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VANDERSON DE LIMA A3 B1 C1 D1 E1 F1 G2
Conseguimos que o Arsenal produzisse a placa, mas não da forma como desejávamos. Havia restrição quanto ao tamanho da placa em função da quantidade de matéria prima necessária. Para viabilizar, seria necessário abreviar os nomes, constando apenas o primeiro e o último nome de cada um, e a primeira letra dos nomes intermediários. Concordamos, pois, enfim, teríamos uma placa, mesmo não sendo a ideal.
Ao receber a placa, fomos surpreendidos com uma situação que não havíamos previsto. Nossos colegas gêmeos, Pithan, têm exatamente o mesmo primeiro nome e as mesmas letras intermediárias. Temos, desta forma, na placa dois Luiz A R Pithan.
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Mesmo com esta peculiaridade, a placa ficou boa e podemos, assim, guardar a memória de nossa turma.
AA Leitune


DISCURSO DE DESCERRAMENTO DA PLACA DE FORMATURA
O Colégio Militar não termina aqui, nesta solenidade. Sete anos de vida não podem ser apagados, pois marcaram fundo nossa personalidade e sempre em nossas atividades, como militares ou como civis, sentiremos o efeito da disciplina e da ordem que nos foram ensinados no velho Casarão da Várzea.
Se colocássemos numa placa o que sentimos neste momento, as pessoas que gostaríamos de homenagear, os agradecimentos, talvez as arcadas do colégio não seriam suficientemente grandes para contê-la.
Nesse momento, sentimentos se embaralham: felicidade, pesar, alegria e até saudades. Mas como descrever isso? Só quem já partilhou com estas arcadas seus segredos, que em noites de chuva ouviu suas estórias pode entender o que sentimos agora Colegas… É necessário que permaneçamos unidos, sempre unidos, cada vez mais unidos, em qualquer circunstância e a despeito de tudo, dentro de uma mentalidade formada em sete anos de Colégio Militar.
É necessário, confiança e lealdade, de uns para com outros; é necessário que se acredite no camarada, pois esta é sem dúvida a grande força que tem servido de sustentáculo ao desenvolvimento das nações livres. Quando nos encontrarmos novamente e, já com o aspecto vigoroso apagado pelo tempo, como velhos rochedos batidos pela tempestade, lembrar-nos-emos deste momento em que mil sonhos atravessam nossa mente e a maldade humana nos espanta, veremos então que mesmo na corrente conturbada em que nadamos, foi possível construir um barco que desafia os mais poderosos inimigos e as mais terríveis tempestades. E, nesta placa de bronze fica gravada, para a posteridade, a passagem pelo colégio da turma “Sesquicentenário da Independência”, que deu o máximo de si para preservar as tradições do colégio e cujos integrantes levarão para a vida todos os ensinamentos colhidos destes anos de convivência.
Só nos resta agradecer a todos que nos auxiliaram a perder o medo de enfrentar a vida. Aos nossos professores desde a primeira série até o terceiro colegial, a todos nossos instrutores, nossos pais os mais profundos sentimentos de ternura e gratidão.
AA Leitune