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Cidades
A TRIBUNA
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Segunda-feira 19
setembro de 2016
A Tribuna
Projeto socioeducativo de incentivo à leitura que utiliza o jornal como recurso didático e pedagógico, contribuindo para a formação de cidadãos leitores conscientes e participativos. Uma iniciativa de A Tribuna, em parceria com a Associação Nacional de Jornais (ANJ). Coordenadora Pedagógica / Editora: Carolina Viana Morgado Chagas Textos: Vagner Lima
na escola
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Educaçãoambientaleconsumoconsciente A partir da reflexão sobre reportagens, alunos de escola em PG criam cartazes de conscientização como forma de ajudar a natureza FOTOS DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
Na EM Governador Franco Montoro, em Praia Grande, a turma do segundo ano elaborou cartazes de alerta sobre o consumo consciente como forma de contribuir com a causa ambiental, a partir de um trabalho de conscientização em que foram utilizadas reportagens de A Tribuna. “Tendo contato diário com as crianças, percebi que elas são levadas pela cultura do consumismo desenfreado, em que o ter é mais importante que o ser. Então, como educadora, entendo que está ao meu alcance a mudança dessa mentalidade”, diz Marcelle Vieira de Campos, educadora que orientou o trabalho. Ascrianças procuraram notícias sobre o meio ambiente, destacaram o que entenderam da reportagem, discutiram de que forma podem colaborar para que haja uma mudança e montaram cartazes. Fizeram, ainda, uma sacola de jornal simbolizando o consumismo que descarta as coisas em vez de reaproveitá-las. “Conversamos sobre o consumismo e o que ele acarreta para nossas vidas e para o meio ambiente e sobre como podemos mudar a realidade do nosso planeta com pequenos gestos. Se todos decidirem ter esses pequenos gestos, teremos um planeta melhor para o nosso futuro e para o futuro dos nossos filhos”, explica.
A turma do segundo ano trabalhou as questões do consumismo e de como isso prejudica o meio ambiente
Consumismo “Tendo contato diário com as crianças, percebi que elas são levadas pela cultura do consumismo desenfreado, em que o ter é mais importante que o ser” Marcelle Vieira de Campos, professora
MUDANÇA
A professora conta que, depois da atividade, os alunos
evitam gastar papéis sem necessidade, apagam as luzes e desligam os ventiladores ao
sair da sala, entre outras novas posturas, e que a participação dos estudantes durante o trabalho foi muito produtiva. “Toda aula que sai do método tradicional do caderno e lápis já os atrai de forma expressiva. Quando propus esta aula com jornais, eles foram muito receptivos e empolgados. O jornal é um meio de comunicação fantástico, em que o educando pode treinar sua leitura, entender o que está acontecendo no mundo onde vive, saber que a vida vai além da internet e das redes sociais”, resume Marcelle Vieira de Campos.
O fruto do trabalho em sala de aula: cartazes e uma sacola de jornal
Click
Leitura. Na EM José Padim Mouta, em Praia Grande, a professora
de Língua Portuguesa, Celina Bandeira, incentivou a turma do quinto ano a escolher uma notícia do jornal que mais interessava a cada um dos alunos. Houve debate sobre os textos e cada estudante pôde comentar e opinar, registrando e resumindo a notícia. “Os alunos puderam perceber a importância da leitura de uma notícia em jornal, interpretando e demonstrando bastante interesse sobre os assuntos apresentados”, diz.
Arte. Na Creche São Jorge, em Santos, a professora Lilian de
Sousa Tomaz fez uso do jornal para desenvolver uma atividade sobre diversos tipos de arte com a turma do Pré C. “Apresentei para os alunos diversos tipos de artes e cultura. Distribuí jornais para que os alunos procurassem e cortassem pessoas fazendo algum tipo de arte. Montamos um cartaz com as figuras pesquisadas pelos alunos”, diz.
Jornal mural. Na Fundação Casa, em Guarujá, a professora
Noeme Barbosa Goulart desenvolve uma oficina de jornal com os jovens internos. Segundo a educadora, o objetivo é estimulá-los a desenvolver suas capacidades individuais e coletivas e aprimorar o gosto pela leitura. Alguns dos temas que já foram abordados com os jovens foram, por exemplo, a ética na política, prevenção de doenças, preconceito, racismo e discriminação, entre outros.
Gripe H1N1 vira tema de pesquisa DA REDAÇÃO
Os alunos do 7o ano do Colégio Afonso Pena, em Santos, pesquisaram sobre a gripe H1N1 no jornal A Tribuna e, a partir das reportagens sobre o assunto, desenvolveram estudos estatísticos aplicados a gráficos. Segundo a educadora Catharina Lucas Rocha, com a leitura das publicações no jornal, os alunos conscientizaram-se do quão grave é a situação social e de saúde e se engajaram em pesquisas à procura de dados referentes à gripe, como número de casos de in-
fectados pelo vírus, mortes, grupos de risco por município, estado ou região. Durante as etapas do trabalho, os estudantes tiveram contato com princípios de elaboração gráfica como eixos, escalas, legendas, título etc. “Os alunos refinaram matematicamente as informações encontradas e
aplicaram-nas na construção dos gráficos”, conta. Além do aprendizado sobre construção gráfica, eles perceberam que fazem parte da sociedade e que precisam mobilizar-se em um processo de prevenção. “Como jovens cidadãos com acesso à informação, dis-
cutiram e refletiram sobre o assunto e perceberam que podem e devem ajudar na conscientização de todos que os cercam para que os índices encontrados por eles durante as pesquisas diminuam cada vez mais, alcançando quem sabe até a erradicação de casos do vírus”, diz. A partir de reportagens, alunos elaboraram dados estatísticos sobre o vírus e a forma de contágio