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EDIÇÃO. 08

rtium

ESPECIAL

LUCA MAZZANTI FUNDADOR E PROPRIETÁRIO DA

MAZZANTI AUTOMOBILI

ARQUITETURA E DECORAÇÃO Especial Arquitetura Mexicana

José Palomar

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ÍNDICE

Í N D I C E

ARQUITETURA E DECORAÇÃO Especial Arquitetura Mexicana José Palomar

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ESPECIAL Luca Mazzanti

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ENTREVISTA Isauro Ali

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Capa: Luca Mazzanti Foto: Arquivo pessoal 10


EDITORIAL

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Diretor de redação Mihail Dudcoschi revistaartium@gmail.com

Distribuição RM Editores Periodicidade Bimestral

Comercial RM EDITORES

Impressão e acabamento RM Editores

Projeto gráfico Mihail Dudcoschi

Assessoria jurídica Dr. Manoel Francisco Martins de Paula Telefone: (41) 3323-41-94

Diagramação RM EDITORES Assessoria Cristina Moreira

Revista Artium é editada pela RM Editores Rua: Leônidas Xavier de Freitas, 183 casa 02 Bairro: Pilarzinho CEP 82.115-040 Curitiba - Paraná (41) 3335-84-24 Celular (41) 9-9265-29-32 www.revistaartium.com.br revistaartium@gmail.com

Revisão Regina Machado Fotografia Carla Z. Segatto

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DA VISTA

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MISSÃO

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DO SOL

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CONHECIDO

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HOSTEL

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DA LUZ

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GALLA

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Na suíte Master a iluminação em um plafon âmbar faz o ambiente inteiro se aquecer. A cabeceira alta em tecido perolado e molduras em preto faz deste espaço um verdadeiro recanto de reis e rainhas. A roupa de cama com tons dourados e bem estruturada fecha o espaço.

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No banheiro da suíte notar a cuba dupla toda esculpida em marmore bronze armani e ao fundo o box de vidro champagne e puxadores diferenciados.

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AECIA

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AS CONTRY

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TORRES

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E DE BRAVO

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ESPECIAL ARQUITETURA

MEXICANA JOSÉ PALOMAR projetos de desenvolvimentos ecológicos, tais como:

Arquitetura alternativa é uma empresa dedicada à concepção e construção, fundada em 2002 pelo arquiteto José Palomar Romo, que nasceu em Guadalajara, Jalisco, em 1967, estudou uma licenciatura em arquitetura, especializando-se em Eco-técnias e urbanismo no Instituto Tecnológico de estudos Superiores de Ocidente (ITESO), que conclui os seus estudos profissionais no ano de 1992 com a conservação da tese e melhoria da imagem urbana de Tapalapa, Jalisco, México, que recebeu o prêmio nacional tese de 1992 pelo Colégio de Arquitetos do Estado de Jalisco.

Ecológica comunidade “Ressaca”, localizado em Guadalajara, Jalisco, México. Hotel & Spa “Mision del Sol” Cuernavaca, Morelos, México. Holística & Resort Spa “Hostal de la Luz” construído na cidade de Amatlán, município de Tepoztlán, Morelos, México. “Gallaecia” sala de reuniões para 600 pessoas, Tepoztlan, Morelos, México.

Ainda sendo uma empresa jovem, que nasceu com uma longa jornada de aprendizagem e um grande compromisso social para preservar tanto quanto possível nosso ambiente, para que tenha sido preparado, tanto no nível acadêmico, tendo cursos de graduação em design e meio ambiente e profissionalmente envolvido em vários

“Portal Visão” holística & Resort Spa, Cuernavaca, Morelos, México. “Palmas Hacienda San Gabriel de las Puente de Ixtla, Morelos, México. Além de vários edifícios residenciais em 74


de residência, além da observação do meio onde ele vai construir sua casa, dá origem à arquitetura natural. Cada país tem sua própria arquitetura natural porque o clima e os materiais são únicos em cada região. No México, você pode ver como a arquitetura da montanha e a da praia é diferente. No entanto, ao longo da história do nosso país e sua arquitetura, você pode ver grandes influências arquitetônicas, como ocorre com a invasão espanhola durante o século XV, veio com ela o uso de novos materiais e ferramentas que ajudaram na evolução da arquitetura natural no México, para o qual considero que o design dos meus projetos de casas naturais é um sincretismo da arquitetura pré-hispânica com arquitetura espanhola, sempre com uma linguagem contemporânea que contribui com técnicas e materiais que ajudam a melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. E que não prejudicam o meio ambiente.

Cidade do México, Cancun Q.R. Acapulco, Gro. Malinalco, Estado de México, Tepoztlan, Morelos. Saúde para o corpo, a paz do espírito, harmonia com o ambiente: estas são as abordagens conceituais de arquitetura alternativa. “Arquitetura é arte é o espaço expressivo delimitado por elementos de construção para abrigar o ser humano”.

ENTREVISTA Artium: De onde vem esse design das casas, é natural do México ou tem influência espanhola, maya, asteca ou inca? José Palomar: O design das casas naturais é remoto da era pré-histórica, a primeira necessidade era comer, sendo a segunda se proteger no meio ambiente, como também dos predadores, desta necessidade vital nasceu à arquitetura. As primeiras casas naturais do mundo eram as cavernas, que com o passar do tempo foram evoluindo, até a descoberta do uso do próprio meio ambiente como matéria-prima para a construção, formando os primeiros adobes (Tijolos de terra secados ao sol). As pedras, a madeira, a palmeira, a palha, etc. são materiais que, de acordo com a região e o meio ambiente, foram adotados para a construção. Além disso, a observação do ambiente para localizar a sua casa no melhor lugar para que elas não sofressem danos com a chuva, árvores, rios, e com orientação solar para que suas casas não ficassem muito frias ou muito quentes, e também o cuidado com as montanhas próximas para que suas casas não sejam destruídas em caso de deslizamento de terra, etc. A necessidade de criar um espaço para proteger o ser humano do meio onde vive, usando materiais naturais oferecidos pelo seu local

É possível dizer que, no México, uma grande parte dos edifícios históricos e vernáculos funcionam de acordo com os princípios da sustentabilidade, no tempo em que as possibilidades de atmosfera artificial eram escassas ou muito caras. As janelas para o sul em climas frios, o uso de certos materiais com determinadas propriedades térmicas, como a madeira ou adobe, solo abrigo, habitação calagem ou o traço das aldeias não são aleatórias, mas desempenham uma função específica, com base em teste e erro, os projetos foram otimizados para um ambiente específico. A atual arquitetura sustentável tem seus antecedentes. Em 1976 surgiu o conceito de eco-desenvolvimento. Como consequência da crise do petróleo, uma nova visão global. Problemas ambientais e energéticos são os problemas do futuro. Desenvolvimento como possibilidade, mas sempre cuidando dos recursos. Em 1992, a Cúpula da Terra foi realizada no Rio de Ja-

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neiro, onde o conceito de desenvolvimento sustentável é apresentado. Arquitetura sustentável entende o organismo como um edifício vivo. Como qualquer organismo vivo, ele consome recursos e produzem resíduos. Tem uma relação entre o exterior e o interior através da pele. A natureza desse relacionamento determinará a eficiência do prédio.

Algumas décadas atrás, as pessoas tomaram conhecimento da importância da habitação para o desenvolvimento humano. Não é suficiente ter um abrigo, mas deve ser saudável e confortável. No entanto, a construção moderna foi lançada em produtividade sem valorizar a enorme quantidade de venenos ambientais sob a forma de substâncias voláteis, materiais cancerígenos, espaços não ventilados e energia desperdiçada. Para piorar as coisas, o setor de construção tomou as rédeas da economia no México nas últimas décadas com poucos escrúpulos sobre critérios ambientais. A economia do tijolo foi baseada no tempo, na mão de obra barata e na irracionalidade da construção barata, com materiais de baixa qualidade para obter o máximo benefício.

Artium: Ao projetar uma casa baseia-se na família, e quando é um hotel? José Palomar: Basicamente, é o mesmo princípio: criar um espaço que proteja o ser humano do seu entorno e das inclemências do tempo, isto é: criar um refúgio bonito e funcional e que não prejudique o meio ambiente, além de estar integrado a seu ambiente usando materiais da região e proporções apropriadas. A diferença em um hotel é que o ser humano que o habita será temporário, porque é um refúgio de passagem ou descanso para o que é procurado é alcançar o máximo de conforto na sala, destacar os aspectos visuais do meio ambiente e gerar com ele uma paz interior que convida o resto. Ou seja, criar um abrigo temporário de descanso para a alma.

Diante dessa epidemia social é a arquitetura alternativa e os critérios verdes, a arquitetura projetada para construir casas saudáveis, com materiais ecológicos, renováveis, aquecidos por energia solar, geotérmica e naturalmente iluminado. Moradias que coexistem com espaços vegetais. A água da chuva é reutilizada. Construção com critérios ecológicos é a melhor opção para tornar a casa menos agressiva para o meio ambiente e mais saudável para os nossos entes queridos.

Artium: O que é arquitetura alternativa para você?

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José Palomar: arquitetura alternativa busca englobar construção ecológica, ou construção sustentável refere-se a estruturas ou processos de construção que são responsáveis ​​pelo meio ambiente e ocupam eficientemente recursos ao longo do tempo de vida de uma construção. Este tipo de construção procura evitar e, em alguns casos, livrar-se da poluição ambiental. Dentro da construção ecológica encontramos a arquitetura bioclimática, focada na otimização do uso de energia através da adaptação de edifícios às condições climáticas de seu meio ambiente.

Arquitetura e sustentabilidade são dois elementos que não estão em conflito, pelo contrário, quanto mais respeitamos o ambiente em que a habitabilidade do ser humano está inserida, mais em harmonia estaremos com a natureza e nós mesmos. Mas agimos de forma adversa, devastamos, destruímos, contaminamos e limitamos, o mesmo ser humano a espaços confinados e miseráveis, desta vez o argumento para a reflexão e que todos nós nos preocupamos é com a sustentabilidade na arquitetura.

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Artium: A arte na arquitetura?


José Palomar: Encontramos a arquitetura como uma arte visual bonita que intervém, bem como o tempo e o espaço tridimensional em sua aparência para formar e colorir.

Na arquitetura, arte e técnica se combinam para projetar, construir e decorar edifícios, criando espaços baseados na vida humana, tornando-os presentes na convivência e presença de emoções, sentimentos e ideias dentro dele. Eles são edifícios criativos que são duradouros e agradáveis ​​aos olhos, capazes de incitar um cliente convencional.

Dentro das chamadas Artes das Artes, a arquitetura é uma escolha de gosto de cada pessoa por suas atividades, relacionamentos sociais e familiares.

Artium: Arquitetura de casa ou decoração o que você mais gosta?

A arquitetura consiste em paredes, colunas, tetos e outros elementos construtívos, mas onde realmente faz sentido e pode distinguir como a arte é quando cria um espaço com a sensação de que os seres humanos podem desenvolver todos os tipos de atividades nela. O espaço arquitetônico será capaz de condicionar o comportamento físico e emocional.

José Palomar: Definitivamente a arquitetura, faço uma referência aos meus motivos de acordo com meus Mestres: “A arquitetura está além dos fatos utilitários”. A arquitetura é um fato plástico. A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico de volumes sob a luz. O seu significado e sua tarefa não é apenas refletir a construção e absorver uma função, se por função se entenda a utilidade pura e simples, a de conforto e elegância prática. A arquitetura é arte em seu sentido mais elevado, é ordem matemática, é pura teoria, completa harmonia graças à proporção exata de todas as relações: esta é a “função” da arquitetura.

Quando falamos de arte, queremos dizer um meio de expressão de ideias, emoções, experiências e sentimentos, quando nos aproximamos das belas artes, nos referimos à expressão de beleza e percepção através da visão e do auditivo. A arquitetura é classificada como uma arte visual porque exige que o senso de visão seja capaz de apreciar (estrutura, forma, cor, etc.) Le Corbusier definiu a arquitetura:

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Le Corbusier “A arquitetura está além dos fatos utilitários. A arquitetura é uma forma de expressar. A arquitetura é um jogo sábio, correto e magnífico dos volumes sob a luz. O seu significado e suas tarefas não são para renegar a construção e absorver uma função, se por função se entende do utilitário puro e simples, a de conforto, elegância e praticidade”.

“O espaço ideal deve conter elementos de magia, serenidade, encantamento e mistério, e acho que podem inspirar as mentes dos homens”. “A arquitetura é arte quando conscientemente ou inconscientemente é criada uma atmosfera de emoção estética e quando a sentimento de bem-estar”. Luis Barragán

Hoje em dia a arquitetura é considerada uma das artes devido à engenhosidade e ao grande uso da estética, necessária para criar construções harmoniosas com espaço e que são duradouras no tempo.

Por outro lado, a decoração representa um problema artístico e também outro de caráter científico e econômico; não é ape-

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nas uma questão de embelezamento, mas também de desenvolver um plano ajustado a uma avaliação, sujeito a um propósito utilitário, confortável e acordado, em muitos casos, a um estilo ou época particular, em relação a um significado social e adequado para um senso particular de gosto. O especialista em decoração também deve saber como usar todos os princípios de linha e forma, de proporção escala, equilíbrio e disposição, e deve possuir um sentimento de cor, conhecer suas qualidades psicofísicas e as da luz e textura.

e

Eles são definitivamente duas profissões muito diferentes, mas elas se complementam. Portanto, eu gosto de trabalhar ambos.

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que os seres humanos são uma parte “pensante” da biosfera. A base do design ecológico é a observação cuidadosa do terreno e dos ecossistemas dos quais faz parte. A “leitura da paisagem”, executada de forma sistêmica e holística, é uma ferramenta chave no projeto da arquitetura alternativa. O estabelecimento de um plano base (que se refere apenas a uma análise dos elementos presentes no sistema antes de iniciar qualquer interferência) pode ser uma referência útil ao uso anterior da terra, análise da flora e fauna existente, planos topográficos e fotos aéreas, histórias e histórias dos aldeões, testes e análise do solo, etc. a fim de projetar um projeto sustentável, deve ser realizada uma análise aprofundada dos objetivos e propostas do projeto. Isto é o que se refere à arquitetura alternativa como conselho ecológico.

Artium: Arquitetura e meio ambiente como conciliar? José Palomar: A arquitetura e a sustentabilidade são dois elementos que não estão em conflito, pelo contrário, quanto mais respeitamos o ambiente em que a habitabilidade do ser humano está inserida, mais em harmonia estaremos com a natureza e nós mesmos.

Existe uma tendência para querer saltar este importante passo, para começar desde o início com um design “real”. Desta forma, começa-se a trabalhar de forma apressada e pouco consciente. No desenvolvimento de um trabalho convencional na maioria dos casos, não há trabalho prévio de observação, pesquisa e análise dos objetivos.

Mas agimos de forma adversa, devastamos, destruímos, contaminamos e limitamos o mesmo ser humano a espaços confinados e miseráveis, desta vez o caso da reflexão e que todos nos preocupamos é a sustentabilidade na arquitetura. co?

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Artium: Como é o conselho ecológi-

José Palomar Romo Diretor Arquitetura alternativa Abraham Zepeda # 7 Int.1 Col. Buena Vista, Cuernavaca, Mor. Tel. 777 304-0572

José Palomar: Às vezes, consultamos e consultamos projetos que desejam integrar a perspectiva da arquitetura alternativa em sua concepção e execução.

josepalomar@arquitecturalternativa.com Nosso trabalho de consultoria e design ecológico é inspirado pela filosofia de

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ESPECIAL LUCA MAZZANTI

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1DE FEVEREIRO DE 1974 A paixão de Luca Mazzanti pelo carro não teve um começo, nasceu com ele, em Pistoia, na noite do primeiro dia de fevereiro de 1974, e em seus primeiros anos, viveu no campo, adornado pelas oliveiras, entre Pistoia e Vinci.

rallyes, pelo seu pai. Este período é fundamental para Luca, porque consolida seu verdadeiro sentimento e paixão por carros, que até então era apenas algo entre fantasia e concretude própria de uma criança; as frias noites passadas esperando por ver alguns segundos de luz trazidos por carros de rallye durante as competições, transmitem emoções fortes que estão moldando e consolidando um sonho preciso.

No final dos anos 70, um jovem muito novo, Luca Mazzanti, que gostava de brincar apenas com os carros de brinquedo favoritos, é levado a ver seus primeiros

1980 - 1985 R T I U M

Durante os anos da escola primária, Luca começou suas primeiras tentativas na modificação dos carros de brinquedo com os quais ele estava brincando com os amigos. "Desmontagem e modificação" foram às palavras-chave desse jogo, a fantasia e à realidade ainda estava indo lado a lado.

Do mesmo período também são as primeiras tentativas em desenhar algo "diferente" e "inovador", mas já está claro na mente de Luca Mazzanti. A paixão pelas corridas de automóveis continuava, mas naqueles anos o "Grupo C", protagonistas das corridas de resistência como as len-

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dárias 24 horas de Le Mans, atraem Luca. Todas essas atividades diferentes, ainda percebidas como um jogo por uma criança, fortalecem a forte paixão de Luca, por carros. Neste período, ainda jovem; Luca começou a aproximar-se e ir ao ateliê do pai em Pistoia. A paixão e o hobby para as motos de trail retomam. Ele começou a

melhorar uma bicicleta trail, carros e motos, Luca estava procurando a velocidade não importa se de duas ou quatro rodas. O pai de Luca muda a oficina e sua atividade para Pontedera.

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1985 - 1986 las ruas onde os carros do “Grupo B” vão de lado, cobrindo tudo com poeira, é realmente forte. Estas são as mesmas ruas que irão inspirar Luca pelo design de seus automóveis exclusivos.

A paixão pelos carros agora está consolidada, e o advento do “Grupo B”, capaz de fazer adultos e crianças daqueles anos sonharem com essas obras-primas mecânicas, fortalece o sonho de Luca. Os circuitos de rali em cascalho foram espetaculares para Luca que nunca perdia uma etapa do campeonato mundial de “San Remo”, bem como das etapas de cascalho da Toscana, a terra de onde ele veio.

Um design suave e harmonioso, cortado por linhas fortes, como as estradas construídas nas colinas delicadas.

Luca encontra esses carros fascinantes, sua paixão “escondida”, o amor pe-

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1987 - 1988 Luca se muda com a família para Pontedera. Durante as férias de verão, ele começa a visitar e realizar pequenos trabalhos na oficina, seu local favorito para passar seu tempo livre.

Luca para a oficina, continuando a estudar. Desde então, Luca iniciou uma primeira abordagem com os diferentes carros presentes na oficina, sentindo e experimentando as diferentes configurações, e também com as primeiras unidades especiais.

Aumenta a frequência das idas de

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1990 Trabalhar em uma oficina não era o que o pai de Luca sonhava para ele, assim uma luta começa entre um pai que quer oportunidades diferentes para seu filho do que as suas próprias, e para um jovem que quer trabalhar em uma oficina, é um passo obrigatório para obter as habilidades e a capacidade para o projeto maior que ele sonhava.

forma em seguir seu sonho, apesar das discussões e dos obstáculos a serem superados todos os dias. No final do ano, Luca começa a trabalhar na empresa de restauração da Faralli, já parceira da oficina familiar. Trabalhar nestes campos complementares, mas aparentemente diferentes, é um passo fundamental para o know-how de Luca Mazzanti, que até hoje é altamente reconhecido em cada criação.

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Luca está determinado de qualquer

1991 Luca Mazzanti é uma pessoa firme, que sempre esteve interessada em motores e competições.

destruído. Este carro é um carro desportivo dos anos 60, que Luca restaura pessoalmente e exclusivamente nos fins de semana e nas noites, tornando-o seu primeiro carro.

Desafios não o assusta, assim ele compra um 850 Moretti completamente

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1992 – 1993 No final de 1992, Luca volta a trabalhar principalmente na oficina de seu pai, porém diversificando a atividade, na verdade, ele começa a especializar-se em carros de corrida, especialmente em rally.

Sua grande paixão pela velocidade empurra Luca para superar os limites e está disposto a projetar e criar veículos, para fazê-los o mais próximo possível de seus próprios estilos. No pouco tempo livre que ele tem, ele cria uma moto especial baseada em uma Ducati.

Aqui ele pode trabalhar em obras-primas que sonhava quando era criança.

1993 Luca presta serviço militar obrigatório e, durante esse período, longe da atividade da oficina, ele encontrou um tempo para terminar a restauração de seu Moretti 850.

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1994 - 1997 Nos dois anos que seguem o serviço militar, Luca volta a trabalhar na oficina. No final de 1996, quando já tem a maior idade e está pronto para o sucesso e o pai na liderança da oficina, o pai vende a oficina. Este é um golpe sério para Luca, que vê o lugar de seus sonhos de criança desaparecer.

um acidente, esta é a única maneira pela qual Luca poderia ter conduzido um dos carros dos sonhos, devido ao alto preço desse modelo. A compra tem no entanto um significado mais profundo, a restauração de um carro desse tipo é a única satisfação de que, nesse momento, mantenha vivo o sonho de Luca. Trabalhar como empregado não permite que Luca exprima a liberdade de criar e inventar. O grande resultado alcançado ao terminar o Lancia Delta, depois de muitos sacrifícios e noites passados em todo o projeto, parece prever que, apesar do mau momento, algo mudará em breve.

Luca teve que começar tudo de novo, mas ele não perdeu a vontade de perseguir seu sonho, ele compra uma Lancia Delta HF Integrale, que precisa de uma restauração completa depois de ter tido

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1998 - 2002 Em 1998, Luca quer abrir sua própria oficina que deve expressar plenamente sua filosofia, mas quando parece ter encontrado a base sólida para começar, a empresa de restauração da Faralli procura por ele o quer em sua companhia.

boas as restaurações. Todos os diferentes estilos que Luca aprendeu, consolidaram as competências de Luca e ampliou sua visão, resultando em bases sólidas sobre as quais iniciando seu próprio estilo. Isso foi profundamente elaborado, conceituado e estudado esses anos e ainda é uma das principais características da Mazzanti Automobili. O passo final é alcançado quando um cliente encomendou uma barragrava inspirada nos anos 50. o design precisa ser diferente de qualquer outro carro produzido. Assim, Luca Mazzanti pôde trabalhar na última telha de seu sonho, realizando sua própria marca. Graças a isso, todas as teorias conceituadas antes, agora têm uma forma real. Este projeto, o vasto know-how de Luca e a ideia de sua própria marca, completam o quebra-cabeça: Luca sente que é o momento para dar um passo à frente.

Durante esse período, Luca ganha experiência e know-how extremamente importante, ao mesmo tempo que restaura veículos históricos, principalmente carros de corrida extremamente famosos, como Alfa Romeo, Ferrari, Maserati, Cisitalia e muitos outros, às vezes com apenas alguns fragmentos do chassis e fotos vintage do carro. Em uma restauração tão profunda, sabendo exatamente como funcionaram os diferentes fabricantes (Pininfarina, Zagato, etc.), era essencial, para usar as mesmas técnicas de construção e os mesmos materiais (características, espessuras, etc.), resultando em um ótimo e excepcionalmente

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1999 - 2005 Luca sempre teve competições em sua mente, assim ele participa de muitas corridas, com vários excelentes resultados, como dois primeiros lugares no Saline

-Volterra 2000 e na Consuma Cup 2004. A maior satisfação foi que todos os carros com os quais ele estava correndo foram completamente restaurados, por ele.

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2003 - 2005 M Auto) e de um carro que será conhecido como Antas.

A ideia de fundar uma nova fabrica de automóveis, enquanto faz um carro, já está madura na sua mente de Luca Mazzanti.

O Antas tem uma forte filosofia que será o sólido ponto de partida para os outros carros projetados e criados por Luca. Antas tem uma parte mecânica derivada dos Maserati dos anos 60. O carro é como uma ponte entre o passado e os tempos modernos, onde o estilo clássico do corpo mostra características modernas pelo estilo Mazzanti. O projeto Antas dura até o início de 2005, onde todas as partes: o corpo, inteiramente feito à mão em alumínio, e as outras partes do projeto mecânico, o chassi e assim por diante, foram feitos durante as noites ou nos fins de semana, e não conseguir sacrificar o tempo para as restaurações que ainda eram a sua principal atividade.

No entanto, o conceito por trás desta marca é diferente dos outros: Luca quer trazer de volta o passado glorioso dos pequenos fabricantes de automóveis italianos dos anos 60, em uma empresa moderna com bases sólidas. Os exemplos das empresas que Luca tem em mente são aquelas com quem trabalha diariamente, durante a restauração de obras-primas únicas. Sua ideia era trazer até hoje, um conceito de carro pertencente à tradição. Assim, juntamente com Walter Faralli, Luca faz os primeiros esboços da marca (conhecidos na época como Faralli & Mazzanti - F &

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30 DE SETEMBRO DE 2005 A Antas é convidada para participar do 80º aniversário do Gran Prêmio de Roma, onde recebe um prêmio pelo fabuloso design do ACI Roma.

tigos sobre o Antas que, graças a este sucesso, são convidados para o evento "Top Marques" de Mônaco, que na época, era no início. Assim, a pesquisa e o desenvolvimento continuaram no Antas, e Luca Mazzanti dedica muito tempo em relações públicas e atividades de comunicação.

Após o evento, muitos meios de comunicação internacionais escrevem ar-

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2006 trar e convencer as pessoas sobre habilidades e capacidades, é com fatos: durante cada evento e exposição foram trazidos sempre carros reais para serem mostrados aos inúmeros amantes do carro; Luca Mazzanti nunca trouxe renderização e / ou maquete simples. Além disso, durante o Top Marques de 2006, havia também um vídeo intrigante, que também surpreendeu o público, mostrando o projeto e toda a realização artesanal do Antas. De fato, este modelo foi inteiramente construído à mão em alumínio, criado e realizado pelos únicos Luca Mazzanti e Walter Faralli.

Em abril, Antas é apresentado ao show Top Marques Monaco. Até então, a marca era mal conhecida, e durante esse evento, os concorrentes eram marcas com maior história e reconhecimento de marca entre os fãs do supercarros. Naquela época, ninguém pensava em uma possível crise, e os fabricantes de supercarros estavam trabalhando muito para maximizar os desempenhos de seus modelos. Quando Antas foi exibido durante a exposição, foi refinado e funcionando em todas as suas partes. A consistência e a forte coerência própria de Luca Mazzanti sugeriram que a melhor maneira de mos-

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2007 Este ano, a estreita parceria com Top Marques é renovada: Albert II, Príncipe de Mônaco, descobre o Antas, revigorizado e atualizado por um elegante kit de carbono azul aerodinâmico.

para a Toscana por ter a possibilidade de ver pessoalmente o Antas. Logo após o Top Marques, Luca Mazzanti é contatado pela produção da Warner Bros perguntando sobre o Antas para filme "Speed Racer" dos irmãos Wachowski (produtores da Matrix). Além da grande satisfação, foi para Luca uma grande surpresa ver o carro de que estava sonhando, já que ele era criança, tornando-se realidade e sendo convidado a participar de um filme inspirado na série de desenhos animados que ele amava, nos anos 80.

Além disso, as empresas tornam se então parceiras históricas da Mazzanti Automobili, como OZ, pedem para se juntar ao projeto. Antas recebe ainda mais atenção do que no ano anterior pelo público, e muitos pedidos de entrevistas e em revistas internacionais; A mídia internacional vem

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2007 - 2008 As pessoas começam a conhecer a marca, e um segundo projeto fica em forma.

O Antas ainda é convidado para eventos internacionais e bem conhecidos como o desfile de Abu Dhabi em fevereiro de 2008 e, no mesmo ano, o Parade des Pilotes que teve lugar no lendário circuito das 24 horas de Le Mans, apenas para nomear.

Enquanto isso, o sucesso do projeto Antas é consolidado, aumentando excepcionalmente à notoriedade da marca.

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2009 Em março, o segundo projeto da empresa é apresentado, mas a coincidência com o início da crise global prejudica o setor de luxo. Para superar a situação, este projeto é desenvolvido ainda mais dentro da empresa, esperando sinais positivos

para apresentar oficialmente o carro. O departamento de restauração ainda é importante e o tamanho de ambas as divisões precisa de uma separação para prosseguir na melhor das hipóteses.

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2010 No início do ano, teve outra mudança importante; Luca começa a projetar um novo veículo, usando estilos e conceitos consistentes já aplicados aos modelos anteriores da marca, mas aqui ainda mais atualizados e desenvolvidos. Até o final

deste ano, o projeto deste terceiro projeto está pronto, mas a atividade de restauração é muito exigente para continuar com ambos. As duas atividades estão divididas, ainda permanecendo localizadas na mesma empresa.

2011 O segundo projeto da empresa está completamente vendido, porque o rápido progresso alcançado pela empresa trouxe importantes passos evolutivos.

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dem e a conclusão das fases de projeção do primeiro Evantra, o exemplo 00; o conceito, em pleno funcionamento. Após um mês, também começa a realização do primeira e única maquete, escala 1: 1, do Evantra, Isso ainda está presente no showroom do atelier em Pontedera. Em junho, o logotipo tem seu primeiro restyling, para observar o importante passo em frente feito com o Evantra, que é o primeiro Supercarro da Mazzanti Automobili a ser produzido em uma série limitada de cinco exemplares por ano, ainda permanecendo consistente com a filosofia da marca. No final do ano, a mudança para o ateliê em Pontedera está completa.

A estrutura, com uma crescente demanda de projetos de veículos e projetos de restauração, precisa de um novo layout da empresa, para se adequar a cada atividade. Portanto, Mazzanti Automobili e o departamento de restauração formalmente dividido. Em abril, Luca Mazzanti constrói dois projetos únicos para dois clientes diferentes; esses projetos dão a Luca os recursos para começar sua carreira como fabricante de automóveis independente.

Durante este ano, em maio, há a or-

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2012 O ano novo começa com a exibição da representação do Evantra.

empresas que pedem um acordo de licenciamento para a Mazzanti Automobili para usar sua marca na produção de modelos, enquanto Ravensburger solicita o licenciamento de um jogo de cartas inspirado no automóvel. Também as empresas de vestuário se aproximam da Mazzanti Automobili, produzindo acessórios exclusivos (como os relógios) inspirados em Evantra. Durante o ano, o projeto 00 continua, novas máquinas são compradas e há um aumento do pessoal interno, ainda preservando as raízes artesanais da empresa.

Este é um novo capítulo para Luca Mazzanti e, imediatamente, este novo projeto é bem-vindo pelo público. Jornalistas internacionais e televisões voltam a Pontedera para ter mais informações sobre o novo Supercarro da Mazzanti Automobili. Graças à sólida história e ao passado da empresa, que permitiram o crescente conhecimento da marca em todo o mundo, a empresa é considerada um exemplo de uma excelente realidade em comparação com a Itália gravemente prejudicada pela crise global. A maquete chega ao fim, enquanto o protótipo 00 está em construção.

No final do ano, a Mazzanti Automobili inicia uma importante colaboração na China, de onde o Evantra 01, o segundo, é ordenado; Este será o primeiro exemplar da série de produção limitada.

A FrontiArt é uma das primeiras

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2013 Em abril, a Mazzanti Automobili volta, como de costume, ao Top Marques para a Estreia Mundial do seu mais recente modelo, o Evantra, com o primeiro exemplar da série de produção. Luca Mazzanti escolhe voltar a esta exposição como um símbolo: na verdade, Top Marques marcou positivamente a estreia da marca.

tedera é capaz de uma obra-prima. O sucesso do evento, observa os sacrifícios que Luca Mazzanti e sua esposa Ornella que foram feitos até esse momento, com a força de construir sua própria empresa familiar do zero. Mídia de todo o mundo, como Al Jazeera, AFP, Canale 5, Rai News e muitos outros, estão interessados nesta empresa italiana atípica, capaz de desafiar outras marcas mais conhecidas. No segundo semestre de 2013, a produção do Evantra 01 começa e o teste no exemplar 00 prossegue. Então, em outubro, a Sony pede o carro para o jogo DriveClub no PlayStation4. No final do ano, há o teste do Evantra 00 no circuito de Modena.

O príncipe Alberto II de Mônaco, desde sempre um grande fã de Mazzanti Automobili, descobre o Evantra 00 diante da mídia internacional mais importante. Esta excelência italiana deixa todos impressionados: em um momento difícil de crise global, uma pequena empresa da Pon-

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2014 Em 2014, o jogo Drive Club para Sony PlayStation4 abre a temporada, incluindo o Evantra.

Evantra 01 atende ao Top Marques em Mônaco para mostrar os passos importantes realizados em alguns meses. Em setembro, um exemplar do Evantra foi solicitado para o filme "The Transporter Refueled" de Luc Besson. No verão, o Evantra 01 iniciou os testes rodoviários.

Além disso, o desenvolvimento, em Pontedera, continua: Mazzanti Automobili amplia a fábrica, aumentando o pessoal e as instalações de produção. Em abril, o

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2015 A Mazzanti Automobili abre novas colaborações de agências em vários países ao redor do mundo. A empresa cresce novamente, aumentando as instalações de produção e aumentando o pessoal. A produção dos novos exemplares começa. Enquanto isso, o Evantra 01 está buscando um longo e difícil teste rodoviário para corrigir as inúmeras melhorias. Este exemplar particular participa também de vários eventos nacionais e internacionais para interagir cada vez mais com um público crescente de fãs. Novos contratos de licenciamento são

assinados com empresas de jogos móveis. Durante outra edição do Top Marques em Mônaco, um exemplar do Evantra é convidado como o primeiro carro da história, a ser exibido dentro do prestigiado Casino de Montecarlo. A Mazzanti Automobili também faz um passo importante na comunicação; Novos canais e novos conteúdos são produzidos para melhorar a comunicação com o público internacional exigente. Essa abordagem não diminuiu a grande quantidade de trabalho concreto, como sempre, sinônimo da marca.

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2016 2016 começa com uma série de episódios que anunciam o Evantra Millecavalli, o mais poderoso Hypercar de rua legalizado já construído na Itália.

tálogo. Quattroruote, o marco italiano para os amantes dos carros, devido aos passos importantes e à solidez da marca, decide incluir o modelo "Evantra" e "Mazzanti Automobili" lista oficial on-line; A credibilidade da marca reforça ainda mais graças a isso.

Esta versão extrema do Evantra vem após um caminho de 10 video-teasers, em que Luca Mazzanti explica os aspectos técnicos por trás deste último Hypercar italiano. A estréia mundial oficial na segunda edição do Salone Auto Torino - Parco Valentino é um sucesso extraordinário, mais de 650.000 visitantes entre todas as idades vieram ver o novo Mazzanti. A revista EVO Itália aprova o Evantra 01, em sua última fase de desenvolvimento, O artigo é publicado na edição de 2015 - Jan 2016. O Evantra recebe duas páginas de cobertura e é publicado no prestigiado ca-

A partir do outono de 2016, a Mazzanti Automobili estava trabalhando em uma nova atualização de seu Mazzanti Evantra: no mundialmente famoso Motorshow de Bolonha de dezembro de 2016, o Mazzanti Evantra 771 é apresentado oficialmente. O pacote "771" é uma atualização mecânica e aerodinâmica para aqueles que estão dispostos a enfatizar ainda mais o personagem de corrida de seu Evantra!

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2017 Em 2017, a Mazzanti Automobili se concentra no longo programa de desenvolvimento do primeiro protótipo do Hypercarro Mazzanti Evantra Millecavalli.

corridas na European Le Mans Series. Pelo segundo ano consecutivo, Luca Mazzanti apresenta no Salone Auto Torino - Parco Valentino um novo automóvel; o Mazzanti Evantra 771 atende a grande quantidade de pessoas que vieram ao evento piamontês.

Na primeira parte do ano, um novo protótipo do Mazzanti Evantra foi construído com o objetivo de testar os novos interiores e o novo sistema de infotainment totalmente digital e cheio que irá entrar nos futuros modelos. O desenvolvimento dos automóveis Mazzanti é apoiado pela parceria técnica com a equipe LMP2 - Dallara, Cetilar Villorba Corse, um grupo de corrida totalmente italiano que se juntou às prestigiadas 24 Horas de Le Mans e

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Um Mazzanti Evantra é convidado a participar da temporada Top Gear Itália GT Cup: quatro encontros em importantes pistas de corrida italianas, onde os entusiastas do carro podem se encontrar com seus próprios automóveis. Enquanto isso, os testes de estrada do Millecavalli continuam.

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Luca Mazzanti, fundador e proprietário da Mazzanti automobili, nasceu em 1974 sua principal e verdadeira paixão que ele tem até hoje. Sua experiência e know-how foram formados com a carreira de Luca como mecânico especialista, em realizar carros de corrida. Além disso, ele participou de corridas internacionais e nacionais bem conhecidas com protótipos esportivos históricos, restaurados por ele. Luca Mazzanti fez sua carreira produzindo vários modelos “únicos”, como o Antas, caracterizado por estilos extremamente pessoal e totalmente artesanais; Esta é a base para a sua atividade atual.

ginei as estradas que cortavam essas linhas harmoniosas e transferi esse conceito na forma do meu Supercarro. Se você olhar para essas linhas, você não as encontrará em nenhum outro Supercarro. O Mazzanti Evantra quer ser diferente de qualquer outro carro do mesmo segmento, e estou orgulhoso de sublinhar que sua personalidade única vem de minhas ideias muito pessoais. Artium: Como foi a restauração do 850 Moretti? Luca Mazzanti: O Moretti 850 foi a minha primeira restauração. Eu trabalhei completamente sozinho nesse carro, e por isso esse trabalho artesanal foi muito difícil, na verdade extremamente difícil. No entanto, o resultado foi uma das maiores satisfações que já tive.

A experiência e as competências de Luca Mazzanti, que atua no setor automotivo por mais de vinte e cinco anos, resultam na qualidade superior e no extremo cuidado dos detalhes, próprios de cada um dos produtos exclusivos fabricados pela Mazanti Automobili.

Artium: É muito trabalhoso fazer carros artesanais?

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Luca Mazzanti: Sim, definitivamente é um trabalho árduo. Esta atividade é muito complicada e você tem que ser capaz de gerenciá-la, com extremo cuidado e uma paixão muito verdadeira.

Artium: Como você define esse amor por carros? Luca Mazzanti: O amor pelos carros é algo que eu tenho dentro de mim desde que eu era criança. Esta é a melhor definição disso.

Artium: Você poderia citar as principais diferenças entre carros de produção e artesanal?

Artium: O que é mais difícil, restaurar ou criar um carro?

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Luca Mazzanti: Sem qualquer dúvida, todos podem ver claramente que os carros artesanais têm uma personalidade muito mais forte do que os carros de produção. Na verdade, um carro artesanal reflete toda a personalidade, todo o know-how e toda a qualidade das pessoas que estão envolvidas.

Luca Mazzanti: Restaurar um carro quando você começa a partir de algumas peças do chassi original e algumas fotos do próprio carro, é mais difícil do que criar um carro a partir do zero.

Artium: De onde vem à inspiração?

Artium: Em termos de qualidade, produção x artesanal? Luca Mazzanti: Por causa da alta expecta-

Luca Mazzanti: O design do Evantra vem da forma das colinas da Toscana. Ima-

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tiva dos clientes, os carros artesanais precisam ter um nível de qualidade superior que os carros de produção. Quando um cliente entra em um dos meus carros, o primeiro sentimento que deve vir à sua mente deve ser a surpresa de sentir algo que ele nunca experimentou antes com qualquer outro carro.

que também é meu nome, foi criada em minha própria pessoa. Tenho sempre em mente que criei um carro poderoso inspirado em mim mesmo, portanto, é a minha marca. Não temos muitos produtos licenciados, mas o que já temos, teve que ser similar com a nossa marca, e minhas expectativas. Artium: Evantra está no PlayStation4?

Artium: Como surgiu o projeto Evantra?

Luca Mazzanti: O Mazzanti Evantra está disponível no console PS4 no jogo da Sony Driveclub, eles foram os primeiros a licenciarem a marca oficial dos carros Mazzanti e a primeira versão do Evantra é um dos melhores carros que os jogadores gostam em todo o mundo. Então, nossos fãs têm a chance de dirigir o carro neste jogo de simulação. Além do PS4, o Mazzanti Evantra também está em outros jogos, para que todos joguem com meus carros.

Luca Mazzanti: Eu sempre tive o projeto Evantra em mente desde que eu era criança. Durante a minha infância, sabia que seria um construtor, e depois de um caminho intenso em diferentes setores do mundo automotivo percebi que meu sonho, o Evantra é apenas o resultado de fazer o sonho tornar-se real: eu queria um Supercarro rápido, com um meio-motor e uma roda traseira. A primeira inspiração desse carro veio dos carros do Grupo B e do Grupo C, onde os veículos mais tecnicamente avançados que competiam durante minha infância eram desta maneira.

Artium: O Evantra Millecavalli como surgiu essa ideia? Luca Mazzanti: O Mazzanti Evantra Millecavalli vem principalmente de minhas ideias. Eu sempre amei as corridas, especialmente ás 24 horas de Le Mans, são carros altamente modificados que derivam de carros de produção. Por isso, tive a ideia a partir do outro projeto Mazzanti Evantra, para torná-lo ainda mais potente e dar-lhe um poder absoluto de 1000 cv. O resultado é o carro legal de rua mais poderoso já feito.

Artium: O Evantra é o carro mais rápido fabricado na Itália? Luca Mazzanti: O Mazzanti Evantra Millecavalli é atualmente o hipercarro legalizado para as ruas mais poderoso já construído na Itália. Outros fabricantes italianos não alcançaram o poder extremo de 1000 CV em carros legais rodoviários. Esta grande conquista mostra o enorme potencial do alcance da Mazzanti Automobili, graças à enorme quantidade de recursos que eu pessoalmente e exclusivamente atribuí a essa causa.

Artium: Quando teremos Evantra nas ruas do Brasil? ve.

Artium: Como você chegou com a ideia de licenciar a marca Mazzanti para outros produtos?

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Luca Mazzanti: A marca Mazzanti,

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Luca Mazzanti: Felizmente, em bre-

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CONSERVAR, PREPARAR, COMBINAR E SERVIR CAVIAR: DICAS FUNDAMENTAIS A combinação intemporal com o champanhe, o grande espumante ou vodka, os rituais de uso em eventos sociais e nas celebrações e festas mais importantes, bem como o banquete de alta classe, são os momentos clássicos para degustar caviar selecionado, assinado Caviar Giaveri. É muito importante preservar o caviar no frigorífico, não no congelador. A temperatura ideal é a chave fundamental para a manutenção de sabor e textura desta deliciosa comida. O caviar pode ser saboreado sozinho, de preferência usando colheres de chá de madrepérola (melhor, para evitar que o aço não altere o sabor), servido em uma cama de gelo, ou acompanhada de croutons de pão levemente passado com manteiga, ovos cozidos, blinis ou batatas cozidas. Receitas simples que vão fazer a sua mesa ainda mais refinada.

Colher de sopa de batata com salsa, ovo de codorna e caviar RECEITA: Ferva 200 g de batatas já descascadas e cortadas em pedaços. Depois de cozidas, esprema-as, tempere com 4 colheres de sopa de sal, azeite extra-virgem e pimenta. Deixe esfriar, e depois adicione a salsa picada.

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Para ovo de codorna: ferva uma panela de água com uma colher de sopa de vinagre branco. Ainda fervendo, abra a panela e despeje um ovo de codorna por vez. Espere cozinhar sem tocá-lo e depois coloque-o para esfriar em uma tigela com água fria. Sirva em colheres de cerâmica, não de aço, usando um stencil: Coloque as batatas, em seguida, o ovo e, finalmente, o caviar.

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R T I U M Fale conosco: +55 11 98765-0136 Surgiram dĂşvidas? ens.caviargiaveri@gmail.com 117


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Mike “El Huracan” Gutierrez. Em uma refeição familiar, meu avô comentou que ele estava perdendo a visão, e que o médico lhe disse que não tinha boas notícias no futuro em relação à sua saúde, e ele também disse que sempre podia ver alguns de seus netos em um cinturão. Isso para mim foi um desafio, primeiro para entrar em um esporte que eu nunca tinha praticado e em segundo lugar para dar uma satisfação e alegria ao meu avô. Naquela época, eu tinha sido convidado a participar de um torneio de boxe na academia, eu treinava no ring, mas não em combate, para dificultar o início deste torneio só tive um mês para me preparar, também estava em meu último semestre na universidade e prestes a me submeter ao meu exame de tese, então, durante um mês, não fui à universidade e me dediquei ao treinamento, e quebrei o nariz, lá você percebe que não é o mesmo que bater em um saco do que e um oponente. E esse mês foi sofrido, aprender a me desafiar e alcançar meu objetivo, não foi ganhar o torneio, foi simplesmente entrar no ringue para que meu avô me visse lutar boxe. Eu me preparei muito bem, e felizmente, chegamos à final onde peguei o cinturão do campeonato. Artium: Você pensa em voltar para o boxe? Isauro Ali: Eu sempre pensei sobre isso, é um esporte para o qual tenho muito respeito e sei que você não pode dedicar apenas um pouco do seu tempo, você deve dedicar 24 horas por dia e agora com a arte, sinto que seria muito irresponsável da minha parte, repito é um esporte em que comecei tarde, o México é conhecido pela qualidade de seus boxeadores e a maioria deles começaram ainda crianças. Eu não digo que seria impossível retornar, mas também há muita paixão na minha arte, é algo que me satisfaz muito, mostrá-la em diferentes países e mostrar que o México é muito rico em criatividade e colorido como meu trabalho e, para retornar ao ring, eu teria que deixar o design e a arte, mas por enquanto, é algo que eu não deixaria. Estou 100% compro-

Artium: Você se formou em design já trabalhou nessa área? Isauro Ali: Sim, atualmente trabalho como freelancer. Eu não gosto de estar fechado em um escritório, eu prefiro trabalhar em projetos e como artista visual. Para mim, o design tem sido muito útil, uma vez que posso mostrar meu trabalho como artista visual de uma maneira diferente. Artium: Sua primeira exposição foi aos 14 anos com a tela “El Calvario”. Você ainda possui esta tela ou foto? Isauro Ali: Sim, este trabalho está na casa de minha mãe, nunca conseguiria vende-lo e, para ser sincero, nunca tentei, sei que minha mãe é a melhor pessoa do mundo para cuidar desse trabalho que, em alguns anos, tenho certeza que valerá muito dinheiro. Artium: Artes ou esportes, o que bate mais forte dentro de você? Isauro Ali: Ambos, penso que cada disciplina, apesar de ser diferente, melhora as pessoas, esse equilíbrio é saudável e nas conferências que me convidam a dar aos jovens explico meu desenvolvimento em esportes e arte, talvez se os pais prestassem mais atenção a essas habilidades, as crianças seriam melhores em todos os sentidos, já que ambos libertam o estresse e você se concentra mais na vida em si. Artium: Você foi campeão de boxe “El Torneo de los Barrios” em 2012 (por capricho).? Isauro Ali: É verdade, por puro capricho. Sempre gostei de esportes, comecei tarde no boxe e tudo foi por acidente, meu avô materno era um boxeador nos anos 50,

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metido com a arte.

Artium: Você já se machucou em uma briga?

Artium: Por que você parou com o boxe?

Isauro Ali: Eu me sinto muito sortudo porque nas lutas eles nunca me machucaram, mas não era o mesmo no treinamento, meu nariz sempre sofria com a primeira prática.

Isauro Ali: Na segunda semana depois de vencer o torneio de boxe, voltei para a universidade para finalizar meus estudos, e fiz uma viagem para a Alemanha para estudar design de móveis ergonômicos. Repito, para mim, o boxe foi um capricho e um desafio que não hesitei em fazer, mas já tinha planos na minha carreira como design, neste curso havia um concurso de design de móveis urbanos no qual eu fiquei na final junto com uma equipe de participantes chineses, no desempate deram a vitória para eles, mas foi uma experiência desafiadora fora do meu país. Continuei treinando boxe, mas sem tempo suficiente para pensar em outros objetivos. Ao viajar para a Alemanha, tive vontade de participar do campeonato nacional de boxe e aspirar alguns jogos da América Central ou mesmo fazer parte de uma seleção para os Jogos Olímpicos. Talvez naquela época não fosse minha prioridade.

Artium: Você não tem medo da crítica? Isauro Ali: Sempre gostei de me destacar em tudo o que faço, nos esportes, na arte, nos meus estudos. No começo, era difícil a critica, mas depois de receber críticas de todos os tipos, você se acostuma, hoje posso dizer-lhe que tem pessoas que amam minha arte e expressam isso através de mensagens, mas também tem pessoas que não. Você precisa estar preparado para tudo, nem todos vão gostar do meu trabalho, mas a grande maioria gosta e isso me satisfaz.

Isauro Ali: Claro, se você não é criticado, então você não está fazendo um bom trabalho, eu lembro que, no início, as críticas eram boas, à medida que crescia e alcançava novos lugares, a crítica se tornava mais exigente, você também tem que ver que tipo de crítica é, tem pessoas que passam o tempo todo criticando sem saber o que você faz, prestar atenção a esse tipo de crítica é apenas desperdiçar seu tempo.

Artium: financeiramente falando é melhor a arte ou o boxe?

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Artium: Você já foi criticado?

Isauro Ali: Ambos podem ter uma boa receita financeira, tudo depende do tempo que você gastar e do quão bem você consegue fazê-lo. Conhecemos histórias de lutadores que no início não eram tão bons, mas dedicaram toda a sua vida e aprenderam. Sem dúvida, não há nada mais importante do que a dedicação e trabalho duro, por outro lado, na arte, você também pode ter muito bons lucros, tudo depende de como você se mostra no meio da arte e da qualidade do seu trabalho, talvez seja mais de apreciação, mas se você é honesto com o seu trabalho, você terá grandes oportunidades de vender e ter uma boa renda.

Artium: Conte-me sobre suas combinações de cores? Isauro Ali: Minha combinação de cores nasceu de uma pesquisa, das minhas raízes como mexicano e de todas as viagens que fiz pelo meu país, estradas itinerantes, suas aldeias e informações coletadas. Eu tenho um projeto chamado “Neon a la

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Mexicana” e é precisamente para resgatar a cor que minha cultura tem, por meio de cores de néon, que são excelentes para eu falar do México, em muitos dos seus artesanatos, são encontradas essas cores, uso porque são cores que conheço desde criança, sou capaz de combiná-las e obter propostas muito interessantes.

bida mezcal que me procuraram desde que viram o meu trabalho na internet, primeiro pintei uma foto e, em seguida, para o aniversário deles, pediram que fizesse algumas garrafas, que venderiam como uma edição especial. Eu gosto de trabalhar com marcas porque combina a força do artista e da marca. Então você pode alcançar maior impacto. Agora tem mais marcas que me procuram para pintar objetos. Em 2016, fui convidado para um show de moda Iconoclasta na Bolívia, onde apresentei uma intervenção sobre uma peça de designer Paola Yactayo, que causou muito impacto e muito gosto.

Artium: Você já viveu em vários países, qual poderia ser o seu segundo lar? Isauro Ali: Tenho sorte, desde que eu era criança, viajei para diferentes países em todos os continentes, e sempre acreditei que uma grande parte de mim é formada pelos lugares que eu visito, cada vez que viajo para um novo lugar, ele faz parte de mim e eu tento conhecer todos os seus lugares, do mais conhecido ao menos conhecido, Alemanha é um país que eu amo muito, como o Canadá, vivi bom tempo em Munique e Vancouver, ficaria com esses países.

Artium: E as pinturas em carros?

Isauro Ali: A pintura em carros foi uma iniciativa que tive durante a minha participação em um festival de arte na minha cidade, sempre tive a preocupação de pintar ao vivo e essa foi à oportunidade de mostrar minha habilidade. No início, foi um pouco difícil, o público se aproximou e perguntaram o que eu estava fazendo, mas com o passar do tempo às pessoas observavam como as cores começavam a tomar forma. É um desafio, uma vez que não é o mesmo que pintar uma tela e a posição de pintar é desconfortável, no final o resultado é chocante, pois não é comum ver os carros serem pintados por artistas.

Artium: Atualmente você é o entrevistador do programa da rádio “ExpressArte con Isauro Ali”, conte-nos um pouco sobre o seu programa? Isauro Ali: É um programa de rádio que eu tive que terminar a alguns meses atrás, já que eu tinha muitos compromissos e viagens e não queria interrompê-lo por muito tempo, era um programa onde eu convidava artistas locais com pouca ou muita experiência, onde eu perguntava sobre o inicio de carreira e sua trajetória de trabalho. Agora, temos um projeto para fazer um programa de televisão na internet, se este projeto for alcançado, começamos no início de 2018.

Artium: Como foi em Dubai?

Isauro Ali: Incrível, falar sobre Dubai sempre será uma experiência, no meu caso, não foi apenas de férias, uma das minhas pinturas foi nomeada para o Global Art Awards 2017, prêmios que tera lugar no emblemático Hotel Armani o mais alto construído no mundo, o Burj Khalifa com 828 metros de altura. Foi sem dúvida um evento de primeira classe, já que eles reuniram os artistas que estão melhores posicionados em todo o mundo, para mim foi um privilégio ser nomeado e representar meu

Artium: Como é o trabalho em garrafas nos conte um pouco?

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Isauro Ali: Tem uma marca de be-

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país, um lugar onde eu pude fazer vários contatos com pessoas de diferentes países. Tenho certeza de que em breve vou voltar para Dubai, já tenho o convite para voltar e dar uma oficina aos jovens artistas.

gum tempo fora do México. Artium: E quando você vem para o Brasil? Isauro Ali: Apenas me envie o bilhete de avião e eu estarei lá, haha. Sem dúvida, acho que o Brasil será um ponto importante para crescer e mostrar minha arte, com uma grande cultura, pessoas alegres com gosto pela arte e muitos lugares emblemáticos para conhecer e tenho certeza de que eu terei grande inspiração para minha arte, se houver Galerias ou colecionadores que leiam esta entrevista e que me levem para Brasil para pintar ao vivo, ficarei mais do que feliz em ir.

Artium: E os projetos para o futuro?

Isauro Ali: Sem dúvida, 2018 será um ano em que eu mostrarei minha arte em diferentes países, só mostrei minha arte há 2 anos, e nunca imaginei que obtivesse uma indicação em Dubai, convites para participar de festivais de arte na Europa e publicações em diferentes revistas do mundo, sem dúvida, meus futuros projetos será procurar mais países para mostrar minhas cores, e por que não talvez morar por al-

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