REVISTA UBC #31

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20/UBC : NOTÍCIAS

NOVIDADES INTERNACIONAIS UBC PARTICIPA DE EVENTOS INTERNACIONAIS Duas entidades internacionais que representam associações de compositores realizaram diferentes eventos no final de novembro, no Equador e na China, para debater estratégias de fortalecimento dos autores na era digital. E a UBC participou de ambos os eventos. No encontro chinês, o Fórum Mundial de Criadores, promovido pela Cisac com a presença do diretorexecutivo da UBC, Marcelo Castello Branco, a transferência de valor na economia digital e a campanha mundial para a remuneração justa foram tema de discursos. “O fórum foi uma grande oportunidade de aproximação com o mundo particular e gigante que é a China. Nos últimos 30 anos, eles avançaram muito no entendimento da propriedade intelectual e das questões autorais”, diz Marcelo Castello Branco. Na margem sul-americana do Pacífico, os diretores da UBC Geraldo Vianna e Manno Góes participaram, de 21 a 24 de novembro, de mais uma edição do Seminário Internacional de Formação Para Autores e Compositores. Idealizado por Vianna, em cooperação com Barbara Nash, diretora-executiva da Aliança Latino-Americana de Compositores e Autores de Música (Alcam), o evento percorre diferentes países para dialogar com os criadores locais, ouvir seus problemas e debater soluções. Com apoio da UBC, a edição de Quito e Guaiaquil teve importante contribuição da Sociedad de Autores del Ecuador (Sayce). Em novembro, representantes da UBC já haviam participado de encontros com teor similar em Londres, promovido pelo Conselho Internacional de Criadores de Música (Ciam), e no México, realizado pela Alcam.

GIGANTES DA INTERNET SE UNEM PARA ATACAR NORMA EUROPEIA DE DIREITOS AUTORAIS Lançada em setembro passado, a proposta da Comissão Europeia de uma nova normativa continental para fortalecer os direitos autorais – e que, entre outras coisas, obriga os sites de conteúdo colaborativo a criar mecanismos para coibir a publicação de materiais piratas – fez o que parecia impossível: unir os grandes conglomerados da era digital. Amazon, Google, eBay, Microsoft, Netflix, Samsung, Yahoo, Airbnb, Facebook, Spotify, Twitter e Uber, entre diversos outros atores beneficiados pela chamada economia colaborativa, enviaram uma carta em dezembro a John Kerry, então ainda secretário de Estado dos Estados Unidos, e a associações locais, pedindo que o país norte-americano se posicione claramente contra o que chamam de “golpe à internet livre e aberta”. Basicamente, os gigantes não querem arcar com os enormes gastos de criação de soluções digitais para filtrar e bloquear conteúdos publicados sem o devido pagamento de direitos autorais. Na linha de frente dos protestos estão Google News, a plataforma da Google reiteradamente acusada de infringir leis internacionais de copyright ao publicar notícias sem autorização dos proprietários dos direitos autorais; e YouTube, frequentemente denunciado por infrações ao aceitar conteúdos audiovisuais sem autorização dos autores. Nem o governo anterior, de Barack Obama, nem o novo, de Donald Trump, se pronunciaram sobre a ofensiva das grandes corporações da internet.

ARRECADAÇÃO COM DIREITOS AUTORAIS CRESCE 8,9% E SUPERA € 8,6 BILHÕES A Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac) divulgou seu Relatório Global de Arrecadação 2016, com dados de 2015 e uma boa notícia: apesar da desaceleração do crescimento mundial, os ganhos com direitos autorais cresceram pelo terceiro exercício consecutivo, superando, pela primeira vez, os € 8 bilhões. Os dados recolhidos das 239 sociedades que compõem a Cisac, a UBC entre elas, mostram um salto de 8,9% em relação a 2014, totalizando € 8,6 bilhões a titulares de todo o mundo, sendo que o segmento música, sozinho, representou cerca de 90% do total, ou € 7,5 bilhões. Os outros segmentos, audiovisual e artes visuais, tiveram crescimentos expressivos de 15,1% e 27,4%, respectivamente, em relação ao ano anterior. A arrecadação em serviços digitais, esperança de muitos autores e da indústria fonográfica, manteve sua expansão acima da média e foi 21,4% maior que em 2014, atingindo 7,2% do total arrecadado ao redor do mundo.

STREAMINGS JÁ SÃO 80% DO MERCADO DE SINGLES BRITÂNICO E MUDAM METODOLOGIA DE CONTAGEM A Official Charts Company (OCC) britânica, empresa responsável pelas medições das paradas de sucesso daquele país, publicou um relatório em que afirma que 2016 marcou a quase dominação dos streamings no mercado de singles. As reproduções de conteúdos em sites como Spotify, Apple Music ou YouTube já representam 80% do total dos singles britânicos, o que levou, inclusive, a uma mudança de metodologia. Antes, cem streams custavam o equivalente à venda de uma faixa solta, um single. Agora serão necessários 150 streams para essa equiparação. Essa mudança de peso visa a manter a venda física viável. “É a constatação da rápida mudança na natureza do consumo de música no Reino Unido. Tivemos de adaptar a maneira como medimos a contribuição dos streams para nos adaptar aos novos tempos”, afirmou Martin Talbot, presidente da OCC, ao portal especializado Complement Music Update. Para ilustrar, ele mencionou o exemplo do single “One Dance”, do cantor Drake, que teve 530 mil downloads e 142 milhões de streams. “É um caminho sem volta.”

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