Clarim PORTO ALEGRE, JULHO DE 2018 - EDIÇÃO NO 5
AS VÁRIAS BANDEIRAS E
“Foi muito difícil fazer amigos. Embora eles tivessem me recebido super bem, só consegui amizades de verdade na metade m clima de Copa do Mundo 2018, do ano letivo”, conta. todos os brasileiros sonham com A estudante Angela Luise Freia Hao próximo título mundial de nosase, do 2º ano do Ensino Médio, nasceu sa seleção. Em um evento de dere morou por 12 anos na Alemanha. “No rotas e vitórias que comove o mundo inColégio Farroupilha eu já me sinto em teiro, o verdadeiro prêmio para todos os casa, eu me sinto acolhida, sim, mas não países é o convívio entre os mais diversos por ser uma estrangeira e sim por ser povos, proporcionando um momento uma aluna. Eu fui acolhida por muitos de convivência mundial. Muito mais que sem mesmo eles saberem que não nasci o futebol, esse evento, que já foi capaz no Brasil. Não recebi tratamento diferende interromper guerras e conflitos, rete por vir de outro país, e fiquei muito vive e ressalta os sentimentos de união, feliz em saber que todo mundo é acopatriotismo, alegria e superação, tão lhido de modo especial”. presentes em nosso povo. Além disso, muito mais do que A fim de proporcionar esse espírito trazer diferenças culturais e muitas vezes de confraternização para os alunos do modos de vida diversos, os estrangeiColégio Farroupilha, o Grêmio Estudantil ros também nos ensinam a lidar com realizou a Copa do Mundo GEF nos dias as diferenças. A partir desse cenário, 15 e 18 de junho. O o psicólogo Fábio evento envolveu quaParise compartilhou tro times, nos quais sua opinião sobre estudantes do 9º ano o assunto: “Eu acho do Ensino Fundamenque o grande ensital e 1º e 2º anos do namento que esses Ensino Médio jogaestrangeiros trazem ram o total de nove para o nosso convívio partidas de futebol. é justamente o respei“A ideia do evento às diferenças e à toto era proporcionar lerância. E ouso dizer a oportunidade de que uma etapa acima pessoas com gostos do respeito é consee características disguir fazer com que tintas unirem-se por nós possamos amar, uma única paixão cuidar dessa diferenFÁBIO PARISE, – o futebol”, expliça. Eu acredito que psicólogo ca o representante essa é a grande dáde comunicação diva desse encontro do GEF, Felipe Obino. que estabelecemos entre os que esNosso colégio tem mais de 2 tão aqui e os que vêm de fora. Isso é a mil estudantes com origens de dibase dos bons encontros, é amar essa versos cantos do Brasil e do mundo. diferença, muito mais do que aceitar Logo, o Farroupilha é um ambiente e acolher essa nova vida, que agora multicultural, onde o respeito não é faz parte do nosso meio.” apenas presente na teoria, mas tamSão nesses tempos de Copa do bém nas relações. Esse aprendizado Mundo que o nosso coração se comse inicia na escola e propaga-se para porta de um jeito diferente: a nossa toda a vida, e as trocas culturais e o brasilidade e patriotismo despertam, respeito são características essenciais queremos mostrar a todos quem nós para essa convivência. somos e nossas origens. Que esse O Farroupilha é um local onde evento mundial possa nos incentivar pessoas de diferentes origens se sentem a erguer diversas bandeiras e a ter oracolhidas. Entretanto, a adaptação a um gulho de mostrar ao mundo que sonovo país é sempre complicada, mas a mos brasileiros e estudantes do Coléajuda das pessoas ao redor facilita na gio Farroupilha, aprendendo a acolher habituação, assim como afirma a aluna todos aqueles que chegam no nosso Ketelen Fernanda Charao Rosa, do 8º meio e também a aceitar e a amar ano, nascida no Uruguai. as nossas diferenças. n Por Felipe Obino e Júlia Heller
DO FARROUPILHA Com mais de 2 mil estudantes provenientes de diversos lugares do Brasil e do mundo, o colégio proporciona um ambiente de diversidade e promoção ao respeito
COMUNICAÇÃO COLÉGIO FARROUPILHA
Eu acho que o grande ensinamento que esses estrangeiros trazem para o nosso convívio é justamente o respeito às diferenças e à tolerância