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PAULO EDUARDO PRATES DE NORONHA A3 B2 C2 D2 E2 F2
A Redenção, também, era o caminho que ligava o Colégio a uma “Companhia Especial”: o Instituto de Educação General Flores da Cunha, exclusivamente feminino e que se localizava na Redenção, mas no extremo oposto ao CM.
Desde que começou a funcionar na Avenida Osvaldo Aranha, em meados da década de 30, o Instituto de Educação General Flores da Cunha era uma escola feminina que ministrava o Curso Normal e formava boa parte das professoras de Porto Alegre.
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Como o CMPA possuiu em alguns períodos duas ou três companhias de alunos, o Instituto era conhecido, até 1989, como a “3ª ou 4ª Companhia”. Como lá só havia meninas e, no Colégio, só meninos, a diferença de sexos e a proximidade geográfica contribuíram para aproximar as duas instituições. Assim, os saraus, reuniões dançantes e bailes do CMPA contavam com a presença maciça das alunas do Instituto, fato que resultou em muitos namoros e casamentos.
A Redenção era o caminho para chegar ao paraíso!
É impossível não lembrar do Parque da Redenção para todos aqueles que passaram pelo Colégio Militar de Porto Alegre.
AA Araujo, AA Karam
O BAR DO BETO
O Bar do Beto, localizado na Av. Venâncio Aires, próximo ao CMPA, sempre foi um local de reunião para os “baleiros”, desde a reativação do Colégio em 1962.

Bar do Beto em 1970 na esquina da RuaVenâncio Aires com Vieira de Castro
No final dos anos 50 e nas décadas de 60/70, localizava-se na esquina da Av. Venâncio Aires com a Rua Vieira de Castro, onde hoje existe uma farmácia. Era ali que os internos trocavam de roupa e colocavam o “paisano”, comiam um bauru, um farroupilha ou um prato feito (macarrão ao sugo ou arroz com feijão e carne) quando apertava a fome, acompanhado de uma “batida” (vitamina) de banana, mamão ou morango, ou de bebidas da época, como o Minuano Limão. Era ali, também, que muitos internos comemoravam o aniversário com os amigos mais chegados.
Nos sábados e domingos à noite, acontecia a costumeira romaria dos alunos que iam ali para fazerem seus lanches, trocar de roupa ou locar os armários para a guarda desta, haja vista que nos fundos do bar havia uma espécie de vestiário, no qual os alunos da, então, Escola Preparatória de Porto Alegre (EsPPA, até 1961) e, depois os do CMPA, trocavam e guardavam o uniforme nos finais de semana, em armários locados, (desde o antecessor do Beto), para irem à paisana curtir a “vida social” de Porto Alegre.
Sua filha Marta Pinto Cravo Cabrera, falecida em 2014, lembrava que o boteco que existiu antes servia petiscos e bebidas (entre as quais cachaça, servida ao freguês no balcão). Quando Beto assumiu o bar, segundo a filha, ele mudou o conceito. “Ele mudou um pouco o estilo do bar”, contou Marta. “Meu pai era todo rígido nos conceitos dele e passou a não servir mais bebida, como cachaça e outras no balcão”. Desde que assumiu o estabelecimento, Beto passou a servir comida nas mesas, feita com muito cari-