Edição 24 | Janeiro 2024

Prendarte

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Alhos Vedros

Na Primeira Pessoa Rafael Azevedo

(Re) Descobrir Alhos Vedros Âncora

Alhosvedrense Gráficas, Design & Print Studio

Edição 24| Janeiro 2024

@sentiralhosvedros

Papelaria

Ficha Técnica Periodicidade: Mensal Ano 3º 24/ 2024 ISSN: 2975-8394 Título: "Sentir Alhos Vedros" Edição, Coordenação de Edição, Redacção e Fotografia: Ana Cristina Rosado, Fábio Silvano, Paulo Sérgio Pereira, Rosa Paula Marques, Irina Cardoso.

Colaboração: Irina Cardoso, Papelaria Prendarte, Rafael Azevedo, Teresa Lima, Alexandre Carvalho

A revista digital “Sentir Alhos Vedros” pretende dar a conhecer a toda a população em geral o que de bom existe, se faz e há na freguesia de Alhos Vedros.

Temos como objectivo dinamizar e aumentar a economia local, aproximando pequenos negócios, comerciantes em nome individual e empresas da população Alhosvedrense.

Pretendemos conciliar passado e presente e traçar um futuro próspero para a freguesia de Alhos Vedros e para as suas gentes.

Somos a plataforma que ajudará a freguesia de Alhos Vedros a dar-se a conhecer a todo o nosso país e quiçá, dar a conhecer Alhos Vedros a nível europeu e/ou mundial.

Sugestão: Se tem um negócio na freguesia de Alhos Vedros (negócio físico ou online) e/ou outras informações sobre a freguesia que queira partilhar e divulgar, se pretende contribuir com sugestões para a melhoria contínua da revista digital “Sentir Alhos Vedros”, contacte-nos via e-mail para geral@sentiralhosvedros.pt.

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pág. 3 Destaque do Mês

pág. 10 Olhar Alhos Vedros

pág. 12 À Mesa Com...

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Editorial Bem-vindos às Arroteias!

Para mim escrever-vos sobre as Arroteias, é muito mais do que querer explicar-vos a origem do nome tão peculiar e do seu surgimento como bairro pertencente à freguesia de Alhos Vedros, é querer transmitir-vos por palavras, o amor e o orgulho que sinto e tenho em ser Arroteense… O amor e o orgulho na terra que foi, é e sempre será a minha casa…

Nasci em Maio de 1987 e passei a ser filha das Arroteias desde então… Nessa altura e até meados dos anos 90, o bairro não tinha arruamentos alcatroados nem passeios, as ruas eram de gravilha e os poucos passeios existentes eram construídos pelos próprios moradores. Apesar das parcas condições de acesso, nós, os miúdos do bairro, eramos felizes e sentia, como hoje ainda sinto, que vivemos como se fossemos uma família/comunidade.

Recuar no tempo e relembrar a minha infância no bairro, é relembrar tempos felizes…

Tempos em que as Arroteias proporcionavam aos seus moradores condições de vida melhores que ao dia de hoje… Até ao ano 2000, as Arroteias tinham duas escolas primárias, um parque infantil, um talho, duas mercearias, uma papelaria/retrosaria, uma pastelaria/taberna, cinco padarias, uma sapataria, quatro cabeleireiros, várias oficinas automóveis e diversos negócios ligados à restauração (desde já as minhas mais sinceras desculpas se não enumerei algum comerciante/negócio).

Tenho um enorme orgulho em ter sido uma das alunas que frequentou a Escola Primária n.º 2 das Arroteias (Escola Primária Henrique Galvão, construída por moradores e inaugurada a 24 de Dezembro de 1975). Fui aluna da antiga professora Adelina Vinagre… Naquela época, a Escola Primária n.º 2 era o ex-libris das Arroteias por ter nela inserido um parque infantil. Parque esse que naquele tempo era encarado como inovador, por ter nele um espaço com cegonhas e outras aves.

Recordo-me, como se fosse hoje, do último dia do parque infantil… Recordo-me da professora Adelina nos informar que a Câmara Municipal estava a retirar os brinquedos do parque para proceder à reparação de alguns e colocar outros novos…

Contudo, após o espaço do parque infantil ter ficado devoluto, nada mais regressou, e nós, filhos do bairro, começámos a perder a nossa identidade enquanto Arroteenses…

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Editorial O parque infantil deu lugar a uma parcela de terreno com eucaliptos e mato rasteiro e, a partir desse momento, os dias de funcionamento da Escola Primária n.º 2 estavam contados. A Escola foi encerrada com a informação de que o número de alunos tinha diminuído e não se justificava manter no bairro duas escolas primárias.

O comércio de proximidade foi fechando portas… Uns por falecimento dos proprietários, outros por falta de rentabilidade…

E todas estas percas direccionaram as Arroteias para o papel/valor que tem ao dia de hoje para o poder local: o bairro tornou-se aos olhos dele invisível… Apostar na comodidade e melhoria das condições de vida de quem cá vive não é prioridade, nem excepção, simplesmente o bairro para o poder local é nulo… Vejamos pequenos exemplos: 1. A Rua Padre António Vieira é um perigo permanente para a circulação de pessoas e veículos; 2. As iniciativas e eventos realizados pelo poder local não contemplam o bairro; 3. Foi colocada à entrada do bairro, junto à Papelaria Topline, uma pequena iluminação de Natal, mas toda a restante área não teve direito; 4. A deficiência na rede urbana de escoamento (sarjetas) nunca foi corrigida, pelo que cada vez que a precipitação é em quantidade maior, as ruas das Arroteias passam a ser piscinas a céu aberto.

Como filha do bairro e, tendo a possibilidade de fazer mais e melhor pela casa que me acolheu, jamais deixarei de lutar por aquilo que é nosso por direito enquanto Arroteenses.

Está nas mãos de todos, incluindo do poder local (se o mesmo estiver predisposto a isso), dignificar e valorizar o bairro das Arroteias!

Irina Cardoso Arroteense

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Destaque do Mês

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Destaque do Mês

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Grande plano

A Papelaria Prendarte está aberta ao público desde 12 de fevereiro de 2009, localizada no centro da Vila na Av. Humberto Delgado nº. 2A.

“Vendia cerca de 40 jornais por dia, agora vendo doze.”

Magali Bernard é a gerente e única funcionária deste comércio.

A nível de horário está aberta de segunda a sexta-feira das 08h30 às 13h00 e das 16h00 às 19h00.

“Outra consequência da pandemia foi uma grande quebra na venda de jornais e revistas, ou seja, houve uma mudança de hábitos na vida das pessoas, que começaram a fazer leituras online.”

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Ao sábado está aberta das 08h30 às 13h00 e encerra ao domingo.

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“Devido às consequências do póspandemia, tive de abdicar de dois funcionários que tinha.”

Podemos encontrar nesta papelaria os seguintes serviços:

Os pagamentos nesta loja podem ser feitos por multibanco (despesas de loja) e monetariamente.

- Pagamentos de Faturas; - Carregamentos de Telemóveis; - Carregamentos de passes; - Fotocópias a cores e preto e branco; - Impressão de documentos.

“Os pagamentos de faturas não podem ser feitos por multibanco.”

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Podemos também adquirir neste comércio: raspadinhas, tabaco, shisha, revistas e jornais diversos, incluindo os desportivos.

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Grande plano

“Vendo tabaco da PLOOM e IQOS.” Vende também material escolar diverso e serviço de Gifts variados.

“Temos também vários artigos para bebés, como por exemplo: cobertores, peluches, jogos didáticos, etc.”

“Temos Wi-Fi.” “Somos ponto CTT Expresso, nomeadamente para recolha e entrega de encomendas.”

Av. Humberto Delgado, 2 A

+351 211 562 906

mamama1977@live.com.pt

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Na Primeira Pessoa Nasci no Barreiro em 1993, cidade onde concluí os meus estudos primários e secundários. Quando fiz dez anos, os meus pais, em resposta à minha vontade de “aprender a tocar piano a sério”, inscrevem-me na Academia de Música do Luso, no Barreiro, onde estudei com o professor Carlos Afflalo, que já tinha mais de 80 anos. Uns anos depois, concluo o 12º ano na Escola Secundária Augusto Cabrita, e prossigo para a Licenciatura em Piano na Escola Superior de Música de Lisboa. Foram anos de aprendizagens fundamentais na área da música, através do contacto com professores e colegas, um período em que tive a oportunidade de participar em vários projetos musicais interessantes. Em 2019, concluo o mestrado em Ensino da Música. Fui professor no Conservatório Regional de Artes do Montijo, na Escola Profissional Metropolitana, no Conservatório da Metropolitana e na Universidade de Évora, trabalhando agora como pianista acompanhador na Escola Básica e Secundária da Vialonga, que desenvolve um projeto interessante através da sua própria orquestra e de aulas de música para os alunos de várias idades.

Toquei piano em várias salas do país, a solo ou integrado em conjuntos musicais, do Norte ao Sul do país, e um dos locais mais belos onde toquei foi a Igreja da Misericórdia em Alhos Vedros, construída há mais de 400 anos, que com a sua história e beleza, tem contribuído para valorizar iniciativas culturais como concertos ou exposições de interesse cultural.

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Os seus invulgares azulejos em tons de azul claro e sua decoração em talha dourada, elementos dotados uma qualidade estética soberba, dão-lhe uma identidade distinta e especial.

Esta igreja, construída ainda no século XVI, transporta-nos para uma povoação antiga, com uma grande história, sede de um concelho que incluiu freguesias tão distintas como a Moita e o Lavradio. É um facto que, com o passar dos anos, esta vila perdeu alguma importância relativa face ao desenvolvimento mais robusto da vila da Moita e da cidade do Barreiro, deixando de ser a sede de concelho há quase dois séculos. Mas, porventura, desta forma Alhos Vedros preservará melhor a sua identidade de vila pacata, à beira de um grande rio, uma terra com história.

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Na Primeira Pessoa Uma história que, como o Poço Mourisco em frente à estação de comboios nos relembra, engloba dezenas de séculos de uma localidade que já era relevante para a região, mesmo antes de existir um Reino de Portugal.

Agora que as populações no geral estão em declínio, não só na Europa mas em boa parte do nosso mundo, é importante reforçar e restaurar o património da humanidade que já existe, com particular foco nas localidades históricas, com monumentos do passado e com populações enraizadas, como Alhos Vedros, em oposição a uma ideologia cega de construção de prédios em massa, que se constituem dormitórios de grandes centros económicos, e que com a referida quebra populacional, darão lugar a bairros fantasma. O que será do centro de Lisboa no futuro? Num futuro em que haverá ainda menos pessoas, agora que boa parte da antiga população de Lisboa saiu do seu centro, substituídos por hotéis e comunidades menos agregadas? Teremos a mesma Lisboa, e os mesmos arredores?

Felizmente, por enquanto Alhos Vedros mantém-se como uma terra agradável e calma, próxima de Lisboa - no fundo, próxima de tudo - uma vila com alma de campo e de natureza. As suas demais associações, seja a CACAV, a SFRUA, a Aliusvetus, a Caravela D’ideias, a Casa Amarela, alguns exemplos de um vasto número de organizações culturais e desportivas, que reforçam a qualidade de vida de quem aqui mora, e demonstram a dinâmica e o bom espírito comunitário desta vila. A reconstrução dos edifícios associados ao moinho de maré foi mais um passo no bom sentido. É sempre bom felicitar esta terra, uma vila portuguesa muito bela e antiga - Alhos Vedros.

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Olhar Alhos Vedros

Fonte localizada no Centro de Formação da Cercimb na Quinta Fonte da Prata

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(Re)Descobrir Alhos Vedros

Âncora Cais do Descarregador

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À mesa com...

A “Doces Vilão” é uma marca recente, foi lançada em 2022.

O meu nome é Teresa Lima e resido nas Arroteias. Já faço bolos há muito tempo, aprendi com a minha mãe e avó materna. Foi através delas que adquiri o gosto pela doçaria e bolos alentejanos, dada as suas raízes.

Foi pelos doces e bolos alentejanos que comecei, pois além de serem muito bons, foi a forma de aprender e praticar tudo o que me ensinaram.

Passei por muitas etapas, não foi um percurso fácil… Hoje em dia obtemos todos os produtos para a confecção dos doces e bolos com muita facilidade, mas há 35 anos atrás, por exemplo para se conseguir obter até uma simples margarina folhada, era necessário deslocar-me até Setúbal, ao Pão de Açúcar. E, mesmo assim, por vezes só conseguia comprar na época de Natal.

Os anos foram passando e fui evoluindo, no entanto sabia que a próxima etapa que me faltava, era aprender a decorar bolos de aniversário. Há 28 anos atrás, uma senhora de Alhos Vedros disse-me que caso eu quisesse aprender decoração de bolos e creme tinha muito gosto em ensinar-me… Era uma oportunidade que não poderia deixar passar, pelo que aceitei de imediato, pois todos sabemos que é difícil alguém oferecerse para transmitir este tipo de ensinamento.

Como a grande maioria das mulheres, trabalhava, naquela altura, na fábrica Helly Hansen. Com o encerramento da fábrica e estando no desemprego, decidi que estava na altura de inscrever-me num curso de pastelaria e profissionalizar-me na área de que tanto gosto. Formei-me em pastelaria no CFPSA – Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar, em Lisboa, no ano 2000/2001. Desde que me formei e, por forma a estar sempre actualizada na área da pastelaria, continuo a frequentar acções de formação no CFPSA. Quem comigo trabalhou na fábrica Helly Hansen conhece a receita de “Bolo de Pêro e Nozes” que escrevo.

Espero que gostem.

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À mesa com...

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Bolo de Pêro e Nozes Ingredientes 2 chávenas de chá de farinha 2 chávenas de chá de açúcar ½ chávena de chá de óleo 4 a 5 ovos inteiros 15 nozes 1 colher de café de fermento em pó 4 pêros amarelos cortados finamente

Preparação Junta-se a farinha com o açúcar.

A este preparado junta-se o óleo e os ovos.

Depois de envolvido, junta-se as nozes, o fermento e os pêros cortados.

Mexe-se bem, até envolver tudo homogeneamente.

Unta-se uma forma com manteiga, forrando o seu fundo com papel vegetal.

Leva-se ao forno, a 180 graus, por cerca de 30 minutos.

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Passado &Presente

Estação de Correios de Alhos Vedros

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Reviver Alhos Vedros

Fonte: Blog Outros Velhos

Tanque do Anastácio Onde atualmente se situa a Urbanização Vila Rosa

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Dar a Palavra O meu nome é Alexandre Tomás Baltazar Carvalho, tenho 22 anos, e sou nascido e criado em Alhos Vedros. Sou bailarino do Estúdio J, no Barreiro; ginasta, pela Academia Musical e Recreativa 8 de Janeiro, e sou também estudante da Escola Superior de Dança. Sou também artista de desenho numa vertente de hobby, fazendo trabalhos e projetos ocasionais, bem como trabalhar por encomenda e por exposições do meus trabalhos em feiras de artesanato. Considero-me um homem de família, seja ela de sangue ou não, e alguém que gosta de ajudar sempre que pode. Sou também um ávido admirador de videojogos, cinema e BD's, um grande apreciador de música, um grande apaixonado pela arte da performance.

O meu percurso no mundo e contexto das artes é um que considero bastante singular, não necessariamente bom ou mau, mas certamente único. Porém, na minha opinião, de modo a conseguir perceber melhor a situação em que alguém se encontra no presente, é importante contextualizá-lo com o seu passado, de modo a entender o que lhe pode reservar o futuro. Por outras palavras, acho melhor contar a história do início.

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Dar a Palavra Toda a minha vida houve gente na minha vida que tinham uma componente artística no seu âmago: A minha mãe, Dulce Baltazar, sempre fez artes visuais e artesanato; o meu tio-avô, Leonel Coelho era escritor, a sua filha, Dores Nascimento, é escritora e pintora, e o seu neto, Rafael Nascimento, meu primo, também, tendo vindo a tornar-se cantor posteriormente. E estes são só alguns exemplos. Mas apesar de todo este contacto com as artes, o meu percurso individual e voluntário começou relativamente tarde, tanto que o meu percurso escolar inicial não teve muito a ver com arte. Tirei Ciências e Tecnologias no ensino secundário (E.S. Moita) e até há 2 anos estava no curso de Tecnologias do Ambiente e do Mar, no Instituto Politécnico de Setúbal.

E por sorte ou coincidência foi no início do secundário que descobri que desenhar era uma coisa que me dava prazer fazer mesmo que fosse nas aulas...Comecei a introduzir-me a mim mesmo a este mundo, aprendendo a desenhar sozinho, muito pelo método da tentativa e erro, continuando a ser autodidata atualmente ainda. Esta é uma das minhas grandes paixões e posso orgulhar-me de já ter feito alguns trabalhos neste âmbito, como por exemplo: Desenhei uma linha de fatos de Ginástica Aeróbica para a equipa da AMR8J; e fui ilustrador e fiz a capa do livro "Rosinha e a Manta de Retalhos" de Maria das Dores Nascimento.

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Dar a Palavra Fora da escola a história muda ligeiramente. Pratiquei Ténis de Mesa na AMR8J, com o meu pai, Manuel Carvalho, porque é uma coletividade e um clube no qual cresci e do qual praticamente toda a minha família fez ou faz parte. Depois fui futebolista durante 9 anos (C.R.I e Marítimo F. C. Rosarense). Mas devido a problemas com a direção do M.F.C.R., aos 17 anos, decidi retirar-me e aceitar o desafio que a minha irmã e as colegas de equipa de me fizeram: Fazer um treino de Ginástica Aeróbica com elas na AMR8J. Gostava de puder dizer que “e o resto é história” mas não, acho que o sumo da história ainda está por vir.

Esta foi a maior mudança que a minha vida até então. Foi um risco enorme, tendo em conta a minha idade, e a falta de qualidades físicas necessárias para esta modalidade. Porém eu tinha uma equipa muito boa, e um treinador que foi um dos melhores enquanto atleta e continuou a sê-lo enquanto treinador, e ao qual nunca deixarei de agradecer sempre que possa, tendo-se tornado um dos meus amigos mais chegados hoje. Foram cinco anos de muito esforço e determinação, alguma frustração, mas várias vitórias também. Foram 7 títulos de Campeão Nacional, e vários outros, mas sinto que não são os pontos mais interessantes para retirar daqui, não pelo menos para esta história.

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Dar a Palavra

Para, além de todas as experiências e amizades descobertas, neste período deparei-me com uma transformação que não estava à espera. Eu já não era um competidor nato, e alguém que só queria ganhar e pronto. Percebi gradualmente que o ato da performance em si era mais que suficiente e que se calhar a competição já não era para mim. É nesta altura que ambos os caminhos que eu descrevi anteriormente se encontram, o caminho escolar e o extra curricular. Por esta altura da história, eu estou no segundo ano do meu curso, no quarto ano enquanto ginasta, e desenho e pinto sempre que consigo. Esta é uma parte difícil de falar, não sei que palavras usar para descrever isto. Posteriormente, eu “descobri” que esta fase da minha vida era uma depressão. Andei durante certa de 1 ano com esta sensação de que não tinha vontade de viver. Foi o primeiro ano fora da pandemia, e eu havia perdido dois tios e um avô durante esse período de tempo. Acordava triste, e a saber que esta minha vida não me fazia sentido, e a razão para os meus pensamentos mais obscuros não terem ganho asas é eu ter amigos e família que me apoiavam.

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Dar a Palavra Dia 13 Julho de 2022, após uma conversa com a minha mãe, e muita reflexão, eu decidi mudar isso. Mandei mensagem à professora Raquel Dias, bailarina e coreógrafa conceituada, que eu conhecia de nos dar aulas de barra de chão aos ginastas da AMR8J para melhorar postura e flexibilidade. O conteúdo dessa mensagem referia as audições para a Escola Superior de Dança, que eram Julho, e a resposta dada por ela foi uma pela qual eu nunca vou conseguir agradecer o suficiente. “Acho que consegues entrar sim! E até te ajudo a preparares, também tenho uma aluna que vai fazer audição” foi tudo o que precisava de ouvir para ganhar uma nova vida. A Raquel preparou-me num mês apenas comigo para Lisboa de propósito para eu fazer a audição. E em Agosto, após o resultado dizer “aprovado” convidou-me a ingressar no Estúdio J, um projeto que ela acabara de começar.

Hoje, sou bailarino do Estúdio J, aluno do 2⁰ ano da Escola Superior de Dança, e retirei-me da competição gímnica, fazendo agora apenas saraus e exibições. E tudo isto influenciou até o desenho uma vez que agora posso incorporar na minha prática, seja em partituras físicas, maquilhagem e até figurinos, para além dos trabalhos por encomenda. Mas algo me diz que a história acabou de começar…

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Dar a Palavra O motivo de eu ter escolhido esta história é porque eu acho que pode servir de inspiração para alguém que esteja em alguma destas situações. Se estiverem com dúvida se hão de seguir o vosso caminho, pensem que se eu consegui, qualquer pessoa consegue. Se estiverem numa situação mental mais complicada, falem com alguém, procurem ajuda, porque há sempre quem nos queira ajudar, e quanto mais nós falarmos disto, menos isto se torna um tabu. A saúde mental é tão importante quanto a física. E se posso deixar uma mensagem final, gostaria de terminar com o seguinte: Cada um de nós tem um caminho para seguir, vamos encará-lo sem medo e seguir em frente.

Alexandre Carvalho

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Pé na Rua a

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Exposição de Azulejaria “O Rio e a Moita na Azulejaria” de Luís Guerreiro

Janeiro

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Sábados a Ler em Família “Quem Dança um Conto” IOficina das Artes

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11h

15:30h

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ALHOS VEDROS

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BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ALHOS VEDROS

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Utilidade Pública Contactos Telefónicos

Farmácia Gusmão - 21 204 0020 Farmácia Tágide - 21 204 1174 Farmácia Portugal - 21 204 0250 Farmácia D'Avó - 21 585 9736 Biblioteca Municipal de Alhos Vedros – 21 081 6800 Piscina Municipal de Alhos Vedros – 21 202 5140 Junta de Freguesia de Alhos Vedros – 21 204 0256 Câmara Municipal da Moita – 21 280 6700 Resolução de Avarias (Águas e Esgotos) – 21 289 0209 GNR – Posto Territorial da Moita – 21 765 7610 PSP – Baixa da Banheira – 21 202 9010 Bombeiros Voluntários da Moita – 21 280 8170 Hospital de Nossa Senhora do Rosário – Barreiro – 21 214 7300 Extensão de Saúde de Alhos Vedros – 21 202 9470 Balcão de Munícipe de Alhos Vedros – 21 081 690

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