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JALCIONE PEREIRA DE ALMEIDA A1 B2 C2 D2 E1 F1
Cerimônia de entrega dos distintivos aos legionários

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O ingresso era feito mediante indicação dos Legionários e cada nome era submetido à assembleia dos alunos Alfa Legionários.
O seu primeiro Código de Honra tinha os seguintes princípios: • Verdade e honestidade acima de tudo; • Amizade e camaradagem a qualquer momento; • Imposição pela atitude e iniciativa; • Estudar e primar pela cultura.
A Legião de Honra é composta por alunos exemplares que cultivam e praticam os salutares princípios constantes no seu novo Código de Honra (instituído pela DEPA - Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial, em 1994): • Lealdade e Honestidade; • Iniciativa e Nobreza de Atitude; • Disciplina e Camaradagem; • Estudo e Amor à Cultura; • Respeito às Normas do Colégio.
Além do exemplo que transmite aos demais alunos, aos Legionários cabe realizar ou liderar as ações de cunho social, como as campanhas para arrecadar agasalhos, alimentos e/ou brinquedos para crianças e/ou adultos em situação de vulnerabilidade social. Cabe-lhes, também, representar o CMPA em eventos externos que requeiram a presenças de alunos de conduta e procedimento ilibados.
Em uma bela e emocionante solenidade realizada no dia 24 de julho de 2014, no Salão Brasil, foi comemorado o Cinquentenário da Legião. A entidade contava, nesse ano, com 94 alunos, sob a presidência da Al Débora Mota Hackmann, filha de um antigo aluno, também, Legionário. Seus orientadores eram o Maj. Flávio Marcelo Lima dos Santos e o 1º Ten. Wilson Alves de Lima.
A cerimônia foi prestigiada por vários antigos alunos Legionários e antigos presidentes da entidade, inclusive pelo primeiro presidente no ano de 1964, o, então, aluno nº 67 e, hoje, General de Divisão Marco Antônio Longo. Entre os antigos presidentes, estavam o Gen. Bda. Luiz Carlos Rodrigues Padilha (1973) e o Cel. José Antônio Carneiro Borges (1968).
AA Araujo (pesquisa histórica)
| PERTENCER À LEGIÃO DE HONRA
Certa vez, já na minha fase profissional madura, eu conversava com um experiente chefe da auditoria da empresa onde trabalhava e ao perguntar-lhe como ele identificava possíveis problemas de fraude ou coisas semelhantes, ele respondeu taxativamente: – Sinais exteriores de riqueza, Cylon.
Pois bem, dentre nós, alunos do Colégio Militar, havia um grupo diferenciado de colegas, colegas que apresentavam, em comum, “sinais exteriores” de outra natureza em relação ao grupo citado pelo auditor, no caso, sinais exteriores de ordem, de arrumação, de disciplina. Seus uniformes estavam, invariavelmente, limpos, as fivelas dos cintos espelhadas e os coturnos brilhando. Alguns, ainda, portavam um pequeno bastão de madeira com as extremidades metálicas. Ah, como eu invejava portar aquele bastão...
Esses eram os Alfa e Beta Legionários, colegas que, muito além dos meros “sinais exteriores” de ordem e disciplina, eram exemplo de comportamento para todos nós.
Longe de criar uma casta no âmbito do corpo de alunos, o objetivo da criação da Legião era, justamente, incentivar todos a percorrerem o caminho da honestidade, honradez e o bem servir. Como bem disse o Comandante Plácido de Castro, “a Legião de Honra só chegará ao seu objetivo quando congregar todo o efetivo do nosso Colégio”.
Tive a honra de fazer parte desse grupo de alunos e de contribuir para os propósitos para os quais ele foi criado.
AA Cylon


GUARDA-BANDEIRA, A TRADIÇÃO MANTIDA
A Guarda-Bandeira, na visão militar, seria como a honra das honras! Ela conduz duas marcas nobres: a “marca” nacional, a Bandeira, e a marca do CMPA, seu Estandarte!
Ao comando de “Bandeira a seu lugar!” Lá vai ela! Bandeira e sua guarda, seguindo ao rufar de tambores – marca especial da banda de música – em cadência irretocável, todos marchando com aquele passo de “ganso”, com extrema correção.
No CMPA, a Guarda-Bandeira era constituída pelo Porta-Bandeira, pelo Porta-Estandarte e por seis alunos pertencentes à Legião de Honra. Os integrantes da Guarda-Bandeira portavam o Fuzil Mosquefal 7,62 mm, com baionetas caladas. Todos usavam barretina e túnica ou a boina, com seus uniformes impecáveis! Porta-Bandeira e Porta-Estandarte, todos em um só movimento! • AA 36 - Jorge Luiz Ribeiro Morales: nosso eterno Porta-Bandeira • AA 83 - Rubens Ivan Ferreira Gonçalves:
Porta-Estandarte • AA 904 - Ari Nascimento: Guarda • AA 931- Anvalmer Souza Linhares: Guarda • AA 857 - José Roberto Rousselet de
Alencar: Guarda • AA 370 - Jorge Amadeu Martini: Guarda • AA 238 - Marco Antônio do Amaral Thomé:
Guarda • AA 486 - Paulo Claret Cassini: Guarda
No ano de 1972, o Estandarte do CMPA recebeu a Medalha General Trompowsky, conferida pelo Instituto dos Docentes Militares, que foi entregue pelo Prefeito de Porto Alegre, Engenheiro Telmo Thompson Flores. Foi condecorado, também, com a Medalha do Mérito Aeronáutico, recebida na Academia da Força Aérea, em Pirassununga-São Paulo.
O tempo passou, porém, nossa memória preserva momentos de honrosa missão da GuardaBandeira de transportar e proteger o Pavilhão Nacional, o Estandarte do CMPA! Resta-nos afirmar: Guarda-Bandeira, a tradição mantida!
Guarda-Bandeira em desfile de sete de setembro
A Guarda-Bandeira da Turma Sesquicentenário da Independência era composta pelos seguintes Antigos Alunos (AA):
Incorporação da Bandeira do Brasil - Ato solene de recebimento da Bandeira Nacional pela tropa
AA Zanotta, AA Ivan


A SOCIEDADE ESPORTIVA E LITERÁRIA (SEL)
| BREVE HISTÓRICO

No ano da fundação do Colégio, ainda antes do início das aulas, no dia 11 de junho de 1912, foi fundada a Sociedade Cívica e Literária, sob a presidência do Tenente Fernando Pires Besouchet, que desempenharia as funções de uma agremiação estudantil dos alunos do CMPA, mas com características, estritamente, ligadas ao seu nome: cívica e literária. O início de suas atividades se deu, porém, somente no dia 07 de setembro daquele ano.
Esse nome permaneceu até o ano de 1940, quando foi alterado para Sociedade Esportiva e Literária (SEL). Os motivos para tanto foram publicados na Revista Hyloea daquele ano: “Em virtude de um acréscimo em suas finalidades e tendo em vista que o nome de uma sociedade deve expressar, em síntese, ao que ela se destina, resolveu a Assembleia Geral reunida em 10 de setembro findo, aprovar os novos estatutos nos quais mudou-se o nome de então para o de Sociedade Esportiva e Literária”. Nessa época, o Velho Casarão da Várzea já sediava, há um ano, a Escola Preparatória de Cadetes que, dois anos após, seria renomeada como Escola Preparatória de Porto Alegre.
Em 1953, a entidade trocou de nome, transformando-se em Sociedade Pré-Acadêmica Militar (SPAM). Isso foi feito para ajustar sua denominação a de sua congênere na Academia Militar das Agulhas Negras, que se chamava Sociedade Acadêmica Militar (SAM).
Com o retorno do CMPA, em 1962, voltou também a SEL, que permanece até hoje. Nesse ano, a primeira diretoria tomou posse no dia 24 de maio, sob a presidência do aluno Otelo José da Costa Ortiga.

AA Araujo

| O DIA EM QUE A SEL RENASCEU
A SEL de 72, na realidade, não ia acontecer. O Cel. Jonas de Correia Neto, o, então, Comandante do Colégio Militar, havia feito a dissolução da SEL. Por quê? Porque o diretor social, na época, disse a ele que os alunos não gostariam de ir de túnica branca, o uniforme de gala, ao baile do Dia do Soldado. O Coronel ficou uma arara, chamou o presidente da SEL e disse: – “Não tem mais SEL. Ela está dissolvida!” O Capitão Mascarello conversou com o Fábio e perguntou quem ele indicaria para ajudá-lo a demover o Comandante da decisão de fechar a SEL.
O Fábio indicou o Germano. O Cap. Mascarello veio falar comigo. Eu disse que toparia a “empreitada”. O Cap. Mascarello marcou uma entrevista com o Comandante. Então, sabedor que, apesar de ser de artilharia, o Comandante era apaixonado pela cavalaria e eu era cavalariano, no dia da reunião, entrei na sala, me apresentei e bati forte as botas que estavam com esporas. Ele olhou para mim e disse: “é de cavalaria, já tem 50% do meu conceito, pode entrar”. O Cap. Mascarello se posicionou atrás do Comandante. Com a permissão dada, eu comecei a falar que houve um mal-entendido. Que o dia 28 era o dia do baile do soldado e no dia 07 de setembro nós teríamos o desfile e que poderia sujar o uniforme de forma tal que nós não poderíamos desfilar. Eu olhava para o Cap. Mascarello, que se encontrava atrás do Comandante, que me sinalizava positivo. O Comandante, olhando para mim, disse: – “O papinho furado tá bom, mas e aí? Vocês vão ou não vão usar a túnica branca?”. Respondi prontamente: – Sim. Ele olhou para o Cap. Mascarello e disse: – “Mascarello, eu sei que tem coisa tua nisso aí, mas o cara me convenceu. Então, está legal, ele assume a parte social e nós vamos tocar adiante”. Ele perguntou se tinha mais alguma coisa. Eu respondi: – Sim Senhor, é que nós não temos dinheiro para realizar o baile. Nós já tínhamos feito a contratação do conjunto e não tínhamos dinheiro. Então, o Comandante, se dirigindo ao Cap. Mascarello, disse: – “Além de me arrumar um enrolador, ele vem aqui pedir dinheiro”. O Cap. Mascarello argumentou que, mesmo com a SEL encerrada, ela já tinha assumido alguns compromissos. Então, ele autorizou a liberação do dinheiro.
Na saída da sala, o Comandante disse: – “Aqui ó, na SEL, só são as festividades que estão programadas. As que não estão programadas estão canceladas”. E assim foi... mas não foi, porque, depois do baile do dia do soldado, que foi um sucesso, ele permitiu as demais reuniões dançantes dali para frente.

AA Germano
| BASTIDORES DA ELEIÇÃO DA SEL 72
Era exigência, à época, que o presidente da SEL fosse aluno do terceiro ano científico.
Foi, inicialmente, montada a chapa única, Chapa A, presidida pelo Aita. Este cacófago robusteceu o marketing da Chapa, a tal “Chapa Aita” ou “ChapAita”. Em todos os lugares do Colégio foram colocados cartazes: “CHAPAITA” – chapa única.
O QG da ChapAita foi na casa do Germano. Desenhos maravilhosos do Stol e Munró circulavam por tudo, até na fachada do prédio da IBM, que podia ser visto do pátio do colégio.
Inesperadamente, ocorreu uma dissidência e o Garcia montou a Chapa B.

Sel - Germano e Karan - Fonte: Hyloea 72