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DEJAIR OLIVEIRA BOEIRA A1 B3 C3 D3 E3 F3

CMPA, Colégio dos Presidentes

Transitaram também dois vice-presidentes (Adalberto Pereira dos Santos e Antônio Hamilton Martins Mourão), vários heróis militares brasileiros (Mal. Câmara, Cel. Plácido de Castro, Mal. Mascarenhas de Morais, Gen. Góes Monteiro, Mal. João N. M. Mallet e outros), diversos ministros, governadores e ocupantes de outros altos cargos políticos, além de um elevado número de oficiais-generais e outros militares de destaque.

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Eminências da vida civil, também, estudaram no casarão da Várzea, como o poeta Mario Quintana, o artista plástico Vasco Prado, o escritor e advogado Darcy Pereira de Azambuja, os ex-reitores da UFRGS Armando Pereira da Câmara e José Carlos Ferraz Hennemann, o presidente da HP Brasil, Oscar Vaz Clarke, e o vice-presidente mundial do Google, Nélson Mendonça Mattos, além de outras destacadas personalidades.

É relevante ressaltar que a primeira publicação das poesias de Mario Quintana e das gravuras de Vasco Prado foi feita nas páginas da revista Hyloea, em 1922 e 1933, respectivamente. A Hyloea – revista literária fundada em 1922 pelos alunos integrantes da, então, Sociedade Cívica e Literária – é, até hoje, publicada pelo CMPA.

O Casarão da Várzea tem seu nome ligado também ao nascimento do futebol e do ensino esportivo no RS. Em 1910, quando da criação da Liga de Futebol de Porto Alegre, o primeiro campeão da cidade foi o “Militar Foot Ball Club”, time dos alunos da Escola de Guerra, sediada no Casarão da Várzea. Foi contra este mesmo time que o Sport Club Internacional obteve sua primeira vitória em 1909. Extinto em 1913, os jogadores do Militar foram ajudar a fundar o Esporte Clube Cruzeiro. Este clube foi campeão da cidade em 1918, 1921 e 1929 (quando obteve também seu único título gaúcho, jogando com um time misto, composto por alunos da UFRGS e do CMPA).

Outro fato que o distingue pelo pioneirismo educacional no Estado é o de, entre 1915 – ano em que a primeira turma de alunos se formou – e 1938 – quando foi transformado em Escola Preparatória de Cadetes – seus formandos receberem também o diploma de “Agrimensor”, já saindo com uma profissão definida. Assim, o CMPA antecipou-se em mais de meio século à introdução do ensino profissionalizante na educação básica do Estado.

Poeta Mario Quintana AA Araújo

O INGRESSO NO CMPA

Reconhecido pela qualidade do seu ensino, bem como pela disciplina imposta aos seus alunos, ingressar no Colégio Militar de Porto Alegre não era para muitos.

Considerando os propósitos do Colégio, havia vagas para os órfãos de militares, bem como para os filhos de militares que fossem transferidos para Porto Alegre.

Os demais filhos de militares precisavam submeter-se a um rigoroso exame de seleção (conhecido nos colégios daquela época por “exame no admissão ao Ginásio”).

Os filhos de militares da nossa turma prestaram o Exame de Seleção em dezembro de 1965, quando foram aprovados 50 dos 250 candidatos inscritos.

As vagas restantes, em número de 30, foram oferecidas aos filhos de civis, que realizaram o exame no início de fevereiro de 1966, sendo admitidos apenas 25 dos 294 candidatos inscritos. O Colégio também era muito procurado por pais que moravam no interior do Estado e que buscavam ensino de qualidade para seus filhos. Nesse caso, os admitidos estudavam como internos no Colégio.

O exame era tão rigoroso que havia até cursinhos preparatórios, sendo muito conhecido o do Cel. Leonel. Também havia livros específicos para estudos, com exemplos de questões de provas de anos anteriores.

Um artigo da então Folha da Tarde, jornal da época, retrata o resultado do exame de seleção prestado pelos filhos de civis:

A relação dos aprovados, filhos de civis, no exame de admissão ao Colégio Militar de Porto Alegre, foi divulgada nos principais jornais da cidade

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