momentos de paixão 011

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ANTÓNIO CRUZ


ANTÓNIO CRUZ


“ PREFÁCIO DE UMA VIDA”

Escrevi num mês distante, trinta e tantos, poemas a fio sem parar, numa espécie de êxtase. E hoje, é um dia triunfal da minha simples existência, nesta minha vida. O que se seguiu depois de alguma tinta ser gasta e muito papel ter sido utilizado; só sobrou um cesto de papéis cheio, foi o aparecimento de um novo “Poeta – Escritor”. Tudo isso, se verificou no continuar do pequeno Sonho de Criança que há muito tempo vinha a desenvolver no meu interior, utilizando pequenas rimas ou alguns pensamentos muito sugestivos da minha maneira de ser. E de ter vivido quando criança e também algumas situações, já como adulto. Desculpem – me, o absurdo da frase; mas apareceu em mim um enorme desejo de transcrever para o papel algo com sentido ou mesmo sem! Era simplesmente aquilo que vindo do meu eco interior ou directamente da minha mente, ditava por palavras ou frases simples, numa leitura rápida, e a minha mão escrevia para um bocado de papel. A expressão que sobressaia no meu rosto era a de um pequeno sorriso esboçado quando terminava mais um tema, mesmo que esse não tivesse muito sentido! Mas, era como se tivesse restituído alguma vida aos mais simples “poemas” ou “contos”, que eram para mim algo profundo mas muito belas. Só que por vezes, bastava unicamente o esboçar de um sorriso para me agradar e aquilo que acabava de transcrever logo por si existiria numa folha de papel sentindo toda a sua magia sem sequer poder falar! E, num certo dia, à noite quando relia tudo aquilo que já havia escrito em simples rascunhos, por vezes, revia ali a minha própria sombra retractada. Eram, e são, simplesmente memórias, brincadeiras, ou mesmo chamadas de atenção para o mundo em que vivemos. Sei que um dia alguém as vai poder ler e as irá existir na prateleira da sua biblioteca para quando este ser já ter abandonado o planeta Terra. Um simples risco da minha curta vida ficará lá conservada, para sempre todo o sempre como sinal da minha pequena existência terrena! E, só assim poderei viver eternamente, por milhares de anos a fio, recordando a Alegria, a Tristeza, o Amor, a Solidão e tudo aquilo que tiver dado a este Mundo! Mas, uma coisa Eu sei, que serei alguém que existiu um dia neste “Universo da Escrita”!... E essa recordação ficará para sempre nas memórias de todos, sendo como aquele que deixou um “Verso” quando morreu, e talvez seja a “Profecia” de uma vida!...

Mozelos, 2000 / 10 / 10 TONY CRUZ


TITULO

LOCAL / DATA

0

PREFÁCIO DE UMA VIDA

MOZELOS, 2000 / 10 / 10

1

ADEUS DE ESPERANÇA

SANTA MARIA DE LAMAS, 1989 / 04 / 07

2

SAMBA

SILVALDE, 1990 / 02 / 27

3

SENTIMENTOS DE AMOR

SILVALDE, 1989 / 12 / 17

4

TREVO DO AMOR

SILVALDE, 1990 / 03 / 20

5

QUADRAS DE UMA AMIGA

SANTA MARIA DE LAMAS, 1989 / 05 / 08

6

PAIXÃO

SÃO PAIO DE OLEIROS, 1991 / 01 / 08

7

PAIXÃO ESCONDIDA

SILVALDE, 1990 / 02 / 17

8

SÓ TU

SILVALDE, 1990 / 05 / 28

9

CORAÇÃO DE CARTÃO

MOZELOS, 2000 / 11 / 20

10

MINHA PAIXÃO DE FRANCÊS

SÃO PAIO DE OLEIROS, 1993 / 03 / 03

11

VÊM ABRAÇA-ME

SÃO PAIO DE OLEIROS, 1987 / 04 / 07

12

PAIXÃO NOS DEDOS

PARAMOS, 2007 / 08 / 27

13

VÊM AGORA

MOZELOS, 2006 / 04 / 29

14

NOVO SER

ÁRVORE, 2006 / 07 / 30

15

UMA CHANCE

MOZELOS, 2000 / 11 / 21

16

A MINHA GAROTA IPANEMA

SÃO PAIO DE OLEIROS, 2009 / 01 / 07

17

AMOR NA COLÔMBIA

SÃO PAIO DE OLEIROS, 1990 / 10 / 06

18

A PORTA DO CORAÇÃO

MOZELOS, 2007 / 06 / 07

19

NOSSO DIA ESTÁ PARA CHEGAR

SILVALDE, 1990 / 08 / 27

Em "Momentos de Paixão" assim escrevo O adeus da esperança ao procurar um trevo Para uma paixão escondida num coração de cartão Vinda da minha professora de francês com emoção. Também nestes momentos uma chance procuro Atravez de um amor na Colombia a partir do escuro Pois o mesmo bateu à porta do meu coração Transformando-me num novo ser cheio de paixão. São sentimentos de amor que procuro num abraçar Contando através da ponta dos meus dedos alcançar Porque também namorei uma garota do Ipanema E nestes poemas o amor descrevo como no cinema. São Paio de Oleiros, 2009 / 07 / 06 TONY CRUZ


“ ADEUS DE ESPERANÇA “

Minha cede não resistiu, E á descoberta Eu parti, Minha vontade é mais forte Pois nasceu meu amor por ti.

E o teu amor me lembra Que a vida que eu perdi Num sonho que vivo E na esperança te segui.

Minha razão de viver Perto de ti estava E o meu coração ardia Das lágrimas que chorava.

Dor sentida por mim No fundo do meu coração Devido à grande ferida aberta Por esta minha paixão.

A confiança em ti depositei, No meu amor sofrido, A esperança de que te amei Quando tudo estava perdido.

Mas, não foi tempo perdido, Todo o tempo que te amei, Pois sempre apaixonado estive E só por ti viverei.


E em teus lábios toquei, E com fogo os beijei. O meu frágil coração gritava Pois era o teu amor que desejava.

E não existem segredos Dentro do meu coração Nasceu em mim a ilusão Do meu ser receber a tua unção.

A tua face me fascinou E a minha alegria crescia Ao ver o teu simples sorriso O meu coração forte batia.

O lugar que tu ocupaste Pois no meu intimo ficará O amor que por ti cresceu Pois para sempre lá estará.

E momentos felizes nós vivemos, Lado a lado nós abraçados Trocando palavras e juras de amor Ao som da música enroscados.

As carícias em teu rosto Os meus dedos faziam E os nossos corações ecoavam Palavras de esperança que bailavam.


E com grande tristeza Meu coração frágil de emoção Diz adeus com lágrimas A esta louca paixão.

Pois ele não quer crer No que está a acontecer Nosso amor não está perdido Pelo contrário, ainda está a crescer.

Santa Maria de Lamas, 1989 / 04 / 07 ANTÓNIO CRUZ


“ SAMBA ”

Ai, por favor, meu Deus fica comigo E ajuda-me a aprender a dançar o Samba, Para poder ganhar o troféu deste campeonato Carioca, ela é, entre as luzes, minha pomba.

Desde São Paulo até ao Rio de Janeiro Vais desfilando as cortes deste Carnaval. O teu sorriso me fascina, linda moreninha, É o teu Espírito com um toque final.

Vamos juntos bailando para que este samba, Viva com Alegria e Amor nesta avenida É a disputa de um coração português Por uma paixão “brasuca”, muito querida.

Enquanto, o teu corpo tu bem mexeres O nosso sambista vai ficando louco, Neste momento vivo apenas para te ver Dançar nesta minha escola rodopiando um pouco.

Um grito cheio de Alegria vaie-se ouvindo Vindo da plateia, é o inicio, vai vibrando, Toda a nossa paixão embrulha-se nas fitas E num muro bem alto vaie-se gritando.

Uma chama dentro de nós sentimos crescer E uma fila vai aumentando, cheia de vida, E a paz que vai reina no nosso grupo, O “Flamengo” sairá vencedor, moreninha querida.


Até a Lua cantando vai o nosso Samba E o vento vai bailando e jogando Em movimentos livres como o do teu corpo, Porem na certeza o Amor vai ganhando.

Esta é uma pequena história de Amor Entre um português e uma brasileira, Vivida em tempo de Carnaval, dançando o Samba, Uma brisa respirou-se no ar, é Amor de primeira!...

Silvalde, 1990 / 02 / 27 ANTÓNIO CRUZ


“ SENTIMENTOS DE AMOR “

Da janela do meu quarto Vejo o Sol que brilha E na cama á noite Sonho contigo “minha maravilha”.

Durante as horas de trabalho Uma imagem na mente se mantém O teu belo e querido rosto E as palavras que dos teus lábios saem.

As palavras por ti preferidas São os meus segredos escondidos Nas minhas noites escuras Os meus sentimentos são revividos.

E pelas ruas escuras da noite Vou caminhando em silêncio Os meus pensamentos se vão Para os nossos momentos de paixão.

Os momentos que passamos juntos Meu coração para ti será Pois no teu ninho te encontravas E nos teus braços ele se deleitava.

Hoje que dormi em teus braços Pois assim te quis amar Desde o dia em que te conheci Que sonhava em te desabrochar.

Como uma flor que desabrocha Os nossos corações fizeram laços E para sempre com o nosso amor A paixão repousará em nossos braços.


Quando o Sol se perde no horizonte As nossas recordações nos fazem lembrar Que é preciso sentir tuas mãos Em meu corpo para te poder amar.

Eu devia ficar pelas sombras, mas... Só á luz da vela surge o amor E nos teus olhos, tu me levas A dançar ao som da tua flor.

Vou escrevendo sempre os meus poemas Sem hora marcada, segundos ou momento Dia e noite, adormeço e acordo Sempre contigo em meu pensamento.

Silvalde., 1989 / 12 / 17 ANTÓNIO CRUZ


“ O TREVO DO AMOR “

Me instalei na cidade Porque me disseram numa carta Que nela te encontravas a viver E que desejavas muito mais que amizade.

Certo dia ao espreitar Pela janela do meu pequeno quarto Vi o teu rosto a surgir E sorrindo pediste o amor por desacato.

Vou cruzando os céus Pilotando o teus belos olhos Por entre as nuvens brancas de alegria E a tua face nelas se formaria.

E como um koala peludo Bem meiguinho agarrado ao eucalipto O meu coração se parece com ele Á procura de poder receber um apito.

Quero dividir o meu amor contigo Dias, noites e todos os momentos É aquilo que desejo agora E espero que seja sem tormentos.

Pois sinto um grande fogo Bem lá no meu interior Mas um beijo cheio de carinho Pode apagar esta minha pequena dor.

E pelos canteiros que passo Procuro poder encontrar um trevo Para conseguir obter um pouco de sorte E te ver sorrir, com o amor que levo.


Um ramo de rosas vermelhas Eu te quero oferecer de joelhos Para que vejas o meu verdadeiro amor E eu o perdão nos teus olhos.

Amo-te com toda a minha força E que está dentro do meu coração E que me leva a viver a vida Com uma grande e leve paixão.

E quando batias á porta Do meu muito sofrido coração A tua voz suave me falou Pois também querias entrar nesta paixão.

Silvalde, 1990 / 03 / 20

ANTÓNIO CRUZ


“QUADRAS PARA UMA AMIGA”

A primeira vez que te vi Fiquei pasmado a te olhar Uma forte atracção então senti, Assim como com força para te amar.

Quando ouço esta nossa canção Penso simplesmente em ti Pois ela me faz lembrar Aquele dia em que te conheci.

E nunca mais esquecerei Esse dia em que te conheci Quando passei a amar-te de verdade E só mais tarde o compreendi.

Troquei os meus olhos negros Pelos teus belos olhos acastanhados Pois agora até me chamam O amor dos olhos trocados.

Os teus olhos são bonitos São bem bonitos e acastanhados Que brilham na mais bonita noite Relembrando que nela ficamos apaixonados.

Mas, não posso sofrer mais Só de pensar nesse nosso amor Porque me preocupa mais um final Já que não posso com mais uma dor.


Todas as noites Eu choro Sem que ninguém o possa saber Porque apenas e só a ti amo E esse amor me faz então sofrer.

Pois tudo se pode esquecer E tudo pode ter um fim Mas não posso e consigo esquecer O que tu foste simplesmente para mim.

Dizes que amas-te o impossível, E pelo impossível ainda choras Pois não é impossível esquecer Como Eu também me adoras.

O meu mais puro sorriso Não consigo mostrar a ninguém Porque não sei sorrir quando preciso E a ti não o fui capaz também.

Gosto ainda de ti simplesmente E não sei ainda o porquê do sim Ao gostar de ti tudo Eu aposto Porque sei que também gostas de mim.

Chamas ao teu belo cabelo Um “ninho” para os passarinhos Assim como Eu chamo à tua boca, A “gaiola” para receber os meus beijinhos.


Se fosse um simples cozinheiro Preparava-te um prato de sopa louca Mas como sou um trabalhador-estudante Simplesmente te ofereço um beijo na boca.

E destas quadras te peço desculpas Assim como dos meus erros o perdão Porque o passado quero esquecer E amigo quero continuar, libertando o coração.

Santa Maria de Lamas, 1989 / 05 / 08 ANTÓNIO CRUZ


“PAIXÃO”

Por favor não me desiludas Porque nunca ninguém te amou Como o meu pobre coração Que por ti tanto se apaixonou.

Mas se simplesmente me amares Como eu te amo agora Nossa vida se transformará Na plataforma que nos unirá.

Apaixonei-me quando te vi E a dor que senti pela primeira vez Não foi uma coisa tão passageira Mas foi algo mais que um talvez.

Senti logo que era um amor Que podia durar toda a nossa vida E espero o poder aguentar livremente Porque ele será a nossa dor simplesmente.

Uma dor que terá um futuro Pois sem isso não deixará de ser A nossa bela revolução provocada E que pede ao coração para se ver.

É que pelas ruas vamos cantando A musica do nosso romance com vida Tirando de dentro a letra com coração Porque se tornou louca a nossa paixão.


É melhor tu te preparares querida Porque este idiota simplesmente vai avançar Mesmo que tu te rias logo dele É esse o amor que te quero mostrar.

Mas que raio tu então pensas Que é o saber e o poder amar Será que pensas que é muito difícil Ou que és alguma super star das mil.

Pois então fica tu a saber Que o meu estado irritado vêm do coração É que já algum tempo que ele brilha Por sentir esta sua verdadeira emoção.

É que o meu pobre coração Algum dia te vai apanhar sozinha É melhor reconheceres hoje mesmo A sua louca paixão pois não te temo.

Mas que raio fazemos nós Não seria melhor deixar falar o coração Já que a sua voz se encontra perdida Porque sente que é curta a sua estação.

Será que gostamos de viver assim Com esta nossa louca e eterna dor Por toda a parte por onde viajamos Levamos sempre o amor que desejamos.


Mas juntos creio que vamos procurar O brilho eterno que falta ao coração Para conseguirmos então o deixarmos viver Assim hoje mesmo proclamo esta nossa paixão.

São Paio de Oleiros, 1991 / 01 / 08 ANTÓNIO CRUZ


“PAIXÃO ESCONDIDA”

O amor simplesmente me traiu Quando procurava um grande amor Ele próprio me mostrou um outro Que à minha frente se encontrava em dor.

Psiu, Psiu, Olá! Como vais Pois quando passas por mim Meu coração então pula, pula Como se fosse o meu trampolim.

E de madrugada Eu acordo, Contigo em meu pensamento Mas fica então tu a saberes Que te tornaste no meu tormento.

Uma gaivota que paira Em silêncio sobre mim Ficou logo nos meus pensamentos Pois tudo era branco como o marfim.

Quando um dia Eu te vi Naquela praia sozinha estavas abandonada Então te pedi o amor com a sua verdade Pois à espera fiquei de te receber como amada.

A espada ergui com amor, Já que perdi esse sentimento puro Mas algo balança bem dentro de mim Só espero que seja esse momento sem furo.

Como várias vezes já escrevi Que um caminhante nunca deve recuar No seu caminho para a verdade Seguindo em frente pois alguém vai encontrar.


No meu olhar existe a dúvida De um dia encontrar alguém e me libertar Livrando-me desta solidão com vida Ao me indicar a estrada onde a posso amar.

É que certo dia Eu pedi, Ao meu dedo mágico “Indicador” Para ele me indicar o teu amor Já que algo habitava no abismo da dor.

Então no meu coração alegre e livre Conseguiu que as suas barreiras fossem quebradas Ao existir ainda amor na triste vida E as tuas palavras vão ficar bem guardadas.

E agora mais do que nunca Sinto liberdade para te poder amar Os teus belos cabelos soltos dançam Ao som do vento como se estivem a chamar.

Peço-te então para me ensinares A dançar toda a minha vida Com alegria até que chegue a morrer Pois em teus braços quero sentir querida.

Pois não vou deixar passar Esta minha vida em branco Tu pareces por vezes um muro Ficando difícil saber se percebes este fraco.

Mas se tu me desejares Vais ter que simplesmente me agarrar E se isso não for o suficiente Então deves procurar me amarrar.


Até se me quiseres levar num bolso Assim passarei a andar sempre contigo Mas antes disso te quero fazer uma proposta Penso que é bem melhor “depressa casa comigo”?

Gostava de um dia ter uma vida Como num belo romance aplicado em filme Em que o final fosse o feliz para sempre Por te ter ao meu lado bem firme.

Pois espero um dia receber Um beijo teu dado como sinal Para uma vitória do nosso amor Que por ora caminha para ser triunfal…

Silvalde, 1990 / 02 / 17 ANTÓNIO CRUZ


“SÓ TU”

Só Tu e só Tu Podes escutar a voz Que sai do meu frágil coração Que vai ficando do tamanho da noz.

Eu te peço de joelhos Que me faças um favor Mas teu coração hesita perdido Ao responder ao meu pequeno pedido.

És todo o meu amor Que em ti então depositei Com alegria e muita ternura Sendo esse o meu estado e nada sei.

Já não sei bem O que mais possa fazer Para ele te despertar E com esperança por contar.

Todas as minhas palavras Que por ora vou ditando Tu pareces nelas não acreditar Mas assim te vou sempre falando.

No meu frágil coração As palavras que dele saem São ditas com muito carinho Só à minha maneira e sozinho.


Talvez tu me pareças estranha Ao estares com o teu coração perdido Talvez perdido no tempo e espaço Como se tivesses o coração ferido.

Pois então os teus olhos Seguem cegos de tanta ilusão Com alguma verdade escondida Como esta nossa louca paixão sentida.

Será ciúmes ou talvez não Pois logo eles se mostram Quando algo por nós se cruza Mas pelo nosso caminho também tombam.

Esta nossa vida está cheia peripécias Sejam grandes ou pequenas, longas e curtas São muitas traquinices e algumas aventuras Todas elas nos fazem sofrer com tremuras.

Só tens que acreditar no teu coração Pois assim faço-o sempre com carinho É que os perigos aparecem sempre E o meu coração não quer ficar sozinho.

E quando o meu pobre coração Está descuidado por alguns segundos O perigo ataca logo a tua emoção E eu também contraio a dor da paixão.


Só Tu e só Tu Me podes ajudar a me libertar Deste meu grande sofrimento Ao me deixares a continuar a te amar.

Pois Tu és a minha liberdade, E conseguiste comprar-me com amor Que sai do teu coração algo destruído Mas que vive a vida da flor e fruto proibido.

Silvalde, 1990 / 05 / 28 ANTÓNIO CRUZ


“CORAÇÃO DE CARTÃO”

Fiz um acordo com a Lua Pedi-lhe emprestada a magnifica luz E o resultado da minha figura ao amar O qual o amor tornou-se a minha cruz.

Cheguei a colar a tua foto Numa pequena placa feita de cartão Escrevi o teu nome nas paredes Da minha rua como resultado da paixão.

Um resultado no qual o amor Vence dois a zero ao coração Já que o meu é frágil ao acreditar Que um dia pegue na tua mão.

E ao caminhar pela calçada Encontrei-te durante o meu passeio nocturno Passo a passo seguias na nossa rua Retomando a tua direcção como um “gatuno”.

Mas tu não me deste um momento Ou prestaste-me por algum segundo a devida atenção Eu já nem sei qual é a tua ideia Quando sabes que és a minha única paixão.

Pois tão apaixonado que eu estou Que o meu pobre e frágil coração Já não sabe se aguenta algum dia mais Esta é a figura triste que faço de papelão.

Talvez o melhor será dizer Que eu tenho um coração de papelão E se rasga bocado a bocado quando choro Estendido sobre o meu leito sem direcção.


É tão grande a minha dor E já cheguei a pensar que amar assim Talvez não valha a pena sentir o amor Que leva-nos à solidão num banco de jardim.

Só sei que nada sei agora O que me leva a tanto querer E por ti cheguei até a fingir Tentando dar novo alento ao meu viver.

Por ti nunca chorei tanto de sofrimento Se é que era também o teu amor a fingir? Sabes bem que sempre quis contigo namorar E que era só contigo que conseguia sorrir.

Desde menino de escola que o desejava Se a nossa rua fosse só minha A tua foto colaria em cada esquina Para que fosses recordada até seres velhinha.

Pois esta solidão nunca sentirias, Os teus olhos nela poderiam brilhar Pedra a pedra mandava sempre limpar E se fosse preciso também mandava ladrilhar.

Sabes bem que o meu amor Está ficando cada vez mais louco Ao ponto de só tu poderes nela passear Com a Lua fornecendo-te luz e não sendo pouco.

Tão pouco dirias tu assim E de cabelos ao vento varrendo As minhas lágrimas cheias de dor Bastando apenas um sinal teu só querendo.


Limparia toda a mágoa que sinto Bem lá dentro do meu pobre coração É que ele é mesmo tão frágil Que mais parece uma prancha de cartão.

Ai, meu amor se esta rua fosse só tua O quanto nela então poderíamos brincar E beijos, um ao outro poderíamos atirar Pois era melhor forma de se amar.

Não tendo mais nada a confessar Nesta minha poesia cheia de paixão A única coisa mais que poderia dizer É que não há coração resistente sendo ele de cartão.

Mozelos, 2000 / 11 / 20 ANTÓNIO CRUZ


“MINHA PAIXÃO DE FRANCÊS”

Eras-me desconhecida nem sonhava o tal Teu rosto nunca mais o esquecerei, Quando me apareceste a dar aulas de francês Enquanto viver não esquecerei como um simples português.

Quando entrava na tua sala de aulas Me sentava à frente assistindo a elas E naqueles breves momentos eram de pura alegria Porque era estar contigo que eu só queria.

E muito pensava só para mim O que seria se te disse-se um dia, Que simplesmente estava apaixonado por ti A certeza não tenho e não sei aquilo que senti.

Quando sorrias para mim de alguma brincadeira Que fizesse contigo minha jovem professora Só tinha vinte anos enquanto tu vinte e quatro Aí se o tempo recua-se dez anos agora neste quatro.

Uma certeza Eu tenho que tudo mudaria, A minha vida seria muito mais preenchida E em vez das tuas aulas de francês Teríamos ambos aulas de amor dadas em português.

Mas minha querida a vida tem destas amarguras Que só quando recuamos algum tempo no passado É que vemos aquela felicidade à muito perdida Tudo me parece já ser muito complicado nesta vida.


Por mais que tente então compreender Nunca tive a necessária e devida coragem Para te dizer o quanto eu sofria à margem Na minha solidão doentia como uma miragem.

Miragem?! Sim, porque tudo se desenrolava Só que não conseguia o ver à minha frente E atingir o teu ponto de encontro no “Dacasca” Era lá que mais sofria ao sentir-me uma pessoa “rasca”.

Uma coisa tu podes então me julgar, Que nesta vida nem tudo é uma simples brincadeira Quem sabe se o destino um dia mais tarde à primeira Não nos prega uma partida e apareces à frente minha “feiticeira”.

São Paio de Oleiros, 1993 / 03 / 03 ANTÓNIO CRUZ


“VÊM ABRAÇA-ME”

Com o vento no seu rosto Sente-se o mar de ausente Olhos fixados no nada e parada Até parece não estar consciente.

O seu olhar fixou o céu A imensidão do céu algo cinzento Escutando a fúria do mar Parece estar sufocada pelo vento.

Nas areias macias te sentas As mesmas são sulcadas pelo vento Vais desafiando o mar gelado No tempo te perdes nesse momento.

No ar paira o cheiro a maresia Nas suas vagas tumultuosas Se ouvem as batidas do vento E as ondas se mostram orgulhosas.

O teu corpo se sobressai Ao desfazer-se em raios de esplendor Na espuma das ondas branquíssimas Demonstras todo o teu vigor.

Assim como a paz e melancolia Com a suavidade de uma sereia Revela em mim a vontade de gritar “Eu amo-te” penetra-te na minha veia.

E bem alto fugindo à solidão Que a praia me demonstra A saudade me aperta simplesmente Querendo teu ser que me afronta.


Os teus lábios “esvoaçam” Vagarosamente um nome solitário Os meus olhos se enchem de lágrimas Vais tomando nota do nome no teu diário.

O vento que sopra me arrasta Peço-te que venhas e me abraces Pois amo-te solenemente estando cego Nesta paixão que me consome e não me arrases.

Perante isto corro pela areia Até ao limite da minha resistência Caio sem forças por fim Por favor não teste mais a minha paciência.

Também te encontras sem algumas forças Estás só dormente e cansada mas feliz Revela-me simplesmente o teu grande amor Pois sabendo já que não sou mais um petiz.

Consegues sentir mais essa calma Enquanto só tenho vontade de te dizer “Vêm abraça-me e ama-me querida” Pois cada vez mais desejo contigo viver…

São Paio de Oleiros, 1987 / 04 / 07 ANTÓNIO CRUZ


“PAIXÃO NOS DEDOS”

A paixão não escolhe almas Nem escolhe corpos da luxúria Com os nossos olhos descobrimos O amor que será nosso um dia.

O amor em louca paixão Nos faz então simplesmente sorrir Entre o toque dos nossos corpos Surge uma faísca sem sequer nos ferir.

Por entre os da paixão O nosso coração relaxa abertamente Sentindo que está em boas mãos Podendo ser tocado então ao de levemente.

A paixão nos faz tocar Podendo então mutuamente nos acariciar É bom sentir todo esse amor Que internamente nos faz saciar.

Não se pode delinear os nossos corpos Que por entre os dedos nos foge Com a paixão sempre bem viva Nesse amor com a loucura no auge…

Paramos, 2007 / 08 / 27 ANTÓNIO CRUZ


“VÊM AGORA”

Não sei de onde vêm Nem sei se estou preparado Para este momento de paixão A tua imagem invadiu-me, estando deslocado.

O meu pensamento me traiu Mas peço que venhas depressa E não demores uma eternidade Meu coração anseia pela tua promessa.

A vida nos espera ansiosamente Talvez até de uma forma grandiosa Será possível se tornar a realidade Em que o amor nos espreita minha graciosa.

Pois assim o destino nos reservou E o nosso amor é possível Devemos mostrar ao mundo inteiro A paixão é como um fusível.

Basta fazermos um simples clic Para se saber o quanto se amou Não devemos ter medo nesta vida Por isso vêm querida ver o que se juntou.

É interessante ver o meu coração Pulsar neste nosso impasse bem forte Ao saber que cada vez mais O amor faz parte da nossa sorte.

Entre pedacinhos de algum afecto Procuro beijar a tua boca deliciosa É este o desejo do meu coração ardente Gostando de ti ao natural és bem preciosa.


A tua bochecha é o meu alvo Até atingir fortemente o teu coração Esse será o meu alvo preferido Seguindo-se logo momentos de paixão.

Vêm depressa és o meu amor único Só anseio por ti aqui e agora Sem querer sofrer por mais algum tempo Estou esperando por um sim sem mais demora…

Mozelos, 2006 / 04 / 29 ANTÓNIO CRUZ


“NOVO SER ”

Não desejo ser mais o teu menino Ou mesmo a tua pequena criança A qual fazias festas nos meus cabelos E levavas a dormir nos meus sonhos de esperança.

Em teus braços acabei por dormir Sendo tu a minha bailarina preferida Voas nas tuas danças sem limites Enquanto os meus desejos se intensificam querida.

Onde para o teu único amor Peço-te que não partas sem mim Por um único momento sequer Deixa crescer em ti a flor de jasmim.

Não te afastes deste amor Solta a ave da nossa liberdade Para o seu voo da paixão Sem recorrer a verdadeira amizade.

Deixa seguir os teus sonhos Esperando pelo meu real sinal Espera que possa descalçar as minhas sandálias Libertando os meus pés para esse final.

Assim poderei dar os passos livres Sem perder a minha razão Conseguindo alcançar o trilho do amor Voando por entre as nuvens coloridas da paixão.

O negro do acinzentado nada faz Perante a alegria de saber amar Entregando o meu coração ao vento Enquanto devo saber também esperar.


As roupas de bailarina que vestiste Cobrem todo o teu corpo de fada Os véus escondem o teu belo rosto Ferindo o meu ser como uma espada.

Quero ver-te voar nua à solta Desprovida dos pudores e falsos amores Não me negando a liberdade de te seduzir Conquistando então aos poucos os teus favores.

Quero voar entrando pelas nuvens Abrindo espaços ao rasgar os céus Conquistando os teus braços com paixão Deixando simplesmente de lado os teus véus.

Na “Pas de Deux” eu quero viver Esquecendo quem sou hoje embora Não preciso mais de dançar assim Mas apenas de voar nas tuas asas agora.

Não posso voltar a ser o teu menino Talvez possa ser o teu anjo Se voltares a ser a minha bailarina Não quero ser para sempre o teu arcanjo.

Sê a minha rainha para todo o sempre Ou mesmo se quiseres ser a minha mulher Pois desejo ser o teu amor para sempre Só preciso que sejas o meu novo ser.

Árvore, 2006 / 07 / 30 ANTÓNIO CRUZ


“UMA CHANCE”

Quando me desloco para casa Ponho-me logo em ti a pensar Já não sei o que faça Para que não te possa conseguir conquistar.

Só quero simplesmente uma “chance” Basta tu me fazeres um sinal Ou um simples gesto para mim Se for um sorriso não é nada mal.

Os rapazes vizinhos andam loucos Todos eles esperam o mesmo sinal E tu bem sabes mas contínuas fingindo De nada saberes e ponto final.

Eu também ando louco por ti Mas tu não sabes mas vais saber Será o mais breve possível Logo que conquiste a coragem para vencer.

Vencer esta minha luta interior Pois estou apaixonado sofrendo de dor Pela miúda mais bonita do meu bairro E já nada sei que fazer por este amor.

Apesar de serem muitos como eu Atrás de ti medo não tenho De entrar em batalhas por ti Sabes bem miúda que estou sozinho.

És um desafio agora neste momento Que tento a todo o custo vencer Não há barreiras para o meu coração Basta-me simplesmente coragem e o querer.


Mas se tu souberes lidar comigo Vais conseguir conquistar-me e ter tudo Abre as portas do teu coração com amor Para que eu deixe de ficar mudo.

Eu posso te dar o mundo Que se encontra aos meus pés A atenção e a paciência são sábias E nunca mal a ninguém (rés).

E quem te avisa teu amigo é Também será sempre por qualquer preço Basta me ofereceres esse teu amor E um beijo roubado para o começo.

Poderá ser o começo de uma paixão Bem, mas tu não abuses de mim Porque a minha coragem vêm a passo de caracol Mas nem sempre quero ser assim.

Basta tu me dares uma “chance” E a minha vida logo mudará Só quero ser amado por ti E um novo dia simplesmente logo nascerá!

Mozelos, 2000 / 11 / 21 ANTÓNIO CRUZ


“A MINHA GAROTA DE IPANEMA”

Certa vez namorei uma miúda, A mesma era do Rio de Janeiro Tinha vindo do outro lado Ao qual nos encontramos primeiro.

A minha memória não me atraiçoa Mas altura era a minha musa Seu falar me punha louco E por vezes ficava com “tusa”.

Ilusões surgiram durante o sonho Era a minha garota de Ipanema Já que por lá tinha vivido E a conheci à porta do nosso cinema.

As memorias que tenho dela Ela fora a minha perdição de Verão Vivi momentos de paixão sem esquecer E as saudades trago no meu coração.

Menina com olhos do Brasil Rosto corado em pele branca Cabelos loiros aí que saudades tenho Dos seus beijos pois era uma “tranca”.

Mil beijos demos com gosto de mel Entristece-me o coração por ela simplesmente A sua magia encantou-me com alegria Nas tardes que passamos juntos loucamente.

O seu encanto meu coração roubou A sua liberdade era fora do comum Parcerias fizemos juntos dançando com paixão, Mas algumas vezes também fiquei em jejum.


As saudades que tenho hoje São simplesmente algumas recordações Seu nome era Rosangela a minha musa Pois muitas vezes atormentou alguns corações.

Noites de sono cheguei a perder, Sempre com o medo por perto Meu coração sofria com tristeza É que um dia ela partiu é certo.

Assim seus pais o quiseram Algum tempo após ter chegado Lá partiu novamente para o Rio É que as saudades a haviam reclamado.

Uma coisa é certa para mim Havia vencido uma vez mais com paixão Durante um ano mais coisa menos coisa Com ajuda da minha garota de Ipanema a solidão.

São Paio de Oleiros, 2009 / 01 / 07 ANTÓNIO CRUZ


“AMOR NA COLÔMBIA”

Este meu silêncio É um defeito sem palavras Mas ao premir um botão Que abre a porta do coração.

Com apenas um centavo Vou contratar um batalhão Para poder sempre contar Com ajuda para poder amar.

Pois tudo o que procuro Com a minha vida acaba Só quero ter algo de bom Para conseguir um bombom.

Parece que sempre andei Neste mundo louco e sozinho Mas depressa procurei a entoação Para te encontrar no meu coração.

Ao activar o meu radar Procuro encontra-te sempre nua Uma promessa fiz à Lua, E que procuro para lá do Tua.

O teu perfume desejo ter, Porque assim tenho-te sempre Debaixo do meu travesseiro E nunca mais esqueço o teu cheiro.

Coloquei uma pedra de sal Para salgar o nosso amor Pois o nosso coração bem precisa De algo que deixe o mal que pisa.


E quando trabalhava na Colômbia Numa grande plantação de café Recordava os teus apetitosos lábios Até desejava os trazer no boné dos sábios.

A minha alegria crescia Até parecia nunca mais acabar Mas o nosso amor foi difícil E ao mesmo tempo bem dócil.

Essa “pequenina” cheia de amor Sempre me olhava com ternura E me tocavas também no nariz Ao querer plantar comigo a raiz.

Enquanto passeávamos pelas avenidas Onde vamos procurávamos uma rima Para este nosso mundo bem louco Tendo tudo em cima só que foi pouco…

São Paio de Oleiros, 1990 / 10 / 06 ANTÓNIO CRUZ


“A PORTA DO CORAÇÃO”

Abre as portas do teu coração Respira fundo e liberta a tua paixão Os meus olhos deslizam na tua sedução Resplandece os meus sentimentos na tua excitação.

As minhas mãos anseiam por acariciar Mas sinto sempre que devo respeitar Sinto meu ser flutuar no amor Ao sentir-me com vida e sem dor.

Estendes os teus braços com emoção Desejas que fique com esta paixão Sinto que devo voltar com alegria E viver de novo o meu dia-a-dia.

A minha vida é a tua E deves a desfrutar da sua Lua Pois a mesma ilumina a nossa paixão Que invadiu o nosso nobre coração.

Rompe as correntes que nos prendem Deixando os desejos livres eles não mentem Deixa a normas em casa bem fechadas E vive a vida com liberdade sem as fachadas.

Não sejas lenta e desfruta da paz A mesma dos jogos de amor se fores capaz Liberta o teu coração cheio de felicidade Deixando a esperança viver com igualdade.

Desejo esta noite a tua paixão receber Sentindo o carinho que vai no teu ser Até que o amanhecer nos desperte E nas nossas almas o amor se liberte.


Desejo fortemente o teu corpo a nu Meu coração sente-se ainda algo cru Esperando que tu o incendeies com amor Ao abraçares o meu corpo libertando-me da dor.

Só preciso que o teu desejo seja real Pois sinto a necessidade de obter um final Para que esta paixão se realize naturalmente E que a chama se mantenha acesa vivamente.

Abre as portas do teu frágil coração Deixa a vida nele florir com paixão Vamos viver a mesma intensamente unidos Só assim poderemos a sentir estando fundidos.

Os nossos corpos fazem parte dessa fusão Levando os nossos seres à intensa paixão Entre carícias e beijos sentiremos o amor Libertando os nossos corações da sua eterna dor…

Mozelos, 2007 / 06 / 07 ANTÓNIO CRUZ


“O NOSSO DIA ESTÁ PARA CHEGAR”

Uma gaivota nós alugamos, E nela fomos pedalando devagar Palavras de amor foram trocadas Como se fossem para serem reveladas.

Revelar que algo então surgiu Nos nossos frágeis corações Que sempre em busca andaram Por um amor cheio de emoções.

Emoções essas reveladas com amor Que num lago navegam suavemente Lembrando que os dois jovens apaixonados Têm toda a esperança ainda de serem amados.

Pois esse amor é só deles E neles só existe a verdade O amor é verdadeiro e encantado É que eles só esperam a sua felicidade.

Felicidade essa que em Setembro Parece que por fim vai surgir Não adianta então negar ou fugir Porque o seu amor é a liberdade a sorrir.

É que fugir para um mundo novo Só será então só deles verdadeiro Que tanto quiseram conquistar sem dor, Com um amor não existindo outro igual e derradeiro.

Pois um sorriso lhes apareceu suavemente Quando uma nuvem então os acordou Mas ainda é cedo e eles já sonharam Com esse dia eles tanto o desejaram.


Só que ainda não se acabou o sonho Porque a nossa vida ainda continua Num amor bem real dentro de nó Vamos então continuar esperando na nossa Lua.

Sentados vamos com esperança esperar E vamos também dizendo bem baixinho Que o nosso belo dia está a chegar E nunca mais então deixaremos de nos amar…

Silvalde, 1990 / 08 / 27 ANTÓNIO CRUZ



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