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Através dos DreamMakers, a comunidade jovem tem também acesso à formação que criei há três anos – “Dance Lab” - durante duas das semanas do mês de julho. Como o nome indica, são duas semanas não só de coreografias entre vários estilos de dança existentes, mas principalmente de um “laboratório de dança” que envolve muita exploração de movimento, de composição coreográfica, e de outras valências e modalidades diretamente relacionadas à Dança – como a caracterização/maquilhagem para palco, ou até mesmo “técnicas corporais de bem-estar”, que já trouxeram até nós pessoas maravilhosas de outros projetos, como o “Yoga Estelar” com a prof. Ana Rosado, ou aulas de relaxamento e meditação com a professora Florbela, do projeto “Mente e corpo”, para complementar as nossas práticas.

Os meus principais objetivos, com o projeto DreamMakers, não passam apenas por “criar” bons bailarinos, mas também bailarinos versáteis, criativos, conhecedores das suas capacidades, esforçados, empáticos e com respeito pelo outro. No início dos nossos espetáculos, costumamos gritar “Quantos somos? Um só!” e não há nada que melhor nos caracterize.

Aproveito para salientar que todo este meu percurso também me levou a trazer a minha paixão paralela à dança – a escrita – para cima da mesa e, graças a isso, sou autora de dois livros infantis: “A Mica traquina quer ser bailarina” (edição de 2015) e “Mica traquina e a nova amiga bailarina” (edição de 2017), que abordam temas como a “dança enquanto profissão” e a “dança para a inclusão”. A “Mica” já andou por imensas escolas e pela televisão, chegando centenas de crianças e claro, muitas vezes, acompanhada pelos bailarinos do projeto DreamMakers.

Vou trabalhar todos os dias com a noção de que sou uma sortuda por poder fazer o que gosto, principalmente nas terras que me viram crescer. E é com humildade e gratidão que vejo este projeto profissional crescer, e deixar de se tornar meu, para passar a tornar-se “nosso”.