Na Bienal de Dança, a arte toma as ruas

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Na Bienal de Dança, a arte toma as ruas Pela oitava vez em Santos, evento trouxe artistas nacionais e internacionais e bateu recorde

Rê Sarmento

Vagner Lima Estabelecer um diálogo com diferentes espaços urbanos, dos teatros mais tradicionais às ruas do Centro, foi um dos desafios da 8ª edição da Bienal Sesc de Dança, que aconteceu entre os dias 5 e 12 de setembro, em Santos. Ao caminhar pela Cidade, qualquer cidadão pôde virar espectador. Além da unidade do Sesc, ruas, museus e praças do Centro receberam apresentações durante o evento. Ao todo, foram 22 espetáculos, oito performances, instalações, workshops, debates, exposições e lançamento de livros. O evento reuniu artistas de oito cidades brasileiras e quatro atrações internacionais da Bélgica, França, Uruguai e Chile. Por ter menos opções de

Espetácvlo na Praça Mauá: Bienal de Dança procura estabelecer diálogo direto com a população Rê Sarmento

Balé da Cidade: uma escola de talentos Aline Barboza O Balé da Cidade de Santos, formado por ex-alunas da Escola Municipal de Bailado de Santos, completa 10 anos em 2014. Segundo a sua coordenadora , a ex-bailarina Renata Pacheco, o Balé da Cidade é uma companhia profissional e foi idealizada para dar continuidade ao trabalho das bailarinas que se formam na Escola Municipal de Bailado. “O Balé da Cidade é nosso topo de ensino e é formado por alunas que estão com a gente desde pequenas”, conta Renata. Entre as premiações de destaque do Balé, estão as primeiras colocações no Youth America Grand Prix, realizado em Nova York, no Festival de Dança de Joinville e no Passo de Arte.

Balé da Cidade de Santos: em quase dez anos de atuação, acumula premiações no Brasil e exterior

espaços fechados na Cidade, a arte foi parar na rua. “Não pudemos usar o Teatro Coliseu nem a Cadeia Velha, que estão em obras. As intervenções foram voltadas para ocupação do espaço público, para fazer as pessoas participarem dos espetáculos”, explica Matheus José Maria, um dos responsáveis pela organização da Bienal. As inovações se transformaram em um público de cerca de 70 mil pessoas. “Este ano também tivemos um aumento de 15% nas vendas de ingressos”, diz José Maria. Além do público local, visitantes de outras unidades do Sesc do Estado desceram a Serra para acompanhar os espetáculos. Nesta edição, pela primeira vez, a Bienal disponibilizou o serviço de audiodescrição, que permite às pessoas com deficiência visual acompanhar apresentações por meio de descrições de tudo o que ocorre em cena. Os espetáculos O Que o Corpo Não Lembra, A Sagração da Primavera e Carta de Amor ao Inimigo foram comentados e detalhados, incluindo cenários, figurinos, movimentação de palco e gestos, entre outras coisas.

Como funciona A partir de sete anos de idade, a criança pode ingressar na Escola de Bailado Municipal de Santos (EBMS) para fazer um curso que tem a duração de nove anos e formação

em balé clássico. “A criança passa por um teste de seleção em que é avaliada a sua aptidão para dança clássica e o seu estado físico. Se ela preencher os requisitos necessários, pode fazer parte da escola”, explica Renata, que está na direção há 17 anos. A EBMS é responsável por formar várias gerações de bailarinos na região e seu principal objetivo é preparar alunos com um alto nível técnico. A escola conta hoje com cerca de 400 alunos. Paralelamente à Escola de Bailado, existem Corpos de Baile, formados por alunas que se destacam dentro da escola e divididos por idade, explica a diretora. Para se inscrever, os responsáveis devem acompanhar o Diário Oficial do Município. “As inscrições ocorrem sempre no início de fevereiro e é importante ficar atento para não perder o prazo, pois as vagas são limitadas, cerca de 100 no máximo”, explica Renata. Outras informações também podem ser obtidas pele telefone 32322169. As inscrições são gratuitas. Fotos: Vera Aragusuku

Jade, destaque do Balé Jovem de São Vicente Aline Barboza Um dos destaques da região é a bailarina Jade Sayuri Aragusuko de Oliveira, de apenas 14 anos. Jade ingressou no balé aos quatro anos de idade e hoje participa do Balé Jovem de São Vicente, onde está há oito anos. A bailarina já participou de várias apresentações em grupo e individualmente, levando o nome da região ao pódium por várias vezes. Para Jade, o importante é gostar do que faz: “Treino das 15h30 até às 21h30 todos os dias. Não me canso porque gosto do que estou fazendo. Tem que se dedicar se quiser crescer dentro da dança”. Além de balé, Jade também pratica jazz contemporâneo e ginástica rítmica. (A.B).

Jade de Oliveira: 10 anos de dedicação ao balé

Edição e diagramação: Natacha Negrão PRIMEIRA IMPRESSÃO w Setembro de 2013

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