Aeroporto Internacional de San Francisco receber o vôo inaugural da ligação Lisboa-San Francisco. E o simbolismo do dia não passou despercebido entre a tripulação, os convidados de honra e os passageiros no aeroporto. Lembramos também que no final da década de 1980 e inícios dos anos 1990 a TAP Air Portugal na altura operando um Lockheed L-1011 ligava o norte da Califórnia à ilha açoriana da Terceira com seguida para Lisboa. Damos os parabéns à TAP Air Portugal e ao seu accionista David Neeleman, ao presidente do conselho de administração Miguel Frasquilho e a toda a equipa da TAP em tornar possível novamente uma ligação direta entre a costa oeste dos Estados Unidos e a costa oeste da Europa. E David Neeleman em conversa com este jornal deixou em aberto a possibilidade de uma ligação semanal entre a Área da Baía de San Francisco e os Açores já no verão de 2020. Com todas estas boas notícias, foi um fim de semana mesmo em grande! Viva o DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS!

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e get to June and begin to feel the longing for our original homeland or villages of our ancestors. We begin to celebrate the feasts of the Holy Spirit that were initiated by Queen St. Isabel of Portugal with the foundation of the Brotherhood of the Holy Spirit in 1296 in the Town of Alenquer although according to some historians they had been initiated by the Franciscans prior to 1280 before Princess Isabel of Aragon married King Diniz of Portugal. Although forgotten or little celebrated in the national territory, it is in the islands of the Azores, in its diaspora and in Brazil that these celebrations have their maximum peak nowadays.

But this year, Pentecost Sunday coincided with the weekend of the Day of Portugal, Camões and the Portuguese Communities. And on this same June day it was also Monday of the Holy Spirit, of the Dove (symbol of the Holy Spirit) and Day of the Azores. The Portuguese community of California had a full weekend. On Saturday, June 8th, the annual festival of the Day of Portugal at History Park in San José once again brought thousands of people to celebrate everything Portuguese. On Pentecost Sunday, June 9th, the largest number of people gathered in various locations across the Golden State to celebrate the Third Person of the Holy Trinity. It also happened that the Portuguese National Team played and won the final of the UEFA Nations League at the Dragão Stadium in Porto. And once again it was a solitary goal that gave the second European cup to Portugal in three years. In addition, a beautiful classical music concert took place at a Portuguese centennial church in San José. On Monday, June 10, the Portuguese national flag was raised at San Francisco City Hall, and in the afternoon San Francisco International Airport welcomed the inaugural flight between Lisbon and San Francisco. And the symbolism of the day did not go unnoticed among the crew, the guests of honor and the passengers at the airport. We also recall that in the late 1980s and early 1990s, TAP Air Portugal at the time operating a Lockheed L-1011 wide body jet linked Northern California to the Azorean island of Terceira and then onto Lisbon. We congratulate TAP Air Portugal and its major shareholder David Neeleman, chairman of the board Miguel Frasquilho, and the entire TAP team in making it possible to again have a direct link between the west coast of the United States and the west coast of Europe. And David Neeleman in conversation with this newspaper left open the possibility of a weekly link between the San Francisco Bay Area and the Azores as early as the Summer of 2020. With all this great news, it was a weekend to remember! Long live the DAY OF PORTUGAL, CAMÕES AND THE PORTUGUESE COMMUNITIES!

OS "TERCEIRAS" SÃO GENTE MESMO DOIDA António Nunes

Tudo vale para um “terceira” fazer algo que ninguém faz. Se se pensa faze uma ferra e se o tempo está mal, combinase logo o futuro dia, para não esquecer de juntar umas tantas centenas de “terceiras” e “sanjorges” e gozar um dia

bem passado, em que a conversa mágica será toiros - do passado, do presente e do futuro. Passa-se horas a “mandar vir” especialmente falando das prestações de certos ganaderos que até se tinha uma certa esperança.

39 ANOS

António Nunes tem um orgulho de ter mais de 2000 chocalhos, de diversas origens e consola-se de receber amigos, nem que seja só para lhes mostrar a sua coleção.

Year XL, Number 1295 June 15th, 2019


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15 de Junho de 2019

NOVO PADRE MICHAEL P. ROCHA

padre Michael P. Rocha: Church of the Epiphany

NOVOS LIVROS

CORREÇÃO Na nossa última edição de 1 de junho publicamos a noticia sobre a escultura em memória a Frederico Machado, mas com a sua fotografia errada. A fotografia foi de Armando Freitas do Amaral, jornalista activo. À direita se encontra a fotografia correta do engenheiro Frederico Machado. A fim de apoio para a edificação de uma escultura na cidade da Horta, por favor contactar o seguinte: Frank Silva 1850 E. Grant Line RD. Tracy, CA 95304 Escultura de Frederico Machado

Frederico Machado

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Comunidade

15 de Junho de 2019

Tribuna Comunidade

JUNHO 2019 23

Hayward Festa de São João. Mass, Auction, Picnic & Dance. Bom Jesus Milagroso Hall, 21160 Ocean View Drive, Hayward, CA. Phone: 510-581-4034

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62 with Jorge Ferreira Live! 5 Turlock Ballroom, 1366 Geer Rd, Turlock, CA 95380. 7:00 pm. urlock Pentecost Assoc. T Bullfight Concurso de Ganadarias, Praça de Stevinson, 7:00 pm. $25 per person.

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ulare Divino E.S. Bullfight, Praça T do T.D.E.S., 515 North "I" Street, Tulare, CA. 7:00 pm. $20 per person, under 6 free. See ad on page 14.

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arlos Avalon "Solo-Piano" C Engagement. Friday & Saturday Evenings through August (Off last weekend of each month), 7:00 & 9:00pm. SpinA-Yarn Steakhouse, 45915 Warm Springs Blvd., Fremont, CA 94539. Reservations: 510-656-9141

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amana Vieira Concert. 7:30 R pm. Red Poppy Art House, 2698 Folsom St., San Francisco, CA 94110. www. redpoppyarthouse.org

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ia de São João Mass & Lunch, D Macau Cultural Center. 109 J Street, 3rd Floor, Fremont, CA. www.lusitanousa.org

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FSA Fado Symposium & P Performance. 7pm. Angela Brito, David Garcia, Helder Carvalheira, Alcino Carvalheira, Steve Soares. Casa dos Açores de Hilmar, 8385 Lander Ave., Hilmar, CA 95324. See PFSA ad on page 32.

Hynes/Paramount D.E.S. 96th Festa Procession, Mass & Sopas. 7812 Alondra Blvd., Paramount, CA 90723. Phone: 949-259-3212. www.hynesdes.org

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Riverdale Parade, Mass, Sopas & Dance. S.T. Hall: 2975 W. Mt. Whitney Ave., Riverdale, CA. Salinas Festa do Divino Espirito Santo Parade, Mass, Sopas & Dance. A.F.D.E.S. Portuguese Hall: 490 San Benito Road, Salinas, CA 93905. Phone: 831-422-8319

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San Leandro I.D.E.S. Parade, Mass & Sopas. Hall: 1670 Orchard Ave., San Leandro, CA 94577. Phone: 510992-9985 or 510-635-6326

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Sebastopol Holy Ghost Parade, Mass, Sopas & Dance. Hall: 7960 Mill Station Road, Sebastopol, CA. Phone: 707-823-2702

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Stevinson Festa do Espirito Santo Parade, Mass, Sopas & Dance. Hall: 2962 Lander Ave., Stevinson, CA. Phone: 209-678-3010

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Fresno/Easton São Pedro Festa Dance with Alcides Machado. Hall: 172 W. Jefferson Ave., Fresno, CA. Phone: 559-486-6060

chico avila

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Hanford St. John Baptist's Festival Dance with Chico Avila. 8301 8-1/2 Ave, Hanford, CA 93230.

generations

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Manteca M.R.P.S Dance with Generations. Hall: 133 N. Grant Street, Manteca, CA. Phone: 209-823-2442

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São José I.E.S. 105th Celebration with Parade, Mass, Sopas, Band Concert & Dance with Chico Avila. Hall: 1401 E. Santa Clara St., San Jose, CA. Phone: 408-2946343. See ad on page 13.

Tracy I.P.F.E.S Holy Ghost Celebration Parade, Mass, Sopas & Dance with Alcides Machado. Hall: 430 W. 9th Street, Tracy, CA. Phone: 209-835-9909 Tulare T.D.E.S. 100th Year Celebration, Mass, Sopas & Dance. Hall: 515 North "I" Street, Tulare, CA. Phone: 559-331-1835. See ad on page 13.

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Hopeton St. John's Festa, Sopas, Auction & Dance. Hall: 2615 Turlock Road, Hopetown, CA. Phone: 209-604-1204

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Course Dinner, $75 per person. 1550 Church St., San Francisco, CA 94131. Reservations: 415-829-2264. www.UmaCasaRestaurant.com

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ourada à Corda/Bloodless T Bullfight. 2pm. I.E.S Portuguese Hall, 1401 E. Santa Clara St., San Jose, CA 95116.

LAEF Youth Cultural Summer Camp. 5 day program for youth ages 12-17. Santa Cruz, CA.

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POSSO Noite Portuguesa. 6:30 pm. 1115 E. Santa Clara St., Ste 1, San Jose, CA 95116.

El Cerrito Festa Parade & Mass. St. John's Church, 11150 San Pablo Ave., El Cerrito, CA.

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PFSA Portuguese Heritage Night with Modesto Nuts. John Thurman Field, Modesto, CA 95351. 7:05 pm. See ad on page 32.

Mountain View Parade, Mass & Sopas. Hall: 361 Villa St., Mountain View, CA 94041. Phone: 650-967-8549

UMA CASA Summer Fado Night. Fábio Ourique, Angela Brito, David Garcia, Helder Carvalheira, Steve Soares, Alcino Carvalheira. 4

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Tracy I.P.F.E.S. Bullfight 8:00 pm. "Campo Pequeno" Bullring, Portuguese Hall: 430 W. 9th Street. Phone: 209-835-9909. See ad on page 25.

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Atwater Holy Ghost Festa, Parade, Mass, Sopas, Dance with Progresso. Hall: 1420 3rd St.,Atwater, CA. Phone: 209-356-1269

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Bryte/Sacramento San Pedro Festa. Hall/Park: 708 N. Hobson Ave., Bryte/West Sacramento, CA 95605. Phone: 916-421-5768

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Hanford St. John Baptist's Festival Dance with Duo Açores. 8301 8-1/2 Ave, Hanford, CA 93230.

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Patterson F.D.E.S. Parade, Mass, Sopas & Dance. Hall: 501 Ward Ave., Patterson, CA. Phone: 209-892-7637

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Visalia P.P.A.V. Procession, Mass, Sopas, Grand March & Dance. Hall: 820 E. Main Street, Visalia, CA 93292. Phone: 559-804-9957


Comunidade

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Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades 15 de Junho de 2019

SAN JOSE KELLEY PARK, CA • 8 JUNHO

fotos do lusitano club

SAN FRANCISCO CITY HALL, CA • 10 JUNHO

fotos de pfsa san leandro

SF GIANTS PORTUGUESE HERITAGE NIGHT • 11 JUNHO

fotos de pfsa san leandro

luisão em SF

Maria João Lopes-Cardoso


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Comunidade

15 de Junho de 2019

selma, california

Fundação Luso-Americana para a Educação celebra o Dia de Portugal na Califórnia

linda vieira, chairman LAF

Há 53 anos que a Luso-American Education Foundation celebrar o Dia de Portugal, comemorando o aniversário da mesma fundação, que existe há 56 anos, entregando milhares de dólares em bolsas de estudo e reconhecendo organizações e personalidades da comunidade e da fundação. O tradicional almoço acontece no primeiro domingo do mês de junho e em comunidades diferentes. Este ano o almoço ocorreu a 2 de junho na cidade de Selma, que fica no centro da Califórnia, conhecida como a “capital mundial das passas”. Tisha Cardoza, dinâmica jovem da nossa comunidade foi a organizadora do evento. O salão português de Selma, cidade com cerca de 25 mil habitantes, estava engalanado para celebrar Portugal, Camões e as Comunidades Portuguesas. Portugal estava representado, pelo segundo ano consecutivo pelo cônsul honorário de Portugal em Tulare, Diniz Borges, que salientou os feitos dos portugueses na Califórnia, salientando que é uma comunidade que por si tem realizado uma amálgama de triunfos para a nossa presença neste estado. Portugal, como disse, deve sentir-se orgulhoso dos feitos dos portugueses na Califórnia. O orador foi o novo “provost”, vice-presidente para assuntos académicos da universidade estadual da Califórnia em Fresno, Saúl Jimenez-Sandoval, que fez uma brilhante alocução sobre a sua vida como emigrante do México e a sua ligação à língua e cultura portuguesa. A temática foi bem recebida pela audiência que aplaudiu, de pé, calorosamente, a alocução do Professor Universitário.

Seguiram-se a entrega das bolsas de estudo, cerimónia a cargo de Joann Malta-Weingard, Eduardo Eusébio e José Luís da Silva. Foram distinguidas as organizações Centro Português de Evangelização e Cultura de Tulare, com uma resolução enumerando todos os feitos desta organização no centro da Califórnia e a organização ano foi a Sociedade do Espírito Santo de San Pablo. Como é tradicional, um elemento da LAEF foi distinguido para o “Wall of Fame”, cabendo este ano a John Perdigão, o qual tem dedicado muitos anos de serviço à LAEF. Por último foi entregue a distinção personalidade do ano à artista Maria Fernanda Simões, que ao longo de mais de 30 anos serviu a comunidade como artista, como locutora da rádio, como assistente de professora, como diretora no movimento associativo e fraternal. Uma grande senhora a quem a comunidade muito deve. A tarde terminou com alguns comentários pelo atual presidente da mesa administrativa da LAEF José Luís da Silva que relembrou a todos o trabalho e a dedicação que esta organização tem tido na entrega de bolsas de estudo; na realização do congresso anual sobre educação e cultura, único nos EUIA; no campo de férias para jovens luso-descendentes, entre outras iniciativas. Como foi ainda lembrado, há 53 anos, muito antes dos desfiles e dos içar das bandeiras que agora ocorrem, antes dos concertos e de outras atividades, a fundação luso-americana para a educação era a única organização a celebrar o Dia de Portugal.

diniz borges

Saúl Jimenez-Sandoval

José Luís da Silva

bolsas de estudo

John Perdigão

Maria Fernanda Simões


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15 de Junho de 2019

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Opinião

15 de Junho de 2019

Água Viva

Luso-American Education Foundation

Viver a língua portuguesa e a lusofonia em campo de férias

Filomena Rocha

filomenarocha@sbcglobal.net

TANTO PARA CELEBRAR

Á

s vezes eu penso que celebramos demais, e tenho algumas dúvidas, se o que celebramos valerá assim tanto! Gosto muito, aprecio imenso o que outras pessoas são capazes de imaginar e fazer, para o bem dos que as rodeiam. Admiro imenso as pessoas que são disponíveis para fazer o bem, numa entrega sumamente importante. Eu acho que são generosas, às vezes até ao extremo, porque oferecem caladamente, sem fazer alardes da sua generosidade. Há quem aprove! E há quem prefira oferecer, de modo que os outros vejam. cada um é como cada qual! Antigamente, baseados na Bíblia, diziam-nos que o que déssemos com a mão direita, a esquerda não deveria ver. Frases que já estão transformadas em provérbios, e nem sempre esses são seguidos Nos tempos de hoje, com tanto credo diferente, cada pessoa tem o seu modo de ver e sentir o que vai passando ao seu lado. Cada um tem o direito de ter as suas preferências, de gostar do que gosta, mesmo que nem todos concordem que assim seja, independentemente da sua consciência Existem pessoas comedidas e as que o não são. Pura e simplesmente extravagantes, porque assim tudo lhes cai bem até ao exagero. Eu costumo dizer que não seria capaz de assumir este ou aquele papel, mas quem sabe, se na hora não premeditada, talvez fizesse igual. O Ser humano é imprevisível! Já tenho assistido a tanta coisa! E assim como eu, muitas mais pessoas. O melhor lugar para nos apercebermos de muitos casos pouco, ou mais ou menos edificantes, é exactamente onde mais as pessoas se juntam para celebrar, conviver, conversar umas com as outras. Algumas, aproveitam para falar do que mais gostam de fazer, das suas vidas, dos seus problemas, e dos problemas dos outros, no sentido da crítica, da maldade, em expôr os segredinhos contados de boa-fé. Só quem é muito mauzinho, muito reles e de mau carácter, se aproveita do seu amigo ou amiga, para num momento de fraqueza, por exemplo de uma prova de qualquer bebida mais espirituosa, começar a contar aos outros as próprias fraquezas ou seus pequenos desaires. Infelizmente, a Solidão também contribui para estas ocasiões menos felizes! Mesmo assim, creio que deveríamos aproveitar para melhorar uma situação e proporcionar uma boa causa, ajudando essas pessoas a encontrarem o equilíbrio das suas vidas, em vez de as ajudarmos a cair no abismo das suas incertezas. É para isso que deveriam servir os nossos encontros nas festas, não só de Espírito Santo, mas também noutras onde os filhos e netos se juntam nas suas graduações, com alegrias de aproveitamento escolar. É tão bom ver nas redes sociais o sucesso de tantos jovens Portugueses, para não falar de outras raças que também fazem o verdadeiro orgulho dos pais, assim como de toda a Família Norte Americana. Dignificando a nós mesmos com melhores conhecimentos tendo como comprovativo um Diploma, que naturalmente deu trabalho a conseguir, será por ventura, uma das mais belas tarefas que encherão de orgulho um indivíduo pela vida fora, um dos maiores e melhores motivos para celebrar!

Desde 1998 que a Luso-American Education Foundation (LAEF) promove um campo de férias dedicado a jovens luso-descendentes neste vastíssimo estado da Califórnia. O campo de férias é uma semana numa universidade deste estado, publica ou privada, aberto a jovens entre os 12 e os 17 anos, apoiado pela LusoAmerican e outras entidades. É uma oportunidade para os jovens fazerem uma aprendizagem sobre as culturas lusófonas e a língua portuguesa, assim como a oportunidade de obterem conhecimentos sobre as vivências universitárias preparando-os para as múltiplas oportunidades que existem no ensino superior neste estado. Durante vários anos o campo de férias tem sido obra da professora Joann Malta-Weingard, que em colaboração com outros diretores, mentores e atual presidente da fundação José Luís da Silva, têm construído um campo de ferias único para os jovens luso-descendentes da Califórnia. Ao longo dos últimos 21 anos o campo tem tido presença em estabelecimentos do ensino superior público como as universidades da Califórnia em Berkeley, Santa Cruz, Davis e Santa Barbara, em universidades estudais como: San Jose, Fresno, Sonoma, Sacramento e Long Beach, entre outras. E, estabelecimentos superiores do ensino privado como: Stanford, St. Mary, Santa Clara, etc. A edição de 2019 do campo de férias da LAEF será entre os dias 24 a 28 de junho na Universidade da Califórnia em Santa Cruz com a participação de 48 jovens. Terá a coordenação de Joann Malta-Weingard e Joe Resendes com coordenação pedagógica de José Luís da Silva, oito mentores e uma equipa de outros cinco assistentes. Ao da última semana de junho, os jovens terão, como nos passados 21 anos, a oportunidade de aprenderem mais sobre as culturas do mundo da língua portuguesa, assim como da própria língua e tradições populares, com uma amalgama de atividades lúdicas, assim como outro conhecimento sobre a vida académica e as oportunidades no mundo do ensino da Califórnia. São projetos como este que dão oportunidades aos nossos jovens e fazem com que a presença portuguesa na Califórnia tenha continuidade. As raízes linguísticas e culturais destes jovens, em destaque, assim como a descoberta da vitalidade do mundo lusófono. Diniz Borges


Opinião

15 de Junho de 2019

3 CÍNICA SENSAÇÃO

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Rasgos d'Alma

Luciano Cardoso

lucianoac@comcast.net

olitika é uma palavra grega com significado universal. Todo o mundo a conhece um pouco mais ou menos. Intromete-se sem vergonha no viver das populações que normalmente a olham com alguma desconfiança. No seu melhor, ainda pode parecer uma ciência sofisticada do verbo governar e há mesmo quem a veja como a bela arte de bem servir os reais interesses das gentes das nações. No seu pior, não me atrevo a escrevê-lo aqui. O que se diz aí por fora é feio demais e obriga-nos a refletir. Uma reflexão que até encaixa razoavelmente bem no celebrativo espírito do Dia de Portugal e das Comunidades. Camões ficaria por demais sensibilizado com a magoada voz do povo quando a reduz a um sujo jogo de dúbias manipulações a merecerem o nosso repúdio. Não sou pessoa de falar mal à toa e bem que tento desviar-me do ruído que facilmente se gera em volta daqueles políticos peritos em meterem os pés pelas mãos para nos lixarem de caras. São humanos, contudo ninguém lhe dá o direito de serem trafulhas. Falar é fácil, prometer não custa e o problema começa aí precisamente quando o atrevimento político abusa do paleio que o tranca nas promessas que não se cumprem. Primeiro, prometem-se mundos e fundos com polido palavreado escolhido para atrair votos. Depois,

é o que se vê. Farto do que tem visto, e cansado de acreditar em vão, o povo descontente começa a duvidar se vale a pena votar. Ao perder a fé, vai também perdendo a esperança.

Sou do tempo que viu Portugal sofrer a suspirar por eleições livres. O voto via-se, lá ao longe, como uma quimera à espera dum abril qualquer que a soltasse para benefício comum. Salazar morreu muito antes de eu ter idade de votar. Nunca o vi, mas lembro-me bem da sua voz tremida, através da rádio, a declamar aquele seu habitual discurso oco para todos os cantinhos do disperso território português, incluindo as nossas “ilhas adjacentes” flutuando esquecidas no meio da bruma atlântica. Esquecidas e subdesenvolvidas, vítimas da insularidade e também da fúria vulcânica, lá nos fizeram vir por aí fora em cata da tal vida melhor, hoje muito

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prometida pelos políticos generosos em faltarem à sua palavra. Depois, admiram-se dos eleitores lhes quererem faltar ao respeito dizendo-lhes horrores de toda a espécie. “São a classe mais parasita à superfície da terra.” Sem papas na língua, é assim que o sacrificado Zé Povinho resmunga profundamente desiludido com esses “...marotos, mentirosos, pelintras, trapaceiros, corruptos...” que o fazem arredar-se das urnas, deixando o seu destino à mercê da perigosa abstenção. Claro que não é justo aplicar a todos o mesmo rótulo, ou metê-los em igual saco, mas começa a ser chocante o número de gente cada vez mais furiosa com o suspeito comportamento dos que fingem estarem ao serviço da causa pública quando, no fundo, mais não fazem do que servirem-se dela jurando cega fidelidade aos especiais interesses do partido que lhes aquece o tacho. E pronto, anda-se nisto há quase meio século lá no nosso bercinho natal a cozinhar-se politiquice partidária à custa da democracia incapaz de seduzir o crescente número de indiferentes ao processo. Desta vez, a percentagem dos nossos conterrâneos a absterem-se de votar para o Parlamento Europeu ultrapassou mesmo os oitenta por cento – um pesadelo que se teme com tendência a piorar. Pelo andamento da carruagem, há quem opine mesmo que, daqui a não muito tempo, votarão os políticos, suas famílias, seus amigos e pouco mais. Tal é o desencanto do povo bem visível nestes números mais do que alarmantes

para uma pequenina região periférica cujo lento desenvolvimento continua ligado aos fundos vindos da Europa. Se são bem ou mal administrados, isso é outra questão que se levanta com a descrença do eleitorado claramente marimbando-se para as urnas quando elas pouco ou nada lhes melhoram as vidas. Não admira, por conseguinte, em dia de eleições, que o pessoal prefira ir à praia, aos toiros ou ficar a ver a bola na TV. Votar no mesmo e mais fraco para quê? Essa mesmíssima impressão parece rolar também cá pela imensa Diáspora do Novo Mundo. Quando se trata de enviar votos para a velha Pátria, a coisa chega mesmo a rondar o ridículo. Nota-se no comum dos imigrantes aquela cínica sensação de que, votando ou não, tanto faz. Os números, por cá, nem chegam a ser dramáticos porque se tornam anedóticos. Por exemplo, uma das mais pujantes comunidades lusas no estrangeiro, a da área de Toronto, conta com dezenas de dinâmicas agremiações, figurando dentre elas a vibrante Casa do Benfica que celebrou recentemente o seu 49° aniversário com a presença de 700 e tal sócios. No consulado local estão inscritos mais de 41 mil nomes, dos quais apenas votaram 115, o que corresponde a uma taxa de abstenção superior a 99%. Não deixa de ter piada o facto de haver quem ainda queira atribuir a culpa deste “desastre” a heranças do defunto Salazar ou, pior então, ao culto pelo glorioso Benfica. E isso muita coisa explica.


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Opinião

15 de Junho de 2019

DIÁLOGOS PRODUTIVOS: OS LEGISLADORES LUSO-AMERICANOS E AS RELAÇÕES TRANSATLÂNTICAS

N

Mais do que nunca, partilhamos um destino comum. Daí que só teremos sublimidade se enfrentarmos os desafios juntos. Kofi Annan (antigo Secretário-Geral da ONU)

ão perguntes o que o teu país poderá fazer por ti, mas sim, o que poderás fazer pelo teu país”, foram estas as palavras, expressas há várias décadas pelo presidente norte-americano John F. Kennedy, com que a cientista portuguesa Elvira Fortunato, membro da direção da FLAD, terminou o seu breve, mas elucidativo discurso sobre o papel da ciência e tecnologia na contemporânea sociedade portuguesa. Não pôde ter utilizado melhor citação no culminar de dois dias de apresentações e diálogo entre legisladores luso-eleitos dos Estados Unidos e várias entidades do mundo português, incluindo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro. Pelo quinto ano consecutivo que a FLAD, agora com outra administração, realiza estes diálogos que para além de mostrarem Portugal aos luso-eleitos, são ainda uma forma de os mesmos criarem uma rede de comunicação entre si próprios. É que tal como disse a presidente da administração da FLAD, Rita Faden, os diálogos servem para: “criar oportunidades e partilhar ideias, visões e projetos, assim como reforçar a cooperação e o trabalho mútuo que beneficia a cooperação transatlântica.” É mais do que óbvio que com estes diálogos legislativos, a FLAD fortalece a presença de Portugal nos Estados Unidos e enaltece a comunidade de origem portuguesa. Durante 30 e 31 de maio, a sede da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) serviu como centro de informação e debate sobre Portugal e a ciência, a importância dos Açores no relacionamento bilateral entre os Estados Unidos e a Portugal, a relevância da comunidade emigrante e de origem portuguesa no relacionamento entre Portugal e os Estados Unidos, o compromisso de Portugal com a ciência e a tecnologia, a internacionalização da economia portuguesa, a importância de uma rede entre os luso-eleitos nos EUA, a perspetiva portuguesa das relações transatlânticas, os desafios e as oportunidades do Portugal de hoje. Um leque de oradores portugueses que incluíram, Leonor Beleza, antiga ministra da saúde e hoje presidente da Fundação Champalimaud; Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do governo português; Rui Rio, presidente do Partido Social Democrata; Rodrigo Costa das Redes Energéticas Nacionais; Pedro Siza Vieira, Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro e Ministro da Economia; Francisco Seixas da Costa antigo Secretário de Estado; Paulo Portas, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo líder do CDS-PP; Elvira Fortunato, cientista, assim como os já referidos, presidente do governo da Região Autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro e o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Durante estes diálogos registou-se ainda a presença do embaixador dos Estados Unidos em Portugal, George Glass, que ofereceu um pequeno almoço na sua residência, durante o qual os legisladores luso-eleitos foram informados sobre alguns dos temas que a embaixada dos Estados

Reflexos do Dia-a-Dia Diniz Borges

d.borges@comcast.net

Unidos está a trabalhar em conjunto com Portugal. Da parte luso-americana foi interessante a presença de legisladores estaduais e nacionais, alguns deles foram recentemente eleitos, e outros, apesar de estarem no serviço público há algum tempo, estiveram neste evento pela primeira vez. Houve a presença dos veteranos, conhecidos interventores em nome da comunidade de origem portuguesa, como o congressista Jim Costa, que antes de estar no Congresso dos Estados Unidos, esteve mais de 20 anos na legislatura da Califórnia e tem sido um das vozes mais consistentes a favor de Portugal e da comunidade portuguesa no mundo americano; Marc Pacheco, Michael Rodrigues e Vinny deMacedo, senadores estaduais de Massachusetts, com longas e respeitadas carreiras no serviço público e com uma forte ligação às nossas comunidades e a Portugal; os membros da Câmara Estadual do mesmo estado António Cabral (emigrante da ilha do Pico) e David T. Vieira. Esta delegação foi ainda composta por Lisa M. Boscola, que desde 1994 está no mundo legislativo do estado de Pensilvânia; Dylan Fernandes, jovem que com 26 anos foi eleito para a camara legislativa de Massachusetts; Liz Miranda do mesmo estado e de origem cabo-verdiana; Nicholas Freitas, natural da Califórnia, residente e membro da câmara legislativa do estado de Virgínia; Susan Donovan, que depois de ser professora durante 35 anos entrou para a legislatura de Rhode Island; Tami Gouveia, que depois de 20 anos em serviços sociais entrou na legislatura de Massachusetts em 2016, e é uma das vozes mais progressistas dessa legislatura; Thomas E. Noret, que teve uma longa carreira cem segurança pública antes de entrar na legislatura de Rhode Island; Tommy Vitolo, perito em energia, recentemente eleito para a câmara de Massachusetts; Christopher Hendricks, descendente de emigrantes da ilha das Flores, advogado também recentemente eleito para a mesma câmara e Dennis Canário de Rhode Island que também transitou do mundo da policia para a politica. Saliente-se ainda, Jean Phillipe Barros, eleito em 2104 para a legislatura de Rhode Island e com uma longa carreira no serviço público municipal; Jessica de La Cruz, eleita em 2018 para o senado estadual de Rhode Island, com raízes nos Açores e na Madeira; Joe Seródio, emigrante da ilha de São Miguel, líder comunitário recentemente eleito em Rhode Island; Joseph Solomon Jr, advogado eleito em Rhode Island no ano de 2014 e Lori Loureiro Trahan, recentemente eleita para o Congresso dos EUA pelo estado de Massachusetts, e que para além de fazer parte do Portuguese-American Caucus, faz parte dos influentes grupos neste congresso, tais como o Progressive Caucus e New Dems (novos democratas). Lori Loureiro Trahan é uma das novas vozes femininas deste novo congresso americano que tem lutado por políticas relacionadas com a justiça social. A edição de 2018 dos Legislators’ Dialogues contou ainda com a presença da Califórnia Portuguese-American Coalition, a única organização nos Estados Unidos dedicada a promover a eleição de mais luso-descendentes para cargos públicos assim como nomeações de luso-descendentes para comissões públicas na

Califórnia. Na Costa Leste dos Estados Unidos, estuda-se a possibilidade da criação de uma organização semelhante. A CPAC está em exercício há 4 anos. Esta quinta edição, deste evento único na ligação Portugal-Estados Unidos, teve, com a presença do Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro, a possibilidade de os legisladores ouvirem diretamente, sem interlocutores, a visão do governo açoriano no que concerne ao relacionamento transatlântico, particularmente a base das Lajes. Vasco Cordeiro foi, como sempre, direto e perentório na defesa dos Açores. A Região Autónoma, melhor, o povo dos Açores, tem em Vasco Cordeiro um genuíno e vigoroso lutador pela defesa do cidadão comum e pelo melhoramento da qualidade de vida de todos os cidadãos. Sem complexos e meias-palavras, Vasco Cordeiro traçou com os luso-eleitos, um diálogo franco sobre algumas das políticas problemáticas e discriminatórias dos Estados Unidos para com a região e em particular para com a situação da base das Lajes. Importante referir-se que os legisladores presentes ficaram muito mais elucidados sobre o dossier Lajes e a vasta maioria, pelas perguntas e comentários aceitaram e concordaram com as posições de Vasco Cordeiro. O próprio congressista Jim Costa, na sua breve intervenção comentou que na sua opinião, a maioria dos legisladores presentes são: açorcentricos no que concerne ao seu relacionamento com Portugal. Ainda bem! Houve ainda pela parte do Presidente da República uma análise extremamente aberta sobre a política interna portuguesa, que a comunicação social em Portugal fez manchete, ou seja, uns recados diretos à direita portuguesa, afirmando, o que se sabe, ou seja: que a mesma atravessa uma profunda crise. Como aludiu um amigo meu nas redes sociais, não deixa de ser no mínimo interessante, que Marcelo Rebelo de Sousa, que é um homem da comunicação social e que tem sabido escolher os espaços e lugares para as suas afirmações, decidiu, e em inglês, num fórum de legisladores luso-eleitos, asseverar publicamente a crise que a direita portuguesa atravessa. Será escusado acrescentar que a simpatia de Marcelo Rebelo de Sousa, cativou os que o conheceram pela primeira vez. Porém registe-se ainda que a candura do Presidente da República foi apreciada é que ele fez uma longa, mas extremamente interessante leitura não só de Portugal, mas da Europa, da atualidade mundial e do eixo Europa-América. Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu, veementemente, a posição geoestratégica dos Açores, o relacionamento do mesmo arquipélago com o mundo americano e as instituições que nos regem como povo em busca de um mundo melhor e em democracias que devem estar em construção permanente. Porque como é sabido as democracias para sobreviverem têm que estar em permanente evolução. A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento está de parabéns. Os Diálogos foram mais um passo no sentido da aproximação de Portugal com os Estados Unidos e o contributo que as comunidades podem dar nesse sentido, neste caso com os luso-eleitos. A nova administração da FLAD com Rita Faden na presidência, e os administradores Elsa Henriques e Jim Kelly, com o apoio do diretor Miguel Vaz, cuja visão e contactos muito tem contribuído para estes diálogos, assim como o apoio logístico de toda a equipa, conseguiram congregar um grupo de homens e mulheres, que nos vários hemiciclos do mundo americano, nacional e estadual, dão voz a Portugal e fazem a ponte com a nossa comunidade, que se quer, com cada dia que se passa, mais integrada e mais ativa nos centros do poder dos estados onde temos presença e claro, no poder central em Washington. O relacionamento entre Portugal e os Estados Unidos é muito mais sólido pela nossa presença no complexo mundo do poder político americano. A FLAD compreende essa missão. As comunidades, e as relações transatlânticas, têm outra dinâmica graças a eventos como este. É que tal como escreveu Salman Khurshid: as relações internacionais, a política estrangeira, está intimamente relacionada com circunstâncias históricas, com o sentido e a perceção das pessoas.”


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California State Capitol, sacramento

Comunidade Portuguesa da Califórnia Comemora o dia de Portugal no Centro do Poder A capital de um dos mais poderosos estados da união americana, Sacramento na Califórnia, foi palco para mais uma comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, desta feita junto da Assembleia e do Senado deste colossal estado, onde milhares de emigrantes portugueses, mais de 90% de origem açoriana, emigraram ao longo dos últimos 150 anos. A comemoração ocorreu no dia 3 de Junho em ambas as câmaras legislativas da Califórnia com duas resoluções distinta apresentadas por deputados e senadores de origem, ou com ligação à comunidade de origem portuguesa. Na assembleia a resolução foi apresentada em conjunto por Rudy Salas, que sendo de origem hispânica acaba de descobrir que tem sangue português e representa um dos distritos com uma das maiores comunidades de origem portuguesa no estado, e Cecília Aguiar-Curry que é de origem açoriana e representa o norte do estado, a zona que foi severamente afetada pelos devastadores incendidos no verão de 2018. No senado a resolução foi apresentada por Henry Stern, português pelo lado da materno, com raízes no arquipélago, e com uma forte ligação ao mundo cinematográfico em Hollywood. Ambas as resoluções foram aprovadas por unanimidade e recebidas em ambas as câmaras dos hemiciclos pela cônsul-geral de Portugal em São Francisco Maria João Lopes Cardoso e por Diniz Borges, em nome da comunidade portuguesa como presidente do California Portugeuse-American Coalition (CPAC) organização que tem por objetivo eleger mas portugueses para cargos públicos neste estado e a qual, em colaboração com os luso-eleitos e o consulado de Portugal, promove este evento. Depois da cerimónia seguiu-se uma receção coordenada com o gabinete do Deputado Rudy Salas e apoiada pela CPAC. Vários líderes comunitários, assim como vários legisla-

dores de zonas com uma forte comunidade de origem portuguesa frequentaram o evento. A comunidade de origem portuguesa da Califórnia, com fortes raízes ao arquipélago dos Açores, continua a ter uma forte presença neste estado. Salientese que ambas as resoluções, registaram nos anais das duas câmaras legislativas vários momentos importantes da nossa história em terras californianas, destacando em particular este estado ser o único na união americana com um plano estratégico para o ensino da língua e cultura portuguesas, que foi totalmente concebido pela comunidade e para a comunidade, sem a interferência de forças centralistas portuguesas. Tal como o Senador Stern afirmou: “a importância de a Califórnia ter um plano estratégico para o ensino da língua portuguesa e culturas lusófonas é um marco que nos devemos orgulhar. “ Para o legislador Rudy Salas, reconhecer o mês de junho, como o mês da herança portuguesa na Califórnia, durante o qual acontecem inúmeras festas em louvo ao Divino Espírito Santo, faz todo o sentido, acrescentado naquele hemiciclo que havia acabado de fazer o seu ADN e descobrira que tinha sangue português, concluindo que comunidade de origem portuguesa muito tem contribuído para o estado da Califórnia. Os três legisladores mostraram um grande interesse em trabalharem em conjunto com a comunidade para a implementação do plano estratégico para o ensino da língua portuguesa e culturas lusófonas, congratularam-se com o trabalho que a Califórnia Portuguese-American Coalition tem feito e mostraram um grande interesse em trabalharem muito mais para a cooperação entre os Açores e o estado da Califórnia, regiões que têm um protocolo de geminação. Californianos de origem portuguesa, com raízes nos Açores, têm sido uma parte integrante deste estado, disse Diniz Borges em nome da Califórnia Portu-

Ligações entre Portugal e o Vale de San Joaquim na Califórnia

O Portuguese Beyond Borders Institute/Instituto Português Além-Fronteiras (PBBI) da universidade estadual da Califórnia em Fresno, colaborou com o AICEP e o Consulado-Geral de Portugal em São Francisco, para a realização de um seminário sobre as oportunidades de investimento na região do Alentejo em Portugal. Ao longo do seminário, realizaram-se várias sessões de intercâmbio entre lideres do campo da agricultura no vale de San Joaquim e da zona do Alentejo em Portugal, contando com presenças luso-americanas ais como o antigo congressista luso-americano David Valadão, filho de pais emigrantes da ilha Terceira, e Richard machado, presidente da companhia Agrian, emigrante da ilha das Flores, que veio para os Estados Unidos com apenas 3 anos de idade. O antigo legislador estadual Rusty Areias também moderou uma das mesas e registou a importância da comunidade de origem açoriana na agricultura e na pecuária da Califórnia. Houve ainda uma explanação sobre as várias oportunidades no nosso país, feita por Teresa Fernandes, diretora da AICEP em São Francisco, que coordenou este evento. Na cerimónia de abertura, a Dean da Faculdade das Ciências Agrárias e Tecnologia Sandra Witte, destacou os intercâmbios que a universidade tem feito com os Açores, a abertura da mesma faculdade para outros projetos com Portugal através do recém-criado Portuguese Beyond Borders Institute/Instituto Português Além-Fronteiras, sediado nesta universidade. Por seu turno, a Cônsul-Geral de Portugal em São Francisco saudou a delegação vinda de Portugal, a presença luso-americana e enalteceu o papel do mesmo instituto para a comunidade e para as ligações com Portugal. “como parte integrante de três faculdades, o PBBI, pode facultar uma amalgama de iniciativas que venham dar mais oportunidades, a Portugal e ao vale de San Joaquim. A comunidade e a universidade estadual em Fresno podem ser uma mais valia para Portugal.”, afirmou Diniz Borges, fundador/diretor do PBBI/Instituto Português Além-Fronteiras.

Elmano Costa, Idalmiro da Rosa, Rudy Salas, Cecília Aguiar-Curry, Maria João Lopes Cardoso, Diniz Borges, Angela Simões e Cliff Closta

guese-American Coalition, acrescentando: “hoje a comunidade de origem portuguesa, espalhada por todo o estado, está totalmente integrada neste multiculturalíssimo estado e através das suas famílias, da sua herança cultural, das suas traduções, continuamos a contribuir em vários sectores da economia californiana e a construir pontes com todos os grupos étnicos, fomentando inclusão e respeito por todas as culturas.” A comunidade na Califórnia é a maior comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América, com cerca de 350 mil emigrantes e luso-descendentes, segundo o recenseamento de 2010.


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For over 100 years, Portuguese Immigrants have held a gathering or Festa in Tulare in honor of Queen Isabel and the miracle of the Holy Spirit, by feeding the community. The Holy Spirit Festa is a tradition that we take pride in and welcome all to experience the love of our culture, food and most importantly, faith. Although all of the Festa Officers are Portuguese-American, our parents have instilled the importance of continuing Portuguese traditions for generations to come. We hope that you will be able to join us during the 2019 Centennial Festa Season. May the Holy Spirit be with you always,

2019 TDES Festa Officers


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Festa do Senhor Espírito Santo

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ELK GROVE, CA • 31 MAIO - 2 JUNHO

A Festa de Elk Grove começou com uma bela Noite de Fados na Sexta-feira - Mary Lou Lawrence, Crystal Mendes, David Garcia e Carolina Pessoa, acompanhados por Chico Avila. Manuel Escobar e João Cardadeiro. No Sábado houve actuações de grupos folclóricos, jantar de caçoila, baile com o Conjunto 562 de Artesia, acabando a noite com a apresentação das Rainhas e Oficiais. No Dominho e depois da Missa pregada pelo amigo de tantos anos, Eduino Silveira, houve a tradicional coroação, acompanhada pela Azores Band of Escalon e uma Banda

de jovens de Sacramento. Serviram-se Sopas durante o dia e à noite, houve muitas arrematações. E assim acabou uma festa ainda nova de 52 anos.

fotos de chaves photography www.cchavesphotography.com Phone: 209-329-2575

ELK grove P. F.

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presidentes elizabeth e lester ward vice presidentes joão e melissa melo

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rei: easton ward rainha grande: lauren ward e aias bella betencor e emily machado rainha pequena: madaline ward e aias makayla homen e dalia betencor

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padre eduino silveira

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MODESTO, CA • 9 JUNHO

Quem diria aos nossos antepassados que passados 103 anos estaríamos a comemorar esta Festa de Modesto, como se tivessse nascido ontem. De 3 a 7 de Junhos houve Recitação do Terço e jantar de peixe frito. Pela noite houve Chamarritas, pelo Grupo Etnográfico Pérolas do Atlântico, da Casa dos Açores de Hilmar. No Sábado, Bodo de Leite, com Vital Marcelino e José Ribeiro, acompanhados pelo Dimas Toledo e José Coelho. Na volta ao Salão os animais foram benzidos como é tradicional, seguindo-se leilões de ofertas e actuações de grupos folclóricos Luso-Americam Youth Council # 24 do Vale de San Joa-

quin e Grupo Etnográfico Pérolas do Atlântico, da Casa dos Açores de Hilmar. O almoço de caçoila foi servido a todos os presentes. As 3 da tarde houve vacada e depois do terço Baile pelo Conjunto Gerações. A fechar a noite apresentação das Rainhas e Oficiais. No Domingo e ao som das Filarmónicas Nova Artista de Tracy e MusiCadets Alumni Band of Turlock, a Coroação dirigiu-se à Igreja de St. Stanislaus, onde Ricardo Henriques, sacerdote vindo da Ilha Terceira foi o orador da Festa. De volta ao Salão, serviram-se Sopas, houve leilão e à noite novamente Baile com o Conjunto Gerações.

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Rainha santa isabel savannah qarqat

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reis aadlan, aavan e aastan cabral nossa senhora de fatima

rainha pequena victoria belerique e rainha do meio lyla gomes e aias acora de silva e arya wittenburg aias mckenzy karp e melanie almeida


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presidentes alvaro e anabela cabral vice-presidentes loren e melissa pontes e segundo vice-presidentes mike e stacy gonsalves

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rei e rainhas 2018-19

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rainha grande brooke rocha e aias alexandra santos e isabella zardo

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Rui Pereira, First Portuguese-Born Elected Mayor in Arizona I was born in a village called Gandra, in Esposende. This is in the Minho province and just north of Porto. I grew up on a small family farm until I moved to the States. My father moved to the Boston area in 1976 and my 4 brothers and my mom moved in 1980. I lived in Cambridge, MA until I moved to Arizona in 1992. Growing up on a farm was great! There was always something to do and something new to learn. Moving to Cambridge when I was 13 was big change. We lived in a neighborhood that was very Portuguese and frequented the local Portuguese church, St. Anthony’s. Growing up in Cambridge I was involved in the Portuguese community and belonged to a folk group until my late teens.

Why did you get involved in politics?

I have always been intrigued with politics, but the main reason I got involved locally is because I wanted to give something back to the community that welcomed me

A performance-driven and cost-conscious senior professional with more than 20 years of IT and operations leadership success in hospitality industry, Rui Pereira was recently elected as Mayor of the Town of Wickenburg, Arizona. As the first Portuguese-born Mayor in the State of Arizona, The Portuguese Tribune had the opportunity to conduct an interview with Rui. Tell us about your background: Where were you born? Where did you grow up? How was your childhood?

When and why did you move to the United States?

My mother and brothers move to the States in August of 1980. How did you end up in Arizona? How long have you been in Arizona?

On a business trip to install a hotel management system at a hotel in Aruba, I met my future wife and she is Phoenix.

The platform is based on preserving, safegarding, listening, and supporting the Town and citizens of Wickenburg, AZ. You can more information from my website, ruiformayor.com. Tell us about your pride in being Portuguese. Are there any Portuguese communities and/or events in Arizona? What is it like to be Portuguese in Arizona?

What is your educational background?

I graduated from Cambridge Ringe and Latin High School. Attended a few semesters of college, but did not finish. My professional background is in hotel operations and technology. You can view my profile on LinkedIn.

What is your political platform? What commitments did you make to the voters of your town?

and my wife and helped us turn it into our home. We have a great small community with a lot going on and I want to play a role in making sure that we stay a vibrant community for many years to come. How did the opportunity to run for mayor come up?

I was elected to the town council in 2008 and served a 4 year term. I was then appointed in 2016 to serve the remain term of a councilmember who decided to run for mayor. I ran for another term in 2018, but was not elected. The mayor was recalled by the local community and I was asked to run against him.

I am very proud of my heritage and will always promote Portugal. I believe that I am the person that I am today because of my Portuguese heritage. I am one of maybe 100 portuguese that live in the Phoenix area. A few years back, with the help of a few other Portuguese we started a small group here that comes together every few months. What would you tell a young PortugueseAmerican who is interested in politics?

Get involved! Start with your local neighborhood group or homeowners association. Don’t be afraid to share your opinion and insight. Your ideas may be great and just what the community or neighborhood needs to make that next leap.

Portuguese-American Santino Dia de Portugal and Five Wounds Centennial Concert Fontana Wins Tony Award

Above: Portuguese tenor Francisco Lobão performing at Five Wounds Church in San José.

The Mission Chamber Or- O sole mio, Giodano’s Amor Francisco Lobão was born on chestra of San José has been ti vieta, Puccini’s Recondita Santa Cruz da Graciosa in the participating in the Dia de armonia, and Denza’s Fu- Azores to a family of music Portugal celebrations with niculi, funicula. The Mission lovers. In the last 20 years, he classical music concerts at Chmaber Orchestra under has lived in Lisbon and sings Five Wounds Portuguese Na- conductor and musical direc- with the chorus of the Teatro tional Church Nacional de São for over a deCarlos as well as cade. performing in music The Music of festivals and in solo Portugal Conrecitals. cert on Sunday, The 13th annual June 9, 2019 Music of Portugal included perforConcert was part of mances by oboFive Wounds Porist Robert Scott tuguese National playing PortuChurch’s first cenguese composer tennial celebrations. Conductor Emily Ray and oboist Robert Scott. Sérgio Azevedo’s US preText/Photos: miere of Concertino d’Estate tor Emily Ray concluded the Miguel Ávila and Portuguese tenor Franis- concert with Portuguese comco Lobão’s singing of Verdi’s poser Luís de Freitas Branco’s La donna e mobile, di Capua’s Symphony no. 1.

Santino Anthony Fontana was born in Stockton, CA on March 21, 1982. He is known for playing Greg Serrano on the TV show Crazy Ex-Girlfriend, originating the role of Prince Topher in the 2013 revival of Cinderella on Broadway, voicing Prince Hans in the 2013 Disney animated film Frozen, and originating the role of Michael Dorsey/Dorothy Michaels in the stage musical Tootsie, for which he won a Tony Award. Fontana was born to parents Sharon Marie Fontana (née Simarro; born 1951) and Ernest John Fontana (born 1948). His mother is an elementary school teacher and his father is an agronomist. He has one sister. He is of half Italian, one quarter Portuguese, and one quarter Spanish descent. Fontana graduated from Richland High School in Richland, Washington in 2000. Fontana studied the arts at the academy of children’s theatre in his youth, located in Richland Washington. As a teenager he studied Theatre Arts at Interlochen Arts Camp at Interlochen Center for the Arts. He is a graduate of the University of Minnesota/Guthrie Theater BFA Actor Training Program, class of 2004. In 2005, as a member of the Essentials, Fontana co-wrote the musical comedy Perfect Harmony, and

originated the role of Philip Fellowes V. In 2006, he starred as Hamlet in The Guthrie Theatre’s performance of the Shakespearean classic, before moving to New York City to star as Matt in the Off-Broadway revival of The Fantasticks. His Broadway debut was Sunday in the Park with George in 2007. Fontana originated the role of Tony in the Broadway production of Billy Elliot from October 1, 2008 to July 4, 2009. He was awarded the 2010 Drama Desk Award for Best Featured Actor in a Play for his work in Brighton Beach Memoirs. He starred as Prince Topher in Rodgers & Hammerstein’s Cinderella on Broadway, for which he was nominated for a Tony Award for Best Leading Actor in a Musical. In 2015, Fontana became the first guest artist to perform three times in the space of one year with the Mormon Tabernacle Choir where he met the cast of Sesame Street. He stars as Michael Dorsey in the stage musical adaptation of the film Tootsie, which premiered in Chicago at the Cadillac Palace Theatre from September 11 to October 14, 2018. The musical opened on Broadway on April 23, 2019. He won the Tony Award for Best Actor in a Musical for the production. In Wikipedia


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Opinião

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"Crónicas de Hoje e de Sempre" João Bendito joaobendito@yahoo.com

O IMAGINADO E O LEMBRADO

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minha rua é muito pacata. Por aqui só passam as pessoas que cá vivem e, durante a noite, por regulamento da Associação de Moradores, não é permitido estacionar senão nos “driveways” das residências. Fica a faixa de rodagem totalmente livre de carros até de madrugada e por isso, no dia da recolha de lixo, é fácil detectar algum pormenor mais fora do normal. Num desses dias, ao sair cedo para o trabalho, notei o caixote do lixo de um vizinho a transbordar com uma enorme girafa de peluche. Claro que tive que sair do carro e tirar uma fotografia à desafortunada girafa que ia acabar os seus dias na lixeira municipal. De certeza que foi companheira de brincadeiras e aventuras do filho do vizinho que, agora já mais crescido, deve ter passado à época dos jogos electrónicos e a girafa passou de moda. Coitada... Contei o sucedido à minha neta Olívia quando a fui adormecer para a soneca da tarde. Mostrei-lhe a fotografia e, ao ver que ela tinha ficado um pouco triste com a situação da girafa, inventei uma estória com um fim mais feliz. Aliás, por cada pormenor que eu relatava, a Olívia, menina de copiosa imaginação, adicionava outros mais, imaginava cenários fantasiosos, divertidos até. Resumindo, foi uma inquietação para ela adormecer naquela tarde mas, ao fim e ao cabo, “salvámos “ a girafa! O bicho peludo conseguiu saltar fora do caminhão, correu pelos prados das redondezas, encontrou um urso polar (feito do mesmo material) que também tinha tido uma sorte parecida e, com a ajuda de um grupo de saltitantes coelhos, chegaram até à tenda de um circo, foram adotados por um casal de palhaços que os protegeram e onde foram felizes para o resto da suas vidas.

Lá de vez em quando a Olívia pede-me para recontar a estória da girafa. Contudo, eu já descobri que ela não está muito interessada na minha narrativa, ela quer é tomar a iniciativa de inventar mais situações diferentes, arranja mais e novos amigos para a girafa, que até já frequenta uma escola própria para peluches e vai a classes de ballet... A imaginação da Olívia parece não ter limites, não sei onde e como ela inventa tanta coisa. O que sei é que as crianças da idade dela (quatro anos e mais qualquer coisa) são assim, são capazes de criar cenários mirabolantes e cheios de personagens fantásticas. Oxalá, daqui a alguns anos, a Olívia se recorde disto tudo e possa escrever a estória da girafa que fugiu do carro do lixo. Vi descrita, no livro que acabei de ler esta semana, uma situação um tanto ou quanto parecida, só com um ponto inverso. Uma avó, a laureada escritora peruana Isabel Allende, relata, no seu livro My Invented Country, um episódio passado com a neta Andrea. A menina, numa redação feita para a escola, dizia que admirava a imaginação da avó. Quando esta questionou o que é que ela queria dizer com aquilo, Andrea simplesmente respondeu: “Sim, avó, é porque tu lembras-te de coisas que nunca aconteceram”. E, com esta conversa, a senhora escritora aproveitou para dissertar sobre as suas ideias em relação à ténue diferença que, em certos contextos, poderá haver entre o que recordamos e o que imaginamos, chegando a escritora à conclusão que essa linha poderá ser, eventualmente, indistinta. Ou mesmo o paradoxo ou incoerência que poderá acontecer quando duas pessoas assistem aos mesmos factos e, passados tempos, recordam pormenores completamente diferentes do mesmo acontecimento. Perdurou a memória ou a imaginação? Será que a Olívia, daqui a anos, vai recordar a estória da girafa tal qual eu a contei ou vai continuar a inventar, a imaginar detalhes diferentes? Só vamos saber se ela se resolver a escrever o tal livro que já lhe encomendei. Sem, de maneira nenhuma, querer estabelecer a mínima comparação entre a minha escrita e a da famosa escritora peruana, eu também tenho que confessar que me surpreendo a recordar episódios e peripécias que podem não ter acontecido exatamente como eu os relato. Não, isso não acontece nas crónicas que escrevo para os jornais comunitários e partilho no FB, porque nelas procuro ser autêntico e fiel aos factos que relato. Se alguma imprecisão ou discrepância acontece, espero que a entendam como falha involuntária. Mas, como poderão ver os que se aventurarem a folhear e ler o futuro livro “BARRO VERMELHO – ILHA BRANCA”, notarão que me atrevi a tomar algumas

liberdades, sem contudo passar as raias da mentira ou da intrujice. Posso separar o conjunto de estórias que reuni para este livro em dois grupos. No primeiro, revisitei as vivências familiares, os convívios com avós, tios e primos, sem descurar as lembranças de amigos e de situações que vivi e não esqueci; no segundo grupo, embrenhei-me em histórias que ouvi falar, que colhi de relatos de familiares e de amigos ou das quais tomei conhecimento através de leituras em publicações diversas. E foi nesses casos que penetrei em águas onde nunca tinha navegado ou onde os factos que eu conhecia não eram os suficientes para uma descrição verídica do que se passou na realidade. Misturei o verdadeiro e factual com o que imaginei poderia ter acontecido. Romanceei as situações, divaguei por lugares e épocas que não fizeram parte da minha existência, criei personagens e até usei outros amigos como declamadores, como os responsáveis por contarem as estórias que eu queria trazer a público. Assim, o Sr. Oriolando Silva, investigador da História da Graciosa, “encarregou-se” de me ensinar, a mim e a um grupo de amigos, os factos relacionados com a Revolução do “Bicharedo”, o curandeiro que, em vez de curar, trouxe muitos dissabores a alguns graciosenses; o padre José (Simões Borges) “narrou”, em termos simples e ao mesmo tempo didáticos, os meandros que envolveram o aparecimento da primeira filarmónica na Graciosa, em 1818; “Pedi” ao meu avó Guilherme “Rato” que nos descrevesse os incidentes que vitimaram dois pilotos polacos, quando o avião em que seguiam a caminho da América se despenhou no lugar da Brasileira. Contudo, foi a minha querida avó Delminda que me tocou mais no coração, quando, descaradamente, a “obriguei” a recordar os escuros pormenores da vida da mãe dela, a mestiça Madalena Júlia, cuja ascendência é, ainda hoje, um mistério. Portanto, quando ou se lerem os textos compilados no novo livro, espero que diferenciem a tal linha de que falava a Isabel Allende, a ténue diferença entre o imaginado e o lembrado, entre o que “criei” e o que recordei. E, se daqui a uns anos, alguns de vocês ainda cá estiverem para lerem o livro que a Olívia vai escrever, façam o mesmo, não se esqueçam que, aos quatro anos de idade, ela já tinha uma imaginação que, porventura poderá ter ofuscado a sua jovem memória. Porque, como disse Nemésio e eu cito à entrada do livro, “É na memória que outra vida hiberna”. (Com a colaboração de Olívia B. A.)

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Opinião

15 de Junho de 2019

(pro)vocação missionária da Palavra

N

1 – Ecce Homo permanece entristecido perante o “democratismo” turístico (?) a via-sacra tradicional da religiosidade açoriana, o mês de Maio oferece a tradicional ressonância emocional alusiva à celebração das festas em louvor do Senhor Santo Cristo dos Milagres. A vida continua: acabámos de ultrapassar o portal do mês de Junho. A partir d’agora, podemos imaginar o fervilhar climático que irá aquecer as populações sobreviventes nas regiões além-equador… Aqui, nos confins do sudoeste da California, zona ultimamente apelidada ‘mexifórnia’, existem vários testemunhos da presença de gente grada da história mundial, nomeadamente, Albert Einstein, John Kennedy, Ronald Reagan, Gerald Ford, Bob Hope, Frank Sinatra, Barak Obama, etc.). Ora, sem intenção protagonista, gostaria de recordar que o século XXI ‘desembarcou’ na California, alguns meses após a minha chegada a Rancho Mirage (Janeiro/1999). Mesmo à distância de 5.000 milhas, a maioria dos ilhéus açorianos (sobretudo os micaelenses) consideram a veneração do Santo Cristo dos Milagres, o testemunho genuino da devoção dum povo insulano convertido ao “uso do penar tornado crente”. Convém não esquecer que nem todas as celebrações de índole religiosa são alheias às normas elementares do mercado da saudade financeira. Estou a referir o mercantilismo da alegria étnica, que faz parte da catequese do “passado” emocional exposto no balcão da empregomania do “presente”. Na Califórnia, o cristianismo conta com cerca de 73% de crentes; o segmento católico não ultrapassa os 30%. Como sói dizer-se: “o medo foi o inventor mundial dos deuses”. Vou tentar ser mais claro: a fé religiosa dispensa explicações exaustivas da falácia popular. Aliás, não seria novidade lembrar que a modernidade tecnológica procura acentuar o arco-íris exibicionista do folclorismo religioso. Entretanto, continuamos a assistir (sempre à distância, e sem aplaudir) ao ridículo espectáculo dos mordomos governamentais – os tais que, embora exercendo funções altamente remuneradas, aceitam ostentar os seus ornamentos medalhados para “enfeitar” as vitrines da respectiva mediocri-

Memorandum

João-Luís de Medeiros jlmedeiros@aol.com

dade existencial… Haja Boa-Memória: no percurso ímpar dos U.S.A., os democratas do Sul e uma grande parte dos republicanos foram opositores dos programas sociais inspirados na “Great Society - Medicare, - Medicaid…” . Afinal, vamos ou não avançar rumo à reconciliação psico-cultural da diaspora açoriana? Como sói dizerse: “a arte de ser sábio, faz parte da arte de saber o que ignorar”… Se assim for, não percamos mais tempo na consagração do vedetismo narcísico espelhado pelas vitrines açor-lusitanas do facebook. O que nos parece inadiável é cultivar a prudência do bomsenso (sob o pálio da autonomia pessoal) com o fim de enfrentar o desafio cívico, ou seja: “pensar bem sem temer consequências”… 2 – Da gerência dos Recursos Humanos (alusões & ilusões) A tendência da raça humana para venerar o consumismo materialista faz parte da teimosia para enrijecer o cariz agressivo do seu comportamento. Os especialistas gostam de mencionar que todo o ser humano tem um parentesco comum sediado nas mesmas raízes ancestrais: a bestialidade e a angelogonia são a “junta-de-bois” usada como ferramenta para temperar a crueldade humana… Ora, aqui vai um breve desabafo (com “sotaque” açoriano) para corrigir o seguinte: a fragmentação vulcânica da insularidade açórica não deve ser registada como “pecado original” da nossa presença oceânica… Curiosamente, o turismo euro-americano parece inspirado na ânsia de transformar as ilhas açoreanas em “catedrais turístico-financeiras”, com o descarado intuito de promover os habitantes nativos à missão de “fiéis-de-armazém” do capitalismo atlântico-chinês… Ora, não custa referir o facto do signatário ser apenas servente da escrita missionária: consola-nos a esperança de que o antigo nem sempre envelhece, e a grandeza das coisas não deve ser ajuizada pela aparência do respectivo tamanho. Não é demasiado tarde para verificar a crescente idolatria esmoleira do subsídio financeiro. É nesse “oceano etológico” que tenho logrado flutuar graças à existência do valioso “colette salva-vidas” psicológico inventado pelo prestimoso “ethologist”, doutor Konrad Lorenz … Para corrigir cientificamente o misterioso apetite humano pela violência, seria necessário decifrar o

The ExperiencE

Macao Food Truck

New York City 2017, Los Angeles 2018 and San Francisco in 2019! To showcase Macanese cuisine to the American public, The U.S. Branch of The Macao Government Tourism Office (MGTO-USA) brought to life The Experience Macao Food Truck, an immersive and delicious event. Over five days, urban explorers were invited to get a taste of Macao’s rich history and culture through souvenirs, live performances and, most of all, a few of Macao’s most savored delicacies. For the past two years, MGTO-USA’s food truck has been an award-winning success in both New York City and Los Angeles, respectively. The Experience Macao Food Truck took to the bustling streets of San Francisco from May 30 – June 3, 2019. With cultural activations, onsite Macao ambassadors, and our delicious (and free!) Macanese food samples, guests of the truck had the chance to experience this hidden gem of a destination, all without stepping on a plane. This year, we served up four unique Macanese favorites: Serradura, Egg Tarts, Pork Chop Buns, and Salt Cod Cakes. And for those who’d like to experience Macao in person, we’ll be hosting a sweepstakes for one lucky person to win a fabulous, week-long getaway to Macao. www.VisitMacaoChina.com

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código do tráfego genético e biológico que a nossa conflituosa ancestralidade vem decantando no “humus” humano. A biologia sugere que a natureza humana não pode ser remodelada por reformas sociais. Afinal, somos ou não bárbaros civilizados? Continuo no meu jejum duvidoso… 3 - Afinal, a humanidade é uma espécie de “floresta anónima”?… Pelos vistos, somos humanos dotados com talentos e debilidades em trânsito? A propósito, recordo alguns dizeres do estimado pai, Mané Medeiros – cavalheiro austero, semi-analfabeto, soldado-raso do destino, amante da natureza, e que acabou como camponêsjardineiro de fina têmpera, ao serviço do indiferentismo micaelense, e também junto ao verdecer das periferias hoteleiras nas Bermudas… Recordo, vivamente, algumas das conversas acontecidas com o saudoso Pai, por volta de 1960, época em que tivemos de navegar em direcções opostas: ele na direcção oeste, rumo às Bermudas, e eu na demorada viagem rumo ao litoral moçambicano. Naquele tempo, as suas conversas eram serenas, transparentes, embora de quando em vez, preferisse ser duro no ser verbalismo: “- Atina! Olho sempre aberto: - este mundo tá cheio duma cambada de cães esfomeados… São temíveis, sobretudo quando param de ladrar”… Vou já interromper para agradecer a cordialidade dos eventuais leitores. Como antigo aprendiz de microbiologia, optei por folhear livros daquela especialidade científica. Confesso: muito, muito aprendi, sobretudo, àcerca do pouquíssimo que sabia. Ainda hoje, continuo ciente do pouco que ainda sei… mas ainda estou vivo! Com o devido respeito pelo pensamento de Jean-Paul Sartre (prémio nobel, 1964) aceito ter sido “condenado a ser ser homem e a ser livre”. Entrementes, repito aquilo que disse numa entrevista televisionada (RTP/A, Natal-1976) , no tempo em que a livre expressão de pensamento era considerada atrevimento evitável. Falei, assim, usando uma frase conhecida: “… prezados camaradas, estou a aprender a falar em voz alta: não espero morrer nem de parto nem de medo…” (*) o autor continua fiel aliado da antiga grafia.

IPMA ANUNCIA VENCEDORES 2019 NEW BEDFORD, MA (EUA) – 19 de Maio, 2019 – A sétima edição dos Prémios Internacionais da Música Portuguesa (IPMA) teve lugar no sábado, 18 de Maio, no Teatro Zeiterion. Os IPMA reconhecem feitos extraordinários por artistas internacionais de ascendência portuguesa. PRÉMIOS FORAM ATRIBUÍDOS AOS SEGUINTES ARTISTAS: Video Clipe do Ano: “Vai” de The Code, Realizador: Line Up Productions (Portugal) Instrumental: “Ode to Joe” de Pedro Silva (USA) World Music: “Nôs Morna” de Cremilda Medina e Tito Paris (Cabo Verde) Tradicional: “Ai Ai Vizinho” de Ronda da Madrugada (Portugal) Fado: “Quadras Soltas de Pessoa” de Cordeone (França) Dance: “Dance With You” de Sabrina Alves (África do Sul) Rap/Hip-Hop: “Nutso” de Nutso (USA) Rock: “Don’t Ask Don’t Tell” de Social Hysteria (Canada) Pop: “Amores Proibidos” de Sarah Pacheco (USA) Musica Popular: “Cinderela” de Michelle Madeira (Canada) Novo Talento: Peter Serrado (Canada) Canção do Ano: “Xtoria D’bo Manera” de Roy Job (USA), letra e musica: Roy Job e Kyle Job Azores Airlines Voto Popular: “Ai Ai Vizinho” de Ronda da Madrugada (Portugal) O prêmio Voto Popular foi escolhido pelo público que votou através do site do IPMA. Votos este ano foram provenientes de 101 países. O espetáculo IPMA 2019 contou, para alem da entrega de prémios, com actuações dos The Code, João Pedro Pais, Rita Guerra, Sam the Kid, Cordeone, Rebecca Correia, e virtuoso da guitarra Nuno Bettencourt da banda Extreme com convidado especial Kevin Figueiredo. As duas finalistas do premio Novo Talento (Peter Serrado e Lioness) também atuaram no palco dos IPMA tendo sido avaliadas por um júri de profissionais da industria musical presentes na plateia.

fotos de paulo chaves


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Opinião

15 de Junho de 2019

DE FÉRIAS NA TERCEIRA:

UM JANTAR “EM SÃO MIGUEL”

E

m 2015 fiz um passeio aos Açores com uns compadres, integrados num programa proposto pela Nortravel que contemplava quatro ilhas: São Miguel, Terceira, Faial e Pico. O voo de ida foi Porto-Terceira. Desembarcámos e a primeira visita que fizemos foi à Praia da Vitória, que celebrava o 11 de Agosto. O autocarro deixou-nos ao fundo da Rua Padre Cruz, antiga Canada da Areia, e viemos a pé pela Avenida acima, a caminho da Praça Francisco Ornelas da Câmara. A meio do caminho, o meu compadre José Mariz, um minhoto atento e perspicaz, comentou: “Esta gente não espera pela festa; faz a festa!” Quando cheguei à Praia, para passar uma semana de férias com a minha mulher, filhos, noras e netos, no dia 8 de Agosto de 2017, mais uma vez constatei que o dito do meu compadre era certeiro. Tínhamos acabado de chegar e havia que procurar um restaurante para jantar, com mesa para a família toda: oito adultos, três crianças e dois bebés, que também precisavam de lugar. Como os meus filhos sabiam orientar-se na Praia da Vitória, porque tinham estado nas Festas de 2000, combinámos que o ponto de encontro seria a Feira Gastronómica, junto ao balão da Sagres. A minha mulher e eu fomos os primeiros a chegar. Pouco depois, foi a vez do meu filho mais velho com a família; resolveram entrar enquanto aguardávamos pela chegada dos outros. Logo no primeiro espaço a minha nora deu de caras com um amigo de Bragança, colega de escola primária, que estava com um stand de produtos transmontanos: alheias, presuntos, vinhos, etc.; imediatamente lhes ofereceu um prato com presunto fatiado e uma garrafa de Valle Pradinhos

Os Açores, Uma Paixão José Henrique Silveira de Brito

sbrito@braga.ucp.pt

para comemorar o encontro tão inesperado. Surpresas destas levam-nos a pensar que o mundo é muito mais pequeno do que parece. Quando chegaram todos, entrámos na parte dos restaurantes. O primeiro que encontrámos era minhoto; porque vínhamos do Minho, passámos à frente. Logo a seguir estava o Restaurante José do Rego, de São Miguel; como havia mesa que dava para todos - já era tarde, dez da noite - entrámos. Fomos recebidos por um empregado que se revelou um excelente anfitrião; deu as informações e explicações pedidas, sugeriu pratos, tudo isto com um humor excelente, sempre com uma piada ou comentário a propósito; pôs toda a gente bem-disposta. Como o restaurante era micaelense, perguntei se tinham Cerveja Melo Abreu; que não. Ao perceber a minha surpresa, perguntou-me pela minha residência no Continente. “Em Braga”, respondi; informou-me, então, que a partir de 18 de Agosto estariam na Feira Gastronómica de Vila do Conde. O Jantar correu maravilhosamente bem. As entradas e os diferentes pratos pedidos eram todos muito bons e com tempero claramente micaelense: não lhes faltava a tradicional “pimenta da terra”, distintivo da gastronomia de São Miguel. Mas como a minha gente gosta de comida bem temperada, ninguém estranhou. Foi o culminar de um dia excelente: boa viagem até à Terceira, as três casas que tínhamos alugado em “Alojamento Local” corresponderam às nossas expectativas e o jantar tinha sido opíparo. Foi então pagar a conta, apanhar os carros e ir para casa, para pôr a miudagem a dormir; o dia seguinte tinha de ser bem aproveitado, porque só tínhamos mais sete dias para passear pela ilha. De regresso ao Continente, não me esqueci da Feira Gastronómica de Vila de Conde. Um belo dia lá fui

com a minha mulher ao Restaurante José do Rego. Chegámos, demos uma volta pela Feira, comprámos num stand produtos açorianos, queijos e chá, e dirigimo-nos para o Restaurante José do Rego. Fomos recebidos com a mesma simpatia que tínhamos encontrado na Praia da Vitória, o que nos serviram estava uma delícia e bebemos a Melo Abreu. Ao chegar a casa, telefonei ao meu filho Carlos a contar-lhe a nossa ida ao restaurante e disse-lhe que havia cracas. Ele, que tinha adorado este marisco quando o provou na Terceira, disse imediatamente: Pai, reserva mesa para Sexta-feira; vamos lá jantar com os meus sogros e cunhados. E foi o que fizemos. Entrámos na feira e fomos direitinhos ao restaurante. Sobrava apenas uma mesa livre, felizmente com espaço para nós; eramos oito. Para entrada, pedimos umas cracas e umas lapas e, para beber, Cerveja Melo Abreu. Fez-se uma escolha de pratos para podermos provar a maior variedade possível. O empregado, com a simpatia já esperada, aconselhou-nos quanto aos pratos e quantidades, tema sempre difícil. Estava tudo uma delícia. O meu compadre José Mariz lembrou-se de pedir uma sangria de ananás que estava no cardápio e para nós completamente desconhecida. Saiu tão boa que parámos com a cerveja. Terminado o jantar, dirigi-me ao responsável pelo restaurante para o felicitar. Disse-lhe que do meu grupo eu era o único açoriano e que tinha estado no restaurante na Praia da Vitória; agora tinha vinda de propósito com familiares meus, que tinham ficados satisfeitíssimos; vinha dar-lhe os parabéns, porque o seu restaurante era um excelente embaixador da Região. O homem ficou surpreendido e sensibilizado, mas o elogio foi merecido.

PortugueseHAmericans in California Public Service

Chris Vierra

Mayor of Ceres, CA Mayor Chris Vierra was elected to the Ceres City Council on November 8, 2011, his term expires in December of 2020 and he has announced that he won’t run. During his tenure in the Ceres City Council he has served on the Local Emergency Planning Committee and the Successor Agency for the Former Ceres Redevelopment Agency He has also served on the following regional alliances: Cities-County Committee; East Stanislaus Integrated Regional Water Management Program; Executive Committee - Central Valley Division League of California Cities; Integrated Regional Water Supply Project; San Joaquin Valley Air Pollution Control District Board; Successor Agency for the Former Stanislaus Ceres Redevelopment Commission; Surface Water JPA and the West Turlock Subbasin Groundwater Sustainability JPA. He attended California State University, San Luis Obispo, graduating with a BSME Degree. He is employed by: VH Design Group, Inc. Mayor Chris Vierra is married, has 2 children and has lived in Ceres for 45 years. At a recent event about his city he said: “Ceres, through leadership, common sense, and care, has managed its resources wisely and has served its citizens.

I like to imagine a Ceres that continues to have its neighborly hometown feel, while becoming more beautiful, more vibrant–more prosperous–and the type of place people move to in order to have a great quality of life.” Another Portuguese-American serving our great state!

HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH Published in the Tribuna Portuguesa as a public Service to our community with the collaboration of CPAC-California Portuguese-American Coalition, whose mission is to unite Portuguese-American elected officials and civic leaders to facilitate stronger collaboration in the advancement of the interests of the PortugueseAmerican community in California. CPAC is funded thanks to a partnership with FLAD and with community support.


Tauromaquia

15 de Junho de 2019

stevinson pentecost

festival taurino • 1 de junho cavaleiros paulo j. ferreira Jacobo botero manuel sousa

forcados amadores de turlock aposento de turlock filármonica lira açoriana

6 novilhos frank v. borba & filho açoriana

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Quarto Tércio José Avila

josebavila@gmail.com Para quem gosta de toiros houve um bom principio de ano com uma corrida em Laton, um Festival que se realizou em Stevinson com muito empenho e aficion. A seguir iremos ter uma Corrida de 6 Cavaleiros, seis Toiros e seis Grupos de Forcados, que irão trazer muita gente a Stevinson no dia 17 de Junho, na Festa de Turlock. Depois, nos 100 Anos da Festa de Tulare, teremos um outra boa corrida com duas jovens Cavaleiras e um jovem Cavaleiro já muito conhecido dos nosso redondéis no dias 21 de Junho. E depois teremos outra Corrida à Portuguesa da Festa de Stevinson a 24 de Junho. Esta primeira “remessa” de corridas acaba na Festa de Tracy no dia 28 de Junho. Para o resto da temporada, o que nos esperará?

amadores de turlock

paulo j. ferreira

Jacobo botero

manuel sousa

aposento de turlock


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Cultura

15 de Junho de 2019

PAGINA DE ARTES E LETRAS DO TRIBUNA PORTUGUESA

Apenas Duas Palavras Diniz Borges

d.borges@comcast.net

O Bracinho

de Carlos Tomé

(ou a memória maldita do pai)

L

Victor Rui Dores

ivro a livro, Carlos Tomé vai consolidando um projecto de escrita no âmbito da ficção narrativa. Uma ficção narrativa que assenta sempre em coordenadas históricas e culturais. Este autor sabe que homem e época são elementos em íntima conexão. Seguir a aventura de uma personagem implica reconstituir o tempo histórico e sócio-cultural em que ela se movimenta. Assim acontece nos dois livros anteriores deste micaelense: Morreremos Amanhã (Artes e Letras, 2007), que tem como pano de fundo a Guerra Colonial Portuguesa, e Um perigoso leitor de jornais (Artes e Letras, 2017), cuja história é atravessada pelos mecanismos repressivos e opressivos do Estado Novo. Neste terceiro romance, O Bracinho (Letras Lavadas, 2019), Carlos Tomé fala da infância enquanto tempo de descoberta, aprendizagem e deslumbramento, no contexto político e social de um Portugal pobre, rural, analfabeto e subdesenvolvido, a contas com a feroz ditadura fascista e, por isso mesmo, (sobre)vivendo entre parêntesis e a preto e branco. Os Açores, ainda sem autonomia, não fugiam à desdita do subdesenvolvimento e da emigração… Com a ação centrada no microcosmo da freguesia de Santo António, ilha de São Miguel, o espaço temporal da obra situa-se entre os anos 60 do século XX até ao ano de 2002. Carlos Tomé lança mão de uma história verídica ocorrida naquela ilha: um pai comunica a um filho de 6 anos de idade (que não tinha o braço esquerdo, apenas um coto que não chegava ao cotovelo) que, devido à sua deficiência física, terá que ficar nos Açores e não integrar a família (o pai, a mãe e três irmãos mais velhos) no seu processo de emigração para o Brasil. Constituindo o leitmotiv de O Bracinho, esta violentíssima separação do agregado familiar é a causa de um trauma profundo vivido por António Medeiros, o menino que ficando ao cuidado de uma tia viúva (Teresa), se sente abandonado, rejeitado e completamente inútil. Acionando os retroactivos da memória e os dispositivos (cinematográficos) do flashback, António, narrador-protagonista, vem, quatro décadas depois, falar e falar-nos (na primeira pessoa do singular) dessa mágoa maior e do seu percurso de vida desde os verdes anos, passando pela juventude e idade adulta. Fá-lo sob o ponto de vista da criança sofrida (que ele foi), em paralelo com a visão de narrador autodiegético (hoje, com 48 anos de idade, um bem sucedido advogado). Livro de emoções e comoções, as páginas de O Bracinho estão carregadas de choros, lágrimas e sofrimentos. Aqui se revela, antes de mais, o lado humano dos sentimentos, dos afectos, das emoções e dos estados de alma. O infortúnio e a má sorte de António despertam em nós uma imediata adesão afectiva. Inquieto e irrequieto, ele é o “bracinho”, o “maneta”, o aleijado, o enjeitado, o abandonado. Como se isto não bastasse, seu pai, o severíssimo Luís Medeiros, inflige, com brutal tirania, violentas sovas e tremendos castigos aos filhos (fazendo lembrar a personagem do colérico pai Manuel, de Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo), roubando-lhes os sonhos e fantasias. Luís Medeiros, que nunca aceitou a deficiência do filho, representa o poder patriarcal, obscurantista e inquisitorial que povoa de medo e angústia o agregado familiar. Todo o livro é atravessado por uma espécie de dimensão edipiana e catártica, isto é, de ajuste de contas com a memória maldita do pai. Outra personagem a ter em conta é Maria da Conceição Medeiros, a mãe de António, mulher sofrida, incomodada e prisioneira porque submissa à autoridade

Com o começo do verão, começam para muitos dos nossos leitores as tradicionais férias que por vezes incluem uma viagem até aos Açores, e daí a nossa sugestão para nesse verão de 2019, enquanto estiverem de férias nos Açores comprem livros de autores açorianos. E um desses autores que devem ler é Carlos Tomé. Conheci este jornalista há muitos anos, tenho muita admiração pelo seu trabalho na comunicação social e como escritor. Vale a pena ler Carlos Tomé. O livro que destacamos nesta edição da Maré Cheia, com um belo texto do poeta Vitor Rui Dores, é o mais recente, “Bracinho”. Este é o quarto livro de Carlos Tomé, que publicou em 2002 “A Noite dos Prodígios e outras histórias” (contos), em 2006 “Morreremos Amanhã” (romance) e em 2016 “Um Perigoso Leitor de Jornais”. Como disse Carlos Tomé numa entrevista à rtp-A a literatura açoriana existe e seria muito bom que os nossos emigrantes e luso-descendentes (os que leem em português) lessem os nossos escritores para ficarem a conhecer melhor não só o arquipélago, mas acima de tudo quem são. Falando da criatividade açoriana, Carlos Tomé sublinhou: “não há no país, e não houve ao longo de gerações, outra região que tenha sequer parecido um naipe de escritores e poetas como o arquipélago”. Acrescentando: “sempre tivemos uma grande apetência pela criação literária, pela poesia, pela escrita, havendo, de facto, uma literatura intrinsecamente açoriana. Estarem a aparecer sucessivamente novos escritores é a prova da sua vitalidade”. Parabéns pelo novo livro. A literatura açoriana está bem viva! Abraços,

Diniz

ditatorial do marido que a manipula a seu belo prazer. António só encontrará verdadeiro apoio e refúgio junto de Aninhas, sua irmã e confidente. Estas três personagens, o filho, o pai e a mãe, a quem Carlos Tomé dá consistência humana e fundura psicológica, são dignas de constar na galeria das grandes personagens da literatura portuguesa de sempre. Com os pais e irmãos no Brasil (“a terra do esquecimento”), apossa-se de António um sentimento de revolta e rebeldia. Ele não quer saber da família nem das notícias que chegam de longe, fecha-se no seu quarto e no seu mundo de solidão. Completa, com sucesso, o ensino primário. A razoável situação financeira da tia Teresa, com quem continua a viver, permite-lhe, mais tarde, frequentar o Liceu

Carlos Tomé Nacional de Ponta Delgada, onde vai resistindo aos escárnios e insultos de alguns colegas. A magoada tristeza de não ter emigrado com os pais e irmãos não o larga. De férias na freguesia natal escuta as boas intenções do padre Fernando, mas não se submete aos princípios cristãos e torna-se agnóstico. Termina o ensino liceal e é admitido na Faculdade de Direito de Lisboa, num tempo em que o estigma da Guerra Colonial é ameaça permanente. Adapta-se ao viver lisboeta e os estudos correm bem. De Moçambique chega a trágica notícia da morte (“em combate”) de Miguel, seu amigo de infância. Assistirá, nas ruas da capital, à revolução do 25 de Abril. Com 25 anos coloca uma prótese, torna-se um advogado de sucesso e… obviamente não revelarei aqui o desfecho do romance. Apenas acrescento que, ao ler O Bracinho, tive como que a sensação de estar a ver um filme ao retardador, pois que nele pressenti o sonho a decompor-se e a refazer-se – em imagens de grande pureza e limpidez, num enfocamento visual que me agradou sobremaneira. Pleno de espessura evocativa e de atenta observação do humano, o livro está escrito em bom vernáculo e com uma muito bem conseguida fluência narrativa. Por serem curtos, os 38 capítulos tornam a leitura desta obra ainda mais apetecível. Carlos Tomé, ex-jornalista de méritos firmados na imprensa escrita e televisiva, é hoje um escritor humaníssimo que fala do destino do homem no palco da vida.


Manuel Cabral 15 de Junho de 2019

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Desporto

15 de Junho de 2019

UEFA Liga das Nações portugal vence 1ª Liga das Nações!

portugal 1 - 0 holanda

“SOMOS CANDIDATOS A VENCER TODAS AS PROVAS” Fernando Santos era um treinador orgulhoso após a conquista da Liga das Nações. O treinador português destacou os jogadores como o grande obreiro deste triunfo. “Esta é uma vitória dos jogadores. Eles têm sido inexcedíveis e nesta partida voltaram a mostrar-se muito bem, cheios de confiança, com muita paixão e muita organização. Além disso, revelaram um espírito fortíssimo que foi base para este triunfo. Acreditámos sempre que tínhamos qualidade para ganhar, e fizemos um grande jogo frente a um adversário de qualidade”, começou por explicar nas entrevistas rápidas. A Liga das Nações é o segundo troféu europeu conquistado por Portugal no espaço de três anos. Situação que aumenta a ambição do treinador. “Esta prova era um objetivo, mas já passou, vencemos e estamos muitos felizes. Desde o início que disse que somos candidatos a vencer todas as provas em que entrámos e é assim que vamos continuar a trabalhar”, concluiu. abola.pt

“FC Portugal” de San Diego vence liga premier

Joey Silva, Kevin Soares, Justin Gafa, Elliott Savitz, Devin Garcia, Ze Garcia, Andrew Sauls, Ethan Sauls, John Bruner, Israel Cisneros, Nick Vieira, Matthew Moreira , Mark Cippola , Rene Giron, William Sardinha, Shawn Nicklaw

A equipe de futebol “FC Portugal” de San Diego, terminou a sua época futebolista em primeiro lugar da liga premier, a mais alta liga em San Diego, ganhando também o torneio de futebol tradicional de Artesia, o passado dias 25 e 26 de Maio, torneio este já muito conhecido pelas nossas comunidades portuguesas pela California e este ano também com a participação de uma equipe da costa leste e outra de Arizona. A equipe de San Diego tem dez jovens de descendência portuguesa que tem vindo a jogar juntos desde muito jovens, o que fez com que a experiência e o conhecimento de futebol entre eles, tenham mostrado mais uma vez, ter sido a equipe mais completa e consistente neste grande torneio de Artesia. A camaradagem entre equipes e hospitalidade da organização do torneio, faz com que estes jovens voltem anualmente e criem novas amizades entre eles, o que é muito importante hoje em dia pelas nossas comunidades portuguesas. Parabéns a “FC Portugal” de San Diego.

Ze Duarte

festa da bola em artesia Realizou-se nos passados dias 24 - 27 de maio a 46ª edição da anual Festa da Bola da Artesia D.E.S. As equipas seniores de futebol participantes foram: Artesia D.E.S., United Portuguese SES, Santa Clara Sporting, FC Azores Escalon, Arizona Futebol United, Casa dos Açores Hilmar, Escudos de Portugal, Valley of Tulare, Tulare D.E.S. Soccer Club, Tulare Angrense e FC Santos San Clemente.

Fotos de osvaldo palhinha

Fotos de jose enes photography


Opinião

15 de Junho de 2019

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Paralelo 38

A ti, mãe

João Gago da Câmara joao@ilha10.net

Em jeito de homenagem – permite-me, caro Osvaldo – recordo outro Maio que se foi, que era só nosso, meu e dela, porque dela nasci, a minha mãe. Fui roubar este texto à página 171 do meu primeiro livro, “Fragmentos entre dois Continentes” - que tu tão superiormente apresentaste em Ponta Delgada – porque, quando se gosta, as saudades, embora dolorosas, são perenes e precisam ser exteriorizadas. Trago-a hoje, aqui, à querida mãe, a este Diário do nosso contentamento.

E

la penteava-me, perfumava-me e saíamos de mãos dadas pela rua do Castilho abaixo a caminho da catequese, que funcionava no Centro Paroquial de São Sebastião, em Ponta Delgada. Tinha outras três irmãs mais velhas, de quem gostava muito e com quem gostava de brincar, mas sabia-me maravilhosamente bem sair sozinho com ela, a mãe, porque aqueles momentos eram só meus. Deslizávamos pelos passeios abaixo, quase não tocando com os pés na calçada, pois andava depressa, linda, esbelta, viçosa e orgulhosa do seu rebento ao seu lado. Eu, cheio da força da juventude, e de alegria, e lá íamos usufruindo do burburinho, dos cheiros, do bulício, do encanto da cidade, acenando a gente amiga, parando para dar dois dedos de conversa, rindo de tudo e de nada, e levava-me às lojas de roupa para me comprar um pulôver ou umas calças,

porque queria que os filhos andassem “bem vestidinhos”, como dizia. Adorava a minha mãe. Quase a terminar a catequese, cá vinha ela escada acima, leve como uma pena, com aquele sorriso fascinante, decorrente daquela simpatia ímpar, que todos elogiavam, que irradiava naturalmente e que sempre a acompanhou desde o berço até adoecer e cair numa cama por longos onze anos de martírio. Tinha um nome bonito, Maria Margarida, mas todos a chamavam de Guida. Brindou-nos depois com mais dois irmãos, bem mais novos. Ficámos oito lá em casa, nós os seis e eles os dois, pai e mãe. Conduziu-nos a todos com mestria pela vida fora, mas, por falar em conduzir, tinha muito pouco jeito para guiar o carro da família que o pai insistia que ela o usasse porque lhe dava outra independência. Gritávamos que nem perdidos no banco de trás do “Ford Anglia”, que ela levava aos solavancos e às guinadas assustadoras, e travava quando devia acelerar e acelerava quando devia travar. Um pavor! E, terminada cada manobra, qual delas a pior, após os nossos gritos histéricos, embora nervosos, acabávamos todos a rir do sucedido, nós e ela. Foi uma esposa extremosa do nosso querido pai, sempre incansável ao seu lado, acompanhando-o em todas as obrigações oficiais de Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, a que ia sempre, bem como a eventos sociais, muitos advindos de também ser cônsul do Panamá e depois da França e ainda presidente do clube de golfe, do Lyons Clube,

Delegado de Turismo e presidente da Associação de Futebol de Ponta Delgada. Não arredava do pé dele, conseguindo sempre tempo, tanto para ele como para nós. Recordo-me com muita saudade dos nossos piqueniques no meio das matas, com pão barrado com pasta de chouriço e ovos cozidos, e das nossas férias, umas nas Furnas, outras nas Sete Cidades. Tudo era alegria, a vida sabia bem com ela ao nossos lado. Passados onze longos anos presa a uma cama com a doença de Parkinson, partiu para junto do marido que partira oito meses atrás. Com muita saudade, permito-me reenviar-lhe este extrato de um poema que lhe escrevi, tinha eu dezassete jovens anos, arrancando-lhe então algumas lágrimas dos bonitos olhos:

Maio teu, mãe minha, Direção do meu viver, Fogacho de luz, fulgor, Quanto a mim, só tu, rainha, Que me fizeste nascer, Rejuvenesces-me, amor.

Ela lá está, liberta das amarras de uma cama que a prendeu por mais de uma década, de novo encantadora, certamente a sorrir, enviando-nos força, sobretudo a bondade e a alegria que tanto a distinguiram em vida e de que este mundo está tão precisado. Descansa em paz, mãe, e dá um grande abraço ao pai.

Traços do Quotidiano

ESCRAVOS,

Margarida da Silva

POR CÁ TAMBÉM OS HOUVE Ao reler o livro, “NOTAS HISTÓRICAS – Santo António do Pico”, da autoria do Padre José Idalmiro Ávila Ferreira, lembrei-me que , talvez, os nossos estimados leitores gostassem de ler a referência que ele faz quanto à existência de escravos, mais própriamente, no Concelho de São Roque do Pico. Que eu saiba, nunca foi assunto estudado nas nossas escolas no meu tempo de criança. Por isso, tomo a liberdade de transcrever o capítulo:

A

“ESCRAVOS, TAMBÉM POR CÁ OS HOUVE” existência de seres humanos a quem se lhes nega qualquer direito cívico ou moral foi quase uma constante ao longo de vários séculos e nas mais diversificadas regiões de todo o mundo. Qualquer estudante de História apercebe-se com facilidade, do Mercado desses infelizes, em boa parte prisioneiros das guerras, efectuado por grandes comerciantes para depois os leiloar, em hasta pública, por altos preços. Para se poder fazer uma pequena ideia do impacto que a escravatura tinha nas sociedades ditas civilizadas, recordese a denominada Guerra dos Escravos, em que Espártaco reuniu para cimas de 700 mil e, com eles, abalou profundamente as estruturas sociais da velha Roma. Mas, já antes, a preocupação dos Faraós egípcios com o número dos escravos hebreus, a ultrapassar os habitants dos seus domínios, fez com que ordem fosse passada para extermínio de todos os filhos varões das grávidas israelistas. Moiséis escapou pela perspicácia da mãe, ao decidir encerrá-lo numa cesta, dando a ideia de abandono efectivo, no local onde a princesa tomava banho. No que concerne ao Pico, documentos existem a assinalar que o bem-estar dos senhorios desta ilha ficou a dever-se,

santamarense67 @yahoo.com

em grande parte, ao trabalho insano destes seres humanos que nem das suas vidas podiam dispor. Quando, em 1460, Segundo Lacerda Machado, Rodrigo Álvaro e sua esposa, Isabel da Luz, também conhecida por Isabel Vaz, estiveram na origem do povoamento de São Roque do Pico, foi sua primodial preocupação erguer a primitiva igreja desta localidade, o que veio a acontecer passados que eram vinte anos. Junto desta, este casal houve por bem construir um grande barracão onde pudessem ser servidas refeições gratuitas a todos quantos estavam encarregues do desventrar as terras, construir habitações, traçar veredas de acesso, garantir o “pão nosso de cada dia”. O maior número de utentes desse refeitório recrutava-se precisamente entre escravos ao seu serviço e a outros que para aqui vieram escravos de outros senhorios. À medida que a freguesia de São Roque ia alargando as suas fronteiras, Santo António, paulatidamente, foi-se tornando seu suburbia. Famílias inteiras para lá ocorreram na busca de melhores habitações e de melhores meios de subsistência. Consigo levaram os seus escravos, pois não havia agregado familiar, dos chamados senhores, que não os tivesse. Por estas Alturas os escravos eram identificados por uma argola colocada nos artelhos, denominada “braga”, bem à semelhança das actuais pulseiras electrónicas em uso por arguidos criminais, denunciadora da sua presença em qualquer local por onde se encontram. Logo nos princípios do povoamento, em Santo António, uma vereda é aberta para albergar os que em seus artelhos ostentavam a nefanda argola, símbolo da escravatura, e, por esse facto, Canada da Bragada é daí em diante o topónimo dessa rua, hoje uma das mais progressivas da freguesia. Seu nome oficial, Rua de Santo António, não consegue modificar essa nomenclatura. Da existência da escravatura por estas paragens nos falam bons números de assentos de baptismos, que o sempre citado Padre Zeferino arquiva nos seus apontamentos. Nos primórdios dos anos de 1726, ao longo da Ouvi-

doria de São Roque, filhos de mães solteiras, escravas de Capitães e Alferes, são levadas à pia baptismal. Exemplos des baptizandos são: o Fabrício, filho da Teresa, escrava do Alferes João de Simas Oliveira. Depois surgem a Isabel, e a Rita, respectivamente filhas de duas escravas, a Teresa, do Capitão João Simas Pereira, e a Maria, do Capitão Ferreira de Melo. Este mesmo capitão teve ainda outra escrava, a Maria, também mãe solteira, da qual nasceu um filho, o António. Mais casos como este poderiam ser citados. O aludidos assentos elucidam-nos que só a partir de 1726, no espaço de uma década, das cinquenta mães solteiras, trinta delas eram escravas, contando-se com a Vitória, de cor preta, pertença do Capitão Alexandre, e com a Páscoa, de cor parda, ao serviço do Capitão António Caetano. Um outro exemplo, e bem significativo, é-nos dado aquando da construção do Convento de São Pedro de Alcântara do Cais do Pico, em 1721. Para recolher donativos para esse Convento, bem como madeirame para o mesmo, foi enviado para o Brasil o Frade José da Conceição. Este irmão religioso tinha sido um escravo a quem o seu propritário, António Cardoso, terceirence, conceda, em Lisboa, aquando da sua morte, a carta de alforria. Mas, concretamente, no que se refere à freguesia de Santo António, transcreve-se literalmente a seguinte nota do padre Zeferino: “1744 - Padre Ouvidor Manuel Rodrigues da Silveira, Vigário de Santo António, natural da Horta. O seu testamento tem dez folhas de papel de formato muito grande. Não tinha herdeiros. Diz que deixa a sua alma por herdeira. Era muito rico, riquíssimo. Foi padroeiro da igreja de Convento do Cais, isto é do Altar-Mor. Tinha oito escravos.” Logicamente, estes oito escravos, propriedade do dito Padre Manuel Rodigues da Silveira, tinham residência em Santo António.” Padre José Idalmiro Ávila Ferreira


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English Section

15 de Junho de 2019

TAP Air Portugal’s Inaugural SFO-LIS Flight June 10, 2019 And San Francisco-Terceira in Summer 2020?

TAP Air Portugal could not have selected a better date to return to San Francisco International Airport (SFO). After operating flights between SFO and Terceira’s Lajes Airport in the late 1980s and early 1990s, TAP returned to SFO with much fanfare on June 10, 2019, Day of Portugal, for its direct flights (five times per week) between

the City-by-the-Bay and Portugal’s capital. The flights aboard a brand new, state of the art Airbus A330-900neo departs SFO at 4:10 pm arriving in Lisbon’s Humberto Delgado International Airport at 11:20 am the next morning. The flights to San Francisco leave Lisbon at 10 am arriving SFO at 2:20 pm. TAP is expanding its service to North America by adding Chicago O’Hare and Washington Dulles in June 2019. Airfare starts at $385 one-way and $800 round trip in economy and $1,531 one-way and $3,102 round-trip in Executive business class.

According to David Neeleman, TAP major shareholder and founder of Morris Air, WestJet, JetBlue, Azul, and Moxy (to receive its first Airbus A220-300 in 2021), TAP will be receiving 71 new Airbus jets over the next few years. David Neeleman approached several community leaders including this newspaper and mentioned the possibility of flying from the San Francisco Bay Area to the Azores as early as Summer of 2020. As a true leader, Neeleman did not bring attention to himself, but rather to the TAP flight crew

calling them on stage to be recognized by the passengers and special guests. Traveling on the inaugural flight from Lisbon was TAP’s chairman of the board Miguel Frasquilho who spoke to passengers and guests at the gate area before the flight from SFO to Lisbon. During the ceremony, PortugueseAmerican singer Ramana Vieira performed, refreshments were served, and speeches by representatives from the San Francisco International Airport, the City of San Francisco, the Consul General of Portugal in San Francisco Maria João Lopes-Cardoso.

A cake and ribbon were cut by the Consul General surrounded by TAP executives, City of San Francisco and SFO officials and a special toast to the United States of America with Madeira wine just like in the Declaration of Independence. Another reason of pride for the local community – ADEGA Restaurant chefs David Costa and Jessica Carreira were selected to prepare the menu for these flights. June 10, 2019 was a Dia de Portugal like no other at San Francisco International Airport. Text/Photos: Miguel Ávila

From left: Ramana Vieira; the TAP SFO-LIS inaugural crew; chairman Miguel Frasquilho; Consul General Maria João Lopes-Cardoso; TAP major shareholder David Neeleman.

From left: A Toast to America with Madeira Wine; Consul General of Portugal in San Francisco Maria João Lopes-Cardoso during the cake and ribbon cutting ceremonies.

Above from left: TAP crew members; David Neeleman; Carlos Paneiro, TAP VP Sales North and Central America, with the first checked-in business class passenger. Below from left: Chefs Jessica Carreira and David Costa; John Melo and Batista Vieira; Davide Vieira, Timothy Borges, Angela Simões, and Nelson Ponta-Garça.


Festa do Espírito Santo 15 de Junho de 2019

Comunidade

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I.D.E.S. BUHL, ID • 8-9 JUNHO Há dez anos, eu e o Osvaldo Palhinhas partimos numa aventura comunitária de Artesia, CA a Buhl, Idaho. Foram 712 milhas de muita alegria, de descobertas de lugares lindos desta terra imensa que é a America. Fomos e ficámos apaixonados pelas suas gentes, pela simplicidade da sua festa, pela boa comida, e pela alegria em nos receber. Este ano, quer o Chico Avila, quer o Al Pinheiro, entusiasmaram a gente para regressar. Problemas de

saude, afastavam a hipótese da minha mulher poder ir. Mas, há sempre um mas nestas coisas e ela um dia disse-me - vamos outra vez, mesmo que nos custe um pouco. Gosto tanto daquela gente. E assim fomos, com mais 46 amigos. Foi lindo, vimos outras terras que não conhecíamos, a festa foi muito bonita e como sempre a comida foi um encanto. Bem hajam aqueles 250 famílias que nos proporcionaram lindos dias de férias. Jose A.

Fu

BUHL, ID

83

IRM

ANDAD

E VINO SPIR

ANTO OS

rainhas 2019-20

DI

IT

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rainhas 2018-19

ndado 19

chico avila já esta convidado para o ano que vem


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15 de Junho de 2019

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