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HUGO SCIPIÃO FERREIRA JUNIOR A3 B3 C3 D3 E3 F3 G1

Araujo: um Pedaço de Nós que

Permaneceu no CM

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Toda Turma tem uma ou várias referências pessoais, a nossa não é diferente, temos algumas referências que se consolidaram com a convivência no passar do tempo. Uma, em especial, se destaca por seu trabalho e dedicação à Turma e ao Colégio Militar de Porto Alegre, o nosso Colégio.

Leonardo Roberto Carvalho de Araujo, o 49, nasceu em Cachoeira do Sul, em 27/05/1954. Aluno do CMPA de 1966 a 1972. O nosso amigo “Bibico”, “Ababi” que aprendeu a tocar violão para, cantando, treinar a peculiar dificuldade na fala. As arcadas do Velho Casarão têm muita história para contar.

O Araujo é aquela pessoa que possui múltiplas ferramentas pessoais – antigo aluno, militar da reserva, professor, escritor, eterno assessor do comando do CMPA, orientador de alunos e professores, conselheiro de chefes e subordinados, entre outras competências! Mas, acima de todas e de tudo: amigo de seus amigos e um cultivador de amizades. Tal reconhecimento não vem apenas da nossa Turma, mas de todas as turmas de alunos, de professores e de gestores do CMPA, que tiveram a honra de privar com ele. Todo nosso grupo da edição dessa revista, quando precisava de uma informação, perguntava ao incansável e sempre prestativo Araujo, o 49, o “Bibico”!

Araujo, Bibico, Ababi, fica registrado nosso fraternal abraço diante de todo teu esforço, diante dessa faina de 50 anos, voltando-se para o próximo, para o ser humano, para os seus amigos, para a sua vida, para o ensino e para o CMPA, sua casa, sua paixão!

Obrigado por tudo.

A Turma Sesquicentenário da Independência

O Ano do Cinquentenário

Cinquenta anos é uma marca que a tradição fixou como a ser comemorada, saudando a passagem do tempo e o que isso representa para aqueles que viveram e usufruíram dos fatos a serem comemorados. Para nós, comemorar o cinquentenário da Turma Sesquicentenário da Independência do Brasil foi deixar nova marca, a se juntar a tantas já existentes na nossa história no Colégio Militar de Porto Alegre.

Os preparativos dos eventos das comemorações do nosso cinquentenário começaram cedo, desde 11/2020, quando ocorreram as primeiras tratativas com as ideias surgindo. No início de 2021, foi formado o núcleo do que viria a ser a Comissão Organizadora.

A ideia original era a preparação de uma “revista comemorativa”, novas ideias se somaram e o projeto foi ampliado com a realização de outros grandes eventos.

O primeiro evento que levou a chancela de comemorativo do Jubileu da Turma, foi a campanha da japona, na qual alcançamos êxito histórico, como destacado pelo Comando do CMPA e diretoria da AACV – Para servir de exemplo às demais Turmas, recolhemos o valor de R$ 4.135,00, entregues, à Diretoria da AACV, em au-

diência com o Comandante do CMPA, em 30 de novembro de 2021. Fomos, ainda no final do ano de 2021, homenageados pelo Colégio Militar de Porto Alegre, com a inauguração de uma mostra de fotos históricas da nossa Turma, referente ao nosso período no Colégio. Iniciativa que emocionou a todos. Ponto alto das comemorações foi o “AniUm dos banners, gentilmente versário do Colégio”. oferecido pelo Colégio, à turma Cedo, começou a Sesquicentenário da Independência mobilização para a presença da nossa gente, no dia 26 de março de 2022, dia marcado para as comemorações, depois de dois anos de interrupção determinada pela pandemia. Algumas negociações preliminares, pequenos ajustes, e lá estávamos nós em bom número. A alegria do reencontro era uma realidade, sorrisos, abraços, gargalhadas pelas lembranças das histórias naquele quadrilátero de saber e, agora, de saudade.

Mais uma vez, fomos homenageados pelo Colégio, a Turma do Sesquicentenário formou a parte, à frente do grosso do Batalhão da Saudade, identificada com placa própria e anunciada, pela locutora oficial do evento: “Desfila nesse momento, à frente do Batalhão da Saudade, a Turma do Sesquicentenário da Independência do Brasil, que comemora neste ano, os seus 50 anos de formatura”. E, assim, passamos nós, sob os aplausos dos atuais alunos e familiares, com o maior garbo que a idade ainda nos permitia.

Depois de refeitos da emoção do desfile, nos dirigimos à Sede da Sociedade de Engenharia, onde ocorreu o almoço de confraternização, mais sorrisos, mais abraços, mais gargalhadas, mais estreitamento de uma amizade mais que cinquentenária.

Salve o Brasil, CMPA.

AA Pinent

HOMENAGEM

PÓSTUMA

Requiem Aeternam Aos Colegas que já nos Deixaram

Quando meu pai tinha a idade que tenho hoje, eu costumava ouvi-lo dizer, a cada vez que um ex-colega morria: – “Estão chamando a turma de 1949!”.

Essa era a sua turma na AMAN, e eu me lembro de perceber que ele dizia isso com um misto de ironia, talvez por ainda não ter sido chamado, mas também e, principalmente, com muita tristeza.

Passados tantos anos, vejo-me hoje na mesma situação do meu velho pai. Emociono-me com pequenas coisas, já não dou tanta importância a outras e volto a ser criança quando encontro meus velhos companheiros de Colégio Militar.

Também, hoje, entendo melhor aquela expressão que meu pai usava quando perdia um colega, afinal, muitos dos nossos colegas já tombaram e o tempo continua implacável. Cada triste notícia que chega traz junto um sem fim de recordações dos momentos vividos juntos. Traz, também, um forte sentimento de arrependimento, com o coração dizendo por que não procurei mais vezes o fulano, por que não estive mais vezes com o ciclano? Mas o tempo não para...

Às vezes, me pego pensando no sentido da perda de cada um deles, então agarro-me no ensinamento que isso pode ter, como se cada um que partisse, deixasse para nós, que ficamos, uma mensagem, um alerta para vivermos mais intensamente, para vivermos com mais leveza, com mais alegria, com mais amor. Às vezes, me soa como um aviso: curte mais os teus momentos! Ah, se conseguíssemos escutar essa mensagem!

Sinto muita falta dos queridos colegas que já se foram e que levaram junto um pedaço da nossa história e da nossa existência. Sou capaz de me lembrar de alguma passagem com cada um deles. Sinto uma saudade doída dos colegas que ainda irão. Sinto saudades de mim...

Como diz a música de Chico Buarque e Francis Hime: “Ó pedaço de mim Ó metade exilada de mim Leva os teus sinais Que a saudade dói como um barco Que aos poucos descreve um arco E evita atracar no cais...”.

Colegas, juntemo-nos aos familiares dos nossos queridos colegas que já partiram, que honram e perpetuam as suas memórias para, em silêncio, dispararmos uma surda salva de tiros!

AA Cylon

O Final da Nossa Jornada

• Mensagem de Encerramento

Prezados professores, alunos, militares e civis dos idos do CMPA de 1966 a 1972!

O tempo passou e deixou vivências e experiências, umas mais leves outras mais difíceis, mas todas serviram como sementes plantadas naquela época, que geraram nossas fortalezas, nossos comportamentos, que ornam, hoje, as nossas personalidades.

Foi com esse espírito que tentamos recuperar fatos, ocorrências, alterações e alguns momentos hilariantes, muito peculiares à nossa turma! Nem tudo aqui relatado é a pura expressão da verdade, mas, certamente, está baseado em fatos reais!

Decorridos cinquenta anos, qual é a razão do nosso orgulho pelo CMPA?

O que nos faz retomar aqueles tempos?

O que conseguimos na vida devemos, em grande parte, à nossa passagem pelo Colégio Militar, pelo estímulo que tivemos, não apenas aqueles dados pelos professores, mas também do grupo, da cultura, dos valores que nos foram ensinados. Para se resolver um problema, o primeiro passo é entender o problema. Para valorizar determinadas questões, posturas, comportamentos morais e éticos, a gente tem que perceber, estudando sozinho ou sendo estimulado. E o CMPA aproveitou o nosso potencial para nos ensinar esses valores, nos preparar para a vida, para crescer intelectualmente, para nos tornarmos homens dignos e honrados. Somos gratos ao CMPA por tudo isso!

Foram anos marcantes, para toda a eternidade! Aprendemos o valor da hierarquia, do patriotismo, da liderança, do respeito às autoridades, da lealdade, do caráter, do valor das amizades, do coleguismo permeado de muito bom humor. É sempre um privilégio poder agradecer pelo que passou e poder expressar a esperança por dias melhores nesse mundo, talvez mais complicado do que vivenciamos naquela época.

Deixamos aos nossos sucessores, aos nossos familiares e amigos, o registro de algumas experiências vividas relacionadas ao amado Colégio Militar de Porto Alegre.

O tempo não apagou e nem apagará nossas memórias!

“NA NOSSA ESCOLA FORJA-SE A

GRANDEZA... SALVE O BRASIL! CMPA!”.

Esta mensagem foi baseada em textos e depoimentos dos Antigos Alunos (AA): Zanotta, Reneu, Fábio, Borges Fortes, Pedro Paz, Zimmermann e Campello. Ela sintetiza o pensamento da Turma Sesquicentenário da Independência.

Turma Sesquicentenário da Independência

AGRADECIMENTO

ESPECIAL

Por obra do destino, para nossa sorte e honra, foram colocados, em nosso caminho, quando da longa e dura jornada que se constituiu a preparação desta Revista Comemorativa e das comemorações do nosso cinquentenário de formatura, pessoas especiais que em muito facilitaram o nosso intento.

Parceiro de primeiro momento, desde que lhe apresentamos o projeto, o Coronel Marcelo Dutra, presidente da AACV, mas acima de tudo, um amigo. Teve um trabalho incansável, sempre disponível, incentivador, abriu portas e portões, vibrou com cada momento da nossa caminhada.

O Tenente Coronel Rafael Augusto Paes Lima Rocha, comandante do Corpo de Alunos, que em apenas uma conversa entendeu e atendeu a nossa solicitação para que a Turma Cinquentenária formasse na frente do Batalhão da Saudade, demonstrando o acolhimento do CMPA aos seus antigos alunos.

O Coronel Saul Marques Machado Jr., então comandante do CMPA, abriu as portas dos arquivos para as nossas pesquisas, apoiador do projeto, sempre à disposição para colaborar.

O Coronel Itálo Mainieri Jr, atual comandante do CMPA, acolhedor e facilitador, prestador de colaboração imensurável na realização do projeto.

A todos estes e a cada um deles, em especial, o nosso mais carinhoso e reconhecido muito obrigado.

Projeto Revista Comemorativa Cinquentenário de Formatura da Turma

Sesquicentenário da Independência – CMPA

Grupo Gestor

Coordenador Geral: Jayme Luiz de Souza Pinent

Cooordenador Administrativo: Renato Dias da Costa Aita

Coordenador Operacional: Cylon Rosa Rodrigues de Freitas

Grupo Editorial

Flávio Eichenberg Campello Homero José Zanotta Vieira Itacyr Omar Leitune Leonardo Roberto Carvalho de Araujo Márcio Baldino Karam Ricardo Fogliatto Madaleno Sérgio Luiz Duarte Zimmermann

Data da Edição: 11/2022 Impressão: Gráfica Pallotti, Santa Maria (RS) Jornalista Responsável: Erika Hanssen Madaleno - Registro Profissional 4728 MTB Designer Gráfico: Juarez Rodolpho dos Santos Revisão: Dizy Ayala

Os relatos dos escritores não refletem, necessariamente, o espírito ou opiniões dos AA editores. As fotos publicadas fazem parte do arquivo pessoal dos Antigos Alunos.

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