Sentir
Alhos Vedros
Editorial Com o passar dos anos comecei a colecionar pequenos presépios, uns mais comerciais, outros mais artesanais. Pelos locais por onde passava era habitual dirigir o olhar para uma montra ou escaparate, à procura daquela peça especial para juntar à coleção, tendo já exposto presépios em diversos locais. Com a moda das feirinhas de Natal, e através da Associação Aliusvetus, começámos a montar uma casinha do presépio na Praça da República, a fazer lembrar aos passantes a origem e o significado do Natal. Neste ano de 2023, lembramos S.Francisco de Assis e os 800 anos do acto visionário que teve em Gressio, no norte de Itália em que, pela primeira vez representou o nascimento de Jesus com um cenário vivo. Nesse ano de 1223, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal aos camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento. Em Portugal os primeiros vestígios de um presépio português datados de 1569 foram encontrados no Convento de Santa Catarina da Carnota, no concelho de Alenquer. Dos conventos o costume passou aos palácios e depois à classe média e ao povo. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo.
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