NewsPaper ANDIPA edição 90 - fevereiro 2024

News Paper Informativo Setorial ANDIPA

edição 90 - fevereiro 2024

Atenção na regulamentação da reforma tributária

Produção nacional e importação: a oferta de papéis no Brasil Números oficiais ajudam a avaliar o comportamento do mercado de papéis, em geral e por segmento, no ano passado e em relação aos períodos anteriores

Confira também nesta edição

Espaço da Associada | Evento | Estatísticas e mais

® edição 90 - fevereiro 2024

NEWSPAPER INFORMATIVO SETORIAL ANDIPA

NESTA EDIÇÃO EXPEDIENTE NewsPaper Informativo Setorial ANDIPA é uma publicação da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel - ANDIPA

Conselho Diretor

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Editorial Artigo Livre Copagrem Espaço das Associadas Estatísticas Coluna Two Sides

Presidente: Italo Aguiar Bezerra de Meneses Diretores: Antonio Manoel de Mattos Vieira Neto Marcelo Patury Accioly Vitor Paulo de Andrade

ANDIPA ENTRA NA CAMPANHA PARA ARRECADAR LIVROS

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Administrativo: Edna Souza Contatos:

(11) 3044-2214

comunicacao@andipa.org.br andipa@andipa.org.br

PLATAFORMA ENTERPAPER foi apresentada ao Conselho Diretor da ANDIPA

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Associada Tecpel: nova logo para seus 24 anos de história

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www.andipa.org.br Conteúdo Editorial: Keser Serviços de Comunicação Jornalista responsável: Rosangela Valente (Mtb 121/MS) Direitos autorais reservados.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião da entidade.

A reprodução é permitida desde que citada a fonte.

ARTIGO LIVRE Enfim uma reforma tributária.

Advogados explicam o que acontecerá e falam da ampliação da imunidade do papel

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Seguindo, forjados nas adversidades

Editorial

Fevereiro chegou e o ano de 2024 avança, ainda com ares de novidade que se revela mais como um misto de continuidade, com mais desafios e uma dose de esperança, do que com a expectativa de um tempo de bonança. Os ciclos são sempre importantes e dão oportunidades para avaliar, processar e prosseguir. Assim, para seguirmos com os pés fincados na realidade e o olhar focado no melhor futuro que podemos ter, precisamos fazer a lição de avaliar o que passou. Por vezes, convém retroceder mais no tempo, buscando dados e informações para embasar os caminhos.

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Fazendo um balanço sucinto de 2023, podemos dizer que foi um ano de ajustes, no qual recuamos um passo, adotando a devida cautela e observação diante das transformações e dificuldades que se apresentaram. Muito além de questões comerciais, impactadas por ações políticas e econômicas, vivemos um período conturbado com guerras pelo mundo e desafios por toda parte. O resultado foi um ano instável, com certa perda em função da queda no preço dos papéis.

Os reflexos dos acontecimentos recentes ainda serão sentidos e terão desdobramentos para muito além deste ano. Isso se aplica com maior ênfase nos casos das guerras e seus impactos no mundo, e da reforma tributária aqui no Brasil.

Nas duas circunstâncias, o que está por acontecer e ser decidido pesa muito nas consequências futuras. As guerras podem minguar ou se agravar. Sobre a reforma tributária, gostaria de estar mais esperançoso.

Dizem que a reforma, aprovada no finalzinho de 2023 e que ainda precisa ser regulamentada, vai acabar com a judicialização, o que eu duvido. Isso é só um dos problemas.

Deixando meu ceticismo de lado, a ANDIPA seguirá acompanhando atentamente as discussões e etapas de implantação das mudanças no sistema tributário.

Aliás, não deixe de conferir nesta edição o artigo sobre a reforma tributária e a ampliação da imunidade do papel, preparado para o NewsPaper pela equipe de especialistas da LBZ Advocacia.

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NEWSPAPER Editorial

Bom, voltando ao cenário para 2024, é ano de eleições municipais, um pleito que geralmente movimenta mais o mercado de papéis gráficos.

Para além disso, acredito que, para tentar emplacar seus candidatos, os governos devem aumentar ainda mais os gastos públicos.

Mas, o que vai ditar o tom da economia, não só em 2024 como também dos próximos anos, é a taxa de juros. O FED (Federal Reserve Bank, o Banco Central dos Estados Unidos) deve baixar a taxa básica de juros porque a inflação anual já está próxima da meta de 2%. Por óbvio, no mundo globalizado, o que acontece nas maiores economias, e falamos da principal delas, de alguma maneira impacta a todos os países e, em especial, o Brasil. Por aqui, a expectativa também é de queda dos juros e da inflação, conforme o Boletim Focus do Banco Central do Brasil.

Italo Aguiar Bezerra de Meneses Presidente do Conselho Diretor

Certo é que os cenários são interconectados e dependem de muitas variáveis, com potencial de produzir efeitos diversos na economia e, inclusive, entre os segmentos de uma mesma cadeia produtiva. Isso, reforça a relevância de estarmos unidos e representados em uma entidade setorial, capaz de defender e promover o diálogo, a ética e a sustentabilidade do mercado e da própria sociedade.

Com mais de duas décadas de atuação, a ANDIPA tem sua trajetória entrelaçada com a história do mercado de papel. Ainda completando o primeiro ano que estou como presidente do Conselho Diretor, posso assegurar que temos determinação e muita disposição para defender os interesses do setor. Seguiremos em 2024 com diálogo e transparência que nos permitem firmar as pontes para ultrapassar as dificuldades do caminho.

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Enfim uma reforma tributária: o que acontecerá e a ampliação da imunidade do papel Por Bruno Accioly, Gustavo Dalla Valle Baptista da Silva e Rafael Silva de Azevedo Lapinha Após cerca de 30 anos de debates, o Brasil finalmente decidiu se juntar ao grupo de países que adotam o Imposto sobre Valor Agregado (IVA). No dia 14 de dezembro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou as alterações estabelecidas pelo Senado na Proposta de Emenda Constitucional que vai disciplinar o novo modelo de tributação do consumo no País.

Artigo Livre

O sistema tributário brasileiro é internacionalmente famoso por motivos nada lisonjeiros: burocrático, complexo, regressivo, cheio de regras que fazem com que disputas administrativas e judiciais levem anos para serem solucionadas, com obrigações acessórias que exigem enormes quantidades de horas de trabalho para serem cumpridas, e a lista continua, a perder de vista.

Corrigir essas inúmeras pontas soltas vem sendo o grande desafio econômico do País nas últimas décadas. Por mais que a necessidade de mudança fosse imperativa, em uma nação tão grande e diversa como o Brasil, é ainda mais difícil estabelecer um sistema que consiga acomodar todos os interesses envolvidos e garantir que ninguém saia prejudicado – e o elenco é grande!

Pensem nas inúmeras concessões que a União, Estados, Municípios, indústrias, comércio, setor agropecuário, exportadores, prestadores de serviço etc. precisaram fazer para que o texto fosse viabilizado. É inegável que a aprovação da reforma vai proporcionar melhores condições de desenvolvimento econômico para o país, já que a simplificação do sistema vai permitir que as empresas gastem menos horas e recursos com obrigações acessórias e disputas administrativas e judiciais. Porém, a velha máxima de que não se faz omelete sem quebrar alguns ovos é verdadeira: apesar das preocupações em se manter a competitividade de todos os setores econômicos, nem todos eles serão afetados da mesma maneira.

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NEWSPAPER

Por isso, vale verificar as principais mudanças que serão implementadas e como elas poderão impactar cada setor: 1. Extinção de tributos e criação do IVA dual: A principal mudança diz respeito à extinção de cinco tributos: IPI, PIS, Cofins (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal) não mais existirão.

Para substituí-los, será criado o IVA dual, isto é, dois tributos de valor agregado, não cumulativos que incidirão sobre uma base ampla, comum e relativa à aquisição e venda de bens e serviços: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) será o tributo federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) será o tributo estadual e municipal.

3. Imposto seletivo: Além do IBS e da CBS, será criado também o Imposto Seletivo (IS), destinado a regular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Será monofásico (ou seja, não incidirá em todas as etapas da cadeia como o IBS e a CBS) e cobrado por fora. A definição final sobre quais produtos e serviços, alíquotas e forma de cálculo será trazido por lei regulamentadora.

4. Compensações: Os créditos decorrentes do pagamento dos novos tributos (CBS e IBS) poderão ser utilizados para compensar os tributos federais PIS e Cofins (inclusive devidos na importação). Caso não seja possível, poderá o contribuinte compensá-los com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, ou solicitar o ressarcimento em dinheiro.

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2. Alíquotas As alíquotas serão definidas em lei complementar a ser estabelecida posteriormente, mas a reforma já prevê setores que serão contemplados com redução do percentual a ser cobrado: serviços de transporte público coletivo, medicamentos e ensino superior voltado ao Prouni terão redução de 100%; demais serviços de educação, saúde e de cuidados de saúde menstrual terão redução de 60%, e prestadores de serviço de profissões liberais, como médicos e advogados, terão redução de 30%. Vale acrescentar que a reforma antevê também possibilidades de autocorreção de eventuais distorções do sistema, uma vez que o texto determina datas para que sejam feitas revisões periódicas das alíquotas, com base na comparação dos valores arrecadados atualmente e os que serão coletados com os novos tributos no futuro, uma forma de se evitar aumentos indevidos e injustificados da carga tributária. A sistemática será detalhada em ponto próprio abaixo.

Regimes específicos e especiais: O IVA será um imposto sobre valor agregado, ou seja, o tributo que incidiu nas operações anteriores será descontado no momento das vendas ou prestações de serviço seguintes.

Existem determinados setores, no entanto, em que há dificuldade ou impossibilidade de apuração do valor agregado em cada operação, o que justifica a adoção de regimes específicos para tanto. São eles: combustíveis e lubrificantes, serviços financeiros, operações com bens imóveis, planos de saúde, cooperativas, serviços de hotelaria e turismo, bares e restaurantes, aviação regional, transporte coletivo de passageiros rodoviário intermunicipal e interestadual, entre outros.

Novamente, alíquotas e detalhamento sobre a especificidade do regime virão por regulamentação de lei, ainda a ser criada.

5. Cesta básica: Além das alíquotas reduzidas mencionadas anteriormente, será criada a cesta básica nacional, cujos produtos estarão sujeitos a alíquota zero de IBS e CBS. Os itens serão decididos em lei complementar.

Artigo livre

6. Zona Franca de Manaus (ZFM):

7. Simples Nacional:

Serão assegurados mecanismos que mantenham o diferencial competitivo da região, mediante lei complementar. A Câmara excluiu a disposição incluída pelo Senado de utilização da CIDE sobre a importação, produção e comercialização de bens que também são industrializados de forma incentivada na ZFM.

Fica mantido o regime tributário especial para as micro e pequenas empresas. As que desejarem poderão optar pelo recolhimento não cumulativo do IBS e da CBS, com aproveitamento de créditos dos novos tributos.

Maiores detalhamentos, inclusive aqueles relacionados à geração/registro de créditos fiscais, pendem de regulamentação.

8. Fundos estaduais: Os estados poderão instituir contribuições destinadas a fundos específicos para compensação dos benefícios fiscais de ICMS concedidos a produtos primários e semielaborados. As contribuições serão extintas definitivamente em dezembro de 2043.

10. Comitê gestor: Será o órgão no qual os Estados e os Municípios regulamentarão e administrarão, de forma integrada, a cobrança do IBS. Ele será composto por 27 membros representantes dos municípios e 27 membros representantes dos estados, que deliberarão sobre o regulamento único do imposto, a uniformização da interpretação, a realização das compensações de eventuais saldos credores e as decisões do contencioso administrativo.

12. Cashback: Haverá um sistema de cashback, isto é, um mecanismo de retorno dos tributos pagos por famílias comprovadamente de baixa renda.

9. Setor automotivo: Os benefícios fiscais concedidos à indústria automotiva no âmbito da SUDENE, SUDAM e SUDECO são prorrogados até 2032, mas sofrerão redução gradual de 20% ao ano até a data.

11. Teto e revisão das alíquotas: A Emenda Constitucional prevê períodos de revisão das alíquotas a serem propostas. Em 2030, a alíquota da CBS será reduzida se a média da Receita Base da União (receita com CBS e IBS como proporção do PIB) em 2027 e 2028 ultrapassar o Teto de Referência da União (média de 2012 a 2021 da proporção do PIB representada pelas receitas com PIS/Pasep, Cofins e IPI). Já em 2035, as alíquotas da CBS e do IBS serão reduzidas se a média de 2029 a 2033 da Receita Base Total (receita com CBS, IBS e IS como proporção do PIB) ultrapassar o Teto de Referência Total (média de 2012 a 2021 das receitas com PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS).

13. Imunidades: São mantidas as imunidades já conferidas aos impostos atuais pela Constituição, tais como a das entidades religiosas, partidos políticos e livros, jornais e periódicos e o papel destinado à sua impressão.

14. ITCMD: O ITCMD poderá ser progressivo à medida que o valor da herança ou da doação forem maiores. Também poderá ser cobrado no caso de doações de bens localizados no exterior, ou quando doador e donatário não estejam no Brasil.

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A transição será gradual. Em 2026, CBS e IBS começarão a ser cobrados com alíquotas de 0,9% e 0,11%, respectivamente.

Em 2027, inicia-se a cobrança do Imposto Seletivo. Em 2027 e 2028, a CBS será reduzida em 0,1% e serão extintos o PIS e a Cofins. O IPI será reduzido a zero, com exceção dos produtos que são manufaturados na Zona Franca de Manaus. E, ainda para 2027 e 2028, o IBS continua a ser de 0,1%, mas metade da alíquota (0,05%) será referente ao imposto estadual e a outra metade à parte municipal.

Entre 2029 e 2032, as alíquotas do ICMS e do ISS serão reduzidas gradualmente em 1/10 por ano, sendo que o plano para tal é a redução nas seguintes proporções: a) 9/10 em 2029; b) 8/10 em 2030; c) 7/10 em 2031; d) 6/10 em 2032, com a correspondente redução dos benefícios ou incentivos relativos aos impostos. No ano de 2032, os tributos serão extintos.

Atenção, no período de transição, as empresas precisarão lidar tanto com os tributos antigos quanto com os novos. Um dedo mais de complexidade por um tempo para que a mudança possa ocorrer. edição 90 - fevereiro 2024

No caso do papel imune, mantém-se a imunidade dos impostos e a redução de alíquotas de PIS e Cofins enquanto essas contribuições perdurarem e ainda não forem extintas.

E o mais importante para o setor, assim que consolidada a transição, a imunidade permanecerá e, agora, será ampliada. Atualmente há a incidência de PIS e Cofins sobre o papel, uma vez que a imunidade alcançava apenas “impostos” e estes tributos são “contribuições”. A reforma equipara a situação e assegura imunidade para impostos e contribuições, eliminando a carga que atualmente existe.

Algo a se ter atenção é que ainda não se sabe se haverá mudança relativa aos controles da circulação e produção do papel imune. Hoje, a União e os Estados estabelecem seus respectivos registros (REGPI e RECOPI). Com a maior integração de informações entre União, Estados e Municípios representada pelo Comitê Gestor e pela própria simplificação dos tributos a serem instituídos, podemos esperar que no futuro essas obrigações acessórias também possam ser tornadas menos complexas.

Novos tributos, maior desoneração e novos, com cara de velhos, desafios. A imunidade majorada amplia a diferenciação do papel tributado do imune e coloca ainda mais pimenta na prática do desvio ilegal de destinação. Nos próximos capítulos saberemos o resultado disso.

Bruno Accioly, Gustavo Dalla Valle Baptista da Silva e Rafael Silva de Azevedo Lapinha são advogados do time de especialistas do Escritório LBZ Advocacia Com mais de 25 anos de mercado, a LBZ Advocacia prima pela qualidade em seus serviços e pela parceria nos negócios dos clientes. Alia experiência e atualização constante para oferecer soluções jurídicas diferenciadas e eficientes. Com atuação nacional, tem equipes em escritórios na capital paulista e em Cuiabá, Mato Grosso, com profissionais e estrutura para atender clientes em outros estados e países.

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ANDIPA entra na campanha para arrecadar livros O projeto “Livros para Todos” tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento social, cultural e educacional do Brasil e ainda reforça o compromisso com a valorização do papel e da comunicação impressa. A ANDIPA está participando desta campanha, juntandose à Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e a diversas entidades, empresas e profissionais. O Conselho Diretor da ANDIPA aprovou a doação de caixas de papelão e a promoção de ações com os associados para arrecadação de livros.

Conforme a Abigraf, para este ano estão pautadas diversas ações para promover o debate sobre a importância do livro, campanhas em espaços públicos para doação e troca de livros novos e usados, campanhas de formação de leitores, contação de histórias, formação e ampliação do acervo de bibliotecas públicas e comunitárias.

Vale destacar que os livros doados devem estar em bom estado de conservação. As obras podem incluir títulos de diversos gêneros literários, como poesia, conto, crônica, infantil e infantojuvenil, romance, ensaio, filosofia, autoajuda, científico, técnico e religioso. Não serão aceitos livros didáticos, apostilas, coleções ou enciclopédias.

Quem quiser colaborar, pode ainda doar caixas de papelão que serão usadas para o transporte de todo o material a ser doado.

Os distribuidores de papel devem entrar em contato com a ANDIPA para saber como ajudar esse trabalho voluntário de amor e respeito ao livro.

Sobre o Projeto “Livros para Todos” foi criado por profissionais do livro como forma de incentivar voluntariamente a leitura e destacar a importância do livro para a educação e a formação do cidadão, sendo, este, importante ferramenta de entretenimento e cultura. Sendo assim, o projeto realizará ações para facilitar o acesso a livros e incentivar a leitura bem como formar e ampliar acervos de bibliotecas públicas e comunitárias.

O projeto contempla ainda associações culturais, academias e grupos literários, escolas, universidades, ONGs e entidades sem fins lucrativos. Para receber as doações, a pessoa jurídica interessada encontra mais informações no site oficial do Projeto “Livros para Todos”. Contato para doações e apoio e mais detalhes também estão disponíveis no www.livrosparatodos.com.br.

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Copagrem: onde as múltiplas faces da cadeia do papel se encontram Iniciando os trabalhos de 2024, o Comitê da Cadeia Produtiva de Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), designou os membros das entidades, com mandato a ser exercido no período de 15 de janeiro a 31 de dezembro, e convocou-os para a primeira reunião do ano, que será em 29 de fevereiro. A ANDIPA continua sendo representada pelo presidente do Conselho Diretor, Italo Aguiar Bezerra de Meneses.

O Copagrem foi criado com o objetivo de unir esforços e fortalecer os diversos setores que compõem a cadeia produtiva do papel, da indústria de comunicação impressa e das embalagens. A reunião inaugural do Comitê aconteceu no dia 9 de abril de 2013, com a participação de representantes de 20 associações e de 13 sindicatos do setor produtivo da indústria gráfica em âmbito nacional.

Para o mandato de 2024, o Comitê segue sob comando do Diretor Titular, Levi Ceregato, e conta com integrantes de 34 entidades. edição 90 - fevereiro 2024

Foto: Abigraf/Sindigraf - divulgação Copagrem

Junto com o cenário setorial, a pauta da última plenária de 2023 foi marcada pela homenagem prestada ao desenhista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, que comemorou 60 anos. Exemplo de empreendedorismo, ele construiu um império e essa trajetória foi contada por Renata Sturm e Guther Faggion, da Maquinaria Editorial, no livro Crie de Manhã!! Administre à tarde!!. O título do livro é a frase do pai de Mauricio de Sousa que norteou a vida do quadrinista, que transformou a Turma da Mônica numa potência nacional e também internacional. A publicação foi lançada ao final da reunião do Copagrem, que foi seguida do almoço de confraternização.

A Mauricio de Sousa Produções fatura R$ 25 bilhões por ano com licenciamentos e R$ 22,5 bilhões no audiovisual. É uma liderança na indústria criativa e tem presença forte em negócios variados além do editorial, como animação, parques temáticos, exposições, filmes, games, apps, YouTube, redes sociais, teatro, playgrounds, com propriedades intelectuais de mais de 400 personagens.

Na parte editorial, também tem números grandiosos. É um dos maiores estúdios de quadrinhos do mundo, com produção mensal de mais de 1.200 páginas, mais de 15 milhões de livros vendidos nos últimos 15 anos, mais de 1 bilhão de revistas comercializadas, sendo 12 milhões apenas nos últimos dois anos.

Indústria gráfica: Ontem! Hoje! Amanhã!

Outro palestrante do Copagrem de dezembro foi o diretor da Leograf e vicepresidente da Abigraf, Fabio Gabriel dos Santos, que apresentou um compilado dos 570 anos de história do setor e a evolução dos processos, pontuando o impacto da tecnologia.

Segundo ele, hoje o setor está digitalizado e a Inteligência Artificial embarcada nos equipamentos proporciona agilidade e qualidade. O sistema atual permite customização e atende tiragens sob demanda, abrindo um leque de possibilidades.

Na avaliação de Santos, a indústria gráfica brasileira aprendeu a conviver com a rápida mudança de cenário tecnológico e se adaptou.

Em 2012, existiam 20.527 CNPJs ativos de empresas gráficas, com 222.382 empregos diretos. Dez anos depois, o número de empresas gráficas era 24% menor (15.691) e o de funcionários 30% menor (154.569). As empresas de micro e pequeno porte representam mais de 98% do setor.

Como tendência, o crescimento será em embalagens, rótulos e impressão digital, especialmente para as pequenas e médias empresas que atendem baixas tiragens.

Ele destacou ainda que as embalagens, hoje, carregam inteligência e tecnologia e devem atender às expectativas da sociedade quanto à sustentabilidade.

Fotos: Abigraf/Sindigraf - divulgação Copagrem

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Com nova logomarca, Tecpel revisita marcos de seus 24 anos

Empresa associada ANDIPA desde 2007

Espaço das Associadas

A Tecpel foi fundada em junho de 2000 em Recife, inicialmente dedicada à conversão e aproveitamento de papel. As bobinas avariadas eram cortadas e transformadas em folhas e com o tempo os estoques cresceram e era preciso mudar para um espaço maior. A primeira mudança aconteceu em 2004, para o bairro da Imbiribeira. Lá, parcerias importantes e investimentos começaram a surgir e logo o espaço se tornou pequeno novamente.

edição 90 - fevereiro 2023

Em 2005, a Tecpel se muda para sua atual sede na Muribeca em Jaboatão, onde novos desafios surgiram. O ano de 2006 foi importante para a governança corporativa da empresa, quando é estabelecido o planejamento societário e sucessório do grupo e cria-se a holding Vieira Patury Participações. No mesmo ano, inicia-se a implantação de um ERP da TOTVS para melhor controle e eficiência operacional.

Os anos seguintes foram decisivos para a ampliação comercial da Tecpel, com a abertura da filial em São Paulo em 2007 e após quatro anos, as filiais de Curitiba e Porto Alegre. Em 2012 foi aberta a filial no Rio de Janeiro e a mais recente, em Fortaleza, foi inaugurada em 2021.

Com aumento do volume de vendas, houve a necessidade de mudanças estruturais como a ampliação de maquinário para as unidades de conversão e aquisição de frota própria para melhor eficiência no atendimento aos clientes. Estes constantes investimentos em logística permitiram atender de maneira personalizada cada um de seus clientes, de acordo com suas necessidades.

Contando com uma equipe engajada e de alta performance as vitórias foram acontecendo e, sem dúvida, esta foi a peça essencial para a construção dessa história de sucesso.

Associadas

Hoje, a Tecpel oferece produtos dos maiores fabricantes do mundo, com alta qualidade e soluções inovadoras. A área de atuação se estende a todos os estados do Brasil com seis depósitos em Recife, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Fortaleza, dispondo de um portfólio de produtos como jornal, couche, offset, cartão tríplex e duplex, LWC, SCA, bookpaper, papel adesivo, linha de comunicação visual, sublimação, entre outros.

Ainda buscando por melhorias, novos produtos e serviços, a Tecpel criou uma cultura organizacional voltada à inovação. Com processos estruturados e pessoas motivadas, houve avanços que beneficiam todos os envolvidos na cadeia de distribuição de seus produtos. Acredita-se que a busca pela informação, a adaptação às mudanças e às necessidades dos clientes constituem o caminho para a transformação.

Diante dessa jornada de 24 anos é possível afirmar que a experiência no negócio, a credibilidade no mercado e o cuidado com as pessoas fazem da Tecpel uma das mais importantes distribuidoras de papel do Brasil.

Um novo momento Pensando no futuro da Tecpel, os sóciosdiretores da empresa decidiram fazer uma atualização e mudança não só na área de negócios, mas também na marca e em toda a identidade institucional da imagem da empresa.

Os desafios deste novo momento foram reforçar a tradição e a história da marca nos locais onde atua e mostrar números, quantidade de clientes atendidos, colaboradores da organização e tudo que compõe a empresa e os seus pilares de negócio. Além disso, mostrar a evolução da empresa ao longo destes anos, inserindo cada vez mais tecnologia na área de processos, compras e vendas para atender, ainda melhor, o mercado com as suas soluções, conectado às novas ideias para um futuro próximo.

Segundo Elias Hissa, sócio-diretor da Agência Being Marketing, empresa contratada para o rebranding da empresa, a proposta da nova marca foi mostrar a conexão da marca atual (o papel, a bobina) numa linguagem mais moderna e atual, com cores e elementos mais orgânicos.

Este espaço é reservado para publicação de notícias e informações dos distribuidores associados ANDIPA. *Conteúdo de responsabilidade da empresa.

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Conselho Diretor teve apresentação da EnterPaper, 1ª plataforma global de comercialização no setor de papel Lançada no último trimestre de 2023, a EnterPaper é a primeira plataforma global de comercialização de papel e cartão. A meta para este ano é intensificar os negócios e a prospecção de empresas nacionais e internacionais. O modelo de operação foi apresentado à diretoria da ANDIPA em reunião do Conselho Diretor pelos responsáveis pelo projeto inovador.

Com sede na Espanha e escritórios no Brasil, EUA e Áustria, a EnterPaper é um marketplace para as empresas, criado por especialistas em negócios do setor de papel, que visa aprimorar as práticas comerciais. Conforme apresentado, o objetivo com a plataforma é conectar compradores e fornecedores, agilizando a concretização dos negócios.

O projeto nasceu de estudos aprofundados no ambiente atual, que fizeram surgir uma plataforma digital desenhada para que as empresas interajam de maneira mais eficiente, melhorando significativamente a experiência de compra e venda, além de gerar inúmeros benefícios tanto para compradores quanto para vendedores.

O diretor de tecnologia da EnterPaper, Javier Santana Rivera, explica que as ferramentas digitais foram criadas para tornar cada processo mais eficiente, sem alterar o fluxo de como as empresas fazem negócios.

Nomeado embaixador da EnterPaper, Hamilton Terni Costa é o responsável por promover a plataforma no Brasil e nas Américas. edição 90 - fevereiro 2024

Foto : reprodução

Especialista em negócios e tecnologia, com mais de quatro décadas de experiência no setor gráfico, Hamilton concentra-se na criação de soluções inovadoras dentro do universo da impressão e fala com entusiasmo do novo projeto. Segundo ele, a projeção para a plataforma é otimista e realista. “Entendo que este é o caminho e é um processo de disrupção numa indústria tradicional”, disse Costa, acrescentando que a iniciativa pretende revolucionar o mercado global, conectando compradores e fornecedores, facilitando e aprimorando os negócios.

A plataforma é remunerada pelo vendedor em um percentual da operação, e gratuita para o comprador, mas todos precisam de cadastro detalhado em ambiente seguro e fechado. As solicitações de compras ou anúncios para vendas são publicados para todos os integrantes da plataforma, mas as ofertas e toda a negociação é tratada diretamente entre as partes da operação.

Importações de papéis em geral caem; de ofsete e cartão sobem, em 2023 A importação de papéis em geral diminuiu 1,2% em 2023 em relação ao total de 2022. Na contramão, os tipos de papéis ofsete e cartão alcançaram volumes recordes, de acordo com os registros do Portal Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro do Siscomex.

Estatísticas

Foram analisadas, para o NewsPaper, as informações referentes aos produtos mais comercializados pelos canais de distribuição e ao Capítulo 48 do Sistema Harmonizado (SH) da classificação de mercadorias, que engloba produtos de papel e cartão divididos em 261 diferentes Nomenclaturas Comum do Mercosul (NCMs).

De acordo com os dados do Comex Stat, nos doze meses de 2023 foram importadas 540,9 mil toneladas de papéis para todos os fins, enquadrados no Capítulo 48, contra 547,4 mil toneladas registradas no ano anterior. Em 2021, o volume de papéis estrangeiros somou 597,1 mil toneladas.

O portal disponibiliza mais informações sobre os produtos no período consultado – como valores, país de origem e estado de destino – sem revelar as empresas importadoras ou o enquadramento tributário das operações.

A ANDIPA acompanha regularmente as importações registradas em quinze NCMs, que correspondem aos papéis cartão, cuchê, cut size, jornal, LWC, MWC e ofsete.

Fonte: Comex Stat / MDIC Elaboração: ANDIPA

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NEWSPAPER

Na seleção pesquisada, o item com maior quantidade no ano passado foi o cartão (NCM 4810.92.90), com a importação de 79,5 mil toneladas, 39,5% acima das 57 mil toneladas anotadas no ano de 2022. A diferença de 22,5 mil toneladas é resultado de altas em nove dos dozes meses do ano.

O maior volume mensal foi registrado em janeiro de 2023, quando foram importadas 8,2 mil toneladas de cartão, o dobro de janeiro do ano anterior. Por outro lado, a entrada de 4,5 mil toneladas em agosto foi a

menor do ano e ficou abaixo das 5,2 mil toneladas do mesmo mês de 2022.

No histórico dos últimos dez anos, apenas em 2016 o cartão estrangeiro ficou abaixo da linha de 40 mil toneladas ao ano, totalizando 28,1 mil toneladas importadas.

Em 2018, cresceu atingindo 53,8 mil toneladas para cair nos anos seguintes e voltar a aumentar em 2021, que conforme os dados oficiais teve 59,4 mil toneladas internalizadas na classificação de cartão.

Fonte: Comex Stat / MDIC Elaboração: ANDIPA

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Estatísticas

* NCMs 4810.13.89, 4810.13.99, 4810.19.89 e 4810.19.99. ** Papel cartão na NCM 4810.92.90.

As importações de papéis ofsete aumentaram quase 17 vezes, saltando de 1,9 mil toneladas, em 2022, para 32,2 mil toneladas em 2023. Com isso, o volume de ofsete estrangeiro superou o período prépandemia. De acordo com os números oficiais, em 2018 foram importadas 23,6 mil toneladas nas três Nomenclaturas Comum do Mercosul (NCMs) que compõem o item ofsete – NCMs 4802.55.92, 4802.55.99 e 4802.57.99. No ano seguinte, já houve uma queda brusca para 14,1 mil toneladas. E houve outra retração em 2020, com a entrada de 3,6 mil toneladas de ofsete. Em 2021, as empresas brasileiras importaram 4,1 mil toneladas nas três especificações para os papéis ofsete.

Olhando no detalhamento mensal por classificação, a alta expressiva em 2023 foi puxada pelas importações na NCM

* Fonte: Comex Stat / MDIC Elaboração: ANDIPA

4802.55.99, que sozinha totalizou 24,6 mil toneladas no ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2023, tinham entrado no País 1,4 mil tonelada nessa classificação.

Já nos seis meses seguintes, as importações somaram 23,1 mil toneladas, das quais 6,9 mil foram registradas em agosto. Conforme os dados do Portal Comex Stat, em dezembro as entradas na NCM 4802.55.99 caíram para apenas 96 toneladas.

Também foram observados picos nos desembarques da NCM 4802.57.99. No ano todo foram importadas 7,2 mil toneladas nessa classificação de ofsete, sendo que 4,8 mil toneladas entraram no Brasil entre os meses de agosto e outubro. A menor variação foi verificada na NCM 4802.55.92, que ainda assim saltou de 43 toneladas em 2022 para 410 toneladas no ano passado.

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Importação, outros papéis As importações dos papéis cortados (cut size), enquadrados nas NCMs 4802.56.10 e 4802.56.99, somaram 6,5 mil toneladas em 2023, crescimento de 41% frente a 2022 (4,6 mil toneladas), mas ainda abaixo das 8 mil toneladas de 2021.

Em três grupos de papéis, a oferta do produto estrangeiro ficou menor em 2023.

Foi o caso do cuchê, importante item para a produção gráfica. O grupo de papel cuchê é composto pelas NCMs 4810.13.89, 4810.13.99, 4810.19.89 e 4810.19.99, conforme o formato e gramatura. As importações destes papéis no ano passado somaram 34,6 mil toneladas, o que corresponde a queda de 32% sobre as 50,8 mil toneladas de 2022. O total de 2023 ainda supera as 30,2 mil toneladas recebidas no país em 2021, o menor volume anual da série acompanhada pelo NewsPaper. No ano de 2020 foram importadas 37,2 mil toneladas de cuchê.

Dentre os tipos pesquisados, o papel MWC (NCM 4810.29.90) somou 77,9 mil toneladas importadas em 2023, 14% a menos que no ano anterior, que foi recorde.

Em 2022 foram importadas 90,7 mil toneladas desse papel, 53,2% mais do que as 59,2 mil toneladas do ano anterior. No total de 2020 foram registradas 70,8 mil toneladas de MWC estrangeiro no sistema de dados do comércio exterior.

Os desembarques de papel jornal tiveram mais uma redução importante em 2023. O Comex Stat apontou 12,9 mil toneladas no ano, quase 40% abaixo das 21,3 mil toneladas de 2022. No ano anterior, a importação de jornal somou 22,6 mil toneladas, ao passo que em 2020 foram recebidas 30,9 mil toneladas.

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Estatísticas

Fabricantes nacionais produziram menos papel No dado até novembro, em 2023 a queda foi maior nos tipos de imprimir e escrever e no cartão A produção nacional de papéis em geral atingiu 9,9 milhões de toneladas entre os meses de janeiro e novembro de 2023, uma redução de 2% sobre as 10,1 milhões de toneladas do mesmo período de 2022. O segmento de embalagens representa cerca de 55% da produção brasileira de papéis e no último ano recuou 1,2%. Conforme os números da edição 57 do Boletim Dados Papel da Indústria Brasileira de Árvores, as maiores quebras na produção foram nos grupos de papéis para impressão e escrita (-3,6%) e cartão (-7,5%). Nos tipos classificados como “outros”, a produção caiu 1% e entre os sanitários (tissue) a queda apurada foi de -0,8%. Já o papel de imprensa apresentou variação positiva, de 1,1%.

Do total produzido, 4,8 milhões de toneladas de papéis foram vendidas para o mercado interno, volume 5,8% menor do que as 5,1 milhões de toneladas dos onze meses de 2022. A fatia destinada à exportação somou 2 milhões de toneladas, redução de 14,7% em relação as 2,3 milhões de toneladas do mesmo período do ano anterior. Já as importações de papéis para todos os fins, na mesma base de comparação, recuaram 1,4%, de 503 mil toneladas, para 496 mil toneladas.

Apesar dos resultados negativos, a última linha do boletim estatístico aponta um crescimento de 1,6% no consumo aparente de papéis para todos os fins quando são comparados os dados até novembro de 2023 e de 2022. Isso acontece porque o cálculo do consumo aparente considera a produção, descontada da exportação, mais a importação. Desta forma, o consumo aparente de papéis para todos os fins aumentou 1,6%, passando de 8,3 milhões de toneladas para 8,4 milhões de toneladas no período de comparação.

Fonte: Dados Papel - IBÁ - edições 45 e 57

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Imprimir e Escrever Entre janeiro e novembro de 2023, a produção nacional de papéis para imprimir e escrever (I&E) somou 1,95 milhão de toneladas, 3,6% abaixo das 2 milhões de toneladas do mesmo período de 2022. A fatia destinada à venda doméstica diminuiu 11,9% na comparação, passando de 1,26 milhão de toneladas para 1,11 milhão de toneladas. Os embarques de papéis para impressão e escrita para o exterior caíram menos, 6,9% de acordo com o boletim estatístico, passando de 823 mil toneladas de I&E em 2022 (até novembro) para 766 mil toneladas no mesmo período de 2023. Já as importações desses papéis tiveram queda de apenas mil toneladas, totalizando 127 mil

Fonte: Dados Papel - IBÁ - edições 45 e 57

edição 90 - fevereiro 2024

toneladas recebidas de janeiro a novembro do ano passado. Com isso, o cálculo do consumo aparente no grupo de I&E em 2023 diminuiu 1,3% sobre 2022.

Todos os indicadores de imprimir e escrever de 2023 ficaram abaixo dos apurados nos mesmos meses de 2021, quando foram produzidas 2,1 milhão de toneladas, das quais 1,3 milhão de toneladas foram para venda doméstica e 774 mil toneladas seguiram para exportação. A importação naquele período de 2021 somou 108 mil toneladas e com isso o consumo aparente de I&E foi de 1,44 milhão de tonelada.

Estatísticas

Fonte: Dados Papel - IBÁ - edições 45 e 57

Cartão No segmento do papel cartão, os dados de janeiro a novembro de 2023 apontam redução de 7,5% na produção, que somou 619 mil toneladas frente as 669 mil toneladas do ano anterior. A venda doméstica também foi menor (-4,7%), passando de 573 mil toneladas para 546 mil toneladas. A exportação foi de 73 mil toneladas de cartão, volume 24% abaixo das 96 mil toneladas dos onze meses de 2022. A importação de cartão saltou de 85 mil toneladas para 112 mil toneladas, no período de comparação.

Conforme o boletim Dados Papel, nos dois anos, o consumo aparente repetiu as 658 mil toneladas dos mesmos meses.

A edição 45 da mesma publicação mostra que entre janeiro e novembro de 2021, a produção de cartão somou 721 mil toneladas, das quais 576 mil foram ofertadas ao mercado interno e 145 mil toneladas ao exterior; foram importadas 69 mil toneladas de cartão e o consumo aparente no período foi da ordem de 645 mil toneladas.

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Embalagem de Papel

Coluna Two Sides

A Escolha Natural

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A embalagem celulósica preserva mais recursos do que usa O interesse dos consumidores, empresas e dos políticos no debate sobre a sustentabilidade nunca foi tão notável. É o momento de comunicarmos ativamente os aspectos positivos das embalagens de papel, cartão e papelão nessa questão. As embalagens feitas de materiais derivados da celulose são eficazes para o transporte, proteção e apresentação de muitos produtos e estão muito alinhadas ao conceito de economia circular e regenerativa.

O fato de não consumirmos as embalagens, mas sim os produtos que contêm, leva muitos a crerem que são inúteis e que poderiam ser dispensadas. No entanto, a maior parte das embalagens nos ajuda a aproveitar melhor os recursos naturais, evita desperdícios e melhora a distribuição de riquezas. Proteger alimentos e outros produtos reduz as perdas desses itens. Segundo o Banco Mundial, pelo menos 30% dos alimentos produzidos no planeta são perdidos ou não chegam aos necessitados 1 .

Two Sides

Muito mais alimentos e outros bens seriam desperdiçados se não fossem adequadamente embalados. Havendo mais bens em boas condições à disposição, mais baratos eles serão e mais acessíveis às populações de baixa renda. Além das questões sociais decorrentes dessas perdas, elas implicam também em impactos ambientais importantes, uma vez que os recursos empregados na produção dos bens perdidos foram também desperdiçados 2 .

Assim, longe de constituir um problema ambiental, as embalagens podem ser uma das estratégias para preservar recursos naturais, energia e combater mudanças climáticas.

A embalagem de papel pode oferecer uma excelente proteção aos produtos

No entanto é necessário que a embalagem seja bem projetada, produzida com eficiência, usada de maneira apropriada e descartada com responsabilidade.

As embalagens de papel, cartão e papelão são produzidas a partir de matéria-prima renovável. No Brasil, a celulose é obtida de árvores cultivadas, que sequestram carbono da atmosfera. Também se utiliza muita fibra reciclada. As indústrias brasileiras de celulose produzem a maior parte da energia que consomem, a partir de combustíveis renováveis, como biomassa e resíduos dos próprios processos.

Por outro lado, o segmento da mídia impressa é dos que apresenta menores emissões de gases do efeito estufa.

A água utilizada na fabricação de celulose e papel não é perdida. Mais de 90% são devolvidos ao meio ambiente em condições adequadas, segundo os critérios legais. Cerca de 86% das embalagens de papel, cartão e papelão são recicladas e as que sobram, se forem encaminhadas a aterros sanitários como manda a lei, terão impacto ambiental mínimo, já que são biodegradáveis.

Equipe Two Sides

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Imagens: Do Booklet Embalagem de Papel - Two Sides

1. https://www.worldbank.org/en/news/feature/2020/10/16/qa-seeking-solutions-to-a-12-trillion-problem-food-loss-and-waste 2. Williams, H., & Wikström, F.-J. (2011). Environmental impact of packaging and food losses in a life cycle perspective: a comparative analysis of five food items. Journal of Cleaner Production, 19(1), 43-48. http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2010.08.008

Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada na Europa em 2008 por membros das indústrias de base florestal, celulose, papel, cartão e comunicação impressa. Two Sides estimula a produção e o uso conscientes do papel, da impressão e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desses recursos. Papel, cartão e papelão são provenientes de florestas cultivadas e gerenciadas de forma sustentável. Além disso, são recicláveis e biodegradáveis.

Two Sides Brasil: www.twosides.org.br | twosides@twosides.org.br | @twosidesbrasil nas redes sociais.

Love Paper Brasil: www.lovepaper.org.br | @lovepaperbrasil nas redes sociais.

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