Combate à dengue gera aprendizado

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Cidades

A TRIBUNA

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Segunda-feira 15

agosto de 2016

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Projeto socioeducativo de incentivo à leitura que utiliza o jornal como recurso didático e pedagógico, contribuindo para a formação de cidadãos leitores conscientes e participativos. Uma iniciativa de A Tribuna, em parceria com a Associação Nacional de Jornais (ANJ). Coordenadora Pedagógica / Editora: Carolina Viana Morgado Chagas Textos: Vagner Lima

na escola

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Combate à dengue gera aprendizado Em escola de Mongaguá, possíveis criadouros viram brinquedos DA REDAÇÃO

Tendocomosuportedidáticoreportagens de A Tribuna sobre questões relacionadas ao meio ambiente, duas escolas da regiãoenvolveram seusalunosem trabalhosdeconscientizaçãosobresustentabilidade. Em Mongaguá, alunos percorreram os arredores da EMEIEF Sítio do Pica Pau Amarelo para coletar lixo que poderia se tornar foco do mosquito da dengue, combatendo, assim, também a proliferação do vetor da doença. Já em Praia Grande, as turmasdo Colégio RecantoEducacional fizeram uma exposição com materiais reciclados transformados em novos objetos. LIXO X DENGUE

A turma realizou passeio pelos arredores da escola coletando materiais

Na EMEIEF Sítio do Pica Pau Amarelo, o trabalho realizado teve como intuito conscientizar as crianças sobre o lixo e sua ligação com a dengue. Para dar uma forcinha nessa questão, a turma saiu a campo pelos arredoresda escola coletando mate-

Em sala de aula, os estudantes reciclaram os objetos coletados das ruas em novos brinquedos

riais descartados, que depois foram transformados em brinquedos. A atividade foi proposta pela professora Bruna do Nascimento, na disciplina de Ciências, com a turma do Nível I C. “Realizamos um passeio pelos arredores da escola coletando o que poderia tornar-se foco da dengue e fizemos um cartaz com a colaboração de todos. Os alunos ficaram com a tarefa de convidar os pais a fazer o mesmo em casa”, conta Bruna. Segundo a educadora, o objetivo principal do trabalho foi levar os alunos a perceber e refletir sobre a presença do lixo no cotidiano e encorajá-los a tornarem-se agentes transformadores de sua realidade, espe-

cialmente no combate ao mosquito da dengue. “Todos participaram ativamente das diversas etapas do projeto, colaborando oralmentenas discussões, realizandointervençõescriativas esurpreendentes. No passeio ao redor da escola, na apresentação para os colegas e na reciclagem dos brinquedos de sucata, os alunos demonstraram total entusiasmo,contando aos pais, amigos de outras turmas e demais funcionários sobre o trabalho que estavam realizando”, diz. Os estudantes ainda ensaiaramumamúsicasobreadengue, quefoiapresentadaàsoutrasturmas,econfeccionarameentregaram folhetos de conscientização relativos à doença.

DESCONHECIDO

Na opinião da educadora, o trabalho realizado foi importante para conscientizar as crianças. “A mudança de postura nos alunos foi perceptível no momento da higienização dos ambientes, quando se deparam com mosquitos, nos momentos de roda de conversa e no depoimento dos pais que se alegram com as colocações dos filhos”. O jornal impresso era desconhecido por alguns alunos, segundo a professora. “É um recurso diferente dos comumente utilizados e amplia o conhecimento das crianças sobre este tipo de texto informativo”, diz.

Itens descartáveis ganham nova função ❚❚❚ No Colégio Recanto Educacional, após ler reportagens do jornal, estudantes de turmas do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Médio abriram um debate sobre como poderiam ajudar o meio em que vivem: chegaram a um consenso de que poderiam aproveitar materiais sucateados e recicláveis. Os alunos, junto com a professora Elaine Bernardes, usaram a criatividade e a imaginaçãopara colaborar com o planeta e dar função e forma novas a materiais como plásticos, caixas, potes, CDs, arames, garrafas pet etc. “As turmas do Ensino Fundamental construíram modelos de robôs, com circuitos

internos, demonstrando que têm um entendimento no conceito que diz respeito à tecnologia; construíram um modelo de projetor de imagem com lentes já inutilizadas; um pequeno gerador eólico, entre outros”, explica. Já alguns grupos do 9º ano trabalharam óptica, construindo um modelo de microscópico e espelhos de veículos. A turma do 1º ano apresentou trabalhos sobre espécies de animais em extinção, enquanto os do 2º trataram de ecossistemas, e os alunos do 3º optaram por tratar de animais já extintos. “O Ensino Médio fez uma horta vertical a partir de garrafaspet. Também recriaram modelos de ecossistemas e de ani-

mais em extinção ou já extintos, utilizando papelão e arame”, diz Elaine. EXPOSIÇÃO

Ao final de toda a produção, os objetos e experimentos foram reunidos em uma exposição paraos alunos da EducaçãoInfantil e Fundamental I, e eles próprios explicaram a outros estudantes a importância de reutilizar ou reaproveitar materiais que, a princípio, seriam jogados fora. “Os alunos mostraram-se muito dispostosem criar os modelos para serem apresentados, pois perceberam que estavam dando utilidade a materiais que seriam descartados como lixo, além de criarem utensílios que serão utilizados

Em Praia Grande, estudantes também reciclaram materiais e fizeram até robôs, com circuitos internos

no seu dia a dia” A educadora conta que os alunos começaram a se importar mais com o meio em que

vivem, a refletir sobre o que realmente precisa ser jogado fora e o que pode ser reutilizado. Ela acredita que, em longo

prazo, conseguirão ter uma visão maior do que pode e deve ser reaproveitado, produzindo menos lixo.

Click

Cultura de Paz I. Na UME Mário de Almeida Alcântara, em

Orquidário. A professora de História Rosa Maria Espinosa Hilário,

promoveu uma leitura compartilhada de uma reportagem sobre o Orquidário de Santos com os alunos do 7º ano da EE João Octávio dos Santos. Após a leitura e socialização da notícia, a turma elaborou uma maquete reproduzindo o ponto turístico da cidade.

Santos, os alunos dos 7o, 8o e 9o anos pesquisaram em A Tribuna reportagens que abordassem o tema ‘cultura de paz’. Orientados pela professora de Língua Portuguesa Márcia Lenise Nogueira Alves da Silva, os estudantes elaboraram cartazes, redigiram textos relacionados ao tema e, quando possível, indicaram o ‘caminho da paz’. Também houve apresentação de músicas e poesias. “Esse trabalho foi gratificante pela diversidade de assuntos abordados e nos fazer entender que educar para a paz com planejamento de ações, espaço para discussões e diversidade cultural, deve fazer parte sempre do ambiente escolar”.

Cultura de Paz II. Na UME José Carlos de Azevedo, em

Santos, os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do período noturno participaram de rodas conversa em que expuseram suas opiniões sobre o tema. “Foi realizado um cartaz coletivo onde todos circularam as mãos e dentro das mãos foram escrevendo o que precisa ser feito para se conseguir a restauração da paz: justiça, educação, saúde, família etc”, explica a professora Claudia Tavares, responsável pelo trabalho.


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