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JORGE AUGUSTO CORREA A3 B2 C2 D2

Histórias com um bom cavalariano da época do CFR

O, então, Tenente Erildo foi marcante em nossa vida no CMPA, seja por sua personalidade, seja por sua especial forma de nos tratar.

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Eis que o esquadrão de cavalaria foi posicionado na beira de um barranco, com uma forte declividade, e tínhamos que descê-lo. O Tenente Erildo demonstrou como fazer. Rédeas firmes, confiança no “beiçudo”, patas retesadas, aluno equilibrado. Um de cada vez, a coisa ia bem. Até que chegou a vez do aluno 47, Kleber, também conhecido como pica-pau. Cena de cinema! O cavalo escorregou, derrapou com a traseira e veio rolando. Pica-pau pulou para o lado e veio rolando junto com o cavalo. Quando chegaram no final do barranco, subiu aquela poeirada toda!

Kleber se levantou devagar, tirando areia e poeira do uniforme, quando o Ten. Erildo, que estava na parte superior do barranco, gritou: – Tudo bem aí, Kleber?

Que prontamente respondeu: – Tudo bem, Tenente!

Ten. Erildo, então, gritou novamente:

– Não é com você, é com o cavalo!

Os dias passam... Dessa vez, a atividade externa era no Morro das Abertas, lá adiante da Hípica.

Ten. Erildo seguia à frente, montando o brioso Indiano. Lá pelas tantas, resolveu mostrar como subir um barranco alto. Estima-se que tinha quase uns 50 graus. Duas tentativas sem sucesso! Na terceira, ele conseguiu! Porém, lá em cima, o cavalo corcoveou, capotou por cima dele e se veio barranco abaixo!

Na época, o aluno Carlismar Ramos era o Comandante da Cavalaria. Deixou o grupo no local e, junto com Al. Paulo Tupinambá, seguiu a galope em direção à Hípica, a fim de acionar socorro.

Eis que, após algum tempo, a ambulância, com muita dificuldade, chegou ao local, prestou atendimento e conduziu o Tenente para o Hospital Militar.

Caríssimo, Tenente Erildo, forte abraço! Você deixou boas lembranças!

AA Falcão, AA Zanotta

Brinquedo e Matungo, dois cavalos campeões

CFR de Cavalaria. Claro, eu não tinha “intimidade” alguma com o “Nobre Amigo”!

Após as primeiras instruções teóricas sobre equitação, chegou o dia de escolher os cavalos para as primeiras práticas. Fomos para a Sociedade Hípica.

A primeira baia tinha um cavalo de nome Trovão... “Não, esse é muito brabo” – pensei.

A segunda baia era ocupada pelo Relâmpago. Negativo, esse é meio valente demais...

A terceira baia era ocupada pelo Brinquedo!

Eis que o Brinquedo abre a porta e me puxa pra dentro! – “Vou colocar a sela” – pensei, pois ele já facilitava tudo.

Brinquedo era meio grande. Lembro de passar pelo Cantão e ele disse:

– “Bah, tu pegaste o Brinquedo!”. E eu, todo faceiro, com o Brinquedo dando as ordens...

Até que o Ten. Erildo colocou todo o esquadrão em linha, no lado do campo de polo. E nem precisou dar ordem nenhuma!

O Brinquedo tomou as rédeas, deu uma baforada, e se lançou em disparada... No meio do campo de polo, ejetou o Zanotta... E seguiu em direção ao horizonte!

Brinquedo era do time campeão da equipe de polo do Exército!

Prossegui no CFR de Cavalaria. Só que meu cavalo, sempre meio cabisbaixo, quieto e manso, tinha o nome de Matungo, devagar o tempo todo! Foi com ele que iniciei os treinamentos para o desfile do Sete de Setembro.

Determinado dia, veio a ordem: – “Vamos lá, em coluna, pra receber a lança!”. Estava dando uma de surdo...

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