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JOSÉ LUIZ BRANDÃO A3 B2 C2 D2 E2 F2
ção” – pensavam Aita e Delfim. “Porém, mesmo que improvável, muito real”.
Aita e Delfim tomam importante decisão! A patrulha ia prosseguir, e rápido! Trocam olhares, empunham o Mosquefal, ajustam o cinturão e transmitem sinal de “Em frente!”. Todos se movimentam e a patrulha prossegue, célere! Aita relatou que ainda olhou para trás e nada mais viu. Delfim ainda tem dúvidas... A patrulha retornou por volta das 3h, tendo cumprido sua missão com precisão.
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Memória de cinquenta anos atrás, o episódio é, agora, relatado pela primeira vez. A narrativa vem do Aita e do Delfim e redigida a partir de emocionados fragmentos. Acreditem se quiser, tudo baseado em fatos reais!
Assinam, ainda trêmulos, Renato Dias da Costa Aita, 302 e Delfim Luiz Torok, 17.
AA Zanotta, AA Aita, AA Campello e AA Delfim
| E NOS BASTIDORES DA ARTILHARIA
Artilharia Sete de Setembro
A história que me lembro do CFR de Artilharia é do desfile de Sete de Setembro de 1972. Eu fiz o CFR em 71 e em 72, era monitor. Como eu já tinha 18 anos em 72, com carteira de motorista, me escalei pra dirigir o jipe que carregava o canhão (obus) no desfile.
Tinha uma namorada que estava debutando do PTC, baile dia 6 de setembro. Saí da festa mais cedo, passei em casa para trocar de roupa e fui para o CM às 6h. Durante o trajeto inicial do desfile, encontrei com os amigos que saíram do baile e ficaram caminhando na calçada ao lado do jipe, na Avenida João Pessoa, me contando o final do baile...
Alunos do CFR Artilharia antes do embarque para visita ao 1°/6º Regimento de Obuses 105 em São Leopoldo
AA Rogério

Bombardeando o acampamento do CPOR
Durante o CFR, para fins de exercícios de campanha e manobras, contávamos muito com o apoio do CPOR.
O fato aconteceu no CFR de Artilharia, no Campo de Instrução de São Jerônimo, em 1971.
Nesse exercício de tiro real de artilharia, o CFR, com os alunos do CMPA, trabalhava nas peças de artilharia, preparação da munição e manuseio dos canhões, e seus equipamentos de tiro.
A Central de Tiro que, na ocasião, era operada pelo pessoal do CPOR, ficava posicionada cerca de um quilômetro atrás das peças. Recebíamos os “comandos de tiro” por mensagens de rádio.
Peças instaladas, alunos em posição, munição preparada! – “Bateria atenção... Fogo!”. E lá se foi a primeira saraivada!
Já estávamos preparando para recarga, quando, do nada, surge um jipe correndo, no qual estava o Major do CPOR que coordenava tudo.
Ele sai da viatura e, aos brados, grita: – “Cessar fogo! Cessar fogo! Parem tudo!”.
“Foi um erro da nossa Central de Tiro. Vocês acertaram e destruíram a cozinha do CPOR! Graças a Deus, sem feridos!”.
Grande susto no pessoal que estava no acampamento!
AA Brandão
CIOPES – Centro de Instrução de Operações Especiais
Éramos meninos, “meninos soldados”.
Rolava o ano de 1972, início de nossa juventude, éramos cheios de sonhos e desejos, com uma vida inteira por vir, mas, naquele momento em especial, a maioria cursava o CFR e uns poucos, que já haviam cursado, voluntariamente, se inscreveram para instrutores dos demais.
Os “meninos soldados” do CFR estavam divididos em armas: Infantaria, Cavalaria e Artilharia, o que já representou um avanço significativo para aqueles jovens guerreiros que tinham, em seu horizonte de sonhos, não só o invicto sabre de Caxias, mas, também, o velame do Almirante Joaquim Marques Lisboa (Marquês de Tamandaré) ou o manche do Brigadeiro Nero Moura.
Neste cenário de muita vibração e vontade, nosso inesquecível Capitão Pinheiro (General Pinpin), então Comandante do Curso de Infantaria, teve a iluminada ideia de montar um curso de Operações Especiais para a gurizada.
Após planilhar a ideia, trocar informações e conhecimentos com outros oficiais e percorrer toda cadeia de comando do CMPA ao DEPA, para conseguir a devida autorização, chamou nosso comandante Aita (Baitaita), Comandante Aluno do CFR de Infantaria, comunicou a intenção e juntos iniciaram os procedimentos e estudos para montagem do curso: “Uma semana de inferno para os “meninos soldados”.
Quando a notícia chegou, a grande maioria nem dormia mais, na expectativa do grande dia. A primeira boa notícia: não seria apenas para o CFR de Infantaria, mas, sim, para as três Armas, de modo que foram agregados os efetivos da Cavalaria e da Artilharia. A segunda notícia, com poucos dias de antecedência, foi uma ordem do DEPA que retirou da experiência os alunos do 3° Ano Científico que disputavam as vagas para as Escolas Militares. Eu, o mais antigo, estava no comando do 3° Pelotão do CFR de Infantaria e fui escalado como “Sheriff”, o 01. Os 147 alunos foram divididos em grupos de combate de 12 alunos. Enfim, tudo pronto.
Era, aproximadamente, 17h, de uma terça-feira, final de setembro, quando três caminhões do CMPA chegaram ao pátio do 19° BI Mtz, em São Leopoldo. Desembarcados, ouvimos do Sargento Machado:
