Prêmio dá voz a projetos sociais

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Prêmio dá voz a projetos sociais Comunidade em Ação incentiva e divulga ações voluntárias na Baixada Santista Jéssica Branco

Arminda Augusto: A Tribuna publica reportagens sobre projetos sociais, divulgando e incentivando ações sociais voluntárias realizadas na região

Vagner Lima Desde 2002, o Prêmio Comunidade em Ação tem uma missão a cumprir: divulgar e incentivar projetos e ações sociais realizados por instituições educacionais, públicas ou privadas, que fazem a diferença e contribuem para o bem-estar social na Baixada Santista. Para atingir esse objetivo, o jornal A Tribuna publica reportagens sobre cada projeto, mostrando o histórico, o trabalho que desenvolvem e a importância de cada um para as comunidades que atende. Na opinião da editoraexecutiva do jornal, Arminda Augusto, a imprensa, de uma forma geral, sofre uma crítica contumaz por falar e mostrar coisas ruins. “O prêmio é uma forma não só de mostrar os bons projetos que são feitos por aí, como também estimular outros grupos a fazer o mesmo. Dar visibilidade ao lado bom da sociedade é uma forma de mostrar que há muitas coisas boas acontecendo, e esse é o mote principal do Comunidade em Ação”, explica. Arminda conta que as iniciativas mostradas nas reportagens ficam nos bastidores da sociedade e não recebem o espaço devido. “Temos até dificuldade de inscrição, talvez porque ainda não esteja na cultura dessas ONGs de que é importante divulgar, depois de tantos anos sem ninguém ter interesse nelas. Tenho certeza que, com o passar dos anos, inspirados nesses trabalhos, muitos outros surgirão”, diz. Para Arminda, o papel do jornal é valorizar o trabalho de quem está fazendo e estimular novos grupos a se formarem “Como não há prêmio em dinheiro, só o reconhecimento, quando as entidades sobem ao palco na festa de premiação, vemos que tudo o que elas querem é ter o trabalho divulgado e serem reconhecidas. Não precisa de dinheiro, porque isso não paga tudo. Todos os projetos, não só os que ganharam, têm seu

mérito”. Desde 2012, o Prêmio Comunidade em Ação é dirigido a projetos desenvolvidos em escolas e em ambientes sócioeducativos. Para Tatyane Calixto, repórter de A Tribuna responsável por muitas das reportagens sobre os projetos concorrentes ao prêmio, divulgar essas ações empolga não só os participantes, mas também os envolvidos. “Eles ficam muito felizes quando um repórter vai lá para divulgá-los, porque acham que só ficam nos bastidores. Os projetos geralmente são o xodó das escolas, os envolvidos levam trabalho para casa, para realmente fazer os projetos andarem. Há professores e alunos que choram”, conta. 13ª edição Os projetos vencedores na 13ª edição do Prêmio serão conhecidos no dia 2 de outubro, em cerimônia para exaltar as iniciativas sociais inscritas. Os ganhadores são escolhidos por uma equipe de A Tribuna, levando em conta o impacto social de cada um, grau de mobilização, aplicação de competência e originalidade. Também há a categoria Voto Popular, em que quem escolhe o vencedor é o público, por meio de votação no site www.atribuna.com.br/ comunidadeemacao, até o dia 8 de setembro. Categorias Sustentabilidade – Ações que promovam a geração de renda, as iniciativas em prol do meio ambiente e demais ações que permitam a reciclagem de recursos. Voluntariado – Ações que promovam, de maneira individual ou em grupo, atividades em prol da comunidade, escolar ou não, em qualquer segmento de atuação, em especial, de incentivo à leitura, reforço escolar e demais práticas pedagógicas. Centro de Referência – Ações que promovam a centralização, na unidade escolar, de qualquer benefício

à comunidade, seja de busca de informação, de acesso digital ou de leitura, de troca de conhecimento ou de formação integral. Voto Popular - Todos os quinze projetos concorrem e quem escolhe o vencedor é o público, por meio de votação no site. Os projetos Conto e Reconto (E.M. Roberto Mário Santini) - Estimula a leitura e a produção de textos ao apresentar contos infantis clássicos e desafiar os alunos a reescreverem a história com elementos dos dias atuais. Antes disso, porém, os alunos fazem pesquisas, principalmente, na internet. Um livro com contos e ilustrações dos alunos foi lançado, juntamente com um áudio-livro, para atender a alunos com deficiência visual e intelectual. Benefício de Mão Dupla (Escola Novo Tempo) - Mix de inúmeras atividades como ações solidárias, de sustentabilidade e responsabilidade social. A ideia é valorizar deveres e explicar os direitos de cada um, ao mesmo tempo que fomenta a generosidade, a tolerância e o amor ao próximo. Albatroz na Escola (Projeto Albatroz) - Visita classes de 1º ao 5º ano para alertar para o risco de extinção do albatroz. Além disso, discute a questão da preservação ambiental e incentiva as crianças, por meio das palestras e de atividades lúdicas, a se tornarem multiplicadores de ações sustentáveis. Projeto Amar (Atividades Motoras e Ações Recreativas) - A ideia é capacitar as educadoras para desenvolver um programa diferenciado de aprendizagem para bebês e crianças entre 4 meses e 4 anos incompletos. Por meio de brincadeiras e do faz de conta, a intenção é permitir o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos dos Núcleos de Educação Infantil

Municipais (Neims). Plantão Psicológico Comunitário (Universidade Católica de Santos) - Realizado em paróquias da Região, é um estágio dos alunos dos 4º e 5º anos do curso de Psicologia da Unisantos. Totalmente gratuito, ele é destinado a pessoas carentes a partir dos 7 anos que estejam em crise e precisem de um atendimento psicológico emergencial. Dali, elas são encaminhadas para outros serviços ou seguem com a psicoterapia com os próprios alunos. Pedagogia Comunitária (Secretaria de Educação de Praia Grande) - Procura aproximar família e escola. Nesse sentido, as pedagogas comunitárias têm a missão de criar um elo com a comunidade. Elas visitam casas de alunos, realizam oficinas com os pais e também servem como referência de setores da Administração Municipal para que as famílias tirem dúvidas ou resolvam pendências. Elas querem provar que a responsabilidade pelo aprendizado é de todos. Querô na Escola (Instituto Querô) - Jovens capacitados pelo Instituto Querô oferecem oficinas de produção audiovisual para alunos da rede pública de ensino da Baixada Santista. Nas oficinas, os alunos realizam filmes de um minuto, exibidos posteriormente em festivais de cinema e em eventos voltados para juventude e educação. Além de tornar a escola mais atrativa, o projeto também pode servir de janela para o desenvolvimento profissional de alguns estudantes. Biblioteca Viva (UME Martins Fontes) Conjunto de ações lúdicas e interdisciplinares que estimulam o hábito da leitura entre os alunos, pais, funcionários, professores e toda a comunidade do Morro da Penha, como: ‘Hora da História’, ‘Baú de Histórias’, ‘Cantinho da Leitura’, ‘Colheita Poética’, ‘Conversa com o Autor’ e ‘Amigos da

Biblioteca’. Bullying nos Contos de Fadas (UME Waldery de Almeida) - Conjunto de atividades preventivas que sensibiliza uma classe para identificar situações de bullying, incentivando os alunos a se tornarem agentes multiplicadores, tanto para seus pais, quanto para outras turmas da escola. Oficina de Atletas da Surfuncional - Treinamento funcional de surfe para adolescentes e jovens de 7 a 17 anos, que visa a melhor qualidade de vida, sendo que os alunos também recebem apoio psicológico, pedagógico e nutricional. Proler Baixada Santista (Universidade Santa Cecília) - Único programa oficial de leitura da região. Objetivo é formar o leitor-cidadão, com práticas que passam pela escola, exigindo mudança pedagógica. Projeto Surfe para Especiais (Escola Municipal de Surfe e Bodyboarding) Projeto de educação inclusiva da Prefeitura de São Vicente que oferece aulas gratuitas a pessoas com deficiência, tendo como objetivo a promoção do esporte, da socialização e da autonomia dos alunos. Projeto Guri (Governo do Estado de São Paulo) - Projeto de educação musical inclusiva do Governo do Estado de São Paulo, que oferece cursos de teoria musical e instrumentos de sopro, cordas e percussão. Voltado a alunos de 6 a 17 anos, no contraturno escolar. Lindo Lance de Xadrez Escolar (EMEF Dr. Mário Covas Jr.) - Projeto voluntário que estimula o raciocínio lógico e a criatividade de alunos de 6 a 17 anos da rede pública de ensino de São Vicente. Clube do Livro Palavra Viva (UME Rui Barbosa) - Agrega inúmeras atividades que têm como base a leitura. São saraus, teatros e desafios virtuais baseados em obras literárias. O objetivo é despertar o gosto pela leitura e desenvolver diversas habilidades.

Edição e diagramação: Natacha Negrão PRIMEIRA IMPRESSÃO w Agosto de 2013

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