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Editorial Editorial

Tradição dos presépios Em Alhos Vedros

Comecei a frequentar a Igreja de Alhos Vedros aos 8 anos de idade, quando os meus pais compraram um terreno no Bairro Francisco Pires e construíram a casa de família.

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Família católica praticante, logo comecei a frequentar a Igreja de Alhos Vedros e as missas celebradas pelo Pe. José Feliciano. Pese embora terem decorrido 58 anos as memórias continuam bem presentes, das missas em latim, dos rituais, da Festa de Verão em honra de Nª . Sª . dos Anjos mas principalmente do Natal. Os meus olhos brilhavam a admirar os presépios com as suas figuras em cerâmica, S. José. Nª . Senhora, o Menino, a vaca e o burrinho, os Reis Magos, os Anjos, os pastores, tudo distribuído num cenário onde predominava o musgo e as verduras mas principalmente a cortiça virgem.

Para o Sr. Joaquim Afonso Madeira, o artista desta arte efémera à época, a cortiça não faltava, pois podia muito bem escolher entre as dezenas de fábricas de cortiça que laboravam nesta época em Alhos Vedros.

Passados uns anos, esta arte foi continuada pelo Alexandre Ventura que chegou a ocupar toda a Capela de Nª . S. dos Anjos com os seus presépios monumentais. E sempre, sempre a cortiça virgem a brilhar e a dar forma com a sua superfície rugosa às grutas, montes e vales.

Quando me passaram o testemunho, depressa coloquei em prática aquilo que tinha aprendido. E assim, durante vários anos continuei esta tradição dos presépios em cortiça.

Actualmente é o Agrupamento de Escuteiros que mantém viva esta prática.

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