Sermais edicao 14

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“Sensomarcas” Pierre Lévy também nos diz que “por mais que sejam consubstanciais à inteligência dos homens, as tecnologias intelectuais não substituem o pensamento vivo”. Nós, seres humanos não podemos ser “programados” para fazer nada que não venha de encontro à nossa vontade. No entanto, somos facilmente levados a realizar ações que já estejam gravadas no nosso inconsciente. É por isso que a mesma ciência que vem estudando, por exemplo, porque batemos na madeira quando não queremos atrair a má sorte, também nos ensina que o poder dos sentidos é muito mais significativo em um processo decisório do que podemos imaginar. Assim, os negócios baseados no cérebro compreenderão insights cognitivos que transformarão o modo como vamos trabalhar. A começar pela construção de marcas estabelecidas sobre os cinco pilares dos sentidos, ou “sensomarcas”. E é por isso (também) que nosso cérebro está sendo mapeado: porque ainda não somos capazes de exprimir sensações muito interiores que nele se originam. O neuromarketing é um novo campo de estudos do marketing que monitora as respostas de nosso cérebro a diferentes estímulos e com isso pode antecipar o comportamento de consumidores, elaborando estratégias de venda através das quais pretende comunicar ao nosso cérebro antes de nos comunicar. Essa já é a realidade das 25 maiores empresas do mundo, como Google, Mercedes-Benz, MTV e Microsoft. O “marketing do futuro” pretende limpar o mundo do excesso visual da propaganda. A partir dele, as logomarcas não serão simples referências iconográficas ao tipo de negócio das empresas. Elas poderão ter um cheiro próprio, um som peculiar ou ser tocadas, experimentadas. Dizem que em certos casos, algumas logomarcas utilizadas

hoje, ajudam mais a desconstruir a imagem corporativa, do que a construí-la. Guarde isso! O cérebro e eu Penso que um cérebro pode morrer. E porque ele morre, nosso corpo morre. Já a mente é capaz de se manter viva e permanecer influenciando pessoas por uma eternidade. A mente é para mim, meu único legado e minha maior riqueza. Ela guarda meus segredos, minhas vontades, meus anseios e as tantas memórias que eu gosto de compartilhar. Posso assegurar que minha mente é um corpo à parte imbuído de espírito. E quanto mais eu penso que me conheço, mais desejo me (auto)explorar; e vejo que menos sei sobre mim. Meu cérebro é colaborativo, um amigão, altruísta, inventivo e quer estar ligadinho ao seu e aos de pelo menos outras 148 pessoas – que é o que ele pode administrar. Quando elaborei essa matéria, pensei em dizer também: “coma nozes, peixe, faça exercícios físicos, aprenda algo novo, converse com seu amor sobre seus sonhos mais íntimos e o beije na boca (imediatamente) antes de dormir!” – coisas tão simples que podem manter seu cérebro bem vivinho por mais “zil” anos. Isso é quase um mantra, não? Pode crer que sim. Porque estudando sobre o cérebro eu fiquei feliz em saber que quando aprendo algo novo, mais alguns milhares de neurônios nascem em mim! E todos eles precisam de você, assim como os seus precisam de outros e outros... A coisa mais maravilhosa que eu pude descobrir a respeito deste ilustre desconhecido, é que ele é dono de uma incrível vocação social! Em poucos anos, acredite, ou as empresas aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais empresas! “Corporativa-MENTE” falando, claro.


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