IL GIRASOLE

IL GIRASOLE A REVISTA DA ESCOLA INTERNACIONAL EUGENIO MONTALE

JAN 21 JUN 21

N O V A S

P O N T E S

p. 14

p. 20

p. 39

EMPATIA

SER MONTALE

ORIENTAÇÃO

Além dos conteúdos: uma rede de ações solidárias

Economia e autoconhecimento: o mais recente percurso formativo com o Banco Central da Itália

Parceria com o Hospital das Clínicas da USP para um retorno seguro às aulas presenciais

EDITORIAL

Adriana Grasso

D

esde épocas remotas, quando a necessidade era atravessar um rio ou transportar alguma mercadoria, até os dias de hoje com a comunicação global, as pontes representam mais do que uma estrutura para ligar um lugar ao outro: elas simbolizam conexão, elo, vínculo e união. Nesse sentido, as pontes são passagens que transpõem um tempo ao outro, o passado ao futuro, o desconhecido a novas descobertas, a dúvida ao conhecimento, a individualidade a novas relações, o egoísmo à solidariedade. O mais interessante é que o caminho percorrido ao se atravessar uma ponte nos leva à transformação da realidade, oferecendo uma oportunidade única ao progresso.

Durante o primeiro semestre escolar, mesmo em tempos de distanciamento social, o lema que inspirou a Eugenio Montale foi “construir novas pontes”. Entre países, culturas, instituições, pontes entre realidades distantes, entre as famílias e a escola, entre gerações, pontes para o futuro.

Ao identificar a necessidade de

Conexões que transformam a realidade transpor barreiras, automaticamente idealizamos conexões. Neste processo sabemos de onde estamos partindo e onde esperamos chegar: assim iniciamos a construção da “nossa ponte”. Este ato implica encontros, empatia, diálogo e interação, todos elementos que caracterizaram de várias formas os projetos realizados pelos alunos, pelos professores e pela gestão da nossa escola nesses últimos meses.

Basta pensarmos na inédita parceria com o Banco Central da Itália, que, além de aproximar os alunos do mercado profissional, incentivou uma educação financeira ligada à psicologia comportamental; ou no projeto Montale-Convita, um diálogo inspirado na obra do escritor italiano Gianni Rodari. Tal projeto, com o uso da tecnologia, conectou gerações distantes e superou o isolamento, levando alegria e conforto aos idosos do Patronato.

A parceria com o IED (Istituto Europeo di Design) permitiu realizar um minicurso de Design Thinking para

os alunos do Liceo, apresentando o conceito de design e engajando os estudantes em resolver problemas e a pensar em projetos através da empatia, da colaboração, da visualização, da criatividade e da experimentação.

E como não lembrar também a ação solidária das “cestas eugeniais” que incentivou os alunos a transformar a realidade arrecadando alimentos para doar a quem mais necessita?

Estas são algumas das iniciativas englobadas no mais amplo e recente projeto de planejamento estratégico, embasado no modelo cooperativo e promovido pela nossa presidente Sandra Papaiz, junto ao Comitê de Gestão e à Direção. Um projeto que representa a melhor forma de se adequar e responder às incertezas destes tempos, agregando associações e instituições numa rede colaborativa. Socializar o conhecimento, criar ambientes relacionais positivos e trabalhar numa ação educativa que valoriza a cooperação e o diálogo é a experiência mais significativa que estamos vivenciando juntos, rumo à escola do futuro.

Adriana Grasso

Diretora Editorial

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REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

SUMÁRIO

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A PALAVRA DO CÔNSUL GERAL DA ITÁLIA EM SÃO PAULO

16 PALAVRAS-CHAVE

EX-ALUNO 33 Aplicando a teoria à vida real

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MANIFESTO

17 INTERNACIONALIDADE

34 RECORDAR

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CARTA DA PRESIDENTE

MONTALE 20 SER Eugenio Montale e Banca d’Italia:

36 ENTREVISTA MEMBRO DO

Muoversi nel villaggio globale

O diferencial da Montale

Uma rede de pensamentos e ideias

Autonomia: un pilastro dell’educazione integrale

King Arthur: myth, legend or truth?

psicologia e finanza per fare scelte consapevoli

Settecento anni dalla morte di Dante Il Giorno della Memoria

COMITÊ DE GERENCIAMENTO Un progetto strategico innovativo

ENCANTADORAS 23 NARRATIVAS Montale e Convita:

39 ORIENTAÇÃO

24 INOVAÇÃO Economia e società:

40 A VOZ DOS ALUNOS

MUNDOS 26 CONECTANDO Brasile, Italia e Vietnam:

42 ENCONTROS

11 SOMANDO OLHARES

28 TIME MONTALE

43 GESTÃO PARTICIPATIVA

12 ÁRVORE DO CONHECIMENTO

DOCENTE 30 FORMAÇÃO O futuro da docência:

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8

FARE RETE

Stare insieme, incontrarsi, leggere, correre e giocare

INTERCULTURALIDADE

Brasil e Argentina: dois países, um projeto

10 MONTALE NO ECOSSISTEMA Parceria com o Istituto Europeo di Design (IED)

Homenagem a Lina Bo Bardi: o MASP sob o olhar das crianças

ONU: 2021 Ano Internacional das Frutas e Vegetais

levando alegria e conforto às pessoas

torna il concorso Inventiamo una banconota

conoscere il mondo e scoprire la gratitudine

A criança como protagonista da própria aprendizagem

Parceria com o Hospital das Clínicas da USP para a retomada das aulas

Casa Fulvio Pennacchi: o talento do artista impresso numa obra de arte total

Dialogo scuola-famiglia: un rapporto di corresponsabilità

Autorità, Comitato Gestore e Direzione

metodologias ativas

Diretora editorial: Adriana Grasso Projeto gráfico: Hugo Vitorelo (hugovicontato@gmail.com)

14 EMPATIA

Além do acesso à informação: ações voluntárias de solidariedade

32 DIRIGENTE UFFICIO

SCOLASTICO CONSOLATO

Contro l’individualismo: la scelta di condividere e cooperare

Revisores: Marcílio Melo Vieira, Graciela Müller Pozzebon Colaboradores: Sandra Papaiz Velasco, Neide Oliveira, Paola Capraro, Vanessa Finardi Squassoni, Lorenzo Gemma, Catherine Pesti

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A PALAVRA DO CÔNSUL

Muoversi nel villaggio globale La scuola del futuro dovrà garantire una visione d’insieme della realtà Filippo La Rosa

N

on sarà capitato solo a me di interrogarmi in questi lunghi mesi di pandemia su quale sarà la formazione del futuro. Siamo stati attori di una rivoluzione tecnologica impiantatasi dall’oggi al domani nel quotidiano scolastico.

Abbiamo vissuto le fasi dell’apprendimento, della familiarizzazione, poi dell’abitudine e, infine, almeno molti di noi, del rigetto a queste nuove metodologie assunte probabilmente in dosi troppo massicce. Al di là della diversa propensione di ognuno di noi ad accettarle o a sopportarle (anche se tanti quadratini neri durante le ore di lezione o nei tanti, anzi troppi, webinar mi fanno propendere per questa seconda sensazione), serve una riflessione molto accurata su come impostare la formazione del futuro.

Ho una vecchia passione per gli atlanti e le cartine geografiche, strumenti troppo in fretta messi da parte sull’altare dei motori di ricerca in nome della rapidità con cui si ottengono le informazioni sulle nostre destinazioni. Quando la mia generazione passerà la mano, cartine e mappe diverranno pezzi di modernariato. Forse non dovrebbe accadere: perché? Quando cercate un’informazione su Google Maps, lo zoom vi porta sul dettaglio del luogo. Il gesto successivo è allargare l’immagine per controllare il dettaglio, per rassicurarci su dove passeremo, alla ricerca di punti di riferimento senza i quali non sappiamo più muoverci agevolmente.

Con le vecchie cartine, grazie a una colorazione accurata, sapevi se ti trovavi in una valle di montagna o vicino al mare. Vedevi le città vicine. Avevi una visione d’insieme, che la tecnologia, con la vocazione dell’immediato, toglie, almeno agli uti4

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lizzatori meno smaliziati, che credo siano la maggioranza.

Come per l’orientamento geografico, la scuola e la formazione del futuro non dovrebbero perdere questa visione globale. Anzi. In un mondo globalizzato e in rapido e continuo cambiamento servirà sempre più quella capacità di orientarsi in situazioni e luoghi di cui conosciamo poco, ma che sappiamo collocare in un contesto generale. E non varrà solo per la geografia. Se è vero che oggi a noi sono sconosciute la maggioranza delle professioni del futuro, è bene prepararsi per affrontare tutti i terreni, capire dove fare tappa, dove accelerare. Una buona programmazione è possibile solo avendo una visione d’insieme, cui sommare lo studio dei dettagli.

Allora continuiamo a utilizzare strumenti funzionali alla costruzione di ponti per l’incontro tra uomini, società e diversi modi di pensare. Come per gli atlanti di una volta, servirà una scuola che ci dia gli strumenti per capire l’insieme e che sappia fondere e mettere a frutto tradizione e innovazione.

Prendendo il meglio dei due approcci troveremo il nostro villaggio e sapremo come muoverci meglio in quello globale.

Filippo La Rosa

Console Generale d’Italia a San Paolo

O manifesto da Montale «L’uomo dell’avvenire dovrà nascere fornito di un cervello e di un sistema nervoso del tutto diversi da quelli di cui disponiamo noi, esseri ancora tradizionali, copernicani, classici».

Eugenio Montale

Somos um projeto de inovação e transformação contínua. Segundo o próprio MEC, nos colocamos entre os mais criativos do Brasil. Há quase 40 anos a Montale é uma scuola del pensiero critico, que busca redefinir e desafiar sempre o conceito de ensino.

A Montale: 1. É uma escola global, transformadora e paritária com os sistemas oficiais de ensino italiano e brasileiro.

2. Abre as portas às universidades europeias, brasileiras e americanas.

3. Desenvolve o pensamento crítico e a flexibilidade para a resolução de problemas.

4. Oferece um sistema educativo com professores italianos e brasileiros que utilizam um método científico e uma abordagem criativa.

5. Caracteriza-se pela pluralidade linguística e pela interculturalidade.

6. Conjuga a força da tradição com o melhor da inovação.

7. Desenvolve um projeto pedagógico flexível e personalizado, favorecido pelo número reduzido de alunos por classe.

8. Promove experiências baseadas no diálogo e na cooperação.

9. Em linha com a tradição clássica greco-romana, é uma escola que valoriza a argumentação oral e escrita.

10. Possui um sistema curricular que aplica múltiplas estratégias para fomentar múltiplas inteligências. É uma instituição conectada em rede com todo o ecossistema italiano institucional atuante no Brasil.

Enfim, como diz o poeta Montale: «essere sempre tra i primi e sapere, ecco ciò che conta».

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CARTA DA PRESIDENTE

Sandra Papaiz Velasco

Uma rede de pensamentos e ideias

E

is que surge mais uma edição da revista Il Girasole!

Nela são retratados alguns aspectos do dia a dia da Escola Italiana Eugenio Montale, sua alma e sua filosofia pedagógica.

Recebemos um belíssimo livro do jornalista Oliviero Pluviano, fruto de um longo trabalho de pesquisa denominado Nonni di São Paulo, lançado em concomitância à exposição homônima, realizada no Museu da Imigração do Estado de São Paulo entre 2020 e 2021.

Ao iniciar a saborear o livro, o leitor fica certamente logo envolvido por uma enorme emoção, conhecendo lindas trajetórias de vida. Lá estão retratados Edoardo Pollastri e Giuseppe D’Anna, nossos ex-presidentes, e nossos beneméritos Bauducco, Bezzi (presidente do Circolo Italiano), Comolatti, Leonetti e Papaiz.

Por consequência muitos outros são lembrados, apesar de não terem 6

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sido contemplados no livro (o qual acabaria virando uma enciclopédia), mas que fazem parte daquele grupo importante que fundou a nossa escola e que mantém o seu rumo até hoje. E como não lembrar também da atenção constante do governo italiano?

Quantos diretores, coordenadores, professores, funcionários poderiam ter sido incluídos nestes relatos? E quantos pais que dedicaram grande tempo à gestão?

O que há nesse livro que faz quase chorar? É a forte ligação entre a Itália e o Brasil nos vários campos da política, cultura, arte, educação, ciência, indústria, comércio e assim por diante.

Esse intercâmbio do qual somos parte integrante, essa rede que vai sendo tecida e amalgamada à cultura brasileira, tão rica e interessante.

Vem à tona o orgulho de ser a escola paritária de São Paulo, exemplo de formato participativo de gestão.

Orgulho de fazer parte de um rico

ecossistema ítalo-brasileiro em São Paulo e interagir com outras instituições importantes e parceiras, através de projetos retratados neste Girasole.

Também surge a imagem de tantos que esperam nas filas, desejando obter a dupla cidadania que os possa religar ao próprio passado e às próprias origens. Num mundo altamente digitalizado espera-se que essas barreiras sejam certamente derrubadas.

De fato, é importante crer em um mundo cada vez mais globalizado, no qual descendentes de italianos possam reatar seus laços com a Itália e com a Europa, sempre com o máximo respeito pelo Brasil, terra que os acolheu de braços abertos e onde muitos já têm fortes raízes.

A Montale está aqui, de portas abertas, para todos que queiram usufruir desse rico intercâmbio de culturas, dessa ampla rede de ideias! Não necessariamente só para italianos ou seus descendentes, a Escola se dedica a fazer essa interação, integrando pensamentos, ampliando o horizonte de seus alunos e abrindo novos caminhos.

Esperamos que daqui a algum tempo nossos ex-alunos possam também fazer parte de um livro semelhante ao mencionado, por terem deixado um legado importante para São Paulo e para este acolhedor país.

Obrigatório, enfim, agradecer a todos que colaboram com a bela e gratificante “jornada Montale”; e fica aqui expresso o desejo de receber a exposição Nonni di São Paulo em nossas instalações, num breve futuro sem pandemia. Forza!

Sandra Papaiz Velasco

Presidente do Comitê de Gerenciamento

FARE RETE

Giuseppe D’Anna

Stare insieme

Incontrarsi, leggere, correre e giocare

L

’espressione “fare rete” può avere vari significati: viene utilizzata principalmente per riferirsi allo stare insieme, essere collegati con gli amici, con il mondo della scuola e delle attività sportive.

La pandemia ha sviluppato enormemente questo fare collettivo. In particolare, per i giovani in età scolare la rete è diventata il mezzo di comunicazione principale. Nel campo del lavoro, che velocemente si è adeguato alle nuove esigenze, milioni di persone da remoto, cioè dalle proprie case, hanno iniziato a lavorare solo con il computer e il cellulare.

Automaticamente la rete è diventata il nuovo luogo d’incontro: contemporaneamente la piazza, lo stadio, il cinema. Tutto si svolge a distanza, la rete è il mezzo che ci unisce. Tempo fa i genitori aiutavano a fare i compiti ai figli; ora i figli aiutano i genitori – per non parlare dei nonni – a impadronirsi dei nuovi mezzi di comunicazione.

Voi, ragazzi, che ormai siete sempre

in rete, cercate però di non abusarne, altrimenti, come sapete, farete disperare i vostri genitori. Come per tutte le cose ci sono dei limiti. Restare ore e ore connessi al web può diventare una malattia.

Ricordatevi: fare rete è un mezzo, ma poi è importante non trascurare tutte le altre attività quotidiane: studiare, giocare, leggere, correre, praticare sport, andare al mare, in montagna, muoversi da soli o in compagnia. È bello essere connessi, ma si può essere connessi spesso anche off-line.

Buona fortuna!

Giuseppe D’Anna Presidente del Consiglio Consultivo dell'Eugenio Montale Vicepresidente ICIB

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INTERCULTURALIDADE

brasil e argentina: dois países, um projeto diálogo e construção coletiva

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Eugenio Montale se caracteriza pela pluralidade linguística e pela interculturalidade, em vista de um futuro cosmopolita1. Essa perspectiva intercultural mobiliza práticas educativas que visam uma educação crítica tendo como horizonte a reinvenção da escola. Portanto, promover a afirmação democrática, o respeito mútuo, a aceitação da diferença e a construção de uma sociedade em que todos possam ser plenamente cidadãos é um dos princípios que orientam as atividades didáticas.

Em linha com esses propósitos foi criada uma parceria com a escola argentina Saint Alban’s College para desenvolver o projeto Estação Climática Virtual.

Qual é a temperatura agora em São Paulo? E em Buenos Aires? Bueno, tenemos que averiguar. Pois é, utilizando ferramentas que são estudadas na disciplina de Geografia do Brasil, este projeto proporcionará aos alunos a oportunidade de fazer um intercâmbio científico, conhecendo os aspectos geográficos e culturais de outro país, de forma mais profunda.

A iniciativa envolve os alunos do I Liceo e tem como proposta educativa aquela de viver uma experiência hands on, ou seja, na prática, porque os alunos, tanto do Brasil como da Argentina, vão coletar dados climáti1

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Cfr. Ponto 5 do Manifesto Montale, p. 5 da presente edição.

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cos diários referentes à temperatura, pressão atmosférica, chuva, umidade e velocidade do vento além de identificar a latitude, longitude, altitude, vegetação e fotos das seis cidades escolhidas em cada país.

O projeto teve início no mês de maio e prevê diferentes etapas até setembro, quando os alunos deverão realizar um encontro ao vivo, via internet, para apresentar os vídeos produzidos em formato de reportagem, permitindo que todos os participantes conheçam as características climáticas dos dois países.

O diretor da escola argentina, Lucas Ramil, se mostrou muito entusiasta em realizar essa atividade intercultural, já que contribui a transformar a qualidade das relações sociais dentro e fora da escola, representando uma oportunidade estimulante e inovadora para todos os envolvidos.

Cláudio Bezerra

Professor de Geografia do Brasil

¡Qué buena propuesta para generar una oportunidad de aprendizaje significativo para nuestros estudiantes de ambos colegios, además de estrechar lazos entre nuestros países hermanos!

Lucas Ramil, Director Secundário – Saint Alban’s College

Estou muito ansiosa e animada para participar desse projeto. Além de ter uma troca de experiência internacional com a Argentina, vamos saber mais sobre as nossas próprias cidades brasileiras.

Ana Clara Marcondes

Este projeto, agora em nível internacional, nos dá a oportunidade de olhar para outro país com olhos de quem mora lá e não com olhos superficiais de turistas.

Valéria Soares

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MONTALE NO ECOSSISTEMA

IED

Já tinha ouvido falar de Design Thinking, mas não sabia exatamente o que fosse.

Gostei muito de saber que existe um mindset que pode nos ajudar a resolver problemas usando a criatividade.

Sophia De Divitiis Gianni

Fabio Silveira – Professor de Design Thinking

Parceria com o Istituto Europeo di Design

A

Montale faz parte de uma articulada rede colaborativa entre instituições e organizações tanto italianas quanto brasileiras. Juntos desenvolvemos iniciativas e projetos, fomentando a cultura e posicionando a escola na construção de um ensino de excelência.

Nesse primeiro semestre a nossa escola estreitou laços e fechou uma nova parceria com o IED (Istituto Europeo di Design), conceituada rede internacional de formação e pesquisa em design, moda, comunicação visual e gestão de disciplinas criativas.

Dessa colaboração surgiu um minicurso de Design Thinking para os alunos do III e IV ano do Liceo. A atividade foi planejada e ministrada pelo designer e professor do IED, Fábio Silveira. O principal objetivo foi apresentar o conceito de design e seu contexto atual e, a partir do pensamento do Design Thinking, capacitar 10

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os estudantes a resolver problemas e a desenvolver projetos através da empatia, da colaboração, da visualização, da criatividade e da experimentação.

O curso foi dividido em dois encontros – sensibilização e experimentação – e em duas etapas. Sensibilização: conceitos de design, Design Thinking e de seus fundamentos; utilização de ferramentas conceituais e realização de uma atividade prática e lúdica para aprender fazendo.

Experimentação: os estudantes foram engajados a pensar numa escola pós-pandemia e a encontrar soluções inovadoras usando o pensamento do design aprendido nas aulas anteriores. À direita seguem depoimentos dos alunos sobre a experiência que vivenciaram.

Achei interessante o Design Thinking porque é uma forma de se permitir pensar no futuro… Depois desta experiência comecei a ter um olhar diferente sobre as formas de encontrar soluções.

Rachel Helena Tognetti

Foi uma experiência que nos mostrou a importância de criar não só para as pessoas mas com as pessoas.

Giulia Chiariello Foi uma excelente oportunidade para todos, mas a parceria com o IED não termina aqui! Para o próximo semestre estão previstas mais oficinas para os alunos e workshops para o corpo docente.

Adriana Grasso

Diretora Editorial Il Girasole

SOMANDO OLHARES

Lina Bo Bardi

Lina Bo Bardi, MASP, 1968

Homenagem a Lina Bo Bardi O MASP sob o olhar das crianças A arquiteta italiana naturalizada brasileira recebeu in memoriam, por sua obra, o Leão de Ouro Especial na Biennale di Venezia 2021.

Famosa pelos projetos do MASP e do SESC Pompeia, com sua arte Lina Bo Bardi apontava caminhos interessantes e inovadores para a solução de problemas humanos, da cidade e da habitação, privilegiando sempre a convivência e utilizando os recursos que tinha à sua volta.

Segundo o arquiteto Hashim Sarkis, curador da Biennale, a carreira de Lina como designer, editora, curadora e ativista nos ajuda a lembrar o papel do arquiteto como construtor de visões coletivas. Nas mãos dela a arquitetura tornou-se de fato uma arte social que convoca para a vida em comum.

Giuseppe D’Anna, presidente do Instituto Lina Bo Bardi e do Conselho dos Beneméritos da Montale, expressou agradecimento à generosidade e reconheceu como exemplar a visão da Biennale di Venezia em premiar hoje a mulher multitalentosa que segue inspirando gerações no mundo inteiro.

Com o intuito de homenagear a artista e sua obra, os alunos da Primeira, Terceira, Quarta e Quinta Primária da Escola Italiana e Internacional Eugenio Montale envolveram-se em uma atividade artística a partir da observação e do estudo do MASP. Contemplando o poderoso edifício, as crianças puderam refletir sobre os significados da arquitetura e sobre o papel do arquiteto, realizando desenhos originais e encantadores.

Caterina Trebeschi – IV Primaria

Enzo Mascaro Militelli e Gustavo Rahal Aviles – IV Primaria

Adriana Grasso

Diretora Editorial Il Girasole

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ÁRVORE DO CONHECIMENTO

O processo formativo na prática

ONU: 2021 ANO INTERNACIONAL DAS FRUTAS E VEGETAIS Pedagogia da escuta Desde o início do ano, os alunos da Sezione A têm manifestado grande interesse por tudo aquilo que os aproxima da natureza: os vários tipos de insetos, as plantas, o ciclo de vida dos vegetais, as árvores que balançam ao vento, a temperatura da terra. Foi a partir da identificação desse interesse comum que nós pensamos em atividades que pudessem, além de permitir o contato e o diálogo com a natureza, gerar bons questionamentos para investigações futuras.

O ponto de partida foi o círculo cromático, um material entregue a cada criança na época em que ficamos em isolamento. Na brincadeira de encontrar elementos naturais que combinassem com cada uma das tonalidades do círculo, decidimos que poderíamos nos dedicar por mais tempo a cada uma daquelas cores.

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REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

Pluralidade No processo investigativo de como cada cor se manifesta na natureza, ficou evidente a diversidade das espécies que existem em nosso planeta. Descobrimos, por exemplo, a lucertola della sabbia, um lagarto rosa que «vive muito longe, maestra», ou peixe vermelho chamado pesce combattente, mas que para o nosso aluno Luca Baiocchi «poderia se chamar peixe-flor. Acho melhor!». Descobrimos ainda que existem muitas espécies de frutas e vegetais: «o kiwi é marrom por fora» (Raffaella), «o caqui chocolate é marrom por dentro» (L. Baiocchi), «a pitaya é fúcsia» (Maria Eduarda).

Senso estético e criatividade A investigação se estendeu nas aulas do ateliê, nas quais diferentes linguagens foram exploradas.

Responsabilidade social e sustentável Durante todo o percurso as crianças se engajaram nas propostas que ofereciam contato e respeito com a natureza. Aprenderam a meditar observando a copa das árvores, ouvindo os sons das folhas ao vento e sentindo a brisa nos espaços do jardim.

Infográfico por Vitor Inoue

Cidadania Global O ano de 2021 foi eleito o Ano Internacional das Frutas e Vegetais pela UNESCO, com o objetivo de aumentar a consciência dos consumidores sobre a importância da alimentação para a saúde e para a economia. Os alunos após terem desenhado e ouvido uma história sobre o ciclo do rabanete comentaram: «Eu quero fazer uma horta com rabanete, tomate e cenoura também» (Aurora). «Precisamos plantar as sementes. Eu vou ler as instruções de como se planta» (Matteo). «Eu vou fazer a lista do que precisamos para plantar: água, chuva, terra» (Antonella).

Conhecimento Ao longo do projeto as crianças perceberam que, na etapa do plantio, era possível iniciar com o cultivo das sementes ou de mudas dos vegetais.

Valorização dos saberes Em outro momento um dos alunos mostrou ao grupo uma melancia amarela que gerou espanto e curiosidade nos demais. Iniciava ali um processo de exploração das frutas, dos vegetais e de outros elementos naturais pouco conhecidos. Cada um tinha sua ideia de investigação. Como se cultivam os alimentos, por exemplo: «Eu sei plantar, maestra. Eu planto com a minha tia» (Raffaella). «Maestra, eu quero muito plantar rabanete» (Giovanni). «Eu quero cuidar da minha batata-doce. Ela tem raízes e já tem folhas. Eu estou vendo ela crescer» (Lucca Zauner). Ou os sabores e sensações que provocam: «Eu quero até comer esse rabanete. Acho que ele é doce» (Giovanni).

Fabiana Mirella

Professora da Escola da Infância Marcella Olivati

Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental

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EMPATIA

Cestas Eugeniais

Além do acesso à informação: quando os alunos transformam a realidade Como tudo começou No dia 27 de abril, ao final de uma aula da V Primaria, a aluna Caterina Trebeschi dividiu conosco suas preocupações com a questão da fome no Brasil. Então, convidou-nos para fazer um projeto de distribuição de cestas básicas aos necessitados.

Fiquei emocionada com o convite, porque veio ao encontro do pensar e do fazer educação no qual acredito: um ensino que vai além do acesso à informação, que busca a formação integral e a crítica do ser, no qual os alunos são os protagonistas da própria formação e agentes de transformação da realidade. Vislumbrei a possibilidade de realizarmos uma ação que nos levaria ao aprendizado de conceitos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, baseada no respeito ao outro, tais como, empatia, solidariedade, justiça social e segurança alimentar.

A proposta foi aceita por todos nós com muito entusiasmo e começamos a discutir o assunto e a dar mil ideias do que fazer. Nascia então o projeto!

Iniciava-se uma grande corrente do bem!

Os elos da corrente No dia seguinte, nos deparamos com uma notícia publicada no jornal Joca sobre a situação da fome e da insegurança alimentar enfrentada por 55,2% da população brasileira. Os números, bastante expressivos, reforçaram o nosso desejo de fazer a diferença na vida destas pessoas.

Ao responder às questões “o quê, para quem, por que, quando, onde e como”, pesquisamos, elaboramos e estruturamos o projeto. A meta de distribuição mensal foi de 20 cestas, compostas por alimentos não perecí14

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veis, produtos de higiene pessoal e de limpeza.

Começamos a estabelecer as parcerias necessárias para a realização da ação: logística de arrecadação, de armazenamento, controle das doações, divulgação do projeto, etc.

Fomos em busca de pessoas que poderiam receber as nossas doações. Por uma indicação, chegamos à Paróquia Nossa Senhora da Providência, que há muitos anos realiza um grande trabalho assistencial com os moradores do Real Parque.

Lá, fui carinhosamente recebida pela secretária Elizabeth A. P. Batista e pelo padre Antonio Alexandre de Oliveira que me encaminharam para o CCA (Centro para Crianças e Adolescentes) Nossa Senhora da Providência, mantido pela Paróquia e pela Prefeitura de São Paulo, onde são atendidas 180 crianças do bairro.

Foi ali que conheci o gerente Otávio Silva Pereira, com a sua ajuda conhecemos um pouco da realidade das famílias dos assistidos e pudemos customizar as cestas de acordo com suas necessidades.

As doações foram chegando e os elos da corrente foram se constituindo. Ao final de vinte dias, vimos o resultado de tanto trabalho: atingimos nossa meta, ou melhor, ultrapassamos! Melhor ainda, conseguimos doações para dar continuidade à ação!

A montagem No dia 20 de maio, nós, alunos do quinto ano, com a ajuda dos funcionários da escola, montamos as cestas básicas. Cada aluno ficou responsável por uma função: uns pegavam os produtos, outros montavam as cestas, outros conferiam os itens embalados.

Todos ajudaram.

Rocco Café Junqueira – V Primaria

Para nos aproximarmos das famílias e tornarmos a nossa ação mais humanizada, escrevemos mensagens de apoio e as colocamos dentro das cestas. A professora Lyris Degam levou tudo para o CCA com a ajuda da diretora Vanessa Squassoni. As duas entregaram as doações para o gerente, que as distribuiu para as famílias.

Foi muito legal esse projeto! Todos gostaram de ajudar as pessoas que necessitam e, em nossa opinião, este foi o melhor projeto que fizemos.

Lyris Roberta Degam

Professora de Português, História e Geografia do Brasil

Ações voluntárias de solidariedade A melhor lição de cidadania para os jovens Ao se pensar em termos de construção de uma mentalidade cidadã e socialmente responsável, durante o primeiro semestre os alunos do 3º e do 4º ano participaram do projeto Mi casa, tu casa – Minha casa, sua casa, promovido pelo jornal Joca, pela ACNUR (Agência da ONU para refugiados) e pela organização Hands On Human Rights, cujo objetivo é apoiar crianças e adolescentes venezuelanos que estão vivendo no Brasil.

De acordo com a ACNUR, existem atualmente 13 abrigos da Operação Acolhida para venezuelanos em Roraima, onde vivem cerca de 6.600 pessoas, entre refugiados e migrantes. Entre elas, aproximadamente 47% têm entre 0 e 17 anos.

Com o envolvimento e o esforço de nossos alunos conseguimos arrecadar 278 livros infantojuvenis e 12 gibis que farão parte do acervo dos armários-bibliotecas que serão montados nos abrigos de Roraima.

Stéphanie Habrich, fundadora e diretora executiva do Joca, explica: «Acreditamos que a leitura possa levar conforto a essas crianças e adolescentes, permitindo que continuem projetando seu futuro. Mas os benefícios da ação vão além e também chegam aos jovens que se envolverem pelo Brasil. É uma oportunidade única de interagir com o que está acontecendo em nosso país vizinho. Ao participar da ação, os jovens serão os protagonistas dessa missão, colocando o projeto de pé».

Propagandas elaboradas pelos alunos do 4º ano

Doe por amor

Doe conhecimento

Doe sonhos

Doe livros para os refugiados ve-

Vamos ajudar entregando livros para

Doe livros para os migrantes e refu-

nezuelanos que estão em Roraima.

dar conhecimento aos refugiados e

giados venezuelanos que estão em

Esta é uma campanha do JOCA em

migrantes venezuelanos que estão

Roraima. Esta é uma campanha do

parceria com a ACNUR

em Roraima. Deixe os livros na por-

JOCA e da ACNUR. Participe!

taria da Escola Eugenio Montale.

Doe criatividade

Doe felicidade

Doe criatividade, doe livros infantis

Doe livros para refugiados e migran-

para os refugiados e migrantes ve-

tes venezuelanos. Ajude-os a ter uma

nezuelanos que estão em Roraima.

infância melhor em Roraima.

Lyris Roberta Degam Professora de Português, História e Geografia do Brasil REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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PALAVRAS-CHAVE

Paola Capraro

Autonomia un pilastro dell’educazione integrale A

utonomia – dal greco αὐτονομία: composto da αὐτός ‘stesso’ e da νόμος ‘legge’ – vuol dire, nel suo senso più generale, dar legge a se stesso. È la capacità di governarsi, di autoregolarsi e gestirsi. È una costruzione che avviene lungo tutta la vita di ognuno di noi, ma la cui base importante si crea e si sviluppa nell’infanzia. È intesa anche come la capacità di fare una riflessione critica della realtà, di rielaborare contenuti e conoscenze e di acquisire e conquistare la libertà intellettuale per stabilire nuove connessioni. È uno dei pilastri dell’educazione integrale.

Il diventare autonomi è una costruzione propria, che ha però bisogno di appoggio. Dare autonomia a un bambino non significa lasciarlo completamente da solo o creare delle sfide che vanno molto oltre la sua capacità di soluzione, ma credere in lui e dargli l’appoggio in modo che possa agire da solo. Quando il bimbo muove i primi passi ha bisogno in alcuni momenti della mano dell’adulto. Così, quando già cammina e cerca di allontanarsi, ha bisogno dello sguardo dell’adulto 16

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che gli fa sentire la propria presenza dandogli la sicurezza di potersi allontanare. Autonomia è, infatti, sicurezza. È fiducia in se stesso e nelle proprie capacità di imparare e agire di fronte a qualsiasi circostanza.

Riuscire a fare da soli fa sentire capaci, fa capire che si è competenti per agire, rinforzando così l’autostima. La scuola in questo senso è una grande collaboratrice. È nello spazio scolastico che il bambino, nel misurarsi con gli altri e nel “dover fare da solo”, supera i propri limiti e costruisce la propria autonomia. Ma come si costruisce autonomia nelle lezioni a distanza dove il ruolo di figlio prevale su quello dell’alunno? Come possiamo collaborare perché questo continui ad avvenire nella forma più serena possibile?

Innanzitutto con uno sguardo attento e un ascolto sensibile. È importante credere nella competenza, nelle capacità del bambino e dimostrargli che può farcela. Dargli la possibilità di trovare il modo migliore per comprendere il mondo che lo circonda. È esserci, ma non stare al suo posto. È importante seguire le lezioni a

Vanessa Finardi Squassoni

una “distanza di sicurezza” – ossia non intervenire o entrare nello spazio che è unicamente suo – ma, al contempo, non essere tanto distanti da non esserci quando ha bisogno di aiuto. È importante che il bambino sappia che dovrà fare da solo e questo è fondamentale perché, in fondo, tra le righe gli stiamo dicendo che può e sa fare da solo. Lo stesso vale in quei momenti in cui il bambino sembra allontanarsi e, con uno sguardo, proviamo a trasmettergli la fiducia che può farcela. Possiamo dare dei suggerimenti, ma non soffocare mai la creatività, stare vicino ma non invadere uno spazio che è suo, mostrare l’appoggio ma non agire o fare al suo posto. Tutti i bambini sono molto più capaci di quanto pensiamo!

Autonomia è anche imparare che non sempre ce la facciamo in un primo momento, ma che prima o poi impareremo. Si piantano i semi, ma ogni fiore sboccia a suo tempo.

Paola Capraro Direttrice Didattica Italiana

Vanessa Finardi Squassoni

Direttrice Didattica Brasiliana

INTERNACIONALIDADE

King Arthur: myth, legend or truth?

In his essay, The Storyteller: Reflections on the Works of Nikolai Leskov, the literary critic Walter Benjamin states that «the art of storytelling is reaching its end because the epic side of truth, wisdom, is dying out»1. True as it may be, some stories seem to be eternal and have deep roots in our collective imagination. King Arthur is definitely one of them. His Knights of the Round Table seem never to fail in arousing our interest in their fantastic adventures!

Being, as it is, a favourite among students, its reading is always quite pleasurable and at the same time very instructive of its value in literary tradition. The stories of King Arthur stand as a must not only in English Literature, but in Literature as a whole. This was the driving force that set this project in motion: its literary appeal and widespread interest. As the subject was going to be dealt with in II Liceo in both English and Portuguese Literature, integrating it in a common project seemed to be the best choice. Bearing this in mind, an initial study of the subject was started by watching videos on the origins of the legend and reading different versions in different genres and in both languages – English and Portuguese.

Out of the several mysteries involving the story, the one that certainly stands out in our imagination is: “Has a King Arthur ever lived?” After several weeks of dedicated reading and research, no one could answer this question with more propriety than the students themselves.

1

W. Benjamin, The Storyteller: Reflections on the Works of Nikolai Leskov, in D.J. Hale (Ed.), The Novel: An

Anthology of Criticism and Theory: 1900-2000, Malden: Blackwell, 2006, p. 364.

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Has a King Arthur ever lived?

The legend of King Arthur has its roots in Celtic poetry dating from the 5th and 6th centuries, during the Anglo-Saxon invasion of Britain. Gododin, a Celtic poem dating from this period, mentions an Arthur, not a king, but a warrior. Arthur himself never appears in the poem, but is referred to in relation to its main character, Gwawrddur, saying that this character «[…] was skilled at slaying his enemies, but was no Arthur»1, indicating Arthur’s exceptional abilities. In 1130, the cleric Geoffrey of Monmouth wrote The History of the Kings of Britain, whose central character was King Arthur. However, Geoffrey’s account

cannot be considered history as he put together fragments of myth and poetry where the story lacked historical data. Geoffrey was responsible for picturing Arthur as a military leader ruling from a Roman fortress named Caerleon, fighting with a magical sword named Caliburnus and having a wise counsellor named Merlin. The poet Wace in 1155 translated Geoffrey’s work into French and added the famous Round Table to Arthur’s story. Another French poet Chrétien de Troyes popularized the story and introduced tales of individual knights, such as Lancelot and Gawain. He also conceived Arthur’s love triangle

with Lancelot and Guinevere and introduced the quest of the Holy Grail.

In translating Chrétien’s work, Caerleon became Camelot and Caliburnus became Excalibur. Later, in the 15th century, Thomas Malory put these stories together in Le Morte d’Arthur, which is now the basis for many modern accounts of the legend. The story of King Arthur has changed so much over time, there are so many legends, stories and tales, each one adding something new to it. Whether a King Arthur ever lived or not still remains a mystery, but he has most certainly achieved immortality.

Isabella Rimoldi and Gabriel

The legendary characters Arthur Arthur becomes a king when he proves he is a wise and brave leader. He was considered by all as a great king, who would do anything for the safety of his subjects. Nowadays, Arthur remains an example of a fair and honourable king.

Caio and Enrico

Merlin Merlin is a very important character in the story.

He takes care of Arthur as a child and helps him in many different situations. From him we learn that loyalty is an important matter when it comes to friendship.

Isabella Troncone

Lancelot

Sir Lancelot’s stories are very interesting and there are different versions. Mostly, Sir Lancelot is a noble knight, close friend of Arthur’s, protector of the Holy Grail and one of the most famous knights of the Round Table, but he falls in love with Guinevere, Arthur’s wife, and their love ends up fragmenting the kingdom, dividing the characters and causing a war. After Arthur’s death, Guinevere becomes a nun and Lancelot, a hermit.

Ettore

Morgana

Morgan Le Fay is Arthur’s half-sister, daughter of Igraine and Gorlois, Duke of Cornwall. She is a priestess of the Isle of Avalon, trained by her aunt Viviane to become the Lady of the Lake or the Lady of Avalon.

Most versions of the legend picture Morgana as a villain. We believe she is wronged.

Gabriela and Nicolas

2

A. Lupack, Is there any truth to the King Arthur legends? Available at <https://www.youtube.com/watch?v=RBsY88Lir-A>

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Isabella Rimoldi Caio Mamede Franco

The importance of reading King Arthur’s stories Looking at the story of King Arthur in a superficial way, one might think it is just another medieval tale about kings and knights, but after studying it in more depth, one can conclude that it portrays many important values for society, such as equality, represented by the Round Table, and the role of women in society, represented by the characters of Guinevere and Morgana. By reading King Arthur one can review their concepts and values about life then and now.

Luther and Gian Enrico

The values expressed in the story

Interdisciplinarity

Reading King Arthur’s stories nowadays can help us better understand historical facts, meanings of symbols and the origin of habits that are still known and shared today. What makes King Arthur so relevant and important in the 21st century are the multiple values brought about by the story, such as love, trust, loyalty and courage, which may be the reason why the story is still so popular today. Arthur is not simply a personality within the story, he symbolizes values and ideals that are vital for mankind.

The whole project was developed in both languages: English and Portuguese.

Some of the benefits of developing a bilingual project are the opportunity to increase our vocabulary, by learning different words in the two languages, and the chance to learn particularities of both languages, such as the study of false cognates, for example. In developing the project, the students had to use new abilities to understand both languages and use them coherently to compose a bilingual story that had to make sense. This kind of project should be done more frequently as everyone enjoyed it!

Lara and Raissa

Giulia and Gian Carlo

The final outcome After an intensive immersion in the stories of King Arthur for several weeks, what you will find next is the students’ own version, their own interpretation of the legend in the form of memes and digital comics. This final product shows the students’ high level of creativity and clever use of digital resources, including peer collaborative learning of technological resources.

After working with today’s students for so many years, one can conclude that, when properly stimulated, this generation is capable of producing remarkable results.

Caio e Isabela

Bravo, II Liceo!

Lara e Gabriel

Claudia Affonso Teacher of English Language and Literature Lygia Gutierrez Teacher of Portuguese Language and Literature REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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SER MONTALE

Eugenio Montale e Banca d’Italia Psicologia e finanza per fare scelte consapevoli “E

ssere Montale” significa garantire il protagonismo attivo dei soggetti in apprendimento e permettere loro di sviluppare la capacità di operare scelte consapevoli.

Tra le attività didattiche svolte nel primo semestre che hanno stimolato gli alunni a farsi arbitri del proprio destino, la Montale ha proposto il cosiddetto PCTO (Percorso per le Competenze Trasversali e per l’Orientamento). Si tratta di un percorso formativo orientato a integrare i nuclei fondanti degli insegnamenti con lo sviluppo di competenze trasversali (soft skills) ed è considerato la più recente e innovativa metodologia didattica istituita dal Miur.

Lo scopo del PCTO è dare agli studenti del III e IV anno del Liceo la possibilità di sviluppare competenze interdisciplinari affinché essi possano imparare a conoscersi, capire qual è il ramo lavorativo più adatto alle loro attitudini e fare così una scelta più consapevole quando si tratterà di iniziare una carriera o scegliere l’università in cui continuare il percorso di studi.

L’offerta del percorso è stata pro20

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posta dalla Banca d’Italia. L’esperienza si è svolta on-line e con l’accorto orientamento dei tutor responsabili, tra i quali la Dott.ssa Carola Carlizza, che hanno guidato i ragazzi durante cinque giorni di attività relative alle carte di pagamento, ma che hanno anche parlato dei loro mestieri, della politica monetaria e dell’educazione finanziaria.

Per l’occasione, abbiamo intervistato il funzionario e Coordinatore dei PCTO di Banca d’Italia, Dott.

Pietro Gaudenzi, che ci ha parlato con più dettagli del progetto.

Dott. Gaudenzi, ci può spiegare brevemente come sono stati strutturati gli incontri con gli alunni?

Gli alunni hanno progettato degli strumenti di comunicazione – per coetanei o per studenti delle scuole medie – sulle carte di pagamento. Quindi carte prepagate, carte di debito (in italiano, il cosiddetto bancomat) e carte di credito. La struttura del percorso on-line è all’insegna dell’esperienza simulata, ma concreta, di una parte specifica del lavoro della Banca d’Italia: in questo caso un mix tra comunicazione e strumenti di pagamento alternativi al contante. Noi tutor, prima dell’inizio vero e proprio del lavoro (che si svolge in cinque mattinate di una stessa settimana) incontriamo i ragazzi per dare una visione generale della Banca d’Italia e del compito da svolgere durante il PCTO. Si tratta dell’unica vera lezione frontale di tutto il percorso; da tale momento in poi si lavora tra colleghi. Così

A proposta dos PCTO visa dois resultados: 1. dar ao estudante elementos de avaliação e reflexão para seu próprio futuro, assim como instrumentos de estudo, de trabalho e de crescimento pessoal; 2. desenvolver competências transversais que sejam úteis para enfrentar os mais variados problemas eventualmente presentes no campo profissional.

Pietro Gaudenzi

O objetivo é dar aos estudantes a possibilidade de desenvolver competências interdisciplinares de modo que eles aprendam a conhecer-se, descubram qual é o campo de trabalho mais adequado às suas próprias aptidões e assim possam fazer uma escolha mais consciente quando tiverem que iniciar uma carreira ou escolher a universidade.

ogni mattina abbiamo avuto un incontro plenario in cui venivano fissati degli obiettivi intermedi e assegnati i compiti. L’obiettivo finale era quello di realizzare uno strumento di comunicazione – powerpoint, video, audio, ecc. – sulle carte di pagamento.

Dopo ogni incontro plenario on-line, si procedeva al lavoro di sottogruppi o ciascuno per proprio conto.

A metà mattinata veniva fatta una verifica collettiva sulle ricerche effettuate, sulle prime idee sviluppate, con scambio di opinioni e prime focalizzazioni sulla direzione da prendere. Poi il ritorno al lavoro e alla fine della mattina si tiravano le somme tutti insieme e si programmava il giorno successivo. Una squadra di lavoro, in Banca d’Italia, si muove così.

Nelle cinque giornate è prevista anche una riunione simulata di lavoro dove alcuni colleghi non coinvolti nel percorso, ma esperti della materia, fanno da discussant e esaminano, criticano, valorizzano il lavoro svolto fino a quel momento. Il successivo debriefing dei tutor della Banca e della scuola con gli studenti è sempre un momento importante in cui si valutano i consigli e le critiche ricevute e si mette a punto il progetto. L’ultimo giorno si presenta il lavoro fatto, davanti a una platea di colleghi della Banca, di docenti, di genitori e amici, tutti invitati ad ascoltare la chiusura e la sintesi delle giornate passate. Durante il percorso aiutiamo anche i ragazzi a esercitarsi a parlare in pubblico. Viene fornita un’informativa sulle politiche di assunzione in banca: poiché molti dei partecipanti non escludono di completare gli studi in Italia, questa comunicazioREVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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ne è stata molto utile per chi pensa a un lavoro presso un’autorità pubblica come la Banca d’Italia.

Quali abilità stimolano e quali competenze si propongono di far raggiungere agli alunni i PCTO offerti dalla Banca d’Italia?

I ragazzi entrano nel mondo degli adulti, prendono le misure all’ipercomplessità del mondo attuale, verificano in concreto i propri talenti. Il percorso stimola la curiosità e la voglia di prendere in pugno la propria vita perché si svela il mistero dell’economia: non si tratta di una materia oscura e inaccessibile, ma della chiave di volta della vita e della consapevolezza di ciascuno. I ragazzi comprendono che devono riflettere su se stessi a tutto tondo, uscendo dalla bolla comoda dell’eterno presente, e allungare lo sguardo al futuro. Così si afferra pienamente il senso della gestione delle proprie risorse per migliorare se stessi, raggiungere i propri obiettivi, realizzare i sogni e le aspettative. La proposta dei PCTO italiani ambisce ai seguenti risultati: l’uno è quello di orientare i ragazzi, ovvero dare loro elementi di valutazione e riflessione per il proprio futuro, così come strumenti di studio, di lavoro, di crescita personale; l’altro è quello di sviluppare competenze trasversali, cioè trasferibili, che possono essere utili per affrontare i problemi più diversi che si incontrano nel mondo del lavoro. Non è più tempo di formule standardizzate per risolvere problemi ricorrenti perché essi sono sempre nuovi e la società – come dicevo prima – è talmente complessa che le sole competenze specialistiche non bastano più. Ecco perché è importante imparare a lavorare in gruppo, a distinguere le fonti genuine dalle false, ad accettare le critiche, a sviluppare la creatività e, soprattutto, è importante imparare a imparare. In altre parole è necessario trovare un proprio metodo di apprendimento continuo e costante, che duri per tutta la vita.

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In che maniera il progetto propone una riflessione sui comportamenti e sul futuro?

Abbiamo capito che i comportamenti delle persone sono il vero discrimine per il benessere. Abbiamo anche capito però che non è innata la capacità di gestire in modo ottimale i propri soldi. Si tratta anzi di un’abilità che bisogna curare, per cercare di superare dei pregiudizi naturali che portano spesso a scelte non perfette. Nella finanza personale è dunque cruciale essere consapevoli dei difetti di percezione e conoscenza che tutti abbiamo e quindi bisogna essere disponibili a imparare e a capire dove sbagliamo. I ragazzi dei PCTO amano molto il mix di psicologia ed economia, il quale permette di fare scelte più consapevoli e meditate. E queste scelte sono perlopiù orientate al futuro. La scelta di risparmiare, per esempio, ha un suo comportamento da adottare oggi (“decido di non spendere”) ma ha anche un forte impatto sul futuro (“avrò a disposizione più risorse per fare acquisti più importanti”).

In che modo il progetto favorisce la cosiddetta “cittadinanza finanziaria”?

I partecipanti ai nostri PCTO si rendono conto che tutto è collegato, per così dire. Le proprie scelte finanziarie non riguardano solo la sfera personale ma, insieme a tutte le scelte degli altri cittadini, possono orientare l’industria finanziaria. Inoltre, il proprio benessere generale non può prescindere da quello finanziario (“devo avere le risorse sufficienti per vivere e per migliorarmi nel tempo e per godere di buona salute e per avere una famiglia”, e così via).

Contribuire con scelte consapevoli al benessere di tutta la società è una consapevolezza che matura col tempo, quando i ragazzi eserciteranno diritti e doveri legati a una condizione più ampia: il voto politico e amministrativo, il ruolo di contribuenti, la partecipazione diretta alle esigenze degli altri. La cittadinanza finanziaria è un primo passo: capire che il benessere degli altri dipende anche dalle nostre scelte di consumatori, risparmiatori e investitori è decisivo. E i ragazzi si galvanizzano nel sentirsi parte di questa “teoria del tutto”, dove anche i loro comportamenti contribuiscono al benessere di tutti, oltre che a quello personale.

Adriana Grasso

Direttrice Editoriale Il Girasole

Pietro Gaudenzi

Coordinatore dei PCTO della Banca d’Italia

NARRATIVAS ENCANTADORAS

Eugenio Montale e patronato Convita levando alegria e conforto às pessoas

O

que fazer quando a escola é, de repente, pega de surpresa? Quando reinventar-se é o mais recente desafio?

A realidade da pandemia nos estimulou – e nos obrigou – a repensar tudo e, no caso da Educação, exigiu a coragem de pensar com urgência em outras possibilidades e práticas didáticas, encontrando, inclusive, formas mais humanizadas de encarar os desafios.

Neste contexto, o distanciamento social e as suas silenciosas repercussões figuraram-se como uma ocasião comum para que pudéssemos nos empenhar em projetos de solidariedade em favor de pessoas mais vulneráveis, ou seja, aquelas que sentiram ainda mais os efeitos psicológicos e restritivos do isolamento.

A oportunidade surgiu com a colaboração de Diego Miguel, gerente institucional do Convita, e de Fábio Scauri, coordenador do Centro de Convivência. Concretizou-se assim a ideia de estimular o diálogo entre os alunos da Montale e a família do Patronato. Um projeto que nasceu exatamente a partir do propósito de solidarizar-se, ou seja, de estar junto, de fazer companhia, de sustentar um diálogo entre gerações, ainda mais neste momento peculiar da vida de todos.

Algo como estabelecer uma “ponte” e,

através das mensagens enviadas pelo WhatsApp, trocar experiências, histórias e anedotas.

Com alegria, nossos alunos aceitaram esse desafio de vencer a distância, decididos a unir a narrativa – tradicional e milenar – à tecnologia do áudio. Inspirados na história do protagonista de Fábulas por telefone de Gianni Rodari (no qual o autor entretém a filha com histórias à distância), também os alunos do 6º ano (I Media) e os membros do Convita (imigrantes italianos e descendentes) trocaram histórias de vida e de experiência, no nosso caso, pelo WhatsApp. Com a minha orientação, junto àquela do professor Marco Demelas, os estudantes se empenharam em escrever textos cativantes, inspiradores e encorajadores, em português e em italiano. Emocionaram-se, sorriram, imaginaram e criaram um ponto de encontro para manifestar alegria e superar a solidão, a preocupação e a tristeza, ainda que somente por alguns instantes.

Estes encontros por voz têm assegurado a magia do contato, estimulando a imaginação e os sentidos. Do lado de cá da “ponte”, a energia dos meninos e meninas, suas narrativas encantadas e cheias de bichinhos, situações engraçadas e muita imaginação. Do lado de lá, as vozes de uma geração que va-

loriza a vida e sabe onde guardar cada história, graça e memória.

Importante dizer que muitas outras questões foram trabalhadas com os estudantes: da importância do planejamento e da responsabilidade às habilidades relacionadas à escrita, à oralidade, à narrativa e à argumentação.

Mais que tudo, este projeto continua gerando impacto social, pois entretém e leva alegria e conforto às pessoas neste momento tão delicado. Trata-se de uma oportunidade de exercitar, na prática, a visão humanista que orienta nossa escola desde sempre.

A seguir, é possível escutar uma pequena antecipação do trabalho que estamos realizando. A intenção é criar, no segundo semestre, um produto multimídia que poderá tornar ainda mais tangível estes breves, incomuns e memoráveis encontros.

Vozes de Júlia Caslavsky Miranda (I Media) e Rosina Guastamacchia (membro Convita)

Helenice Schiavon

Professora de Português REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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INOVAÇÃO

Economia e società Torna il concorso Inventiamo una banconota L

e lezioni in presenza dell’anno scolastico 2020 sono terminate con una… banconota!

Quando gli alunni della quarta primaria erano impegnati nella realizzazione dei bozzetti da inviare alla Banca d’Italia, il Covid-19 ci ha costretti a reinventare la scuola e la didattica.

Giusto in tempo per scegliere e inviare il disegno che avrebbe rappresentato la Montale al Concorso Inventiamo una banconota, bandito ogni anno dalla Banca d’Italia e dal Ministero dell’Istruzione, dell’Università e della Ricerca. Per la prima volta il concorso è stato aperto alle classi delle scuole paritarie italiane nel mondo.

Il bozzetto è arrivato a destinazione. Ha superato la fase di selezione interregionale, risultando tra le 58 scuole ammesse alla fase nazionale e vincendo un premio1 di €1000 per il supporto alle attività scolastiche.

Siamo nel 2021: abbiamo iniziato un nuovo anno scolastico con il fardello pesante di un’epidemia non ancora debellata e la speranza che la vaccinazione di massa possa gradualmente restituirci una vita fatta di relazioni, incontri, esperienze. Fatta di scuola.

Nei corridoi, nelle aule, negli spazi all’aperto della Montale tornano i bambini. Protetti, distanziati, mascherati. Tornano le loro voci, torna la loro vitalità. E torna il concorso Inventiamo una banconota. Quest’anno il tema non poteva essere che Economia e società: gli insegnamenti della pandemia.

I bambini della quarta primaria, coinvolti nel progetto, non hanno esitato nella scelta dell’argomento da sviluppare: «Se avessi tanti soldi... cosa farei per rimediare alla pandemia?». Non hanno esitato nemmeno nel tentativo di trovare una possibile soluzione: sviluppare la ricerca medica, creare vaccini e somministrarli alla popolazione mondiale.

Nei bozzetti realizzati fanno capolino la Terra, siringhe con le ali, mani che accompagnano siringhe negli angoli più remoti del pianeta. Ma anche virus, tanti virus. E medici, tanti medici. Armati di ricerca, di scienza, di vaccini, di dedizione e altruismo.

Dopo l’incontro di presentazione con il console Filippo La Rosa e il dottor Alessandro Gambini, rappresentante della Banca d’Italia a San Paolo, il 12 aprile, gli alunni hanno visitato virtualmente il Centro Guido Carli di Roma, sede della fabbricazione di carte valori della Banca d’Italia, dove nasce la maggior parte delle banconote stampate nella penisola. Poi, mettendo in campo tutta la creatività di cui sono capaci, hanno ideato e realizzato i bozzetti delle loro banconote considerate quale veicolo di trasmissione di messaggi e di valori, e non solo come mero segno monetario.

Al termine, un contest al quale hanno partecipato alunni e personale della Montale ha scelto il bozzetto che avrebbe rappresentato la scuola al concorso. Ora attendiamo fiduciosi il risultato. Nella speranza che prima di realizzare il sogno di vincere il premio per la Scuola si realizzi quello di vincere la pandemia!

Maria Donatella D’Amico

Docente Ministeriale Italiana di Italiano, Storia e Geografia

1 Premioscuola, Catalogo 2020, p. 304, in https://premioscuola.bancaditalia.it/risorse/cataloghi-edizioni/documenti/Catalogo-2020.pdf

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Disegno vincitore del concorso 2020

Bozzetto inviato al concorso 2021

IV PRIMARIA

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CONECTANDO MUNDOS

TUTTI CONNESSI: Brasile, Italia e Vietnam Conoscere il mondo e scoprire la gratitudine

L

a Scuola Eugenio Montale offre la possibilità di partecipare alle lezioni di Religione, uno spazio di scambio e di conoscenza nel quale gli studenti possono approfondire il rapporto nella storia fra uomo e spiritualità e possono conoscere le differenze fra le principali religioni del mondo, anche quelle da loro culturalmente più lontane.

Durante le lezioni svoltesi nei mesi di marzo e aprile, gli alunni delle classi II Primaria e II Media hanno partecipato a un progetto di scambio interculturale, conoscendo altre realtà vissute da coetanei in altre parti del mondo. Il progetto ha creato piccoli ponti con altre insegnanti in Italia e in Vietnam. Queste ultime hanno presentato con brevi video le diverse realtà dove sono inserite, offrendoci spunti di riflessione sul tema della gratitudine.

La maestra Filomena, insegnante all’ospedale Bambino Gesù di Roma, insieme ai bambini ricoverati, ha dato lo spunto per riflettere sul dono della salute. Marina, dalla periferia di Ho Chi Min (antica Saigon) ha presentato la realtà di famiglie immigrate da altre regioni del Vietnam e i cui figli non possono frequentare una scuola, per cui è stata creata una piccola scuola informale, con l’aiuto di tanti giovani volontari. Abbiamo conosciuto anche una di queste famiglie e la loro casa; e abbiamo riflettuto sul dono di poter avere un luogo dove abitare. Poi Marina, Marianne e Bianca ci hanno fatto conoscere la vita di una delle minoranze etniche nella foresta della provincia di Binh Phuoc nel Sud Vietnam. La maestra Nadia, da Agrigento (Italia), ha presentato la realtà di bambini e ragazzi stranieri con le loro famiglie, così come la realtà del loro inserimento nella scuola italiana, riflettendo sul dono di avere una famiglia.

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I ragazzi della Montale hanno inviato le proprie riflessioni sulla gioia di poter andare a scuola e di avere un’istruzione. I più piccoli hanno espresso tutta la loro empatia attraverso l’invio di disegni e messaggi fatti giungere ai loro nuovi amici, mentre i più grandi hanno scritto brevemente anche la loro esperienza e riflessione su quanto vissuto insieme in questi mesi. Di seguito un bell’esempio: «Abbiamo scoperto tante realtà di vita differenti e scoperto cose nuove che non sapevamo neanche che esistevano. E soprattutto vedere la realtà degli altri paesi, delle altre persone, di altri bambini, ci fa percepire che siamo molto fortunati, che possiamo andare a scuola, che abbiamo una casa, abbiamo una famiglia, abbiamo salute, abbiamo tante cose che altre persone in tanti altri paesi del mondo non si possono permettere». Rocío La Rosa (classe II Scuola Secondaria di Primo Grado) Ma non finisce qui: sicuramente ci saranno altre occasioni per continuare a rimanere in contatto, con il cuore aperto al mondo!

Maria Cristina Nava

Professoressa di Religione

Isabela Santini Andersen II Primaria

Francesco Squassoni Zani II Primaria

Júlia Garcia Vetev Lima I Primaria

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TIME MONTALE

Respeito, liberdade e colaboração A criança como protagonista da própria aprendizagem

J

ulho de 1991. Inicia aqui a minha história na Eugenio Montale, história que durou bem trinta anos! Com a escola pude manter uma intensa ligação com minhas origens, com a língua e a cultura italiana, sempre tão presentes graças aos meus pais.

Foram anos intensos, de muito aprendizado, de momentos difíceis, mas também de muitas alegrias; e quando me perguntam como pude trabalhar por tanto tempo na mesma escola, respondo com três palavras: respeito, liberdade e colaboração.

Esses foram pontos fundamentais durante todo meu trabalho e que me chamaram a atenção quando conheci a escola, qualidades que não consegui encontrar em outras instituições, principalmente em uma época em que o ensino tradicional prevalecia.

A escola sempre manteve como foco principal o aluno e suas potencialidades e, na educação infantil, esse enfoque ganhou mais força quando passamos a trabalhar com a abordagem de Reggio Emilia, pioneira nesse 28

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segmento, para mim um privilégio e uma grande conquista.

Nosso trabalho sempre considerou a criança como protagonista do processo de aprendizagem, investigando, explorando, questionando, criando suas hipóteses e compartilhando suas ideias com os colegas. Todo esse processo tem papel fundamental na formação dos alunos e dos futuros cidadãos, que entendem a importância de discutir, mas ao mesmo tempo de respeitar as opiniões alheias e assim formar as suas próprias. Isso certamente fará toda a diferença nos adultos que serão amanhã.

Para o professor o trabalho se torna mais difícil e desafiador, o que particularmente sempre me encantou e fascinou. Devemos sair da nossa zona de conforto e deixar de nos colocar como detentores do conhecimento. Devemos agir como mediadores e coadjuvantes de todo o processo. Ao longo desses anos aprendi que temos sempre muito a aprender com as crianças, basta dar espaço e saber escutá-las.

Encerro minha história na Montale feliz e grata por ter participado de todo esse processo e por ter conhecido pessoas maravilhosas que levarei sempre comigo. Obrigada por tudo, Montale!

Fulvia Bianchi

Ex-Professora da Escola da Infância

Da esquerda para a direita: Giovanni Grasso dos Santos – Infanzia; Lorenzo Fávero Faria – Primaria; Filippo Garbosa Vieira – Primaria; Miguel Henrique Silva Guimarães – Primaria; Emelyn Soares – Primaria; Clara La Rosa – Primaria; Ana Maria Luposeli – Primaria; Aurora Pamplona Giancola – Infanzia; Valentina Fávero Faria – Primaria

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FORMAÇÃO DOCENTE

o futuro da docência Metodologias ativas

O

ensino dos alunos pelos professores surgiu há mais de 2.000 anos na Grécia, quando os filósofos caminhavam com seus discípulos ao ar livre e levantavam várias questões sobre os mais variados assuntos para refletir sobre elas, instigando os alunos a elaborar hipóteses.

Por volta do século XII, mais pessoas puderam estudar; então foram criadas as escolas onde se reuniam os estudantes, buscando respostas, e os professores, considerados os detentores do conhecimento.

A partir do século XVIII, uma quantidade maior de pessoas teve a oportunidade de estudar devido à Revolução Industrial, na busca de qualificação de mão de obra para o aumento da produção e melhoria na administração estatal. Para isso foi necessário padronizar e organizar as escolas. Então, os estudantes foram colocados sentados em fileiras para “possibilitar” uma es-

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cuta atenta com pouca troca. Mas, ao longo do tempo, foi possível perceber a diversidade na apreensão e compreensão dos conteúdos escolares e a necessidade por parte das escolas em formar cidadãos críticos, analistas, habilidosos e criativos.

Diante dos novos desafios, percebeu-se a necessidade da personalização do ensino. Isso implica a compreensão das características de cada turma, para proporcionar situações e ferramentas capazes de incluir todos os indivíduos em atividades focadas e condizentes com os respectivos perfis de processos de aprendizagem. Não se trata de abandonar algumas práticas tradicionais, como aulas expositivas, mas sim de de adaptá-las ao novo modelo, propondo maior autonomia no percurso escolar.

As metodologias ativas são um percurso que propicia o protagonismo e a autonomia do aluno. O foco é o planejamento de todo o processo de aprendizado com início no propósito, seguindo pela ação que possibilitará a reflexão para, enfim, utilizar os conceitos objetivados.

Não há necessariamente a obrigatoriedade do uso de ferramentas tecnológicas, já que o foco é que o aluno deve “construir o conhecimento”, porém a inserção de tais suportes otimiza os processos ao passo que se alinha às linguagens dos grupos atuais.

A Montale já deu os primeiros passos em busca da implementação destas metodologias ao contratar a empresa Tríade de Consultoria Educacional, dos professores Lilian Bacich e Leandro Holanda, referências nacionais na fundamentação e prática de metodologias ativas. No decorrer do primeiro semestre, a Tríade Educacional realizou um curso de formação para todo o corpo docente da nossa escola, durante o qual os professores experimentaram encontrar soluções baseadas nas metodologias ativas. Nesse período de estudo foi possível também perceber que os elementos essenciais das metodologias ativas já fazem parte da rotina das aulas na Eugenio Montale, tais como: promover a autonomia e o protagonismo do aluno, estimular

o pensamento crítico, desenvolver a criatividade, incentivar a comunicação e a colaboração entre os pares e entre alunos e professores. Assim, pode-se dizer que estamos no caminho certo e que continuaremos buscando o aprimoramento de nossas práticas.

O mais belo deste percurso todo é a busca por uma metodologia de inclusão dos indivíduos em seus processos de aprendizagem, garantindo a equidade nas possibilidades de ensino e abrindo o caminho para um horizonte acessível a todos de maneira justa e qualificada no reconhecimento das diferenças.

Mauricio Zimiani

Professor de História do Brasil

Giuliana Colarullo

Professora de Italiano, Geografia e História

Percebeu-se a necessidade da personalização do ensino. Isso implica a compreensão das características de cada turma, para proporcionar situações e ferramentas capazes de incluir todos os indivíduos em atividades focadas e condizentes com os respectivos perfis de processos de aprendizagem.

Teresa Martino Aloise

Professora de Matemática e Ciências

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DIRIGENTE UFFICIO SCOLASTICO CONSOLATO

AMA E FA’ CIÒ CHE VUOI

contro l'individualismo: la scelta di condividere e cooperare

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Monica Faggionato

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n un periodo in cui si dispensano continuamente istruzioni e avvertimenti, vale la pena evidenziare che le parole possono essere di disorientamento o di aiuto. Quando spese per cooperare, le parole sono di sicura salvezza.

Continuo laboratorio di ricerca sull’uso delle diverse intelligenze e sul valore dell’interazione nell’apprendimento, la scuola organizza sempre più spesso la didattica per gruppi, valorizzando le differenze, il lavoro cooperativo e l’educazione tra pari, e favorendo l’instaurarsi di rapporti di fiducia, tanto nella capacità di apprendere quanto in quella di guidare.

Per una cooperazione efficace e un reale sviluppo delle capacità di ciascuno, ruoli e compiti sono ben definiti, il lavoro è distribuito con confini chiari, il risultato è condiviso e il merito – percepito e interiorizzato – è di tutti. La fidata ripartizione del successo rafforza la fragilità individuale ed evita la dispersione di energie. La consapevolezza del proprio esserci, con i propri interessi e le proprie capacità, scioglie ogni ambiguità nei delicati aspetti relazionali e fa maturare una responsabile idea di libertà.

Importanti progetti di mediazione tra pari per la risoluzione dei conflitti dimostrano che una preziosa saggezza si annida nelle aule scolastiche, dove l’ascolto e l’aiuto reciproco si manifestano tra gli alunni per generosità, nella certezza che la ricompensa è il piacere stesso del cooperare. Tale capacità, tutta umana, è indispensabile per la nostra salvaguardia come specie vivente1. Contro l’individualismo della vanità, l’aggressività dell’orgoglio, la competizione violenta e il protagonismo della prevaricazione, si sceglie ogni giorno di condividere e cooperare.

La scuola con la sua fiducia nell’educare e il suo impegno nel riparare, attraverso la voce e le parole di chi la scuola la fa (come diceva sant’Agostino, «ama e fa’ ciò che vuoi»1), occupa uno spazio vitale all’interno della definizione di nuovi e urgenti cambiamenti comportamentali e relazionali.

Una bella riflessione si trova in A. Testa, Cooperare è fondamentale. E lo è da sempre, in «Internazionale», 23 febbraio 2021.

Cfr. Sant’Agostino, Commento alla Prima Lettera di Giovanni, 7, 8-11.

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Monica Faggionato

Dirigente dell’Ufficio Scolastico presso il Consolato Generale d’Italia a San Paolo

EX-ALUNO

Um olhar crítico para o mundo Aplicando a teoria à vida real

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Marco Brancher

er nascido em São Paulo – a mais rica, todavia uma das cidades mais desiguais da América Latina – certamente determinou o meu caminho. O contato constante com essa realidade poderia ter-me feito ver a pobreza e a desigualdade como fenômenos naturais, mas os estímulos recebidos na Montale despertaram em mim um olhar crítico para o mundo. A curiosidade e a capacidade de querer ir além dos dados levou-me a estudar Economia para entender melhor as raízes estruturais de nossos problemas sociais.

Durante a faculdade na Fundação Getúlio Vargas, mergulhei profundamente no estudo do desenvolvimento econômico e isso me fez reconhecer suas complexidades. Buscando aplicar a teoria aos problemas do mundo real, ingressei na unidade de consultoria da FGV, que aplica o rigor acadêmico aos projetos de desenvolvimento nacional.

Um dos projetos que mais me marcou foi o de realizar a avaliação de impacto de uma política de promoção cultural no Estado de São Paulo. Nosso trabalho foi capaz de mostrar que a exposição à cultura promove substancialmente a inclusão social e a redução da desigualdade, além de gerar renda. Pudemos mostrar com dados algo que a formação humanística recebida na Montale, desde a Infância até o IV Liceo, já havia me ensinado.

Buscando ainda expandir os horizontes, durante o ano de 2019, procurei alguns programas de Mestrado em Desenvolvimento Econômico nos Estados Unidos e fui admitido nos programas de Columbia, MIT e Harvard, onde em agosto deste ano começarei meu Master in Public Administration in International Development. Eu deveria ter começado o programa em agosto do ano passado, mas, devido à pandemia, optei por ficar no Brasil por mais um ano. Durante esse tempo, apoiei uma ONG que trabalha com governos para melhorar as políticas públicas por meio do uso de dados.

Desenvolvemos projetos que têm ajudado tais governos a responder à crise do coronavírus, trabalhando na área de economia e de saúde pública.

Em um desses projetos fui nomeado membro do Grupo de Análise do Estado do Rio Grande do Sul, responsável por ajudar o governador a tomar decisões no que diz respeito à pandemia.

A Montale não só ajudou a definir o meu caminho, mas me deu todos os meios para poder chegar aonde eu queria, com uma grande bagagem cultural e uma sólida formação.

Marco Brancher

Coordenador de Análises de Dados da Impulso e Membro do GT de Dados do Rio Grande do Sul REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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RECORDAR

Settecento anni sulla scia di Dante I versi del divino poeta nel mondo A

rcobaleno dantesco è il titolo di una presentazione che abbiamo fatto sulla Divina Commedia il 27 marzo 2021. Ma perché Arcobaleno dantesco? L’Associazione La Maremma per Dante ha scelto l’immagine dell’arcobaleno per rappresentare le differenti traduzioni della Commedia nel mondo, versioni sulle quali studiano alunni liceali come noi. Per questa presentazione ognuno di noi ha scelto alcune terzine da leggere o da recitare in portoghese, anziché in lingua originale. Anche se breve, quest’esperienza è stata una novità: al presentare il nostro video per commemorare i settecento anni dalla morte di Dante, per la prima volta ci siamo rivolti a un pubblico in Italia. Un altro aspetto importante di questo lavoro è stato che, partecipando all’incontro, abbiamo avuto l’opportunità di ascoltare alcuni versi della Commedia in lingue a noi sconosciute, come il giapponese e il cingalese. Una scuola italiana in Germania ha presentato la versione dell’opera in tedesco, sottolineando e facendo osservare le differenze dalla versione originale per quanto riguarda sia il significato sia il ritmo. Ascoltare la Divina Commedia in tutte queste diverse lingue ci ha fatto capire come Statua di Dante accanto alla Basilica di Santa Croce, Firenze, Italia

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differenti culture influenzano l’interpretazione e, di conseguenza, l’impatto di alcune terzine sui lettori.

La Commedia è per eccellenza “il testo” della lingua italiana, è arte sotto tutti gli aspetti; e il suo significato per la cultura in tutto il mondo ci ha fatto riflettere sull’importanza dei classici e sul perché leggerli. Aver avuto l’opportunità di leggere Dante anche in un’altra lingua, nel nostro caso il portoghese, è stato veramente bello.

Le opportunità che la scuola ci offre di sviluppare la nostra capacità espressiva e di parlare in pubblico sono tantissime poiché ci propone sempre idee, sfide e lavori nuovi. In questo momento così difficile per tutti, le novità sono importantissime.

Poter rappresentare la nostra scuola in Italia e esporre la nostra parte dell’Arcobaleno dantesco a ragazzi e a professori dall’altra parte del mondo è stata un’esperienza unica.

Stefano Andreotti D’Angelo, Filippo Colombo, Francesco Lupi, Giovanni Skau Minella Alunni III Liceo

Monumento alla memoria delle vittime della Shoah, Berlino

Gli invitati speciali Judy e Milton Rososchansky

Il Giorno della Memoria Imparare dagli errori del passato I

l Giorno della Memoria, ovvero la giornata internazionale in memoria delle vittime della Shoah, è sempre stato un evento commovente nella nostra scuola.

All’inizio di marzo abbiamo iniziato a lavorare sulle nostre presentazioni, abbiamo fatto un grande powerpoint per renderle più facili, organizzate e belle, e l’abbiamo presentato il giorno 22. Quest’anno la nostra classe ha parlato dell’antisemitismo in Europa alla fine del Quattrocento.

Abbiamo parlato dell’origine dell’odio verso gli ebrei e della loro fuga dalla Spagna nel 1492: fuggirono in Portogallo e subito dopo furono di nuovo espulsi. Così finirono per andare nell’Impero Ottomano, in Italia e in altre regioni come l’Impero Germanico. Abbiamo parlato anche dei ghetti di Venezia e di Roma. È importante sapere che cosa erano i ghetti, cioè dei quartieri in cui gli ebrei venivano costretti a vivere separati dal resto della

popolazione.

Questa volta abbiamo avuto la testimonianza di due invitati speciali, il signor Milton Rososchansky, con sua moglie Judy, la cui famiglia ebrea ha vissuto il drammatico periodo della Shoah, ma in un modo inconsueto: una vera storia di spionaggio, come nei film! Averli sentiti è stato davvero bello ed emozionante. È difficile pensare che, all’epoca, per colpa di un pensiero estremista, quasi nessuno si salvava; quelli che invece ce la facevano sapevano che gli era stata rubata una grande parte della vita.

Molte persone forse si domandano: “Perché dovremmo ricordare un evento così orribile? Perché non possiamo andare avanti e dimenticare cosa è successo?” Perché c’erano nove milioni di ebrei in Europa prima della guerra, tre milioni dopo e solo un milione oggi. Dobbiamo imparare dagli errori del passato per prevenirli e sperare che non si ripetano mai più.

Questo non riguarda solo gli ebrei, ma l’umanità in generale. È molto importante non rischiare di raggiungere di nuovo un livello così basso di umanità. Si può imparare molto sul “male” studiando la Shoah. Oggi ci sono sempre meno sopravvissuti, testimoni diretti che ci possono raccontare gli orrori della persecuzione. Eppure proprio questo orrore non dovrà mai essere dimenticato.

Nel complesso ci sembra che il pubblico si sia interessato all’argomento e abbia apprezzato la nostra presentazione. Speriamo di avere l’opportunità di farlo più spesso. Per noi è stata un’esperienza incredibile!

Valentina Rustico, Beatriz Henke, Enzo Bazzarella, Tommaso Verdura

Alunni III Liceo

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ENTREVISTA MEMBRO DO COMITÊ DE GERENCIAMENTO

Governance

Un progetto strategico innovativo basato sul modello cooperativo

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n uno scenario di crisi globale, per garantire la qualità dell’istruzione è necessario reinventarsi e trovare nuove soluzioni anche per i modelli organizzativi, in modo da rendere più efficienti i processi e valorizzare la comunità educante.

Un sistema scolastico efficace include il concetto di comunità di apprendimento, nel quale la scuola ha un ruolo centrale e intorno a cui ruotano alunni, genitori, operatori economici, enti pubblici e istituzioni. Inoltre, presuppone capacità di relazione con tutti gli attori e rimarca il ruolo dei dirigenti scolastici e della leadership per una governance di qualità con una profonda cultura pedagogica e competenze manageriali.

Per riflettere sulle possibilità di miglioramento del sistema scolastico e sul ruolo della governance abbiamo intervistato il membro del Comitato Gestore della nostra scuola, Oliviero Roggi, professore di Finanza Aziendale presso l’Università degli Studi di Firenze e specializzato in Corporate Finance in Risk Governance.

Oliviero Roggi

Quanto maior for a eficiência das políticas de cooperação, maior será a capacidade das instituições que fazem parte da rede de escolas de adaptar-se e, assim, de oferecer aos seus próprios estudantes uma oferta formativa adequada às exigências da comunidade e compatível com o ambiente competitivo e de risco.

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Prof. Roggi, in che modo una buona governance può innovare i modelli organizzativi e adattarli rapidamente al nuovo ambiente?

L’esistenza di pratiche di corporate governance, adeguate alla dimensione e alla complessità delle istituzioni e imprese in generale e a quelle della scuola e dell’università in particolare, costituisce sicuramente un elemento di vantaggio competitivo che queste organizzazioni possono avere quando l’ambiente subisce forti modificazioni come quelle recentemente introdotte dal SARS Covid-19. Tra gli elementi fondamentali delle buone pratiche di governance citerei il chiaro posizionamento del proprio ambiente istituzionale, competitivo e di rischio e, nello specifico di scuole come la Eugenio Montale, una profonda conoscenza dell’ecosistema istituzionale e degli stakeholders che ruotano intorno all’istituzione. La buona governance costituisce così l’elemento propiziatorio di decisioni rapide ed efficaci di trasformazione del modello organizzativo, un modello che deve adattarsi al “nuovo normale”. Quali sono gli effetti positivi? L’efficacia della risposta è direttamente correlata alla qualità della governance dell’istituzione: rapidità, snellezza e fuoco sul cambiamento sono gli effetti immediatamente percettibili quando ci troviamo di fronte a un’istituzione, appunto, con una buona governance. In altre parole, è palpabile quella consonanza tra gli attori: la direzione scolastica, il corpo

La Matrice BCC del Henderson Institute e la strategia di collaborazione

docente, i genitori e gli alunni stessi.

La comunanza di obiettivi, i ruoli e i processi per realizzare tale governance sono conosciuti, addirittura connaturati nell’agire di ognuno di questi attori al fine di garantire la sopravvivenza e la perpetuità dell’istituzione.

In tempi di crisi economica e scarsità di risorse, la cooperazione interistituzionale può aiutare a massimizzare i risultati?

L’emergenza pandemica – come del resto altri rischi sistemici simili che possano attingere una comunità – sicuramente impatta in modo sostanziale sull’erogazione dei servizi di educazione e formazione, in particolare nel settore privato. La riduzione del reddito e la conseguente minore capacità di pagamento delle famiglie ha comportato una riduzione sostanziale delle entrate di istituzioni di insegnamento non statali o comunali.

In questo contesto di riduzione significativa delle entrate, l’esistenza di una cooperazione interistituzionale, tanto orizzontale (reti di istituti scolastici) quanto verticale, costituisce un elemento importante per garantire la sopravvivenza attraverso accordi con istituzioni di ordine superiore, enti economici e politici del “sistema

Italia”. Più che massimizzare i risultati, l’organizzazione a rete e l’integrazione con le altre istituzioni possono garantire la riduzione delle perdite. Operare in rete permette, ad esempio, di condividere i costi di investimenti necessari, guadagnare efficienza nei processi, creare sinergie modificando i modelli organizzativi che devono adattarsi al modello duale di didattica tradizionale e EAD. Proprio la EAD si sta rivelando per molti istituti scolastici un’opportunità per mantenere flussi di servizio adeguati e con essi entrate monetaria capaci di garantire la sopravvivenza.

In che modo questa cooperazione può garantire una risposta adeguata ai bisogni educativi/formativi della comunità locale?

La cooperazione con stakeholders e altre istituzioni può permettere agli istituti di fare politiche di contenimento di costi (costi congiunti) e politiche di rete per reperire le nuove competenze necessarie alla scuola del futuro. In un recente articolo apparso sulla rivista Exame, il collega della Fundação Dom Cabral (FDC), professor Paulo Vicente, ben rappresenta come la scuola del “nuovo normale” sarà fortemente orientata all’uso di tecnologia, tanto per l’erogazione della didattica quanto per la creazione di contenuti digitali (giochi, case, laboratori di applicazioni informatiche) che necessitano di competenze trasversali. Proprio queste competenze possono essere reperite nell’ambiente interistituzionale da quegli istituti che si dotino di una strategia basata sulla collaborazione con altre scuole e/o altre istituzioni culturali. Quanto maggiore è REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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l’efficienza delle politiche di cooperazione, maggiore sarà la capacità delle istituzioni che fanno parte della rete di scuole di adattarsi e, con questo, di offrire ai propri studenti un’offerta formativa adeguata alle esigenze della comunità e compatibile con l’ambiente competitivo e di rischio.

Nella scelta della modalità organizzativa, che importanza riveste un sistema partecipativo che includa tutti gli stakeholders?

La scelta della modalità organizzativa risulta ancora più rilevante in un ambiente caratterizzato da ambiguità, il quale esige una maggiore rapidità di risposta nel breve termine e anche un più rapido adeguamento del modello organizzativo alle mutate condizioni ambientali. Il modello classico analize, plan, execute lascia pertanto spazio a modelli organizzativi adatti ad ambienti imprevedibili nei quali si possa o no forgiare la risposta organizzativa.

Se l’ambiente è imprevedibile e non lo si può modificare, la strategia diventa adattativa; mentre, se si è in grado di modificare l’ambiente, la strategia deve essere basata sulla collaborazione. La matrice BCG Henderson Institute ben rappresenta come l’incertezza e la malleabilità dell’ambiente, se 38

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presi congiuntamente, possano essere “dominati” attraverso una strategia di collaborazione piuttosto che con modelli organizzativi più classici quali quello del planning. La Scuola Eugenio Montale ha iniziato un processo di definizione strategica proprio basato sul modello cooperativo, dove le relazioni con l’ecosistema primario (prevalentemente alunni e genitori) e con quello secondario sono elementi fondamentali dell’iniziativa strategica. L’ascolto e la collaborazione con il Consolato d’Italia e le altre istituzioni culturali italiane (l’ItalCam, il Patronato, la Dante Alighieri e altre istanze del cosiddetto “sistema Italia”) sono il punto di partenza dell’analisi strategica che ha interessato la scuola negli ultimi mesi. La Montale si candida con un progetto strategico chiaro e innovativo, basato sul modello cooperativo, a guidare l’aggregazione di associazioni con finalità complementari e a creare una rete di istituzioni al fine di «preservare e diffondere la cultura e la lingua italiana». Per questo il grande lavoro svolto dalla presidente Sandra Papaiz, dal Comitato Gestore e dalla Dirigenza deve essere visto come una forma innovativa e originale di governance, adeguata all’incertezza della pandemia e del mutato ambiente di rischio. Complimenti, Montale. Avanti a quota 300!

Adriana Grasso

Direttrice Editoriale Il Girasole

Oliviero Roggi

Professore di Finanza e Risk Management presso la Fundação Dom Cabral di San Paolo e l’Università degli Studi di Firenze

ORIENTAÇÃO

Dra Maura Salaroli de Oliveira

O cuidado de cada um, a responsabilidade de todos Parceria entre HC-FMUSP e Montale para a retomada das aulas

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pós mais de um ano de seu início, a pandemia provocada pelo coronavírus ainda não está controlada. Entretanto, muitas atividades presenciais voltaram a acontecer; entre elas, as aulas escolares. Para a retomada das aulas presenciais com segurança é necessário planejamento, com atenção a mudanças imprescindíveis no espaço físico da escola e no comportamento de todos.

Neste contexto, a parceria estabelecida entre a Escola Italiana Eugenio Montale e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) foi fundamental para aprimorar o plano de retomada das aulas.

O HC-FMUSP é reconhecido pela tradição e excelência em assistência, ensino e pesquisa. Estivemos sempre na linha de frente do enfrentamento à pandemia, responsáveis por promover a segurança de todos (médicos,

equipe multiprofissional e pacientes) dentro do hospital, padronizando EPIs e estabelecendo fluxos, entre outras medidas. Esta experiência adquirida na prática foi fundamental para solidificar o conhecimento. A realização de visita técnica na escola, realizada por profissional especializado em prevenção e controle de doenças, permitiu particularizar e tornar factível a implementação das medidas necessárias para mitigar os riscos de transmissão do vírus. Outro destaque foi a palestra on-line, bastante enriquecedora. Nos primeiros minutos foram apresentados os dados atualizados de Covid-19, sinais e sintomas, exames para diagnóstico, manejo dos casos e as medidas não farmacológicas de prevenção. Em seguida, a sessão foi aberta ao debate. Este momento representou uma oportunidade privilegiada para esclarecimento de dúvidas tão frequentes

diante da complexidade do tema, do rápido avanço no conhecimento e do ruído maléfico causado pela propagação de notícias falsas.

Por fim, recordamos as principais medidas para prevenção: não frequente a escola se você tem qualquer suspeita de Covid-19, ainda que os sintomas sejam frustros; pratique o distanciamento social em todos os momentos, com atenção especial às refeições; carregue sempre com você um frasco de álcool gel para higienizar as mãos e utilize máscaras.

O cuidado é de cada um e a responsabilidade é de todos!

Maura Salaroli de Oliveira Médica Infectologista e Coordenadora do Grupo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas da USP (HC-FMUSP)

Ana Rubia Guedes Vinhole

Enfermeira Especialista do Grupo de Controle de Infecção Hospitalar (HC-FMUSP)

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A VOZ DOS ALUNOS

Fulvio Pennacchi (Itália, 1905 - Brasil, 1992)

Fulvio Pennacchi, Marinha, 1979

Casa Fulvio Pennacchi O talento do artista impresso numa obra de arte total Fulvio Pennacchi é uma figura emblemática de imigrante italiano. Nasceu em 1905 na Toscana, Itália. Estudou em Florença e em Pisa, graduando-se em 1928 em Pintura Mural pela Academia Real de Belas Artes de Lucca. O Brasil entrou na vida do artista quando ele se mudou para São Paulo, em 1929.

Falar das obras de Fulvio Pennacchi é como fazer um passeio por diversas expressões artísticas e funções. Foi pintor, ceramista, desenhista, ilustrador, gravador e professor. Mestre do desenho simples e definido, com cores claras e alegres, criteriosamente balanceadas, Pennacchi situa-se entre os artistas que conciliam fontes da pintura maior de outrora (baseada nos primitivos italianos Cimabue, Giotto, Masaccio) e controladas infusões da plasticidade moderna. Seus temas prediletos são retirados do cotidiano, pouco heróicos, às vezes dolentes, mas sempre persuasivos.

O melhor lugar para conhecer a produção artística de Pennacchi é a casa que construiu em 1942, em um terreno de três mil metros quadrados no Jardim Europa. A casa foi projetada pelo próprio artista: a arquitetura é mediterrânea e inspirada no colonial brasileiro. Aos poucos o local foi ganhando pinturas, afrescos, esculturas e cerâmicas; tudo feito por Pennacchi até sua morte, em 1992.

O projeto Conosciamo Fulvio Pennacchi, realizado pelos alunos do 1° ano da Scuola Secondaria di 40

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Secondo Grado da Montale e coordenado pela professora Anna Dorsa, começou durante as aulas de Desenho e História da Arte com uma visita virtual à mostra Fulvio Pennacchi 100 anos, evento que aconteceu em junho de 2006 na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Os alunos conheceram a obra do artista, mostrando um vivo interesse pela sua versatilidade.

Após terem estudado a biografia e a história do percurso artístico, passaram a produzir trabalhos inspirados na produção de Pennacchi, contemplando o encantador folclore da tradição brasileira (com as festas dos balões), observando as diferenças entre os anúncios publicitários dos século XX e XXI, admirando a narrativa da realidade brasileira simples mas autêntica e portanto poética. Tendo conhecido a grande e variada capacidade produtiva do artista, o aluno Pedro Antunes Santin pôde afirmar que parecia lembrar Leonardo da Vinci, gênio do Renascimento: «Depois de ter lido a sua história e de ter visto todas as suas obras, pensei em Leonardo porque Fulvio Pennacchi também fez um pouco de tudo: conseguiu comunicar as ideias dele usando a poesia, a pintura, a cerâmica, a publicidade e tantas outras coisas».

Esperamos um dia poder conhecer pessoalmente a obra desse grande artista e ter a oportunidade de visitar a casa onde ele morou, trabalhou e imprimiu sua arte!

Pubblicità Ieri e Oggi

Fulvio Pennacchi: Il Folclore

Fausto Fioratti e Leonardo Verdura – I Liceo

Ivan M. Fruttuoso e Massimo Corda – I Liceo

Um anúncio publicitário feito pelo artista (1931-1933)

Fulvio Pennacchi, Soltando balão, 1973

Adriana Grasso

Diretora Editorial Il Girasole REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2021

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ENCONTROS

Alleanza educativa Dialogo scuola-famiglia: un rapporto di corresponsabilità

Famiglia Scarrone

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iamo arrivati a São Paulo, provenienti da Madrid, pochi mesi prima del Covid-19 (che tempismo, eh?). La decisione di trasferirci qui per un periodo, nonostante l’entusiasmo e la voglia di novità di noi grandi, non è stata proprio semplice; quando ti azzardi a uscire dalla tua zona di comfort non sei mai del tutto convinto – sai quello che lasci ma non sai quello che trovi – e se poi hai anche due figli che devono finire rispettivamente le medie e le elementari, le notti insonni sono garantite.

Davide e Nicola avevano frequenta42

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to la Scuola Statale Italiana di Madrid dai tre anni e avevano fatto lì tutto il percorso, con gli stessi compagni, lo stesso personale, lo stesso ambiente.

Era dunque importante trovargli una nuova scuola (preferibilmente italiana) che fosse disponibile ad accoglierli, pronta a farli interagire con il loro nuovo mondo, curiosa di conoscere le loro esperienze e i loro punti di vista.

Sono sincera: la Montale non è stata la prima scuola che ho trovato e studiato per cercare di capire se era quella “per noi”, ma è stata l’unica che ho deciso di contattare. Mi ricordo ancora la prima telefonata, la pazienza con la quale la direttrice ha ascoltato i miei dubbi non solo scolastici ma anche quelli relativi al carattere e alle abitudini dei miei figli. Ricordo ancora meglio il respiro di sollievo che ho tirato quando ho riattaccato.

Ero sollevata perché ero stata ascoltata e perché, durante quel primo colloquio, la Montale non aveva cercato di convincermi di niente, anzi voleva solo trasmettermi fiducia, voglia di collaborazione, speranza che il nostro incontro fosse una vera e propria opportunità di scambio a livello didattico e umano.

E così è stato.

Una volta qui, una delle cose che più mi ha colpito è stato il livello di comunicazione/collaborazione che c’è tra scuola e famiglia grazie anche (ma non solo) al numero ridotto di alunni in classe. Credo che proprio questa alleanza che si stabilisce tra professori e genitori sia quella che favorisce l’apprendimento, la scoperta dei molti aspetti dell’alunno/ figlio e la sua crescita in tutti gli aspetti.

Ci sentiamo quindi di ringraziare la Famiglia Montale (questa espressione mi fa sempre sorridere e pensare che è azzeccatissima) che, nonostante le limitazioni imposte dal Covid-19, ci ha insegnato il significato della parola “integrazione” e ci ha permesso di creare dei legami che rimarranno sempre!

Barbara Scarrone

Docente di Italiano per Stranieri

GESTÃO PARTICIPATIVA

Autorità, comitato gestore e direzione Consolato Generale d’Italia a San Paolo Filippo La Rosa – Console Generale

Comitato Gestore (2020-2022) Rappresentante del Consolato Generale d’Italia Monica Faggionato – Dirigente Ufficio Scolastico

Membri Consiglio Consultivo

Alfio Paglia – AEDA Giuseppe d’Anna – Presidente Benemeriti Marzio Arcari – Instituto Cultural Ítalo-brasileiro Nelson Castro – Associato Benemerito Sandra Papaiz Velasco – Presidente Victor Falasca Megido – POPAIT

Membri Associati Contribuenti Elio Colombo Jr. – Vicepresidente Fabio Rizzioli Lanfranco Ranieri Paolo Troncone Oliviero Roggi Ricardo Luis Dias Silveira Roberto Caldarola

Direzione

Lorenzo Gemma – Direttore Amministrativo Paola Capraro – Direttrice Didattica Italiana Vanessa Finardi Squassoni – Direttrice Didattica Brasiliana

Responsabile Relazioni Istituzionali Neide Oliveira

Perdas lamentáveis Após a última edição da nossa revista, passamos infelizmente por momentos muito difíceis. Alguns amigos importantes nos deixaram. Impossível não ficar triste com a perda do nosso sócio benemérito Luigi Bauducco, assim como a de seu genro Carlos Nunes, duas pessoas excepcionalmente generosas e dedicadas à comunidade italiana. Luigi, em particular, escreveu uma página importante na história da Montale.

Perdemos também o amigo Mario de Fiori, representante do Circolo Italiano, que em muitos momentos importantes apoiou a nossa escola, sempre com palavras gentis e atitudes nobres. Além dele, nos despedimos do amigo e benemérito Raimundo Magliano, que se foi prematuramente junto com o erudito Guido Clemente, representante do Istituto Italiano di Cultura, e com o padre Giorgio Cunial, que sempre apoiou com grande entusiasmo a comunidade italiana.

Enfim, desejamos um pronto restabelecimento ao nosso benemérito Sandro Isidori. Foi realmente um ano difícil, que deixa cada vez mais responsabilidade aos que ficam. Que sejam de inspiração as trajetórias impecáveis que aqui lembramos.

Sandra Papaiz Velasco Presidente do Comitê de Gerenciamento

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Rua Dr. José Gustavo Busch, 75 Pq. Morumbi — CEP 05705-190 — São Paulo - SP Tel. (11) 37595959 www.montale.com.br @escolamontalesp

Scuola Italiana Eugenio Montale