Jornal Amor Impresso nº5 - 2016

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ASDA - Associação Síndrome do Amor Ribeirão Preto SP Brasil julho/2016

Nº 5

À espera de um diagnóstico

O

diagnóstico precoce de doenças raras é de extrema importância para dar início aos cuidados com a criança. Para isso, o projeto Amor à Vida cria estratégias para conseguir financiamento à realização de exames no exterior. Estão à espera de resultados mais de 90 crianças, cujos exames foram realizados no ano passado, solicitados pelo médico geneticista Charles Marques Lourenço, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto (SP). Com o intuito de conseguir verbas para o projeto, a Associação Síndrome do Amor (ASDA) enviou em abril um ofício ao Fórum de Ribeirão Preto. Os recursos arrecadados são solicitados na forma de penas pecuniárias, que correspondem ao financiamento de projetos apresentados por entidades públicas e privadas. “O projeto Amor à Vida é pura esperança. É desesperador não saber com quem vamos lutar. Além de evitar que outras crianças cheguem com os mesmos problemas, como no caso das doenças hereditárias. Contamos com a ajuda da sociedade para salvar vidas”, afirma Marília Castelo Branco, diretora da ASDA. A ajuda é destinada a pagar parte dos custos decorrentes desses exames, quando demandados a critério do médico Charles Marques Lourenço. Para o médico, muitas pessoas não têm conhecimento da importância de um diagnóstico, principalmente no caso de síndromes genéticas raras, severas e degenerativas. “Para prosseguir em qualquer tratamento é preciso de um diagnóstico da doença, pois só assim será possível ver o que pode e o que não pode ser feito por aquela criança”, afirma. Ele diz ainda que em casos de doenças genéticas existem possibilidades de tratamentos que podem ser curativas em algumas situações. Já outras enfermidades não precisam de testes genéticos para confirmar o caso. “São doenças que eu consigo ver a história de vida, juntamente com as fotos clínicas e, assim, chegar a um diagnóstico”, explica. Esperança no exterior Entre os países que recebem os exames estão Canadá, Alemanha, França, Itália e Holanda. Somente este ano, quase 100 exames foram enviados ao exterior. “Os testes de diagnósticos são caros e não são disponíveis em todo o mundo, por isso enviamos

Laura Scarpelini

Com um diagnóstico feito tardiamente infelizmente não se pode fazer muita coisa, pois o tempo gira contra essas crianças. Cada dia a mais é um dia a menos para elas Dr Charles os exames para apenas cinco países”, conta Dr. Charles. O médico comenta ainda que existem casos em que é preciso realizar o procedimento em até três nações diferentes para fechar o diagnóstico. “Com um diagnóstico feito tardiamente infelizmente não se pode fazer muita coisa, pois o tempo gira contra essas crianças. Cada dia a mais é um dia a menos para elas”, diz. Lourenço fala ainda que há situações em que não consegue cortesia e nem patrocínio no país para fornecer um diagnóstico, o que agrava ainda mais o caso. “É uma situação angustiante. A criança está lá, e você sabe que existe uma chance que pode modificar aquela situação, mas, sem o diagnóstico, não tem como fazer isso”, acrescenta. Como ajudar? Muitas pessoas não podem dedicar tempo à Síndrome do Amor e acabam colaborando com recursos financeiros. “Sempre tivemos uma grande preocupação com o destino desses recursos, já que grande parte do nosso trabalho é voluntário, informativo e humano. Foi quando surgiu a oportunidade de colaborar com um dos poucos médicos que se dedicam a investigar doenças genéticas raras. Enfim, encontramos uma maneira de oferecer uma forma segura e importantíssima de direcionar as doações”, afirma Marília. Os interessados em doações podem entrar em contato pelo email: sindromedoamor@gmail.com


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