NewsPaper Andipa - edição 88 - apresentação

NewsPaper

Informativo

Setorial ANDIPA

edição 88 - agosto 2023

Expectativa da reforma tributária

ANDIPA lança manifesto pela legalidade Com visual renovado,

O distribuidor associado foi chamado a expor seu compromisso com as melhores práticas no mercado de papel

o NewsPaper tem:

Entrevista | Artigo | Estatísticas | Eventos e outras notícias do setor

INFORMATIVO SETORIAL

EXPEDIENTE

NewsPaper Informativo Setorial ANDIPA é uma publicação da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (ANDIPA).

Conselho Diretor

Presidente:

Italo Aguiar Bezerra de Meneses

Diretores:

Antonio Manoel de Mattos Vieira Neto

Marcelo Patury Accioly

Vitor Paulo de Andrade

Administrativo: Edna Souza

Contatos: (11) 3044-2214 comunicacao@andipa.org.br andipa@andipa.org.br

www.andipa.org.br

Conteúdo Editorial: Keser Serviços de Comunicação

Jornalista responsável:

Rosangela Valente (Mtb 121/MS)

Direitos autorais reservados. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião da entidade. A reprodução é permitida desde que citada a fonte.

NESTA EDIÇÃO

REFORMA TRIBUTÁRIA

LIVRO E LEITURA

Expectativa pelo avanço da reforma tributária

A tão falada e aguardada reforma tributária passou por uma importante etapa no Congresso Nacional, no início de julho, e está mais próxima de ser definida ainda em 2023 Essa é uma boa notícia diante do caótico e caro sistema tributário vigente no País. Depois de anos de discussão e com arremedos de última hora, a proposta avançou e deve seguir os trâmites e os prazos necessários no Poder Legislativo Importante e complexa, a matéria foi aprovada pelos deputados e encaminhada para os senadores, que vão avaliar, alterar e devolver o texto para nova apreciação, antes de ser publicada para entrar em vigor

Além das alterações que devem feitas no processo, o texto da reforma prevê regulamentação posterior, por leis específicas que devem definir alíquota e outros detalhes Segundo especialistas, mais de 40 pontos da reforma dependerão de regulamentação por lei.

Desta forma, ainda não se pode mensurar adequadamente o que a reforma vai representar no dia a dia das empresas e dos brasileiros As mudanças aprovadas pelos deputados incluem isenções, regimes diferenciados, cobrança no destino e uma série de condições que visam contemplar toda a gama de produtos e serviços, para todos os perfis e portes de empresas e de consumidores. Para nós, do mercado de papel, a expectativa da reforma tributária envolve também a questão da imunidade, que é legítima para fomento à cultura e educação, mas se transforma na principal distorção do setor quando tem sua finalidade desvirtuada.

O Artigo 150 da nossa Constituição afasta a incidência de impostos em alguns casos, um deles é sobre os livros, jornais, periódicos e sobre o papel destinado à sua impressão Apesar de ter sido discutida, a exclusão do papel

da redação do Artigo ficou de fora proposta em votação. Ainda assim pode perder benefícios, pois a imu garantida na Constituição é exclus impostos. Hoje, alguns itens têm benefícios referentes às contribuiç que são amparados em outras leis

No bojo da reforma tributária, os im e contribuições atuais sobre consu serviços serão substituídos, gradativamente por dois tributos: o sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviço Ao que me consta, no projeto apro pela Câmara, há uma inclusão para equiparar IBS a CBS para fins de imunidade na Constituição Federal saber se assim vai permanecer e c dará a regulamentação

Ou seja, a reforma tributária deve ser assunto predominante a partir do segundo semestre deste ano e ao longo de sua implementação, que deve estar completa em 2032. Para o mercado de papel em geral e para o segmento de distribuição em especial, tão importante quando uma boa reforma tributária é ter um ambiente saudável de concorrência, que só é possível dentro da legalidade.

Por isso, decidimos iniciar na ANDIPA um movimento voluntário no qual as empresas reforçam publicamente o compromisso de manter e exigir de seus fornecedores, clientes e funcionários práticas de acordo com padrões legais e éticos.

Sem deixar de apoiar o combate aos ilícitos, como o desvio de finalidade do papel imune, decidimos valorizar e enaltecer o certo e o justo, com o anseio de criarmos um movimento virtuoso Desta forma, os meios escusos e a concorrência desleal ficarão também mais evidentes. Seja qual for o nome do tributo, a alíquota ou a forma de recolhimento, só quando as regras e as leis valem para todos e são seguidas por todos, o mercado e a sociedade ficam mais saudáveis para desenvolver todo seu potencial.

Italo Aguiar Bezerra de Meneses Presidente do Conselho Diretor

Aprovada na Câmara, reforma tributária vai para Senado

Advogadoavaliaqueimpactonosetordepapelaindaéincerto

A Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda Constitucional da reforma tributária (PEC 45/19), que simplifica impostos sobre o consumo, prevê a criação de fundos para o desenvolvimento regional e para bancar créditos do ICMS até 2032, e unifica a legislação dos novos tributos. A proposta, elaborada pelo relator, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), foi aprovada em dois turnos, em votação concluída no dia 7 de julho. A matéria seguirá para o Senado Federal em agosto, quando o Congresso volta do recesso.

Segundo a proposta, uma lei complementar criará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), para englobar o ICMS e o ISS; e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS, o PIS-Importação, a Cofins e a Cofins-Importação. Oficialmente o texto ainda não chegou ao Senado, mas a Casa já se movimenta para tratar do tema O senador Eduardo Braga (MDB/AM) foi escolhido relator da reforma tributária no Senado e uma comissão técnica foi formada e deve

apresentar as primeiras análises ao relator no reinício dos trabalhos, em agosto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estima que a reforma tributária será votada até outubro após discussão na Comissão de Constituição e Justiça.

No mercado de papel, um ponto de atenção é a imunidade constitucional para o produto destinado à impressão de livros, jornais e periódicos (CF 1988, Art 150, VI “d”).

Para a advogado tributarista do Escritório LBZ, Gustavo Silva, no texto aprovado pela Câmara há sinalização de alteração na carga tributária sobre os papéis. Ele explicou que o projeto propõe um imposto e uma contribuição, e prevê uma alteração na Constituição Federal para equiparar os dois tributos para fins de imunidade Pela redação atual, a imunidade se aplica exclusivamente aos impostos. Outros benefícios envolvendo a isenção ou redução da contribuição são amparados em leis específicas e valem para alguns tipos de papéis.

Sem a e tributaçã alteraçã interpret contribu acordo c caminho aprovaç ressaltan com a p tema.

Em com da reform advogad o primei concent incidentes sobre o consumo (IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins), com a criação da CBS e do IBS (ou IVA dual, como vem sendo apelidado). De acordo com a OCDE, 174 países adotam um regime baseado no IVA

Conforme destaca o comunicado, em um próximo momento, será discutida a união dos tributos incidentes sobre a renda (IRPJ e CSLL). O governo tem divulgado que a segunda etapa de reforma com a reestruturação do Imposto de Renda da Pessoa Física e

da folha de pagamentos, deve incluir também a taxação de dividendos.

Analisando o texto aprovado pelos deputados, a LBZ destaca que “a proposta traz regras gerais para o desenho do novo regime tributário brasileiro, de forma que caberá a leis posteriores, infraconstitucionais, definir e detalhar questões mais específicas como as alíquotas, forma de apuração e recolhimento, formalização etc ”

Em assembleia, associados apoiam ação em favor da legalidade

Manifesto apresentado pela ANDIPA deve ser um termo de compromisso voluntário

O Conselho Diretor propôs que a ANDIPA e seus associados assumam e divulguem um Manifesto pela Legalidade no mercado de papel, em claro contraponto com as práticas ilícitas, como o desvio de finalidade do papel imune. O documento foi apresentado aos associados na Assembleia Geral Extraordinária realizada, por videoconferência, em 27 de junho

Por unanimidade, os representantes das empresas associadas aprovaram e elogiaram a iniciativa Em apoio à proposta, a assembleia deliberou para encaminhamento da ideia como um termo de compromisso voluntário, com ampla divulgação Desta forma, a ANDIPA ficou de providenciar o modelo do documento com as devidas especificações, para envio às empresas associadas para disseminação da informação

Foi definido ainda o lançamento da campanha com a publicação do Manifesto no NewsPaper. A integra do documento está disponível na página 8 da edição 88 do Informativo NewsPaper e no site da ANDIPA.

O presidente do Conselho Diretor, Italo Bezerra de Meneses, esclareceu que a ação reforça a posição da Associação diante da persistente situação de concorrência desleal provocada pelo desvio de finalidade do papel imune.

Chamando seus associados a assumirem uma postura ativa em favor da legalidade e das boas práticas, a ANDIPA pretende criar um movimento de conscientização e valorização das empresas sérias do mercado de papel.

Veja a integra do documento a seguir

Um manifesto pela legalidade

ANDIPA chama distribuidor de papel a expor seu compromisso com as melhores práticas

O mercado de papel sofreu profundas transformações, desde a fundação da ANDIPA em 2001 Duas décadas depois, os perfis das publicações, dos impressos e dos consumidores são bem diferentes, assim como o número e o tamanho dos fornecedores de papéis e da indústria gráfica. Apesar das mudanças, há temas que continuam sendo desafio e oportunidade de melhoria O maior deles é o combate aos ilícitos, que corroem margens e desestabilizam o mercado

Já não basta às empresas idôneas cumprir rigorosamente suas obrigações, elas são convidadas a se posicionar em favor da legalidade, das boas práticas e da livre concorrência Como membro da ANDIPA, cada associada já é exemplo e referência observada por todos A consciência deste fato deve aumentar a responsabilidade e o compromisso de cada um com a qualidade e o futuro do mercado de distribuição de papel

Em maior ou menor grau, todos os setores econômicos e produtivos sofrem com práticas desleais, que burlam leis buscando converter em vantagem um custo inerente à operação. Quando um mesmo produto tem tratamento tributário diferenciado conforme sua destinação, ele passa a ter um “atrativo” ao ilícito É isso o que acontece com a imunidade tributária concedida ao papel que for utilizado na impressão de livros, jornais e periódicos (CF 1988, Art 150, VI “d”)

O uso do papel imune para outros fins é fraude que acarreta sonegação fiscal e concorrência predatória, contaminando toda a cadeia setorial Ou seja, o benefício constitucional concebido para promover a cultura e fomentar a educação acaba por gerar distorções com impactos negativos diretos não só nos negócios dos distribuidores, mas de todos os segmentos do mercado do papel

Há muito tempo, o enfrentamento dos problemas decorrentes da má utilização da imunidade tributária tem exigido esforços das entidades, empresas e agentes de fiscalização. Em seus 21 anos de história a Andipa acompanhou cada iniciativa para regular e fiscalizar este mercado, atuando sempre para preservar a livre concorrência e garantir o abastecimento de papéis para a indústria gráfica nacional Neste sentido, há muito trabalho pela frente e a ANDIPA seguirá no seu lugar de protagonista, ao lado das demais entidades do setor

Tendo atingindo sua maioridade, a ANDIPA pode ousar, ir além da agenda externa e valorizar ações que revelem com nitidez a imagem da entidade e de seus associados. Por isso está propondo que seus associados assumam uma postura ativa em favor da legalidade e das boas práticas no mercado de papel

Evidentemente, não cabe à iniciativa privada a função de polícia ou de fiscalização de fornecedores e de clientes. Mas, compete a cada empresa estabelecer elevados padrões de governança e de responsabilidade e garantir que sejam cumpridos por seus funcionários e colaboradores, bem como por fornecedores e clientes Da mesma maneira, convém à ANDIPA instigar seus associados a se manifestar pela livre e leal concorrência, que se dá exclusivamente dentro da legalidade

Entrevista

Tudo em prol do livro e da leitura

Sevani Matos, presidente da CBL –Câmara Brasileira do Livro, abriu sua agenda para o NewsPaper. Na entrevista a seguir, falamos de eventos, pesquisas, cenário e desafios do mercado editorial, com uma breve apresentação das muitas atividades da entidade, fundada em 20 de setembro de 1946, com o objetivo defender e difundir o livro.

NewsPaper: A Série Histórica da Pesquisa Produção e Vendas do Setor reflete as dificuldades enfrentadas no mercado editorial na última década. Qual sua avaliação do cenário atual?

Formada em Comunicação Social, Sevani Matos fez especialização em marketing digital e MBA em Administração e Gestão de Negócios. Há mais de 20 anos atua nas áreas administrativa e comercial, tanto em empresas nacionais, quanto em multinacionais Tem experiência bastante diversificada em termos de segmentos, trabalhou para telefonia móvel, comunicação visual, em gráfica de livros e em editoras Há mais de 16 anos atua como diretora-geral na VR Editora. Ocupava o cargo de diretora na CBL e, em fevereiro deste ano, foi eleita presidente, juntamente com a nova diretoria, para compor o biênio 2023-2025

Sevani Matos: As pesquisas “Produção e Vendas" e "Conteúdo Digital" do Setor Editorial Brasileiro oferecem uma visão da indústria e permitem acompanhar as mudanças ocorridas no setor A série histórica dessas pesquisas revela a queda do mercado editorial nos últimos 17 anos, refletindo também a diminuição da base de leitores no Brasil, conforme indicado pela pesquisa "Retratos da Leitura", lançada em 2020. É extremamente difícil esperar um mercado saudável e próspero em um país que perdeu cerca de 4,6 milhões de leitores. Acreditamos que

Foto : divulgação CBL

isso seja resultado da falta de políticas públicas e de ações para a promoção da formação de leitores no Brasil. Iniciativas de incentivo à leitura são essenciais tanto para fortalecer o mercado quanto para o crescimento do nosso país Outro dado é que, ainda segundo a pesquisa, as livrarias exclusivamente virtuais foram o canal com maior participação no faturamento das editoras, somando 35,2% em 2022. Essa foi a primeira vez que elas superaram as livrarias físicas Sabemos que o número de livrarias físicas é inferior ao desejado para um país com a dimensão e diversidade cultural do Brasil. Como resultado, muitos leitores acabam recorrendo aos canais digitais, devido a essa dificuldade

No entanto, é sempre relevante ressaltar a importância das livrarias físicas. As livrarias desempenham um papel crucial na promoção da leitura, na disseminação do conhecimento e no enriquecimento cultural de uma sociedade. Elas oferecem uma experiência única e valiosa que vai além da simples compra de livros, proporcionando a oportunidade de descobrir novos títulos e autores. As livrarias físicas são espaços de convivência, descoberta, exploração e aprendizado, que incentivam o hábito da leitura e fortalecem o acesso à cultura

NP: As cadeias do papel e do livro são interligadas Como vê essa relação setorial?

Sevani Matos: É preciso manter um diálogo com as empresas de papel e cartão para que a cadeia do livro seja competitiva É fundamental que o preço de capa seja um ponto de equilíbrio no ecossistema do livro, garantindo um valor justo para editoras, livrarias, distribuidores e, claro, consumidores. A ampliação do acesso ao livro é uma premissa também importante nesse contexto.

NP: Pode comentar os projetos e iniciativas da CBL que estão em andamento?

Sevani Matos: Nossa missão é fortalecer todos os elos da cadeia produtiva do livro e promover a democratização do acesso ao livro e à leitura. Portanto, estaremos sempre mobilizados com ações e posicionamentos que visem a alcançar esse objetivo. Além do 2º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, outro grande evento que podemos destacar é a 65ª edição do Prêmio Jabuti, patrimônio cultural do país, responsável por reconhecer e divulgar a potência da produção nacional, com a valorização de cada um dos elos que formam o setor do livro. O Jabuti movimenta todo o mercado do livro, vem carregado de expectativas e sempre desperta muita atenção. São várias as etapas até a premiação, como a consulta pública para a escolha dos jurados, a escolha de Personalidade Literária, a divulgação de finalistas

E, depois, finalmente, a cerimônia de anúncio e entrega do prêmio. É bastante trabalho, mas, sem dúvida, é recompensador. E este ano a CBL criou a categoria Escritor Estreante, a fim de prestigiar quem está começando na carreira da escrita. É uma forma de democratizar o prêmio e dar visibilidade a novos talentos. Também teremos a Jornada Profissional, projeto realizado pelo Brazilian Publishers Programa de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Esse ano acontecerá pela primeira vez durante a Bienal do Livro do Rio, nos dias 30 e 31 agosto, no Lagune Hotel. A Jornada Profissional consiste na vinda de representantes de editores estrangeiros ao Brasil para sessões de matchmaking com editoras nacionais, além de uma programação de conteúdo com palestras sobre o mercado editorial E sempre que terminamos uma Bienal do Livro de SP, já começamos a preparar a próxima. Nosso objetivo é nos superar. Há sempre um cuidado em melhorar cada vez mais o evento em termos de estrutura e programação. Em breve anunciaremos novidades da próxima edição.

NP: Além do já abordado, quais outros planos e desafios para a atual gestão da CBL?

Sevani Matos: Os desafios são inúmeros e constantes. Eu destacaria a manutenção da imunidade tributária do livro como nosso principal desafio hoje, além da importância da implementação do Plano Nacional do Livro e Leitura e a aprovação da Lei do Preço Fixo (Lei Cortez). Tivemos uma grande conquista este mês, com a aprovação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. As entidades do livro comemoraram o reconhecimento da importância do livro para a sociedade com o tratamento tributário estabelecido na PEC 45 e manifestaram seu apoio com uma carta assinada de maneira conjunta. Agora, esperamos que a Reforma seja definitivamente aprovada ainda este ano.

O Brasil tem uma enorme necessidade de novas livrarias em cidades de pequeno e médio porte Esse é mais um grande desafio. A abertura de novos pontos ampliaria a distribuição do livro físico para todo o país Importante também ampliar o acesso ao ebook e ao audiobook que hoje são importantes também para o setor.

Encontro vai reunir segmentos da cadeia do livro

Entre os dias 2 e 4 de agosto de 2023 será realizada a 2ª edição do Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, promovido pela Câmara Brasileiro do Livro (CBL) O evento acontecerá no Tauá Resort & Convention em Atibaia, São Paulo, e tem como tema “Livro é o que nos une”. Voltado aos profissionais da área editorial, o Encontro tem o objetivo de discutir e debater as mais recentes tendências e as novidades do mercado.

A programação contempla uma ampla variedade de temas relevantes, como design gráfico, marketing editorial, estratégias de vendas, gestão de projetos, tecnologia digital, inteligência artificial, entre outros Os participantes poderão conferir palestras ministradas por profissionais nacionais e internacionais de diversas áreas, participar de workshops interativos e estabelecer contatos profissionais

“Esse Encontro é uma grande oportunidade para que os diversos segmentos do nosso setor possam estar juntos e debater com profundidade os desafios e as oportunidades do mercado editorial”, informou Sevani Matos, presidente da CBL Além de debater as tendências e novidades do mercado, ela ressalta que serão discutidos temas em destaque no nosso país e no mundo, como a Reforma Tributária, a Lei Cortez, a Inteligência Artificial e a censura de livros, “um movimento que, infelizmente, tem avançado em vários países do mundo”.

As inscrições podem ser realizadas na plataforma Sympla, onde também podem ser consultadas informações e programação completa

https://www sympla com br/evento/enco ntro-de-editores- livreiros-distribuidorese-graficos-2023/1875787

Desempenho do mercado editorial

Em 2022, as editoras registraram R$ 4,1 bilhões de faturamento nas vendas ao mercado, o que representa queda acumulada de 40%, em termos reais (descontada a inflação do período) desde 2006. Os números constam na série histórica da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, coordenada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com apuração da Nielsen BookData.

O relatório considera o desempenho real das editoras nos últimos 17 anos em quatro subsetores: Obras Gerais, Didáticos, Religiosos e CTP (Científicos, Técnicos e Profissionais). Em 2022, último ano da série histórica, o mercado editorial registrou retração real no faturamento de 3%, na comparação com 2021, quando consideradas apenas as vendas das editoras ao mercado.

Print Paper

Asériehistóricafoidivulgadaem15dejunho. Apesquisacompletapodeserconsultadano portaldaCBLoudiretamentenolink https://conteudocblservicosorgbr/pesquisas2022-serie-historica

A ANDIPA prestigiou o Print Paper, evento realizado nas manhãs dos dias 4 e 5 de julho, na sede da Abigraf em São Paulo. Mais de 100 pessoas comparecem para as palestras com especialistas do mercado de embalagens e rótulos em papel.

Associados participam da FuturePrint

Na edição deste ano, a FuturePrint recebeu mais de 40 mil visitantes, de 15 países para conhecer as novidades das mais de 600 marcas de 10 nações diferentes, entre elas, Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Japão, China, Índia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos e Áustria.

O evento, que se apresenta como a maior feira da América Latina para os segmentos de serigrafia, sublimação, comunicação visual e impressão digital têxtil, aconteceu entre os dias 12 e 15 de julho, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Além dos estandes, foram realizados grupos de formação, como o Fórum FuturePrint, Sublimação em Ação, Serigrafia em Ação e Talks FutureTêxtil, pelos quais passaram 37 palestrantes durante os quatro dias de evento

Valorizando o desenvolvimento sustentável do mercado, a FuturePrint apostou em iniciativas para implementar medidas como a reutilização de carpetes, práticas de eficiência energética, produção de materiais impressos somente em papéis com certificação FSC, suporte a pequenos empreendedores e mitigação da geração de resíduos. Para incentivar essas práticas, a feira entregou o Prêmio Estande Sustentável a oito expositores

Distribuidores de papel participaram do evento em estande próprio ou compartilhado, ou ainda, como visitantes.

Das empresas associadas a ANDIPA, a ABC Distribuidora estava entre as expositoras.

A cobertura da edição contou com a presença de mais de 100 jornalistas de diversos veículos de imprensa. A próxima edição, a 32ª FuturePrint, ocorrerá de 10 a 13 de julho de 2024, e o local será mantido no Expo Center Norte

Foto : divulgação ABC

Logística reversa na indústria gráfica

Muitos negócios, cases e projetos ocuparam os estandes e os corredores da FuturePrint.

Um deles é o de logística reversa implantado pela Fator Gráfico, empresa situada na cidade de São Paulo. Além de dar destinação adequada aos resíduos dos seus processos, a empresa incentiva os clientes a fazerem o mesmo, convertendo o material coletado em descontos. A Fator retira os papéis para reciclagem, faz a pesagem e entrega à recicladora, devidamente homologada conforme estabelece a legislação.

Os créditos podem ser acumulados e abatidos em serviços pelo período de até 45 dias. A empresa também adota outras práticas sustentáveis, como a utilização de tinta à base de óleo vegetal e de chapa ecológica para o processo de gravação térmica, que não exige processamento químico. Por isso, reduz a poluição na rede de saneamento público e elimina a necessidade de água potável para limpeza. A tinta utilizada para impressão é a base de óleo vegetal e não mineral.

Embalagem de Papel, a escolha natural

O tema “Tecnologia e inovação a serviço da sustentabilidade” deu o tom do webinar “Embalagem de Papel, a escolha natural”, que contou com palestras de especialistas do Brasil e da Europa sobre novas tendências para embalagens de papel e papelão ondulado, além de cases do setor O evento foi promovido em parceria pela Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Two Sides. Conforme programação, tiveram apresentações de cases e palestras sobre a percepção dos consumidores europeus e norte-americanos sobre as embalagens de papel e o sistema de embalagem com responsabilidade ambiental Realizada no dia 29 de junho, a terceira edição do evento contou com uma rede de 35 apoiadores, entre eles a ANDIPA.

Com cerca de 450 participantes simultâneos, um público estimado 10% maior que na edição anterior, o evento trouxe o tema das embalagens para a esfera ambiental. Quem perdeu o evento ao vivo, pode ver a gravação na íntegra que está disponível no canal do YouTube de Two Sides Brasil ou direto no link https://youtu.be/hA-0M5eyHC8

Prêmio reconhece os melhores trabalhos gráficos

Com a cerimônia realizada no dia 23 de junho, a indústria gráfica paulista conheceu seus destaques, ganhadores do 4º Prêmio Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metzler.

Criado pela Abigraf Regional São Paulo, o prêmio contempla 33 categorias Em sua

4ªedição,teve210produtosinscritospor 47empresasdossegmentospromocional, editorial,rótulos/etiquetas,embalagense comercial.

Maisde250empresárioseprofissionaisde todooestadosereuniramnoauditóriodo SenaiTheobaldoDeNigrisparaacompanhar oevento.EdnaSouza,assistentedaadministrativa,representouaANDIPAnapremiação,quecontoucomapresençadoPresidentedaAbigrafNacional,Sr.JuliãoFlaves Gaúna,eoPresidentedaAbigrafRegional SãoPaulo,Sr JoãoScortecci,alémde membrosdaDiretoriaExecutivadaentidade

Imagem: reprodução

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OpresidentedoConselhoDiretordaANDIPA,Italo AguiarBezerradeMeneses,foioentrevistado programaImpressõesdaTVAbigraf,veiculadono canaldoYouTubedaAssociaçãoBrasileirada IndústriaGráfica(AbigrafNacional).Aapresentadora KellyFaécomandouaentrevistaparaoepisódio29 quefoiaoarnodia13dejulho.Noencontro,elefalou desuatrajetóriaatéchegaràpresidênciadaANDIPA, dasaçõesdaentidadeesobreomercadodepapel Acompanhepelohttps://youtu.be/BQiWX3jrAh4

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O outro projeto se chama o “Seu Negócio Começa Aí” que é uma derivação do anterior, no qual a Rymo sai da sua sede em Manaus e vai até as principais cidades da região norte levando conhecimento técnico para as pessoas e empresas.

Nestes eventos são promovidos workshops e palestras, mostrando o que há de oportunidades no mercado, como começar o seu negócio e como atuar nos principais segmentos como sublimação, comunicação visual e artes gráficas

Este espaço é reservado para publicação de notícias e informações dos distribuidores associados ANDIPA.

* Conteúdo de responsabilidade da empresa.

A importância da saúde financeira

Por Lucas Escobar Zafra

A cadeia do Papel no Brasil é dinâmica e altamente competitiva, de forma que as empresas buscam constantemente melhorar sua eficiência e produtividade Para isso, precisam estar atentas à saúde financeira No entanto, muitas vezes negligencia-se um fator essencial para o sucesso: a saúde financeira dos funcionários

As pessoas, assim como empresas saudáveis têm melhores resultados. A saúde financeira dos funcionários desempenha um papel significativo em sua produtividade no ambiente de trabalho Funcionários preocupados com problemas financeiros tendem a ter altos níveis de estresse, distração e insatisfação Por outro lado, funcionários com uma base financeira sólida estão mais propensos a se concentrar em suas tarefas, tomar decisões mais assertivas e ter maior motivação para atingir metas e objetivos, como foi colocado na pesquisa da Febraban sobre Índice de Saúde Financeira

A instabilidade financeira pode levar os funcionários a faltarem ao trabalho com mais frequência, seja devido a problemas de saúde relacionados ao estresse financeiro ou à necessidade de encontrar fontes adicionais de renda ou até mesmo buscando outras oportunidades de emprego. Ao investir na saúde financeira dos colaboradores, as empresas podem reduzir as faltas e melhorar a taxa de retenção de talentos, pois funcionários financeiramente estáveis tendem a se sentir mais engajados e satisfeitos com sua posição

As empresas do ramo do papel no Brasil podem adotar medidas práticas para promover a saúde financeira de seus funcionários. A implementação de programas de educação financeira, como workshops ou palestras, pode ajudar os colaboradores a adquirir conhecimentos sobre orçamentação, investimentos, dívidas e planejamento financeiro.

Outra estratégia para apoiar a saúde financeira dos funcionários é estabelecer parcerias com instituições financeiras

Foto : divulgação

Essas parcerias podem fornecer serviços bancários, planos de previdência, seguros e outros benefícios financeiros que ajudam os colaboradores a gerenciar suas finanças Ao oferecer essas soluções, as empresas demonstram preocupação com o bem-estar dos funcionários e contribuem para o fortalecimento da equipe

No meu dia a dia, tenho a missão de trazer soluções condizentes com as necessidades específicas das empresas e pessoas. Isso inclui o fornecimento de crédito para impulsionar o crescimento, seguros, o trabalho no fluxo de caixa, capital de giro e operações de câmbio para importação e exportação. No entanto, é fundamental reconhecer que uma empresa é composta por pessoas.

Terbalançossaudáveisnãoé suficienteparagarantiro sucessodeumaempresaÉ essencialbuscarcolaboradores engajadoscomofuturodo negócio,queestejamfocados esejamresilientes,especialmentenosmomentosdecrise Asempresasdevemse esforçarparacriarum ambienteondeos colaboradorestenhama oportunidadedecrescer juntocomaorganização, permitindoqueelesalcancem seusobjetivospessoais enquantocontribuemparao sucessocoletivo.

Dessaforma,promove-seum ciclovirtuosodeprosperidade mútua,ondeasaúdefinanceira daempresaeodesenvolvimentodoscolaboradorescaminham juntos,impulsionandoocrescimentosustentávelearealizaçãodemetasemlongoprazo

Artigolivre

O mercado de papel no Brasil é altamente competitivo, e além de buscar a própria saúde financeira, as empresas devem reconhecer a importância das finanças dos funcionários como um fator crítico para o sucesso organizacional. Investir na saúde financeira dos colaboradores resulta em benefícios, como maior produtividade, maior assiduidade, retenção de talentos e um ambiente de trabalho mais criativo e inovador

Ao adotar programas de educação financeira e estabelecer parcerias com instituições financeiras, as empresas têm a oportunidade de fazer a diferença na vida dos funcionários e, ao mesmo tempo, fortalecer sua posição no mercado.

Fontes

PesquisadeSaúdeFinanceiradosFuncionáriosBrasileiros 2021,realizadopeloInstitutoLocomotivaepelaFederação BrasileiradeBancos(Febraban)

"TheImpactofEmployeeFinancialStressonYourBusiness", WhitePaperdaPwC

"EmployeeFinancialWellnessSurvey",relatórioda PricewaterhouseCoopers(PwC)

"TheConnectionBetweenEmployeeFinancialWellnessand CompanyPerformance",relatóriodaSocietyforHuman ResourceManagement(SHRM)

"FinancialWell-being:TheCatalystforaProductiveWorkforce", relatóriodaMercer

*Lucas Escobar Zafra

Assessor de Negócios e Soluções Financeiras da Arpoz, formado em Administração pela FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), com Certificações CEA Anbima e de Agente Autônomo de Investimentos ANCORD e com experiência em multinacionais e mercado de Seguros Em 2019 tornou-se empreendedor, integrando a equipe da Arpoz, empresa do Mercado Financeiro

Importação mantém crescimento no ano

As importações gerais de papéis no primeiro semestre deste ano cresceram 9,2% em comparação com o período do ano passado Dentre os tipos de papéis mais vendidos pelos distribuidores, cartão, MWC e ofsete tiveram crescimentos mais expressivos, enquanto segmentos como jornais e cuchê registraram queda em relação às importações no primeiro semestre de 2022. Os dados foram apurados no Portal Comex Stat, o sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro do Siscomex

Entre janeiro e junho de 2023, o Portal registrou a importação de 253,2 mil toneladas no Capítulo 48 do Sistema Harmonizado (SH) da classificação de mercadorias, que engloba produtos de papel e cartão divididos em 261 diferentes Nomenclaturas Comum do Mercosul (NCMs). No primeiro semestre de 2022, foram importadas 231,9 mil toneladas, volume que corresponde a queda de 21% sobre as 321,5 mil toneladas que entraram no país no mesmo período de 2021.

Da cesta de itens acompanhada pela ANDIPA, o MWC segue como principal tipo e com maior

volume, seguido de perto pelo cartão. Pelos dados anotados no sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro, de janeiro a junho deste ano foram importadas 40,7 mil toneladas na NCM 4810 29 90, que corresponde ao MWC. O aumento foi de 21% na comparação com as 33,6 mil toneladas internalizadas no primeiro semestre de 2022. Nos primeiros seis meses de 2021 desembarcaram no país 35 mil toneladas de MWC.

O papel cartão, classificado exclusivamente na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) 4810.92.90, totalizou 39,7 mil toneladas em 2023, no primeiro semestre O volume representa um aumento de 79% sobre as 22,2 mil toneladas do mesmo período de 2022 e de 29% na comparação com as 30,9 mil toneladas apuradas entre janeiro e junho de 2021.

No grupo dos papéis ofsete (NCMs 4802.55.92, 4802.55.99 e 4802 57 99), as importações praticamente voltaram ao patamar de 2019 de 6,4 mil toneladas no primeiro semestre Com a pandemia, nos anos seguintes, as entradas destes

Estatísticas

papéisdiminuíramdrasticamente,conforme osdadosdoportalComexStat.

Desdeentão,osdesembarquesdestes papéisnaprimeirametadedoanocaíram sucessivamenteatéchegarema0,8mil toneladaem2022 Oritmoseguiulentoaté junhodesteano,mêsnoqualentraram3,3 miltoneladas,maisdametadedas6,1mil toneladascomputadasnosemestre

OfornecimentodeLWC(NCM4810.22.90) estrangeiroquejáerabaixo,praticamente desapareceunosúltimostrêsanos.De

4,5 mil toneladas no primeiro semestre de 2019, as importações de LWC caíram até praticamente zerar e ressurgir

Neste ano, o sistema oficial de registros anotou apenas 644 toneladas entre janeiro e junho de 2023. Entre os papéis cortados (cut size), enquadrados nas NCMs 4802 56 10 e 4802 56 99, as importações totalizaram 3 mil toneladas nos seis meses deste ano, contra 2,2 mil toneladas nos mesmos messes de 2022 e 3,9 mil toneladas em igual comparativo de 2021

Fonte: Comex Stat / MDIC Elaboração: ANDIPA

Exceções: caem entradas cuchê e jornal

Tradicionalmente um dos principais itens da importação do setor no Brasil, o papel revestido (cuchê) teve queda de 15% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior Os desembarques destes papéis (considerando exclusivamente as NCMs 4810.13.89, 4810.13.99, 4810.19.89 e 4810.19.99) somaram 16,3 mil toneladas entre os meses de janeiro e junho deste ano, e 19,2 mil toneladas no mesmo período de 2022

O portal de comércio exterior aponta ainda que, nos seis primeiros meses do ano, o desembarque de papel jornal (NCMs 4801.00.30 e 4801.00.90) caiu de 10,3 mil toneladas em 2022 para 6,6 mil toneladas em 2023

Autocopiativo: importação e exportação

Dentre os tipos de papéis comercializados e importados pelos distribuidores está o autocopiativo. Os dados do comércio exterior mostram tendência de retração neste segmento Conforme os números do sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro do Siscomex, Comex Stat, tanto a importação quanto a exportação destes papéis diminuíram nos últimos anos Os dados correspondem às movimentações registradas nas NCMs 4809 20 00 e 4809 90 00

De janeiro a junho deste ano foram exportadas 2 mil toneladas destes papéis, volume 62,5% menor do que as 5,4 mil toneladas anotadas no primeiro semestre de 2018 No mesmo período de 2019 e de 2020, os embarques ao exterior

destes dois itens somaram 4,6 mil toneladas Depois de repetir 5,4 mil toneladas em 2021, as exportações de autocopiativo caíram a 3,2 mil toneladas no primeiro semestre do ano passado

Pelo lado das importações a balança fica ainda mais desequilibrada. Conforme o sistema brasileiro de consultas, considerando os registros dos seus primeiros meses de cada ano, as importações de autocopiativo caíram 75% nos últimos seis anos. Partindo de 0,8 mil toneladas em 2018, os volumes seguiram em queda, chegando em 2021 com 0,3 mil toneladas no primeiro semestre No primeiro semestre de 2022, recuou mais um pouco para 0,2 mil toneladas, volume igual ao apurado em 2023.

Números do mercado de imprimir e escrever

A produção de papéis para imprimir e escrever (I&E) somou 880 mil toneladas nos cinco primeiros meses de 2023, o que equivale a queda de 3,7% sobre as 914 mil toneladas do mesmo período de 2022. Na comparação com 2021, a redução foi de 7,5%, ante as 951 mil toneladas apuradas de janeiro a maio, conforme registrado nas edições 39 e 51 do boletim Dados Papel, da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) Do total produzido pelos fabricantes nacionais neste ano, 464 mil toneladas de papéis para

impressão e escrita foram vendidas ao mercado doméstico. O volume de 2023 mostra queda de 13,1% na venda interna, frente as 534 mil toneladas ofertadas internamente nos cinco primeiros meses de 2022 Os embarques para o exterior também recuaram nos meses analisados Segundo o informe estatístico da IBÁ, de janeiro a maio as exportações brasileiras somaram 312 mil toneladas neste ano, recuo de 15,4% diante das 369 mil toneladas do de igual período de 2022.

Fonte: Dados Papel - IBÁ - edições 39 e 51

Em I&E, apenas as importações tiveram crescimento neste ano em comparação com 2022. Entre janeiro e maio foram importadas 49 mil toneladas em 2023, 19,5% a mais do que as 41 mil toneladas apuradas em 2022 No entanto, as entradas destes papéis neste ano caíram 15,5% frente as 58 mil toneladas de igual período de 2021

Todos os tipos

No geral, a produção de papéis para todos os fins diminuiu 2,1%, foram 4,4 milhões de toneladas nos meses de janeiro a maio deste ano ante as 4,5 milhões de toneladas de igual período de 2022. Do total produzido, 2,1 milhões de toneladas foram destinadas à venda doméstica, volume que diminuiu 5,2% na comparação com o ano passado.

Na fatia de exportação, a redução foi de 18,6% de um ano para o outro. Conforme o boletim da Ibá, neste ano até maio, foram exportadas 874 mil toneladas de papéis para todos os fins. Nos mesmos meses de 2022 os embarques passaram de um milhão de toneladas

Na contramão, as importações de papéis em geral aumentaram 10,4% no período, saltando de 193 mil toneladas para 213 mil toneladas.

A publicação reúne os números de mensais e o acumulado do ano referentes à produção, vendas domésticas, exportação e importação. Os dados são divididos em seis categorias: Embalagem; Imprimir e Escrever (I&E); Imprensa (jornal), Sanitários, Cartões e Outros. Olhando para os demais segmentos, os resultados negativos se repetiram e apenas os papéis do tipo sanitários apresentaram crescimento em todos os parâmetros, neste ano em relação ao mesmo período de 2022

Considerando todas as linhas, o consumo aparente de papéis no Brasil cresceu 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, lembrando que o indicador é o resultado da soma da produção e da importação, descontando o total exportado no período.

O processo de reciclagem do papel começa com você. O papel usado deve ser descartado corretamente para ser reciclado.

Um dos principais atributos ambientais do papel é que ele pode ser facilmente reciclado e utilizado para a fabricação de novos produtos De fato, o papel é um dos materiais mais reciclados em todo o mundo.

O papel reciclado é uma importante matéria-prima para a indústria papeleira No Brasil 67% de todo o papel usado é reciclado Quando se trata de embalagens de papel, cartão e papelão, a taxa de reciclagem é ainda maior – 80% e 70% das embalagens de papelão ondulado são feitas com fibra reciclada

C o l u n a T w o S i d e s

O papel é um dos produtos mais reciclados do mundo!

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As árvores para extração de celulose são cultivadas de acordo com os mais rigorosos métodos, com o objetivo de alcançar a mais alta produtividade e garantir a proteção ambiental. Isso é demonstrado pelo fato de que todas os cultivos de árvores para extração de celulose no Brasil são certificados FSC ou PEFC. Estas São organizações internacionais e independentes que verificam a cadeia produtiva das árvores e atestam seu manejo adequado em relação aos impactos sociais e ambientais.

Para manter a qualidade, é importante que o papel seja coletado separadamente dos demais materiais. Durante o processo de reciclagem, é necessário remover contaminantes e, às vezes, também resíduos de tinta. A matéria-prima resultante pode ser utilizada para produzir papel 100% reciclado ou misturado com fibra virgem, dependendo das características de qualidade exigidas.

Tanto a fibra reciclada quanto a fibra virgem oferecem benefícios. Mas é importante ressaltar que não é possível produzir papel, papelão ou papelão ondulado apenas a partir de materiais reciclados.

Uma fibra pode ser reciclada várias vezes, mas não indefinidamente. A reciclagem de papel precisa incorporar uma certa quantidade de novas fibras, porque a celulose se deteriora toda vez que é reciclada. Além disso, diferentes tipos de papel exigem fibras virgens em sua composição para alcançar as propriedades técnicas certas. Finalmente, às vezes não há papel reciclável de boa qualidade em quantidade suficiente para atender à demanda. Aproximadamente 22% do papel utilizado não pode ser coletado ou reciclado. Em suma, papel, cartão e papelão ondulado são produzidos com matéria-prima sustentável e renovável, seja a partir de árvores cultivadas ou de fibras recicladas.

Dessa forma, o setor de papel e celulose está muito comprometido com o conceito de Economia Circular. A fibra reciclada não existiria se a fibra virgem não fosse colhida, pois a demanda da sociedade por produtos de papel de impressão e embalagem não poderia ser atendida sem ambos. Para a produção de polpa virgem é necessário plantar árvores continuamente, o que ajuda a reduzir o efeito estufa.

Papel não é lixo Recicle!

Equipe Two Sides

TwoSideséumaorganizaçãoglobal,semfinslucrativos,criadanaEuropaem2008pormembrosdasindústriasde baseflorestal,celulose,papel,cartãoecomunicaçãoimpressa.TwoSidesestimulaaproduçãoeousoconscientes dopapel,daimpressãoedasembalagensdepapel,bemcomoesclareceequívocoscomunssobreosimpactos ambientaisdautilizaçãodessesrecursos.Papel,cartãoepapelãosãoprovenientesdeflorestascultivadase gerenciadasdeformasustentável.Alémdisso,sãorecicláveisebiodegradáveis.

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