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SEBASTIÃO LUIZ DE OLIVEIRA A1 B3 C3 D3 E3 F3 G1

| AMASSOS NAS ARCADAS

Lembrei de uma passagem minha, ano 1971, quando o CM realizava bailes no Salão Brasil (onde, muitos sábados de manhã, dormi enrolado na pelerine e de óculos de sombra, se a palestra era chata e a noitada de sexta-feira tinha sido forte).

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Mas me tocou estar de serviço no sábado (Sargento Aluno de Dia), logo no dia da festa. Que fazer! Mas o pior é que recebi ordens de coibir os amassos nas galerias e arcadas, “no escurinho“. O que significava cumprir uma ordem contra os meus princípios (adorava um amasso nas VO, nas arcadas). Antevi um sábado de noite catastrófico!

Chegou o dia e, como eu prezava a hierarquia e antiguidade, sendo meu Cabo de Dia mais novo que eu, o Cenourinha, foi encarregado de não permitir namoros nas arcadas, sem muita eficiência e incidência. Estava mais tranquilo e não passaria vergonha frente aos parceiros de arcadas. Começou a festa, eu de uniforme de instrução, capacete azul, cinto NA, braçadeira de Sargento de Dia, botas e esporas alumiando, na porta do salão, com jeito de infeliz, vendo a turma dançar.

Para completar o quadro, avisto uma gata, “flor de linda”, que fazia tempos que eu paquerava! Pensei: “Se foi a égua com os arreios!”. Mas Deus escreve certo por linhas tortas.

A guria deve ter ficado com pena da minha cara de infeliz e se aproximou para onde eu estava e veio conversar. Expliquei que estava de serviço e não podia dançar. Para minha surpresa, ela disse: – “Então estou de serviço contigo”! “Bah, aquela gatinha linda no meu costado e eu maneado”. Pensei: “Vale o risco”!

Pedi ao meu fiel Cabo de Dia que ficasse de sobreaviso e convidei a guria para dançar no segundo andar, nas arcadas frente ao Salão de Honra. Ela adorou a pequena aventura e foi minha namorada. Se o Oficial de Dia me pegasse, seria cadeia na certa. Mas valeu o risco.

AA Cantão

| DOM PEDRO I E AS ROSAS DA CAVALARIA DO PADRE

Cavalarianos!!! Lembram quando os ossos de Dom Pedro I vieram em definitivo para o Brasil?

Eu fiz parte de uma comitiva que, com os cavalos do CPOR, fez o cortejo do aeroporto até o Palácio Piratini.

Pois é, foi a 1ª vez que eu tive “ROSAS DA CAVALARIA” das brabas.

O cavalo que me deram acho que era manco das pernas e tinha o trote, totalmente, lateral. Imagina a “busanfa” como ficou!!!

Seguimos juntos, do Aeroporto à Catedral, a galope e trote, na frente de um carro de combate. Éramos onze em cavalos tostados, joelho roçando no do guerreiro do lado, com as bandeiras históricas!!! Superamos dor e fadiga, pois treinávamos de tarde e de manhã, tínhamos prova e, portanto, só sobrava a noite para estudar. É como eu sempre digo: fomos uma geração aguerrida e, brincando e rindo, cumpríamos qualquer missão.

Desafio esta geração de hoje a tocar do Aeroporto à Matriz, a galope, emassado joelho a joelho e alinhado com a cavalhada cadenciada!!! Lembrança que muito deve nos orgulhar.

AA Carlismar, AA Cantão

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