ASDA - Associação Síndrome do Amor Ribeirão Preto SP Brasil Dez/2018
Nº 10
Cuidados amorosos Germano Neto Amorosos e famílias espalhadas pelo Brasil cumpriram a missão e organizaram eventos para o Dia da Conscientização da Síndrome de Edwards, garantindo sua divulgação em debates, a representatividade das famílias e o principal: visibilidade. Toda quarta, a partir das 5 horas da tarde, a psicóloga Gabriela Christovam Borges se encontra com um pequeno grupo de amorosas da Associação Síndrome do Amor. Juntas elas desenvolvem um trabalho especial: o Movimento Vital Expressivo (MVE). A atividade foi iniciada com o objetivo do Cuidado com o Cuidador, para amorosos e famílias. A aula tem o objetivo de alcançar o desenvolvimento humano por meio do trabalho corporal, com a manifestação da experiência de expressão em quatro polos: físicas-energéticas, emocional-afetiva, mental e espiritual. As amorosas se organizam em diversas atividades para a recepção e cuidado de pais de crianças com Síndrome de Edwards. “São pessoas que cuidam muito e abrem mão da vida para cuidar, e muitas vezes acabam não sendo cuidadas”, explicou Gabriela, que foi indicada pela amorosa Paola Miorim.
Benefícios O trabalho proporciona a evolução da conexão e apropriação do próprio corpo, com exercícios que envolvem o toque, olhar, voz, noção de espaço e limites corporais. “Desta forma é possível quebrar padrões de condutas emocionais e psicológicos”, esclarece Gabriela. Segundo a profissional, o Movimento Vital Expressivo permite que as amorosas tenham o benefício de conhecer e reconhecer o próprio corpo, lapidando e descobrindo novas energias. “Essa é a proposta, que evolui em graus individuais e grupais”. A lista dos benefícios apenas aumenta quando se trabalha com o MVE. Cada amorosa poderá desenvolver a
expressão, entrar em contato com o mundo interno e sentir as energias que fluem, além de ter pensamentos e emoções transformados. “Elas saem se sentindo bem depois das aulas. O objetivo é a pessoa estar em meditação ativa, prestando atenção no presente, nas sensações do corpo. Algumas vezes, nós conseguimos, outras vezes não. O desafio é permanecer no presente com essas sensações”, disse a psicóloga. Cecília Faria, que faz parte da equipe de artesanato há mais de 10 anos, disse que a associação se preocupa muito com o bemestar das amorosas. “Essa aula é muito boa. Precisamos estar bem para atender as famílias, que muitas vezes passam por momentos muito tristes”.
Amorosas durante aula com psicóloga Gabriela