ASDA - Associação Síndrome do Amor Ribeirão Preto SP Dezembro/2014
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Primeiros Amorosos Luiza Grynfogiel
A
as mães querem para seus filhos”, disse Marília. Foi Stella quem apresentou o Dr. Carneiro a Marília, que viria a ser o médico do Thales. “Sua preocupação era com a família fora do hospital. Ele me contou sobre os pais de uma criança que ele operou que dormiam dentro de um Fiat 147, estacionado na rua. Apesar de tentar apoiá-los, a vida corrida de cirurgião não lhe permitia fazer o mesmo com todos. Naquele momento, fiquei emocionada e motivada a cuidar dessas famílias, mas na época era impossível, pois eu tinha um filho especial para cuidar. Quando o Thales virou estrelinha era preciso preencher o vazio e me veio o sonho do Dr Carneiro na cabeça e no coração”, confidenciou Marília.
Associação Síndrome do Luciane (acima) e Stella (ao lado) com o Amor (ASDA) foi pequeno Thales fundada em 2007, mas antes de sua criação oficial foi necessária dedicação, ajuda e solidarieSede dade de muitas pessoas. Ações que, algum tempo deCristina e Orlando Carlos Guimarães Collucci tampois, transformariam cidadãos comuns em voluntários e bém tiveram um papel importante. O casal é dono da amorosos, e a associação em uma organização reconheresidência em que está localizada a sede da entidade. A cida nacional e internacionalmente. decisão veio depois de acompanhar uma palestra de Essa história começa quando Marília Castelo Branco, Marília no Rotary Club de Ribeirão Preto, em que todiretora do ASDA, soube que o filho dos ficaram comovidos ao ouvir a Thales, que acabara de nascer, era Ações que, algum tempo história. Ao fim da palestra ele a proportador da Síndrome de Edwards. A depois, transformariam curou e ofereceu a casa dizendo: amiga e publicitária Luciane Pinheiro “Esse sonho agora é realidade, não pensou duas vezes: largou o emcidadãos comuns em amanhã você terá uma sede”. Na prego para ajudar Marília a buscar voluntários e amorosos manhã seguinte, Cristina e Orlando a antigos clientes para que ambas puesperaram na Avenida Plínio de Casdessem trabalhar em casa perto de tro Prado, nº 857. Thales. “Conheci a Marília em uma oportunidade de A condição para que ficasse com a casa seria o bom trabalho e criamos um relacionamento de amizade, um uso do espaço, a propagação do bem, ajudando outras laço de carinho, respeito e admiração. Quando o Thales famílias que sofriam as dificuldades de ter um filho nasceu, eu me apaixonei por ele”, conta Luciane. Para portador de síndromes genéticas raras. “Dinheiro Marília, “Luciane foi a minha Síndrome do Amor, foi mipode ser vitamina ou veneno. Nosso sonho é usufruir nha cuidadora”. até o último centavo, meu último suspiro ajudando os A Síndrome do Amor era um movimento no Orkut outros”, conta o casal. (rede social extinta) que crescia muito rápido. Adriana A Associação Síndrome do Amor é um projeto moMonteiro, advogada e também mãe especial, fazia parte vido por voluntários e amorosos que ajudaram a funda comunidade e ajudou com a oficialização. “A ideia dar e a manter o programa para que famílias pudessem era transformar dor em amor. Tenho certeza que nossa ser acolhidas. Durante o II Encontro de Novos Amoideia deu certo”, afirmou Adriana. Para oficializar o grurosos de 2014, em outubro, os participantes ouviram po era preciso montar uma diretoria e a primeira pessoa depoimentos daqueles que já convivem dentro da a ser chamada foi a fonoaudióloga do Thales, Stella ASDA há algum tempo. Todos relataram terem se Querido, para ser a vice-presidente. “As sessões dela apaixonado pelo projeto, pela ajuda, pelo apoio que com meu filho foi uma das coisas mais lindas que assisti. dão e recebem dentro da Síndrome do Amor. Ela era um símbolo do profissional de saúde que todas