ter um animal de estimação
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Nos tempos que são os nossos as famílias são cada vez mais pequeninas. Por razões óbvias. Muitas vezes só têm um filho. Quando assim é, esta criança corre o risco de se tornar Rei e Senhor de tudo. É o centro de todas as atenções, correndo o risco de se transformar num ser caprichoso e egoísta. É muito bem cuidado mas não “aprende” … a cuidar. Cuidar, mais do que tratar, é muito difícil, (digo eu como profissional) mas é das coisas mais importantes durante toda a vida. Esta forma de “solidão” pode ser quebrada pela vinda de um animalzinho de estimação lá para casa. Não importa se tem pelo, carapaça, penas ou escamas. É um ser vivo que, de um modo ou outro, transmite e reforça afetos e ensina as crianças a serem responsáveis pela sua alimentação, pelo seu bem-estar e pela compreensão, por parte da criança, que ele cresce e se transforma. Como nós! Claro que há sempre um dia triste. Quando morrem antes de nós, o que não é nada bem aceite por ninguém e é incompreensível para as crianças. Mas até isso as ensina a crescer e a aprender devagarinho que a morte é uma realidade. Estimula a imaginação dos pais a explicar-lhes que o mais importante é que, enquanto viveram, as pessoas e os animais que nos foram queridos foram felizes. Para crescerem bem e serem adultos felizes e responsáveis, as crianças precisam de regras, normas e rituais. Os animais também. Quando as crianças aprendem a ensinar aos animais estes princípios, percebem melhor a aceitar mais facilmente que os Pais também exijam o mesmo deles (a outros níveis, claro). Ter um animal em casa é bom. Não podemos é esquecer que cada animal, para ser feliz, não só precisa de afeto, mas de um 19
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