O mundo mudou! A produção de papel é mais eficiente, com vasta diversificação de tipos Os impressos em geral deram um salto de qualidade, como aliás pudemos apreciar recentemente na Drupa, a maior feira do setor, realizada na Alemanha Nas últimas décadas, vivenciamos uma evolução brutal das tecnologias, afetando todas as esferas, das comunicações aos meios de pagamentos, da gestão à produção, passando pelos hábitos de consumo Agora, depois de longos anos de discussão, temos a aprovação da reforma tributária no Brasil, que vai mudar a forma como são aplicados, recolhidos e distribuídos os impostos.
Todos esses fatores nos mostram que é muito possível – e urgente –construirmos um modelo de incentivo para o mercado editorial que libere o mercado de papel das amarras da destinação do papel imune.
Precisamos avançar no diálogo, tanto entre os elos da cadeia do papel, quanto com os agentes públicos que estão neste momento discutindo as regras para implantação da reforma tributária. E nós temos as condições e ambiente para isso!
Na reunião plenária do Copagrem de maio tivemos a demonstração de como um diálogo franco proporciona o debate e a troca de experiências Tive o privilégio de falar ao seleto grupo do Comitê da Cadeia Produtiva sobre o futuro do papel e do distribuidor, ressaltando dados que refletem o cenário do nosso mercado e o maior de nossos desafios, que é o desvio de finalidade do papel imune O que foi apresentado e debatido lá está cuidadosamente reproduzido nesta edição do NewsPaper
Congregando as entidades de todos os segmentos da cadeia do papel, o Copagrem é sem dúvida o fórum setorial por excelência Quero expressar aqui minha gratidão ao Comitê, na pessoa do diretor titular, senhor Levi Ceregato, pelo espaço concedido à ANDIPA. Tenho expectativa muito positiva de que podemos avançar nas discussões a partir da Comissão de Estudos que deve se debruçar sobre os problemas causados com o desvio de finalidade do papel imune, conforme ficou estabelecido naquele dia
Pelo fruto do trabalho de muitos, chegamos até aqui! Hoje, temos um cenário de oportunidade para resolver definitivamente o problema do desvio de finalidade do papel imune, que impacta toda a cadeia setorial. A reforma tributária está aí e vai provocar muitas mudanças. Podemos então atuar no processo, propondo melhorias, ou nos omitir e adaptar ao que vier, sabendo que pode agravar o que hoje já é insustentável. É o momento para agirmos juntos, para termos um mercado legal, livre, rentável e sustentável para todos
Italo Aguiar Bezerra de Meneses Presidente do Conselho Diretor
Apresentação da ANDIPA no Copagrem provoca debate sobre papel imune
“Se todo papel que é vendido como imune fosse de fato usado para imprimir livros, o Brasil seria o país mais letrado do mundo”, ponderou ele, reconhecendo que o tema é muito complexo e que não existem soluções simples para problemas complexos. Além disso, observou que hoje cada grupo está tentando medidas junto ao fisco, que não resolvem e até pioram o problema.
Finalizando sua explanação, Italo Bezerra de Meneses fez um convite à reflexão para o setor se debruçar sobre o assunto. Ele ainda reforçou que o Copagrem é o melhor fórum para buscar uma solução “para fazer com que o futuro do mercado de papel seja mais justo”
O primeiro a pedir a palavra foi o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Papel, Papelão, Artigos de Escritório e de Papelaria do Estado de São Paulo (Sinapel), Vicente Amato Sobrinho. “Participei de todos os movimentos para reduzir o desvio de finalidade Não tem jeito, a solução é acabar com o papel imune”, disse, já apontando que a opção tem a resistência dos usuários de papel imune - jornais e editoras.
Foto: Ayrton Vignola/ Fiesp
Copagrem cria comissão de estudos
O diretor titular do Copagrem, Levi Ceregato, pediu a formação de uma comissão de estudos, composta pela ANDIPA, Abigraf e Ibá, para debater e propor solução para o problema do desvio de finalidade do papel imune “O papel imune realmente está criando anomalias no mercado”, afirmou o diretor, propondo uma campanha para que o consumidor saiba que comprando o papel com 40% a menos ele está participando do ilícito fiscal.
Foi designado para coordenar a comissão o gerente geral da Abigraf, Wagner Silva Além das três entidades, a comissão deve incluir outras de segmentos diretamente envolvidos com papel imune e interessadas em apresentar propostas com o objetivo de minimizar os impactos do uso indevido do papel imune
Conforme Silva informou na plenária do Copagrem de junho, a primeira reunião da comissão sobre o papel imune deve ser realizada ainda em julho
Ibá destaca agenda positiva para maior controle e fiscalização
A questão do imune é super importante para a indústria do papel, conforme afirmou Carlos Eduardo Mariotti, que responde pela Política Industrial da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), representante da entidade no Copagrem “Somos prejudicados sim e queremos ver a cadeia sem concorrência desleal e o mercado mais saudável”, acrescentou Mariotti, falando da agenda positiva, com ações junto à Receita Federal e às Secretarias da Fazenda para aperfeiçoar os controles e combater o desvio de finalidade.
Enfatizando que quem faz desvio não é quem vende, explicou que não tem como deixar de vender para aqueles que tem a documentação para operar com papel imune O setor atua por melhoria das ferramentas do fisco, que tem o dever e o poder de fiscalização
Desvio de finalidade do papel imune é um problema seríssimo que há décadas vem comprometendo de forma bastante negativa o mercado e a concorrência leal e justa em nosso setor e, por este motivo, nossa entidade sempre atuou fortemente, de forma individual e com outras associações, inclusive a ANDIPA, no combate ao desvio de finalidade do papel imune Neste sentido fazemos constantemente junto
Pedido de aumento de alíquota acirra divergência
As ações que pedem aumento do imposto de importação para sete tipos de papéis estão na contramão do entendimento de que quanto maior for a diferença tributária entre o papel comercial e o destinado a impressos editoriais, maior será o prêmio aos infratores. Carlos Mariotti, da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), tentou explicar aos membros do Copagrem a motivação dos fabricantes ao solicitar ajuda do governo para barrar a concorrência com o importado “Cada elo da cadeia produtiva tem seus interesses que são legítimos”, afirmou Mariotti, explicando que a cadeia produtiva é muito mais ampla que a parte comercial
A Abigraf refutou mais uma vez os argumentos “Nossa entidade é veementemente contrária a estes pleitos e
vem se manifestando formalmente junto ao governo federal”, afirmou o presidente da Abigraf Nacional.
Alfândega coloca restrições para desembaraço de cargas de papel
Importadores de papéis gráficos têm enfrentado recorrentes casos de parametrização aduaneira no canal vermelho no Porto de Santos Conforme relatos de associados da ANDIPA, os fiscais estão fazendo exigências além das contempladas na legislação, especialmente sobre o papel imune de impostos.
Acionada, a Associação buscou informações mais detalhadas junto ao órgão responsável Através da LBZ Advocacia, foi agendada reunião com a direção da Alfândega do Porto de Santos para entender a orientação da fiscalização
AadvogadaRafaelaCamargoMazzoni representouaANDIPAnareuniãocomachefia doServiçodeProgramaçãoeLogísticada Alfândega,realizadaem12dejunho Segundo ela,asituaçãoeradesconhecidapelachefia quesecomprometeuemanalisare,caso verifiqueatuaçãofiscalcontráriaalegislação, tomarasmedidasnecessáriasinternamente.
Processos que pedem imposto maior seguem na pauta do CAT
Os sete processos com pedidos de aumento da alíquota do Imposto de Importação (II) sobre os papéis, movidos pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), continuam na pauta do Comitê de Alterações Tarifárias (CAT), de acordo com a relação atualizada no dia 28 de junho Através da Lista de Desequilíbrios Comerciais Conjunturais, as ações pedem alíquotas de 16% e de 25% para as classificações NCM 4806 40 00 (translúcido), 4811.90.90 (térmico), 4810.29.90 (cartão ou MWC), 4810 92 90 (cartão) e três tipos cuchê - NCMs 4810.13.99, 4810.19.89 e 4810.19.99.
Os pedidos foram apresentados entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 O último prazo para manifestações foi dia 23 de março. A Abigraf Nacional contestou os argumentos para elevação da tarifa
Depois de uma sequência de réplicas e tréplicas, os processos foram avaliados pelas equipes técnicas e encaminhados para apreciação do CAT, que os envia para pauta da reunião do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) O CAT é um colegiado integrante da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que tem como sua principal competência manifestar-se sobre os pleitos recebidos pela Secretaria Executiva da Camex da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Gecex é o núcleo executivo colegiado da Camex Os órgãos têm reuniões regulares, mas não há especificação de prazo de tramitação para os pedidos A última reunião do CAT foi realizada no dia 27 de junho e a próxima está prevista para 30 de julho, conforme o calendário de eventos do governo
Um manifesto para que não deixemos a oportunidade de ouro passar!
A nova reforma tributária e a chance de acabar com o desvio de finalidade que está sendo ignorado
Apenas para contextualizarmos, a venda do papel imune se lastreia em uma presunção legal, viabilizada pelo RECOPI e pelo REGPI (registros estadual e federal, respectivamente) Presunção esta que foi a saída possível encontrada para o setor, que contou com apoio da ANDIPA e das demais entidades setoriais para coibir as fraudes decorrentes do desvio de finalidade do papel com imunidade tributária, destinado exclusivamente à impressão de livros, jornais e periódicos (Constituição Federal art.150, inc. VI, alínea "d").
Contudo, mesmo com a dita presunção, a prática mostrou que o controle e a efetividade do sistema não existem (ou não são aceitos pelas autoridades fazendárias). Transformouse em ferramenta para fraude e pesadelo para quem opera corretamente.
Apesar de exigir o cadastramento prévio e ativo de compradores e vendedores e acompanhar em tempo real cada operação comercial, foram registrados inúmeros autos de infração contra fornecedores por venda de papel imune a contribuintes destinatários que estavam aptos no sistema no momento da venda, mas tiveram cassadas suas inscrições estaduais em momento subsequente, com efeitos retroativos Cadê a presunção?
Milhares de atuações datadas desde 2012 (e o fisco segue autuando), julgamentos administrativos que ignoram a legislação e os documentos, levando a discussão para o Judiciário, em processos demorados e onerosos. Desde 2016, ações sobre o assunto que tramitam no Judiciário vêm reconhecendo a boa-fé do contribuinte com cancelamento das exigências; mas a que custo?
A confusão está instaurada. Fisco e contribuinte não se entendem. A legislação não tem aplicação clara, nem segura (nada é definitivo). E a diferença de preço segue tentadora para o fraudador.
Um manifesto para que não deixemos a oportunidade de ouro passar!
Mais recentemente, no dia 24 de abril de 2024 (curiosamente e talvez não à toa o mesmo mês do eclipse solar total!), o Ministro da Fazenda apresentou ao presidente da Câmara dos Deputados e ao presidente do Senado Federal, a proposta elaborada pelo Executivo para a regulamentação da Reforma Tributária.
A reforma traz à tona a complexidade e os desafios persistentes do sistema tributário brasileiro e a proposta de lei complementar busca enfrentar essas questões em um documento único e abrangente.
Ali está a regulamentação das isenções e imunidades tributárias para operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado às suas impressões, todavia pelo que se vê da regulamentação até agora e a forma como está sendo direcionada a questão da imunidade, por enquanto nada foi criado para alterar o panorama atual vivenciado com o desvio da destinação Gustavo Dalla Valle Baptista da Silva
Um manifesto para que não deixemos a oportunidade de ouro passar!
Qualquer das duas alternativas resolveriam, como que num passe de mágica, a quase totalidade das dificuldades do setor E isso está sendo absolutamente ignorado
Sabemos que haverá integração de informações entre União, Estados e Municípios representada pelo Comitê Gestor, com a simplificação dos tributos e consequentemente das obrigações acessórias, por isso o cenário é bastante propício para sugestão e criação de novas medidas.
Em resumo, já tivemos a aprovação da reforma, a proposta de sua regulamentação e sobre o tema do papel imune tudo se manteve, nada de novo. Todas as alterações relevantes de diversos setores foram conversadas, imunidades foram alteradas e o setor do papel se manteve inerte. Não há mais tempo para inércia, a única opção agora é o movimento e as entidades interessadas no assunto devem se reunir, participando e sugerindo medidas O consenso é o único caminho para a solução
Não podemos esperar por outro eclipse!
Gustavo Dalla Valle Baptista da Silva é sócio da LBZ Advocacia e Rafaela Camargo Mazzoni é coordenadora do Escritório
Com mais de 25 anos de mercado, a LBZ Advocacia prima pela qualidade em seus serviços e pela parceria nos negócios dos clientes Alia experiência e atualização constante para oferecer soluções jurídicas diferenciadas e eficientes Com atuação nacional, tem equipes em escritórios na capital paulista e em Cuiabá, Mato Grosso, com profissionais e estrutura para atender clientes em outros estados e países
Desde 1978 atuando com excelência como distribuidora de papéis
O Grupo Rio Branco é uma empresa brasileira com mais de 40 anos de história, que iniciou sua trajetória atuando no mercado de distribuição de papéis para o segmento gráfico do país. Posteriormente, implementou mais 04 unidades de negócios, com uma equipe nacional composta por mais de 500 pessoas, que formam o grupo empresarial de uma das maiores distribuidoras de papéis do setor
As unidades de negócio que formam o Grupo Rio Branco são:
Líder em distribuição nacional, atende o setor gráfico e editorial brasileiro por meio de suas 8 filiais estrategicamente localizadas nas principais cidades do país. Hoje é considerada uma das maiores distribuidoras de papéis e insumos para a indústria gráfica.
Referência em suprimentos de informática e papelaria, distribui também a marca DAZZ, que possui uma gama de acessórios tecnológicos.
Os produtos estão disponíveis em todo o Brasil, presentes nos principais varejos físicos, online e revendas especializadas.
Completando o grupo de negócios, a RB Solar é voltada para importação e distribuição das principais marcas e produtos do setor de energia solar fotovoltaica. Oferece soluções completas para geração de energia limpa, contribuindo para um futuro mais sustentável
Empresa Sócia fundadora da ANDIPA desde junho 2001
Referência na indústria de papéis e produtos de automação, fabrica bobinas térmicas de PDV, cartão de crédito, relógio de ponto, etiquetas térmicas e etiquetas de gôndola para os mais diversos comércios. Tem parceria com os principais fornecedores globais de matéria prima, possuindo um departamento de pré-impressão capaz de personalizar os produtos com a logomarca e necessidade de seus clientes.
Especialista em soluções de conectividades e redes, no qual importa e distribui as principais marcas e produtos voltados para o canal de telecomunicações e provedores. Dentro dessa divisão, a empresa tem exclusividade com mais duas grandes marcas: V-Sol - Passivos de redes Gladden - Fibra óptica e acessórios de excelente qualidade
São 4 décadas atendendo o mercado gráfico e editorial com as melhores condições de negócios e um completo mix de produtos dos principais fabricantes nacionais e internacionais. Qualidade e profissionalismo
Este espaço é reservado para publicação de notícias e informações dos distribuidores associados da ANDIPA. *Conteúdo de responsabilidade da empresa.
A drupa 2024 superou todas as expectativas. A organização apontou número recorde de negócios assinados nos onze dias do evento em Düsseldorf, Alemanha.
A automação foi o centro das atenções na drupa deste ano, com forte foco em Inteligência Artificial e fluxos de trabalho inteligentes, incluindo soluções de software. A próxima drupa será realizada em 2028.
Distribuidores participaram da feira mundial da indústria gráfica
Distribuidores de papel associados da ANDIPA estiveram entre os 170.000 visitantes profissionais que compareceram à drupa 2024. Nos 18 pavilhões, com área total de 140 mil m , estavam 1.643 expositores de 52 países. A participação internacional dos visitantes foi de 80%, com participantes vindos de 174 países – um número recorde. Cerca de 96% do total de visitantes confirmaram ter alcançado plenamente os objetivos da visita. Mais de 50% dos visitantes vieram da indústria gráfica. Com segundo maior público, a indústria de embalagens foi o foco de muitos expositores e aumentou significativamente sua participação na feira.
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A associada ABC escalou quatro integrantes de seu time para participar da drupa Na foto: Helder, Denilson, Pedro e Italo
“A drupa é simplesmente incrível, começando pelo seu tamanho e pelo número de expositores. São dias de muita troca de informações, conhecimentos, cultura e a confirmação que a indústria gráfica continua pulsante em um mundo mais automatizado e digitalizado, mas em sua essência evidencia a arte da transformação ”
Anderson Lopes de Sena, gerente comercial da associada Rio Branco
No alto, o diretor da ANDIPA, Marcelo Patury (da associada Tecpel), ao lado do presidente da Abigraf Nacional, Julião Gaúna, e do gerente geral da Abigraf, Wagner Silva.
Ao lado, Danilo Virdes, executivo da associada Passalacqua, no encontro com Julião Gaúna e Marcelo Patury
A quarta edição do evento “Embalagem de papel, a escolha natural” reuniu palestrantes internacionais e nacionais, falando das tendências sobre embalagens no mundo, a busca por sustentabilidade e o design circular.
Cada vez mais, as embalagens de papel são reconhecidas como uma ótima opção ambiental, como mostra a pesquisa Trend Tracker 2023, realizada para a Two Sides pela Toluna em 16 países, com mais de 10.000 consumidores. Ampliar a utilização desses materiais vem se tornando objetivo estratégico das maiores empresas, sendo essa a proposta do evento, realizado em conjunto por Empapel, Ibá e Two Sides.
Realizada no dia 27 de junho, a edição de 2024 teve tradução simultânea e público diversificado, como decisores de compras, designers, professores e estudantes de toda a América Latina. Como nos anos anteriores, Andipa está entre as dezenas de apoiadores do webinar, que foi transmitido via Zoom.
Em breve a gravação estará disponível na página de Two Sides Brasil e no seu canal do YouTubehttps://twosides.org.br/webinarembalagem-de-papel/ e https://www.youtube.com/@twosidesbrasil
O crescimento mais expressivo nos tipos pesquisados para o NewsPaper foi registrado nos papéis ofsete (NCMs 48025599 e 4802.57.99). Nos cinco meses de 2024, as importações somaram 11,1 mil toneladas, quase quatro vezes mais do que as 2,8 mil toneladas do mesmo período do ano passado. Em 2022, até maio, foram apenas 0,7 mil tonelada
O grupo de papel cuchê é composto pelas NCMs 48101389, 48101399, 48101989 e 4810.19.99, conforme o formato e gramatura. As importações destes papéis somaram 16,5 mil toneladas em 2024, o que corresponde a 13,8% de alta sobre as 14,5 mil toneladas dos primeiros cinco meses de 2023 No mesmo período de 2022, foram importadas 15,1 mil toneladas de cuchê
* NCMs 4810.13.89, 4810.13.99, 4810.19.89 e 4810.19.99 ** Papel cartão na NCM 4810.92.90
Os desembarques de cartão estrangeiro (NCM 48109290) atingiram 37,2 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano, 8,5% a mais do que as 34,3 mil toneladas dos mesmos meses de 2023. O montante é praticamente o dobro do apurado no mesmo período de 2022, de 18,8 mil toneladas.
O portal de comércio exterior aponta ainda que, nos cinco primeiros meses do ano, o desembarque de papel jornal (NCMs 48010030 e 48010090) teve alta de 63,9%, passando de 6,1 mil toneladas em 2023, para 10 mil toneladas em 2024, cerca de 11% acima das 9 mil toneladas de 2022
Com menor volume entre os tipos pesquisados, o cut size estrangeiro totalizou 2,6 mil toneladas de janeiro a maio deste ano, ante a 2,2 mil toneladas dos meses equivalentes no ano passado
Comércio internacional ganha espaço no mercado de papel
Crescimento na produção nacional, nas exportações e nas importações, com queda nas vendas domésticas. Esta é a síntese do comportamento do mercado de papéis para todos os fins, no Brasil, nos primeiros quatro meses deste ano. Um resultado parecido com o apurado no primeiro bimestre, com diferenças percentuais Com exceções pontuais, o desempenho geral é similar nos cinco segmentos (Embalagens, Imprimir e Escrever, Imprensa, Cartão e Outros) que compõem o setor de papéis, representados pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que congrega a indústria papeleira no Brasil
Conforme os números da edição 62 do Boletim Dados Papel, divulgado pela entidade, entre janeiro e abril deste ano foram produzidas 3,74 milhões de toneladas de papéis em geral, 6,2% acima do total de 3,52 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado.
Do total produzido em 2024, 1,66 milhão de toneladas de papéis foram vendidas para o mercado interno, volume 2,5% menor do que as 1,71 milhão de toneladas do mesmo período de 2023. A fatia destinada à exportação cresceu 24,6%, saltando de 663 mil toneladas entre janeiro e abril do ano passado para 826 mil toneladas nos mesmos meses deste ano. Já as importações de papéis para todos os fins, na mesma base de comparação, aumentaram 15,6%, de 173 mil toneladas para 200 mil toneladas.
O total produzido em 2024 é maior do que o equivalente de 2022, quando a produção até abril somou 3,59 milhões de toneladas de papéis em geral, das quais 1,79 milhão de toneladas foram para venda interna e 842 mil toneladas foram exportadas, enquanto as importações somaram 149 mil toneladas
Com base nos resultados gerais, o boletim aponta que o consumo aparente de papéis cresceu 2,7%, passando de 3,0 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2023 para 3,1 milhões de toneladas em igual período deste ano O consumo aparente é calculado somando a produção com a importação, descontada da exportação.
Segmentos
O segmento Embalagem responde por mais da metade da produção total de papéis Na comparação do primeiro quadrimestre de 2024 frente a 2023, a categoria teve aumento de 9,9% na produção, discreta redução de 0,4% na venda doméstica, incremento de 20% nas exportações e queda de 16,7% nas importações
No outro extremo, com menor participação está o segmento Imprensa. A produção do chamado papel jornal caiu 38,9%, de 36 mil toneladas nos quatro meses de 2023 para 22 mil toneladas neste ano. A venda interna permaneceu em 14 mil toneladas, enquanto as exportações diminuíram de 13 mil toneladas para 11 mil toneladas e as importações dobraram, de 4 mil toneladas para 8 mil toneladas na mesma base de comparação.
Na classificação Outros, que inclui os papéis sanitários, o boletim registra a produção de 616 mil toneladas, com 566 mil toneladas de venda doméstica, 129 mil toneladas exportadas e importação de 91 mil toneladas.
Para o segmento Cartão, os dados de janeiro a abril deste ano mostram alta de 5,8% na produção, que somou 237 mil toneladas frente as 224 mil toneladas do ano anterior. A fatia destinada ao mercado interno foi menor (-2%), passando de 201 mil toneladas para 197 mil toneladas A exportação teve um salto de 73,9%, passando de 23 mil toneladas do primeiro quadrimestre de 2023 para 40 mil toneladas de cartão neste ano, conforme o boletim estatístico da Ibá. No mesmo período de comparação, a importação de cartão cresceu 11,6%, de 43 mil toneladas para 48 mil toneladas Diante dos números apresentados, o consumo aparente de Cartão ficou estável, com 245 mil toneladas em 2024, ante a 244 mil toneladas no mesmo período de 2023.
Fonte: Dados Papel - Ibá
Fonte: Dados Papel - Ibá
Segundo maior em volume de produção, o segmento Imprimir e Escrever (I&E) teve queda de 10,1% na venda doméstica e ficou também na segunda colocação em aumento nas exportações, nos quatro primeiros meses do ano O boletim Dados Papel aponta que entre janeiro e abril deste ano foram produzidas 714 mil toneladas de papéis para impressão e escrita, 2,7% a mais do que nos mesmos meses de 2023 (695 mil toneladas). No mesmo período de comparação, as vendas ao exterior somaram 328 mil toneladas em 2024, o equivalente a 42,6% de alta sobre as 230 mil toneladas de 2023. A venda ao mercado interno, neste ano, somou 339 mil toneladas, ante 377 mil toneladas do primeiro quadrimestre do ano passado, uma redução de 10,1%
Já a entrada de papéis estrangeiros passou de 40 mil toneladas para 43 mil toneladas na categoria Imprimir e Escrever Com isso, o consumo aparente de I&E no primeiro quadrimestre de 2024 ficou 15% menor do que no mesmo período de 2023, passando de 505 mil toneladas para 429 mil toneladas
Olhando para os primeiros quatro meses de 2022, a produção de I&E somou 727 mil toneladas, das quase 422 mil toneladas foram vendidas internamente e 296 mil toneladas foram exportadas Com a importação de 32 mil toneladas, o consumo aparente de papéis para impressão e escrita verificado entre janeiro a abril de 2022 totalizou 463 mil toneladas, sendo 7,9% maior que no mesmo período de 2024
Fonte: Dados Papel - Ibá
Desenvolvimento e
sustentabilidade ambiental
C o l u n a T w o S i d e s
Num momento em que o mundo todo se preocupa com desastres ambientais decorrentes, em grande parte, das mudanças climáticas, é fundamental lembrarmos que é possível conciliar desenvolvimento com sustentabilidade ambiental e que isso deve ser uma meta a ser buscada por governos, empresas e instituições.
O plantio de árvores pode ser uma excelente estratégia para o suprimento de matérias-primas renováveis Milhões de árvores já são plantadas diariamente, em todo o mundo, inclusive no Brasil, para a fabricação de muitos produtos, papel, cartão e papelão entre eles. Essas árvores contribuem enormemente para a redução do efeito estufa e para a mitigação das mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, outros bilhões de árvores nativas são preservadas pelas mesmas empresas, numa demonstração prática de que desenvolvimento e sustentabilidade não são incompatíveis, pelo contrário, são lados da mesma moeda
Outro dado importante: segundo a plataforma Mapbiomas (2024), o Brasil tem cerca de 35 milhões de hectares de pastos em diferentes níveis de degradação Esses terrenos podem servir para diversas aplicações, inclusive plantio de árvores É uma área equivalente ao território da Alemanha.
Sempre que puder, plante árvores e lembre-se que as indústrias brasileiras de celulose e papel mantém plantadas, hoje, mais de quatro bilhões, sem contar as matas nativas preservadas.
Nós brasileiros, que detemos a soberania sobre a maior floresta tropical do planeta, temos enorme responsabilidade pela preservação desse patrimônio, em nosso benefício, mas também em prol de toda a humanidade. Para salvar essas árvores não precisamos renunciar à nossa soberania e nem travar o desenvolvimento do país, muito pelo contrário
Para saber mais, visite o site. Aproveite e faça download dos Fact Sheets e Infográficos disponíveis!