2 minute read

CYLON ROSA RODRIGUES DE FREITAS A3 B4 C2 D2 E1 F1 G1

vagas sem preenchimento, todas relativas a alunos da classe dos “contribuintes”.

O portentoso prédio em que funciona faz parte do patrimônio histórico da cidade de Porto Alegre desde sua fundação, em 1872. A bela arquitetura que o caracteriza, onde predomina o estilo neoclássico, mudou a “fisionomia” da várzea onde foi construído, criando um espaço onde questões ligadas ao ensino e à vida da cidade, do Estado e do Brasil foram intensamente vividas por aqueles que circulavam pelas arcadas do “Velho Casarão da Várzea”. Constituído, inicialmente, de um quadrilátero térreo e cinco “castelos” de dois pisos, o prédio foi aumentado de um piso em três fases distintas: 1914/15, 1936/37 e 1969/70. As estátuas de Marte/Ares (deus da guerra) e Minerva/Atena (deusa guerreira da sabedoria), existentes no seu frontispício, são as maiores estátuas de adorno de Porto Alegre e foram colocadas quando da primeira ampliação em 1914/15.

Advertisement

O torreão existente sobre o Salão Nobre do CMPA é chamado de torre-lanterna, ou simplesmente de lanterna, tendo sido colocado para simbolizar “a lanterna do saber com que os antigos Mestres conduziam seus discípulos pelas trevas da ignorância”. A iluminação, colocada em fins de 2006, ressaltando a lanterna, os deuses e a Bandeira Nacional, tornou-se um espetáculo noturno na cidade.

Várias instituições de ensino militar funcionaram no edifício da atual Avenida José Bonifácio: a Escola Militar da Província do RS (1883-88), a Escola Militar do Rio Grande do Sul (1889-1898), a Escola Preparatória e de Táctica (1898 e 190305), a Escola de Guerra (1906-11), o Colégio Militar de Porto Alegre (1912-1938), a Escola Preparatória de Porto Alegre (1939-61) e, novamente, o Colégio Militar de Porto Alegre, desde 1962.

É necessário esclarecer que as origens da Escola Militar remontam ao ano de 1851, quando foi criado o Curso de Infantaria e Cavalaria da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Esta escola passou por várias denominações e sedes provisórias, até se fixar no local, então, conhecido como Várzea, Campos da Várzea, Várzea do Portão ou Potreiro da Várzea.

Nas décadas de 70 e 80 do século XIX, alunos, professores e instrutores da Escola Militar, direta ou indiretamente, tiveram participação ativa em questões ligadas à abolição da escravatura e à Proclamação da República. Entre estes, mencionam-se: os então Mal. José Antônio Corrêa da Câmara (redator da Lei Áurea), Cel. Fernando Setembrino de Carvalho, Cel. José Simeão de Oliveira, Cel. Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira, Ten. Cel. Joaquim de Salles Torres Homem, Maj. Ernesto Augusto da Cunha Mattos, Maj. Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro e Cap. Adolfo da Fontoura Menna Barreto.

Mal. José Antônio Corrêa da Câmara

Professores da Escola Militar como Antônio Augusto de Arruda, Henrique Martins e Lannes de Lima Costa foram precursores na publicação de livros didáticos de suas disciplinas, na década de oitenta do século XIX.

Também na área da educação, é impossível deixar de mencionar a relevante atuação do Capitão João José Pereira Parobé, professor da Escola Militar do Rio Grande do Sul. Além de ter sido Deputado Estadual e Secretário de Obras

This article is from: