N° 10 | novembro | 2013
Revista dos antigos alunos do Santo Inácio
Sandálias usadas por Santo Inácio estão em museu, em Roma
200 anos de caminhada
Companhia de Jesus comemora o segundo centenário de sua restauração
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Índice
N°10 | novembro | 2013
Em artigo, o jesuíta André Luís de Araújo reflete sobre os 200 anos da restauração da Companhia de Jesus página
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Matéria apresenta o novo responsável pela Formação Cristã do colégio e seus planos para a diretoria página
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Pré-vestibular social criado por antigos alunos, Invest faz 15 anos e transforma a vida de muitas pessoas página
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O padre Adroaldo Palaoro escreve sobre o Natal e disserta sobre a importância da data página
Revista dos antigos alunos do Santo Inácio
Conselho Editorial Pe. Luiz Antonio de Araújo Monnerat, SJ; Izabela Fischer; Olga de Moura Mello e Maria José Bezerra
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Saiba dos resultados e veja algumas das fotos do torneio de futebol dos antigos alunos do CSI página
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Jornalista Responsável Pedro Motta Lima (JP21570RJ) (editor@revistasino.com)
Colabore com as obras sociais da
Produção ML+ (Motta Lima Produções e Comunicação) Tiragem 5 mil exemplares Gráfica Walprint
Fale Conosco sino@revistasino.com.br www.revistasino.com.br
Associação dos Antigos Alunos dos Padres Jesuítas - RJ Rua São Clemente, 216 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2527-3502 - contato@asiarj.org.br
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Revisão André Motta Lima
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Diagramação Daniel Tiriba (dtiriba@gmail.com)
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Projeto Gráfico Ana Mansur (anamansur@gmail.com)
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editorial
Foram dois anos e 10 revistas. Neste período mostramos as obras sociais realizadas pela associação de antigos alunos do colégio, levamos um pouco da nossa escola para as pessoas que estão há anos sem visitá-la, falamos sobre os 100 anos da Igreja de Santo Inácio, além de prestigiar os nossos colegas que hoje trabalham no colégio. Infelizmente faço esta retrospectiva para anunciar que esta é uma edição de despedida. A Sino, apesar do excelente retorno entre os leitores, vai parar de circular. Agradecemos os comentários, feitos pessoalmente ou por emails. Foram muitos elogios, agradecimentos, incentivos e críticas, sempre construtivas, de pessoas que queriam uma revista ainda mais bacana. Todos foram importantes para nós. Entretanto, um dos nossos objetivos iniciais não foi alcançado: não gerar despesa para o colégio ou para a Asia e, se possível, contribuir financeiramente com as obras sociais. O mercado editorial passa por uma fase complicada - o Grupo Abril, por exemplo, acabou com quatro revistas neste ano -, mas fazemos um mea culpa: não conseguimos fazer com que a Sino se tornasse autosustentável. Nesta área, falhamos. Esperamos que a iniciativa fique na memória de todos de uma forma positiva. Muito obrigado, feliz Natal para todos e divirtam-se com a última edição.
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Pedro Motta Lima (94) editor@revistasino.com.br
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antigos alunos
Quantos rostos conhecidos, de tantas manhãs e recreios. Gente que não vemos há anos, mas ainda assim sabem tanto sobre nós, que às vezes é mais do que somos capazes de lembrar. Cada história que alguém conta refaz as cenas esmaecidas do que aparentava estar perdido para sempre no buraco negro das nossas memórias. Que engraçado ter tanto carinho por essas pessoas, só porque dividimos momentos felizes. Andando por ali redescubro o quão bem me faz aquele lugar. Mais uma vez recosto na arquibancada do campão à sombra de alguma árvore, deslizo as mãos pelos corrimões gastos de madeira. Caminho devagar pelos corredores, olhando as fotos em preto-e-branco no alto das paredes, e lembro de assim ter a esperança de a aula acabar mais rápido. A mureta e o sino, as vozes e as risadas ao fundo, o batuque dos nossos passos nas
escadas para chegar logo no pátio, recordações tão vivas que de algum modo já fazem parte de nós. Sinto saudades do que éramos e do que então gostaríamos de ser. Naquela época, embora cheios de sonhos e expectativas, não tínhamos ainda ideia do que a vida nos reservava. Não imaginávamos as tantas escolhas, as conquistas, as perdas e os recomeços. O curioso é que, se o mundo do lado de fora não provoca mais tanto medo, o de dentro ainda é mágico, e nos acolhe como se fôssemos sempre as mesmas crianças. Faz quinze anos. A sensação é de que é tanto tempo, e na correria do nosso dia-a-dia está tudo tão distante, que temo esquecer de vez das coisas que vivemos. Mas quando estamos ali, todos reunidos, por alguns instantes parece que foi ontem... Fernanda Medina Pantoja (98) advogada e professora na PUC-Rio
“Sábado a família inaciana perdeu mais um de seus membros: Waldir Juruena, colega e amigo de mais de 60 anos. Vera e Waldir moravam na Urca, em frente ao mar. Nos separava a enseada de Botafogo, eu na Rui Barbosa e ele do outro lado brincávamos de fazer sinal morse de lanterna de uma janela para a outra - farra de senhores sexagenários. Uma lanterna se apagou. A outra, pelo tempo, fica cada vez mais bruxuleante e, um dia, também vai se apagar.” Fernando Magalhães (54)
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Despedida
Formada no Colégio Santo Inácio em 1994, Paula Abreu lança no dia 5 de dezembro, uma quinta-feira, às 19h, na livraria Argumento do Leblon, o livro Escolha Sua Vida. Apartir de uma experiência pessoal, de abandonar carreira bem-sucedida na área de direito e alterar seu estilo de viver, Paula estimula as pessoas a seguirem seus desejos. “Todos os dias, a vida nos dá uma nova chance de recomeçar. Mas em geral o medo, a insegurança e a falta de tempo nos impedem de aproveitar essa oportunidade. Ao ler este livro, você vai descobrir como se abrir para essas mudanças, sair da inércia e começar a viver a vida segundo as suas próprias regras”, argumenta. Este é o 4 livro de Paula.
didáticos são os campeões de venda. “Principalmente os alunos do Ensino Médio e do Curso Noturno compram muitas obras”. Os colaboradores do CSI também participaram. Enquanto se dirigia a um dos corredores da escola, o auxiliar de coordenação Paulo Mariano escolhia seus títulos. “Toda vez que passo dou uma olhadinha rápida, até escolher algum, geralmente uma história de ficção”, comentou Paulo Mariano. Em junho, o Sebo Solidário já tinha arrecadado R$ 2,574, até então, a maior quantia dos últimos dez anos do evento. O valor foi doado a projetos sociais apoiados pela escola. (fonte CSI)
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O segundo Sebo Solidário de 2013 voltou a superar a venda de livros dos últimos dez anos. Na última semana de outubro foram vendidos 1.290 títulos - todos doados por alunos e pela Comunidade Educativa -, com uma arrecadação de R$ 2.580,00. Toda a renda será destinada à campanha Ignacianos por Haití, que reúne fundos para a construção de escolas no país. João Iorio, da turma 12, foi um dos que contribuiu, adquirindo livros didáticos para este ano e o próximo, quando estará na 2 EM. “Além desses eu também costumo comprar livros de literatura”. Segundo Alda Maria, a Bia, bibliotecária do CSI, literatura estrangeira e os livros
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Antiga aluna lança livro
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Sebo Solidário de outubro arrecada mais de R$ 2,5 mil
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Jesuítas
Bicentenário de Restauração da Companhia de Jesus:
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ortadora de um vasto legado, ao longo de seus quase 500 anos de história, a Companhia de Jesus nasce com Santo Inácio de Loyola e seus primeiros companheiros e se desenvolve, através dos séculos, em diferentes lugares e áreas de missão. O notável trabalho apostólico e de renovação espiritual empreendido pelos jesuítas se diversifica e cresce, mesmo em face das dificuldades e conflitos enfrentados ou da necessidade e diversidade das circunstâncias sociais, políticas, geográficas e culturais dos locais em que se inserem ou onde são chamados a estar. No entanto, se um dos traços marcantes e distintivos da ação apostólica da Companhia de Jesus sempre foi o de ensinar a pensar, colaborando na análise crítica da realidade e da história dos lugares onde se faz presente, o que muita gente não sabe – a despeito da obscuridade dos fatos ocorridos à época – é que a Ordem foi supressa pelo Papa Clemente XIV, em 1773, e posteriormente restaurada, em 1814, pelo Papa Pio VII. Por outro lado, apesar desse período de aproximadamente quarenta anos
de quase completa extinção no mundo (a Companhia sobreviveu na Rússia e na Prússia), o que se faz notar é que um mesmo Espírito vem conduzindo essa história e redimindo-a por inteiro. Neste sentido, as comemorações do Bicentenário de Restauração da Companhia de Jesus, iniciado em agosto deste ano, vem nos ajudar a fazer uma memória agradecida do passado, projetando os passos rumo ao futuro. Pois, conforme consta nas Constituições da Companhia: o fim desta Companhia não é somente ocupar-se, com a graça divina, da salvação e perfeição das almas próprias, mas, com esta mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição das do próximo. Assim, fiel a essa Missão, a Companhia de Jesus, imersa no mundo, não se isentou de atritos com colonizadores e autoridades, mas vem buscando estar atenta à resposta que Deus pretende dar à situação histórica do mundo, como se pode ver na Contemplação da Encarnação [EE 101-109] – conforme destacou o Padre Carlos Contieri, Coordenador da
Comissão do Bicentenário de Restauração da Companhia de Jesus no Brasil, em sua Conferência, aqui no Colégio Santo Inácio, durante o MAG+S Brasil e a JMJ, em julho deste ano. Segundo ele, Deus aproxima-se da humanidade, e a Encarnação do Verbo nos faz compreender que nenhuma de nossas aflições, nenhum grito da humanidade cai no vazio, pois Deus se inclinou e se rebaixou para aproximar-se de nossa humanidade. Deus fez Sua a causa da humanidade e, portanto, de Sua vida divina, nossa salvação. A encarnação do Verbo de Deus é o fundamento do humanismo cristão, que inspira, também, as ações da Companhia de Jesus que está, como sempre esteve, a serviço das pessoas. De tal forma que ajudar não é um assunto a mais entre outros, senão a razão de ser de sua Missão. E os jesuítas sempre estiveram prontos para adaptar a doutrina às circunstâncias de tempo e lugar. Então, para esta comemoração do Bicentenário de Restauração, o Padre Adolfo Nicolás, Geral da Companhia de Jesus,
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André Luís de Araújo, SJ Estudante jesuíta, no Magistério, em São Paulo, no Anchietanum, e membro da Comissão das Comemorações do Bicentenário de Restauração da Companhia de Jesus no Brasil
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Consequentemente, celebrar esta Restauração é a ocasião especial para, como afirma o Padre Adolfo Nicolás, “aprender do passado, pois essa aprendizagem é uma forma de reconhecermos nosso lugar na história da salvação, como companheiros de Jesus, quem redime por completo a história humana”. E, além disso, compreender nossa missão, pois que a muitos portos chegam, todos os dias, destemidos missionários que partem ao encontro das “nações” que por nós esperam: comunidades de pobres, oprimidos, deslocados, solitários... tais “nações” clamam por um pouco de esperança, de luz e de sentido. Afinal, não é com elas que queremos partilhar a vida, no serviço da fé e da promoção da justiça?
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Saiba mais sobre o tema: http://www.bicentenariosj.com.br”
motiva-nos a que possamos pensar como celebrar em cada Província estes duzentos anos de história, dado que é a oportunidade que temos de agir com uma profundidade sempre maior e um renovado vigor espiritual, além de uma ousadia inspiradora e criativa, a serviço do Evangelho de Jesus Cristo. Em vista disso, essas festividades exigirão de nós um empenho para difundir o conhecimento da História da Companhia, sobretudo no período imediatamente anterior a sua Supressão e um pouco depois de sua Restauração, sendo necessário aprofundar, por meio de várias iniciativas e em diferentes âmbitos – em nossas diferentes obras, colégios, promovendo simpósios e grupos de estudo –, nossa compreensão desse momento da história, com um olhar iluminado pelo Espírito que nos ajuda a “tirar proveito” do vivido, numa reflexão sempre mais orante.
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Fotos de álbum de família
Formação Cristã |
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Padre Edison em Roma, no início do Ministério Petrino do Papa Francisco
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Uma nova formação cristã
fui para Campinas fazer o noviciado. O meu mestre de noviços foi o padre Monnerat”, contou ele, referindo-se ao reitor do Colégio Santo Inácio, Luiz Antonio Monnerat. Após o noviciado a primeira missão que recebeu, por parte dos jesuítas, foi em 1996, quando embarcou para João Pessoa, na Paraíba, fazer o Juniorado (tempo de estudo de humanidades e inserção pastoral). “Foi a primeira inserção social como membro da Companhia”, disse, antes de lembrar-se do desconhecimento sobre a ordem religiosa dos jesuítas antes de se tornar membro da mesma. “Durante minha infância e juventude eu participava de uma paróquia Franciscana. Sempre participei dos grupos de jovens e da igreja, mas não conhecia os jesuítas”. O primeiro contato aconteceu durante um retiro espiritual. “Foi uma experiência muito forte e resolvi que queria conhecer a Companhia”, conta. Mas entre a participação na paróquia Franciscana e o retiro, Edison se formou em Ciências Contábeis e trabalhou em dois locais, ambos no período em que
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blico alvo. “Fazíamos a articulação dos trabalhos com jovens de toda a província. Foi uma experiência de reconstrução do modo como os jesuítas gostariam de estar com e para a juventude. A nova equipe constituída no Anchietanum era formada por funcionários jovens e um bom números de jovens colaboradores e religiosas”, relembra, destacando que trabalhará para que a equipe da formação cristã possa se apoderar cada vez mais da missão de educadores. “A partir do momento que todos se sentem participantes ativos do processo, temos mais comprometimento e responsabilidade, e isto é muito bom”, acredita. O contato com esta faixa etária, no entanto, não era novidade em sua vida. Durante sua formação como membro da Companhia de Jesus, padre Edison, desde a etapa de formação, trabalhou na pastoral vocacional dos jesuítas e no pré-noviciado, ajudando aqueles que iniciavam sua trajetória de entrada na Companhia de Jesus. “Fiz o meu pré-noviciado em 1993, em Juiz de Fora. Nos dois anos seguintes
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essaltando sua missão. “Embora esta seja minha primeira missão num colégio, acredito que a Formação Cristã não deve ser considerada como um setor a parte da escola, mas estar inserida e participar efetivamente da missão de educar, que é responsabilidade de toda comunidade educativa. Somos professores de ensino religioso, agentes de formação, secretária, coordenação de ação social, voluntariado… e esta equipe, junto com o acadêmico-pedagógico, deve cumprir a função de educar”, afirmou, lembrando que a ideia é crescer em diálogo e colaboração com a vida escolar. “Esta é uma orientação da Companhia de Jesus”. Esta é a primeira passagem de padre Edison por um colégio da Companhia de Jesus. Mas não foi a primeira vez que a instituição o enviou para uma missão ligada à formação dos jovens. Em 2006 ele se tornou diretor do Anchietanum (Centro de Juventude e Vocações) , em São Paulo, setor responsável por vasta programação de retiros e atividades, sempre tendo a juventude como pú-
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Depois de 20 anos, o Colégio Santo Inácio tem um novo diretor de Formação Cristã. O escolhido para a tarefa de renovar a equipe e integrála ainda mais no projeto pedagógico da escola é o padre Edison de Lima. Vindo de Roma, este paranaense, de 43 anos, criado em Sorocaba, no interior de São Paulo, já iniciou sua tarefa. “Por enquanto tenho escutado muito. Estou no processo de conhecimento do colégio. Tenho que saber aquilo que já foi realizado pela formação cristã e analisar de forma crítica. Contudo, reconheço que muita coisa boa tem sido realizada e o setor contribui efetivamente para a formação de nossos alunos não só em excelência acadêmica, Festa de Nossa Senhora de mas também em excelência de vida ” Guadalupe, em Oxaca, no México
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estudava: uma empresa alemã de produção de peças automobilísticas e na Alpargatas, sempre no setor de planejamento de produção. “Quando me formei resolvi parar por um ano meus estudos e pensar no que fazer da vida. Sempre gostei da ideia de ser missionário, mas tinha o trabalho, as obrigações familiares. Precisava pensar e por isso busquei o retiro e o acompanhamento espiritual com o padre Herreros, no Anchietanum”, contou. Ao conhecer melhor a missão da Companhia veio a vontade de se tornar jesuíta, consagrando-se a Deus e à missão da Companhia. “Venho de uma família de oito irmãos e perdemos nosso pai muito cedo. Eu tinha 10 anos. Então havia um compromisso de ajudar minha mãe até que o irmão mais jovem pudesse assumir a tarefa. Sou o segundo mais novo. Depois que cumpri minha obrigação e passei a bola pude fazer a opção pela vida religiosa”, contou. Já dentro da Companhia, Edison teve sua primeira experiência com escolas em 1997, em Belo Horizonte. Durante os três anos que passou na capital mineira estudando Filosofia trabalhou na Pastoral da Educação, em escolas públicas. Em seguida veio o magistério, em Juiz de Fora, entre 2000 e 2001, e o início na Pastoral Vocacional da Companhia, onde permaneceu atuando até 2009. De 2002 a 2005 cursou Teologia e foi ordenado padre em Sorocaba. Com a ordenação, em 2005, veio também a coordenação da Pastoral Vocacional e, no ano seguinte, assumiu a direção do Anchietanum. A primeira missão fora do Brasil aconteceu em 2009, quando foi para o México fazer a Terceira Provação da Companhia. “A 1ª é quando você entra no noviciado, a 2ª acontece durante todo o processo de formação, até ser enviado para a 3ª formação”, explica. “Foram seis meses em Guadalajara fazendo o que chamamos de Escola do Afeto. Neste período retomamos o processo vivido na Companhia de Jesus, refazendo os exercícios espirituais de 30 dias, estu-
Foto acima, padre Edison está com companheiros jesuítas, em Roma, ao lado, bem mais jovem, durante o Serviço Militar, em 1988
Divulgação CSI / Amarildo Lopes
65 jesuítas de 30 países diferentes. Era, então, possível experimentar a riqueza cultural e a dimensão apostólica da Companhia de Jesus. Sem falar que foi muito interessante morar ao lado do Colégio Romano, um dos primeiros da Companhia, e estar próximo da Cúria Geral. Foi uma experiência de vida muito boa”. Além disso, padre Edison estava em Roma durante a renúncia do Papa Bento XVI e da eleição do Papa Francisco. “Foi uma oportunidade para viver momentos de profunda vida eclesial e intensa união com a Igreja de Roma que preside na unidade as Igrejas de todo o mundo”, relata.
dando a autobiografia, as cartas e diário espiritual de Santo Inácio. Também nos dedicamos ao estudo das constituições e outros documentos da Companhia. Foi um período de vida em comum com jesuítas de várias partes do mundo”, conta, relembrando das experiências apostólicas realizadas com indígenas e num hospital de doentes crônicos abandonados por suas famílias. No ano seguinte, foi enviado para Roma, onde estudou Ciências da Educação com especialização em Cateque-
se e Juventude. “Estudei na Pontifica Universidade Salesiana, o que foi muito interessante, pois eles são muito acolhedores e precisos nas orientações da universidade, além de possuírem uma longa experiência no estudo e pesquisa em educação, juventude e catequese. A participação dos salesianos com os seus alunos é intensa e isso nos faz sentirmos como membros de uma mesma família. Além disso, Roma foi um intensivo de Companhia de Jesus. Fiz parte da residência São Roberto Bellarmino. Éramos
Toda a vivência e aprendizado proporcionados pela Companhia de Jesus estão, desde o dia 1º de agosto, a serviço do Colégio Santo Inácio. “Tenho consciência de que a primeira função de um colégio é ser colégio, e que a escola é, no fim das contas, aluno, professor e conteúdo, mas me inserindo na aventura da educação e junto aos diversos atores da comunidade educativa é possível contribuir numa educação de crianças e jovens que não seja apenas português, matemática e as outras disciplinas. A excelência acadêmica e de vida que a Companhia propõe para seus alunos deve contemplar a formação de líderes que possam viver os valores do Evangelho, comprometidos com os desfavorecidos, com a excelência e, sobretudo, com o bem e o amor”.
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Faça a festa no salão de beleza!
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Projeto Socia
Transformando vidas há 15 anos Um filho aos 16 anos de idade fez com que ele largasse a escola e buscasse o mercado de trabalho. Esta não era a vontade, mas não havia opção. A volta aos bancos escolares aconteceu anos depois, no horário noturno para não comprometer o orçamento familiar, reforçado com o salário de office boy. Ensino Médio completo, veio a vontade
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assou para Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Católica (PUC), onde conseguiu bolsa de estudos e cursou também o seu mestrado. Hoje Getúlio Fidelis é coordenador do pré-vestibular que, segundo o próprio, mudou sua vida. E esta história passou a ser fonte de estímulo para outros cariocas vencerem pela educação. “No Invest eu aprendi muito, tanto no sentido acadêmico quanto para a vida, conheci minha atual esposa, meus amigos e é onde sou feliz”, conta o mestre. Getúlio e sua história simbolizam os 15 anos do curso criado por meia dúzia de antigos alunos do CSI, em 1998. “Tínhamos saídos do colégio, onde participávamos ativamente do Movimento de Ação Inaciana pela Solidariedade, o Mais. Ficamos órfãos de repente. Nos organizamos e batemos na porta da Pastoral e da Reitoria pedindo para fazer algo. O Santo Inácio colocou uma pessoa ao nosso lado para nos ajudar a definirmos o que poderíamos fazer. Nossa ideia era trabalhar com alfabetização de adultos. Rapidamente vimos que não tínhamos competência para isso. Os pré-vestibula-
de cursar uma faculdade. E com ela a dificuldade de entrar. Foi quando ouviu falar de um curso de pré-vestibular social que acontecia dentro do Colégio Santo Inácio. Fez a matrícula. E por lá ficou por três anos - tempo que precisou para aprender tudo aquilo que todas as pessoas com diploma de nível médio deveriam saber.
res sociais estavam começando a surgir e era uma área bastante familiar para nós, pois tínhamos acabado de passar por todo este processo”, conta Fábio Campos (96), um dos fundadores do Invest e, até hoje, professor voluntário. Definido o objetivo, o colégio passou a prestar uma assessoria pedagógica, apresentando a filosofia da educação jesuíta e orientando na formulação do material que seria usado. “Os professo-
res nos ajudaram demais”, lembra Campos. O projeto saiu do papel no dia 18 de maio de 1998, com 11 voluntários e funcionando no mesmo prédio que abrigou a PUC em seus primeiros anos de existência - em frente ao estacionamento do colégio, na Rua São Clemente. Hoje em dia, o Invest funciona em quatro salas no prédio recentemente construído atrás do campão. O Santo Inácio continua cedendo o espaço e toda a estrutura para
Rafael Frota, Rita Jobim e Fábio Campos: antigos alunos ainda atuantes
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Uma das salas de aula do Invest, que fica no prédio novo do colégio, atrás do campão
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Getúlio Fidelis foi antigo aluno do Invest e hoje, já com mestrado concluído, coordena o projeto
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que o curso continue fazendo a diferença na vida das pessoas. Falando nisso, o projeto ganhou, em 2012, o prêmio Faz Diferença, na categoria País, dado pelo jornal O Globo para pessoas, empresas ou projetos capazes de, como diz o próprio nome, gerar mudanças positivas no Brasil. Mas até colher os louros, foi necessário muito trabalho. Todo voluntário, diga-se de passagem. O primeiro profissional contratado pelo Invest foi Getúlio, no ano passado. Este ano, outro antigo aluno foi contratado. “Temos um metodologia de funcionamento. Nos organizamos por equipes de disciplina, para que não fique pesado para ninguém e para termos opções de substituição”, conta Rafael Frota (XX), que, junto com Campos e Rita Jobim (96), faz parte do Conselho de Administração do projeto. O corpo de professores, além de ter antigos alunos do CSI, é composto por ex-participantes do Invest, como Getúlio. “E isso é muito
legal. A pessoa passar por aqui e voltar como voluntária é um sinal de que estamos conseguindo passar, além da questão acadêmica, o espírito da Companhia de Jesus, que recebemos enquanto alunos do Santo Inácio”, acredita Campos. Mas para ser professor do Invest não basta apenas se apresentar para o trabalho. Uma entrevista seleciona aqueles que reúnem as condições para manter a excelência educacional. “Temos que manter um bom nível para que os alunos tenham sucesso em suas provas de seleção. Sendo assim, além da entrevista, o candidato a voluntário faz uma prova de aula”, explica Frota. “Não queremos parecer arrogantes, mas isso pode evitar uma série de problemas. Não só para os alunos e os organizadores, mas para o próprio voluntário”, acredita, ressaltando que o comprometimento é fundamental. E isto sobra entre os ex-alunos do Invest, como o estudante de Biologia André Mendes, recentemente contratado para
ajudar Getúlio na administração do pré-vestibular. “Também coordeno a equipe de Biologia e dou aulas”, conta. André, assim como Getúlio, teve toda a sua formação em escolas públicas e estudou por três anos no Invest antes de passar para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). “Precisei dos três anos por uma questão de base. No Invest eu estudei matéria que sequer tomei conhecimento na rede pública”, lamenta André. Este problema, por sinal, foi diagnosticado pelos voluntários do curso pouco depois da sua criação. “Percebemos que faltava base para as pessoas. Por isso, em 2002, decidimos que o curso teria dois anos. É claro que as pessoas podem fazer o vestibular no fim do primeiro ano, e nós incentivamos que façam, pois, se não passarem, ao menos terão a experiência”, contra Campos. Foi o que fez André. E o Invest, após ter ajudado André a entrar para uma faculdade, continua mudando a vida do estudante. “Sem-
fato, sem o Santo Inácio o Invest não existiria”, conta Campos. Além disso, o Invest paga a inscrição no vestibular para os alunos que não tiverem como pagar e não conseguirem a isenção. “Existem doações eventuais que nos ajudam bastante”, ressalta Fábio. Recentemente, Arthur Pinheiro Machado, ex-sócio da Ágora Corretora e hoje um dos principais executivos da Americas Trading Group (ATG), firmou parceria com o curso que foi fundamental para cobrir gastos com taxas de inscrição, mensalidades de quem não pode pagar e material didático (veja em www.cursoinvest.com.br) As pessoas que desejarem ajudar o Invest, seja com doações ou dando aulas voluntariamente, devem entrar em contato através do email curso.invest@ yahoo.com.br.
contatos twiter @cursoinvest www.cursoinvest.com.br
FUNDADORES Marcio Lobianco (97) Rita Jobim (96) Fabio Campos (96) Pedro Genescá (97) Paulo César Tavares (97) Alvaro Souza Lima (96) PRIMEIRA EQUIPE INVEST (1998)
Luísa Aguiar (Biologia), Álvaro Souza Lima (Matemática I), Henrique Contreiras (Matemática II), Fabio Campos (Português), Maria Rita Jobim (Literatura Brasileira), Paulo Cesar Tavares (Química), Rodrigo Frota (Espanhol), Fernanda Moura (Inglês), Ana Paula Oliveira (Geografia), Luíza Gazola (Física) e Marcio Lobianco (Coordenador).
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por provas de português, matemática e redação”, conta Frota, lembrando que o curso começou com apenas 40 vagas. “O engraçado é que o número de candidatos é mais ou menos o mesmo desde o início. Aumentamos as vagas, mas os interessados estão sempre nas duas centenas. Acho que tem a ver com o aumento de oferta de vestibulares sociais. Volta e meia recebemos pessoas aqui no Invest para conhecerem o nosso projeto. O pessoal do Santo Augustinho, da Escola Parque e da comunidade judaica, por exemplo, já estiveram aqui”, complementa Campos. Mas manter o projeto por 15 anos não é uma tarefa das mais simples. Além da grande ajuda dada pelo CSI, os participantes pagam uma mensalidade de R$ 35. “É claro que ninguém deixa de estudar se não puder pagar, mas usamos este dinheiro para pagar os dois funcionários e para o material, que é rodado a preço de custo dentro do colégio. De
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pre quis fazer Biologia, desde pequeno. Minha mãe falava que eu ficava horas em frente aos posters que detalhavam o corpo humano. Mas sempre pensei em atuar na área de pesquisa. Depois que comecei a ser monitor e, depois, a dar aulas, como voluntário, aqui no Invest resolvi que posso fazer as duas coisas. É muito bacana ajudar as pessoas”, diz ele, que defende a monografia em fevereiro e já pensa em entrar direto para o mestrado. O pai, que é porteiro, e a mãe, babá, são puro orgulho do filho. Orgulho que é compartilhado com toda a equipe de voluntários quando, anualmente, são divulgados os aprovados para ingressar no ensino superior. A vitória, por sinal, já começa lá atrás, quando os estudantes passam por um processo de seleção para entrar no curso. “A cada ano abrimos umas 100 vagas, pois temos o pessoal que fica mais de dois anos. E temos, em média, umas 200 pessoas querendo entrar, que passam
facebook.com/cursoinvest
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André Mendes estudou no Invest e hoje é professor voluntário, além de contratado para ajudar o coordenador
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Natal
O que o
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palácio e a manjedoura, o imperador e a criança, Augusto e Cristo, Herodes e os pastores... esses são os pontos mais distantes entre si, os pólos extremos de toda a história humana. Esse abismo nos ajuda a compreender o modo de agir de Deus. Ele não irrompe na história pelo lado mais alto e forte; prefere revelar sua presença pelo lado mais baixo e fraco. Para encontrar Deus temos de empreender o caminho de “descida”, dirigir o olhar e o coração para o mundo da exclusão. Não é a grandeza e o poder, segundo os critérios humanos, que são decisivos para Deus. Lá em “cima” não há lugar para a Maria pobre, nem para o José sem recursos, nem para a criança sem títulos. O Filho de Deus apareceu nos grotões da humanidade, justamente lá onde ferve a luta pela sobrevivência, onde se acotovelam os esquecidos e os náufragos da vida... Deus se faz “clandestino” entre os clandestinos desta terra de exclusão.
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Com a ação ousada e surpreendente de Deus, a periferia se põe em efervescência, os pobres e excluídos se agitam, uma alegria contagia a todos. Uma novidade foi introduzida por Deus na história da humanidade: chegou a vez do protagonismo dos últimos, dos pequenos, da “massa sobrante”... Esta é a maneira que Deus escolheu para aproximar-se de nós, para percorrer os estreitos e poeirentos caminhos de nossa existência. Sua “entrada” no mundo deu-se à margem da história oficial, fora da cidade, numa noite silenciosa de Belém, no coração da terra, numa gruta de animais. Quase ninguém o percebeu. Outras “preocupações” dominavam o coração dos homens.
Natal esconde...
e revela
“...encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc. 2,12)
Segundo Jacob Boehme, místico medieval, Deus é uma Criança que brinca. É nessa atmosfera “infantil” que Deus se aproximou de nós. Ele mergulhou na nossa fragilidade humana fazendo-se criança pobre, que nasce na periferia, no meio de animais, envolvido em faixas, deitado numa manjedoura... para que ninguém se sentisse distante d’Ele, para que todos pudessem experimentar o sentimento de ternura que uma criança desperta e sobre quem nos dobramos, maravilhados. Ditosos somos nós se podemos saborear e abraçar a paz do coração que este Menino traz e oferecê-la largamente para que outros possam também receber seu dom; sem defesas, sem preços, sem temores. A “memória agradecida” do tempo do Natal nos abre os olhos e todo o nosso ser para o grande presépio que é realidade, grávida de ricas possibilidades e novidades, de sorte que nos associemos à grande “descida” do Messias para comunicar Vida em Plenitude. Humanizando-se, Jesus desatou todas as possibilidades humanas presentes em cada pessoa. Que a celebração do Natal faça emergir o que há de mais “humano” em cada um de nós.
Um “humano Natal” a todos. Pe. Adroaldo Palaoro sj
novembro 2013
No Natal, nossa fé nos possibilita afirmar que em Jesus “Deus se humanizou” e que só podemos encontrar Deus ativando o que há de mais humano em nós: nossa bondade, dignidade, compaixão..., nossas possibilidades criadoras, espirituais..., nossas reservas de riquezas interiores... No Nascimento de Jesus, Deus vem nos revelar que o mais nobre que há em nós é a nossa própria humanidade. Este é o Mistério escondido na Gruta e que poucos ficam encantados e assombrados diante dele; esta é a enorme riqueza que mereceria ser re-descoberta e que permanece oculta aos olhos daqueles que são incapazes de uma atitude contemplativa. A celebração do Natal deveria nos ajudar a criar em nossos ambientes “oásis de humanidade”. A espiritualidade natalina desperta o “ser humano” que todos temos dentro e nos possibilita a aventura apaixonante de viver a vida humanamente e vivê-la com paixão. Ela nos desafia a assumir o potencial humano criativo que está laten-
te em nosso interior. Somente a experiência do Natal interiorizada nos impulsiona construir “comunidades de solidariedade”, ou seja, tecidos sociais com um sentido mais humanizante que o círculo fechado de produção-consumo.
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É preciso estarmos abertos para as surpresas de Deus! Entremos, pois, na gruta, mas não de qualquer maneira. Estamos frente a um mistério santo: Deus se fez um de nós, assumiu tudo o que é radicalmente humano e nos engrandeceu. Os sinais são mínimos, cotidianos, demasiado simples. Há muito que ver em Belém, mas nem todos os olhares poderão acolher o que ali acontece. Há olhares opacos que não se alegrarão, olhares desconfiados que não o entenderão, olhares frios que não vibrarão com a novidade da gruta... Somente os olhares dos pobres e pequenos se admirarão, e a paz do coração será sua recompensa. Quem contempla, longa e amorosamente, a Jesus na manjedoura experimenta que algo o move a mudar dentro de si: uma mudança de sonhos e esperan-
ças, uma mudança no modo de situar-se no mundo, de relacionar-se com os outros, consigo mesmo e com Deus. Aqui está enraizada a convicção de que Belém pode mudar nossa vida. O “mistério” contemplado atinge as camadas mais profundas do afeto e do coração, gerando novidade em nossa vida cotidiana. “Ver de novo”, ver outras coisas diferentes daquilo que estamos acostumados a ver é também “nascer de novo”. É preciso despertar o “pastor interior” que há em nós, nossa capacidade de atenção à vida, de buscar com outros, de deixar-nos surpreender diante da presença despojada de Deus.
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O fato de que Deus tenha decidido salvar-nos a partir de uma gruta que recolhia animais é, sem dúvida alguma, a revelação mais desconcertante d’Ele. Nosso Deus é certamente contracultural, inesperado, surpreendente, não corresponde às idéias que forjamos d’Ele, é diferente... No Natal dá-se um paradoxo: a grandeza de Deus encarnada na pequenez de um menino. Em Belém somos pacificados de nossas ansiedades e pressas de fazer mais e de conseguir mais, de nossa sede de poder e de acumular mais; e se permanecemos em silêncio ali, diante do menino deitado no presépio, brotará em nós um desejo profundo de sermos mais humanos; ao mesmo tempo, brotará um desejo de venerar cada ser humano, de contemplá-lo em seu interior, esse lugar ainda não profanado em cada pessoa, o lugar de sua infância e de sua paz.
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Fotos de Roberto Garzon (78)
Futebol
Equipe campeã - final (1981) Em pé da esquerda para direita: Basbaum, Flávio, Jorginho, Lele, Bode, Bodin, Trigo, Juan, Dedé e Ribeiro.Agachados da esquerda para direita: Pinheiro (organizador), Lico, Caíca, Barata e César
Torneio de futebol reúne antigos alunos
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Este ano marcou a estreia do time de 1986 e também contou com a participação de antigos alunos de 1976 e 1985, além dos já citados. Todas as partidas foram realizadas no campo do colégio, sendo que a final aconteceu no dia 6 de outubro. Como sempre, a organização ficou por conta do inspetor do CSI, Duclerc Pinheiro. Vejam as fotos dos atletas.
Equipe vice-campeã (1978)
Equipe campeã - fase classificatória (1981)
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novembro 2013
o meses de setembro e outubro foi realizada a terceira edição da Copa CSI de Antigos alunos, categoria master. E pelo segundo ano consecutivo, a equipe vencedora foi a composta pelos jogadores que se formaram em 1981. A final foi contra o time de 1978 e o artilheiro foi César Mantrangelo, atacante dos bicampeões, com quatro gols.
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Equipe de 1985
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Equipe de 1986
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novembro 2013
Associação dos Antigos Alunos dos Padres Jesuítas - RJ Rua São Clemente, 216 - Botafogo Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2527-3502 contato@asiarj.org.br
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novembro 2013
A Asia e a Petrobras estão juntos pela educação das crianças do Santa Marta
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