IL GIRASOLE 2023

Page 1

IL GIRASOLE A REVISTA DA ESCOLA INTERNACIONAL EUGENIO MONTALE

2023

DIÁLOGOS P E L A PA Z

PÁG. 04

PÁG. 50

PÁG. 60

UMA PEDAGOGIA QUE CRIA HABILIDADE PARA A VIDA TODA

O CORPO HUMANO PARA SE CONHECER MELHOR

O PASSO A PASSO PARA ESTUDAR EM UMA FACULDADE ITALIANA

REGGIO EMILIA

AUTOCONHECIMENTO

ME FORMEI, E AGORA?


CARTA EDITORIAL

PENSAR ALÉM: QUESTIONAR VIRA CONHECIMENTO A

revista que chega agora em suas mãos começou a ser feita no primeiro semestre de 2023, em um workshop que abordava como os métodos jornalísticos poderiam auxiliar os alunos do Ensino Médio em suas futuras carreiras profissionais. É o segundo ano em que os alunos se envolvem na criação da revista. A partir da decisão do tema “Diálogos pela paz”, os alunos foram orientados pela coordenadora editorial Adriana Grasso – que, além de dar aulas de Italiano e Latim, cuida de todo o processo da revista – a procurarem pautas pela Escola, a fazerem pesquisas e a estruturarem os textos. O que de mais interessante estava acontecendo pelos corredores e salas de aula que poderia virar conteúdo? Os alunos constataram que, em soma aos eventos que chamam atenção de toda a comunidade escolar, como as Olimpíadas ou a Festa Junina, havia muito mais em curso. Crianças da Primária interessadíssimas em corpo humano, com direito às aulas de profissionais da medicina em sala. Fanzines nas aulas de Espanhol, fabricação de cremes cosméticos para tirar os alunos dos cadernos e fórmulas e ver, na prática, como funciona o que aprenderam. Música permeando os projetos, peças de teatro, podcasts, leituras de livros, aprofundamento em temas e personagens históricos e muita vontade de conhecer… Há momentos na rotina didática em que os agentes das duas ações se confundem e professo-

res aprendem com o que os alunos trazem de dúvida. A inovação didática, visando melhorar o aprendizado e a experiência dos alunos, rompe os muros da Escola e vai até à Casa de Vidro de Lina Bo Bardi, ao Patronato Convita, ou à sede da Ecovias, estimulando competências transversais. O que você verá nas próximas páginas é o resultado de questionamento, um dos pilares da educação da Montale, capitaneado por nossas diretoras pedagógicas. Alunos que perguntam, buscam respostas, escrevem e questionam o texto um do outro em sala de aula, com o auxílio da jornalista Luciana Bugni. É sempre possível aprimorar coletivamente – e não seria assim que se constrói um diálogo para a paz? Finalizado, o material conta um pouco da história de nossos alunos. Daquele dia em que estudaram o porquê da fama do dólar americano ou que lançaram um protótipo de foguete na Mostra do Saber. Teve de tudo em 2023, até a criação de um telejornal imaginário revisitando um conto de Italo Calvino, para homenagear o centenário de seu nascimento. A revista que você recebe hoje é o reflexo de uma Escola em contínua evolução, que acredita em estratégias de ensino cujo objetivo é incentivar o estudante a aprender de forma autônoma e participativa, por meio de problemas e situações reais, realizando tarefas que estimulem a pensar além, a ter iniciativa, a debater, tornando-se responsável pela construção do seu próprio conhecimento. Esperamos que você aprecie a leitura.

Equipe Girasole

PENSARE OLTRE: SENSO CRITICO E CONOSCENZA La rivista che avete tra le mani è iniziata nel primo semestre del 2023, durante un workshop sulla scrittura giornalistica rivolto agli alunni. A partire dalla scelta del tema “Dialogo per la pace”, gli studenti, guidati dalla coordinatrice editoriale, Adriana Grasso, hanno intervistato i professori sui progetti didattici, svolto ricerche e strutturato i testi. Cosa stava succedendo nei corridoi e nelle classi che poteva diventare contenuto? Bambini della Primaria curiosi del corpo umano, riflessioni sulla cultura latina nelle lezioni di Spagnolo, produzione di crema cosmetica, musica, opere teatrali, podcast, creazione di libri, video e molta voglia di sapere. L'innovazione didattica superava le mura della scuola raggiungendo la Casa de vidro di Lina Bo Bardi, il Patronato Convita, la sede di Ecovias e stimolando le competenze trasversali degli alunni. Quello che vedrete nelle prossime pagine è il risultato del senso critico, uno dei pilastri della Montale, sempre sostenuto e incentivato dalla Direttrici didattiche, Paola Capraro e Vanessa Squassoni. Durante il processo gli studenti hanno fatto domande, cercato risposte, hanno messo in discussione, in classe, i propri testi e quelli dei compagni, con l’aiuto della giornalista Luciana Bugni. La collaborazione porta sempre a risultati migliori e, per quanto rappresenti una sfida, continua ad essere il miglior percorso per costruire il dialogo per la pace. La rivista che state leggendo oggi è il riflesso di una Scuola in continua evoluzione, che incentiva gli studenti a imparare in modo autonomo e partecipativo, attraverso problemi e situazioni reali, realizzando compiti che li esortano a pensare oltre, ad avere iniziativa, a dibattere, per diventare protagonisti nella costruzione della propria conoscenza.


SUMÁRIO Era una semplice porta rosa ma è diventata arte! “Le alunne del III Liceo hanno dipinto le porte del bagno femminile. Il proposito era rappresentare donne appartenenti a culture diverse e avvicinare questa realtà alla loro vita quotidiana, oltre a rendere esteticamente più piacevole l’ambiente circostante. L’idea è sorta con la prof.ssa di Arte Adriana Affortunati. Le immagini mostrano donne di varie etnie e rendono il lavoro un oggetto di arte multiculturale e inclusiva", racconta l’alunna Lara Manasseh Machado De Sá. PÁG. 04

PÁG. 20

PÁG. 36

PÁG. 50

Reggio Emilia: da primeira infância para a vida toda

Escravidão: 1888 ainda não acabou

SER MONTALE

HISTÓRIA

PEDAGOGIA REGGIO EMILIA

AUTOCONHECIMENTO

A importância da oralidade

O corpo humano para se conhecer melhor PÁG. 52

PÁG. 05

PÁG. 22

PÁG. 37

Sair da sala de aula e aprender ainda mais

O amor em meio a dureza dos dias

LÁ FORA

PÁG. 06

OBJETIVOS ONU

Reparação histórica para transformação da sociedade

A VOZ DO PROFESSOR

PÁG 23

MONTALE NO ECOSSISTEMA PÁG. 24

PÁG. 08

LA PAROLA DEL CONSOLE

O podcast na escola

PÁG. 28

NARRATIVAS ENCANTADORAS PÁG. 10

ECONOMIA

LETTERA DELLA PRESIDENTE

RECORDAR

Dia da memória: as crianças no pós-guerra

INTERCULTURALIDADE A cultura latina nas aulas de espanhol

PÁG. 38

PÁG. 54

Ecovias: um olhar nos bastidores de uma empresa sustentável

Maio: o mês dos livros

MUNDO DO TRABALHO

LITERATURA PÁG. 55

CELEBRAÇÃO

ENCONTROS MEMORÁVEIS

Gostinho de quero mais: a festa junina da Montale

Ex-aluno dá aulas de história na Montale

PÁG. 42

PÁG. 56

PÁG. 40

LINGUAGEM UNIVERSAL

Como o dólar virou a moeda forte que é hoje

PÁG. 29

LA SCUOLA ITALIANA

ESPORTES Olimpíadas 2023: união e emoção

PÁG. 12

PÁG. 30

PÁG. 44

PÁG. 58

Estar inspirado para inspirar

PÁG. 31

Creme cosmético em sala de aula

CONSTITUIÇÃO

Uma visão diferente sobre o constitucionalismo PÁG. 13

INTERNACIONALIDADE Aprender inglês com as mais famosas obras literárias PÁG. 14

EMPATIA

Resgatar memórias é questão de respeito PÁG. 16

TEATRO

Auto da barca do inferno: uma cartase PÁG. 18

ÉTICA

Artes marciais: disciplina e autoconhecimento

Coordenadora editorial: Adriana Grasso

TERRAÇO ITÁLIA ALLA MONTALE Festival de Cinema, visita Cônsul e embaixador PÁG 32

AUTORITÁ, FONDATORI, BENEMERITI E DIREZIONE PÁG. 33

GAMIFICAÇÃO

Montapoly: economia na escola PÁG. 34

SOMANDO OLHARES O impacto da arte indígena nas crianças

QUÍMICA ORGÂNICA

Música para aprender

FORMAÇÃO DOCENTE PÁG. 60

PÁG. 45

SUSTENTABILIDADE Para onde vão os papéis que jogamos fora? PÁG. 46

DIREITOS

ORIENTAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Me formei, e agora? Como estudar em uma universidade italiana PÁG. 61

Carne ética ou um mercado ilegal?

EX-ALUNO

PÁG. 48

PÁG. 62

Um foguete para iniciar o evento Cultural

Uma obra de arte completa

EXATAS NA PRÁTICA

Um case de sucesso!

SETTIMANA DELLA LINGUA ITALIANA PÁG. 63

PÁG. 49

VITRINE DE PROJETOS Mostra do Saber 2023

O MANIFESTO DA MONTALE

Jornalista responsável: Luciana Bugni

Colaboradores: Presidente Sandra Papaiz Velasco,

Designer: Daniel Pisaneschi Beletti

Neide Oliveira, Elson Henrique Gomes dos Santos,

Revisora e tradutora: Bruna Almeida Paroni

Paola Capraro, Vanessa Finardi Squassoni, Lygia Gutierrez Fontanezi


SER MONTALE

REGGIO EMILIA: DA PRIMEIRA INFÂNCIA PARA A VIDA TODA

REGGIO EMILIA: DALL’INFANZIA PER LA VITA

C

Clara Muto Belomo e Franco Ferré Beconcini

C

om o desenvolvimento do mundo, junto às grandes inovações tecnológicas, temse mostrado cada vez mais importante a presença de pessoas capazes de interpretar e transformar a realidade que nos circunda. A Montale não ignora esse fato. Para isso, o método utilizado é o Reggio Emilia, que prevê a proximidade entre professor e aluno, a pedagogia de projetos, o protagonismo na aprendizagem e a realização de debates. Tudo isso faz com que o aluno adquira a habilidade de se adaptar e enfrentar os problemas do mundo. Um dos princípios que regem a escola é que “a criança é considerada um ser forte, potente, capaz de fazer e

criar cultura”. A proposta é visar o futuro respeitando o tempo de cada um. No final dos anos 1990, a Montale foi a pioneira na introdução da metodologia no Brasil, e até hoje continua sendo uma das referências no país. A cada ano, o corpo docente da Escola realiza cursos financiados pelo Ministério da Instrução e do Mérito italiano (MIUR) sobre a metodologia. A intenção é criar habilidades nos jovens que serão úteis para o resto da vida. De fato, pensamento analítico e criativo, resiliência, motivação, autoconsciência, curiosidade e aprendizagem a longo prazo podem ser usados em todos os campos da vida. A filosofia foi criada no pós-guerra de 1945, e foi originalmente pensada para o ensino infantil como forma de desenvolver a personalidade e a capacidade cognitiva da criança. Todavia, como afirma a diretora didática italiana Paola Capraro, hoje a metodologia já agregou o Ensino Fundamental.

on lo sviluppo delle grandi innovazioni tecnologiche, si è dimostrata sempre più importante la presenza di persone capaci di interpretare e trasformare la realtà che ci circonda. La Montale non ignora questo fatto e da sempre crede che i bambini siano degli esseri forti, competenti, capaci di fare e di costruire cultura. La metodologia che ispira questi principi è quella di Reggio Emilia, che promuove il dialogo tra l'insegnante e studente, la pedagogia per progetti, il protagonismo nell'apprendimento e lo spirito critico. La proposta è orientata al futuro degli alunni rispettando il tempo di ognuno. Negli anni Novanta, la Montale è stata pioniera nell’introdurre la metodologia Reggio Emilia in Brasile e ancor oggi continua ad essere un punto di riferimento. La Scuola ha sempre puntato a stimolare i giovani in modo che essi possano sviluppare competenze che saranno utili per tutta la vita e non solo a scuola. Il pensiero analitico, la curiosità, la resilienza e l'autoconsapevolezza, infatti, possono essere utilizzati in tutti gli ambiti della vita. La filosofia della metodologia Reggio Emilia è sorta nel post guerra del 1945, ed è stata originariamente pensata per l’educazione della prima infanzia, come uno strumento che potesse sviluppare la personalità e le capacità cognitive dei bambini. Tuttavia, come sostiene la Direttrice didattica italiana Paola Capraro, oggi questa metodologia è stata estesa fino alla Media: «Se guardiamo ai bambini come esseri pensanti, che creano cultura, quando crescono, non possiamo immaginare che continuino a essere educati da un professore che gli dica tutto ciò che sa e che devono imparare, perché sarebbe un controsenso. Alla Montale gli alunni di tutti i segmenti scolastici sono considerati soggetti attivi nella costruzione della conoscenza».

«Se, come ci insegna la pedagogia di Reggio Emilia, concepiamo il bambino come un essere pensante che crea cultura, quando cresce non possiamo immaginare che continui a formarsi con un professore che gli dica tutto ciò che deve imparare, perché sarebbe un controsenso. Alla Montale gli alunni, di tutti gli ordini di studio, sono considerati soggetti attivi nella costruzione della conoscenza.» Paola Capraro

4

REVISTA IL GIRASOLE 2023


LÁ FORA

SAIR DA SALA DE AULA E N APRENDER AINDA MAIS

LEZIONI ALL’APERTO PER IMPARARE DI PIÙ

Theo Garbosa Vieira e Enrico Colarullo Couto

N

em só de sala de aula se faz o aprendizado. No dia 18 de setembro, os alunos do II Liceo fizeram uma atividade bem diferente das aulas convencionais entre as paredes da Escola: foram para a Casa de vidro da arquiteta Lina Bo Bardi, com a professora de Literatura latina Adriana Grasso. A Casa leva este nome por ter sido idealizada e construída com paredes de vidro, que dão a impressão de total imersão na natureza à sua volta. Após uma visita guiada do lugar, durante a qual puderam contemplar a sua arquitetura, foram para a área externa e ficaram em cadeiras de madeiras ao redor de uma mesa de vidro. Aproveitando a tranquilidade no jardim, fizeram dez minutos de mindfulness (“atenção plena”), uma prática que aprenderam no ano passado com a professora, para estimular a atenção e a presença. Depois iniciaram a leitura do De rerum natura, ou em português, Sobre a natureza das coisas, do poeta latino Lucrécio (95 a.C.- 50 a.C.). A obra exorta ao conhecimento do mundo e de si mesmo estudando as leis da natureza e a filosofia epicurista. «Estudamos a manhã toda em meio à

natureza, assim como faziam os antigos filósofos, como Aristóteles e os peripatéticos (em grego clássico, “os que passeiam”), e parece que eles já sabiam que dar aula ao ar livre trazia vários benefícios», contaram os alunos. A aluna Anna Arcari afirmou que, por estarem no meio da natureza, conseguiram relaxar e focar mais nos estudos enquanto, nos momentos de pausa, interagiram com o ambiente ao redor. A professora Grasso reitera: «Hoje em dia, a neurociência afirma que os neurônios ativam-se quando expostos a novos estímulos, portanto, cada pequena mudança no ambiente gera um impacto no cérebro. Além disso, o contato com a natureza mostrase valioso por trazer mais atenção, graças a melhor oxigenação do cérebro e a redução do estresse». Uma pesquisa sueca realizada pela KTH (Kungliga Tekniska högskolan), o politécnico da Universidade Estatal de Estocolmo, testou as profundas diferenças entre aulas em espaços fechados e abertos e concluiu que os alunos se sentem mais livres na natureza. Falam mais, intervêm mais, são mais curiosos justamente porque são mais livres.

on si impara solo in classe. Il 18 settembre scorso, gli alunni del II Liceo hanno fatto un’attività molto diversa dalle solite lezioni fra le mura della Scuola: sono andati alla Casa de vidro, dell'architetta Lina Bo Bardi, con la professoressa di Letteratura latina Adriana Grasso. La Casa porta questo nome perché è stata ideata e costruita con tutte le facciate di vetro, che danno l'impressione di totale immersione nella natura che la circonda. Dopo la visita guidata dell’abitazione, durante la quale hanno potuto contemplare la sua architettura, gli alunni si sono recati nell'area esterna dove si sono accomodati su sedie di legno intorno a un tavolo di vetro. Nella tranquillità del giardino, gli studenti hanno fatto dieci minuti di mindfulness (“consapevolezza”), una pratica imparata l'anno scorso con la professoressa, per stimolare l’attenzione e la presenza. In seguito, hanno iniziato la lettura del De rerum natura, o Sulla natura delle cose, del poeta latino Lucrezio (95 a.C. - 50 a.C.). L'opera che esorta alla conoscenza del mondo e di sé stessi attraverso lo studio della natura e della filosofia epicurea. «Abbiamo trascorso l'intera mattinata a studiare in mezzo alla natura, proprio come facevano gli antichi filosofi, come Aristotele e i peripatetici (in greco classico, “quelli che passeggiano”). A quanto pare, già sapevano che fare lezione all'aperto apporta benefici», hanno raccontato gli alunni. La studentessa Anna Arcari ha affermato che, per il fatto di trovarsi in mezzo alla natura, ha interagito con l’ambiente circostante e nel momento dello studio è riuscita a rilassarsi e a concentrarsi più del solito. La professoressa Grasso ribadisce: «Al giorno d'oggi la neuroscienza dimostra che i neuroni si attivano quando esposti a nuovi stimoli, dunque, ogni piccolo cambiamento nell'ambiente in cui uno si trova genera un impatto sul cervello. Inoltre, il contatto con la natura risulta benefico perché stimola l’attenzione, grazie a una migliore ossigenazione del cervello e alla riduzione dello stress.» Una ricerca svedese del KTH (Kungliga Tekniska högskolan), il politecnico dell'Università Statale di Stoccolma, ha sperimentato le profonde differenze tra le lezioni in spazi interni e esterni ed è giunta ad affermare che gli studenti si sentono più liberi all'aperto che al chiuso. Parlano di più, intervengono di più, sono più curiosi perché più liberi.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

5


OBJETIVOS ONU

REPARAÇÃO HISTÓRICA PARA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE Maria Luisa Chiariello, Ana Beatriz Lins Ghirardelli e Eileen Scappini

T

razer à tona o protagonismo das comunidades indígenas e LGBTQIAP+, de pessoas negras, de mulheres e pessoas afetadas pela desigualdade social é o projeto idealizado pelas professoras Lygia Gutierrez e Alice Santana. A ideia é mostrar a importância dessas pessoas na sociedade, para trazer a verdade, sem alterações equivocadas nas histórias de grupos menos respeitados. O termo “reparação histórica” se refere a ações pensadas para refletir sobre as injustiças cometidas no passado – como a escravidão e o genocídio indígena – contra as minorias e tentar

6

REVISTA IL GIRASOLE 2023

remediar, eliminando a ignorância. Este é um trabalho gradual que está sendo realizado por meio de diversos projetos que contam com a participação de todos os alunos do Liceo e da Media. Os alunos começaram em 2022, com a conscientização em relação à negritude no Dia da Consciência Negra. O projeto é contínuo. Em 2023, entre as atividades feitas, estão a leitura e o resumo do livro de Daniel Munduruku, Crônicas indígenas para rir e refletir na escola, gravação de podcasts sobre mulheres importantes, estudo sobre o trabalho

análogo à escravidão, entre outros. Os argumentos foram abordados semanalmente para discussão e reflexão, com reuniões das classes para falar sobre o racismo, a desigualdade social e o preconceito sofrido pela comunidade LGBTQIAP+. Para isso, houve pesquisa sobre figuras apagadas da história, como a poetisa negra braisleira Carolina de Jesus, e sobre aqueles que tiveram parte de sua vida oculta, como o pai da computação, o britânico Alan Turing. Falar sobre esses personagens cujas criações fazem parte do nosso dia a dia é uma maneira de refletir e mudar esse cenário. Os pequenos passos desta colaboração foram expostos durante a Mostra Cultural de 2023 com a finalidade de compartilhar as descobertas dos alunos. A tentativa é conscientizar o máximo de pessoas com a esperança que sejam compreendidas e revistas as falhas cometidas no passado. O trabalho é um processo educativo de conscientização inspirado no objetivo de 2023 da ONU: o Diálogo com a Paz. É inegável que só se pode alcançar este objetivo e chegar a uma comunicação não violenta, fazendo uma reparação histórica e entendendo a origem do comportamento nocivo na sociedade atual. É só ao entender como essa mentalidade foi construída, cheia de preconceitos em relação a estas minorias, que podemos transformar a realidade. Consertar estas situações de desigualdade e de apagamento de figuras importantes historicamente nos ajudará a ter uma sociedade justa e engajada.


Risignificare episodi di disuguaglianza e recuperare figure storiche importanti, che erano state cancellate, aiuterà a rendere la società più giusta.

Riparazione storica per trasformare la società

P

ortare alla luce il protagonismo delle comunità indigene, LGBTQIAP+, degli afrodiscendenti, delle donne e delle persone vittime della disuguaglianza sociale, è l’obiettivo del progetto ideato dalle professoresse Lygia Gutierrez e Alice Santana. Il proposito è mettere in luce la verità, senza distorsioni, delle storie di questi gruppi spesso poco rispettati. Il termine "riparazione storica" fa riferimento a iniziative mirate a riflettere sulle ingiustizie per-

petrate in passato contro le minoranze – come la schiavitù e il genocidio delle popolazioni indigene – cercando di rimediare, eliminando l'ignoranza a riguardo. È un processo graduale che viene realizzato attraverso diversi progetti, che coinvolgono tutti gli studenti del Liceo e della Media. Le attività costituiscono un percorso educativo volto a promuovere la consapevolezza e si ispirano all'obiettivo dell'ONU per il 2023, ovvero il dialogo per la pace.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

7


NARRATIVAS ENCANTADORAS

O PODCAST NA ESCOLA

ESTÁ NO AR

MontaleCast

Nicolas Giovanni Rustico

N

a metade de 2022, os alunos do IV Liceo e a professora Helenice Schiavon tiveram a ideia de criar um estúdio de podcast na escola. «O objetivo era que os alunos pudessem expressar suas ideias e não deixar tudo somente na cabeça», conta a professora. Segundo ela, que começou com os podcasts em 2015, a voz é o melhor instrumento do ser humano. Só em 2017, sua iniciativa passou para dentro da Escola e ela foi descobrindo aos poucos como a voz estava articulada com a escrita: na época, os alunos do IV Liceo fizeram um podcast chamado Narradores de direitos. Em 2023, bullying é um dos assuntos que os alunos da I Media estão trabalhando. «Isso os ajuda a aprenderem autoconsciência e estarem conscientes de si. A arte da palavra e a gravação podem liberar a mente de todos os problemas», ela diz, falando que tem um arquivo cheio de áudios gravados contando como quer se expressar ou colocar algo para fora. E a ideia é não deixar esse projeto só na Escola: o público e a comunidade podem ter acessos às gravações no Spotify.

Podcast sobre comunicação não-violenta e bullying Sala: II media Roteiro e coordenação: Helenice Schiavon. Edição e sonoplastia: Marcelo Madeira (@marcelo.podcast)

8

REVISTA IL GIRASOLE 2023

Podcast como processo de aprendizado da língua Helenice Schiavon, professora de Português da Media, sempre gostou de rádios – dos programas matinais de notícias às transmissões de futebol. As experiências com a comunicação e com a educação a levaram ao podcast, que confessa ter “aprendido fazendo”: entrou para a Academia do Podcast, assistiu palestras, workshops, lives e fez cursos. Para ela, falar e escrever são processos indissociáveis – mais ainda quando temos um ambiente confiável para o compartilhamento das ideias como deve ser o ambiente escolar. Na Montale, contou com o apoio da equipe gestora. O começo era gravado entre as estantes da biblioteca, contan-

do com a ajuda dos alunos do Liceo, mais sabidos em edição. «Escolher o podcast para materializar os projetos não foi por acaso: a narrativa é um mecanismo para digerir e popularizar conhecimento. Se assim o é, então, a voz é uma ferramenta potente, já que é ela que dá força à palavra. Revelar isso para os alunos sempre foi um caminho coerente, fácil e agradável. O projeto de podcast dá sentido ao estudo e aprofundamento da própria língua e, sobretudo, coloca os alunos como protagonistas, uma vez que a voz é DNA, um instrumento ancestral, um recurso pessoal marcado pelas experiências. Os trabalhos com a voz, com a vocalidade e com o pensamento viabilizam todo o acesso ao conhecimento que, dessa forma, pode


ser digerido e transformado», diz. O resultado é surpreendente para os alunos, que aprendem rápido e fazem melhor. «Digo que eles podem fazer melhor do que eu. E eles sempre fazem. Os alunos se apropriam muito rapidamente da técnica, do propósito e de boa parte das questões que se referem à língua – como pontuação, coesão, clareza, vocabulário, concordância e regência – que acabam se consolidando como objetos de aprendizagem. Sobretudo, eles acham divertido usar a voz». «Atualmente, a comunicação vale pela imagem e pelo instante. A voz

também é isso, mas com um diferencial: ela instiga a imaginação, cria a realidade em hologramas. Fazer a leitura oral e expressiva dos conteúdos é desenvolver conhecimento, senso crítico, pensamento complexo e criatividade. Quando os alunos aprendem como variar interpretativamente a própria voz, estão a um passo de escrever melhor. Além do que, logo entendem que a voz, embora mais etérea que a escrita, precisa ser responsável: quando se tem o microfone nas mãos, é preciso ser consistente, claro e ético. Às vezes isso se faz em um minuto», explica a professora.

Seis projetos realizados em parceria com os alunos da Media: - Narradores de Direitos – como desdobramento do Projeto Cultura da Paz. Rendeu 26 episódios em comemoração aos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos, uma oficina e uma exposição na Biblioteca Alceu Amoroso Lima (SP) e artigos científicos apresentados em congressos. - Contos de Natal – Projeto Vozes para o Bem: ação voluntária com os professores Marcilio Vieira e Lygia Gutierrez, Humberto Fontanezi, Lucas Schiavon e Graciela Pozzebon. - Projeto Convita – em parceria com a coordenação e o Convita. - Histórias para se contar na quarentena. - Narrativas de Anne Frank. - Somos todos narradores – narrativas no Museu da Pessoa.

Em fase de finalização, há dois projetos: - Podcast Experiências intrigantes, curiosas e bem-humoradas – I Media. - Quanto de um vilão tem neste herói? Audiodrama com o tema bullying – II Media. O tema escolhido para a Unesco foi: “O grão mais vivo” - Diálogo como garantia de paz.

«Credo molto nel podcast come progetto collettivo e transdisciplinare all’interno della scuola. Penso che la narrativa, tanto orale quanto scritta e il lavoro con la velocità siano meccanismi di apprendimento per la produzione di parole proprie delle quali il mondo ha tanto bisogno. Poteva essere la radio, il teatro ma è il podcast. Portarlo a Scuola è magia, è sogno, è futuro.»

PODCAST A SCUOLA

N

el 2022 gli studenti del IV Liceo, assieme alla professoressa di portoghese Helenice Schiavon, hanno avuto l'idea di creare uno studio di podcast all'interno della Scuola. «L'obiettivo era consentire agli studenti di esprimere le proprie idee e non tenerle solamente in testa», ha raccontato l’insegnante. Per lei, che ha iniziato a registrare podcast nel 2015, la voce rappresenta il miglior strumento di espressione a disposizione dell'essere umano. Solo nel 2017 l'iniziativa è stata introdotta a Scuola e pian piano è emerso come la voce è strettamente legata alla scrittura. In quell'anno, gli studenti del IV Liceo hanno realizzato un podcast intitolato Narratori dei Diritti. Nel 2023, invece, l'argomento studiato è stato il bullismo. «La pratica dell’oralità aiuta a sviluppare la consapevolezza di se stessi. L'arte della parola e la registrazione audio consentono agli alunni di esprimere i propri pensieri». L'obiettivo è portare questo progetto oltre i confini della Scuola: le puntate sono accessibili al pubblico e alla comunità su Spotify.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

9


ECONOMIA

COMO O DÓLAR VIROU A MOEDA FORTE QUE É HOJE? Luca Ferraz De Andrade e Francisco Argento

A

turma do IV Liceo está estudando o dólar e a economia americana com a professora Amanda Freire, nas aulas de Economia. Esse projeto está relacionado aos temas de economia internacional e global, inflação, moeda, comércio e câmbio, que são tradicionalmente trazidos pela professora em sala de aula. Para compreender melhor esse conteúdo, os alunos estudam a história americana e analisam os ângulos sociais, financeiros e políticos

10

REVISTA IL GIRASOLE 2023

que explicam como o dólar americano se desenvolveu e se tornou o que é hoje. Estudam desde o período colonial dos Estados Unidos até a independência da Inglaterra, e como o país virou uma grande potência. A ideia é que cada aluno, por meio de um recurso tecnológico, explique um período histórico e se aprofunde no sistema econômico. Um dos produtos desse projeto é a confecção de cédulas físicas para entender sobre as figuras históricas que estampam o dólar. Entre eles, estão os ex-pre-

sidentes Abraham Lincoln e George Washington, e figuras importantes como o cientista e político Benjamin Franklin. Essa conexão mais concreta com o dólar é algo simbólico e representa o que a classe está estudando: como, quando e porque a moeda virou referência e também a fase de declínio atual, com a China sendo uma nova potência. Segundo o câmbio no fechamento desta reportagem, a moeda mais valorizada do mundo é o dinar, do Kuwait, que vale US$ 3,25.


A história das cédulas verdes

A

origem do dólar americano começa no século XVIII, na América do Norte. Durante a Guerra da Independência, o Congresso Continental fez os primeiros dólares americanos, mais precisamente em 1775, conhecidos como “Continental Currency". Em 1792, o Congresso dos Estados Unidos estabeleceu o dólar como a principal unidade monetária do país e criou a Casa da Moeda para produzir moedas. Foi no século seguinte que o valor das cédulas foi vinculado ao ouro

e ganhou um valor fixo, que durou até a década de 1930, quando o presidente Franklin D. Roosevelt suspendeu a conversão do dólar em ouro para lidar com a Grande Depressão. Em 1971, o presidente Richard Nixon encerrou oficialmente a conversibilidade do dólar em ouro, levando ao sistema monetário atual, conhecido como sistema de taxas de câmbio flutuantes. Hoje, o dólar americano é uma das moedas mais influentes que existem e é usada no mundo todo, sendo a principal reserva de muitos países e uma grande referência nos mercados financeiros globais.

COME HA FATTO IL DOLLARO A DIVENTARE COSÌ FORTE?

L

a classe del IV Liceo sta studiando il dollaro e l'economia americana con la professoressa di Economia Amanda Freire. Questo progetto riguarda vari temi, tra cui l'economia internazionale e globale, l'inflazione, la valuta, il commercio e il cambio, che la professoressa solitamente tratta in classe. Per comprendere meglio il contenuto gli studenti partono dalla storia americana e la esaminano da diverse prospettive – sociali, finanziarie e politiche – per spiegare come il dollaro si è svilup-

pato e come è diventato quello che è oggi. Gli alunni studiano l'intero percorso, dal periodo coloniale sino all'indipendenza dall'Inghilterra, e come il paese è diventato una grande potenza mondiale. Uno dei risultati di questo progetto è la creazione di banconote che permettono di conoscere i personaggi storici raffigurati sui dollari. L'idea è che ciascuno studente, attraverso l’utilizzo di risorse tecnologiche, presenti un periodo storico e approfondisca il sistema economico.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

11


CONSTITUIÇÃO

UMA VISÃO DIFERENTE SOBRE I O CONSTITUCIONALISMO

«SCUOLA E COSTITUZIONALISMO»

Hugo De Cecco Palma Beolchi, Nuno Fernandes Marinho, Raphael De Toledo Ramos Troncone

O

s professores de Economia, Amanda Freire, e de História e Geografia, Francesco Trapasso, organizaram um projeto com o III Liceo sobre constitucionalismo. Para tornar esse conteúdo mais leve e descontraído, decidiram transformá-lo em uma peça de teatro. A apresentação aconteceu na Mostra Cultural e se passa em diversas épocas e em países como Inglaterra, França e Itália. O projeto coloca em destaque a importância da constituição, tema fundamental para o aprendizado de Educação Cívica, disciplina obrigatória do Liceo, segundo a legislação italiana, desde 2019. Colocar esse aprendizado de maneira mais dinâmica e os alunos em protagonismo facilita não só a compreensão das condutas éticas mas também da convivência em sociedade.

La civilizzazione è formata da lunghe guerre e molte battaglie. Diritti che sembrano scontati oggigiorno hanno grandi storie alle spalle, accompagnate da morti, vittorie e senso di giustizia. È importante riconoscere il valore di tali conquiste.

12

REVISTA IL GIRASOLE 2023

professori di Economia, Amanda Freire, e di Storia e Geografia, Francesco Trapasso, hanno ideato un progetto in collaborazione con il III Liceo sul costituzionalismo. Per rendere il contenuto più leggero e piacevole, hanno deciso di trasformarlo in una pièce teatrale. La presentazione si è tenuta durante la Mostra culturale ed è stata ambientata in diverse epoche storiche, in paesi come l'Inghilterra, la Francia e l'Italia. Il progetto mette in luce l'importanza della costituzione, tema fondamentale delle lezioni di Educazione Civica, una materia divenuta obbligatoria presso il Liceo dal 2019, secondo la legislazione italiana. La Scuola e questo tipo di attività esortano a riflettere sull'uso che stiamo facendo dei nostri diritti e doveri. Conoscere il proprio paese e le sue leggi è fondamentale affinché le generazioni future possano vivere in modo giusto e consapevole.

O QUE É O CONSTITUCIONALISMO? O constitucionalismo é o processo de criar uma constituição e estabelecer leis escritas. Algumas das principais diferenças do homem moderno para o antigo é o uso de leis concretas e respeitadas. O constitucionalismo estudado nas escolas serve para melhor aprendizado do mundo real e da verdadeira importância das leis. A constituição forma a cultura e os

aspectos ideológicos de cada cidadão, mostra como se comportar perante situações do dia a dia, sendo “inviolável”, já está acima de qualquer coisa e qualquer pessoa. A Escola e esse tipo de atividade provocam a reflexão: que uso estamos fazendo de nossos direitos e deveres? Conhecer o próprio país e suas leis é primordial para que as gerações futuras possam viver de forma justa.


INTERNACIONALIDADE

APRENDER INGLÊS COM AS MAIS FAMOSAS OBRAS LITERÁRIAS Lara Manasseh Machado De Sá, Valéria Oliveira Soares e Sofia Sosa Campos

A

Eugenio Montale é uma escola multicultural: além do italiano, aqui se desenvolve amplamente o estudo da língua e da história da literatura inglesa com os alunos. Desde os anos da Primária, os estudantes são expostos ao inglês, mas é no Liceo que a mágica acontece! A classificação usada na Montale é a de competência linguística definida pelo Quadro Comum de Referência Europeu. Cada classificação, a partir

do nível A1, iniciante, até o nível C2, proficiente, refere-se a uma descrição precisa das habilidades linguísticas. A Escola garante que o aluno se formará com o nível B2, pós-intermediário, porém, alguns alunos conseguem atingir o nível C1 de proficiência. Isto se dá graças ao estudo aprofundado e sinérgico da língua, da gramática e da literatura. A professora Cláudia Afonso faz questão de ajudar os alunos que irão

aplicar para o teste, proporcionando diversos simulados, explicações detalhadas, a garantia da correção e o apoio para os alunos interessados. Segundo os alunos, a receita para a proficiência em três línguas é exatamente o estudo simultâneo e comparado dos idiomas em diferentes disciplinas. Cérebros que se desenvolvem com mais de uma língua possuem facilidade para aprender línguas novas, abrindo cada vez mais portas no futuro.

The book and the pandemic

J

ohn Donne's poem No Man Is an Island explores the interconnectedness of humanity and the inherent dependence we have on each other. This theme of interconnectedness resonates strongly in the context of the ongoing global pandemic. In No Man Is an Island Donne emphasizes the interconnectedness of humanity, stating that no individual can exist in isolation. Similarly, the pandemic has highlighted the inherent interconnectedness of our global society and the far-reaching consequences of our choices. The spread of the virus transcends borders, reminding us that our actions affect others, even in remote corners of the world. The virus thrives on human interaction, making it clear that we are all inextricably linked. Donne's poem suggests that isolation and loneliness are detrimental to the human spirit, emphasizing our need for social connection. The pandemic has imposed widespread isolation, as social distancing measures and lockdowns have separated individuals from their loved ones. This

forced isolation has deepened our appreciation for human connection and the adverse effects of prolonged loneliness. Donne's message serves as a reminder that reaching out to others and offering support is vital in times of crisis. This poem emphasizes the importance of empathy and compassion towards others, recognizing that their suffering affects us all. In the face of the pandemic, empathy and compassion have become fundamental virtues. The tireless efforts of healthcare professionals, the acts of kindness among strangers, and the support extended to those most affected. What did you read? To demonstrate the importance of Literature in the study of English, we interviewed five students about their favorite books: Maria Luisa Chiarello - I Liceo: «I really enjoyed Death On The Nile because Agatha Christie knows how to write a mystery that involves people and the end of the story surprises a lot.»

Maria Luisa Toro - III Liceo: «My favorite book in English is The Importance Of Being Earnest, because represent two personalities of the society.» Enzo Veronesi - III Media: «My favorite one is Dracula because of the action.» Sofia Reghenzi - III Media: «I liked reading the book This Heart Of Mine because it's a beautiful story.»

REVISTA IL GIRASOLE 2023

13


EMPATIA

RESGATAR MEMÓRIAS É QUESTÃO DE RESPEITO Raíssa De Lima Santana e Gabriela Infante Gomiero

N

o início do ano, a Escola proporcionou aos alunos da V Primaria uma palestra cujo tema foi "Resgatar memórias", que teve o patrocínio da Pirelli e da Comolatti. Essa palestra se originou de um projeto chamado Meet Me at MoMA, em Nova Iorque, que por meio da arte resgatava memórias de idosos com Alzheimer e outras situações cognitivas. O local escolhido foi o Convita, um patronato assistencial, parceiro da Montale, para idosos imigrantes e descendentes italianos. A ideia era apresentar esse projeto para as crianças para falar da velhice. A palestrante foi a arteterapeuta Cristiane Tenani Pomeranz, que em 2007 começou o projeto “Faça memórias”. Inspirada pela iniciativa do

14

REVISTA IL GIRASOLE 2023

museu nova-iorquino, Cristiane conta que, como já trabalhava com arte e com idosos no Hospital Albert Einstein, ficou encantada com a ideia e resolveu trazê-la para o Brasil. Ela foi até a cidade estadunidense e aprendeu tudo sobre o projeto, adaptou-o para o nosso país, começando com um pequeno grupo de idosos com Alzheimer, até virar atualmente um grupo grande e conhecido, que engloba também outras patologias cognitivas. Depois da palestra, a professora Marina Perez fez a proposta de visitarem o Convita. A partir daí, a professora preparou uma atividade de leitura com os alunos sobre a figura dos avós, já que são eles que retêm as memórias familiares, e como os alunos se relacionavam com os seus avós. Além da

leitura, cada aluno preparou 10 perguntas para fazer aos idosos no dia da visita, com várias dúvidas interessantes, como: “Como eram os brinquedos antigamente?”, “Tinham celular?”, “Como era a escola naquela época?”, entre outras. O dia da visita foi muito surpreendente para os alunos, que foram recebidos por um coral formado pelos idosos. Pietro, aluno da Montale, afirmou: «Eu achei que a gente ia chegar lá e fazer as perguntas e ir embora, mas a gente fez várias coisas legais!». Para retribuir o acolhimento, cantaram para os anfitriões. Durante a visita, conheceram também os espaços do Convita, onde os idosos dançavam, faziam aulas de línguas, se exercitavam, e entenderam como eles, mesmo com


as suas limitações, podiam fazer muitas coisas. Esse projeto foi muito importante para as crianças, com a visita ao Convita, e o debate sobre respeito, a docente diz ter visto notáveis diferenças

no respeito das crianças umas com as outras. «Não posso dizer que foi só o projeto que os ajudou a atingir outros níveis de respeito, mas ajudou demais, porque eles tiveram que rever a linguagem utilizada com os idosos, e uns

com os outros. Se eu me dirijo a uma pessoa com educação, será que é tão difícil eu me dirigir ao meu colega de uma maneira mais respeitosa?», disse a professora Marina sobre o resultado do trabalho feito com as crianças.

RECUPERARE I RICORDI SIGNIFICA RISPETTARE GLI ALTRI

A

ll'inizio dell'anno, la Scuola ha organizzato per gli alunni della V Primaria una conferenza il cui tema è stato "Recuperare i ricordi", sponsorizzata da Pirelli e Comolatti. Questa conferenza si è ispirata al progetto Meet Me at MoMA, di New York, che attraverso l'arte, recupera i ricordi degli anziani affetti da Alzheimer e da altre condizioni cognitive. Dopo la conferenza, la professoressa Marina Perez

ha notato che i bambini facevano dei commenti irrispettosi riguardo agli anziani, spinti dalla convinzione che questi non conducessero una vita attiva. Ed è così che è sorta la proposta di visitare il Convita. Il giorno della visita è stato molto sorprendente per gli alunni: appena arrivati, sono stati accolti da un coro composto da anziani, in seguito hanno conosciuto gli spazi del Convita, dove normalmente gli anziani balla-

no, frequentano corsi di lingua e praticano attività fisica, mantenendosi attivi. Con questa esperienza, i bambini hanno visto con i loro occhi, che anche gli anziani, nonostante l’età avanzata, possono fare molte cose! Dopo la visita al Convita e alla riflessione sul rispetto, la docente ha potuto osservare notevoli differenze nella pratica del rispetto anche tra i bambini.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

15


TEATRO

AUTO DA BARCA: UMA CATARSE

Gianluca De Divitiis Gianni

E

m março, as classes do I e II Liceo foram ao teatro assistir ao Auto da Barca do Inferno, do poeta Gil Vicente, conhecido por ser o pai do teatro português. Considerada a obra mais famosa do autor, por sua capacidade de atrair um amplo público interessado em testemunhar os pecados que podem levar à condenação eterna com o objetivo de prevenir sua prática. Foi escrita no século XV e integra a trilogia Auto da

16

REVISTA IL GIRASOLE 2023

Barca, que inclui também a do Purgatório e a da Glória. Antes de ir ao teatro, as turmas também leram o livro do renomado autor português, que foi recentemente adaptado para o português moderno. Vale ressaltar que o texto original, escrito em português arcaico quinhentos anos atrás, passou por uma cuidadosa atualização linguística. Os estudantes afirmam que a experiência de ir ao teatro foi ótima, mas

melhor ainda foi a conversa depois, porque todos tiveram a oportunidade de falar o que acharam da obra, da diferença do livro para a peça e dos sentimentos que isso suscitou neles. Foi muito similar àquela do teatro da antiga Grécia e estudada nas aulas de latim: a catarse! Os alunos contaram que é como uma purificação da alma, porque você sente o que os personagens estão passando, se identifica e depois se sente mais leve.


AUTO DA BARCA DO INFERNO: UNA CATARSI A

marzo, le classi del I e II Liceo sono andate a teatro per assistere ad Auto da Barca do Inferno, del poeta Gil Vicente, considerato il padre del teatro portoghese. Quest'opera è ritenuta la più famosa dell'autore, grazie alla sua capacità di attirare un vasto pubblico interessato a osservare i peccati che possono condurre alla condanna eterna, con l'obiettivo di prevenirne la pratica. Scritta nel XV secolo, fa parte della trilogia Auto da Barca,

che include anche Auto do Purgatório e da Glória. Prima di recarsi in teatro, le classi hanno anche letto il libro del rinomato autore portoghese, recentemente adattato al portoghese moderno. È importante sottolineare che il testo originale, scritto in portoghese arcaico cinquecento anni fa, è stato oggetto di un attento aggiornamento linguistico. Gli alunni affermano che l'esperienza di andare a

teatro è stata ottima, ma ancor più significativa è stata la discussione successiva, poiché tutti hanno avuto l'opportunità di esprimere le proprie opinioni sull'opera e sulla differenza fra il libro e la sua messa in scena, e i sentimenti suscitati. È stata molto simile a quella del teatro dell'antica Grecia, studiata nelle lezioni di Latino: la catarsi! Gli studenti hanno raccontato che è come una purificazione dell'anima, perché hanno sentito.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

17


ÉTICA

ARTES MARCIAIS: DISCIPLINA E AUTOCONHECIMENTO Pedro Policela, Lorenzo Argento e Francesco Moretti

O

tema “artes marciais” foi introduzido nas aulas de Educação Física pelo professor Bruno Fernandes. Sob sua orientação, as salas de aula foram divididas em grupos encarregados de apresentar uma forma específica de luta aos colegas. O objetivo era compartilhar conhecimento e experiências no esporte com os outros alunos, realçando a distinção entre luta e violência, bem como destacando os benefícios dessa prática, que promove o autocontrole e a disciplina. A atividade se desdobrou em duas aulas: na primeira, houve a apresentação da origem e filosofia das artes marciais; na segunda aula, os alunos tiveram a oportunidade de observar demonstrações de golpes de cada modalidade.

18

REVISTA IL GIRASOLE 2023


Karatê: originou-se na ilha de Okinawua, no Japão. Respeito acima de tudo, esforçar-se para formação de caráter.

Kung-Fu: pode ter surgido na Índia, levado para China por volta 500 d.C. O significado em chinês é “arte das guerras”. Para os monges, tudo é energia: pensamentos, músculos se movimentando, treino…

Muay Thai: foi inventado na Tailândia. Exige o melhor e o máximo de si e cada participante tem que ter disciplina e respeito às regras.

Jiu-Jitsu: sua origem é desconhecida, mas era praticada pelos samurais no Japão. Foi trazida ao Brasil por Mitsuyo Maeda, em 1914. A filosofia do Jiu-Jitsu é baseada na inteligência, paciência e disciplina.

ARTI MARZIALI: DISCIPLINA E CONOSCENZA DI SÉ L

e arti marziali sono state introdotte nelle lezioni di Educazione Fisica dal professor Bruno Fernandes. Il lavoro consisteva nel suddividere le classi in gruppi, che in un secondo momento hanno fatto una presentazione al resto dei compagni, sulla disciplina marziale scelta.

L'obiettivo è stato sia quello di condividere le conoscenze e le esperienze sportive con gli altri studenti ma, soprattutto, chiarire l'idea che le arti marziali non implicano arbitraria violenza ma etica e conoscenza di sé, perché insegnano ad avere autocontrollo e disciplina.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

19


HISTÓRIA

ESCRAVIDÃO: 1888 AINDA NÃO ACABOU Sofia Sosa Campos e Ana Clara Marcondes Calado

N

a semana da abolição da escravatura, os alunos do Liceo estudaram a Lei Áurea com os professores de Português Lygia Gutierrez e de História, Geografia e Sociologia Anderson Silva. Alunos de salas diferentes formaram grupos para estudar reportagens da grande mídia, documentários, como Profissão Repórter, sobre trabalho análogo à escravidão, e livros, como Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, sobre o tema (veja box ao lado). Após essa análise, foram elaborados cartazes para representar a conscientização de maneira palpável. Além disso, trazer o protagonismo negro na nossa sociedade e aprender sobre o trabalho análogo à escravidão, que persiste hoje em dia, nos mostra como grande parte da população negra é afetada ainda. O objetivo não era ser uma simples aula de História sobre a data, mas muito mais do que isso: a ideia era trazer uma reflexão sobre o processo abolicionista e como suas consequências não foram apenas libertar os negros da escravidão, mas, sim, mantê-los marginalizados, vítimas das desigualdades sociais que vêm de um período colonialista. A abolição da escravatura é um entre tantos temas relevantes para as minorias e é importante trazer esses assuntos para o debate. «Nós, como professores, precisamos falar sobre figuras negras, pois elas precisam ser potencializadas na nossa sociedade. O negro não é escravo, ele foi um povo escravizado, um povo que tem cultura, pessoas que fazem e fizeram diferença no mundo», diz a professora de português Lygia Gutierrez. E aí vem a pergunta, com que frequência você se coloca no lugar dos outros?

«In una società razzista non basta non essere razzista. È necessario essere antirazzista.» Angela Davis

20

REVISTA IL GIRASOLE 2023


O que foi o dia 13 de maio de 1888?

Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus Publicado em 1960, o livro se tornou um grande sucesso ao relatar a vida cotidiana na favela do Canindé, em São Paulo, durante a década de 1950. A obra é um relato em forma de diário, no qual a autora narra seu dia a dia como catadora de papel e seus pensamentos sobre a vida na favela. Carolina Maria de Jesus retrata de maneira realista e crua as dificuldades enfrentadas pelos moradores da favela, como a falta de saneamento básico, o preconceito e principalmente a fome.

O dia 13 de maio é uma data histórica e significativa para o Brasil. Neste dia, celebra-se a abolição da escravatura, um marco importante na luta pela liberdade e igualdade racial do nosso país. Em 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que decretou o fim da escravidão no Brasil. A pressão britânica foi um fator bastante relevante para o decreto dessa lei, mas foi uma conquista resultante de um conjunto complexo de forças internas e externas, marcado por lutas sociais, mobilizações e mudanças de mentalidade. O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão, e as pessoas libertas não receberam nenhum tipo de auxílio do governo para que pudessem sobreviver à fome.

SCHIAVITÙ: IL 1888 NON È ANCORA FINITO

N

ella settimana dell'abolizione della schiavitù, gli alunni del Liceo hanno studiato la Lei Áurea con la professoressa di Portoghese Lygia Gutierrez e il professore di Storia, Geografia e Sociologia Anderson Silva. Studenti di diverse classi hanno formato gruppi per studiare servizi giornalistici della stampa

mainstream, documentari come Profissão Repórter sui lavoratori in condizioni analoghe alla schiavitù e libri come La stanza nei rifiuti (Quarto de Despejo, nell'originale), di Carolina Maria de Jesus. «Come professori, dobbiamo parlare di queste grandi personalità afrodiscendenti perché devono essere potenziate all'interno della nostra società;

la popolazione afrodiscendente è stata ridotta in schiavitù ma è un popolo che ha una cultura, con persone che hanno fatto e fanno la differenza nel mondo», spiega la professoressa di Portoghese Lygia Gutierrez. A questo punto ci piacerebbe porre una domanda: con quale frequenza ti metti nei panni degli altri?

REVISTA IL GIRASOLE 2023

21


A VOZ DO PROFESSOR

O AMOR EM MEIO À DUREZA DOS DIAS Helenice Schiavon, professora de Português

S

ó hoje me passou pela cabeça a possibilidade de escrever sobre isso, talvez porque o dia de ontem tenha sido difícil para todos – e, convenhamos, os dias têm sido difíceis até mesmo para quem tem 10, 11 ou 12 anos. Apesar disso, tive o privilégio de viver a experiência de sentir uma emoção: a que vem do amor sublime. Foi assim: há muito, os alunos estão animados com um projeto que os convida a escrever em algumas das minhas aulas. A ideia é escrever textos curtinhos, que possam ser lidos em voz alta por todos em, no máximo, meia horinha. Ah, já ri muito com eles, mas ontem foi bem diferente. A proposta era escrever sobre um sonho recorrente, e depois de uma breve explicação sobre a formação da palavra “recorrente”, eles começaram os trabalhos. De repente, percebi, que to-

dos estavam em círculo; cochichando, trocando os caderninhos. Engraçado, só você vendo a cena... Então, convidei-os a retornar para seus lugares e iniciarmos a leitura para toda a classe. Vê-los se “digladiando” por uma posição nessa “fila” de leitura é engraçado, principalmente porque, no final, a gente sabe que todos vão ler. Nem preciso dizer que esse é um excelente momento de aprendizado. Mas o que acontece ali vai muito além disso. É algo humano e quente. Ontem foi assim, algo bem indescritível mesmo, pois teve de tudo: sustos, risadas e surpresas. Mas o que eu não gostaria de deixar passar foram os choros e os abraços. Não posso deixar de compartilhar com vocês a oportunidade que tivemos de sentir a nossa humanidade quente e afetuosa. Dentre tantas coisas, tivemos ontem

a oportunidade de ouvir sobre a saudade de alguns. Foi grande a emoção de poder sentir coletivamente a saudade do outro, chorar por ela, deixarmos nos abraçar por ela. Foi lindo ver as nossas saudades serem diluídas também ali, deixando a gente incapaz de saber onde começava a saudade de um e onde terminava a do outro. O que teria sido de mim no dia de ontem, se não tivesse respirado aquele amor? Formamos uma leve e consistente névoa de amor ali, no meio à dureza das cadeiras, janelas, livros... Por isso tudo achei que deveria compartilhar isso com vocês.

L’AMORE NELLA ROUTINE QUOTIDIANA Helenice Schiavon, professoressa di Portoghese

S

olo oggi ho avuto l'idea di trascrivere questa esperienza, forse perché la giornata di ieri è stata impegnativa e dobbiamo ammettere che ultimamente le giornate sono difficili persino per chi ha 10, 11 o 12 anni. Eppure ieri ho avuto il privilegio di vivere un'esperienza che mi ha fatto provare un'emozione intensa, un sentimento di amore sublime. Ecco com'è andata: i miei alunni sono da tempo coinvolti in un progetto che li invita a scrivere durante alcune mie lezioni. L'obiettivo è quello di comporre brevi testi che possano esse-

22

REVISTA IL GIRASOLE 2023

re letti ad alta voce da tutti. Di solito ridiamo molto in queste occasioni, ma ieri è stato diverso.La sfida consisteva nello scrivere di un “sogno ricorrente” e, dopo una breve spiegazione sul significato dell'aggettivo “ricorrente”, hanno iniziato a lavorare. All'improvviso mi sono resa conto che erano tutti in cerchio, scambiandosi i quaderni...Li ho invitati, quindi, a tornare ai loro posti e a iniziare la lettura di fronte a tutta la classe. Vederli “disputare” per ottenere un posto in quella “fila” è stato divertente, perché alla fine si sapeva che alla lettu-

ra avrebbero partecipato tutti. Ebbene, ieri abbiamo avuto la possibilità di esprimere collettivamente la nostalgia che proviamo per qualcuno. È stato toccante poter condividere il senso di mancanza, piangere insieme e lasciarci avvolgere da questo sentimento. È stato bello vedere le nostre singole emozioni di nostalgia mescolarsi in un unico abbraccio collettivo. Cosa sarebbe stato di me ieri se non avessi respirato quell'aria di amore? In mezzo alle dure sedie, finestre, libri e quaderni, abbiamo creato una leggera e calorosa nebbia d'amore.



LA PAROLA DEL CONSOLE

IL GENIO ITALIANO – L’INCREDIBILE GIORNATA DI BERTO EBEBEPPE L’Italia è universalmente nota per i suoi innumerevoli contributi alla cultura classica, alle belle arti. Tutti conoscono, almeno di fama, Firenze, Venezia, Roma. Ognuno di noi ha ascoltato le arie di Vivaldi o di Puccini. Tutti hanno letto qualche verso di Dante Alighieri. Ma, mentre l’Italia è unanimemente considerata una potenza mondiale sul piano artistico e letterario, meno persone indicano “lo stivale” come culla della scienza e dell’innovazione. Lo sapevate ad esempio che l’Italia è il terzo Paese ad aver collocato in orbita un satellite, dopo Unione Sovietica e Stati Uniti? La formazione in campo scientifico e tecnologico è importantissima, e noi abbiamo tradizioni in questo campo “da vendere” e tanti scienziati di cui andare fieri. Vorrei pertanto in questo mio contributo offrirvi una panoramica su alcune invenzioni italiane che nel corso del tempo hanno cambiato la vita nelle nostre società. La storia italiana (e qui includo tutta la tradizione dei popoli italici, a partire dai romani la cui cultura è indiscutibilmente madre di quella italiana) è infatti costellata di moltissime invenzioni, opera di geni italici, che hanno contribuito in maniera determinante al progresso scientifico, tecnologico o più generalmente sociale del mondo. Tutti conoscono i più importanti “cervelli”, come Leonardo Da Vinci (padre dei primi prototipi di aereo, di elicottero, di paracadute...nel XVI secolo!) e Galileo Galilei (oltre al famoso telescopio, inventò anche la pompa idraulica per elevare grandi quantità di liquidi a livelli superiori). Pochi tuttavia ricordano i nomi di tanti “geni minori” (ma neanche tanto “minori”…) le cui intuizioni hanno influenzato, e continuano ad influenzare, in maniera radicale le nostre vite. Faremo questo viaggio attraverso la genialità italica in maniera ironica, con il racconto di una “particolare” giornata vissuta da un personaggio immaginario: l’Ing.

24

Berto Ebebeppe, abitante della altrettanto immaginaria città di Keebe, capitale della Repubblica di Tuduia. Berto si sveglia un giorno in un mondo in cui l’Italia non è mai esistita… Berto non usava la sveglia. Amava svegliarsi con il rintocco delle campane della parrocchia di quartiere. Scienziato, razionale ed agnostico, non era un gran frequentatore di chiese. Ma il suono delle campane gli ricordava la sua infanzia, quando passava lunghe estati a Tabia, il paesino dei nonni, dove i ritmi della giornata erano scanditi dal rintocco delle campane. Forse anche per questo, inconsapevolmente, si era scelto una casa vicino ad una parrocchia. Già all’alba era uso aprire un occhio – o un orecchio, sarebbe meglio dire – per contare le scampanate che annunciavano il passare delle ore, felice quando si rendeva conto di poter sonnecchiare ancora un po’. Quando il campanile ne suonava sei, era l’ora di alzarsi. Quella mattina si sveglio però nel silenzio, le campane parevano non suonare… Berto si alzò e guardò l’orologio: “Le sette e trenta! Farò tardi al lavoro!”. Corse alla finestra per cercare di capire cosa fosse successo e… il campanile era svanito! La chiesa non aveva più campane… L’invenzione del campanile è attribuita a Paolino Vescovo di Nola, nel V secolo. Berto Ebebeppe era persona molto curata e pulita. Riteneva che l’igiene personale fosse non solo una questione intima, ma un segno di rispetto anche nei confronti della società, delle persone che uno incontra ogni giorno in autobus, al bar, in ufficio. Nonostante il ritardo nella sveglia, niente gli avrebbe impedito di farsi una veloce doccia. Si recò quindi in bagno, entrò nella cabina ma con sua enorme sorpresa non vide né i rubinetti né il soffione della doccia. Furono gli antichi Romani, con le loro ingegnose opere di architettura, a costruire i primi acquedotti per rifornire le domus (case) e le città di acqua corrente e pulita. Sembra, inoltre, che sempre nell’Antica Roma fossero stati inventati dei primordiali miscelatori in grado di convogliare acqua calda e fredda prelevate da due diverse vasche simultaneamente. Berto Ebebeppe, ancora incredulo di quanto gli stesse capitando, prese delle salviette umidificate e si rinfrescò alla buona. Poi corse in cucina. Soleva fare colazione con un buon caffè e una grande fetta di pane con crema di cioccolato. Se al mattino non mangiava qualcosa la sua giornata partiva fiacca. Pur se velocemente, non si sarebbe quindi privato non solo di un piccolo piacere (adorava l’accoppiata degli aromi del caffè e della cioccolata) ma di quell’indispensabile apporto di caffeina e zuccheri che considerava il necessario carburante per una lunga giornata. Capirete la sua delusione quando in cucina non trovò traccia della sua prima colazione preferita: niente


«La formazione in campo scientifico e tecnologico è importantissima, e noi abbiamo tradizioni in questo campo “da vendere” e tanti scienziati di cui andare fieri.»

Domenico Fornara Console Generale d’Italia a San Paolo

moka, niente macchina per l’espresso, nessuna traccia della Nutella che era sicuro aver comprato al supermercato rientrando a casa la sera prima… La macchina per il caffè espresso è stata inventata nel 1901 da Luigi Bezzera, la moka da Luigi de Ponti per Bialetti nel 1933. Nel 1951 la ditta italiana Ferrero introdusse sul mercato la SuperCrema Giandujot, evolutasi nel 1963 nella ben più nota Nutella. “Cominciamo bene questa giornata! - esclamò Berto – niente doccia e niente colazione… vorrà dire che prenderò qualcosa al bar sotto casa”. Ma il bar sotto casa era anch’esso scomparso, come il campanile, la doccia, il caffè… Al suo posto Berto trovò la bottega di un calzolaio. Secondo molte fonti, ad usare per primo la parola “BAR” fu un imprenditore italiano, tale Alessandro Maranesi, che nel 1898 aprì il primo “BAR” a Firenze, usando appunto le tre lettere come sigla per “Banco A Ristoro”. Anche se, per assurdo, il nostro Ing. Ebebeppe avesse cercato un caffè fuori dall’atmosfera terrestre, nella speranza di trovarlo in una qualche avanzata stazione orbitale, non avrebbe avuto fortuna: la macchina per fare il caffè espresso nello spazio, la ISSpresso, è stata inventata dalla azienda Argotec nel 2015 per la Stazione Spaziale Internazionale. Berto, sconsolato, si recò in garage. Lavorava in un centro di ricerca specializzato in sismologia. I laboratori aprivano alle otto ed era già in forte ritardo. Salì sulla sua macchina, una vecchia spider appartenuta a suo padre alla quale era molto legato e che curava con attenzione maniacale. “Ancora due anni e potrò immatricolarti come auto d’epoca”, disse ad alta voce,

come se il mezzo potesse ascoltarlo e capirlo. Girò la chiave ma non udì il rumore del motorino di avviamento. “Ti si è scaricata la batteria?” chiese alla spider, quasi attendendosi una risposta. Scese, prese i cavetti del carica batteria, aprì il cofano ma… la batteria non c’era… La pila elettrica fu inventata da Alessandro Volta nel 1799. Ciò che più colpì l’ingegnere Ebebeppe non fu però la scomparsa della batteria, ma la totale assenza del motore! Quella mattina, della macchina erano rimasti solo la carrozzeria rosso acceso, gli interni di pelle beige, la capote nera. Cerano pure i guanti nel cassetto davanti al sedile del passeggero. Ma il vano motore era vuoto! Ci si poteva vedere attraverso, fino al pavimento del garage in linoleum grigio. Del prestigioso sei cilindri a V con doppio albero a camme in testa, una meraviglia dell’ingegneria meccanica, nessuna traccia! Il motore a scoppio fu inventato da Eugenio Barsanti e Felice Matteucci, che lo brevettarono nel 1853 (molti pensano siano stati Carl Benz e Nicolaus Otto, ma questi non inventarono il motore a combustione interna, lo perfezionarono, e solo molti anni dopo nel 1886). Berto volse quindi il suo sguardo verso l’altro lato del garage, dove normalmente parcheggiava la sua Vespa. Anche questa d’epoca, una Sprint 150cc del 1967 color celeste con la quale il nostro ingegnere sognava di prendersi un anno sabatico per girare il mondo. “La Vespa è indistruttibile – ripeteva sempre ai suoi amici scettici – anche un modello di quasi sessant’anni fa può tranquillamente affrontare un raid estremo, con solo un po' di attenzione ed una ragionevole manu-

25


tenzione”. Restò a bocca aperta, senza parole, quando al posto del suo amato scooter vide una vecchia bicicletta… La Vespa fu inventata da Corradino d’Ascanio nel 1946 per la Piaggio. “Andrò in bicicletta”, pensò. Non era pensabile saltare il turno di lavoro. Ai laboratori stavano lavorando ad importanti esperimenti per la prevenzione dei disastri dovuti a terremoti e maremoti, e quel giorno era prevista un’attività molto importante sulla misurazione delle scosse tettoniche, di cui lui era il Team Leader. I laboratori erano tuttavia distanti circa dodici chilometri. Ci avrebbe un po’ in bici. “Devo avvertire del ritardo” pensò cercando il suo cellulare in tasca...invano. “Forse l’ho lasciato in casa...”. Corse di nuovo nell’appartamento ma non lo trovò. Non trovò neanche il telefono fisso. Non poteva comunicare ai colleghi che lo aspettavano il suo ritardo. Il telefono fu inventato da Antonio Meucci nel 1871 (l’americano Graham Bell fu il primo a brevettarlo, ma solo nel 1876). Berto Ebebeppe cominciò a sentirsi stordito per come era iniziata la giornata. Troppe cose strane. Anche fuori per strada aveva una sensazione come se mancasse qualcosa, come se l’ambiente e le persone fossero diverse. Complice anche la concitazione per il ritardo al lavoro in una giornata particolare, iniziò a provare un po' di panico. “Una bella pedalata mi farà bene, mi schiarirà le idee!” esclamò ad alta voce mentre inforcava la bicicletta. Il suo vicino, uno scrittore straniero che di nome faceva Arduino Eporediese, fece un sussulto non aspettandosi questa esclamazione estemporanea del normalmente silenzioso Ingegnere Ebebeppe. Berto iniziò a pedalare. Raggiunta una certa facilità di pedalata in pianura cercò la levetta del cambio per allungare il rapporto ma non la trovò. La bici non aveva marce. “Strano – rimuginò – quale bici oggi non ha il cambio?”. Il cambio per le biciclette è stato inventato da Tullio Campagnolo nel 1935. Scherzando, tra sé e sé penso “almeno, andando a questa ridicola velocità, l’Autovelox fisso di Via del Sumito non mi scatterà la foto… hehehe…” Tranquillo Berto, l’Autovelox è stato inventato dalla azienda Sodi Scientifica di Firenze negli anni ‘60. Berto giunse ai laboratori alle otto e quaranta. Tutta la sua squadra era pronta da oltre mezz’ora. “Cos’è successo?”, gli chiese Gianco Mimimmi, un occhialuto geologo, suo principale collaboratore e coordinatore del team. “Tutto bene? Ti vedo pallido”. “Niente, niente – tagliò corto Berto – sarebbe troppo lungo spiegarti. Sto bene comunque. Avete preparato tutta l’attrezzatura per l’esperimento? I sismografi sono stati tarati?” “I sismoché? - chiese stupito Gianco - cosa sono?”

26

“I sismografi…” balbettò Berto, con uno strano presentimento… Entrò nel laboratorio e non vide quei costosissimi strumenti che era riuscito a comprare – o almeno era convinto fino alla sera prima di aver comprato... - grazie ad un instancabile lavoro di fundraising che aveva finalmente portato ad un finanziamento straordinario della facoltà di geofisica dell’Università di Keebe. Il sismografo elettromagnetico è stato inventato da Luigi Palmieri nel 1857, mentre è nel 1902 che il geologo Giuseppe Mercalli mette a punto la prima scala per misurare l’intensità macrosismica di un terremoto, attraverso l’osservazione dei danni e delle modificazioni prodotte da esso (la Scala Mercalli). “Lascia perdere il sismografo – disse Berto a Gianco – piuttosto avete già impostato i parametri di calcolo sui computer?” “Computer? Cos’è un computer?”, chiese Gianco, preoccupato per lo stato confusionale del suo capo. “Comunque, certo che ho impostato i parametri di calcolo”, aggiunse porgendo a Berto una risma di fogli di carta fitti di numeri e formule. Il “Programma 101 Olivetti”, precursore del PC, fu inventato da Pier Giorgio Perotto nel 1965, il microchip da Federico Faggin nel 1971. “Andiamo bene! - esclamò Berto – vorrà dire che faremo tutti i calcoli a mano…alla vecchia maniera”. “Vecchia?…” chiese Gianco? “Lascia perdere. Mettiamoci al lavoro che si sta facendo tardi”, ribatté Berto. La giornata fu molto, molto, lunga. Il team passò ore e ore a rivedere le misurazione sugli effetti dei terremoti in varie città della Repubblica di Tuduia. Tutti calcoli fatti a mano, con matita e foglio, come Berto non era abituato a fare da anni. Rimase peraltro sorpreso quando i suoi collaboratori si bloccarono di fronte ad una semplice equazione di secondo grado. Tutti esclamarono “impossibile andare avanti, è un problema irrisolvibile…” Il primo a risolvere un’equazione di secondo grado fu Ludovico Ferrari nel 1545. A fine giornata, nonostante l’assenza di sismografi e strumenti informatici, il team era riuscito a concludere l’esperimento. Il Direttore Generale, cui dovevano presentare i risultati del lavoro, sarebbe arrivato alle diciannove e trenta. Berto guardò l’orologio: erano le diciotto e quarantuno. “Mettiamo un po' di musica”, disse andando nell’angolo del laboratorio dove tenevano una vecchia radio d’epoca, una Grundig 5150 del 1952 che Berto aveva personalmente restaurato e che, nonostante l’età ed il fatto che fosse “mono”, suonava ancora una bellezza. Al suo posto trovò un anonimo bollitore di acqua per il tè… Non si pose particolari domande, immaginò che fosse scomparsa come molte altre cose nella giornata… Stava


iniziando a prendere quell’assurda giornata con filosofia. D’altronde cos’altro avrebbe potuto fare? Era evidente che se avesse raccontato agli altri quello che gli stava accadendo lo avrebbero preso per matto. La radio fu inventata da Guglielmo Marconi nel 1897. Tagliò quindi corto e chiese a Gianco se avesse notizie dell’arrivo del Direttore Generale: “il suo elicottero dovrebbe essere nel radar a quest’ora…” disse. Il Direttore non viveva del suo stipendio di dirigente di un ente di ricerca pubblico. L’elicottero se lo poteva permettere in quanto erede di una famiglia molto facoltosa. Poiché viveva fuori città alle volte per risparmiare tempo si concedeva il vezzo di volare da casa all’ufficio. Gianco, sempre più allarmato dai comportamenti di Berto, rispose: “Radar? Elicottero? Ma cosa sono? Certo Berto che oggi parli strano, proprio non ti capisco… lo sai che il Direttore Generale ha ultimamente preso casa qui vicino e viene sempre a piedi”. Il radar fu inventato da Guglielmo Marconi (si, lo stesso della radio) e Ugo Tiberio nel 1936, mentre l’elicottero lo fu da Corradino d’Ascanio (si! Lo stesso della Vespa!) nel 1925. Nonostante il subbuglio della giornata, Berto fece una buona presentazione e il Direttore rimase soddisfatto dei risultati dell’esperimento. Si erano fatte le venti e trenta. Berto, esausto per la giornata, pensò di dovere a tutti i costi rilassare quella testa che gli stava scoppiando. Nulla aiutava in questi casi più della musica classica. Fuggì letteralmente dai laboratori e si diresse verso il Teatro Lirico, per il quale aveva l’abbonamento stagionale. Si ricordava che il programma della serata prevedeva alle ventuno un concerto di musica barocca per piano e archi, i suoi strumenti preferiti. Corse al botteghino, prenotò il posto in platea e si accomodò per godersi un paio di meritate ore di musica. Con sua sorpresa sul palco non vi era alcun piano. Né salirono violinisti. Si presentò solo una fisarmonicista: “La fisarmonica? Ma io aborro la fisarmonica!”, pensò. Il violino fu inventato da Andrea Amati nel 1500 mentre il Clavicembalo (precursore del pianoforte) da Bartolomeo Cristofori nel 1700. Sempre più quella giornata gli sembrava una spirale perversa di eventi nefasti, inspiegabili e inquietanti. Praticamente un incubo. Ascoltò alcune arie di fisarmonica ma dopo non più di un quarto d’ora il suono dell’odiato strumento gli aumentò il mal di testa. Uscì e si rese conto che la concitazione della giornata gli aveva fatto dimenticare la fame. Non aveva mangiato tutto il giorno. Neanche la colazione, che considerava

“sacra”. Ora sentiva un buco nello stomaco quasi doloroso. Ricordò che non lontano dal teatro c’era la pizzeria “da Ciro”, un bel ristorantino dove aveva portato la settimana prima Priscilla, una sua ex compagna di scuola che ora lavorava per la motorizzazione civile e per la quale aveva un debole. Era una ragazza molto carina, mezza italiana e con un grande senso dell’umorismo, che già lo attraeva da adolescente ma alla quale non aveva mai avuto il coraggio di dichiararsi. L’aveva incontrata nuovamente, dopo vent’anni dalla maturità, un giorno che si era recato alla motorizzazione per il rinnovo della patente ed aveva attirato la sua attenzione raccontandole una barzelletta. Un approccio spesso goffo ma che in quel caso sortì l’effetto sperato: Priscilla rise genuinamente e da lì si ristabilì un’aria di complicità come quella dei tempi del liceo. La serata che passarono “da Ciro” fu molto carina e si stampò in maniera indelebile nella memoria di Berto. “Dovrò invitarla di nuovo, e dovrò dichiararmi. Priscilla è una donna fantastica.” pensò. Girò l’angolo ma al posto della pizzeria “da Ciro” trovò un negozio di ferramenta… La pizza Margherita, madre di tutte le pizze, fu inventata da Raffaele Esposito per onorare una visita a Napoli della regina d’Italia Margherita di Savoia nel 1889. “Vorrà mica dire che anche?…” si voltò verso l’altro lato della strada dove c’era “Igloo”, la sua gelateria preferita, anche questa scomparsa e sostituita da una boutique di accessori per animali da compagnia. L’occhio di Berto cadde su un passeggino per cani, esposto in vetrina. “Un passeggino per cani? - pensò, distraendosi per un attimo dalla disperazione per la sua fame – ma chi compra un passeggino per cani?”.

Leggi il testo completo sul nostro sito

27


LETTERA DELLA PRESIDENTE

STRADE PER LA PACE: RAFFORZANDO LE CONNESSIONI NELLA COMUNITÀ

I

I Girasole è un canale creato per mettere in evidenza le attività sviluppate dalla Associação Educacional Eugenio Montale, tramite lo sguardo e i progetti dei suoi alunni. Sono lavori che coinvolgono in maniera effettiva studenti, famiglie, professori e collaboratori, con il prezioso supporto del Comitato volontario gestore, della Presidenza, dei Rappresentanti di classe, nonché dei Direttori e dei Coordinatori didattici. Questo approccio rafforza l’integrazione e l’impegno da parte di tutti gli attori coinvolti, promuovendo una sinergia efficace nell’ambiente educativo. Spesso viene citato un detto, che dicono essere africano: «è necessario un intero villaggio per crescere un bambino». La Montale fa parte, con molto orgoglio, del villaggio delle scuole paritarie italiane nel mondo e allo stesso tempo è supportata dalle autorità federali, regionali e comunali, responsabili per l’istruzione in Brasile. Un vero e proprio double check! Se ci soffermiamo sulla città di San Paolo, abbiamo l’appoggio incondizionato del suo Comune, dell’ Avvocatura comunale, degli Assessorati alle relazioni internazionali, all’istruzione e alla giustizia. Stiamo per rinnovare la cessione in uso dei nostri spazi, il che ci rende molto entusiasti. Il villaggio italiano a San Paolo, definito Sistema Italia, è formato dal Consolato italiano e dal suo Ufficio scolastico, che vede il Console come il responsabile per l’offerta scolastica all’interno di questa rete, ma anche dall’ICE/ ITA, dalla Camera di Commercio Italo brasiliana, dal Comites e dai nostri benemeriti, come l’AEDA - Associazione ex allievi del Colégio Dante Alighieri, l’Associazione Italia per San Paolo, il Circolo Italiano, l’ICIB - Istituto culturale italo brasiliano e l’IIC - Istituto Italiano di Cultura. Inoltre, abbiamo mantenuto stretti vincoli con le famiglie e le aziende benemerite, che ci accompagnano dalla nostra fondazione e che contribuiscono non soltanto con il loro impegno diretto ma anche con apporti economici (elenco completo alla pagina XX). Con il proposito di rafforzare ancora di più questa rete, abbiamo creato Essenza, un’iniziativa che riunisce ICIB, PAII, Montale e Instituto Bardi. Infatti, perché non dovremmo beneficiare i nostri alunni facendo circolare la 28

vasta conoscenza accumulata, lungo sei decenni, dalle quattro istituzioni? Perché non dovremmo fomentare l’innovazione con la collaborazione fra le menti brillanti che le guidano? Tornando ai nostri studenti, è innegabile che godano di un’esperienza educativa privilegiata, caratterizzata dalla ricchezza culturale brasiliana e dalla marcata influenza della cultura italiana e di quella italo brasiliana. Le nostre lezioni sulle loro filosofie di vita evidenziano i rispettivi insegnamenti etici e morali, fornendo così una formazione completa e arricchente. In quest’anno dedicato alla promozione della Pace, abbiamo investito tutti gli sforzi significativi nel trattare vari aspetti, sebbene a volte il contesto globale sembri resistente a questa tematica. Nonostante le vicissitudini che permeano il mondo, abbiamo percepito l’opportunità e la responsabilità di guidare le future generazioni nella costruzione di un futuro ancorato alla speranza. In tale scenario sfidante, affrontiamo il compito collettivo di plasmare una strada che superi le complessità contemporanee e che fornisca un ambiente propizio alla fioritura di valori fondamentali e alla disseminazione della pace. Infine, esprimiamo la nostra gratitudine a tutti coloro che hanno contribuito affinché quest’anno scolastico sia stato fruttuoso e stimolante. Un ringraziamento speciale va al nostro fondatore nonché Presidente emerito, Sig. Riccardo Bertolini, che insieme alla moglie e a un gruppo di abnegati fondatori, idealizzò questa bellissima realtà dal nome Scuola Italiana Eugenio Montale, nel 1982! Speriamo di non deludervi… Grazie a tutti, auguri agli alunni che partono quest’anno e a tutti quelli che rimarranno con noi. Buone Feste!

Sandra Papaiz Velasco Presidente Comitato Gestore


LA SCUOLA ITALIANA

FONDAMENTO, RICCHEZZAE VALORE DEL NOSTRO PAESE INAUGURAZIONE MINISTERIALE ANNO SCOLASTICO 2023

C

ome noto, per inaugurare l’anno scolastico australe 2023 il Ministero degli Affari Esteri e della Cooperazione Internazionale ha scelto la Scuola Eugenio Montale. La presenza del Direttore Alessandro De Pedys e del Capufficio Marco Cerbo ha significato molto per la Scuola e la sua comunità educante, per la collettività italiana a San Paolo, per la promozione culturale ministeriale e per la collocazione del sistema formativo nel quadro promozionale. Aprire ufficialmente l’anno scolastico anche nelle scuole italiane all’estero, seguendo il momento istituzionale che il Presidente della Repubblica italiana Sergio Mattarella dedica ogni settembre a una delle scuole nazionali, non è un’azione puramente simbolica bensì un momento di valorizzazione di una istituzione centrale nello sviluppo del paese. Nel corso della sua visita del 2021, in occasione della ripresa delle attività presenziali, il Presidente ha dichiarato: «La scuola è ossigeno per la società. Non riguarda soltanto voi che la frequentate […], è alle fondamenta dell’unità del paese. Insegna a essere italiani […], accomuna tutti i ragazzi che frequentano i diversi cicli di studio: quelli che provengono da famiglie con radici antiche nelle nostre città e nei nostri borghi e i nuovi italiani che hanno imparato o stanno imparando la nostra lingua e condividono la nostra vita.» Il valore di questo messaggio è vivo e presente nella Scuola Italiana Eugenio Montale e durante la cerimonia – la prima nell’emisfero australe – è emerso in diversi momenti. I genitori che sono intervenuti hanno sottolineato che la scuola italiana è capace di preparare uomini e donne consapevoli, cittadini e cittadine capaci di pensare e di immaginare soluzioni. Gli studenti hanno ricordato che è importante essere ascoltati, visti e rispettati per poter essere adulti in grado di esporre le conoscenze

con onestà e competenza. La direzione ha valorizzato la creatività come fonte di intelligenza, la differenza come ricchezza, lo stupore e la curiosità come strumenti di innovazione in ogni attività progettuale. Accanto alla comunità scolastica, la professoressa Ana Magalhães ha messo in luce lo storico legame culturale e gli importanti rapporti artistici tra Italia e Brasile che hanno determinato la storia culturale di San Paolo e, di riflesso, l’arte del Brasile nel mondo. Di fronte a una platea di docenti, esperti ed esponenti dell’imprenditorialità italiana, le autorità ministeriali hanno portato l’attenzione sullo spazio importante che le scuole italiane all’estero occupano nel quadro promozionale, spazio ancora non completamente valorizzato perché la scuola italiana si collochi, al pari della ricerca, della cultura e della diplomazia italiane, in modo determinante e riconoscibile nella costruzione di un’immagine contemporanea e multiculturale di italianità. La scuola, quella italiana la cui casa è la lingua italiana, è il luogo dove si sostiene l’apprendimento come fonte di libertà, la relazione con gli altri come ricchezza, il pensiero critico, profondo e strutturato come strumento di pace, la creatività e l’immaginazione come origine di ogni innovazione. Nessun altro posto nel mondo ha così tanto valore.

Monica Faggionato Dirigente dell’Ufficio scolastico presso il Consolato Generale d’Italia a San Paolo

29


TERRAÇO ITÁLIA

TERRAÇO ITÁLIA: UM MARCO DA CULTURA ITALIANA EM MEIO À MAIOR METRÓPOLE DO BRASIL Com 56 anos de história, o restaurante é pioneiro na promoção de pratos originários e clássicos da Itália e considerado um dos mais renomados e históricos da cidade A tradição e o requinte sempre fizeram do Terraço Itália um protagonista da cena paulistana. Localizado no 41° andar e cobertura do Edifício Itália, considerado o segundo maior de São Paulo, o restaurante é um dos pioneiros em propagar a cultura italiana no país. Não à toa, se tornou um dos mais renomados e históricos da cidade, apresentando aos brasileiros pratos originários e clássicos dessa cozinha. Inaugurado em 1967, o local é um verdadeiro ponto turístico, devido à deslumbrante vista panorâmica

da metrópole paulistana, se apresentando como o espaço ideal para quem busca momentos intimistas e uma experiência gastronômica única e exclusiva, revestidos de luxo e sofisticação. A cozinha do restaurante é assumida pelo renomado chef toscano Pasquale Mancini, um apaixonado pela simplicidade da culinária. Já a carta do bar foi recém-repaginada, e é assinada pelo reconhecido bartender Alê D’Agostino, que trouxe criações de inspiração italiana. O restaurante foi idealizado pelo imigrante Evaristo Comolatti, que visitou as obras do Edifício Itália e ficou impressionado com sua grandiosidade e visão única da capital. A partir disso, o italiano sentiu-se no

dever de presentear a cidade que tanto lhe acolheu com um luxuoso oásis gastronômico na cobertura do edifício. Desde o início de sua operação, recebeu grandes personalidades, que vão desde a rainha Elizabeth II, à primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi e aos frequentadores assíduos Pelé, Silvio Santos e Jô Soares. O Terraço Itália é hoje a melhor aposta para celebrar – de grandes conquistas a reencontros de amigos. Seja em almoços, jantares, eventos sociais ou corporativos, o brilho nos olhos e a exclusividade dos momentos especiais é a marca do empreendimento.

TERRAÇO ITÁLIA: PUNTO DI RIFERIMENTO DELLA CULTURA ITALIANA A SAN PAOLO La tradizione e la raffinatezza fanno da sempre del Terraço Itália un protagonista della scena gastronomica paulistana. Ubicato al 41esimo piano nonché attico del palazzo Edifício Itália (considerato il secondo più alto di San Paolo), il ristorante è uno dei pionieri nella diffusione della cultura italiana nel paese. Inaugurato nel 1967 è una vera e propria attrazione turistica grazie anche alla vista panoramica moz-

30

zafiato sulla metropoli paulistana. La cucina del ristorante è alla guida del rinomato chef toscano Pasquale Mancini. La carta dei cocktail, invece, è stata da poco rielaborata dal celebre bartender Alê D’Agostino, che ha proposto ricette di ispirazione italiana. Il ristorante è stato ideato dall’immigrato italiano Evaristo Comolatti, che ha visitato il cantiere dell’Edifício Itália ed è rimasto colpito dalla

sua grandiosità e vista unica sulla città. Di conseguenza, Comolatti si è sentito nel dovere di regalare alla città che lo ha accolto una lussuosa oasi gastronomica al rooftop del palazzo. Fin dalla sua apertura ha accolto grandi personalità, come la regina Elisabetta II o la prima ministra indiana, Indira Gandhi ma anche frequentatori assidui come Pelé, Silvio Santos e Jô Soares.


ALLA MONTALE

IL NUOVO AMBASCIATORE ITALIANO CI HA FATTO VISITA Alessandro Cortese, il nuovo Ambasciatore italiano in Brasile, ha fatto visita alla Montale a novembre. Cortese si è laureato in Giurisprudenza all’Università di Roma “La Sapienza” ed è entrato nel servizio diplomatico italiano a soli 26 anni, nel 1986. Ha lavorato presso la Segreteria del Dipartimento per la cooperazione allo sviluppo, nel 1988. Ha ricoperto vari incarichi diplomatici come: capo all’Ufficio commerciale dell’Ambasciata italiana a Pretoria, nel Sudafrica, Consigliere di Politica estera e della sicurezza comune (PESC) nella

Missione Permanente d’Italia, presso l’Unione europea. Ha lavorato anche come vice capo della Missione dell’Ambasciata italiana a Ottawa, Canada, e come assessore diplomatico del presidente della Camera dei Deputati del Parlamento Italiano. Inoltre, è stato Rappresentante permanente presso il Comitato politico e di sicurezza dell’Ue nonché Coordinatore per la preparazione della Presidenza italiana dell’OSCE nel 2018. Siamo stati onorati della sua illustre visita!

FESTIVAL DEL CINEMA ITALIANO La 18esima edizione del Festival del cinema italiano presenta una selezione di film inediti diretti da rinomati registi italiani contemporanei e nuovi nomi della regia e della produzione indipendente. I film prodotti fra il 2022 e il 2023 hanno debuttato negli importanti festival internazionali di cinema, tra cui Berlino, Cannes, Venezia e Roma. Il pubblico poteva scegliere se guardarli via streaming, nei cinema e in alcune location, come la Montale! I titoli proiettati qui a Scuola sono stati Berlinguer, ti voglio bene, Il primo giorno della mia vita, La quattordicesima domenica del tempo ordinario e Grazie

ragazzi. Preparatevi per fare un giro fra le vie di Roma, vedere i paesaggi rurali della Toscana, il mare incredibile della Sardegna e molti personaggi che riempiono lo schermo con l'arte e con la sensibilità. Uno dei punti salienti del programma della mostra è la retrospettiva dedicata alla commedia all'italiana, genere cinematografico sorto all'inizio degli anni ‘50, fiorito nei decenni 1960 e 1970 che trattava la società italiana dell'epoca, abbinando umorismo, satira e critica sociale. L'idea è fare ridere e al contempo far riflettere. La mostra è gratuita sia in presenza che online.

LA GIORNATA DELLE PICCOLE E MEDIE IMPRESE L’evento, nato nel 2010, è un’iniziativa del Ministero degli affari esteri e del Ministero dell’Istruzione e merito. Confindustria, un’associazione che aiuta le imprese, ha riunito Club Italia, Locamatta e La Fabbrica per mostrare alle nuove generazioni le attività svolte all'interno di un'azienda. «È un modo per far conoscere agli studenti i valori delle aziende, incontrando alcuni CEO. È importante capire come funziona un’azienda,

qual è la sua storia e le soft skill importanti nel mondo del lavoro. Inoltre, è interessante valorizzare le piccole aziende le quali sono solitamente avviate come piccole imprese familiari, la cui traiettoria riempie di orgoglio i fondatori», ha affermato Paola Capraro, direttrice didattica italiana. All’inaugurazione era presente anche Domenico Fornara, Console italiano a San Paolo.

31


AUTORITÀ, FONDATORI, BENEMERITI E DIREZIONE Consolato Generale d’Italia a San Paolo Domenico Fornara – Console Generale Associati Fondatori Riccardo Bertolini – Presidente Emerito Alberto Roberto Alfonsa Bertolini Edgardo Croso Lorenzo Ghersi Palmiro Gentilini Paola Roberto Socrate Mattoli Associati Benemeriti Aceto Vidros e Cristais Ltda. Affonso Jose Jannone – Ansaldo Alessandro Puliti – Saipem Alfio Paglia – AEDA Amanda Capucho – Campari do Brasil Andrea Taddei – ITA Airways Angelo Vecchi Scac S.A. Anna Maria Barrucci Antonio Filosa – Fiat Chrysler Automóveis Dante Mariutti – Pedreira Mariutti Fabio Perrini S.A Fabio Zanella – Zanemp Empreendimentos S.C Ltda. Giuseppe d’Anna Giuseppe Bezzi - Circolo Italiano Guido Palenga – Alufer S.A Estruturas Metálicas

32

Marzio Arcari – Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro Margherita Marziali – Istituto Italiano di Cultura Mario Batista – Pirelli Massimo Bauducco – Pandurata Alimentos Ltda Massimo Guala – We Build Milena Gasco – Firpavi Nelson Castro Nildo Masini – NDM Participações Empreendimentos Ltda. Octavio de Lazari Junior – Banco Bradesco Paolo Papaiz – Patronato Assistencial Imigrantes Italianos / Popait Participações Ricardo de Mello Franco – CICAP Administração de Bens Ltda Sandra Papaiz Velasco Sandra Papaiz Velasco – Associazione Italia per San Paolo Sergio Comolatti – Grupo Comolatti Comitato Gestore (2022 – 2024) Rappresentante del Consolato Generale d’Italia Monica Faggionato Membri Consiglio Consultivo

Alfio Paglia – AEDA Giuseppe d’Anna – Presidente Consiglio Consultivo Marzio Arcari – Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro Nelson Castro – Associato

Benemerito Ricardo de Mello Franco – Cicap Administração de Bens Ltda. Sandra Papaiz Velasco – Presidente Comitato Gestore Membri Supplent Consiglio Consultivo

Mario Batista – Pirelli Graziano Messana – Associazione Italia per San Paolo Paolo Papaiz – Patronato Assistencial Imigrantes Italianos Membri Associati Contribuenti

Abner Rinaldi Travermim Oliva Carla Elisabeth Arcari Oliviero Roggi Paolo Troncone – Vicepresidente Comitato Gestore Tatiane Olivia Calado Marcondes Direzione Paola Capraro – Diretrice Didattica Italiana Vanessa Finardi Squassoni – Diretrice Didattica Brasiliana Relazioni Istituzionali Neide Oliveira Rita Reis Risorse Umane Rita Reis Amministrazione Lorenzo Gemma


GAMIFICAÇÃO

MONTAPOLY: ECONOMIA NA ESCOLA Massimo Pimentel Corda e Gianmarco Colucci D’Anna

O

Montapoly, sob a orientação da Professora de Economia, Amanda Visani, é um jogo que emerge como uma inovadora ferramenta destinada a transmitir os princípios fundamentais de economia aos alunos. No projeto, o I Liceo dedicou-se à criação integral do jogo, desde a concepção do tabuleiro até a formulação das regras, promovendo assim uma abordagem participativa na qual cada estudante desempenhou um papel fundamental, incentivando a colaboração e o desenvolvimento de habilidades organizacionais. Os conceitos econômicos foram incorporados ao jogo através das regras, visando proporcionar um aprendizado leve e fácil para os alunos. O projeto teve início em agosto para ser apresentado na Mostra do Saber, em novembro. Diversas partidas foram organizadas ao longo do dia, assegurando que todas as turmas tivessem a oportunidade de participar e se envolver ativamente no jogo.

MONTAPOLY: ECONOMIA A SCUOLA

M

ontapoly è un gioco che emerge, sotto la guida della professoressa di Economia Amanda Visani, come uno strumento innovativo volto a trasmettere i principi fondamentali dell'economia agli studenti. Il I Liceo ha dedicato il massimo impegno alla creazione completa del gioco, dall'ideazione della plancia alle regole, promuovendo un approccio partecipativo, in cui ogni studente ha svolto un ruolo centrale ma anche stimolando la collaborazione e lo sviluppo di competenze organizzative.

I concetti economici sono stati introdotti nel gioco attraverso le regole, mirando a fornire un'apprendimento leggero e accessibile agli studenti. Il progetto è stato avviato nel mese di agosto con l'obiettivo di presentarlo alla Mostra do Saber prevista per novembre. Durante l’evento sono state organizzate varie partite, garantendo a tutte le classi e ai genitori l'opportunità di partecipare e farsi coinvolgere attivamente nel gioco.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

33


SOMANDO OLHARES

O IMPACTO DA ARTE INDÍGENA NAS CRIANÇAS Lara Manasseh Machado de Sá e Francesca Ciardiello

A

pesar de ser obrigatório, desde 2008, o estudo da cultura dos povos originários do Brasil, foi a curiosidade das crianças da III Primária que levou a professora de Artes, Alessandra Maiello, a tratar esse assunto em sala. Mesmo sendo uma escola italiana, a pauta indígena e ambiental são prezadas, trabalhadas e resgatadas todos os anos na Montale.

34

REVISTA IL GIRASOLE 2023

A professora Alessandra explora a arte e a cultura de diversas aldeias, trabalhando também com as saídas didáticas. Inclusive, foi por meio de uma exposição que ela iniciou um projeto anual com os alunos. Em sala de aula, o aprendizado foi feito com pintura corporal, explorando os sentidos, da criação de cestas trançadas com papel, do esboço de

gráficos, de desenhos e da fabricação de máscaras e potes de argila. A intenção é aprofundar o conhecimento com a visita à Toca da Raposa, uma reserva em Juquitiba, cidade próxima de São Paulo, onde a réplica de uma aldeia pode ser visitada. Alessandra trabalha, além da coordenação motora das crianças, a prática dessas técnicas milenares. A força da experiência foi tão grande que a professora notou que, mesmo em outros trabalhos, havia no traço dos alunos uma semelhança com a estética indígena. Isso mostrou ainda mais a importância e o impacto dessa pauta. A divulgação da cultura indígena


mostra à população a importância fundamental na construção da identidade nacional brasileira, propondo representar os povos originários com respeito e dignidade e retratando-os de maneira honrada. O estudo colabora com mudanças estruturais presentes na nossa sociedade, como, por exemplo, o uso do termo correto hoje em dia é ‘indígena’, não ‘índio’, já que este último passou a ser associado com algo pejorativo. Entender o porquê disso sensibiliza as crianças – tanto as italianas, que acabam conhecendo uma realidade tão distante, quanto as brasileiras, que têm a oportunidade de ressignificar uma cultura rica, embora tão subvalorizada.

A saída didática foi para o MASP - Museu de Arte de São Paulo, onde a exposição temporária analisada foi MAHKU: Mirações, do Movimento dos Artistas Huni Kuin, um coletivo de artistas importante no cenário da arte contemporânea indígena. A atividade proposta foi retratar e interpretar as obras vistas, incitando as crianças a se relacionarem mais com a cultura original.

Livros para saber mais! Kunumi Guarani, livro infantil escrito por Werá Jeguaka Mirim O lugar do saber ancestral, poesias de Marcia Wayna Kambeba Guayarê: o menino da aldeia do rio, livro de Guayarê sobre o lugar onde vive, a aldeia Yaguawajar O pássaro encantado, de Eliane Potiguara, fala sobre as figuras dos avós. Descolonizando metodologias, de Linda Tuhiwai Smith, com uma análise das referências históricas e filosóficas do ocidente, sobre o conhecimento científico ocidental. Coração na aldeia, pés no mundo: livro de cordel da escritora Auritha Tabajara.

L’IMPATTO DELL’ARTE INDIGENA

N

onostante sia obbligatorio dal 2008 studiare la cultura dei popoli originari del Brasile, è stata la curiosità dei bambini della III Primaria nei confronti degli indigeni a spingere la professoressa di Arte, Alessandra Maiello, ad affrontare questo argomento in classe. Ed è stato attraverso una mostra che ha avviato un progetto annuale con gli studenti. Nonostante la Montale sia una scuola italiana, la causa indigena e quella ambientale vengono

apprezzate e affrontate ogni anno. Infatti, da mesi la professoressa Alessandra esplora l'arte e la cultura delle diverse tribù durante le uscite didattiche. In pratica, ne promuove la conoscenza e sviluppa abilità artistiche negli alunni basandosi su leggende e film. Il valore di questa esperienza è stato così significativo che la professoressa ha notato una somiglianza, anche in altri lavori degli alunni, con l'estetica indigena. Ciò ha ulteriormente evidenziato l'impatto positivo di questo progetto.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

35


PEDAGOGIA REGGIO EMILLIA

A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE Pietro Marcos Di Giaimo e Rafael Ferolla Chiavarelli

H

á séculos, a oralidade tem sido empregada para narrar eventos e difundir histórias, e ainda hoje é utilizada como meio de comunicação. Uma forma de trabalhar com a oralidade é na Infanzia, onde crianças que ainda não são alfabetizadas precisam de ações educativas voltadas para a comunicação verbal. Tal abordagem aprimora o processo, já que propicia situações dinâmicas e envolventes, nas quais os alunos podem explorar e desenvolver um instrumento comunicativo e social. A coordenadora da Infanzia e Primaria, Marcela Olivatti, conta que as instituições de ensino italianas na cidade de Reggio Emilia compreenderam a importância da oralidade. «Então, se uniram para potencializar a educação, florir novas ideias e introduzir novas linguagens», ela conta. Decidiram, assim, criar o Reggionarra, um projeto cultural dedicado à arte de narrar histórias, nascido em 2006. A

partir disso, foi pensada a Notte del Racconto, um evento que acontece uma vez por ano, no final de fevereiro, quando crianças e responsáveis vão a um local, público ou privado, para ouvir histórias contadas por professores ou pelos próprios pais. No evento, são servidos chá e biscoitos, as crianças relaxam e aproveitam o momento de aprendizado juntamente com os responsáveis. A coordenadora Marcela visitou a iniciativa da cidade e decidiu trazer para o Brasil a ideia, mas por conta da dimensão de São Paulo e insegurança em certas regiões, tiveram que adaptá-la e assim nasceu a Mattina del Racconto. O projeto foi implementado pela Montale há mais de cinco anos: aqui, no fim de cada mês, professores ou convidados se propõem a contar histórias para os alunos da Infância e do I Ano. A ação tem o envolvimento de todos os professores da Infanzia e da I Primaria. Segundo a professora Giuliana Colarullo, é um meio de ensino mais divertido e eficiente durante um momento de apreciação literária. Ela, inclusive, apresentou o livro In una notte nera e disse que as crianças se comportaram calmamente e se divertiram com imagens que passavam no telão. «Foi uma experiência encantadora para todos», contou. Até a III Media se envolveu com o projeto, que segue em andamento. Os mais velhos fizeram a encenação do livro Cappuccetto Verde no auditório.

L’IMPORTANZA DELL’ORALITÀ

L

e attività educative orali sono essenziali quando i bambini non sono ancora alfabetizzati. Puntare sull’oralità creando situazioni dinamiche e coinvolgenti, permette ai bambini di esplorare e di sviluppare uno strumento comunicativo e sociale. La coordinatrice dell'Infanzia e Primaria, Marcela Olivatti, racconta che le istituzioni scolastiche

36

REVISTA IL GIRASOLE 2023

di Reggio Emilia hanno compreso l'importanza dell'oralità. «Dunque, si sono unite per potenziare l'istruzione, far fiorire nuove idee e introdurre nuovi linguaggi in classe.» Hanno quindi deciso di creare il Reggionarra, un progetto culturale dedicato all'arte del narrare storie, nato nel 2006.

Il progetto è stato adottato dalla Montale da oltre cinque anni: qui, alla fine di ogni mese, i professori o gli invitati si offrono per raccontare storie agli alunni dell'Infanzia e del I anno della Primaria. Secondo la professoressa Giuliana Colarullo, è un modo di insegnare divertente ed efficace mentre si apprezza la letteratura.


RECORDAR

DIA DA MEMÓRIA: AS CRIANÇAS NO PÓS-GUERRA Clara Muto Belomo

É

tradição na Montale celebrar todos os anos o Dia da Memória, 27 de janeiro, data em que as tropas russas liberaram as vítimas do campo de concentração de Auschwitz, e que agora é dedicada à lembrança dos crimes e das vítimas do Holocausto. A Montale realiza projetos, estudos do Holocausto, passeios a locais importantes para os sobreviventes, encontros e conversas com eles, e leitura de livros, como Se isto é um homem, do ítalo-judeu, Primo Levi. Em 2023, os alunos do IV Liceo, sob orientação da professora de italiano Sara Debenedetti, prepararam uma apresentação diferente do que se costuma ver na Escola – a Shoá sob os olhares das cri-

anças que sobreviveram ao genocídio. Para começar a pesquisa, os livros utilizados como referência foram La shoah dei bambini, de Bruno Maida, e Se solo il mio cuore fosse pietra, de Titi Marrone. «A gente nunca tinha parado para pensar como as crianças ficaram traumatizadas com isso», disse Raíssa, aluna do IV Liceo, e continua, «eu acho que é importante que a gente sempre continue fazendo coisas diferentes, porque às vezes não paramos para pensar em outras formas de ver a guerra, de relembrar isso». O livro Se solo il mio cuore fosse pietra conta a história de 25 crianças, entre 4 e 15 anos, que foram acolhidas por um orfanato criado justamente com esse propósito: ajudar menores

sobreviventes ao Holocausto. «Os adultos conheciam uma vida antes [da guerra, n. d. r.]; só que as crianças não, aquilo era a realidade delas. Durante o seu crescimento, elas não tinham ninguém em que pudessem confiar, para elas qualquer adulto era sinônimo de ‘algo ruim vai acontecer comigo’», contam as alunas. O livro prossegue contando sobre os horrores pelos quais as crianças passaram, e como foi a jornada para a sua recuperação em direção a uma vida normal, na medida do possível. O projeto organizado pela sala foi apresentado na Sinagoga Kehilat Israel, a primeira sinagoga do estado de São Paulo, que atualmente também abriga o Memorial do Holocausto e da Imigração Judaica.

Nel 2023, gli studenti del IV Liceo hanno preparato una presentazione un po' diversa dal solito, focalizzandosi sempre sull'Olocausto ma dal punto di vista dei bambini che hanno sopravvissuto al genocidio. Come supporto alla loro ricerca, hanno utilizzato i libri La Shoah dei bambini, di Bruno Maida,

e Se solo il mio cuore fosse pietra, di Titi Marrone. Il progetto è stato organizzato dalla classe ed è stato presentato presso la Sinagoga Kehilat Israel, la prima sinagoga dello Stato di San Paolo, che attualmente ospita anche il Memoriale dell'Olocausto e dell'immigrazione ebraica.

GIORNO DELLA MEMORIA È ormai tradizione, celebrare ogni anno, presso la Montale, la Giornata della Memoria il 27 gennaio, giorno in cui le truppe russe liberarono le vittime dal campo di concentramento di Auschwitz. Negli ultimi anni, l’evento è stato dedicato al ricordo dei crimini e delle vittime dell'Olocausto.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

37


MUNDO DO TRABALHO

ECOVIAS: UM OLHAR NOS BASTIDORES DE UMA EMPRESA SUSTENTÁVEL Pedro Santin François Antunes e Leonardo Verdura

N

os dias de hoje, quando a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental se tornaram questões importantíssimas, a empresa Ecovias se destaca como uma referência no setor rodoviário. Neste artigo, relatamos nossa excursão à sede da Ecovias, uma empresa renomada no ramo de infraestrutura viária sustentável. Durante essa jornada, tivemos a oportunidade de conhecer de perto as operações e a filosofia que existem por além das estradas. Fundada em 2003, a empresa se diz uma das maiores quando falamos em gestão rodoviária, impulsionada por seus valores fundamentais de responsabilidade ambiental, inovação e impacto social positivo. Ao longo dos anos, a Ecovias tem realizado investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com um total de R$ 3 bilhões destinados a essa causa. Os alunos assistiram a uma apresentação sobre a empresa feita pelo chefe de engenharia da Ecovias Filippo Chiariello. É importante também realçar o comprometimento da empresa com o conceito de ESG (Environmental, Social and Governance). No contexto ambiental, a Ecovias afirma implementar projetos e ações voltadas para a redução dos impactos ambientais em suas operações. Já no aspecto social, a empresa diz adotar uma abordagem responsável, priorizando, assim, a segurança e o bem-estar dos usuários das rodovias que administra. No que diz respeito à governança, relata ter princípios de transparência, ética e responsabilidade corporativa em sua gestão. Coordenado por Amanda Visani, como parte do projeto PCTO (leia no box abaixo), o passeio realizado no dia 24 de maio teve como objetivo mostrar aos alunos um pouco das operações e logísticas da empresa que não ficam tão à mostra ao público. Guiados por profissionais e professores, os alunos foram conduzidos pelas instalações da Ecovias, conhecendo de perto seus projetos e iniciativas voltados para a preservação ambiental. Foram também apresentados à visão e aos valores fundamentais

38

REVISTA IL GIRASOLE 2023

da Ecovias, destacando seu objetivo de criar soluções inovadoras que minimizem o impacto ambiental das infraestruturas viárias. Um exemplo disso foi uma maquete da dimensão de uma sala inteira, retratando a cidade de São Paulo e as áreas que a Ecovias administra, possibilitando compreender como a empresa desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social da região, ao facilitar o deslocamento de pessoas, mercadorias e serviços. Um dos aspectos que impressionou e inspirou os alunos foi o compromisso da empresa com a inclusão de pessoas com deficiência intelectual em sua equipe. Durante a excursão, tivemos a oportunidade de conhecer alguns dos colaboradores que fazem parte do programa de inclusão – ajudando muitos que anteriormente eram excluídos na sociedade e que sofriam de problemas de convívio e socialização. Essa abordagem inclu-


siva é não apenas um exemplo admirável de responsabilidade social, mas também uma demonstração clara de como a diversidade pode impulsionar a inovação e o crescimento sustentável. Vale ressaltar que a dedicação da Ecovias em promover a inclusão foi reconhecida pela ONU, que concedeu o prêmio de Empresa Exemplar em Inclusão e Diversidade. Conquista que, segundo os profissionais da empresa, representa um testemunho do compromisso da Ecovias em liderar pelo exemplo e inspirar outras organizações a adotarem práticas sustentáveis em suas operações.

«L’Ecovias ci ha mostrato una visione ispiratrice di come è possibile essere un’azienda, leader nel proprio settore, e allo stesso tempo occuparsi della sostenibilità e dell’inclusione. Il suo approccio innovativo, l’inclusione di persone con disabilità intellettive nel proprio team e il riconoscimento internazionale, con il premio ricevuto dall’ONU, sono testimonianze del suo impegno per un futuro migliore.»

O QUE É O PCTO? Um projeto feito pelo Ministério da Educação e Mérito Italiano cujo objetivo é ensinar as competências que seriam aplicadas em um ambiente de trabalho ou de ensino superior. Este projeto ajuda a acostumar os alunos ao trabalho em grupo e saber administrar o seu ambiente e recursos. No ano passado, foram introduzidos argumentos e projetos sobre grandes empresas que atuam no mundo todo e abrangem grande parte da economia mundial. Em 2023, em visita à Ecovias, os alunos aprenderam como funciona uma empresa e quais são as normas básicas que uma empresa deve tomar no quesito sustentabilidade.

Para compensar o desmatamento causado pela empresa no reparo e construção das rodovias, a Ecovias tem um sistema de reposição de diversos tipos de vegetação. Ali, no lugar que foi desmatado, este sistema planta mudas e árvores para minimizar o dano causado.

ECOVIAS: UNO SGUARDO DIETRO LE QUINTE DI UN’AZIENDA SOSTENIBILE

I

l PCTO è un progetto istituito dal Ministro dell'Istruzione e del Merito il cui obiettivo è insegnare le competenze necessarie per il mondo del lavoro o dell'università. Questo progetto aiuta gli studenti a familiarizzare con il lavoro di gruppo e a gestire il loro ambiente e le risorse. L'anno scorso sono stati introdotti argomenti e progetti sulle grandi aziende che operano in tutto il mondo e coprono una parte significativa dell'economia globale. Nel 2023, durante la visita alla sede di Ecovias, gli studenti hanno appreso come funziona un'azienda e quali sono le norme basilari che un'azienda deve seguire per quanto riguarda la sostenibilità.

Sotto la guida della coordinatrice Amanda Visani, l'uscita didattica svoltasi il 24 maggio scorso ha avuto l'obiettivo di mostrare agli studenti alcune delle operazioni e logistiche aziendali di solito non visibili al pubblico. Guidati da professionisti e docenti, gli studenti hanno visitato le installazioni di Ecovias, ricevendo un'introduzione approfondita ai progetti e alle iniziative dell'azienda per la conservazione ambientale. Sono stati anche presentati alla visione e ai valori fondamentali, con un'enfasi sull'obiettivo di creare soluzioni innovative che riducono al minimo l'impatto ambientale delle infrastrutture stradali.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

39


CELEBRAÇÃO

GOSTINHO DE QUERO MAIS: A FESTA JUNINA DA MONTALE Valéria Soares Oliveira e Maria Luisa Fraga Toro

A

festa junina, como a conhecemos, é uma grande mistura de culturas. Começou como uma cerimônia de início do verão no hemisfério norte, uma tradição milenar realizada pelos povos pagãos que comemoravam a colheita, a prosperidade e a fertilidade. Na época da colonização, a Igreja Católica portuguesa percebeu a força da manifestação e a trouxe para o Brasil, homenageando, assim, os santos João, Antônio e Pedro. Ao chegar aqui, recebeu influências das culturas africanas e indígenas, se tornando o sucesso que é hoje. No Arraial Montale, temos o grande diferencial da adição da cultura italiana, enriquecendo ainda mais a festança e trazendo muitos pratos deliciosos para o cardápio do evento. Neste ano, após um período de afastamento por conta da pandemia, pudemos nova-

40

REVISTA IL GIRASOLE 2023

mente comemorar com todos os pilares da Escola: o corpo docente e funcionários, os alunos e, finalmente, as famílias. Então, a festa foi muito bem planejada e cheia de novidades. Após uma semana de frente fria, o dia 24 de junho amanheceu ensolarado e quente. O clima estava propício para a festa e a previsão era de muita diversão. Já do lado de fora da Escola era possível ouvir a música típica e as risadas. Ao entrar, a decoração colocava o convidado em clima de festa sentindo o cheiro delicioso das comidas típicas. Os convidados podiam participar da oficina de forró e ir às barracas de jogos típicos. Houve apresentações dos alunos, danças típicas, quadrilha e o maculelê, uma dança africana (leia mais sobre o maculelê na página 55). E quando batia a fome, o Arraial Monta-

le não ficava para trás! No menu, havia comidas típicas de milho, como curau e pamonha, quentão, churrasquinho, pastel, batata frita, crepe e a tão famosa pizza do professor Fabio Pizzighello. Sobremesa também tinha para todos os gostos: o clássico e atemporal bolo da Ritinha, o gelato, o tiramisù e variadas frutas com chocolate. Como de costume, o IV Liceo, o nosso último ano do ensino médio, teve uma participação especial, organizou uma barraca com muitos tipos de doces, produzidos e vendidos por eles. Além disso, a sala retomou uma grande tradição da festa junina, o correio elegante que com suas mensagens anônimas de afeto, aqueceram os corações. Foi um verdadeiro sucesso! Ao fim da festa, todos foram para casa com a barriga cheia e lindas memórias. Fica na boca um gostinho de quero mais!


FESTA JUNINA: L’EVENTO PIÙ ACCOGLIENTE DELL’ANNO

D

opo una settimana di clima freddo, la giornata del 24 giugno è iniziata soleggiata e calda. Le condizioni meteorologiche erano ideali per una festa e si prevedeva molto divertimento. Già dall'esterno della Scuola si potevano sentire le canzoni tipiche e le risate. Appena entrati, la decorazione metteva subito gli invitati in un'atmosfera festosa e si poteva percepire il delizioso profumo del cibo tipico. Gli invitati potevano partecipare all'officina di forró e visitare le bancarelle con i giochi tipici. Gli studenti hanno dato delle esibizioni, presentando balli e danze tipiche come la quadrilha e il maculelê, una danza africana (leggi di più alla pagina 55). Quando è arrivata l'ora di mangiare, l'Arraial

Montale non ha deluso! Il menu includeva piatti tipici a base di mais, come il curau e la pamonha, quentão, spiedini di carne, pastel, patatine fritte, crepes, e la famosa pizza del professore Fabio Pizzighello. C'erano anche dessert per tutti i gusti, tra cui il classico dolce di Ritinha, gelato, tiramisù e frutta al cioccolato. Come sempre, la classe del IV Liceo ha svolto un ruolo significativo, organizzando una bancarella con una varietà di dolci prodotti e venduti da loro stessi. Inoltre, la classe ha ripreso una tradizione importante della Festa Junina, il correio elegante ("postino elegante") che con i suoi messaggi anonimi di affetto ha scaldato i cuori. È stato un vero successo!

REVISTA IL GIRASOLE 2º REVISTA IL GIRASOLE 2023

41


ESPORTES

OLIMPÍADAS 2023: UNIÃO E EMOÇÃO Sofia Sosa Campos e Ana Calado Marcondes

«Le Olimpiadi alla Montale vanno al di là della semplice pratica sportiva. Credo che i valori dello sport possano offrire un contributo decisivo all’educazione e alla formazione dei giovani.» Bruno Fernandes, professor de Educação Física

FAIR PLAY

A

s Olimpíadas da Montale estão nos corações de todos que a conhecem. Um dos maiores eventos da escola veio cheio de novidades em 2023. O evento esportivo durou uma semana (de 28 de agosto a 2 de setembro), quando toda a Escola foi dividida em quatro cores: amarelo, azul, vermelho e verde. A competição foi acirrada: entre o primeiro e o último lugar a diferença foi de apenas alguns pontos. O tema da edição deste ano foi a inclusão no esporte e todos os times tiveram que escrever um hino e fazer

42

REVISTA IL GIRASOLE 2023

uma bandeira inspirados nesse assunto. Entre as novidades, além de novos jogos e brincadeiras como xadrez e cubo mágico, todos os times tiveram que fazer uma arrecadação de alimentos durante a semana. Era necessário reunir 100 kg para que os grupos ganhassem pontos. Isso fez com que cada aluno se envolvesse com a causa, provando que juntos conseguimos fazer a diferença. O resultado foi a coleta de mais de meia tonelada de alimentos – o objetivo era 400kg de não perecíveis. Tudo foi doado para a ONG Arco Associação Beneficente.

As Olimpíadas são um exemplo concreto de como os alunos são formados na Montale: vimos várias vezes os maiores cuidando dos mais novos, resolvendo problemas com honestidade e cooperatividade e demonstrando que isso é maior que a competitividade. E a Escola reconhece todas essas atitudes premiando o time com mais atos honestos com um prêmio Fair Play - o time premiado nesse ano foi o verde.


Em entrevista, o professor Bruno, um dos organizadores do evento, comenta: Como foram as Olimpíadas? As Olimpíadas deste ano foram um novo capítulo para Montale porque com dedicação, trabalho e esforço, nós conseguimos organizar tudo. Foi um sucesso. Eu via nos rostos dos alunos que eles gostaram. É uma semana em que planejamos tudo para as crianças, voltada para a troca de emoções, novas amizades, conhecer pessoas que você não tem muito contato. As Olimpíadas fazem isso com a gente: você tem alunos da Infância com os do Liceo com o mesmo objetivo, em uma mesma festa.

Qual o destaque desta em relação aos anos anteriores? Acredito que o destaque foi principalmente o Liceo na parte do fairplay, no respeitar o limite do outro, em integrar todo mundo. Todos os alunos do Liceo me pareceram muito focados na prática do esporte, mas com um pensamento igualitário, com equidade, na qual todo mundo participasse e todo mundo se divertisse e isso para mim foi muito importante.

Como se dá a interação entre os menores e adolescentes? Acredito que a parte mais legal é quando vemos o pessoal do Liceo ensinando o hino, as músicas, mostrando a bandeira, falando de sua equipe para os pequenos, mas também o contrário, quando vemos a torcida dos menores com o Liceo e Media jogando. Na semana pós-Olimpíadas, você vê os alunos que não se falavam, até se abraçando, falando "Oi, e aí? Tudo bem?", essa interação para mim é mágica e fantástica.

Se você pudesse definir as Olimpíadas com uma palavra, qual seria? Não consigo definir as Olimpíadas em uma só palavra, então vou definir em duas: união e emoção. União, porque vemos alunos da Media, da Infância e do Liceo unidos. E emoção, porque é uma semana em que estamos com sentimentos à flor da pele, até a cerimônia de encerramento, no sábado, que se dá de maneira muito emocionante. É muito legal para todos.

OLIMPIADI 2023: UNIONE ED EMOZIONE

L

e Olimpiadi della Montale risiedono nei cuori di tutti coloro che le conoscono. Considerato uno dei più emozionanti appuntamenti della nostra Scuola è arrivato con molte novità nel 2023. L'evento sportivo si è svolto nella settimana dal 28 agosto al 2 settembre, durante la quale l'intera Scuola è stata divisa in quattro squadre: gialla, blu, rossa e verde. Il tema dell’anno è stato quello dell'inclusione nello sport, e tutte le squadre dovevano fare un inno e una bandiera ispirati a questa tematica. La competizione è stata serrata: tra il primo e l'ultimo posto la differenza era di pochi punti. «Non riesco a definire le Olimpiadi in una sola parola, quindi le definirò in due: unione ed emozione. Unione, perché vediamo studenti della Media, dell'Infanzia e del Liceo, tutti uniti. Emozione, perché è una settimana in cui siamo carichi di emozioni fino alla cerimonia di chiusura, svoltasi il sabato. È davvero fantastico per tutti», racconta il professor Bruno Fernandes, insegnante di Educazione Fisica.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

43


QUÍMICA ORGÂNICA

CREME COSMÉTICO EM SALA DE AULA? Franco Oliveira Soares e Stefano Di Monte Durazzo

E

stá cansado de ler livros didáticos, mas nunca poder ver toda a teoria acontecendo na frente de seus olhos? Já imaginou poder fazer experimentos dentro de sala de aula? Na Montale acontece… Um creme cosmético é uma emulsão composta por uma fase aquosa e uma fase oleosa, mantidas juntas por sistemas emulsionantes. Mas o propósito é mostrar tudo que se aprende em sala de aula na realidade e, assim, facilitar o aprendizado. O projeto Crema Cosmetica foi idealizado pelos professores de Física Fabio Pizzighello e Química Giorgio Bianchini, acompanhados pelos alunos do II, III e IV Liceo.

CREMA COSMETICA IN CLASSE? S

ei stanco di continuare a leggere manuali didattici senza mai vedere la teoria prendere vita davanti ai tuoi occhi? Hai già immaginato di poter fare esperimenti direttamente in classe? Alla Montale, è possibile!

44

REVISTA IL GIRASOLE 2023

La crema cosmetica è un esempio di emulsione composta da una fase acquosa e una fase oleosa, unite da sistemi emulsionanti. Ma il proposito del progetto è rendere concreto e visibile tutto ciò che viene appreso in aula, facilitan-

do così il processo di apprendimento. Il progetto Crema cosmetica è stato concepito dai professori di Fisica, Fabio Pizzighello, e Chimica, Giorgio Bianchini, con la partecipazione attiva degli studenti del II, III e IV anno del Liceo.


SUSTENTABILIDADE

PARA ONDE VÃO OS PAPÉIS QUE JOGAMOS FORA? Enrico Colarullo Couto e Théo Garbosa Vieira

O

consumo per capita de papel, no Brasil, é de cerca 50 kg por ano. Isso equivale a mais de 10.000 folhas de tamanho A4, o que representa quase uma árvore e meia de eucalipto. Aqui no nosso país, apenas 37% do papel produzido vai para reciclagem. Sabendo disso, a professora de Artes da Media e da Primaria, Alessandra Maiello, criou um laboratório com os alunos da III Media para a reciclagem de papel e, assim, diminuir o desperdício. «O projeto começou porque estávamos estudando, no livro, sobre

a fabricação do papel e os estudantes tiveram vontade de criar esse papel com folhas usadas», diz Alessandra. A aluna Beatriz Di Giaimo, da III Media e participante do projeto, conta: «Como muitos dos trabalhos da Infância vão para o lixo, decidimos recolher esses papéis lá». Assim, usando as informações do livro de Tecnologia, a classe criou seu próprio papel. Após recolher o material necessário, bateram no liquidificador os trabalhos que iriam para o lixo e, colocaram para secar em cima de uma tela.

DOVE VA LA CARTA CHE BUTTIAMO VIA? I

l consumo di carta pro capite in Brasile corrisponde a circa 50 kg all'anno, il che equivale a più di 10.000 fogli A4, corrispondente a quasi un albero e mezzo di eucalipto. Nel nostro paese, solamente il 37% della carta prodotta viene riciclata. Consapevole di questa situazione, la professoressa di Arte della Media e della Primaria, Alessandra Maiello, ha proposto un laboratorio di riciclaggio della carta con gli alunni della III Media per ridurre gli

sprechi. «Il progetto è nato mentre studiavamo, dal manuale scolastico, il processo di produzione della carta quando gli studenti hanno avuto l'idea di creare carta riutilizzata a partire dai rifiuti di carta destinati al cestino», spiega Alessandra. Una delle sue studentesse, Beatriz Di Giaimo che ha partecipato al progetto, racconta: «Stavamo studiando la carta e come riutilizzarla, così abbiamo avuto l'idea di raccogliere tutti i rifiuti di carta destinati al

cestino e crearne della nuova. Visto che molte delle attività realizzate con la carta dell’Infanzia finiscono nella spazzatura, abbiamo pensato di andare lì a raccogliere i residui di carta». Quindi, seguendo le indicazioni del libro di tecnologia, la classe ha creato la propria carta frullando il tutto in un mixer e facendola poi asciugare su un setaccio, trasformando, infine, i rifiuti di carta destinati al cestino.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

45


DIREITOS

CARNE ÉTICA OU MERCADO ILEGAL? Caio Mamede Franco e Ettore Gaglianoni Stori

J

á parou para pensar que quando falamos de coisas como “ética” ou “direitos”, é comum pensarmos apenas no ser humano? Mas e os outros seres vivos? Eles não têm direitos? Não merecem também ser tratados com ética? Na verdade, esse é um tema que já é debatido em algumas associações, como, por exemplo, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que escreveu a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, uma carta de 14

46

REVISTA IL GIRASOLE 2023

artigos sobre os direitos dos animais. A Escola Eugenio Montale, que faz parte dessa associação, decidiu criar um projeto com o II ano da Scuola Secondaria di I grado sobre o assunto. O projeto foi realizado como parte do programa de Educação Cívica com o professor de Ciência, Francesco De Santi. Após entrarem em contato com o tema, os alunos realizaram uma pesquisa sobre seres vivos em ameaça de extinção, e os motivos por trás de tais perigos. Após perceberem a grande influência humana nesses

problemas, conseguiram ligá-los diretamente aos artigos da carta dos direitos dos animais. «Eu vi os alunos muito envolvidos nisso. Por menor que seja essa ação, ajuda», disse o professor Francesco. Um dos problemas é o tratamento de animais como mercadoria. Segundo o professor De Santi, animais não devem ser comprados, mas adotados. Evitar a compra de animais domésticos é uma forma de combater esse mercado antiético. Outro problema é a posse ilegal de


animais selvagens. Apesar da venda desses animais ser proibida, esse tipo de tráfico é um dos mais comuns e lucrativos do mundo. Ter consciência sobre os animais, que devem estar na natureza, é fundamental para a proteção deles. Outra questão, apontada pelo professor, é a necessidade de consumir apenas “carne ética”. A “carne ética” é aquela que é produzida sem maltratar

os animais, podendo ser identificada na embalagem do produto. Esse conceito não vale apenas para a carne, mas também para qualquer produto de origem animal, como ovos, leite e queijo. Outros produtos que devem ser mencionados são os de higiene (como xampu, por exemplo), pois muitos deles são testados em animais. Identificar e escolher produtos com frases como “animais criados livres”

ou “cruelty free” (“livre de crueldade”) é uma das ações que podemos tomar para combater os maus tratos aos animais na indústria.

CARNE ETICA O MERCATO ILLEGALE? L

'UNESCO ha redatto la Dichiarazione universale dei diritti dell’animale, una lettera di 14 articoli sui diritti degli animali. La Scuola Eugenio Montale, che fa parte di questa associazione, ha deciso di avviare un progetto con la II Media su questo argomento. Il progetto è stato realizzato come parte del programma di Educazione civica del professore Francesco De Santi. Dopo essersi confrontati con l'argomento, gli studenti hanno condotto una ricerca sugli esseri viventi in pericolo di estinzione e sulle ragioni di tali minacce. Dopo aver riconosciuto l'ampia influenza umana su tali problemi, sono riusciti a collegarli direttamente agli articoli della Dichiarazione. «Ho visto gli studenti molto coinvolti. Anche una piccola azione come questa fa la differenza», ha affermato il professore Francesco De Santi. Uno dei problemi riguarda il trattamento degli animali come merce. Secondo il professore De Santi, gli animali non dovrebbero essere comprati, ma adottati. Evitare l'acquisto di animali domestici è un modo per contrastare questo mercato non etico.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

47


EXATAS NA PRÁTICA

UM FOGUETE PARA INICIAR O EVENTO CULTURAL Anna Arcari e Leonardo Ruggiero

O

lançamento de um foguete foi o marco inicial da Mostra del sapere, no dia 11 de novembro. Esse trabalho surgiu da união das matérias de Física, na qual foi feita a parte teórica do lançamento de um foguete e sua construção, e Química, com o estudo da reação isotérmica do combustível, e começou logo após as férias de inverno para ser concluído até a Mostra. Os professores responsáveis foram Fabio Pizzighello (Matemática e Física) e Giorgio Bianchini (Química). «A ideia surgiu da necessidade de tornar prático aquilo que nós estudamos em sala de aula, e mostrar aos alunos e ao público, no dia da Mostra, como se concretiza o que estudamos em classe», afirmou o professor Fabio. O projeto não apresenta algum perigo se mantido a uma certa distância e com a presença de um adulto. O método usado pelos nossos professores para este projeto foi o learning by doing. O resultado facilita a compreensão do aluno e ainda o diverte. A teoria não precisa só ser escrita na lousa, mas também pode ser aplicada na realidade, colocando o aluno em situações práticas.

UN RAZZO DÀ IL VIA ALLA MOSTRA CULTURALE I

l lancio di un razzo è stato il punto di partenza della Mostra del sapere, tenutasi l'11 novembre scorso. Il progetto è nato dalla collaborazione tra le materie di Fisica, in cui si è studiato il lato teorico del lancio del razzo e la sua costruzione, e di Chimica, con lo studio della reazione esotermica del combustibile. I professori responsabili del progetto sono stati Fabio Pizzighello, insegnante di Matematica e Fisica, e Giorgio Bianchini, insegnante di Chimica. «L'idea nasce dalla necessità di rendere pratico quello che studiamo in classe e far vedere agli studenti e al pubblico il giorno della Mostra Culturale come si concretizza ciò che, appunto, studiamo a lezione», ha raccontato Fabio.

48

REVISTA IL GIRASOLE 2023

Il cono dell’apprendimento dell’educatore americano Edgar Dale. Dopo due settimane tendiamo a ricordare: 10% di ciò che leggiamo 20% di ciò che ascoltiamo 30% di ciò che vediamo 50% di ciò che vediamo e ascoltiamo 70% di ciò che diciamo 90% di ciò che diciamo e facciamo Como si può costatare, il coinvolgimento dei sensi e dell’esperienza esercitano una importante influenza sulla memoria umana.


VITRINE DE PROJETOS

MOSTRA DO SABER 2023 T

odos os caminhos levam a Roma? Na Montale, todos os caminhos do ano letivo levam à Mostra Cultural! Vanessa Finardi Squassoni, diretora didática brasileira, conta como vê o evento escolar mais importante da Escola. Confira: «O objetivo da Mostra Cultural é colocar em prática tudo que foi aprendido durante o ano. E união é a palavra-chave. Nada mais urgente, em tempos difíceis de guerras, unir todos os alunos e toda a comunidade em torno de uma mostra detalhadamente pensada para

abordar a defesa incondicional do diálogo, da busca do entendimento, da troca empática de pontos de vista, alcançando com ousadia a defesa da dignidade e civilidade humana. Diante de tantos contextos históricos, de tantas culturas distintas, somando-se a alguns milhões de individualidades, o diálogo é a ferramenta da qual não abrimos mão. Uma escola internacional tem o dever, em união com as famílias, de formar cidadãos plenos do mundo, e é justamente isso que mostramos ao público no último 11 de novembro de 2023.»

MOSTRA DEL SAPERE 2023

T

utte le strade portano a Roma? Alla Montale, tutte le strade di fine anno scolastico portano alla Mostra Culturale! Vanessa Finardi Squassoni, direttrice didattica brasiliana, racconta le sue impressioni sull'evento scolastico più importante della Scuola. Diamoci un'occhiata! «L'obiettivo della Mostra Culturale è mettere in pratica tutto ciò che gli alunni hanno appreso nel corso dell'anno scolastico. La parola chiave di questo evento è unione. In tempi difficili, di guerra, è fondamentale riunire tutti gli alunni

e l'intera comunità intorno a una mostra concepita per affrontare la difesa incondizionata del dialogo, promuovere la comprensione e lo scambio empatico di punti di vista. Di fronte a molteplici contesti storici, diverse culture e milioni di individualità, il dialogo rappresenta uno strumento indispensabile. Una scuola internazionale ha il compito, insieme alle famiglie, di formare cittadini del mondo a tutti gli effetti ed è ciò che abbiamo presentato al pubblico lo scorso 11 novembre.» Vanessa Finardi Squassoni - Direttrice didattica brasiliana

REVISTA IL GIRASOLE 2023

49


AUTOCONHECIMENTO

O CORPO HUMANO PARA SE CONHECER MELHOR Luther Bruno Fernandes , Gian Carlo Rapazzini Spader, Gian Enrico Rapazzini Spader

A

professora Renata Paula da Cruz, que dá aula de Italiano para a I Primária, fez um projeto com as crianças sobre o corpo humano. A ideia era falar sobre a importância de cada órgão e como eles funcionam. «Eu os levei à biblioteca e mostraram muito interesse pelo corpo humano. Tivemos, então, a ideia de montar o corpo humano partindo do que eles sabiam», conta Renata. Esse interesse se deu principalmente porque, em 2022, quando estavam na Infância, estudaram também o tema. Fabiana Mirella Garboza, professora deles na época, levou um esqueleto para a sala de aula, e as crianças começaram a se interessar pelo assunto. Então, começaram um projeto estudando as veias, os órgãos que consideravam mais importantes do nosso corpo e as digitais, descobrindo que cada um tem a sua própria. Agora, o de 2023 está focado mais especificamente nos órgãos, mostrando a importância de cada um para o funcionamento de todos. A professora Renata e as crianças fizeram um contorno do próprio corpo e, agora, estão estudando e aprendendo todo dia sobre um órgão diferente, para em seguida desenhá-lo no lugar certo. O objetivo é fazer com que as crianças, desde cedo, aprendam conceitos da Biologia e conheçam a si mesmos. Ali, elas sentem a necessidade de explorar seus corpos, aprendendo e socializando com os colegas e com o mundo ao redor. Na Mostra Cultural, o resultado pode ser visto pelos visitante em obras de arte nas paredes.

50

REVISTA IL GIRASOLE 2023


«A gente contornou os nossos corpos e colocou os órgãos dentro!» - Giovanni Grasso «Quais órgãos?» - Prof. Renata «O coração, o pulmão, o estômago , o intestino, o celebro (sic)» - Giovanni Grasso «O que mais aprendemos?» - Prof. Ren ata «Aquele que deixa a voz mais grossa, a traqueia!» - Giovanni Grasso «Antonella Pinheiro, o que aprendemos? »Prof. Renata

ro ntonella Pinhei «O pulmão» - A - Prof. cê se lembra?» vo e, rv se e u q a «Par Renata heiro - Antonella Pin «Para respirar» ata que» - Prof. Ren ri en H z, ve a u «S ques - Henrique Mar «Os músculos» enata , João?» - Prof. R em rv se e u q a «Par e» - João Bugni «Para ficar fort a gente forte, mas para r ca fi a ar p só o «Não Giovanni Grass » ir ca ão n e é ficar em p

STUDIARE IL CORPO UMANO PER CONOSCERSI L

a professoressa Renata, che insegna italiano alla I Primaria, ha realizzato un progetto con i bambini sul corpo umano. L'idea è quella di discutere l'importanza di ciascun organo e come essi funzionano. «Li ho portati in biblioteca e lì hanno dimostrato un grande interesse per il corpo umano. Così, abbiamo avuto l'idea di ricostruire il corpo umano basandoci su ciò che già sapevano», racconta la professoressa Renata.

Il progetto si concentra sull'evidenziare l'importanza di ogni organo nel funzionamento complessivo del corpo. La professoressa e i bambini ne hanno disegnato il contorno e ora stanno studiando e imparando ogni giorno su un organo diverso, per poi disegnarlo nella posizione corretta. L'obiettivo è che fin da piccoli i bambini apprendano concetti della Biologia e sviluppino una meglio comprensione del proprio corpo.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

51


INTERCULTURALIDADE

A CULTURA LATINA NAS AULAS DE ESPANHOL Raissa De Lima, Gabriela Infante, Leonardo Verdura, Luther Bruno Fernandes, Franco Beconcini e Massimo Corda

D

urante o Ensino Médio, os alunos devem optar por Espanhol ou Economia. O curso de Espanhol, dirigido pelo professor cubano Juan Ramirez, vai do nível básico ao avançado. O diferencial é apresentar aos alunos as culturas dos países da América Latina e não só ensiná-los a falarem a língua. Apesar de o Brasil ser o único país do

continente que fala português, o projeto trouxe a percepção de que somos todos latinos – por isso é tão importante conhecer as culturas dos países que estão à nossa volta. Com o intuito de apresentar novas culturas aos estudantes, o docente executou um projeto em que os alunos produziram um fanzine sobre os diferentes tipos de patrimônios. As

Descripción de patrimonios ural:

Patrimonio cult

rtancia históritiene una impo oria y a la Es todo lo que refiere a la mem ca y cultural, se n en patride vi di Se . lo pueb s y mon identidad de un cio ifi ed iales, como monios mater ia er les como imonios inmat umentos y patr sible tocar, po es no e ltura qu es, etc. Es todo en una cu on ici ligiosa s, trad histórica y como fiestas re cia an rt po im a ne un la identia todo lo que tie y ia or em re a la m imonios tr cultural, se refie pa en lo. Se dividen eb pu un de d da monumentos y mo edificios y materiales, co o todo en una m co materiales patrimonios in r, como fiestas es posible toca cultura que no , etc. es on ici religiosa s, trad

Patrimonios ambientales:

Es un conjun to de bienes naturales de un determ inado país. Se refiere a la suma tota l de los elemen tos de la biodiver sida d (fauna, flora , ecosistemas , estructura s geológica s). Tenemos la obligación de protegerlos y conser varlos .

52

REVISTA IL GIRASOLE 2023

salas se dividiram e fizeram pesquisas sobre patrimônios individuais, comunitários, familiares, ambientais e culturais. Com este projeto, os alunos afirmaram terem entendido melhor as diferenças entre os patrimônios que não conheciam. Além disso, contaram que aprenderam sobre comidas típicas, lugares, bens culturais dos diferentes países do continente.


¡Nuestro Español en contexto! (Propagandas y publicidades realizadas) En las clases de español aprendemos de manera diferente. Siempre intentamos relacionar lo que estamos estudiando a un contexto real. El IV Liceo, por ejemplo, estudió el imperativo elaborando publicidades y propaganda, teniendo la oportunidad de aplicar la materia en la practica.

LA CULTURA LATINA NELLE LEZIONI DI SPAGNOLO I

l corso di Spagnolo, tenuto dal professore cubano Juan Ramirez, copre tutti i livelli, dal principiante all'avanzato. Il differenziale del corso è, però, quello di presentare agli studenti le culture dei paesi dell'America Latina e non solo insegnare loro la lingua. Nonostante il Brasile sia l'unico paese del continente in cui si parla il portoghese, il progetto ha portato alla consapevolezza che siamo tutti latinoamericani, ed è quindi importante conoscere le culture dei paesi che ci circondano.

Per consentirgli di conoscere le altre culture, il docente ha realizzato un progetto il cui risultato ha prodotto una fanzine, realizzata dagli alunni stessi, sui diversi tipi di patrimoni. Così, le classi si sono suddivise in gruppi, con l’intuito di studiare i patrimoni quali individuali, comunitari, familiari, ambientali e culturali. Con questo progetto, gli alunni affermano che hanno potuto capire le differenze fra i vari tipi di patrimoni che non conoscevano e imparare di più sulla cucina, i luoghi e i beni culturali dei diversi paesi.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

53


LITERATURA

MAIO: O MÊS DOS LIVROS

Isabella De Toledo Ramos Troncone e Isabella Rimoldi

I

magina entrar na escola e dar de cara com alunos deitados em redes? Se a cena parece motivada por preguiça, em maio na Scuola Eugenio Montale, a história era diferente. O projeto Il Maggio dei libri foi realizado na Montale para incentivar os alunos a lerem mais – daí a necessidade de colocar lugares confortáveis para a leitura. Maio dos livros é uma iniciativa do Ministério da Cultura italiano. O tema deste ano foi “Se leggi, sei forte” (“Se você lê, você é forte”). Segundo Marcela Olivatti, coordenadora da Infância e Primária, «quando uma pessoa lê, ela desenvolve o pensamento crítico, e passa a não aceitar injustiças e sofrimentos».

Esse ano, na Montale, os projetos desenvolvidos para essa iniciativa foram vários: desde a instalação de espaços aconchegantes, feitos para convidar os alunos a lerem, uma “biblioteca móvel”, onde alunos ou pais poderiam deixar e pegar livros e tivemos até um desfile de personagens! Alunos de toda a Escola foram convidados a se fantasiar de personagens de seus livros preferidos. Além disso, foi feita uma edição especial da Mattina del Racconto. Ali, os próprios alunos da III Primária tiveram a oportunidade de se tornarem personagens de um conto e apresentá-lo às crianças da Infância. Todos adoraram o projeto. Na Primária, ficaram muito animados

em ler e representar um livro teatralmente. Donatella, professora de Italiano da Primária, contou: «Foi uma ocasião para poder incentivar o uso do italiano em contextos que não fossem só atividades didáticas na sala.» As crianças da Infância, que ainda estão se familiarizando com a nova língua, também tiveram impactos muito positivos com esse projeto. Eles assistiram às peças de teatro (em italiano!), e discutiram em sala. Ver a apresentação dos alunos mais velhos deixou até os mais agitados completamente encantados. Outro hábito criado durante esse mês foi levar as crianças à biblioteca: lá, eles têm até seu próprio espaço, onde a maestra propõe leituras para casa.

LETTURE DI MAGGIO

M

aggio dei libri è un'iniziativa del Ministero della cultura italiano, il cui tema di quest'anno è stato “Se leggi, sei forte”. Secondo Marcela Olivatti, coordinatrice dell'Infanzia e della Primaria, «quando una persona legge, sviluppa il pensiero critico e smette di accettare ingiustizie o sofferenze.» Quest'anno, alla Montale, sono stati implementati diversi progetti per questa iniziativa: dall'allestimento di spazi accoglienti pensati per invitare gli studenti a leggere, a una “biblioteca mobile” in cui studenti e genitori potevano lasciare libri e prenderne in prestito. C'è stato persino un sfilata di personaggi! Gli studenti di tutta la Scuola sono stati invitati a travestirsi dai personaggi dei loro libri preferiti. Inoltre, è stata realizzata una edizione speciale della Mattina del Racconto, in cui gli stessi studenti della III Primaria hanno avuto l'opportunità

54

REVISTA IL GIRASOLE 2023

di impersonare i personaggi di una storia e presentarla ai bambini della Primaria. Tutti hanno apprezzato il progetto. Nella Primaria, erano entusiasti di leggere e rappresentare un libro. Donatella, insegnante di Italiano della Primaria, ha dichiarato: «È stata un'occasione per promuovere l'uso dell'italiano in contesti diversi da quelli puramente didattici, in classe.» Anche i bambini della scuola dell'infanzia, che stanno ancora imparando questa nuova lingua, hanno tratto benefici molto positivi da questo progetto. Hanno assistito alle rappresentazioni teatrali (in lingua italiana!) e ne hanno discusso in classe. Vedere gli studenti più grandi recitare ha affascinato persino i più irrequieti. Durante questo mese, si è creata l’abitudine di portare i bambini più spesso in biblioteca: hanno persino uno spazio dedicatogli, dove la maestra propone loro libri da portare a casa e leggere.


ENCONTROS MEMORÁVEIS

EX-ALUNO DÁ AULAS DE HISTÓRIA NA MONTALE

A

Escola Eugenio Montale recebeu, no dia 21 de junho passado, a visita de seu ex-aluno Marco Antonio Corsini Neto, atualmente graduando em História pela PUC-SP. Corsini, a convite do professor Marcílio Melo Vieira, veio apresentar para os alunos do III ano, da Escola Secundária de I grau, uma aula cujo tema era “O Stalinismo na URSS”. «Os alunos e docentes da Montale o receberam com grande entusiasmo. A turma participou com viva interação, demonstrando não somente interesse pelo tema, mas também muita curiosidade pela escolha acadêmica de

Marco», contou o professor Marcílio. O ex-aluno afirmou ter gostado muito da experiência. «Foi entusiasmante dar aula e ver os alunos interagindo mais do que eu podia esperar», disse. A iniciativa serviu para trazer aos alunos da Montale uma pequena amostra do imenso universo que se abre diante do estudante ao fim do percurso escolar, quando se deve decidir que estrada tomar em direção a uma futura profissão. Veja como os alunos ficaram impactados: «Foi uma experiência muito interessante porque aprendemos com um ex-aluno da Escola e tivemos a opor-

tunidade de ouvir outro professor» Beatriz Di Giaimo. «A aula do prof. Corsini foi muito completa: ele explicou coisas que eu não sabia e o tema era realmente muito importante» - Enzo Veronesi. «Gostei muito principalmente porque pudemos aprofundar o argumento e aprender de um ex-aluno da nossa Escola» - Júlia Caslavsky. «Foi uma aula interessante porque o tema não era muito claro no livro de História e Marco explicou tudo muito bem» - Pietro Caldarola. «Aula espetacular porque, além de explicar muito bem, ele também fala italiano» - Marco Arcari.

Ex alunno torna alla Montale e dà lezione di Storia

L

a Montale ha ricevuto, il 21 giugno scorso, la visita del suo ex studente Marco Antonio Corsini Neto, attualmente laureando in Storia presso la PUC-SP. Corsini, su invito del professore Marcílio Melo Vieira, è venuto a dare una lezione sullo stalinismo nell'Urss agli studenti del III anno della Scuola Secondaria di I grado. Gli alunni e gli insegnanti della Montale lo hanno accolto con

grande entusiasmo. Marco ha dichiarato di aver apprezzato molto l'esperienza. «È stato entusiasmante e gli studenti hanno interagito più di quanto potessi aspettarmi», ha raccontato l'ex studente. L'iniziativa ha offerto ai ragazzi un piccolo assaggio della varietà di opportunità che gli si aprirà davanti alla fine del percorso scolastico, quando dovranno decidere quale strada intraprendere verso una futura professione.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

55


LINGUAGEM UNIVERSAL

MÚSICA PARA APRENDER Fausto Fioratti De Mello Almada e Ivan Moura Fruttuoso

P

resente até o final da Scuola Secondaria di I grado (Media), a música não faz parte do currículo italiano da Scuola Secondaria di II grado (Liceo). Elaine Giacomelli dá aulas de Música na Montale e explica que, apesar disso, o tema é amplamente trabalhado com os alunos até que se formem: «Estudar a música só até a III Media é uma pena, porque além de tudo, os alunos tendem a ter muita vergonha. Já no Liceo, não, pois é onde se dá a colheita de todo aquele trabalho desenvolvido ao longo da Infância, da Primaria e da Media. A gente consegue fazer os alunos se expressarem, tirar personagens que jamais pensaríamos que poderiam sair.

56

REVISTA IL GIRASOLE 2023

O Liceo já está preparado para isso. Foi incrível termos voltado a estudar juntos um pouco de música no Liceo, quando acabou a pandemia. As ‘ferramentas’ estavam mais afiadas», explica a professora Elaine. Com as crianças, o impacto é outro, como explica o professor de Música da Primaria, Caio Chiarini. Ele orquestrou uma apresentação na Festa Junina, conseguindo com que cada criança tocasse um instrumento diferente em harmonia. Durante as aulas, aplica-se um modelo de ensino inovador que se baseia na liberdade de escolha. Ou seja, são os próprios alunos que escolhem os instrumentos com os quais se iden-

tificam mais, graças à ajuda do professor nas discussões em grupo e negociações com os alunos. O professor Caio não acredita que a melhor forma de ensinar as crianças seja apenas cantando ou tocando flauta. Para ele, o melhor é experimentar todas as possibilidades e finalmente decidir qual é a melhor para si. Ainda faz parte do aprendizado de música na Montale ler partituras, aulas de canto e interpretação de peças de teatro. Mesmo que não esteja presente regularmente no Ensino Médio, se busca também resgatar esta parte fundamental do aprendizado para que os alunos tenham liberdade e possam aprender se divertindo.


«La musica è un linguaggio e aiuta nell’apprendimento di altre lingue. Quando si canta un testo si esercita la comprensione della lingua e sono necessarie persistenza e resilienza nell’imparare a suonare uno strumento. La musica aiuta l’essere umano.» Paola Capraro, diretora didática italiana

Suporte para o aprendizado e a superação Para os antigos Gregos, a música era considerada remédio para o corpo e a alma, e era tida como algo de origem divina. Para os Romanos, era utilizada nos rituais religiosos e de guerra. No mundo moderno, a musicista da antiga Tchecoslováquia (hoje República Tcheca) Zuzana Ruzickova superou o holocausto com ajuda da música e sua história virou um livro: Cem milagres, escrito em parceria com a jornalista e escritora Wendy Holden. A música na Montale ajuda o aprendizado de uma forma fluida e rítmica. Assim, pode ensinar sobre o mundo clássico, obras literárias, culturas diferentes e a música em si, como se vê nos exemplos a seguir. Um deles foi o maculelê, apresentado na Festa Junina, que retrata uma cultura diferente da brasileira e da italiana: é uma luta de origem africa-

na, que conta a história de um garoto que defendeu sua tribo apenas com dois pedaços de pau. Outro exemplo foi a nossa versão musicada do Cantico delle Creature, de Francisco de Assis, que exalta a natureza do mundo terreno e sua origem divina. Essa foi a primeira obra religiosa escrita na linguagem chamada de “vulgar umbro”, uma das derivações orais do latim. Francisco buscava, saindo do latim, popularizar a mensagem para o maior número de pessoas possível. Cantico foi o primeiro poema a exaltar a terra como algo que Deus criou e não apenas uma passagem para o paraíso. Elementos rítmicos também fizeram parte da abertura das Olimpíadas da Montale, em 2022: os alunos encenaram a hakka, ritual de guerra da Nova Zelândia, que usa percussão, coreografia e a própria voz para intimidar o adversário.

to potessero emergere. Gli alunni del Liceo sono già più maturi per questa esperienza e lo si è visto nel progetto a cui hanno partecipato dopo la pandemia, quando hanno intonato l’emozionante Cantico delle creature di Francesco D’Assisi, una lode e un ringraziamento a tutti gli elementi della natura. Con i bambini, l'impatto è diverso, spiega il professore di Musica della Primaria, Caio Chiarini, che ha orchestrato una presentazione alla Festa Junina, riuscendo a far suonare ad ognuno uno strumento diverso, in armonia. Durante le lezioni, l’insegnante applica un modello

innovativo basato sulla libertà di scelta. Gli stessi alunni individuano gli strumenti con cui si identificano di più con l'aiuto del maestro o tramite discussioni in gruppo e negoziazioni.

IMPARARE CON LA MUSICA

P

resente fino al termine della Scuola Secondaria di I grado (Media), la musica non fa parte del curricolo italiano della Scuola Secondaria di II grado (Liceo). Elaine Giacomelli insegna Musica alla Montale e spiega che, nonostante ciò, la disciplina è trattata con gli studenti fino alla maturità: «Il fatto che si studi solo fino alla III Media è un peccato, poiché gli studenti tendono a essere molto timidi a quell’età. Ma al Liceo, no, perché è qui che si raccoglie tutto il lavoro svolto durante l'Infanzia, la Primaria e la Media. È qui che riusciamo a far esprimere gli studenti, a far emergere talenti che non avremmo mai pensa-

«La musica è un linguaggio. Aiuta nell'apprendimento delle lingue. Quando si impara a cantare una canzone, si sta esercitando la comprensione della lingua ed è necessaria perseveranza e resilienza nell'imparare a suonare uno strumento. La musica aiuta l'essere umano», afferma Paola Capraro, direttrice didattica italiana.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

57


FORMAÇÃO DOCENTE

ESTAR INSPIRADO PARA INSPIRAR!

F

ormar nossos profissionais é algo muito importante para a família Montale. Cientes de que o aprendizado é contínuo e está em constante transformação, dentro e fora da sala de aula, procuramos promover cursos e vivências e trazer estudiosos e profis-

sionais especializados para tratar com nossos professores de didática e educação. Confira a seguir o depoimento de nossos coordenadores Marcos Demelas e Marcela Olivatti sobre os detalhes da formação docente de 2023:

«Como todos os anos, é de interesse da Escola oferecer aos professores momentos de formação com especialistas ou de reflexão entre docentes sobre temas considerados essenciais para uma formação escolar mais rica. No início de março, exibimos um documentário sobre a vida e obra do maestro Alberto Manzi, desde sua experiência como professor em um centro de detenção juvenil até sua pesquisa acadêmica e fama na televisão, graças ao programa Non è mai troppo tardi, um curso de língua italiana que, no pós-guerra, ajudou centenas de milhares de italianos a obterem o diploma do Ensino Fundamental I. Em seguida, realizamos um debate sobre como provocar a “tensão cognitiva” que o maestro tanto valorizava, responsável pelo interesse dos alunos nas propostas dos professores. Em maio, tivemos dois encontros com a equipe da universidade internacional IED, liderados pelo professor Fabio Silveira, cujo tema foi o design thinking. Essa concepção moderna de criação/resolução de problemas na educação tem obtido excelentes resultados. No primeiro encontro, o professor apresentou os conceitos teóricos, e no segundo, propôs uma reflexão aos docentes sobre possíveis soluções para os problemas da Escola, usando as etapas do processo do design thinking. Já em junho, recebemos a neuropsiquiatra infantil italiana, Dra. Anna Muscetta, em um encontro sobre a saúde mental dos adolescentes com necessidades especiais. Por fim, em agosto, realizamos um encontro no qual discutimos casos concre-

«O processo de formação contínua é um compromisso que assumimos na Escola para consolidar nossas práticas, alinhando-as com os pressupostos teóricos que guiam nosso projeto. Mais uma vez, iniciamos o ano letivo com a presença do poderoso time de professores formadores da Reggio Children. Desta vez, o tema do encontro foi as experiências educacionais na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, com aprofundamento de conceitos que consideram crianças competentes e criativas, protagonistas do próprio aprendizado. A semelhança entre as experiências apresentadas pelos professores da Reggio e algumas de nossas práticas confirmou que o compromisso com a educação e com as crianças está na direção certa. Além da formação externa, retomamos o projeto La Parola a..., no qual alguns professores multiplicadores compartilham conhecimentos e experiências com colegas e colaboradores da Escola. As professoras Giuliana Colarullo e Teresa Aloise, ambas da Primária, compartilharam os projetos desenvolvidos com nossos alunos, objeto de pesquisa para seus trabalhos de conclusão de curso da pós-graduação em Metodologias Ativas. O fato é que, para inspirar, é preciso estar inspirado; para motivar, motivado. Por isso consideramos pre­ciosos os encontros formativos».

Marcela Olivatti, coordenadora da Infanzia e Primaria.

58

REVISTA IL GIRASOLE 2023

Marco Demelas, coordenador da Media e Liceo


ESSERE ISPIRATI PER ISPIRARE! L

a formazione dei nostri educatori è un tema di grande importanza per la famiglia Montale. Consapevoli del fatto che l'apprendimento è un processo continuo e in costante evoluzione, cerchiamo regolarmente di promuovere corsi ed esperienze e di portare studiosi e professionisti specializzati nella nos-

tra Scuola per offrire corsi sulla didattica e sull'istruzione ai nostri insegnanti. Di seguito, troverete la testimonianza dei nostri coordinatori Marcos Demelas e Marcela Olivatti riguardo ai dettagli del programma di formazione docente svolto nell'anno scolastico 2023:

«Come ogni anno è nell’interesse della Scuola offrire ai professori formazioni con specialisti o momenti di riflessione collegiali su temi ritenuti propedeutici a un’offerta formativa più ricca. A inizio marzo è stato proiettato il documentario sulla vita e le opere del maestro Alberto Manzi – dall’esperienza come insegnante in un carcere minorile, alla ricerca accademica, fino alla fama televisiva grazie al suo Non è mai troppo tardi, corso di lingua italiana che nel dopoguerra ha aiutato a prendere la licenza elementare a centinaia di migliaia di italiani. Successivamente ne è scaturito un dibattito dove si è discusso su come poter provocare quella “tensione cognitiva” tanto cara al maestro, responsabile dell’interesse dell’alunno alle proposte dei docenti. Nel mese di maggio abbiamo seguito due incontri con l’équipe dell’università internazionale IED, condotti dal professor Fabio Silveira, a tema design thinking. Questa moderna concezione di creazione/risoluzione di problemi è usata nell’educazione già da tempo con ottimi risultati. Il professore nel primo incontro ha passato i concetti teorici e nel secondo ha fatto riflettere i docenti sulla possibile risoluzione di problemi presenti nella scuola usando le tappe del processo del design thinking. A giugno abbiamo ricevuto la neuropsichiatra infantile italiana dott.ssa Anna Muscetta, per un incontro sulla salute mentale dei giovani con bisogni speciali. Nel mese di agosto si è tenuto, invece, un altro incontro dove si è discusso di casi concreti con strategie pratiche di accoglimento».

«Il processo di formazione continua è un impegno che assumiamo presso la nostra Scuola per consolidare le nostre pratiche, allineandole ai presupposti teorici che guidano il nostro progetto. Ancora una volta, abbiamo iniziato l'anno scolastico con il potente team di insegnanti formatori di Reggio Children. Questa volta, il motto dell'incontro è stato le esperienze educative nella scuola dell'Infanzia e nella Primaria e l'approfondimento di concetti che considerano i bambini competenti e creativi, protagonisti del loro apprendimento. La similitudine tra le esperienze presentate dagli insegnanti reggiani e alcune nostre pratiche ci ha dato la certezza che il nostro impegno per l'educazione e per i bambini va nella giusta direzione. Oltre alla formazione esterna, abbiamo ripreso il progetto La Parola a…, in cui alcuni docenti moltiplicatori condividono conoscenze ed esperienze con altri docenti e collaboratori della Scuola. Le professoresse Giuliana Colarullo e Teresa Aloise, entrambe della Primaria, hanno condiviso i loro progetti sviluppati con i nostri studenti, oggetto del lavoro di perfezionamento post-laurea in Metodologie Attive. Il fatto è che per ispirare bisogna essere ispirati; per motivare, motivati. Ecco perché consideriamo così preziosi gli incontri formativi. Marco Demelas, coordinatore della Media e Liceo

Marcela Olivatti, coordinatrice dell’Infanzia e Primaria.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

59


ORIENTAÇÃO UNIVERSITÁRIA

ME FORMEI, E AGORA? COMO ESTUDAR EM FACULDADE ITALIANA Caio Mamede Franco e Ettore Gaglianone Stori

J

á pensou em ver seu filho estudando no exterior? Competindo nas melhores universidades da Europa e do mundo? A Escola Italiana Eugenio Montale há tempo tem parceria com universidades da Itália, como o Instituto Europeu de Design - IED e a Universidade de Trento, uma instituição pública. No primeiro semestre de 2023, os alunos tiveram palestras com duas das melhores universidades de Economia e Direito da Itália reconhecidas mundialmente, a Bocconi e a Luiss. Na segunda metade do ano, o III e o IV Liceo tiveram um encontro online com a Universidade de Trento e de Perugia. Além disso, a Escola entrou em contato com grandes universidades italianas, como a de Bologna, e internacionais, como Universidade de Roma “La Sapienza” e outras localizadas nos EUA, Portugal e Espanha.

Como posso ganhar uma bolsa de estudos na Itália? Universidade pública: As bolsas de estudo italianas são disponíveis apenas para quem tem uma renda média-baixa (até 25.000 euros por ano). O primeiro passo é fazer uma pré-inscrição na universidade desejada através do site Universitaly.it, para então apresentá-la ao representante consular italiano do país residente e fazer duas provas online. A primeira avalia o nível de competência da língua italiana (o mínimo aceito é o B2), porém, alunos que passaram pelo esame di maturità em escolas italianas no exterior (como a própria Eugenio Montale) não precisam fazê-lo. A segunda avalia os conhecimentos necessários específicos do curso através de um teste chamado TOLC, que vale para todas as universidades públicas da Itália. É possível, no site CISIA, encontrar informações e praticar com simulados.

Qual a diferença? 60

REVISTA IL GIRASOLE 2023

Universidade privada: Na maioria das vezes, são necessários esses dois passos para se candidatar: completar o módulo de inscrição com os dados necessários e realizar uma entrevista. A partir dessa segunda etapa, a universidade avalia o currículo acadêmico do candidato, levando em conta também o estado socioeconômico. Caso o estudante seja selecionado, a universidade irá comunicá-lo sobre como prosseguir. É difícil definir um padrão de qual é a melhor opção, pois varia em relação aos objetivos, às condições e ao curso escolhido pelo estudante. Para facilitar sua escolha, elencamos algumas vantagens e desvantagens das universidades públicas e privadas na próxima página:

Em geral, a grande diferença está no financiamento: universidades públicas são financiadas pelo governo e não possuem fins lucrativos, enquanto as privadas são financiadas por um empreendedor ou uma organzação privada, podendo ser geridas com base no lucro. Outra diferença fundamental é que as universidades públicas são completamente laicas, enquanto as privadas podem ser ligadas a uma religião.


EX-ALUNO

Universidade privada: Vantagens: Classes pequenas, permitindo mais ajuda individual; Forte conexão com a indústria e com as empresas; Bolsas de estudo generosas. Desvantagens: Custos altos; Critérios de admissão rigorosos; Os professores são escolhidos de acordo como os resultados de pesquisa, e não a capacidade pedagógica; Carga horária pesada; Variedade limitada de cursos; Comunidade pouco diversificada culturalmente. Universidade pública: Vantagens: Grande variedade de cursos; Maior diversidade cultural; Melhores estruturas para atividades extracurriculares e esportivas; Custo baixo, podendo ser até gratuito. Desvantagens: Classes muito grandes, tendo assim, menos atenção individual; Número limitado de bolsas de estudo.

Um case de sucesso! Essa aqui é a história de Luca Scacchetti, ex-aluno Montale, que se formou médico em outubro, na Università di Pavia, na Itália. Essa é a melhor faculdade de medicina da Itália e ele foi aprovado em 4º lugar no exame de admissão, com bolsa de estudos integral tanto lá quanto em Coimbra. Ele mora entre Pavia e Lyon, na França, e trabalha remotamente para uma empresa sediada em Maryland, EUA, que fornece serviços médicos internacionais a organizações globais. Estudou também em Coimbra, em Portugal, e estagia em cirurgia pediátrica no Hospital San Matteo, em Pávia. Em junho, ele vai para o Hospital Sub-County de Malindi, no Quênia, para aprender mais sobre a realidade da cirurgia pediátrica no leste da África e escrever tese de laurea sobre isso. «Após a conclusão desse projeto e minha formatura, meu objetivo é continuar adquirindo experiência em saúde global, treinando e trabalhando como médico em Bali, Indonésia, antes de retornar à Europa e me especializar em Genebra, Suíça. A Montale é, ao mesmo tempo, uma memória nostálgica e algo que carrego comigo diariamente, pois é um agente importante que moldou quem eu tenho

orgulho de ser. Acredito que um dos aspectos que mais aprecio em ter estudado na Montale é como seu currículo plural me permitiu enxergar significado até nos aspectos mais inusitados do nosso mundo, e como nos ensinou a ver o conhecimento como algo intrinsecamente interconectado. Em outras palavras, a forma como penso e vejo o mundo foi aprendida ao lado dos meus professores da Montale, e de certa forma, eles caminham comigo todos os dias», ele conta.

Luca Scacchetti

MI SONO DIPLOMATO, E ORA? LA GUIDA COMPLETA SU COME ISCRIVERSI A UN’UNIVERSITÀ ITALIANA

H

ai mai pensato di vedere tuo figlio studiare all'estero, a competere nelle migliori università d'Europa e del mondo? La Scuola Italiana Eugenio Montale ha, da tempo, una partnership con università in Italia, come l'Istituto Europeo di Design - IED e l'Università di Trento. Nel primo semestre del 2023, gli studenti hanno partecipato a conferenze con due delle migliori università di Economia e Giurisprudenza d'Italia ricono-

sciute a livello mondiale, la Bocconi e la Luiss. Nella seconda metà dell'anno, gli studenti del III e IV Liceo hanno partecipato a incontri online con l'Università di Trento e l'Università di Perugia. Inoltre, la Scuola ha contatti con importanti università italiane e internazionali, come l'Università di Roma “La Sapienza” e altre con sede negli Stati Uniti, in Portogallo e in Spagna. È importante sottolineare che le borse di studio

italiane sono disponibili solo per coloro che hanno un reddito medio-basso (ovvero, fino a 25.000 euro all'anno). Per immatricolarsi, il primo passo è effettuare una preiscrizione presso l'università scelta tramite il sito Universitaly.it e successivamente presentarla al rappresentante consolare italiano del paese di residenza. Successivamente, è necessario sostenere due prove d'esame online, entrambe a cura delle università.

REVISTA IL GIRASOLE 2023

61


SETTIMANA DELLA LINGUA ITALIANA

UN’OPERA D’ARTE COMPLETA

Gianmarco Colucci D’Anna

A

nche quest’anno si è festeggiata la Settimana della Lingua italiana nel mondo. Quest'evento è un’iniziativa del MAECI - Ministero degli affari esteri e della cooperazione internazionale che diffonde e promuove in tutto il mondo la lingua e la cultura del “bel paese”. Il tema della XXIII edizione è stato “L’italiano e la sostenibilità”. La Montale vi ha partecipato con diversi progetti, creando libri e video in difesa dell’ambiente con gli alunni della Primaria, intonando musiche di celebrazione della natura e dedicando letture e riflessioni, con le classi della Scuola Secondaria di I e II grado, al grande letterato italiano Italo Calvino. A partire dalla lettura di un suo racconto, gli alunni del III Liceo hanno prodotto il video Montale News, un’edizione straordinaria di un ipotetico telegiornale, che ha trattato l’emergenza rifiuti di Leonia, una de Le città invisibili sorte dalla geniale creatività di Calvino. «Gli alunni si sono cimentati in una esperienza di

studio e produzione audiovisiva che li ha visti attivi su più fronti: sceneggiatura, scenografia, costumi, riprese, edizione, musica, disegno e interpretazione scenica. È stato un lavoro che si è servito di un vasto bagaglio culturale, rielaborato criticamente in un contesto ludico e drammatico (dal greco, “drama”, in italiano “azione scenica”, ndr)», dichiara Adriana Grasso, la professoressa che ha coordinato il progetto. L’esperienza ha lanciato una sfida divertente stimolando varie abilità e soprattutto esortando alla riflessione sul tema del consumismo e della sostenibilità. Tra l’altro, la classe ha avuto la possibilità di mettere in pratica lo studio realizzato l’anno scorso sul linguaggio cinematografico, grazie a due incontri con un regista con esperienza ventennale, Riccardo Pompili Rossi e un premiato sceneggiatore italiano, Menotti. Come sempre alla Eugenio Montale ogni occasione diventa un’opportunità per creare e vivere un’opera d’arte completa!

“MontaleNews” edizione straordinaria di un telegiornale immaginario sull’emergenza rifiuti di Leonia, la città invisibile di Italo Calvino.

UMA OBRA DE ARTE COMPLETA

E

sse ano também celebramos a Settimana della Lingua Italiana nel mondo. O evento é uma iniciativa do Ministero degli affari esteri e della cooperazione internazionale - MAECI da Itália, que difunde e promove, no mundo todo, a língua e a cultura do “bel paese”. O tema da edição XXIII foi “O italiano e a sustentabilidade”. A Montale participou com vários projetos, criando livros e vídeos em defesa do ambiente com os alunos da Primária, entoando músicas de celebração da natureza e dedicando leituras e reflexões, com as turmas da Scuola Secondaria di I e II grado, ao grande literato Italo Calvino.

62

REVISTA IL GIRASOLE 2023

A partir da leitura de um conto, os alunos do III Liceo produziram o vídeo Montale News, uma edição extraordinária de um hipotético telejornal, que abordou o problema do lixo em Leônia, uma das Cidades Invisíveis, fruto da criatividade brilhante de Calvino. «Os alunos se dedicaram à experiência do estudo e da produção audiovisual, que os viu ativos em diversas frentes: roteiro, cenografia, figurino, filmagens, edição, música, desenho e interpretação. Foi um trabalho que usou inúmeras referências culturais, elaboradas de forma crítica em um contexto lúdico e dramático (do grego, “drama”, ou em português, “ação cênica”)», declarou a professora

Adriana Grasso, que coordenou o projeto. A experiência lançou um desafio ao estimular várias habilidades e, principalmente, ao encorajar à reflexão sobre consumismo e sustentabilidade. Além disso, a turma teve a possibilidade de colocar em prática o estudo realizado em sala de aula, no ano passado, sobre a linguagem cinematográfica, graças a dois encontros: o primeiro, com um cineasta experiente, Riccardo Pompili Rossi; o segundo, com um premiado escritor e roteirista italiano, o Menotti. Como sempre, na Eugenio Montale, cada ocasião se transforma em uma oportunidade nova para criar e viver uma obra de arte completa!


O manifesto da Montale « L’uomo dell’avvenire dovrà nascere f ornito d i un c ervello e d i un sistema nervoso del tutto d iversi d a quelli d i cui disponiamo noi, esseri ancora tradizionali, copernicani, classici».

Eugenio Montale Somos um projeto de inovação e transformação contínua. Segundo o próprio MEC, nos colocamos entre os mais criativos do Brasil. Há mais de 40 anos a Montale é uma scuola del pensiero crítico, que busca redefinir e desafiar sempre o conceito de ensino. A Montale: 1. É uma escola global, transformadora e paritária com os sistemas oficiais de ensino italiano e brasileiro. 2. Abre as portas às universidades europeias, brasileiras e americanas. 3. Desenvolve o pensamento crítico e a flexibilidade para a resolução de problemas. 4. Oferece um sistema educativo com professores italianos e brasileiros que utilizam um método científico e uma abordagem criativa. 5. Caracteriza-se pela pluralidade linguística e pela interculturalidade. 6. Conjuga a força da tradição com o melhor da inovação. 7. Desenvolve um projeto pedagógico flexível e personalizado, favorecido pelo número reduzido de alunos por classe. 8. Promove experiências baseadas no diálogo e na cooperação. 9. Em linha com a tradição clássica greco-romana, é uma escola que valoriza a argumentação oral e escrita. 10. Possui um sistema curricular que aplica múltiplas estratégias para fomentar múltiplas inteligências. 11. É uma instituição conectada em rede com todo o ecossistema italiano institucional atuante no Brasil.

Enfim, como dizia o poeta Montale: «essere sempre tra i primi e sapere, ecco ciò che conta»

Rua Dr. José Gustavo Busch, Nº 75 - Morumbi, São Paulo SP, 05705 190 +55 (11) 3759-5959 secretaria@montale.com.br /escolaeugeniomontale @escolamontalesp

www.montale.com.br



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.