July 12th 2019

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Tribuna Portuguesa 2 a QUINZENA DE JULHO DE 2019

Ano XL - No. 1297 Modesto, California | $2.00 / $45.00 Anual

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA • WWW.PORTUGUESETRIBUNE.COM

LOURENÇO AMORIM MACHADO

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IRMANDADE

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ORDENAÇÃO SACERDOTAL

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benfica vs chivas • 20 julho

MANUELA A. SILVEIRA

MEDALHA DO MUNICÍPIO DAS VELAS

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Editorial

15 de Julho de 2019

UM MONUMENTO DE FÉ, UM VESTÍBULO PARA O CÉU A MONUMENT OF FAITH, A VESTIBULE TO HEAVEN

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Paróquia Nacional Portuguesa das Cinco Chagas em São José foi fundada a 8 de novembro de 1914 pelo Monsenhor Henrique Augusto Ribeiro e 318 famílias portuguesas. Com a devastação da Primeira Guerra Mundial, a Gripe Espanhola de 1918 e um mundo de incertezas e desespero, esta magnífica igreja teve a sua inauguração a 13 de julho de 1919 com muita pompa e circunstância. Cem anos depois, a comunidade reune-se novamente para celebrar este evento histórico. As cerimónias simples, mas bem pensadas e planeadas, entre dezembro de 2018 e julho de 2019 refletem bem quem são as pessoas que fizeram e fazem da Igreja das Cinco Chagas o que é hoje — a simplicidade das pessoas, paroquianos que dão e trabalham pela sua paróquia e pela sua fé católica. O ex-pároco Rev. Jack Greer refletiu durante o 90º aniversário da paróquia em 2004 que “não ser português não obscurece de modo algum a visão da Igreja Nacional Portuguesa” e a do seu fundador, Monsenhor Henrique Ribeiro. “É um monumento de fé”. Os nossos antepassados “deixaram uma paróquia vibrante de portugueses e outros. Depois de deixarmos esta Terra, espero que a paróquia floresça como a Paróquia Nacional Portuguesa”. E continuou: “O legado de Monsenhor [Ribeiro] está vivo; precisamos continuar e melhorar para que a visão floresça”. E é exatamente isso que o Rev. António Silveira fez. De paroquiano a pároco como ele frequentemente diz. Sob a sua liderança, esta igreja centenária está mais bonita do que nunca. Com uma nova pintura exterior voltando às suas cores originais, a fachada da igreja parece tão fresca e nova como naquele domingo, 13 de julho de 1919. E com a adição de dois novos vitrais representando o Senhor Santo Cristo dos Milagres e São João Paulo II com Nossa Senhora de Fátima, generosamente doada nos testamentos de Tony e Anna Silva. Esta Igreja Nacional Portuguesa atrai paroquianos e fiéis de todas as origens, idades e etnias porque — afinal — o cristianismo e o catolicismo são universais e não há lugar melhor para celebrar a fé do que neste “Vestíbulo para o Céu” como Monsenhor Ribeiro descrevia a sua igreja. Parabéns à comunidade portuguesa e luso-americana da Califórnia por manter este ex-libris e monumento histórico de San José!

T

he Portuguese National Parish of the Five Wounds in San José was founded on November 8, 1914 by Monsignor Henrique Augusto Ribeiro and 318 Portuguese families. Through the devastation of World War I, the 1918 Spanish Flu, and a world of uncertainty and despair, this magnificent church had its grand opening on July 13, 1919 with much pomp and circumstance. One hundred years later, the community is coming together to celebrate this historic event. The simple yet well-thought out ceremonies between December 2018 and July 2019 reflect the people who made the Five Wounds Church what it is today – the simple people, parishioners who give to the well-being of the parish and to their Catholic faith. Former Pastor Rev. Jack Greer emphasized during the parish’s 90th anniversary in 2004 that “being non-Portuguese does not in any way dim the vision of the Portuguese National Church” and that of its founder, Monsignor Henrique Ribeiro. “It is a monument of faith.” Our predecessors “left a vibrant parish of Portuguese and others. After we leave this Earth, I hope that the parish flourishes as the Portuguese National Parish.” He continued “Monsignor [Ribeiro]’s legacy is alive; we need to continue it and improve on it to make the vision flourish.” And this is exactly what Rev. António Silveira has done. From parishioner to pastor as he often states. Under Fr. António’s leadership, this centennial church is more beautiful than ever. With a new exterior paint job returning to its original colors, the church’s façade looks as fresh and new as in that Sunday, July 13, 1919. And with the addition of two new stained glass windows depicting Senhor Santo Cristo dos Milagres (Our Lord Christ of Miracles) and St. John Paul II with Our Lady of Fátima, generously donated by a bequest from Tony and Anna Silva. This Portuguese National Church attracts parishioners and worshippers from all backgrounds, ages, and ethnicities because — after all — Christianity and Catholicism are universal and there is no better place to celebrate our faith than in this “Vestibule to Heaven” as Msgr. Ribeiro would call it. Congratulations to the Portuguese-American community of California for maintaining this San José historical landmark! miguel ávila miguelavila@tribunaportuguesa.com

Água Viva

E

UMA HISTÓRIA DE CEM ANOS

sta, não é uma história qualquer! - Nem sequer é daquelas histórias que começam simplesmente com a frase “Era uma vez…” como nos contos de Fadas. Esta história nasceu num Altar de oração a Deus, e construída de raíz, como tudo o que leva sólidos alicerces, não só de pedra e cal, mas de espiritualidade, como promessa feita de Fé e entre-ajuda e talvez também de conversão. Como tantos sacerdotes que outrora saíram das suas terras, não só com a finalidade de propagar a Fé, mas também de ensinar a ler e a escrever, com a diferença, de que este, sem saber uma palavra de Inglês, veio continuar a ensinar na sua língua materna, os compatriotas que tinham necessidade de ouvir a Palavra de Deus no idioma do país que haviam deixado para tràs. Se nos nossos dias, fazemos orações especiais pelas vocações sacerdotais, parece que naquele tempo essas abundavam de tal modo, que mesmo que eles saíssem para o estrangeiro, ninguém achava que faziam falta. E se não fosse assim, como iriam os nossos emigrantes Portugueses perpectuar esse idioma tão sentido como a Saudade?! Em boa hora, veio da Ilha do Faial o Monsenhor Henrique Augusto Ribeiro, ainda jovem, mas pessoa

filomenarocha@sbcglobal.net

de muita crença, vontade, e um grande amor a Deus e à Pátria Portuguesa. Ao chegar a esta cidade de San Jose da California, completamente diferente da que é hoje, Monsenhor Henrique Ribeiro teve logo a ideia de que tudo seria fácil, se todos juntos pela mesma causa se reunissem no sentido de erguer um outro Púlpito para a voz ainda apagada dos Portugueses e decidiu trabalhar a sério, reunindo-se de pessoas capazes de caminharem em frente com projectos relevantes para a dignificação do povo que nunca mais o deixou de ajudar em todos os aspectos. Outros Imigrantes de diversos países também se quiseram associar ao empenho e dedicação dos Portugueses, assim como aos trabalhos árduos porque passou a nossa gente, e muitos contribuíram para o efeito, mas nenhum outro povo permaneceu tão coeso como o nosso. Muitos paroquianos, tal como no passado, frequentam outras igrejas, porque moram mais próximos delas, mas no fundo do seu coração, a Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, é a que lhes fala ao sentimento, sobretudo ao gosto das Ilhas, pelas tradições que ainda se mantêm, desde o Divino Espirito Santo, no ultimo fim-de-semana de Junho, na vizinha Irmandade do Espirito Santo, às procissões com imagens dos Santos que ressaltam à vista nos altares e nichos da nossa lindíssima Igreja. Muitos foram os sacerdotes que aqui disseram Missa,

OWNED AND PUBLISHED BY The Tagus Group L.L.C. José Ávila PUBLISHER Miguel Ávila DIRECTOR / EDITOR Roberto Ávila ART DIRECTOR CONTRIBUTORS: Eduardo Mayone Dias, Onésimo T. Almeida,

P.O. Box 579866 Modesto, CA 95357-5866 Phone/Fax: 209-576-1951 portuguesetribune@sbcglobal.net

Filomena Rocha

39 ANOS

José Brites, Diniz Borges, Luciano Cardoso, José Raposo, Margarida Silva, JoãoLuís de Medeiros, Caetano Valadão Serpa, Maria das Dores Beirão, José Duarte da Silveira, Goretti Silveira, Rufino Vargas, Elen de Moraes, Paul Mello, Victor Rui Dores, João Bendito, Serafim Cunha, Carlos Reis, Jim Verner, Carlos Alberto Alves, Joel Neto, Tony Goulart, Lelia Nunes, Nelson Ponta-Garça, Miguel Canto e Castro, Ze Duarte, Lucia Soares, Judy Avila, Vamberto Freitas, Lisa Falcão, Diniz Borges, João Gago da Câmara, José Henrique Silveira de Brito CORRESPONDENTS: Fernando Dutra (Artesia), Filomena Rocha (San José)

realizaram as festas, quase todos com agrado e devoção, ainda que muitas vezes exaustos das cansativas cerimónias, sempre deixaram o seu cunho de respeito pela nossa crença e devoção, nem sempre compreendida por outros credos, que até nos batem à porta de vez em quando. Nesta Festa centenária, que deve ser de todos, não escrevo uma Água Viva, para apelar ao Voto! Também, a história da nossa Igreja, já foi contada e documentada em livro, pelo casal Miguel Valle Ávila e Lúcia de Fátima Soares. Mas nesta edição do nosso Quinzenário Tribuna, Espelho da Nossa Comunidade, gostaria de que, como ex-Secretária, Arquivista, Coordenadora de Casamentos durante 13 anos, e actualmente cantora com o meu marido Manuel Mendes no terceiro Domingo de cada mês, nesta Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, apenas gostaria (repito) de deixar aqui, os meus votos de Felicidades, não só à nossa Igreja, mas ao nosso Pastor, Tony Silveira, e a todos os Paroquianos, para que não se esqueçam de continuarem juntos e amigos, como há Cem Anos, neste projecto que pode prevalecer além do tempo, de geração em geração, como numa Familia cujos laços de sangue se descobrem pelo ADN, mas também pela Fé, pela consistência, pelo Amor, Amizade e Paz, tendo Cristo como Guião.

Year XL, Number 1297 July 15th, 2019 Tribuna Portuguesa was founded by John P. Brum in July of 1979. Tribuna Portuguesa (ISSN 0199-6746) is published bi-weekly, except on the first week of January, for $45.00 a year, by The Tagus Group L.L.C., 825 Chapman St., San José, CA 95126-1606. USPS: 525-930 Periodical Postage Rate paid at San José, CA. Postmaster: Send address changes to: Tribuna Portuguesa, P.O. Box 579866, Modesto, CA 95357-5866. A Redacção reserva-se o direito de omitir ou não publicar parcial ou integralmente os textos recebidos, sempre que os mesmos sejam considerados falaciosos ou atentem contra a integridade de outrém, à luz da Lei de Imprensa. Opiniões expressas em artigos assinados são da responsabilidade dos respectivos autores. Artigos designados “Informação Comercial” são da responsabilidade das firmas referidas.


15 de Julho de 2019

casamento • 6 julho

LIZETE & STEVE SOARES

Patrocinadores

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medalha de prata • 4 julho

MANUELA A. SILVEIRA

O casamento de Lizete Duarte e Steve Soares realizou-se no dia 6 de Julho na Igreja Our Lady of the Assumption Catholic Church em Turlock. Os pais da noiva, Jorge e Grace Duarte, eram também o rosto da felicidade, enquanto eram felicitados pelos convidados assim como os pais do noivo, Armindo e Herondina Pereira. A recepção do casamento ocorreu no elegante Larsa Banquet Hall em Denair. Tribuna deseja aos recém-casados o melhor amor na sua nova jornada juntos. Durante a 32ª Semana Cultural das Velas, Manuela A. Silveira foi homenageada com a Medalha de Prata do Município das Velas pelos seus 40 anos na função de Vice-Consul do ConsuladoGeral em San Francisco. Bem merecida e justa medalha!


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Tauromaquia

15 de Julho de 2019

praça de toiros da ilha terceira

fotos de fernando pavão

sanjoaninas 2019 • 22, 24, 28, 30 junho

Quarto Tércio José Avila

josebavila@gmail.com

Tiago pamplona joão moura jr.

joão pamplona

filipe gonçalves

manuel escribano

Ser aficionado é saber sofrer. Os espanhois, poetas como são, disseram um dia que “corrida de expectativa é corrida de desilusão”. Na realidade numa feira de 4 corridas como as das Sanjoaninas, há sempre a possibilidade das coisas não correram como sonhamos. Passamos um ano a sonhar com essa feira e de repente os toiros esquecem-se da bravura em casa. Mas, um toiro, que até era um sobrero, quiz defender a ganadaria de que procedia - Rego Botelho - e proporciou a um jovem espanhol a faena da feira. Valeu a pena. Os cavaleiros, matadores e forcados tentaram fazer o seu melhor dentro das circunstâncias e os aficiondos compreenderam o seu esforço. Nesta feira e na quarta corrida, estreou-se o Grupo de Forcados Luso-Americanos da California. Michel Lopes teve uma pega de muito valor e Manuel Cabral, num toiro manso e complicado fez o seu melhor. Para o futuro teremos a Corrida das Festas da Praia da Vitória, bem como as Corridas da Festa de Santo Cristo em Santa Cruz da Graciosa. Queremos crer que todos os intervenientes irão fazer o seu melhor para completar o ciclo das corridas nos Açores. No passado dia 6 de Julho houve a corrida da Semana Cultural das Velas.

josé leonardo

tertúlia tauromáquia terceirense

forcados luso-americanos

donald mota

manuel cabral

michael lopes

filarmónica nova aliança de san josé


Calendário

15 de Julho de 2019

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Tribuna Comunidade “562”. Festa Celebration on July 28. Hall: 11903 E. Ashworth Ave., Artesia, CA 90701. Phone: 562-865-4693. See ad on page 6

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Newark PFSA Council #16 Bodo de Leite, Vacada, Rosary, Dance with “Sem Duvida” & Cantorias. Parade, Mass & Sopas on July 28. Hall: 6430 Thornton Ave., Newark, CA, 94560. Phone: 510-793-4062. See ad on page 23

JULHO 2019

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Lusitano Club of California Annual Picnic. Beresford Park, 2720 Alameda De Las Pulgas, San Mateo, CA 94403. Phone: 415-661-3027. www.lusitanousa.org

21

Buhach Pentecost Feast of Accounting. Hall: 2889 Buhach Road, Merced, CA 95301. Phone: 209-358-9801

Sousa Mendes Film Presentation. 7 p.m. Macau Cultural Center, 109 J St., Fremont, CA 94536. Hosted by Silicon Valley Portuguese Education & Culture Foundation. Fresno Santo Antonio Club 84th Celebration Parade, Mass, Caçoila Lunch, Dinner, Dance and Grand March. Hall: 230 N. Main Street, Manteca, CA 95336. Phone: 559-903-2432

21

Gustine G.P.S. Parade & Dance with “Chico Avila”. Hall: 500 - 3rd Street, Gustine, CA 95322. Phone: 209-852-6692

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Oakley Mass at Flor do Oakley Hall, Parade, Sopas, & Folklore Group “Rancho Folclórico Saudades do Ribatejo”. Hall: 430 W. 9th Street, Tracy, CA 95376. Phone: 209-835-9909

22 22

Gustine Bullfight at Bella Vista Park. 8 p.m. 210 Santa Fe Grade Rd, Gustine, CA 95322

28 28

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04

Petaluma St. Anthony Festa Mass & Procession, Dinner & Dance. Hall: 4649 Bodega Ave., Petaluma, CA 94952. Phone: 707-762-4015

09

Chowchilla Holy Ghost Festa with Music by "Alcides Machado". Portuguese Hall: 800 S. 3rd St., Chowchilla, CA. Phone: 408-292-2123

28

Oakdale F.E.S. Parade, Mass, Sopas & Dance with “Alcides Machado”. Hall: 190 North Lee Ave., Oakdale, CA 95361. Phone: 209-358-9801 See ad on page 22

29

Artesia D.E.S. Bullfight 6 P.M. 11903 Ashworth St., Artesia, Ca 90701. Admission $25/ Kids under 6 free. Phone: 562-865-4693. www.artesiades.org See ad on page 6

AGOSTO 2019

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11

Mae Macau Art Exhibition Opening 12 pm - 5 pm. Runs from Aug. 10 - Oct. 1. Free Admission. CIQ Gallery: 3423 Balboa St., San Francisco, CA. Phone: 415-397-0767. www.lusitanousa.org

11

Hayward N. Senhora do Monte Mass, Auction, Picnic & Dance. Hall: 21160 Ocean View Dr., Hayward, CA. Phone: 510-581-4034

11

San Jose Bom Jesus Milagroso Mass & Procession. Church: 1375 E. Santa Clara St., San Jose, CA. Phone: 408-292-2123

18

Arcata St. Anthony Mass & Lunch. Hall: 1185 - 11th Street, Arcata, CA. Phone: 707-822-9521

chico avila

Luso-American Financial 22nd Sam Pelicas Memorial Charity Golf Classic. Metropolitan Golf, Links, 10051 Doolittle Dr., Oakland, CA. Phone: 877-5255876.www.luso-american.org

alcides machado

27

Hawaii Night at Tracy Portuguese I.P.F.E.S. Hall with “Alcides Machado”. 400 W. 9th St., Tracy, CA 95376. Phone: 209-835-9909

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03

Luso-American Fraternal Youth Theatrical Program. 1 p.m. Renaissance Resort & Spa, 44-400 Indian Wells Ln., Indian Wells, CA. Livestream by Diaspora Media Group.

Benicia B.D.E.S. Holy Ghost Festa, Parade, Mass, Sopas, Auction & Dance. Hall: 140 E. J Street, Benicia, CA. Phone: 707-745-1393

PFSA New Offices in Modesto. 1100 14th St., Suite E, Modesto, CA 95354. Phone: 510-483-7676. www. mypfsa.org See ad on page 32 Portuguese Heritage Night with the Oakland Athletics. 6:07 P.M. Oakland Coliseum, 7000 Coliseum Way, Oakland, CA 94621. Lower Box Section 128

03

Carlos Vieira Foundation 8th Annual Bloodless Bullfight Festival. 7 p.m. Praça de Toiros de Stevinson, 2962 N. Lander Ave., Stevinson, CA. Benefits Families affected by autism or cancer. www.carlosvieirafoundation.org

Artesia D.E.S. Bodo de Leite, Auction, Concert & Dance with

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Lusitano Club of California Russian River Camping & Canoe Trip, Aug 2-4. Mirabel Park, 8400 River Road, Forestville, CA. Phone: 415-990-5534. www.lusitanousa.org

International Champions Cup: Benfica vs Chivas of Guadalajara. July 20 @ 1 p.m. Levi’s Stadium. 4900 Marie P DeBartolo Way, Santa Clara, CA 95054. www.ticketmaster.com.

18

Pismo Beach Parade, Mass, Sopas & Dance with "Chico Avila". 390 Bello St., Pismo Beach, CA 93449.

18

Turlock Our Lady of Assumption Mass, Lunch, Marching Bands, Procession & Entertainment. Church: 2602 S. Walnut Road, Turlock, CA. Phone: 209-634-2222

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Livermore Nossa Senhora da Ajuda Mass & Concert. St. Michael's Church: 458 Maple Street, Livermore, CA. Phone: 925-216-3953

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25

Manteca Reading of Accounts, Lunch & Auction. Hall: 230 North Main Street, Manteca, CA. Phone: 209-823-7084


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15 de Julho de 2019


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Opinião

15 de Julho de 2019

Rasgos d'Alma

Luciano Cardoso

lucianoac@comcast.net

SALTO

GIGANTE

J

á várias vezes tentei fechar os olhos para abarcar uma ideia do Cosmos que nos alberga, mas não consigo. Perco-me pelo caminho. O Universo é imenso. Parece mesmo infinito. As galáxias multiplicam-se e o nosso olhar rende-se facilmente ao fascínio inimitável duma linda noite estrelada. Não é fácil apanhá-la aqui, na ultra iluminada área da Baía de San Francisco, onde moro há quarenta e um anos, com aquele mesmo fulgor com que nos brindam os atlânticos céus a abraçarem as nossas mimosas Ilhas de Bruma, onde morei por vinte e dois. Há meio século, ainda não havia eletricidade pública no cantinho que me viu nascer lá ao norte da redondinha Ilha Lilás. Velas, candeias e candeeiros alumiavam o anoitecer no aconchego de cada lar enquanto o luar se encarregava de fazê-lo cá por fora aliado ao brilho das estrelas e dum ou outro cometa que nos maravilhava o olhar de assombro. “Quem terá criado assim tão complexa infinitude...?” Era uma ingénua

pergunta com resposta fácil para meu avô. “Olha bem lá para cima, rapaz. O criador está nos céus.” Ele e o seu restrito grupo de amigos filósofos ali da vizinhança assim haviam aprendido em meninos. No verão de 1969, então menino e moço estudante gozando as minhas “férias grandes”, vi o dia 20 de julho ficar gravado com letras de oiro na história da humanidade. As notícias de foro mundial parecia que demoravam mais a chegarem à Ilha, mas esta veio depressa dar brado imediato – “os americanos aterraram na lua.” Acabado de ouvi-la no velho Grundig do Ti Manel Sapateiro, passei-a logo àquele castiço grupinho de pensadores à moda antiga que faziam companhia a meu avô ali à boca da Rua de Mangas pegada à Canada do Caldeiro. “Eh rapaz, vai-te acabar de criar.” Fizeram-me rir e também raciocinar. “Às coisas de Deus, o homem vai-lhe custar muito a chegar.” As palavras saíram severas da boca do sr. Frank Barcelos, reformado trabalhador de longos anos na Califórnia onde muito ouvira falar da desmedida ambição do programa espacial norteamericano. “One small step for man, one giant leap for mankind”. “Um pequeno passo para o Homem, um salto gigante para a Humanidade”. Foi assim que Neil Armstrong desabafou para a História Universal esse fabuloso feito de monumental significância nos meus sessenta e três anos de vida. Dois meses e meio depois, com a arrancada do seguinte ano letivo, veio a atividade desportiva e lá formámos as nossas equipas de futebol

juvenil. À minha, jamais esquecerei, pusemos o sugestivo nome de Apollo 13, em honra a essa histórica nave espacial a aterrar em solo lunar para espanto do mundo inteiro. Volvido todo este tempo evaporado quase num sopro, dá-me a nítida impressão que a corrente geração dos nossos filhos e netos altamente dependentes dos seus televisores, telemóveis, computadores e demais utensílios informáticos, ainda não consegue fazer bem uma ideia do que era um potente foguetão aventurar-se no espaço à supersónica velocidade de vinte e quatro mil milhas à hora para galgar, em cerca de três dias, a colossal distância das quase duzentas e quarenta mil milhas que nos separam da lua. Naquele tempo foi mesmo qualquer coisa do outro mundo – um evento já então seguido nas velhinhas televisões do planeta por mais de meio bilião de pessoas atónitas com o que viram. No atlântico meio rural das nossas pequeninas ilhas de bruma, via-se bem a lua rodeada de estrelas lá no alto e até parece que ainda me soa ao ouvido a trocista voz do meu saudoso vizinho, o sr. Frank Barcelos, “eh rapaz, queres que te empreste os meus óculos para poderes ver melhor as estrelinhas da bandeira americana a acenarem-te lá de riba...?” Os outros velhotes riam-se a valer com o meu jeito atrapalhado em cata duma resposta capaz de os poder calar ali. Aqui e agora, apraz-me registar com nostálgico agrado a sua boa disposição então alheia ao alcance da proeza acabada de levar a cabo pelos heroicos tripulantes do triunfante Apollo 13. Nem eu sei bem calcular o fabuloso progresso tecnológico que desse importante dia adveio para todos nós a habitarmos este magnífico planeta girando sem folga à volta do lindo sol que nos aquece e alumia os dias aos anos das nossas curtas vidas.

Festa do Espírito Santo Aliança Jorgense SAN JOSÉ • 8-9 JUNHO

A JORGENSE

san josé

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A festa anual em louvor ao Divino Espirito Santo anualmente celebrada pela Aliança Jorgense ocorreu entre os dias dois e nove de Junho, próximo passado, na sua sede em San José. No Sábado dia oito houve cantoria ao desafio com os populares repentistas Vital Marcelino, Abel Raposo, José Ribeiro e vindo de Artesia, Manuel Santos. Foram todos acompanhados por Manuel Mendes, Dimas Toledo e João Cardadeiro sendo calorosamente aplaudidos pelos presentes. Foi também apresentado o já bem conhecido Grupo Folclórico “Tempos de Outrora” de San José e foram distribuídas a toda a gente as famosas e tradicionais “vésperas”. No Domingo, celebrou-se o Santo Sacrificio da Missa na Igreja Nacional das Cinco Chagas de San José pelo Sr. Padre Antonio Silveira. Após a missa foram servidas as tradicionais sopas e carne e à tarde houve leilão de oferendas. Infelizmente, motivado pelos múltiplos eventos que nesse fim de semana se realizaram, não pudemos ter a habitual presença e brilhantismo que antecipavamos. Todavia, a Comissão da Festa sob a presidência de Hermánia Cardadeiro, agradece a todos que participaram e auxiliaram nestas festividades deste ano 2019.

ES

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fotos de filomena rocha


Opinião

15 de Julho de 2019

Ao Sabor do Vento José Raposo

jmvraposo@gmail.com

VIVA SÃO JOÃO

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oi a saudação com que receberam, minha mulher e eu, no festival ao santo levado a efeito pela organização, California Goans, no parque Rengstorff em Mountain View. Tenho já um bom grupo de amigos entre essa gente amável que muita honra tem em ser de descendência Portuguesa. Em Goa, onde os Portugueses marcaram presença durante 600 anos as pessoas celebram o São João, saltando para dentro de água, gritando em alto e bom som, VIVA SÃO JOÃO. Em alguns locais continuam a usar os velhos poços, mas noutras localidades usam as piscinas e o outros cursos de água que são mais seguros e higiénicos, devido a não terem contaminação. Os participantes no festival usam umas coroas feitas com flores e frutos às quais chamam Kopels. A tradição de saltarem para a água, dizem os versados no assunto, deve-se ao facto de São João ter saltado no ventre de Santa Isabel quando essa foi visitar,

sua prima, Nossa Senhora. Quanto aos Kopels há, pelo menos, duas versões. Uma diz que tem a sua origem na coroa de espinhos com a qual coroaram Jesus. A outra versão é que o Kopel era usado quando os recém-casados visitavam a casa da noiva. Nessa altura o Kopel era colocado na cabeça do noivo como um ato de boas vindas. Os membros da Californian Goans festejaram o São João com o mesmo fervor e devoção com que os seus irmãos festejam em Goa. Uma grande quantidade de pessoas tinha os seus kopels, outros colares de flores e houve, como já é costume, prémios para a pessoa com o Kopel mais bonito. Durante todo o dia há jogos para as crianças e para os adultos. Canta-se várias canções ao São João e dão a beber uma águaardente feita de caju a qual se chama Fenim. Esse Fenim serve de remédio para tudo. Se tem dores de garganta, bebe-se Fenim, se se está mal disposto do estômago, bebe-se Fenim, se está com tonturas, Fenim se bebe. Penso que deve ser o equivalente ao nosso mata-bicho. Além do concurso de ko-

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pels, há também um concurso de comidas. Vários pratos da cozinha Goesa são preparados e depois os mesmo são avaliados por um grupo de juízes e os prémios são atribuídos aos vencedores. Eu adoro essa comida feita com as especiarias da India. Pode-se estar a uma milha de distância e deteta-se o aroma inconfundível desses ingredientes. Confesso que alguma dela, mesmo para mim, habituado à malagueta de São Miguel, acho um pouco picante. No entanto, estou pronto para voltar para o ano ao festival dos meus amigos Goeses e dar um Viva ao São João.

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Opinião

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A OUTRA DIÁSPORA A deslumbrar a gente com as histórias do que viste

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Reflexos do Dia-a-Dia Diniz Borges

d.borges@comcast.net

Pedro da Silveira (poema, para ti, que ficas parado)

unca se tem falado tanto na nossa diáspora! O mundo das comunidades começa a aparecer, um pouco por todo o lado, na comunicação social portuguesa. É bom ler, ver e ouvir as histórias, que muitos de nós aqui já conhecíamos, agora relatadas em variadíssimas plataformas, e como em qualquer história, mesmo a mais verídica: com uma boa dose de ficção. Têm aparecido, algumas séries televisivas dedicando espaço à diáspora, algumas rúbricas radiofónicas e vários textos jornalísticos. Tal como ouço constantemente: Portugal está na moda. Diria, que em Portugal, as comunidades estão na moda. Bem, nem tanto. Pelo menos nem toda a comunidade. Há uma diáspora da qual ninguém fala. Vejamos! A nossa emigração para os Estados Unidos tem, como se sabe, uma longa e rica história. Disso e antes da comunicação social portuguesa, ou alguns “expertos” dos novos media, em ambos os lados do atlântico, a terem descoberto, já o sabíamos, não só por experiência própria, mas também graças a alguns académicos que dedicaram alguns aspetos da sua investigação às vivências comunitárias e graças à escrita criativa. Há um século que a literatura, particularmente, a dos Açores, fala-nos dos emigrantes, das viagens, as com retorno e as sem retorno. Os poetas, esses malditos que nos dizem verdades, há muito que cantam as dores da saudade. Os escritores portugueses em terras americanas já falavam de toda a nossa emigração, dos que tiveram sucesso e dos que trabalharam do nascer ao por do sol, mas não foram bafejados pelos ventos do sucesso económico, muito antes desta nova descoberta portuguesa. Os criadores luso-americanos já há uns anos que concebem, na ficção narrativa, na poesia e no ensaio, as vivências portuguesas e luso-americanas. Fizeram-no, quase sempre sem qualquer momento de reconhecimento por quem agora descobre os sucessos da emigração. Porém, diria, sem qualquer assombro, que os triunfos da diáspora residem nas vidas simples, mas significativas da outra comunidade, aquela que ninguém quer falar. Até porque já não há pobres, agora são: excluídos sociais. Se olharmos e refletirmos, com alguma seriedade, para muito do que se vê, ouve e lê sobre os portugueses e seus descendentes em terras americanas, facilmente se chegará à conclusão, sem muito esfoço, que somos uma comunidade de ricaços. Gente que passa o seu dia a gozar das suas fortunas nas mais variadas formas opulentas do novo-riquismo. Que só há gente de sucesso no mundo luso-americano. Que cruzamos

os dias a planear as mesmas festas que os nossos pais e avós faziam, com pouco sentido para as novas gerações. E que gostamos de ir à terra de origem, ou de origem dos nossos pais ou avós, para passarmos umas férias empanturradas em gastronomia típica e abundantemente regadas com vinho e cerveja. Se é certo que o estereótipo até por vezes encaixa bem, basta olhar ao que as pessoas colocam nas redes sociais, não é menos certo que as comunidades são mais, muito mais. E que, tal como já afirmei, repetidamente: para cada emigrante ou luso-descendente sentado em poltrona acolchoada e ornamentada com bordados dourados, fumando charutos cubanos, há uma tonelada de homens e mulheres, de todas as faixas etárias, emigrantes e luso-descendentes, que num “american way of life” cada vez mais hipotecado, videntes de

um sistema vilificado, lutam, quotidianamente, pela sua sobrevivência e pela sua dignidade. Destes, ninguém quer falar! Há uma tentativa, em ambos os lados do atlântico, para se tentar branquear a nossa emigração, pintando-a com tonalidades de uma expatriação distinta que não sofreu, nem sofre, os dissabores que todas as migrações padeceram e padecem. Diria, que até mesmo a comunicação da diáspora entra, facilmente, nesse jogo. Na realidade gostamos muito de falar dos ricos e poderosos, incluindo os que pensam que o são, em ambas as categorias, e raramente falamos de quem amassou o pão que o diabo nem queria amassar, ou de quem ainda hoje vive as vicissitudes de um sistema alicerçado no principio de que enquanto um sobe na escala económica, há quem fique sem-

pre onde esteve e está, e outros que descem. A nossa comunidade, ao contrário do que se tenta dizer e escrever, também, vive esses dilemas. As pessoas, os heróis anónimos, que têm dedicado as suas vidas em organizações de serviços sociais, como a POSSO, a VALER, o Bom Samaritano e o CPEC, que o digam. Não tem sido poucas as vezes, que estes serviços ajudam portugueses na obtenção de inúmeros programas e serviços, particularmente para cidadãos da terceira idade, que atravessam dilemas económicos. Os números dizem-nos que 35% dos reformados com mais de 65 anos, que se indicam como sendo de origem portuguesa na Califórnia, estão desabilitados. E bem sabemos que o sistema social americano não é assim tão generoso para quem não pode trabalhar. Nenhum sistema social o é. Aliás, das cerca de 350 mil pessoas que se identificam como sendo de origem portuguesa na Califórnia, 12,4% ou seja cerca de 40 mil pessoas, estão desabilitadas. Duvido que estejam nas tais poltronas. Usufruindo dos tais charutos. Apesar de quase tudo o que acabamos por ver, quer na comunicação social, em projetos especiais ou nas redes sociais, indicarem que somos uma comunidade repleta de sucessos económicos, e temo-los, ninguém o nega, é certo que também temos as nossas dificuldades e as nossas dores. Há emigrantes das nossas ilhas, e seus rebentos, de várias gerações, que apesar do seu trabalho, apesar das suas poupanças, apesar das suas frugalidades, continuam em dificuldades económicas e têm os mesmos desconsolos e as mesmas tribulações dos outros grupos étnicos. Segundo os números oficiais, 14,3% dos californianos vivem em condições económicas muito difíceis, ou seja, em índices de pobreza, o que neste estado significa 24 mil dólares por ano para uma família de 4 pessoas. Há portugueses e luso-descendentes nesta situação. Outros 18% estão à beira de entrarem em índices de pobreza, com vencimentos pouco acima do mencionado. Há portugueses e luso-descendentes nesta situação. Cerca de 75% das famílias pobres na Califórnia vivem em unidades familiares onde um membro dessa família tem mais de 65 anos de idade. Também temos famílias portuguesas e luso-descendentes nessa situação. Há uma tendência hollywoodesca na comunicação social portuguesa para se pintar uma comunidade, na sua totalidade, a abarrotar com dinheiro e popularidade. Há uma inclinação para se falar, escrever e perfilar as velhas elites e os novos-ricos que se esmagam para usufruírem o seu momento de glória num ecrã, numa página de um jornal, ou numa onda radiofónica, por vezes abrindo a boca quando deveriam estar bem silenciosos. Se é certo que alimentam muitos egos, não é menos certo que não são representativos da verdadeira comunidade. Não somos um grupo escolhido para vivermos todas as benesses do dito sonho americano. Há, como já o escrevi, o outro lado do sonho. Somos sim emigrantes e descendentes de emigrantes, com os mesmos triunfos e os mesmos dilemas que outros grupos étnicos já o sofreram e ainda sofrem. Não seria má ideia que quem dedica algum tempo de antena, algum espaço virtual ou algum papel e tinta olhasse à nossa comunidade tal e qual ela é: homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres, intelectuais e populares, religiosos e ateus, com os mesmos sonhos e as mesmas dificuldades que todos os seres humanos enfrentam no dia de hoje, em qualquer parte do mundo. A literatura tem-no dito de muitas formas e há muitos anos. Se lessem!


Entrevista

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entrevista

NOVO LIVRO DE DINIZ BORGES Além de educação e comunidade que mais vamos ler no teu novo livro “À Sombra da Saudade” a sair brevemente?

O livro é uma coletânea dos textos que tenho escrito sobre as nossas vivências portuguesas aqui na Califórnia. Todas as crónicas foram publicadas, algumas agora modificadas, mas todas publicadas no Tribuna através dos anos. Talvez tenha errado, mas achei por bem fazer esta coletânea porque falam da comunidade que fomos e que ainda somos, mas que, em breve, já não seremos. Espero eu! As crónicas falam dos dois assuntos que aludes na tua pergunta, porque são dois temas que me apaixonam. A minha vida, para o bem e para o mal, tem sido vivida nestes dois eixos. Espero que possa servir como humilde contributo para o debate que precisamos ter na comunidade e como documento das vivências à sombra da saudade, que, como todos nós sabemos, futuramente não existirão.

Quantos livros já escreveste e qual o teu favorito?

Este será o décimo-segundo livro que publico, (13º se contarmos uma antologia que organizei e prefaciei com a obra do poeta Álamo Oliveira). Desses, 5 foram crónicas e ensaios sobre o mundo americano, particularmente o social, cultural e político, assim como as comunidades. Um foi uma coleção de textos sobre Alfred Lewis, para comemorar o centenário do poeta da ilha das Flores. Uma antologia com poesia açoriana com a temática da emigração e a diáspora. Uma antologia bilingue que traduzi com poetas contemporâneos dos Açores. E três livros de tradução em parceria com Katherine Baker, incluindo o Já Não Gosto de Chocolates de Álamo Oliveira. Não tenho favorito, até porque todos têm a sua história. O primeiro é sempre especial e até porque possui um prefácio do poeta Emanuel Félix que certamente é melhor do que o resto do livro. Todos me tocam de uma forma ou de outra, ou então não os teria publicado.

Quais as temáticas que gostas mais? Porquê?

Gosto de escrever crónicas que refletem quem somos como comunidade, se bem que por vezes isso torna-se cansativo. Tenho sempre receio de quem escreve sobre as nossas comunidades à distância, seja ela geográfica, seja cultural. Gosto de escrever sobre assuntos contemporâneos do mundo americano, particularmente de análise política e cultural, porque apesar de Portugal ter muitos cronistas que sabem escrever muito bem sobre a América, é muito diferente quando se vive cá e se respira o ar americano. Há algo mais que gosto muito de fazer, mas ocupa muito tempo, e infelizmente, como tenho muitas tolices em que me meto, não tenho tido o tempo necessário, ou seja: a tradução. Gosto muito de traduzir, particularmente poesia. Mais, acho que há necessidade de termos mais traduções para inglês de obras açorianas. Temos algumas, mas precisamos mais e necessitamos fazê-las chegar às novas gerações ou corremos o risco de os Açores ficarem para os açor-descendentes como: um lugar porreiro para se passar férias.

Como tem sido a tua experiência na Universidade de Fresno, quer como professor, quer como Director do Instituto Português Além-Fronteiras.

A experiência em Fresno tem sido fenomenal, se bem que a distancia de Tulare mata-me. No ensino, por onde tenho andado tenho tido a felicidade de ter sempre o apoio das administrações e na universidade de Fresno o apoio do presidente e de toda a administração tem sido muito boa. Como professor, e como tenho dado aulas num community college (no COS por quase duas décadas) já conhecia o sistema. Aliás dei aulas na universidade em Fresno no começo da década de 2000. Os alunos são muito bons, inteligentes, interessados e abertos a aprenderem a língua portuguesa. No que concerne ao Instituto está apenas no seu período de nascença e há muito a fazer. Tentamos, com os recursos que temos, fazer algo inovador e acima de tudo algo que esteja com a comunidade. Mas tenho de acrescentar que eu carrego com seis décadas e, portanto, estarei neste projeto para dar-lhe, utilizando um termo futebolístico: um pontapé de entrada. O PBBI será o que a universidade e a comunidade quiserem que seja e claro que terá de ter uma pessoa mais nova no futuro a dirigi-lo. Contribuirei, mas não estarei lá a longo prazo, entenda-se.

O Tribuna ao teu dispor

Apenas para agradecer, ainda mais esta oportunidade. Este jornal tem um lugar muito especial no meu coração. Espero que o livro À Sombra da Saudade seja uma oportunidade para debatermos a comunidade, mais do que a debatermos, traçarmos objetivos comuns para salvaguardarmos o património português em terras da Califórnia. Temos todas as condições para o fazermos. Temos é que modificarmos as nossas prioridades e sermos mais abertos a tudo o que é cultural.

Pela experiência humana que tiveste como professor, já algumas vez pensaste em “novelizar” algumas dessas vivências?

Nunca, porque não tenho jeito para a ficção narrativa. Através dos anos tenho contado algumas histórias aos meus amigos escritores e eles dizemme, o mesmo: deverias escrever isso em conto. Nunca acontecerá. Tirei vários cursos de literatura, de estudos literários na universidade e modéstia à parte, acho que ainda sei o que é um bom conto, uma boa novela, um bom romance. Aprendi sobre a ficção narrativa nas várias cadeiras que tirei e nem me atrevo a ir por aí. Nada pior em ficção do que uma história mal contada. Não tenho savoir-faire para construir personagens. Camus dizia mais ou menos isto: a ficção é a mentira através da qual se dizem verdades. Como não sei escrever ficção, terei de esperar algum tempo para contar alguns casos em crónica. Porque utilizando um pensamento de Sylvia Plath, em outras palavras: prefiro ser um escritor de cónicas comuns do que um escritor de ficção péssimo. O mundo já tem muitos maus ficcionistas.

Para quando um segundo livro de recolha de poesia açoriana relacionada com a emigração?

Estou a trabalhar nisso. Gostava de ver uma segunda edição da antologia Nem Sempre a Saudade Chora, (que segundo me dizem está esgotada) com mais algumas adições, mais alguns poetas que não estiveram na primeira edição. Não é fácil conseguir-se editora. Gostava de ter uma segunda edição da antologia que fiz com poetas açorianos em tradução (bilingue). O mesmo, e editora? Aliás, gostava também de termos uma antologia do conto açoriano que tratasse o tema da emigração, ou mesmo uma antologia sobre emigração com uma variedade de géneros literários. Projetos não faltam, mas…

Já escrevi um dia, que certos artigos que publicas sobre a nossa comunidade poderiam muito bem serem lidos, discutidos em diversas funções, mormente nas escolas que ensinam português. Achas que seria útil essa ideia?

Ninguém é bom juiz em causa própria. Permite-me, pois, que esta resposta fique para os professores e líderes do nosso movimento associativo. Sei que em tempos idos também disseste que deveriam ser lidos em homilias de missas em português e imagino que deve ter havido alguns padres que se benzeram várias vezes e com as duas mãos.

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Eduina Lourdes Silveira, age 88, passed away on June 22, 2019. She was the widow of David Carvalhal da Silveira, of Mountain View, CA. She is survived by her daughter, Goretti Silveira, son-inlaw Gary de Julio, and grandson Samuel de Julio, all of San Jose, CA. Eduina Silveira is also survived by two brothers, João Batista Bettencourt, of Morgan Hill, CA and Carlos Quadros Bettencourt residing in Bahia, Brazil. She was preceded in death by her parents, Manuel Bettencourt and Maria de Quadros, both from Luz, Graciosa, Azores; one sister, Maria da Conceição Bettencourt of Norte Pequeno, São Jorge, Azores; and one brother, Manuel de Quadros Bettencourt of Bahia, Brazil. Eduina Silveira was born on April 20, 1931 in Alto do Sul, Graciosa, Azores. In 1953 she and David moved to São Jorge, David’s birthplace, where they lived until May 1966 when she emigrated to Palo Alto, CA, to join her husband’s great-uncle living there at the time. Shortly, they bought a house in Mountain View where she resided until joining her daughter in San Jose, CA. She was a member of Aliança Jorgense and IFES of Mountain View where she served on the Board of Directors for nine years. Rosary and Mass was held on Monday, July 1 at 7:00 PM at Five Wounds Catholic Church, San Jose, CA. Funeral blessing was Tuesday, July 2, at 11:00AM at Santa Clara Mission Cemetery, Santa Clara, CA. Tribuna Portuguesa sends its heartful condolences to all the family.

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Festa do Divino Espírito Santo

Comunidade

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ATWATER PENTECOST ASSOC. • 23-30 JUNHO Atwater começou a sua festa de 23 a 30 de Junho para comemorar os seus 108 anos. O Rosário começou no dia 23 até ao dia 29. No Sábado houve dança com o conjunto “Progresso” e apresentação das Rainhas e Aias. No domingo, a parada começou desde o Salão até a St. Anthony’s Catholic Church no centro da cidade. O sacerdote Domingos Machado executou as bençôes à Rainha Isabel, a todas as Rainhas e Aias presentes e ao comité da festa. Sopas foram servidas a todos os presentes, havendo bazar e leilão. Pela

noite, o conjunto “Progresso” abrilhantou de novo a noite, trazendo fim mais um ano de festa da Atwater Pentecost Association. Os Presidentes César e Stacie Avila, com toda a sua Comissão merecem os nossos parabéns por uma festa bem executada e festejada. Que a tradição continue em Atwater por mais 100 anos.

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rainha isabel

O ESPÍR IT

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rainha pequena: kaylynn avila aias: jenna ceja e trista pasley

FES TA DO

presidentes: cesar e stacie avila vice-presidentes: delcio e aida gois tesoureira: mary avila, secretaria: leslie cardoso

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rainha junior: jayden cardoso aias: ryen cardoso e haliyah Cardoso

rainha grande: vanessa varella aias: emma garcia e kalissa ceja


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2018-19 rainha grande: carli avila aias: harlie machado e genesis peterson

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2018-19 rainha junior: taylorvila aias: olivia gois e natalia ramos-avila

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padre domingos machado

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Ordenação de Lourenço Amorim Machado Comunidade

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CATHEDRAL OF THE ANNUNCIATION STOCKTON, CA • 6 JULHO

De médico a sacerdote pode não ir mais do que um passo. Assim aconteceu a Larry Machado, que depois de vários anos como médico, resolveu entrar na vida sacerdotal. Esteve um ano em Roma a tirar o diaconado e agora regressou para ser ordenado sacerdorte pelo Bispo de Stockton, Myron Cotta. Foi uma festa muito bonita tendo sido acompanhado por Adrian Ruben Cisneros na ordenação, que teve lugar na Catedral da Anunciação em Stockton.

bispo myron j. cotta

Seus pais Conceição e Lúcio Machado, são naturais de São Jorge, Açores. No dia seguinte à ordenação a 7 de Julho de 2019, realizou-se a sua primeira Missa (Missa Nova) com a presença também de Myron Cotta, o nosso Bispo da Diocese de Stockton. A Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Turlcok, encheu de muitos fiéis amigos da família de Larry Machado. Parabéns ao Larry e a toda a sua família.

adrian cisneros e lourenço machado

luis machado

pais machado e cisneros


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conceição e lúcio machado, pais do lourenço

rev. lourenço machado

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Festa do Divino Espírito Santo

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STEVINSON PENTECOST ASSOC. • 19-24 JUNHO

Stevinson Pentecost Association entrou em força no seu 101° aniversário com um programa de 19 a 24 de Junho. O Rosário começou na quarta-feira, dia 19 e a Noite de Fados abrilhantou o Salão de Stevinson com Lénio Parreira, Lysandra Jorge, Marylou Lawrence e George Costa Jr., acompanhados por Gino Almeida e Steve Soares. Na sexta-feira, teve lugar a cantoria com Fabio Ourique, José Esteves, António Azevedo, Lénio Parreira e Abel Raposo. Todos acompanhados pelos musicos Dimas Toledo, Tommy Vieira, Gino Almeida e Manuel Avila. No Sábado, o traditional Bodo de Leite rodeou a Praça de Stevinson, acompanhado pela Filarmónica Lira Açoriana de Livingston e o tradicional

Pézinho. O Grupo Etnográfico Pérolas do Atlântico de Hilmar apresentou-se seguido do Youth Council #18 de Gustine/Los Banos. À noite houve dança com o conjunto “Generations” e apresentação das Rainhas. No Domingo houve Coroação do Salão para a Igreja de Santa Maria, Missa Solene e almoço de sopas e carne. O conjunto “Progresso” finalizou a noite. Na segunda-feira a Grande Corrida de Toiros à Portuguesa. Parabéns aos Presidentes Albano e Laura Azevedo e a tuda o sua Comissão por mais uma festa bem celebrada.

fotos nesta página de john freitas

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2019 rainha grande: makayla avila aias: brooke rocha e kylie azevedo

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presidentes: albano e laura azevedo 2019 rainha pequena: vice-presidente: george martins jr. tesoureira: manuela avila, secretaria: melissa azevedo lacie aguiar aias: kinsley britton e marshal: kevin soares

noite de fados lenio parreira, lysandra, jorge, marylou lawrence, george costa jr.

cantoria fabio ourique, jose esteves, antonio azevedo, lenio parreira, abel raposo. Musicos dimas toledo, tommy vieira, gino almeida e manuel avila musicos gino almeida e steve soares


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João Pires 70 Primaveras GUSTINE, CA

70 anos é um novo marco na vida das pessoas, e por isso mesmo, João Pires quiz juntar muitos amigos na sua residência em Gustine para celebrar essa data. Foi visitado por todos aqueles que participaram no bodo de leite de Stevinson com os seus carros de bois, incluindo o Youth Councial #18 de Gustine/Los Banos e o novel Grupo Folclórico Saudades do Ribatejo do Vale de San Joaquin. Dançou-

se, cantou-se, festejou-se esta data tão importante na vida de João Pires. Tiraram-se muitas fotografias em família. Um dos pontos mais interessantes deste aniversário foi o João Pires ter contratado vários “food trucks” que serviram comida diversa. Grande ideia. Parabéns ao amigo João.


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Sanjoaninas 2019 15 de Julho de 2019

fotos de fernando pavão

ANGRA DO HEROÍSMO • 21-30 JUNHO

filarmónica nova aliança de san josé

luso-american education foundation • June 24-28

cultural Summer camp • UC santa cruz, ca

The Luso-American Education Foundation Cultural Youth Summer Camp is designed to prepare youth (ages 12-17) for college, while simultaneously teaching them about Portuguese culture. This 5-day program was held this year at UC Santa Cruz from June 24 to June 28, with 50+ students attending.


Opinião

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FESTA da SANTISSIMA TRINDADE SAN DIEGO

a década de 1980, António e Liduina Sousa; José e Zulmira Quadros; Miguel e Viviana Simas; José e Lourdes Avila; Mário e Fernanda Vargas, iniciaram a celebração da Festa da Santissima Trindade nas suas residências, na cidade de San Diego. Como a festa cresceu e tornou-se popular, eventualmente passou a ser feita no salão da UPSES, onde eram servidas as tradicionais Sopas e Carne e distribuidas rosquilhas a todos os convivas. No início, a Sra. Clotilde Caetano deslocava-se de San José para ajudar as Senhoras da Trindade a fazer as apreciadas rosquilhas. Em 1993, o Sr. Raymond Simas, director da UPSES, deu a sua ajuda para que o Domingo da Trindade passasse a ter, oficialmente, uma comissão sob o auspício da UPSES. A primeira Rainha da Trindade foi a menina Natalie Viríssimo, afilhada do Sr. Raymond Simas. O Sr. Manuel Goulart, grande apoiante da Festa da Trindade, sugeriu que a comissão adquirisse a sua própria coroa que foi comprada na Furtado Imports, de San José, em 1995. Embora a Festa seja realizada na UPSES e membros de outras organizações ali sediadas também darem o seu contributo, a Festa da Trindade tem a sua própria comissão e é independente. Na minha opinião, trata-se de uma festa mais íntima e sem sumptuosidade, pois há grande empenho em manter a tradição açoriana. Este ano e pela primeira vez, tive o prazer de assistir a esta festa e, confesso, que fiquei deveras impressionada como tudo funcionou num ambiente amigável e eficiente.

Traços do Quotidiano Margarida da Silva santamarense67 @yahoo.com

Foi com muito agrado que, também, dei um pouco do meu modesto contributo, mais propriamente, ajudando as senhoras na cozinha, na maioria, minhas conterrâneas. Com receio de deixar alguém atrás, não vou mencionar nomes, pois foram muitas as pessoas com quem confraternizei durante três dias. Para a preparação da Festa, rezaram o terço da terça à sexta feira e serviram comida e refrescos a todos os participantes. Durante a semana cozeram vésperas, massa sovada, pão de milho, rosquilhas e arroz-doce. No domingo prepararam para o almoço as tradicionais sopas, carne cozida, carne assada, batata branca, couves e repolho que foi muito apreciado por todos os convivas pelo sabor e pela abundãncia. Tudo feito com grande esmero e habilmente coordenado pelo cozinheiro e presidente da comissão, o Sr. Carlos Pereira. Este ano a Festa da Trindade foi presidida pelo Sr. João Batista Silveira, natural de Santo Amaro do Pico, sua filha e genro, Ana Paula e Fred Hatashita, pais da rainha, Kayla, que foi acompanhada pelo seu irmão Anthony. A Missa e Coroação teve lugar na Saint Agnes Church. Como já não é possível realizar-se a parada para a igreja, os paticipantes regressaram ao salão, de carro, e formaram um pequeno cortejo no parque de estacionamento, acompanhado pela Filarmónica de San Diego e incluido um grupo de senhoras levando açafates de rosquilhas e vésperas à cabeça, uma tradição que tem lugar em algumas freguesias do Pico durante as Festas do Espírito Santo. Termino com parabéns à Comissão da Festa da Trindade. Bem hajam todos por continuarem a manter as nossas tradições. Aos primos Carlos e Maria José Silva, um sincero agradecimento pela apreciável hospitalidade.

2019 rainha: Kayla hatashita acompanhada de anthony hatashita

fotos de Ana Hatashita

presidentes: João Batista Silveira, Ana Paula e Fred Hatashita

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Cultura

15 de Julho de 2019

PAGINA DE ARTES E LETRAS DO TRIBUNA PORTUGUESA

Apenas Duas Palavras Diniz Borges

A vida no campo (II)

de Joel Neto

d.borges@comcast.net É com muito gosto que a Maré Cheia destaca o escritor Joel Neto. Um texto do poeta Vitor Rui Dores sobre o novo livro de Joel Neto e a notícia que trouxe a todos nós que seguimos com atenção a escrita de Joel Neto, uma grande alegria: o prémio da Associação Portuguesa de Escritores para o livro A Vida no Campo. Acabo de ler o segundo volume de A Vida no Campo (os anos da maturidade), e mais uma vez fiquei encantado com a escrita do Joel. Em breve, escreverei sobre este livro. Há muito a refletir sobre o novo livro do Joel. Recomendo-o, vivamente, a quem das nossas comunidades esteja pelos Açores em férias. Tragam a primeira edição e a segunda e ficarão a conhecer melhor a nossa terra e a nossa gente. Aqui fica o texto do Vitor Rui Dores e a notícia sobre o merecidíssimo prémio. Aqui fica também o meu abraço com a amizade de sempre e a minha admiração para o Joel. Ao fim e ao cabo a APE veio solidificar o que a amiga Filomena Lopes, há dias nas redes sociais citou o que o falecido poeta Emanuel Félix, um dos melhores da língua portuguesa do século vinte já o dizia: este rapaz escreve muito bem! Abraços,

Diniz

J

“Eis o que viver no campo nos traz: a paisagem ganha nome.” (pág. 129) á velho, cansado e descrente dos homens, Alexandre Herculano (1810-1877) deixou um dia Lisboa (“cidade de muitas e desvairadas gentes”) e recolheu-se à vida no campo: fez-se lavrador na sua Quinta de Vale de Lobos e, durante os 10 anos que antecederam a sua morte, plantou vinhas e olivais e ali redigiu parte das suas mais importantes obras. Num outro milénio, e por motivos e motivações totalmente diferentes, o ainda jovem escritor Joel Neto também um dia deixou a capital, e, instalando-se num lugar que é seu, escolheu o Lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira, para trabalhar a escrita e a terra, tarefas que vai cumprindo com igual empenho e rigor. Estamos na presença de um autor que vive para escrever e escreve para viver – rodeado de uma paisagem que se humaniza e na companhia de Catarina, sua amada, e de dois canídeos que são gente: Melville e Jasmim. Com efeito, em A vida no campo, os anos da WWW.JOEL maturidade, vol. II, (Cultura Editora, 2019), está NETO.COM a impressão digital do seu autor: um apego à transitoriedade dos dias e um amor incondicional à terra. Terra que ele planta e dá vida, pois que conhece os seus segredos e significados interiores. E ao longo das quatro estações (que pontuam e dividem o livro em capítulos), ele monda e roça, trata do seu jardim, cuida do seu quintal, prepara o seu pomar e (re)ergue muros de pedra – sempre com a preciosa ajuda do Chico, do Fábio, do Francisco, do Primo, do sr. Francisco e outros amigos. Na sua urbana ruralidade e com música de jazz em fundo, Joel Neto está atento às sementeiras, colhe os frutos da terra, assiste ao crescimento dos castanheiros, das laranjeiras, dos metrosíderos, das araucárias… E delicia-se com os cheiros e os aromas das rosas, das magnólias e das buganvílias, (d) escrevendo tudo isto por ser observador infatigável do real e escritor telúrico de agudíssima sensibilidade. Um escritor telúrico e sensorial que lança olhares muito humanos às pessoas que o rodeiam e que já foram ou hão-de vir a ser personagens nos seus livros de ficção a haver. Tal como em A vida no campo (vol. I, 2016), estamos perante a mesma fluidez e frescura narrativas que despertam em nós o tal “plaisir du texte” de que falava Roland Barthes. (A propósito, é de antologia o texto sobre o tabaco, págs. 148 a 151). Mas a vida no campo não é só sombra e recolhimento, deleite e aconchego. É também inquietação, reflexão profunda, evocação (de gente que entretanto vai falecendo, por exemplo), memórias, registo (íntimo e intimista) de ideias, pontos de vista, emoções, sentimentos, opiniões, interrogações e reacções relativamente a pessoas, coisas e acontecimentos, dentro e fora dos Açores. Nas 220 páginas do livro, Joel Neto disseca a sua alma – como Vernet agarrado ao mastro do navio para estudar a tempestade… Vivendo numa ilha, este escritor questiona ainda e sempre: como é possível caber tanto mundo em tão pouca geografia?

Victor Rui Dores

Grande Prémio APE de Literatura Biográfica atribuído a ‘A Vida no Campo’, de Joel Neto Joel Neto é o vencedor da sexta edição do Grande Prémio APE de Literatura Biográfica, anunciou esta quarta-feira a direcção da Associação Portuguesa de Escritores. O galardão foi atribuído por unanimidade ao diário A Vida no Campo, editado em 2016 com a chancela da Marcador Editora. «Estou muito comovido», comentou o autor. «Um prémio desta magnitude tem sempre um grande significado. E deixa-me duplamente feliz que me tenha sido atribuído por um livro que, no fundo, é sobre o meu avô e a casa do meu avô, sobre o lugar da minha infância, sobre a minha família, os meus amigos, os meus vizinhos, os açorianos – sobre tudo aquilo que tem feito da minha vida uma celebração.» Nascidos há quase 40 anos, os Grandes Prémios APE incluem no palmarés nomes incontornáveis na história da literatura portuguesa, como José Cardoso Pires, Agustina Bessa-Luís, António Lobo Antunes, Vergílio Ferreira ou José Saramago. Há quase 30 anos que não vencia um escritor dos Açores, ilhas de origem de dois distinguidos anteriores: João de Melo, que em 1989 ganhou o Grande Prémio de Romance e Novela (com Gente Feliz Com Lágrimas); e Natália Correia, que em 1991 conquistou o Grande Prémio de Poesia (com Sonetos Românticos). Na lista de galardoados do prémio de Literatura Biográfica, que distingue obras biográficas, autobiográficas, memorialistas e diarísticas, Joel Neto sucede a nomes como J. Rentes de Carvalho, Eugénio Lisboa e Marcello Duarte Mathias. A eleição teve como jurados Artur Anselmo, Cândido Oliveira Martins e Paula Mendes Coelho, que avaliaram 51 obras de alguns dos mais destacados escritores portugueses da actualidade, todas elas publicadas em primeira edição no triénio 2016-2018. «Um homem e uma mulher. Um jardim e uma horta. Dois cães», descreve a sinopse oficial de A Vida no Campo. «Ao fim de duas décadas na grande cidade, Joel Neto instalou-se no pequeno lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira. Rodeado de uma paisagem estonteante, das memórias remotas da infância e de uma panóplia de vizinhos de modos simples e vocação filosófica, descobriu que, afinal, a vida pode mesmo ser mais serena, mais barata e mais livre. E, se calhar, mais inteligente.» Sobre o livro, actualmente em terceira edição, escreveu o crítico e poeta Pedro Mexia, no Expresso: «De uma tranquilidade melancólica, atenta às mutações, aos hiatos, ao que fica do que passa.» O escritor Afonso Cruz, que também vive no campo, é autor da frase de contracapa que acompanha as primeiras três edições: «A escrita de Joel Neto é uma varanda para a paisagem que a interpreta e a faz florir.» A Vida no Campo mereceu dois programas radiofónicos na TSF, ambos com a assinatura de Fernando Alves, e foi recentemente adaptado ao teatro, com dramaturgia do próprio autor, em conjunto com Catarina Ferreira de Almeida, tradutora e também sua mulher. O espectáculo, uma co-produção Companhia Narrativensaio/Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, percorreu o país, contando com encenação de Luísa Pinto e interpretações de António Durães, Filipa Guedes e Fernando Alves. A atribuição do Grande Prémio APE de Literatura Biográfica a A Vida No Campo surge poucas semanas após a publicação do segundo volume do diário, que traz o nome A Vida No Campo: Os Anos da Maturidade. «Escolheu o tempo e a distância para melhor ver a beleza de cada coisa», escreve na capa Miguel Sousa Tavares. «Ousou ser feliz. Eis o seu nome: liberdade.» O volume foi editado no final do mês de Maio, com chancela da Cultura Editora, e, tal como aconteceu com o antecessor – agora premiado – chegou aos tops de vendas nacionais. Nascido na ilha Terceira, Joel Neto tem 45 anos e regressou aos Açores em 2012, para se dedicar inteiramente à literatura. É representado desde 2017 pela Agência das Letras.


Manuel Cabral 15 de Julho de 2019

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Opinião

15 de Julho de 2019

Paralelo 38 João Gago da Câmara joao@ilha10.net

E

Fim ao taxista incapaz

ssa gente que estabelece o primeiro contato com os estrangeiros em Portugal, “faz o favor” ao país de lhes deixar, no imediato, a pior imagem de um país que aposta fortemente no turismo, como mais importante filão, que é, da economia nacional. Uma estrangeira asiática, chegada da Alemanha ao aeroporto de Lisboa para uma estadia em trabalho na capital portuguesa, pagou, do aeroporto até Telheiras, a módica quantia de 35 euros, uma exorbitância para um percurso que habitualmente não ultrapassa os 10 euros. A culpa de situações destas persistirem, por incrível que pareça, acaba por ser sempre do cliente, que, após receber a fatura, que deveria exigir devidamente assinada, não se recusa a pagá-la, nem tira em seguida os dados do táxi, número da viatura e da chapa de matrícula, nem chama posteriormente a polícia – era suposto os táxis terem obrigatoriamente afixado frente aos bancos de trás e da frente o número mais direto da PSP. O crápula, após denúncia da falcatrua, considerada crime de consumo na lei nacional e por isso motivo de julgamento imediato, certamente seria detido por roubo, visto tratar-se, com efeito, de furto intencional de um comum ladrão. Há que moralizar o serviço de táxis em todo o país, promovendo-se um rastreio rigoroso através de cursos de formação com eliminatórias rigorosas, que, progressivamente, irão limpando esses indesejáveis

de tão importante serviço de transporte. Essa gente que estabelece o primeiro contato com os estrangeiros em Portugal, “faz o favor” ao país de lhes deixar, no imediato, a pior imagem de um país que aposta fortemente no turismo, como mais importante filão, que é, da economia nacional.

Outro episódio acontecido há anos. Pasme-se! Um taxista do aeroporto de Lisboa apontou um revólver à cabeça de um cliente que reclamava face à verborreia ordinária do prestador do serviço de transporte, contrariado que ficou por o frete se apresentar demasiado curto - do aeroporto para o hotel, então chamado de “Holiday Inn Crowne Plaza”, localizado a pouco mais de um quilómetro da aerogare. "E quando saíres do carro não olhas para a chapa de matrícula, porque

a tua cara está marcada", alertou o sinistro terrorista. Uma mãe e as duas filhas ouviram o que não quiseram de um desses meliantes tão-somente por a senhora haver perguntado se por ali não seria mais perto. Cale-se sua ****, vociferou a bestiaga para a cliente, que, aterrorizada, mais as duas jovens filhas, achou aconselhável calar-se até ao fim do frete. Mas há mais. Uma senhora minha conhecida, com oitenta anos de idade, por ter delicadamente dito a um taxista do aeroporto de Lisboa que costumava ir pela Gago Coutinho e não pela Estados Unidos da América, para onde o trapaceiro intencionalmente voltou para conseguir debitar mais do que o habitual, achouse alvo de impropérios, de acelerações e de travagens seguidas que a fizeram escorregar do banco de trás e cair no chão do táxi. A idosa chegou a casa a chorar e recusa-se voltar a viajar sozinha por não ter mais a certeza se voltará a cruzar-se com esse canalha. E nunca mais viajou sozinha dos Açores para Lisboa com medo dos taxistas do aeroporto. Uma vergonha nacional que persiste! Há que voltar a legislar sobre esta importante matéria, e com a máxima brevidade, para que, de uma vez por todas, os portugueses e estrangeiros se considerem seguros, ao verem aplicada uma lei fortemente punitiva para com essa gentalha e organizações para onde supostamente trabalham. Criminosos deste calibre, cujo lugar deveria ser entre as barras de uma prisão, não podem continuar a circular por aí livremente ao volante de viaturas que prestam tão elementar serviço público.

Manuel Jacinto Enes

manuel rosario

1922 – 2019

1943 – 2019

Manuel Jacinto Enes era natural da Vila Nova, Terceira. Faleceu a 8 de Julho de 2019 com 97 anos. Tem 3 filhos. José Enes casado com Auzenda. Mariazinha Rocha casada com Francisco. Carlos Manuel Enes casado com Sãozinha. Deixa 7 netos e 9 bisnetos. Funeral será na Sexta-Feira 12 de Julho pelas 9:30A.M. na Chapel of Memories in Norwalk. O Cemitério é o All Souls in Long Beach, CA. Tribuna Portuguesa sends its heartful condolences to all the Enes family.

Manuel Rodrigues Rosario was born in Pico, Açores, Portugal, in 1943, and passed away on July 1st in Castro Valley. He is preceded in death by his parents, Julio and Amelia Rosario, his sister, Maria Santos, his sons, Johnny and Tony Rosario, and his beloved wife, Joyce Rosario. He is survived by this children, Joey Rosario (wife Nancy), and Katrina Ferreira (husband Rui), his grandchildren, Anthony, Daniel and Charlotte Rosario, Carlo, Anina and Frankie Ferreira, his sisters, Stella Cabral (husband Bob), Alda Capela, and Zulmira Smith, and his life-long friend and companion, Bernice Pelicas. Manuel attended Bishop O’Dowd and St. Louis Bertrand schools in Oakland and worked for 60 years as a barber, real estate agent, and landlord in the east bay. He was a member of the Luso-American Fraternal Federation, PFSA of Hayward, IDES of San Leandro, the Golf Nuts, the Castro Valley Lion’s Club, and various other organizations. Services were held on July 10th at St. John Church in San Lorenzo. Tribuna Portuguesa sends its heartful condolences to all the family.


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105° Anos Irmandade do Espírito Santo I.E.S. Comunidade

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SAN JOSÉ, CA • 28-30 JUNHO

105 anos de Festa em San José é qualquer coisa que orgulha a comunidade dessa área. Desde Junho 16 a Junho 27 houve o habitual Rosário. Sextafeira, dia 28 tourada à corda no “parking lot”, seguido de baile com o conjunto “Só Mais Um”. No Sábado e pelas 4 horas houve missa campal pelo pastor António Silveira, acompanhado pelo Coro da Igreja das Cinco Chagas. Seguiu-se um espectáculo de folclore com os Grupos Etnográfico Pérolas do Atlântico e Tempos de Outrora. Apresentação das Rainhas e Oficiais e baile ao ar livre.

No Domingo e com a presença de 51 irmandades da California teve lugar a Coroação, percorrendo o Alum Rock até à 34th Street. Ao meio-dia, missa da Festa pelo Padre Antonio Silveira. Antes e depois da missa foram servidas sopas e carne a todos os presentes como habitualmente. Durante a tarde houve concertos pelas Filarmónicas União Portuguesa de Santa Clara, União Popular e Portuguese Band of San José. Para finalizar o dia baile no Salão com Chico Avila. Parabéns à Emília Furtado e a toda a sua Comissão.

rainha grande: stacy nunes aias: abigail rodriguez e samantha nunes

rainha pequena: makayla correia aias: kaylee zoucha e mara jacinto

DO

ESPÍRITO S

A NT

san josé T . 191

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O I.E.S.

IRMANDADE

2018-19 rainhas e aias

presidente: emilia furtado vice-presidente: rosemary brasil tesoureiro: rosa sotelo, secretario: analia nunes, marshal: mario godinho


Comunidade

DO

ESPĂ?RITO S

padre antonio silveira

presidente: emilia furtado

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T . 191

O I.E.S.

san josĂŠ ES

rainha isabel

A

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IRMANDADE

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