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EDUARDO FORTES CARPES A2 B4 C3 D3
FILHO DE MILITAR TRANSFERIDO
Me lembro bem... Em 1965, meu pai foi transferido para servir no 6º Regimento de Infantaria, na cidade de Caçapava, Estado de São Paulo. Eu cursava a 5ª série primária.
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Sim, naquele tempo o curso primário ia até a 5ª série. Neste ano me preparava para fazer o exame de admissão para ingressar no 1º ano do Ginásio.
Manifestei a minha vontade de ingressar no Colégio Militar de Porto Alegre, mas meus pais me convenceram que fizesse o exame de admissão na Escola Pública da cidade, quando meu pai fosse transferido para Porto Alegre, eu ingressaria no CMPA. Inicialmente fiquei muito contrariado, pois queria estudar no CM, mas, infelizmente, meus pais não aceitavam a ideia de eu sair de casa com tão pouca idade. E assim foi feito. Fiz o exame de admissão, passei e ingressei no 1º ano Ginasial na Escola Pública João Carlos Barbosa. Mas a vontade e a determinação de estudar no CM nunca me abandonaram. Falava para todos os amigos da cidade que eu ainda estudaria no CM.
Ao longo do ano de 1966, meu pai foi comunicado que seria transferido para Porto Alegre. Em janeiro de 1967, viemos para a capital e, em março deste ano, ingressei no CMPA na turma B1, realizando o meu sonho. A experiência do primeiro ano atendeu todas as minhas expectativas, embora tivesse que ter estudado muito para acompanhar o ritmo do Colégio.
Quando me recordo deste momento da minha vida, sinto uma gratidão muito grande por aqueles primeiros colegas que me recepcionaram e facilitaram a minha integração no CM e por ter sido integrante de uma turma excepcional, a Turma Sesquicentenário da Independência.
AA Karam
FILHO DE CIVIL
Por ser filho de civil, não ter nenhum familiar militar e nem qualquer conhecimento a respeito do Exército, só era motivado pela vontade de entrar no CMPA. Eu admirava a postura militar, a forma impecável de se apresentar, prestar continência e, é claro, a farda!
Prestei concurso de admissão, como filho de civil, e fui aprovado.
Do alto dos meus onze anos recém completados e dos meus 1,18m de altura, eu chamava a atenção por ser o mais baixinho dos alunos.
Ao longo dos sete anos dos Cursos Ginasial e Científico, construí amizades que duram até hoje. Meu ideal de ser militar foi atingido e agora, decorridos 56 anos, sou oficial reformado do Exército Brasileiro.
Cada vez que adentro ao CMPA, relembro o menino cheio de ideais, os bons exemplos que tive por parte dos professores, monitores e alunos mais antigos.
Quando vejo um colega de turma é como estar vendo um pedaço de mim. Temos um significativo passado em comum. E o amor pelo Colégio é o principal fator que até hoje nos une!
AA Campello