O evento contará com a participação dos Principais Players, Especialistas do setor e Representantes da Academia. Discutiremos sobre os principais desafios e oportunidades que teremos para o setor de Valorização Energética de Resíduos
by 04 E 05 ABRIL 2023 Vol. 01 | Nº 03 | ABRIL 2023 - www.energywastemagazine.com
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Nickolas J. Themelis, Yuri Schmitke, Cássio P. Vieira, Josias A. Santiago, Francisco Leme, Ronaldo Stefanutti
Os artigos e matérias assinados por colunistas e ou colaboradores, não correspondem a opinião da Revista de Resíduos de Energia, sendo de inteira responsabilidade do autor.
A Revista ESM é uma publicação da
12 Valorização Energética de Resíduos: o melhor caminho a ser seguido
26 04 Recuperação energética de resíduos no Brasil: uma necessidade inconveniente 08 Uma oportunidade a ser explorada 26 Recuperação Energética de Resíduos Sólidos Urbanos é aliada na redução de emissão de Gases Efeito Estufa
30 O Global WtERT Council, representado por mais de 26 universidades e institutos de pesquisa, compartilha uma carta aberta para líderes mundiais na COP27
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3 REVISTA DE RESÍDUOS DE ENERGIA
Curitiba - PR – Brasil
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ÍNDICE
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Recuperação energética de resíduos no Brasil: uma
Management Team Members
incentivos ou por uma série de desinformações disseminadas de forma recorrente com o objetivo de favorecer interesses escusos.
Agestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem sido, há anos, um grande desafio na busca pela destinação adequada do lixo gerado diariamente pela população brasileira. Entre os cinco países que mais geram lixo no mundo, com cerca de 82 milhões de toneladas por ano, e com um índice baixo de reciclagem, inferior a 3%, o Brasil está consideravelmente atrasado na destinação correta do lixo urbano, na contramão do que fazem os países mais desenvolvidos do globo. A Alemanha, por exemplo, recicla 32% dos resíduos urbanos, 46% são destinados à incineração com recuperação energética (waste-to-energy), e o restante é destinado à compostagem (22%), sendo que, desde 2005, somente resíduos inertes podem ser depositados em aterros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em
2010 pela Lei Federal nº 12.305, trouxe metas relevantes para mudar esse panorama. A PNRS prevê o encerramento de todos os lixões e aterros controlados no Brasil, que hoje recebem 39,5% de todo o lixo urbano do país, até 2024. 12 anos depois do lançamento da PNRS, esse panorama não mudou e o lixo da população brasileira ainda é destinado de forma inadequada, o que prejudica a saúde pública, devido às emissões tóxicas e contaminação da água potável.
Um dos caminhos mais indicados para mudar esse cenário e destinar de forma ambientalmente adequada os resíduos sólidos urbanos é a recuperação energética, tecnologia que, inclusive, consta na PNRS. Porém, essa atividade, utilizada há mais de 50 anos em diversos países, e que conta com mais de 2,5 mil usinas em funcionamento ao redor do mundo, praticamente inexiste no Brasil, seja pela falta de
A cargo de exemplo, os resíduos não recicláveis do Japão (70%), China (55%), União Europeia (30%) e Estados Unidos (12%) são processados em usinas de recuperação de energia (UREs), local em que o lixo é transformado em energia elétrica e térmica. Além disso, diversos países em desenvolvimento construíram ou estão construindo esse tipo de usina, que contribui ao mesmo tempo com o saneamento básico e com o setor de energia. Vale destacar também que, diferentemente do que se imagina, os países que utilizam a recuperação energética de resíduos são também aqueles que mais reciclam, pois só é enviado para uma URE o lixo não reciclável, conforme apontam as estatísticas da União Europeia e do Banco Mundial.
O Brasil, ao contrário das boas práticas mundiais, está ainda em processo de construção de sua primeira URE, localizada em Barueri (SP). A planta deve iniciar suas operações em 2025, mas o setor já enfrenta resistência, além de ser alvo de uma série de inverdades e fake news que, se não esclarecidas,
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artigo
necessidade inconveniente
A tecnologia que transforma o lixo não reciclável em energia elétrica e térmica é uma realidade em diversos países, mas ainda enfrenta desinformação e resistência no Brasil
Team members of Global WtERT Council
Marco J. Castaldi Vice-President
Nickolas J. Themelis Founder & President Emeritus
Werner Bauer Vice-President, Decision Support System
Reda M. Kabbaj Vice-President, International Relations
Qunxing Huang President
Yuri Schmitke A. B. Tisi Vice-President, WtERT LATAM
NOVA DIRETORIA DO GLOBAL WASTE-TO-ENERGY RESEARCH AND TECHNOLOGY COUNCIL.
podem comprometer o futuro da recuperação energética de resíduos no Brasil e, de quebra, prejudicar as metas da PNRS. Vale ressaltar que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PLANARES), aprovado pelo Decreto Federal nº 11.043/2022, prevê 994 MW de potência instalada em usinas de recuperação energética (combustão) e 350 MW de biogás de aterro até 2040.
A COP 27, realizada em novembro passado no Egito, assim como suas antecessoras, teve como um dos principais objetivos a busca por acordos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e mitigar as catástrofes das mudanças climáticas, o que só pode ser feito por meio de um conjunto de ações. Uma das iniciativas mais indicadas, sem dúvidas, é a redução dos aterros sanitários, além de proporcionar políticas que incentivem a aplicação da tecnologia alternativa existente, a recuperação energética de resíduos.
A geração de metano a partir de aterros é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera. De acordo com um estudo do Banco Mundial, cerca de 1,2 bilhão de toneladas de resíduos sólidos não recicláveis são depositados em aterros anualmente. O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) estimou que, para um horizonte de 20 anos, o efeito de uma tonelada de metano equivale a 80 toneladas de dióxido de carbono. Com base nesses dados, é possível aferir que a geração global de metano de aterros sanitários é equivalente a algo entre 1,5 e 4,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.
De acordo com uma série de estudos realizados utilizando medições diretas de plumas de metano de aterros sanitários pela NASA, as emissões medidas são em média mais do que o dobro das emissões relatadas nos atuais inventários de GEE. Com base neste conjunto de dados é
possível afirmar, sem sombra de dúvidas, as emissões de metano de aterros sanitários são comparáveis às emissões de metano de todo o setor agrícola nos Estados Unidos, por exemplo.
O metano, inclusive, é o segundo maior impulsionador da mudança climática. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), “cortar o metano é a alavanca mais forte que temos para desacelerar a mudança climática nos próximos 25 anos”. A curto prazo, reduzir as emissões de poluentes climáticos de vida curta, como o metano, é mais eficaz do que reduzir o CO2. Além disso, o Brasil é signatário da meta da COP 26 de redução de 30% do metano até 2030, sendo a recuperação energética uma grande aliada nesse objetivo.
A recuperação energética, por outro lado, além dos benefícios já listados, é comprovadamente a solução mais eficaz para a mitigação dos gases de efeito estufa do lixo urbano, conforme consta no 5º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Segundo o estudo, as usinas de recuperação energética reduzem em 8 vezes as emissões de gases de efeito estufa quando comparadas a aterros com sistema de captura de metano, pois apenas 50% do metano é passível de captura em aterros sanitários, e são a forma mais eficaz para mitigação dos gases de efeito estufa dos RSU.
Além disso, estudos realizados há mais de 20 anos apontam que as emissões atmosféricas das usinas de recuperação energética, decorrentes do processo de incineração, são inofensivas à saúde humana e estão 70% abaixo dos limites permitidos pelas regulações mais restritivas dos Estados Unidos e União Europeia. Não por menos, a grande maioria dessas usinas se situa dentro de grandes cidades Europeias. Paris, por exemplo, possui 3 usinas que se situam no centro e atendem a toda a cidade.
Utilizando como base os estudos mencionados e esclarecendo os reais benefícios da recuperação energética de resíduos, fica evidente como essa tecnologia pode contribuir para que o Brasil possa alcançar as metas da PNRS para acabar com lixões e aterros sanitários e, ainda, aumentar o percentual de resíduos que são reciclados no país. Para isso, além de acabar com as inverdades relacionadas a essa atividade, é essencial que haja incentivos para que a recuperação energética saia da teoria e possa ganhar escala nas principais regiões do Brasil. Trata-se de uma necessidade nacional, mesmo que inconveniente para quem insiste em propagar teorias infundadas a respeito dessa tecnologia.
Ph.D. Nickolas J. Themelis. Professor emérito Earth and Environmental Engineering, Columbia University, e Presidente emérito e fundador do Global WTERT Council (GWC), Bacharel em Engenharia (Medalha de Grande Distinção da Associação Britânica) e Ph.D. pela McGill University (Montreal, Canadá). Eleito membro da Academia Nacional de Engenharia dos EUA e coautor da seção de gerenciamento de resíduos no Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC) de 2014.
MSc. Yuri Schmitke. Presidente Executivo da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), Vice-Presidente LATAM do Conselho Global do Wasteto-Energy Research and Technology Council (GWC), Presidente do WtERT Brasil, Mestre em Direito e Políticas Públicas pelo UniCEUB e Professor da FGV no MBA em Administração: Recuperação Energética e Tratamento de Resíduos.
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Uma oportunidade a ser explorada
Cássio Pereira Vieira, CELGPAR Josias Alves Santiago, CELGPAR
ACompanhia CELG de Participações – CELGPAR, ao longo das seis décadas de atuação do grupo CELG na implantação e desenvolvimento da infraestrutura de energia do Estado de Goiás, conhece a realidade do Setor Elétrico Brasileiro. Nesse sentido, consciente da necessidade da transição energética como requisito para o desenvolvimento sustentável, identifica oportunidades na recuperação energética de resíduos.
A disposição final ambientalmente adequada de rejeitos é um desafio em evidência para os municípios brasileiros. Por um lado, existe pressão por parte da Lei 14.026 de 2020, que atualizou o marco legal do saneamento básico e estabeleceu prazo para extinção de todos os “lixões” do País até agosto de 2024. Por outro, cresce a intolerância da população e órgãos de controle a práticas de despejo irregular de resíduos, que causam transtornos e prejuízos irreversíveis ao meio ambiente.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), 39% dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil em 2022 tiveram disposição final inadequada, o que corresponde a 29,7 milhões
de toneladas. Segundo o mesmo estudo, em 2021 ainda haviam 2.826 municípios nessa situação. Ou seja, há bastante trabalho a ser feito em curto intervalo de tempo.
No entanto, existem soluções. Parte delas passa pelas diretrizes apresentadas pelo Decreto 10.936 de 2022, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o qual estabeleceu em seu artigo 30 prioridades para soluções que envolvam não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos sólidos. Dessa forma, cabe somente aos rejeitos - resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação viáveis técnica e economicamente - a disposição final em aterros.
Essa política também é aplicada na Europa. Em 2018 os europeus destinaram apenas 23% de todo resíduos sólido urbano gerado para aterros sanitários. A maior parcela, correspondente a 75%, foi objeto de recuperação por meio de reciclagem, compostagem e recuperação energética. Em países mais desenvolvidos, como a Alemanha e Suécia, esse índice foi superior a 98%, de acordo a Confederation of European Waste-to-Energy Plants (CEWEP). Por sua vez,
segundo dados do Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR+), em 2019 apenas 1,7% de todo resíduo sólido urbano gerado no Brasil foi objeto de reutilização, reciclagem ou recuperação energética. Esse cenário mostra o potencial de exploração dos resíduos que o Brasil apresenta atualmente.
Dentre as soluções amplamente adotadas em países europeus, China, Japão e Estados Unidos está a recuperação
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A disposição final ambientalmente adequada de rejeitos é um desafio em evidência para os municípios brasileiros...
Em Goiás, desenvolvimento energético sustentável tem nome: CELGPAR
Seja operando hidrelétricas e linhas de transmissão, ou nos investimentos mais recentes em energia fotovoltaica, projetos de eficiência energética a partir de resíduos sólidos, mobilidade elétrica e pontos de recarga, a CELGPAR vem atuando de forma empreendedora em soluções de energia e serviços para o desenvolvimento com sustentabilidade.
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energética da parcela que não pôde ser destinada à reutilização e reciclagem. Dentre as tecnologias de recuperação energética, destacam-se aquelas associadas a tratamento térmico, como a incineração, que além de tratar resíduos de qualquer natureza, pode reduzir seu volume em até 90% e ainda gerar energia elétrica de forma contínua. Solução essa, que já contava com 492 unidades instaladas na Europa em 2017, tratando 70 milhões de toneladas de resíduos por ano, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) em seu estudo “Diagnóstico e Requisitos para Viabilização de Projetos Waste-to-Energy no Brasil, 2020”.
O tratamento térmico também apresenta potencial de ampliação e diversificação da matriz elétrica, cuja necessidade ficou evidente durante a crise hídrica em 2021, provocada pela maior seca dos últimos 90 anos. O atual Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2022 (PLANARES) reconhece a importância e benefícios dessa solução ao projetar o tratamento térmico como responsável pelo tratamento de cerca de 30% de toda a massa de resíduos que seria destinado a aterros até 2040. Para isso, estabelece como meta de seu Indicador Global 9 ampliar a potência instalada de unidades de tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos de 0 em 2020 para 994 MW em 2040, montante capaz de abastecer 27 milhões de residências com energia elétrica.
Entretanto, serviços de melhor qualidade requerem in-
vestimentos maiores. Para isso, a Lei 14.026 de 2020 assegurou sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de manejo de resíduos sólidos por meio da instituição de instrumento de cobrança dos usuários, que em 2019 era feita por apenas 45% dos municípios brasileiros.
Diferentemente das soluções convencionais, que dependem majoritariamente da cobrança pela prestação do serviço de tratamento de resíduos, o tratamento térmico é capaz de gerar receitas pela venda da energia elétrica gerada. Em contribuição com esse cenário, ocorreram em 2021 e 2022 os primeiros leilões de compra de energia com lote exclusivo para a fonte de tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos, através de contratos de disponibilidade.
É notório que soluções mais tecnológicas tendem a se viabilizar apenas quando aplicadas em larga escala. No entanto, isso não significa que municípios menores não podem se beneficiar delas. Para isso, é previsto e incentivado pelo Decreto 10.936 de 2022 a regionalização dos serviços de manejo de resíduos sólidos por meio da formação de consórcios públicos. A união de municípios para implementação de soluções compartilhadas para tratamento de resíduos sólidos urbanos é um caminho natural para viabilização de projetos mais eficientes e ambientalmente adequados, já adotado por diversos países desenvolvidos. Observa-se que essa tendência já se reflete no Brasil, onde em 2019 estavam constituídos 148 consórcios públicos para essa
finalidade, envolvendo 1.979 municípios, segundo dados do SINIR+.
O entendimento acerca dos benefícios da recuperação energética de resíduos para o bem-estar social também tem se consolidado na esfera legislativa. Além dos normativos já citados, observamos iniciativas importantes para aprimorar a regulamentação vigente, como o Projeto de Lei nº 1202/2023, que propõe a instituição do Programa Nacional da Recuperação Energética de Resíduos, em tramitação no Senado Federal, e o Projeto de Lei nº 302/2018, que propõe incentivos a empresas que produzem biogás, biometano e energia elétrica a partir de resíduos sólidos em aterros sanitários, aprovada no Senado e remetida à Câmara dos Deputados.
Portanto, o desafio para a implementação de soluções ambientalmente adequadas para o tratamento de resíduos pode ser visto como uma oportunidade de gestão. Isso acontece quando passamos a observar o resíduo como um recurso a ser explorado.
Neste sentido, a CELGPAR tem atuado juntamente com os municípios goianos, para além do atendimento à legislação, fomentar a implantação de projetos com enfoque na eficiência energética. Assim, tem como proposta a busca de parcerias para desenvolver soluções sustentáveis e aderentes à realidade de cada município, que sejam marcos para a qualidade de vida da população e legado para gerações futuras.
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Eng. Cássio Pereira Vieira. Analista de Novos Negócios da CELGPAR. Engenheiro Eletricista pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Gestão da Manutenção pelo Faculdade de Tecnologia SENAI Ítalo Bologna. Atuação na área de geração e transmissão de energia elétrica. (linkedin.com/in/cassiopv)
Eng. Josias A. Santiago Neto. Analista de Novos Negócios da CELGPAR. Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Sergipe. Atuação na área de geração e transmissão de energia elétrica.
VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA de RESÍDUOS: o melhor caminho a ser seguido
OFórum de Valorização Energética de Resíduos é um evento extremamente importante para todo o setor, por contar com a participação dos principais especialistas no assunto. Uma excelente oportunidade de contribuir com a discussão sobre os principais desafios e inovações no segmento, assim como compartilhar e trocar conhecimentos.
No Grupo Lara, acreditamos que a valorização energética de resíduos é o melhor caminho a ser seguido: somos um grupo especializado em gestão de aterro sanitário, geração de energia e saneamento de água e de esgoto, que existe desde 1965. Atuamos em muitos estados do Brasil e na Índia e tratamos cerca de 20 mil toneladas dia com nossas operações.
Tratamos os resíduos de forma correta e sustentável, assim como estamos sempre em buscas de novas soluções e fontes alternativas de geração de
energia por meio dos resíduos, que sejam economicamente viáveis e ambientalmente responsáveis, como por exemplo, na geração de energia a partir do biogás e do uso calorífico dos resíduos urbanos, como é o caso de nossa Usina de Recuperação Energética (URE) em construção na Índia.
Temos ainda uma licença prévia para a construção de uma URE na cidade de Mauá que poderá tratar 3 mil toneladas dia e gerar até 80 MW de energia elétrica. Um trabalho que demanda inovação, tecnologia e o comprometimento com as futuras gerações.
Essas iniciativas estão ligadas à nossa política de responsabilidade social, que envolve o compromisso com a agenda ESG e ações para que sejam alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, além de estarem alinhadas com as diretrizes do Pacto Global.
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Somos um grupo especializado em gestão de aterro sanitário, geração de energia e saneamento de água e de esgoto, que existe desde 1965...
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13 REVISTA DE RESÍDUOS DE ENERGIA
Como o equipamento TANA SHARK tem contribuído para aumentar os resultados das empresas de blendagem no Brasil
Hoje, quando falamos sobre a correta destinação dos resíduos oriundos de atividades industriais e do consumo humano, nos deparamos com uma preocupação massiva pela busca de tecnologias voltadas ao reaproveitamento e valorização destes resíduos, gerados em grande quantidade diariamente.
Essa preocupação vem de encontro com a necessidade, cada dia mais urgente, da adoção de práticas ambientais aderentes a políticas de ESG, Economia Circular, Des-
carbonização e destinação mínima de resíduos para aterros sanitários, cujo objetivo é fazer retornar às cadeias produtivas os produtos que elas mesmas geram.
Entre tantos processos existentes, a recuperação de resíduos secos – papel, plástico, metal, vidros por exemplo – se destaca como o mais conhecido e praticado no mundo. Entretanto, nota-se que a busca por alternativas como a valorização do resíduo na produção de CDR – Combustível Derivado de Resíduos está cada vez mais pulsante no Brasil e no mundo.
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Triturador de resíduos TANA SHARK
EQUIPAMENTOS PARA PRODUÇÃO DE PRÁTICAS AMBIENTAIS
Produção de CDR em passo único
Versatilidade em trituração
Eficiência Operacional
Facilidade de manutenção
Sistema de controle de operação
Pós venda no Brasil
BIOMASSA | CDR | CDRU
Tenha a seu favor todos os benefícios dos melhores trituradores de resíduos do mercado
15 REVISTA DE RESÍDUOS DE ENERGIA maquinasolo.com.br
EQUIPAMENTOS DE ALTA PERFORMANCE
Economia circular Crédito de CO² Waste to energy Aterro mínimo (11) 99639-2082 Saiba mais
Triturador de resíduos - TANA SHARK
Confiança que gera resultado
Pré-triturador - KROKODILE
Triturador de resíduos florestais - ROTOCHOPPER
O fato de promover uma destinação mais adequada ao resíduo industrial e urbano permite com que o CDR substitua a utilização de combustíveis fósseis e não-renováveis, como no processo produtivo das cimenteiras por exemplo.
E o fomento pela utilização deste recurso ainda se dá pela otimização nos custos, uma vez que os elevados preços dos subprodutos do petróleo, variam exponencialmente por conta das variações do câmbio e das cotações globais.
Neste contexto, encontramos os grandes gerenciadores de resíduos, empresas de blendagem no Brasil, como a peça-chave para a transformação do resíduo em combustível alternativo. E, para isso, a obtenção de tecnologia avançada em equipamentos é primordial para garantia de um CDR de qualidade e que atenda as especificações das indústrias de coprocessamento.
Posto isto, temos como exemplo a atuação de uma grande gerenciadora de resíduos localizada no município de Guarulhos, na grande São Paulo, responsável pelo recebimento de grande volume de resíduos, possuía um gargalo em sua operação ao ponto de acumular grande parte desse volume dele em pilhas enormes, que cresciam em ritmo sempre mais rápido que o do processo de encaminhamento para a produção de CDR.
E como solução, a gerenciadora decidiu por adquirir o triturador Tana Shark da fabricante finlandesa TANA OY, que não apenas eliminou o gargalo da sua planta CDR, como permitiu um ganho de 50% na produção.
Versatilidade em trituração a toda prova
Utilizado para solucionar esse gargalo da gestora de resíduos sólidos, um triturador TANA SHARK resulta da combinação entre construção robusta e re-
cursos tecnológicos de ponta, que lhe assegurou presença cativa em plantas de processamento de resíduos de diversos países.
É um equipamento extremamente versátil, capaz de processar mais de 12 diferentes tipos de resíduos, dentre eles resíduos industriais, classe I.
Produção de CDR em passo único
Pioneira na utilização de sistemas de controle elétricos e soluções inteligentes nesse gênero de soluções, a TANA produz, além de trituradores, outros equipamentos para manejo de resíduos sólidos, como compactadores e peneiras.
A valorização energética dos resíduos já é uma realidade
Com capacidades variando entre 7 e 12 ton/h na produção de CDR em uma única etapa, o triturador TANA SHARK podem contribuir para elevar ainda mais esses já expressivos números. Disponíveis em versões fixas, montados sobre esteiras ou sobre semirreboques, eles permitem o processamento tanto dos resíduos pós-consumo quanto daqueles diretamente gerados pelas atividades comerciais e industriais, que muitas vezes mesclam materiais diferentes, como papel, papelão, metais, diferentes plásticos, entre outros.
Seus recursos permitem associar redução dos custos a aumento de produção e da produtividade; e, no caso de versões elétricas, também com índices inferiores de ruídos e nenhuma emissão de gases geradores de efeito estufa.
E todos trazem a chancela da reconhecida qualidade da TANA, empresa de origem finlandesa cujos produtos são utilizados em mais de cinquenta países, hoje uma das líderes do mercado mundial de máquinas e equipamentos para processamento mecânico de resíduos sólidos.
No Brasil, o uso desse combustível é ainda recente: teve início mais efetivo há apenas três décadas. Mas segundo estudo da ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland -, entre 1999 e 2021 as cimenteiras nacionais já haviam coprocessados em seus fornos quase 23 milhões de toneladas de resíduos, incluindo pneus usados, solos contaminados, biomassa, matérias-primas substitutas de metais, entre inúmeros outros materiais que deixaram assim de ser enviados a aterros.
Apenas em 2021, elas coprocessaram aproximadamente 2,4 milhões de toneladas de resíduos: volume mais de 155% superior àquele registrado apenas cinco anos antes, e que evitou a geração de cerca de 2,3 milhões de toneladas de CO2.
A Máquina Solo, um dos principais players no fornecimento de equipamentos importados de alta performance para o segmento de tratamento de resíduos no Brasil, tem contribuído para o crescimento e ganho de resultados das gerenciadoras que tem implementados as práticas de valorização de resíduos.
Além do segmento de produção de CDR e Blendagem, empresas de reciclagem de resíduos da construção e demolição, compostagem e aterros sanitários contam com equipamentos fornecidos por meio da Máquina Solo.
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Grelha abaixo da caixa de trituração para dimensionamento do material de saída – CDR
GRUPO SIEBERT
Quem somos
A Siebert fundada há 32 anos, forma atualmente um grupo de empresas que atuam no segmento de processamento de resíduos sólidos e segurança de contra incêndio e explosão de pó. Ao longo deste tempo, trouxe da Europa produtos de alta tecnologia para estes segmentos. O ramo de processamento de resíduos sólidos tem muito valor para a Siebert desde 2010, quando iniciou no processamento de resíduos florestais e reciclagem de madeira nos grandes centros urbanos. Hoje a Siebert é distribuidor exclusivo de 5 marcas líderes globais em suas áreas de atuação.
Em todo o grupo Siebert temos atualmente +60 colaboradores de tempo integral que se dedicam a continuamente fazer frente às demandas do dia-a-dia e
fazer valer o slogan que nos move; “sua eficiência nosso propósito”.
Busca constante por sustentabilidade
A eficiência produtiva é o propósito da Siebert, dentro do mercado de reciclagem e valorização energética de resíduos sólidos (CDR e RSU). Para se destacar no mercado, a Siebert participa anualmente de encontros, feiras e eventos do setor, com objetivo de ampliar o networking, parcerias e principalmente conhecimento em soluções utilizadas no mundo todo.
Internamente a Siebert é investe em sustentabilidade de várias formas, uma, o consumo de energia elétrica é suprida por geração de energia solar própria.
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( Na imagem, equipe Siebert na sede administrativa )
( Na imagem, painel solar na sede administrativa )
"sua eficiência nosso propósito"
Plantas de operação sob medida
Todo resíduo e operação de processamento têm particularidades em seu processo produtivo que devem ser contempladas. Por isso, a Siebert conta com engenheiros especialistas no ramo para orientar quais as melhores soluções e equipamentos para cada operação.
A linha de trituradores Lindner
A Lindner oferece uma ampla gama de produtos para a trituração e reciclagem de resíduos, incluindo trituradores mono e duplo eixos, sistemas de reciclagem de plásticos, soluções para tratamento de resíduos orgânicos e equipamentos para processamento de resíduos sólidos urbanos. A empresa também oferece serviços de consultoria e assistência técnica para seus clientes.
A empresa tem uma forte presença internacional, com filiais e representantes em diversos países ao redor do mundo, incluindo Brasil, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, China, entre outros. A Lindner é vencedora de vários prêmios na Global CemFuelsConference comumente através da apresentação de inovações tecnológicas para o setor, o último foi em 2020 quando apresentou o sistema assíncrono em trituração duplo eixos independentes, sistema puramente eletromecânico equipado com DEX (gerenciamento dinâmico de energia) - https://www.lindner.com/globalcemfuels2020.
No Brasil, a Lindner é representada pela Siebert e é uma das principais linhas de equipamentos para a produção de resíduos sólidos industriais e urbanos.
capacidade de produção e qualidade de granolumetria. Para cada parte do processo produtivo, um equipamento da linha é indicado (Trituradores primários, secundários e de passo único), que atendem a uma ampla gama de materiais processados.
Prensas enfardadeiras Embaladora de material processado
A Siebert conta também com as Prensas Paal, utilizadas em operações de coprocessamento de CDR para embalar o material finalizado. A facilidade no transporte e armazenamento fazem desta etapa um dos grandes ganhos de produtividade.
Os trituradores da Austríaca Lindner são conhecidos mundialmente pela alta
Westeria
Através da Westeria a Siebert traz o equipamento imprescindível para o processamento eficiente de resíduo e produção de CDR de altíssima qualidade.
AirStar® é o melhor equipamento de classificação e separação de resíduos através do ar. A "peneira a ar" patenteada pela Westeria, proporciona alta eficiência na classificação e separação de resíduos,
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( Na imagem, Prensa enfardadeira Paal e embaladora Cross Wrap na Proamb no Rio Grande do Sul )
( Na imagem, Lindner Jupiter 3200 da Proamb no Rio Grande do Sul )
permitindo às plantas de processamento de resíduo separar a fração pesada e assim garantir melhor desempenho e economia ao granulador ou triturador secundário que assim irá garantir um CDR homogêneo e limpo de contaminantes.
EcoStar
A peneira dinâmica produzida pela EcoStar se classifica em categoria de máquinas inovadoras em função de seu sistema patenteado de discos hexagonais ou octagonais sobre eixo e intercalados por um mecanismo de eixo falso. A peneira dinâmica EcoStar está em uso em segmentos variados do processamento e classificação e separação de resíduos, desde madeira urbana a coleta seletiva, pneus, resíduos industriais etc, com capacidade para processar até 200t/h (dependendo do material a processar).
tomática de incêndios e evitam explosão de pó, garantindo assim a integridade da equipe e o patrimônio da empresa.
Segurança das plantas de processamento
Para garantir a segurança da equipe e dos equipamentos, a Siebert conta com a GreCon, Rembe e Protecfire, que atendem a área de detecção e extinção au-
Viste nosso website e conheça os nossos produtos
A Siebert possui uma ampla gama de soluções para as mais diversas plantas de operação, e convidamos você a visitar e nosso website e conhecer todas as soluções.
www.siebert.com.br
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( Na imagem, sistema de detecção e supressão de incêndios Detexline 4MC da Protecfire )
Discussão do relatório ZWE sobre dioxinas de plantas WtE
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Em janeiro, a Zero Waste Europe publicou um artigo sobre emissões de dioxinas em três usinas europeias de geração de energia a partir de resíduos. Aqui o Prof. Ph.D. Nickolas J. Themelis, diretor do Centro de Engenharia da Terra da Universidade de Columbia, Estados Unidos, discute o relatório.
Em janeiro de 2023, a Waste Management World (WMW) publicou uma pesquisa de biomonitoramento sobre emissões de incineradores de resíduos em três países pela Zero Waste Europe (ZWE). Nos últimos quinze anos, cientistas de vários países estudaram as emissões de dioxinas das usinas de energia waste-to-energy (WtE) nos Estados Unidos, França, Coréia do Sul e China e não encontraram nenhum efeito sobre a saúde pública. Por exemplo, em 2012, a Universidade de Columbia fez um estudo detalhado das emissões de dioxinas das usinas de energia WtE dos EUA e dos aterros sanitários dos EUA. Descobrimos que o total anual de emissões de dioxinas WtE era de 3 gramas TEQ. Em comparação, o total de emissões de dioxinas de aterros sanitários nos EUA, devido a quase 3.000 queimadas involuntárias/ espontâneas em aterros, foi de 1.500 gramas de TEQ.
As dioxinas são formadas durante a combustão de biomassa e outros materiais contendo cloro. Entretanto, desde os anos 90, os sistemas de controle da poluição do ar das usinas elétricas WtE são fornecidos com injeção de carbono ativado e captura de partículas que diminuíram as emissões de dioxinas em mil vezes. Portanto, fiquei surpreso com o relatório Zero Waste Europe e procurei e encontrei o estudo original do ToxicoWatch encomendado pela ZWE. Eles estudaram a usina elétrica Kaunas WtE na Lituânia. (200.000 toneladas por ano, projetada pela JFE do Japão). Foram amostrados ovos para dioxinas em seis
locais dentro de um raio de três quilômetros da WtE. Cinco estavam abaixo do padrão da UE de 3 pg TEQ de dioxinas/ grama de gordura. Um local (número 6, a favor dos ventos predominantes para a fábrica e 300 m de outros locais de amostragem) era seis vezes maior do que a norma da UE. Não houve explicação no relatório ToxicoWatch para isto; apenas a nota "deve ser investigada por mais pesquisas". Um problema com este estudo detalhado é que ele não mostra qual é o nível de base de dioxinas nos ovos lituanos longe de qualquer planta da WtE.
Encontrei na literatura uma revisão das dioxinas em ovos de galinhas criadas em liberdade/orgânicos em cinco países europeus. Tinha recebido mais de cem citações e relatou (Tabela 3) concentrações de dioxinas em ovos variando de 0,4 a 19 pg de TEQ por grama de gordura.
O Conselho Global WtERT é uma
organização acadêmica internacional fundada pela Universidade de Columbia e estudou todos os meios de gerenciamento sustentável de resíduos, especialmente o gerenciamento de resíduos pós-ciclagem (ou seja, os resíduos remanescentes após toda a reciclagem e compostagem). Esses resíduos variam de 50% do total de resíduos sólidos urbanos (por exemplo, na Alemanha) a 60% nos Estados Unidos e 90% em muitos países em desenvolvimento. A propósito, na Alemanha todos os RSU pós-ciclagem vão para usinas WtE; nos EUA, 10% são queimados em usinas elétricas WtE e 90% são depositados em aterros.
Zero Waste Europe é uma organização cuja missão declarada é "mudar o mundo para melhor". Contudo, seu relatório de janeiro de 2023 é enganoso e contrário a esta missão.
Fonte: https://waste-management-world.com/ resource-use/discussion-of-zwe-report-on-dioxins-from-wte-plants/?utm_campaign=Magazin-NL_WMW&utm_ medium=email&_ hsmi=249112994&_hsenc=p2ANqtz-82QPluvX-l4ePvc6aL4RTsaTDf70WKtI16wbbK_VzF-31N0hWJZ9cdYFU43DqKmTN8bPhgECsTuYIJg_ peIexrkb_lBw&utm_content=249112994&utm_ source=hs_email
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The EU is rapidly phasing out landfilling. - © zVg
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Planta Industrial
PREPARE-SE WWW.FORUMGDSUL.COM.BR 26 E 27 ABRIL 2023 save the date PORTO ALEGRE - RS - BRASIL 18°FórumGD FÓRUM REGIONAL DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA COM FONTES RENOVÁVEIS REGIÃO SUL
RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS é aliada na redução de emissão de GASES EFEITO ESTUFA
Os efeitos do aquecimento global já são uma realidade. O último relatório do WMO (World Metereological Organization) da ONU, para o quinquênio 2018–2022, apresentou provas incontestáveis que já estamos sofrendo os efeitos das emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE):
a) A temperatura média global no período cinco anos (2018–2022) foi 1,17 °C acima da média do período de 1850–1900. Os últimos anos, a partir de 2015, foram os sete mais quentes registrados desde 1850;
b) Em 2022, ondas de calor excepcionais afetaram a América do Norte, com temperaturas recordes de 49,6 °C na British Columbia, Canadá, quebrando os recordes prévios do país em 4,6 °C;
c) O calor armazenado nos oceanos no período é o maior que o de qualquer outro registrado no período de 5 anos;
d) A concentração de gases de efeito estufa continua a crescer e atinge um novo recorde a cada ano.
Os últimos Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indicam que, para as regiões urbanas, o setor de resíduos é uma fonte significante de GEE, em particular o metano (CH4). Sendo que este setor se mantém como o que mais contribui para as emissões urbanas, após o setor de energia. E conclui que, a depender do contexto, as prioridades são a redução de geração de resíduos e a transformação dos resíduos em energia ou outros produtos, dentro do conceito da Economia Circular.
Neste contexto, o Brasil foi contemplado, em 2022, pelo excelente trabalho realizado pelo Programa de Energia para o Brasil (BEP) do Governo Britânico e executado pelo consórcio de organizações liderado pela Adam Smith International (ASI) e com a participação do Instituto 17 (i17), Carbon Limiting Technologies (CLT), Hubz e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Dentre as várias publicações da Frente de Aproveitamento Energético de Resíduos, dois volumes foram dedicados ao Aproveitamento Energético de Resíduos Sólidos no Brasil:
(i) Potencial energético por arranjo tecnoló-
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Francisco Leme é sócio administrador da W4 Resources, professor do curso em administração pela FGV São Paulo em Tratamento e Recuperação Energética e vice-presidente do Conselho da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN).
artigo
gico; e (ii) Potencial de descarbonização por arranjo tecnológico.
Utilizando os dados deste trabalho, fizemos a análise abaixo onde indicamos o potencial que a atividade de Recuperação Energética pode contribuir para a redução de GEEs gerados pela atividade de destinação de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil.
O Instituto 17, que elaborou os estudos citados acima, indica, como cenário base, as emissões de Aterros com 50% de gases fugitivos, sendo que os demais 50%, queimados via flare, representam 1.883,15 kg de CO2 equivalente por tonelada de RSU.
para lixões e não coletados fossem direcionados para aterros controlados ou sanitários.
Destas emissões, há algumas reduções a serem consideradas, pois uma pequena parte destes gases são captados em alguns aterros e transformados em energia elétrica, bem como parte dos RSU começam a ser transformados em Combustível Derivado de Resíduos Urbanos (CDRU) e substituem combustíveis fósseis via Coprocessamento em Fornos de Clínquer (fábricas de cimento).
O relatório do Instituto 17 indica diversos arranjos tecnológicos para o aproveitamento energético de RSU, assim como os respectivos índices de emissões de GEE. Entre os diversos cenários, escolhemos para a nossa análise os 4 listados abaixo, que consideramos os mais prováveis a serem utilizados:
1. Geração de CDRU da fração não orgânica para substituição de combustíveis fósseis via Coprocessamento e a fração orgânica gerando energia elétrica pelo biogás de Biodigestão de Alta Eficiência. Neste cenário, as emissões de GEE são negativas (-9,93 kg eq de CO2 por t RSU).
Podemos inferir que, nos casos de aterros sem “flare”, sem captação de gases para queima em flare ou para geração de energia elétrica, o valor acima atinge patamares de 2.184 kg equivalente de emissões de CO2/t de RSU.
As 79.069.585 toneladas de RSU geradas por ano (2019) seguem com as seguintes destinações:
2. Geração de energia elétrica (EE) via combustão do RSU em grandes Unidades de Recuperação de Energia (URE), tec- nologia já utilizada, há décadas, na Ásia, América do Norte, África e Europa, com 2.445 usinas em operação atualmente, representando 25 GW de potência instalada equivalentes à usinas eólicas. Neste cenário, as emissões de GEE totalizam 224,41 kg equivalentes de CO2 por tonelada de RSU.
Utilizando os dados do Instituto 17 e da ABRELPE, podemos inferir que o país gera, em um pior cenário, anualmente, cerca de 154 milhões de teq de CO2 (Base 2019). Esta quantidade poderá ser um pouco inferior se tivéssemos as reais condições das emissões oriundas dos lixões, aterros de pouca profundidade e dos resíduos não coletados, em que as emissões de metano tendem a cair. Mas, de toda forma, os 154 milhões anuais servem como referência, pois seria o valor correto se todos os RSU enviados em 2019
3. Geração de energia elétrica via processo de gaseificação. Neste cenário, as emissões de GEE totalizam 254,63 kg equivalentes de CO2 por tonelada de RSU. Foi prevista a secagem da fração orgânica com a energia térmica residual da caldeira, agregando esta fração orgânica seca ao CDRU da fração não orgânica.
4. Geração de biometano, com aproveitamento de biogás dos aterros. Neste cenário, as emissões de GEE totalizam 635,61 kg equivalentes de CO2 por tonelada de RSU. O estudo indica este cenário como o mais eficiente em redução de emissões se comparado à utilização do biogás captado em aterros para geração de energia elétrica.
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Fonte: Aproveitamento energético de RSU no Brasil. Potencial de descarbonização por arranjo tecnológico. Programa de Energia para o Brasil – BEP (Brasil). Relatório técnico 07-2022. São Paulo-SP: Instituto 17, 2022.
artigo
Fonte: ABRELPE - Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil 2020.
Resumidamente, os quatros cenários que escolhemos para nossa análise geram as seguintes emissões:
Para calcularmos o potencial máximo de redução dos GEE, simulamos a seguin te destinação de RSU. De quase 80 milhões de toneladas de RSU gerados em 2019 para recuperação energética, seria seguida a se guinte ordem de prioridades:
a) 6,5 milhões de toneladas de RSU utili zadas na atividade Coprocessamento pela indústria cimenteira. Esta quantidade está calculada com base no Roadmap Tecno lógico do Cimento suas emissões de CO
b) 40 milhões de toneladas de RSU, ge radas nas grandes regiões metropolitanas do país, enviadas a Usinas de Recupe ração Energética (URE) para geração de energia elétrica ou térmica;
c) 13,5 milhões de toneladas de RSU, geradas em regiões metropolitanas de médio porte, enviadas para gaseificação com geração de energia elétrica;
d) 19 milhões de toneladas de RSU, en viadas em 2019 para lixões ou não co letadas, serão destinadas a aterros com coleta de biogás e transformados em biometano.
Aplicando-se os dados acima, o potencial de redução das emissões de 154 milhões/ ano de toneladas equivalentes de CO sariam para 24,5 milhões de toneladas, o que corresponde anualmente à redução de 129,5 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
Em termos de comparação, a eficien te atividade de agricultura do país gera, anualmente, segundo o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), 105,4 mi lhões de toneladas equivalente de CO Valores, estes, que podem ser compensa dos nas emissões do país com a adoção das atividades de Recuperação Energéti ca de Resíduos, mediante compra e venda de créditos de carbono.
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artigo
1 Roadmap Tecnológico do Cimento (SNIC – Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, 2019).
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O Global WtERT Council, representado por mais de 26 universidades e institutos de pesquisa, compartilha uma carta aberta para líderes mundiais na COP27
Gostaríamos de chamar sua atenção para o fato de que a geração de metano a partir de lixões e aterros sanitários é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera. De acordo com um estudo de 2018 do Banco Mundial12, cerca de 1,2 bilhão de toneladas de resíduos sólidos pós-reciclagem são depositados em aterros anualmente. A quantidade média de metano gerada em aterros foi estimada11 em 0,05 toneladas de metano por tonelada de resíduos depositados em aterro. O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) estimou que, para um horizonte de 100 anos, o efeito de uma tonelada de metano equivale a 25 toneladas de dióxido de carbono; enquanto para um horizonte de 20 anos a equivalência de metano para CO2 é 72. Com base nos números acima, a geração global de metano de aterros é equivalente a algo entre 1,5 e 4,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono. Parte do metano do aterro é capturado em aterros sanitários; por exemplo, os aterros sanitários dos EUA capturam cerca de 100 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente11. Uma série de estudos recentes, usando medições diretas de plumas de metano de aterros sanitários, mostraram que as emissões me-
1 Centro de Engenharia da Terra, Universidade de Columbia (https://earth.engineering.columbia.edu)
2 Global Waste-to-Energy Research and Technology Council, (wtert.org)
didas são em média mais do dobro das emissões modeladas relatadas nos atuais inventários de GEE[i]–[vi]. Com base neste crescente conjunto de dados, as emissões de metano de aterros sanitários são comparáveis às emissões de metano de todo o setor agrícola. [vii].
O desenvolvimento econômico e a urbanização desde 1950 têm sido acompanhados por um enorme aumento de resíduos urbanos, estimado por um relatório do Banco Mundial de 201813 em dois bilhões de toneladas e projetado para dobrar nas próximas décadas. A gestão de resíduos tornou-se o principal item de custo das cidades desenvolvidas (por exemplo, US$ 1,8 bilhão para a cidade de Nova York) e um grande problema ambiental das cidades do mundo em desenvolvimento. A “hierarquia” da gestão de resíduos (ver abaixo) é uma ilustração das principais formas de lidar com os resíduos urbanos. A redução, a reciclagem e a compostagem estão no topo dessa “hierarquia”, mas a experiência internacional mostra que permanece uma fração pós-reciclagem que tradicionalmente é depositada em aterros; varia de 50% do total de resíduos urbanos, por exemplo. em alguns países europeus, para 90% partes do mundo em desenvolvimento. No entanto, nos últimos trinta anos, uma alternativa foi desenvolvida: a combustão de resíduos urbanos em usinas especialmente projetadas que
produzem eletricidade e calor e também recuperam metais e minerais. Essa tecnologia “Waste-to-Energy” (WtE) é agora usada para processar mais de 300 milhões de toneladas de resíduos urbanos, ou seja, quase na mesma escala dos esforços globais de reciclagem. Todos os resíduos pós-reciclagem do Japão e de vários países europeus, quase metade da China e um décimo dos EUA são processados em usinas de recuperação de energia. Além disso, muitos pequenos países em desenvolvimento construíram ou estão construindo usinas de energia que transformam resíduos em energia (WtE).
O objetivo da COP27 e de suas antecessoras é reduzir a emissão de gases de efeito estufa e mitigar as já vividas catástrofes das mudanças climáticas. É óbvio que isso só pode ser feito por uma ação decisiva em muitas frentes. Uma muito importante é a redução do aterro, proporcionando políticas e incentivos que ampliem a aplicação da tecnologia alternativa existente, a recuperação de energia e materiais de resíduos urbanos (WTE).
O metano é o segundo maior impulsionador da mudança climática antropogênica.[viii] De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), “cortar o metano é a alavanca mais forte que temos para desacelerar a mudança climática nos próximos 25
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Carta do Prof. Nickolas J. Themelis1 e de todos os membros do Global WtERT Council2 um consórcio internacional de universidades representando 24 nações para o Comitê Organizador da COP27
anos.”[ix] a curto prazo, reduzir as emissões de poluentes climáticos de vida curta, como o metano, é mais eficaz do que reduzir o CO2.[x] O 6º Relatório de Avaliação do IPCC8 observa que a redução do metano “se destaca como uma opção que combina ganhos de curto e longo prazo na superfície temperatura e leva a benefícios de qualidade do ar, reduzindo os níveis de ozônio de superfície globalmente.”
plex urban source: An Indiana landfill study, Elem Sci Anth, 5: 36, https://doi.org/10.1525/elementa.145
5. Ren et al. (2018) Methane Emissions From the Baltimore-Washington Area Based on Airborne Observations: Comparison to Emissions Inventories, Journal of Geophysical Research: Atmospheres, 123, 8869–8882. https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1029/2018JD028851
6. Jeong, S., et al. (2017), Estimating methane emissions from biological and fossil-fuel sources in the San Francisco Bay Area, Geophys. Res. Lett., 44, 486–495 https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/ full/10.1002/2016GL071794
7. Total 2019 U.S. landfill methane emissions, as reported in U.S. EPA (2021) were 4.58 MMT CH4. On average, measured landfill emissions from recent data referenced herein were 2.3X greater than reported. Adjusting U.S. inventory with this factor yields total landfill emissions of 10.5 MMT CH4. Total agricultural sector emissions, inclusive of enteric fermentation, manure management, rice cultivation, and field burning of agricultural residues were 10.26 MMT CH4.]
8. IPCC, 2021: Climate Change 2021: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Masson-Delmotte, V., P. Zhai, A. Pirani, S. L. Connors, C. Péan, S. Berger, N. Caud, Y. Chen, L. Goldfarb, M. I. Gomis, M. Huang, K. Leitzell, E. Lonnoy, J. B. R. Matthews, T. K. Maycock, T. Waterfield, O. Yelekçi, R. Yu and B. Zhou (eds.)]. Cambridge University Press. In Press. https://www.ipcc.ch/report/ ar6/wg1/#FullReport
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2. Wecht et al. (2014) Spatially resolving methane emissions in California: constraints from the CalNex aircraft campaign and from present (GOSAT, TES) and future (TROPOMI, geostationary) satellite observations, Atmos. Chem. Phys. 14, 8173-8184. https://www.atmos-chem-phys.net/14/8173/2014/acp-14-8173-2014.pdf
3. Cambaliza et al. (2015) Quantification and source apportionment of the methane emission flux from the city of Indianapolis, Elementa: Science of the Anthropocene,3:37. https://www.elementascience.org/articles/10.12952/journal.elementa.000037/
4. Cambaliza et al. (2017) Field measurements and modeling to resolve m2 to km2 CH4 emissions for a com-
9. https://www.unep.org/news-and-stories/press-release/global-assessment-urgent-steps-must-be-taken-reduce-methane United Nations Environmental Program (UNEP) (2021) Global Methane Assessment: Benefits and Costs of Mitigating Methane Emissions, https://www.unep.org/resources/report/global-methane-assessment-benefits-and-costs-mitigating-methane-emissions
10. Hu et al. (2013) Mitigation of short-lived climate pollutants slows sea-level rise, Nature Climate Change, 3, 730-734. https://www.nature.com/articles/nclimate1869
11. Themelis, N.J., Bourtsalas, A.C., Methane Generation and Capture of U.S. Landfills, Journal Environmental Science and Engineering, p.199, 2021 (https:// www.davidpublisher.com/Public/uploads/Contribute/61ad830cee8a6.pdf)
12. Kaza, S.; Yao, LC, Bhada-Tata, P. et al.; What a Waste 2.0: A Global Snapshot of Solid Waste Management to 2050, World Bank 2018 (https:// openknowledge.worldbank.org/handle/10986/ 30317)
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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA REVALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS
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A diretiva de 1999 da Comissão da União Europeia traz importantes recomendações para mitigar os danos ambientais que podem ocorrer após o encerramento dos aterros sanitários
O artigo 10º da Diretiva 1999 da Comissão da União Europeia, que trata dos custos da disposição de resíduos em aterros, determina que os Estados-membros tem que garantir que o valor cobrado pelo operador do aterro sanitário, referente ao serviço de disposição dos resíduos, consiga cobrir a instalação e a exploração do aterro, a garantia financeira e, especialmente, a manutenção do aterro após o seu encerramento durante um período de, no mínimo, 30 anos. Todos esses custos deverão ser transparentes à população.
O artigo 13º, alínea “c”, prescreve que enquanto o aterro apresentar perigo ao meio ambiente, o operador deverá fazer o acompanhamento da manutenção, podendo então ultrapassar o mínimo de 30 anos, a depender das exigências das autoridades.
O cenário dos aterros no Brasil não tem seguido o exemplo europeu nos últimos anos. A preocupação é pertinente, pois negligenciar a responsabilidade do pós-cuidado dos aterros pode acarretar problemas socioambientais severos no futuro. Hoje,
R$ 5,5 bilhões/ano são gastos no tratamento de pessoas no sistema de saúde devido a má gestão do lixo urbano. De acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial, os países que mais utilizam tecnologias de Waste-to-Energy (WtE), menos gastam em saúde devido à melhor gestão do lixo urbano.
Em contrapartida, Usinas WtE, por mais que tenham um custo mais elevado de início, o encerramento de suas operações é bem mais vantajoso, tendo em vista que a própria usina pode ser revitalizada pelo uso da manutenção preventiva ao longo do período de operação e de técnicas de recondicionamento, prolongando sua vida útil, ou se preferir, o local pode ser utilizado para outros fins.
Tratando de questões ambientais, plantas WtE ajudam a reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Desviando os resíduos dos aterros, impedem a liberação do gás metano, que de acordo com a UNEP, é um componente 80x mais potente que o C02 para o aquecimento global no horizonte de 20 anos (GDP).
Ph.D. Ronaldo Stefanutti. Coordenador do laboratório de resíduos sólidos e efluentes, professor no Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará.
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O cenário dos aterros no Brasil não tem seguido o exemplo europeu nos últimos anos...
FÓRUM E FEIRA ENERGY STORAGE
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SETEMBRO A DEFINIR
FRG DAY A DEFINIR
A DEFINIR FEVEREIRO
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FEVEREIRO 08 E 09
SÃO PAULO - SP
FÓRUM GD SUDESTE 01 E 02
MARÇO VITÓRIA - ES
FÓRUM DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA AMAZÔNIA E FÓRUM CABONO NEUTRO
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MARÇO
MANAUS - AM
4º FÓRUM DE VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS 04 E 05
ABRIL BRASÍLIA - DF
FÓRUM GD SUL 26 E 27
ABRIL PORTO ALEGRE - RS
SMART CITIES BRASIL 09 E 10
MAIO SÃO LUIS - MA
EXPOMOBI 14 E 15
FÓRUM GD NORTE 20 E 21 SETEMBRO BELÉM - PA
SOLAR EXPERIENCE 27 E 28
SETEMBRO CHAPECÓ - SC
ESG Summit A DEFINIR OUTUBRO A DEFINIR
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OUTUBRO SÃO PAULO - SP A DEFINIR
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CBGD/EXPOGD 16 E 17 NOVEMBRO BELO HORIZONTE - MG
FÓRUM HIDROGÊNIO A DEFINIR A DEFINIR
FÓRUM GD NORDESTE
JUNHO SALVADOR - BA 28 E 29
JUNHO NATAL - RN
SMART CITIES BRASIL 05 E 06
JULHO
RIO DE JANEIRO - RJ
FÓRUM GD CENTRO-OESTE 09 E 10
AGOSTO GOIÂNIA - GO
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DEZEMBRO FORTALEZA - CE
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DEZEMBRO A DEFINIR