Eu quero ser como as árvores!...

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EU QUERO SER COMO AS ÁRVORES!...

Poesia

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EU QUERO SER COMO AS ÁRVORES!...

título: Eu quero ser como as árvores!…

autora: Marinel Oxiela

edição: Edições Vírgula ® (Chancela Sítio do Livro)

grafismo de capa: Ângela Espinha

paginação: Paulo Resende

1.ª edição

Lisboa, maio 2025

isbn: 978‑989 9284 00 5

depósito legal: 548245/25

© Marinel Oxiela

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EU QUERO SER COMO AS ÁRVORES!...

Poesia

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Marinel Oxiela nasceu em Vila Real de Santo António a 3 de fevereiro de 1942. Viveu nesta

terra algarvia até aos 8 anos de idade tendo aí frequentado a Escola Primária Oficial onde concluiu a 2ª classe do Ensino Primário.

A 15 de agosto de 1950 foi viver para Lisboa, sua terra de adoção.

Em Lisboa completou o Ensino Primário.

Posteriormente fez o Curso Liceal no Liceu de Dona Filipa de Lencastre.

Desde sempre manifestou uma grande inclinação pela Matemática, tendo feito a licenciatura em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Após um Estágio Pedagógico de 2 anos e de um Exame de Estado no Liceu Normal de Pedro Nunes, seguiu a carreira de professora de Matemática do Ensino Secundário Oficial.

Como professora de Matemática e durante 32 anos e meio, lecionou no Liceu de Camões, atual Escola Secundária de Camões, onde foi

professora efetiva e donde veio a aposentar-se no ano de 2003.

Além do gosto pela Matemática também demonstrou, muito cedo, o gosto pela Poesia.

São de sua autoria os seguintes livros de Poesia:

“DEIXEI PALAVRAS VOAR…” (2015),

“EU DEI VOZ À FANTASIA…” (2016),

“RIMANDO ESCREVO O QUE SINTO…” (2017),

“DESABAFOS DA ALMA…” (2018),

“DEI LUGAR AO SONHO…” (2020),

“EM TUDO VEJO POESIA…” (2022),

“RETALHOS DO MEU SENTIR…” (2023),

“NAVEGANDO NA VIDA…” (2024) e

“EU QUERO SER COMO AS ÁRVORES!...” (2025).

Na Antologia da Artelogy de dezembro de 2016 foram publicados três poemas seus.

m arin E l o xi E la

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BIBLIOGRAFIA EM 2025

Lancei meus gritos ao vento

Para o mundo os escutar,

Na loucura dum momento,

Deixei Palavras Voar…

Dos meus dias tão iguais, Quebrei a monotonia

Para não serem banais,

Eu Dei Voz À Fantasia…

Vou cumprindo a minha sina, Podem crer, eu não vos minto,

Desde os tempos de menina, Rimando Escrevo O Que Sinto…

Os versos dão-me alegria, Escrevendo-os sinto-me calma, Espantam a melancolia, São Desabafos Da Alma…

Pra que este mundo de enganos

Me parecesse mais risonho,

Pus, em prática, meus planos

E, então, Dei Lugar Ao Sonho…

Prossigo meu caminhar

Na vida, dia após dia,

Pra onde quer que eu olhar, Em Tudo Vejo Poesia…

Quis partilhar minha alma,

E, em pedaços, a repartir,

Recortei, com toda a calma,

Retalhos Do Meu Sentir…

Rumo com mira na esperança, Sou marinheira atrevida

E com fé e confiança

Vou Navegando Na Vida…

Venham estrelas de muitas cores, Venha chuva, venha vento,

Eu Quero Ser Como As Árvores!...

E não mudo o meu intento.

Marinel Oxiela

A autora dedica este livro

a sua falecida mãe

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MINHA MÃE, QUANTAS SAUDADES!...

Muitos anos já lá vão

Desde que partiste, um dia, Mas como recordação, Eu olho, com emoção, A tua fotografia…

Essa foto emoldurada

Mesmo junto à cabeceira

Da cama onde, eu deitada

Posso ver fotografada

Quem amo e de que maneira!

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De manhã, ao acordar,

Vejo nela o teu sorriso, Ele me vem animar

E, as saudades, acalmar, Nesse momento preciso!...

Lá no Céu, onde tu estás

Junto a Deus, em oração, Sei que, por mim pedirás, Por isso, nas horas más, Ele vem e dá-me a mão!...

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PREFÁCIO

Marinel é Sol! Os seus versos são como os ramos que procuram a luz, crescendo em sua direção, compondo uma frondosa árvore que já deu nove bonitos frutos, nove livros de poesia, o último dos quais intitulado “Eu quero ser como as árvores!...”

Não sendo minha especialidade o texto poético e de ter a consciência que a sua interpretação não é linear, quis a autora que, mais uma vez, prefaciasse o seu livro, depois de a ter desafiado a continuar. Assim sendo, aceitei o seu pedido e, a partir da leitura de cada poema, tentei dissertar um pouco sobre o que cada um deles me transmitiu... Não se trata de uma análise literária, não seria capaz de o fazer. Limitei-me a deixar-me levar por uma leitura prazerosa e, a partir daí, escrever um pouco sobre o que os poemas despertaram em mim.

Não há dúvida que Marinel Oxiela é imparável, porque o seu pensamento está intrinsecamente ligado à rima e enquanto mulher atenta, Preview

tanto às mais pequenas coisas como às mais sérias, aos seus sentimentos, às dificuldades e à maneira de as contornar, crescem no seu íntimo os versos que, desta vez, associa às lindas árvores que vê da sua janela, que se mantêm de pé e que, a cada primavera, lhes rebentam os ramos que as renovam... Assim quer ser Marinel, como as árvores que crescem em busca do sol.

Na sua bonita maneira de fazer poesia, de comunicar, com a musicalidade que a rima proporciona, a autora que aceita a sua própria maneira de ser e que, por isso, não vai mudar, diz-nos que não gosta de gente triste!

Apesar dos versos serem a sua principal companhia, apresenta-se como uma pessoa que valoriza a alegria e o otimismo. E assim prossegue o seu caminho, ainda que devagar, com todos os obstáculos que lhe possam surgir. Sendo crente e com a sua perseverança, tudo consegue ultrapassar, porque desistir não faz parte da sua maneira de ser. Resistir é o lema!

Apesar da alegria que em si mora, não é alheia aos silêncios, à saudade e a algumas lágrimas.

No entanto, a sua positividade faz com que as duas grandes companhias, o papel e a caneta, nos brindem com estes versos que deixam transparecer, também neste livro, a sua criatividade e a forma destemida como utiliza as palavras, como enfrenta e sublima as amarguras da vida, com a certeza que o ontem passou e ficará, ou não, na memória e, como o amanhã é desconhecido, tudo deve fazer-se para seguir o coração e viver o hoje com alegria e sapiência.

Fazendo sempre uma retrospetiva, compara a sua vida com um livro, em que cada verso pode representar, hora a hora, as suas vivências e a ajudam a dar calma ao coração, o que faz dela uma mulher feliz.

Apesar das amarguras da vida, das lutas vencidas, Marinel continua movida por duas coisas que nunca a deixam, a Fé e a Coragem.

Mas nem tudo é alegria! Marinel Oxiela está atenta ao que a rodeia e aos grandes problemas de um mundo onde há injustiças que fazem perder o encanto do seu olhar e que não a

podem deixar indiferente, realçando a necessidade de estender a mão e acudir numa aflição...

Refletindo sobre o que nos é impossível mudar, aponta como solução a forma como reagimos, centrando em cada um a maneira de atuar, tornando tudo mais doce...mas logo a seguir diz-nos que não devemos deixar de ser quem somos!

Mais de quatro dezenas de poemas que refletem pensamentos, inquietações, vivências ao longo de toda uma vida, o fio condutor comum a toda a obra de Marinel Oxiela é o seu dia a dia, a vida desde tenra idade na terra natal e a grande ligação à mãe, a quem dedica mais uma obra.

Sendo uma pessoa, de certa forma solitária, com os problemas comuns a todos e a cada um de nós, é de realçar a positividade que os seus versos nos transmitem. E é desta forma que a poetisa dedica um dos capítulos intitulado “Também se pode brincar recorrendo à poesia...” em que brinca com a saúde, o medo,

a inveja, as dores e até a forma de atrasar a morte!

Por fim, Marinel Oxiela verseja sobre a forma como lida com a vida e como enfrenta os contratempos. Conclui dizendo-se firme e de pé como uma árvore.

Com uma positividade inexcedível perante os muitos problemas que, certamente, a acompanham, dá-nos, sem dúvida, uma lição de vida... por isso termino como comecei, Marinel é Sol!

aleixO

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Eu quero ser como as árvores,

Ser, como elas, quem me dera!...

Olvidam, do inverno, as dores, Ao vestirem as lindas flores

Que lhes dá a primavera!....

Marinel Oxiela

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EU QUERO SER COMO AS ÁRVORES!...

As árvores da minha rua, Pra mostrarem sua pujança, Vão competindo, em altura, Com os prédios da vizinhança.

Desfolhadas, no inverno, Suportando a ventania, Oferecem, na primavera, Flores em demasia!

Se o vento é mais violento, Se ele não é de feição, Vejo, da minha janela, Ramos tombarem no chão.

No seu posto, permanecem, Há muitos anos, até!...

Eu quero ser como as árvores, Como elas, morrer de pé!...

Gostou deste excerto do livro?

Pode comprá-lo, clicando aqui:

sitiodolivro.pt/Eu-quero-ser-como-as-arvores

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